Deficiencia Visual

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Deficiência Visual

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Page 1: Deficiencia Visual

Deficiência

Visual

Page 2: Deficiencia Visual

Deficiência

Segundo a Convenção da Guatemala

(Decreto n 3956/01) :

Restrição física, mental ou sensorial, de

natureza permanente ou transitória, que

limita a capacidade de exercer uma ou

mais atividades essenciais da vida diária,

causada ou agravada pelo ambiente

econômico e social.

Page 3: Deficiencia Visual

Classificação Internacional de

Funcionalidade (CIF):

Perda ou anormalidade de estrutura ou

função psicológica , fisiológica ou

anatômica temporária ou permanente.

Deficiência

Page 4: Deficiencia Visual

Visão

A criança que enxerga estabelece uma

comunicação visual com o mundo exterior desde

os primeiros meses de vida porque é estimulada a

olhar para tudo o que está à sua volta, sendo

possível acompanhar o movimento das pessoas e

dos objetos sem sair do lugar.

Page 5: Deficiencia Visual

Visão

A visão reina soberana na

hierarquia dos sentidos e ocupa

uma posição proeminente no que se

refere à percepção e integração de

formas, contornos, tamanhos, cores

e imagens que estruturam a

composição de uma paisagem ou de

um ambiente. É o elo que integra os

outros sentidos, permite associar

som e imagem, imitar um gesto ou

comportamento e exercer uma

atividade exploratória circunscrita

a um espaço delimitado.

Page 6: Deficiencia Visual

Visão Quando nasce, a criança

percebe a luz de maneira

precária, pois seus órgãos estão

em desenvolvimento, e seus

olhos podem realizar

movimentos descoordenados.

Aos três meses ela começa a

fixar os olhos e, aos nove, a

desenvolver a visão de relevo,

por meio da qual consegue ter

noção de distancia e de formas.

Page 7: Deficiencia Visual

Aos dois anos, a criança

discrimina 50% do campo

visual; aos quatro,

aproximadamente 70%, aos

cinco, adquire visão igual a do

adulto. As pessoas não nascem

sabendo ver, elas aprendem a

ver desenvolvendo as estruturas

dos olhos e do córtex visual.

Visão

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Deficiência Visual

Há aproximadamente 66 diferentes definições de

cegueira, utilizadas para fins estatísticos em

diversos países;

O conceito de cegueira não é absoluto, pois reúne

indivíduos com vários graus de visão;

A cegueira é uma deficiência sensorial que se

caracteriza pelo fato de que as pessoas que dela

padecem têm seu sistema visual de coleta de

informações total ou seriamente prejudicado;

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Deficiência Visual

Portanto, quando se fala de

cegos, se faz referência a uma

população muito heterogênea,

que inclui não apenas as pessoas

que vivem na escuridão total. Ela

não significa, total incapacidade

de ver, e, sim, prejuízo dessa

aptidão a ponto de tornar o sujeito

necessariamente incapacitado

para as tarefas rotineiras.

Page 10: Deficiencia Visual

Deficiência Visual

A cegueira é uma

alteração grave ou total de

uma ou mais das funções

elementares da visão que

afeta de modo irremediável

a capacidade de perceber

cor, tamanho, distância,

forma, posição ou

movimento em um campo

mais ou menos abrangente.

Page 11: Deficiencia Visual

Deficiência Visual

Pode ocorrer desde o

nascimento (cegueira congênita),

ou posteriormente (cegueira

adventícia, usualmente conhecida

como adquirida) em decorrência

de causas orgânicas ou acidentais.

Em alguns casos, a cegueira pode

associar-se à perda da audição

(surdocegueira) ou a outras

deficiências.

Page 12: Deficiencia Visual

Deficiência Visual

O dano total ou parcial, no

sistema visual faz com que as crianças

cegas e deficientes visuais tenham de

utilizar os demais sistemas sensoriais

para conhecer o mundo a sua volta. Os

sentidos têm as mesmas características

e potencialidades para todas as pessoas.

As informações tátil, auditiva e olfativa

são mais desenvolvidas pelas pessoas

cegas porque elas recorrem a esses

sentidos com mais frequência para

decodificar e guardar na memória as

informações.

Page 13: Deficiencia Visual

Deficiência Visual

O TATO é um dos principais sistemas sensoriais que

as crianças não videntes usam para conhecer o mundo à

sua volta. O tato permite uma coleta de informações

bastante precisa sobre os objetos próximos, mas é muito

mais lento que a visão e, por isso, a exploração dos objetos

grandes é fragmentária e sequencial.

Page 14: Deficiencia Visual

Deficiência Visual

A AUDIÇÃO também terá

grande importância para o

desenvolvimento e a aprendizagem

dos cegos. Além de ser utilizada para

a comunicação verbal, os não

videntes a utilizam para localizar a

identificação de objetos e pessoas no

espaço. A habilidade de atribuir

significado a um som sem perceber

visualmente a sua origem é difícil e

complexa.

Page 15: Deficiencia Visual

Deficiência Visual

O OLFATO serve para os não

videntes para reconhecer pessoas e

ambientes, ajudando os demais

sistemas sensoriais na complexa

tarefa de conhecer

o espaço distante.

Page 16: Deficiencia Visual

Deficiência Visual

O SISTEMA PROPRIOCEPTIVO proporciona a

orientação e a mobilidade na ausência da visão.

Possibilita aos não videntes o reconhecimento

espacial do corpo e equilíbrio.

Page 17: Deficiencia Visual

Deficiência Visual

É importante ressaltar que a afetação do sistema visual

acarreta hipertrofia dos demais sistemas sensoriais e nem que

os cegos não tenham patamares sensoriais mais baixos que os

videntes; não ouvem melhor, nem têm maior sensibilidade tátil

ou olfativa. Contudo, aprendem a utilizá-los melhor ou para

outra finalidades distintas do que fazem os videntes.

Page 18: Deficiencia Visual

Avaliação Funcional

Na avaliação funcional da

visão considera-se:

Acuidade Visual: a distância de

um ponto ao outro em uma linha

reta por meio da qual um objeto é

visto. Pode ser obtida através da

utilização de escalas a partir de um

padrão de normalidade da visão;

O campo visual: a amplitude e a

abrangência do ângulo da visão em

que os objetos são focalizados.

Page 19: Deficiencia Visual

Avaliação Funcional

Uso eficiente do potencial da visão: A funcionalidade

ou eficiência da visão é definida em termos da qualidade

e do aproveitamento do potencial visual de acordo com as

condições de estimulação e de ativação das funções

visuais. Deve-se considerar a interferência de fatores

emocionais, as condições ambientais e as contingências de

vida do indivíduo.

A avaliação funcional da visão revela dados

quantitativos e qualitativos de observação sobre o nível da

consciência visual, a recepção, assimilação, integração e

elaboração dos estímulos visuais, bem como sobre o

desempenho e o uso funcional do potencial da visão.

Page 20: Deficiencia Visual

Avaliação Funcional

Quando o oftalmologista detecta deficiência visual numa

criança, deve encaminhá-la a serviços especializados para ser

submetida a uma avaliação. Por meio de testes, serão analisadas

todas as suas funções visuais a fim de compreender como essa

criança está enxergando. Saber isso é importante porque, no

processo de reabilitação visual, esse dado será transmitido aos

profissionais da área de educação que vão

dar apoio à inclusão da criança com baixa

visão na escola comum. O professor precisa

saber como exatamente a criança enxerga

para fazer alterações no ambiente e no

material de modo a favorecer o melhor desempenho visual

possível.

Page 21: Deficiencia Visual

Manifestação

Qualquer que seja a idade, a pessoa é cega,

quando não tem percepção de luz. Para ela tudo é

escuro. Na cegueira, existe um padrão único de

resposta, ou seja, a pessoa não enxerga nada. A

cegueira engloba prejuízos da aptidão para o

exercício de tarefas rotineiras exercidas de forma

convencional, através do olhar, só permitindo sua

realização de formas alternativas.

1 - Cegueira

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Manifestação

Para classificar a baixa visão, utiliza-se a escala

numérica da medida da acuidade visual. Lembrando que a

visão normal é 20/20, a baixa visão vai de 20/60 até a

falta total de percepção de luz;

Pode-se dizer que, tem deficiência de visão a pessoa que

enxerga no mínimo três vezes menos do que a pessoa

normal;

Contudo, essa classificação só cabe quando o paciente

passou por todos os tratamentos possíveis para a doença

ocular de base e já foram tentados todos os recursos óticos

disponíveis para melhorar a capacidade visual;

2 – Baixa Visão

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Manifestação

Uma pessoa com baixa visão apresenta grande

oscilação de sua condição visual de acordo com o seu

estado emocional, as circunstâncias e a posição em que se

encontra, dependendo das condições de iluminação

natural ou artificial. A baixa visão traduz-se numa

redução do rol de informações que o indivíduo recebe do

ambiente, restringindo a grande quantidade de dados que

este oferece e que são importantes para a construção do

conhecimento sobre o mundo exterior. Em outras palavras,

o indivíduo pode ter um conhecimento restrito do que o

rodeia.

2 – Baixa Visão

Page 24: Deficiencia Visual

Heterogeneidade das

Deficiências Visuais

É importante destacar três

dimensões que dão lugar às

diferenças entre as distintas crianças

consideradas deficientes visuais: o

momento da aparição dos problemas

visuais, a forma de aparição e o grau

da perda da visão. Dimensões essas,

que o professor deve ter um

conhecimento prévio para planejar

sua aula e facilitar o aprendizado

dos alunos.

Page 25: Deficiencia Visual

Heterogeneidade das

Deficiências Visuais

1 – Idade em que Manifestou o Problema

Visual

Uma criança com Cegueira Congênita dependerá

da audição e do tato para adquirir conhecimentos e

formar imagens mentais, enquanto uma criança cuja

cegueira ou perda acentuada da visão ocorra depois do

nascimento, poderá reter imagens visuais e ser capaz de

relacioná-las com as impressões recebidas pelos outros

sentidos. Se a perda ocorreu antes ou depois da

Alfabetização, poderá haver maior resistência ou

dificuldade para a aceitação da escrita braille.

Page 26: Deficiencia Visual

2 – Forma de Manifestação: Perda

Progressiva ou Súbita

A criança ou jovem de baixa visão

que vai perdendo-a progressivamente,

poderá estar melhor preparada para a

aceitação da perda total, enquanto aqueles

que a perdem subitamente, podem ter

reações diferentes, requerendo apoio e

compreensão por mais tempo para

poderem aceitar sua nova condição;

embora em ambos os casos seja comum o

aparecimento de problemas ou

interferências no ajustamento emocional.

Page 27: Deficiencia Visual

3 – Tipo e Grau de Visão Residual

O grau de visão subnormal,

acrescido do tipo de doença existente

poderá causar interferências no

aproveitamento do aluno devido ao

esforço que poderá fazer na tentativa

de querer enxergar mais do que

realmente pode, provocando tensão,

tanto física, quanto emocional. A

necessidade do uso de materiais

específicos ou a dificuldade na

aceitação de recursos ópticos, por

vezes nada estéticos, constituem-se

situações difíceis para a criança.

Page 28: Deficiencia Visual

Deficiência Visual na Escola

A criança deficiente visual é aquela que difere da

média a tal ponto que irá necessitar de professores

especializados, adaptações curriculares e ou materiais

adicionais de ensino, para ajudá-la a atingir um nível

de desenvolvimento proporcional às suas capacidades.

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Deficiência Visual na Escola

Os alunos com

deficiência visual não

constituem um grupo

homogêneo, com características

comuns de aprendizagem,

sendo também, um erro

considerá-los como um grupo à

parte, uma vez que suas

necessidades educacionais

básicas são, geralmente as

mesmas que as das crianças de

visão normal.

Page 30: Deficiencia Visual

Deficiência Visual na Escola O trabalho com alunos com baixa

visão baseia-se no princípio de estimular a

utilização plena do potencial de visão e

dos sentidos remanescentes, bem como na

superação de dificuldades e conflitos

emocionais. Para que o aluno com baixa

visão desenvolva a capacidade de

enxergar, o professor deve despertar o seu

interesse em utilizar a visão potencial. As

atividades realizadas devem proporcionar

prazer e motivação, o que leva à

intencionalidade e esta desenvolve a

iniciativa e a autonomia, que são os

objetivos primordiais da estimulação

visual.

Page 31: Deficiencia Visual

Deficiência Visual na Escola

A baixa visão pode ocasionar conflitos emocionais,

psicológicos e sociais, que influenciam o desempenho visual,

a conduta do aluno, e refletem na aprendizagem. Um

ambiente de calma, encorajamento e confiança contribuirá

positivamente para a eficiência na melhor utilização da visão

potencial que deve ser explorada e estimulada no ambiente

educacional, pois o desempenho visual está relacionado com

a aprendizagem.

Page 32: Deficiencia Visual

Deficiência Visual na Escola

Conhecer o desenvolvimento

global do aluno, o diagnóstico, a

avaliação funcional da visão, o

contexto familiar e social, bem como

as alternativas e os recursos

disponíveis, facilitam o planejamento

de atividades e a organização do

trabalho pedagógico. Há necessidade

de um conhecimento prévio de cada

caso, para elaboração de um plano

educacional adequado às

características e necessidades do

educando.

Page 33: Deficiencia Visual

Avaliação

Em algumas circunstâncias é recomendável valer-se de

exercícios orais;

A adaptação e produção de material, a transcrição de

provas, exercícios e de textos em geral para o sistema

braille podem ser realizadas em salas multimeios, núcleos,

serviços ou centros de apoio pedagógico;

Convém observar a necessidade de estender o tempo da

avaliação, considerando-se as peculiaridades já

mencionadas em relação à percepção não visual.

Os alunos podem realizar trabalhos e tarefas escolares

utilizando a máquina de escrever em braille ou o

computador, sempre que possível.

Page 34: Deficiencia Visual

Princípios da Educação do

Deficiente Visual

É importante considerar as diferenças

individuais dos alunos, pois a cegueira e os

vários graus de visão subnormal, não se

constitui em condição para padronização dos

indivíduos. O grau de visão, época e

condições em que surgiu a deficiência,

estrutura familiar, meio-ambiente, são

aspectos que exigem um programa

individualizado que venha a atender às

necessidades de cada criança, de acordo com

suas potencialidades e ritmo de desempenho.

1 – Individualização

Page 35: Deficiencia Visual

Princípios da Educação do

Deficiente Visual

Sempre que possível, utilizar com a criança não vidente

objetos passíveis de toque e manipulação. Ela irá adquirir a

noção de forma, tamanho, peso, solidez, textura, flexibilidade,

temperatura e outras características dos objetos, principalmente

através do tato. Os modelos deverão ser ampliados quando os

originais forem muito pequenos e diminuídos quando muito

grandes.

2 – Concretização

Page 36: Deficiencia Visual

Princípios da Educação do

Deficiente Visual

A orientação mental sobre ambientes

mais próximos pode ser iniciada pela exploração

detalhada dos mesmos, seguida de descrição ou

representação., por exemplo, pelo próprio

quarto, sala, cozinha e demais dependências; a

sala de aula, banheiro, diretoria, refeitório e

demais ambientes que deve circular na escola;

procurando estabelecer relações de tamanho e

distância entre os ambientes conhecidos, tanto do

lar quanto da escola, evoluindo conforme o

interesse e domínio da criança. Isso contribuirá

para uma futura locomoção independente.

3 – Estímulo Adicional

Page 37: Deficiencia Visual

Recursos Ópticos e Não Ópticos

A indicação de recursos ópticos depende de cada caso ou

patologia. Por isso, não são todos os indivíduos com baixa visão

que os utilizam. São utilizados mediante prescrição e orientação

oftalmológica;

A utilização de recursos ópticos e não-ópticos envolve o

trabalho de pedagogia, de psicologia, de orientação e mobilidade

e outros que se fizerem necessários. As escolhas e os níveis de

adaptação desses recursos em cada caso devem ser definidos a

partir da conciliação de inúmeros fatores. Entre eles,

destacamos: necessidades específicas, diferenças individuais,

faixa etária, preferências, interesses e habilidades que vão

determinar as modalidades de adaptações e as atividades mais

adequadas.

Page 38: Deficiencia Visual

Recursos ópticos para longe: telescópio

(usado para leitura no quadro negro),

telelupas e lunetas;

1 – Recursos Ópticos

Recursos ópticos para perto: óculos

especiais com lentes de aumento

Lupas manuais ou lupas de mesa

e de apoio: úteis para ampliar o

tamanho de fontes para a leitura, as

dimensões de mapas, gráficos,

diagramas, figuras etc. Quanto

maior a ampliação do tamanho,

menor o campo de visão com

diminuição da velocidade de leitura

e maior fadiga visual.

Page 39: Deficiencia Visual

Tipos ampliados: ampliação de fontes, de

sinais e símbolos gráficos em livros, apostilas,

textos avulsos, jogos, agendas, entre outros;

2 – Recursos Não Ópticos

Plano inclinado: carteira adaptada, com a

mesa inclinada para que o aluno possa realizar

as atividades com conforto visual e estabilidade

da coluna vertebral;

Acessórios: lápis 4B ou 6B, canetas de ponta

porosa, suporte para livros, cadernos com

pautas pretas espaçadas, gravadores.;

Chapéus e bonés: ajudam a diminuir o reflexo da luz em sala

de aula ou em ambientes externos.

Page 40: Deficiencia Visual

Espaço Físico e Mobiliário A configuração do espaço físico

não é percebida de forma imediata por

alunos cegos, tal como ocorre com os

que enxergam. Por isso, é necessário

possibilitar o conhecimento e o

reconhecimento do espaço físico e da

disposição do mobiliário. A coleta de

informações se dará de forma

processual e analítica através da

exploração do espaço concreto da sala

de aula e do trajeto rotineiro dos

alunos: entrada da escola, pátio,

cantina, banheiros, biblioteca,

secretaria, sala dos professores e da

diretoria, escadas, obstáculos.

Page 41: Deficiencia Visual

Espaço Físico e Mobiliário

As portas devem ficar

completamente abertas ou fechadas

para evitar imprevistos

desagradáveis ou acidentes. O

mobiliário deve ser estável e

qualquer alteração deve ser avisada.

Convém reservar um espaço na sala

de aula com mobiliário adequado

para a disposição dos instrumentos

utilizados por esses alunos que

devem incumbir-se da ordem e

organização do material para

assimilar pontos de referência úteis

para eles.

Page 42: Deficiencia Visual

Recomendações Úteis

Sentar o aluno a uma distância de aproximadamente um metro do

quadro negro na parte central da sala;

Evitar a incidência de claridade diretamente nos olhos da criança;

Estimular o uso constante dos óculos, caso seja esta a indicação

médica;

Posicionar a carteira de maneira que o aluno não escreva na

própria sombra;

Adaptar o trabalho de acordo com a condição visual do aluno;

Ter clareza de que o aluno enxerga as palavras e ilustrações

mostradas;

Em certos casos, conceder maior tempo para o término das

atividades propostas;

Explicar, com palavras, as tarefas a serem realizadas.

Page 43: Deficiencia Visual

Comunicação e Relacionamento

A falta da visão desperta

curiosidade, interesse, inquietações e não

raro, provoca grande impacto no

ambiente escolar. Costuma ser abordada

de forma pouco natural e pouco

espontânea porque os professores não

sabem como proceder em relação. aos

alunos cegos. Eles manifestam dificuldade

de aproximação e de comunicação, não

sabem o que fazer e como fazer. Nesse

caso, torna-se necessário quebrar o tabu,

dissipar os fantasmas, explicitar o

conflito e dialogar com a situação.

Somente assim será possível assimilar

novas atitudes, procedimentos e posturas.

Page 44: Deficiencia Visual

Comunicação e Relacionamento

Os educadores devem

estabelecer um relacionamento aberto

e cordial com a família dos alunos para

conhecer melhor suas necessidades,

hábitos e comportamentos. Devem

conversar naturalmente e esclarecer

dúvidas ou responder perguntas dos

colegas na sala de aula. Todos

precisam criar o hábito de evitar a

comunicação gestual e visual na

interação com esses alunos. É

recomendável também evitar a

fragilização ou a superproteção e

combater atitudes discriminatórias.

Page 45: Deficiencia Visual

Modalidades de

Atendimento Educacional

Classe Especial: É o tipo de agrupamento

tradicionalmente utilizado nas escolas especiais organizadas

para o atendimento de um determinado tipo de deficiência, no

caso, a visual. Embora tais escolas possam oferecer boas

oportunidades para o ensino face aos recursos disponíveis, são

evidentes as desvantagens da própria institucionalização como

a rotina, formalidade, segregação familiar e social, rigidez de

horários e outros aspectos.

Page 46: Deficiencia Visual

Modalidades de

Atendimento Educacional

Sala de Recursos: As salas de recursos

são criadas e instaladas em

estabelecimentos de ensino regular.

Contando com um professor especializado

à disposição da unidade escolar onde a

mesma se encontra instalada. Neste tipo

de atendimento, o aluno cego ou portador

de visão subnormal recorre à sala de

recursos quando encontrar dificuldades

de aprendizagem decorrentes de

problemas impostos por sua

limitação visual, cuja solução seja

impossível através dos recursos utilizados

pelo professor do ensino regular.

Page 47: Deficiencia Visual

Modalidades de Atendimento

Educacional

Sala de Recursos: Pode frequentá-la também para desenvolver

atividades específicas como atividades da vida diária, orientação e

mobilidade, treinamento da visão residual, datilografia braille e

informática, dentre outras atividades. Contudo, é importante que

professor da sala de recursos fique atento para que que esta não se

torne uma classe especial, evitando manter nela os alunos por períodos

mais longos do que o necessário, visto que esta situação contraria os

pressupostos desta forma de atendimento.

Page 48: Deficiencia Visual

Ensino Itinerante: Neste tipo de

atendimento, o professor atende o aluno

na escola em que este se encontra

matriculado obedecendo a um

planejamento elaborado de forma a

satisfazer às necessidades individuais de

cada aluno e do pessoal da escola. No

ensino itinerante o professor

especializado trabalha diretamente com

o aluno e indiretamente, podendo deixar

orientações e atividades a serem

realizadas, até o seu retorno, pelo

próprio aluno, o professor comum, a

família ou pelo pessoal da escola.

Modalidades de Atendimento

Educacional

Page 49: Deficiencia Visual

Classe Regular: O modelo educacional

integracionista, pioneiro na educação especial da

América Latina, foi iniciado em 1945 pela Fundação

para o Livro do Cego no Brasil (SP), hoje Fundação

Dorina Nowill, ao oferecer os primeiros atendimentos

educacionais a alunos deficientes visuais matriculados

no Sistema Estadual de Ensino.

Modalidades de Atendimento

Educacional

Page 50: Deficiencia Visual

Sistema Braile

Criado por Louis Braille, em 1825, na

França, o sistema braille é conhecido

universalmente como código ou meio de

leitura e escrita das pessoas cegas;

Baseia-se na combinação de 63 pontos

que representam as letras do alfabeto, os

números e outros símbolos gráficos;

O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou

ambas as mãos. Algumas pessoas ganharam tanta prática

em ler braille que conseguem ler até 200 palavras por

minuto.

Page 51: Deficiencia Visual

Sistema Braile

As primeiras dez letras (A a J) só usam os pontos das

duas fileiras de cima. Os números de 1 a 9 e o zero são

representados por esses mesmos dez sinais;

As dez letras seguintes (K a T) acrescentam o ponto no

canto inferior esquerdo a cada uma das dez primeiras

letras;

As últimas cinco letras (U a Z) acrescentam ambos os

pontos inferiores às cinco primeiras letras, a exceção da

letra "w", que foi acrescentada posteriormente ao alfabeto

francês;

Page 52: Deficiencia Visual
Page 53: Deficiencia Visual

A máquina de escrever tem seis teclas básicas

correspondentes aos pontos da cela braille. O toque

simultâneo de uma combinação de teclas produz os pontos

que correspondem aos sinais e símbolo desejados. É um

mecanismo de escrita mais rápido, prático e eficiente.

Sistema Braile

Page 54: Deficiencia Visual

No Brasil, o método começou a ser adotado em 1856, e

as duas únicas instituições que imprimem em braile são a

Fundação para o Livro do Cego, de São Paulo, e o Instituto

Benjamin Constant, do Rio de Janeiro: juntas editam cerca

de 25 títulos por mês, num total de 4 mil volumes - aquém

das necessidades. Por lei, são obrigadas a distribuí-los

gratuitamente aos 750 mil cegos que se estima existirem

no país.

Sistema Braile

Page 55: Deficiencia Visual

Sugestões

Page 56: Deficiencia Visual

Sugestões

Sorobã: Instrumento utilizado para trabalhar cálculos

e operações matemáticas; espécie de ábaco que contém

cinco contas em cada eixo e borracha compressora para

deixar as contas fixas.

Page 57: Deficiencia Visual

Uma pessoa total; evitando focalizar a atenção na

sua condição visual;

Acreditar na potencialidade da criança,

considerando-a capaz de estudar, de ser

independente, de trabalhar, praticar esportes e tantas

outras coisas que seus amigos fazem;

O Papel da Família

Page 58: Deficiencia Visual

O ambiente sócio-familiar vai influenciar sua forma

de agir, de ser, determinando o seu desempenho

emocional, escolar e social;

É preciso sensibilizar a família, para que esta atente

não somente para as condições ambientais físicas que

envolvem o deficiente, mas também para o ambiente

emocional, o contexto biopsicossocial.

O Papel da Família

Page 59: Deficiencia Visual

Família integrada significa pessoas mais

funcionais, felizes, autoconfiantes e mais

integradas à sociedade.

O processo de socialização da família do

deficiente visual é parte fundamental do

desenvolvimento da pessoa com deficiência

visual ou múltipla.

O Papel da Família