Debates do Ensino Médio: América Latinaagosto / 2013 - nº2 3 Ponto de Vista Como educar meu filho...

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agosto / 2013 - nº2 Debates do Ensino Médio: América Latina

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agosto / 2013 - nº2

Debates do Ensino Médio:América Latina

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LABORA - publicação do Colégio Santo AméricoRua Santo Américo, 275 - CEP: 05629-900 - São Paulo / SP

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Redator e RevisorVolnei Valentim (MTb 14.941) - [email protected]

Projeto e Produção Gráfica Dagui Design - www.dagui.com.brFotos Arquivo CSA, Danilo Pegoraro e Welber Osti

Foto da capa Welber Osti

agosto / 2013 - nº2

3 Ponto de Vista Como educar meu filho Entrevista com Telma Vinha

5 Educação O ensino de Ciências no CSA

6 Acontece

8 Esporte Olisa Teens 2013

9 Ensino Fundamental I Indicações literárias Glaucia Barcena Albertoni

10 Em Foco Debates do Ensino Médio 2013

13 Ensino Médio Semana das Profissões 2013

14 APM – Associação de Pais e Mestres Festa Junina nota 10!

15 AEA – Associação de Ex-alunos AEA na Festa Junina

16 Responsabilidade Social Por um futuro e um presente melhores

17 Viver a Religião GRASSA: a felicidade de ser um voluntário

18 Formação Continuada

19 Espaço do Aluno Notícia Camila Borges e Daniela Jorge - 8º ano Ae

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expediente

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or A abrangência da formação oferecida

pelo Colégio Santo Américo a seus

alunos vê-se refletida nas páginas

desta Revista Labora, culminando

com a matéria de capa. O projeto

Debates do Ensino Médio, em sua

terceira edição, desenvolve inúmeras

habilidades, particularmente a

ampliação da visão crítica. Ao ter de

defender pontos de vista que não necessariamente coincidem

com os seus, os jovens do 2º ano aprendem a analisar um

problema de ângulos diferentes, superando o senso comum, o

pensamento simplista, e adquirindo um olhar multifacetado.

Durante o desenrolar do projeto Debates, a cidade de São Paulo

e todo o Brasil vivenciaram manifestações de diversos setores

da sociedade. Para tentar compreender esse fenômeno, foi

e é necessária uma capacidade crítica abrangente, que leve

em consideração os diversos aspectos envolvidos e evite

pré-conceitos. E os alunos do Colégio Santo Américo estavam

justamente aprendendo isso.

Orgulhamo-nos em contribuir, ao lado das famílias, para que

nossos jovens estudantes e cidadãos tenham uma visão

de mundo ampla. Desse modo, podem e poderão avaliar os

problemas de seu país, e todas as questões que enfrentarão vida

afora, com um olhar crítico abrangente, encontrando, certamente,

melhores soluções.

Boa leitura!

Dom Filipe, O.S.B. Reitor

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CSA

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Labora: Por que os conflitos são boas ocasiões para educarmos nossos filhos?Telma Vinha: Os conflitos dão pistas valiosas sobre o que a criança precisa aprender, sobre aquilo que os pais podem fazer para ajudá-la, adequando a educação às necessidades e características da criança. No entanto, fizemos uma pesquisa com mães que mostrou que elas consideram o conflito como algo negativo e não natural. O sentimento que as mães têm em relação aos conflitos é de angústia e irritação, e de querer resolvê-los rapidamente. Isso leva a in-tervenções impulsivas e punitivas, que não são verdadeiramente educativas nem promovem a tomada de consciência necessária para que haja a modificação efetiva do comportamento da criança. No entanto, não há dúvida de que os pais fazem o melhor que podem para educar seus filhos e muitas vezes estão sedentos por conhecer outros modos de agir. Mas, em geral, falta-lhes informação nessa área.

Labora: Poderia dar algum exemplo de como resolver conflitos de modo mais construtivo?Telma: Se meu filho, por exemplo, não consegue resolver um problema com um colega porque não consegue falar sobre o que está acontecen-do, em vez de eu impulsivamente dizer a ele que é covarde, que tem de aprender a se virar porque já está grande, preciso refletir com ele sobre como espera que o problema seja resolvido se não falar para o outro o que o incomoda. Ou seja, o conflito me deu a pista de que meu filho tem dificuldade de colocar o que sente e pensa em uma situação de conflito para o outro envolvido. Assim, preciso pacientemente incentivá-lo a manifestar-se, nesse momento e sempre, ainda que de formas diversas. Por outro lado, é por meio de conflitos que as crianças aprendem regras e valores, desenvolvendo a autorregu-lação. Por exemplo: quando a criança pega um brinquedo emprestado e não quer devolvê-lo porque o quebrou, os pais devem refletir com ela sobre o que sente e sobre as opções de resolução da situação. Desse modo, estão ajudando o filho a desenvolver um controle dos próprios impulsos – ou seja, a vontade imediata de querer escapar da situação que o aflige, men-tindo, por exemplo – e ajudando-o a resolver o

P O n TO D E V I S TA

Como educar meu filhoentrevista comTelma Vinha

No dia 22 de maio, Telma Vinha,

pedagoga, doutora em Educação

e professora do departamento de

Psicologia Educacional da Unicamp,

esteve no Prosa – Centro de

Estudos do CSA – para conversar

com os pais de alunos sobre

mediação de conflitos e construção

de valores. Nesta entrevista à

Revista Labora, a pesquisadora

e autora de diversas obras, entre

elas Conflitos na escola, falou

novamente sobre o conflito como

uma excelente oportunidade para

educar os filhos e deu informações

que nos ajudam a agir com mais

discernimento nessa difícil e

desafiadora tarefa.

por Simone Greco

conflito de forma correta, moralmente falando, por mais difícil que seja. É importante valorizar esse esforço e a forma como o filho conseguiu resolver a situação, mostrando a necessidade da ação para a boa convivência. Essa forma de resolver um conflito irá gerar um bem-estar na criança e ainda favorecerá respectivamente os processos de autorregulação e de construção de valores.

Labora: O sentimento de bem-estar da criança ao fazer o que é certo provém do fato de corres-ponder à expectativa dos pais?Telma: O sentimento de bem-estar que pode surgir depois de a criança resolver um conflito geralmente é influenciado pelo juízo das pessoas que convivem com ela, isto é, pelo conteúdo das críticas e dos elogios, não somente de pais, mas de professores, parentes, amigos. A questão implicada é: o que o olhar do adulto contempla? São os valores morais, como ser honesto, justo, respeitoso? Ou os não morais, como ter êxito, ter sucesso, ser popular? Um exemplo: quando a criança fala a verdade sobre algo errado que fez, o adulto foca no que ela fez de errado ou no fato de ela ter tido a coragem de falar a verdade? Se o adulto destaca sempre o erro, ela vai ter um sentimento de mal-estar ao falar a verdade, e vai tender a não falar mais a verdade. Situações de humilhação frequentes fazem com que a criança ou o jovem busque um valor oposto. No entanto, se queremos que ela continue a falar a verdade, podemos dizer: “Sei que para você foi difícil. Não sabia como eu ia reagir, mas mesmo assim me contou a verdade. Isso mostra que podemos confiar um no outro, mesmo quando fazemos algo errado”. O passo seguinte é levar a criança a refletir sobre o que houve para ajudá-la a compreender as consequências do que fez e de que outras formas poderia ter agido.

Labora: Mais do que orientar os filhos a lidar com os conflitos, normalmente os pais tendem a que-rer resolvê-los pelos filhos. O que acha disso?Telma: É extremamente natural uma criança ficar chateada porque o amigo caçoou dela ou porque ele pegou seu brinquedo emprestado e o quebrou. Aí a criança chega em casa triste e o pai intervém, dizendo que o amigo terá de pedir

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CSA

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desculpas ou que ele, o próprio pai, comprará um brinquedo igualzinho. Isso também é esperado e natural: os pais não querem que seus filhos se sintam frustrados ou sofram. No entanto, o que é natural e esperado nem sempre é educativo. No processo educativo, eu preparo a criança para lidar com o mundo – eu não transformo o mundo para ela. Preparar a criança para o mundo significa prepará-la para lidar com os sentimentos e frustrações naturais decorrentes das relações humanas. Por exemplo, quando uma criança faz uma aposta com um colega e perde, ela fica triste e quer o objeto apostado de volta. Então, pede para um adulto resolver o problema. Mas o adulto não deve evitar a frustração da criança; deve pensar no que ela pode aprender com o que aconteceu. Podemos dizer: “Eu sei o quanto você gostava daquilo, sei o quanto você demorou para conseguir e o quanto está triste”. Mas também temos de fazê-la refletir sobre o que é uma aposta – um ganha, mas alguém sempre sai perden-do. Outro exemplo: se nosso filho não é convidado para uma festa da classe, não temos de compensá-lo dando-lhe um presente ou fazendo outra atividade legal para minimizar sua tristeza. Podemos dizer que sabemos que é muito ruim não ter sido convidado, mas também pensar com ele sobre as razões que podem haver para isso: a mãe estipulou um número delimitado de amigos; o colega só quis convidar os amigos mais próximos; e assim por diante.

Labora: Compensar as frustrações de nossos filhos não é, definitivamente, uma ação educativa.Telma: Educar é compreender que, quando há um conflito, a aprendizagem ocorre somente quando permitimos a vivência das consequências. Isso para as crianças e para os jovens é difícil, mas acho que o é ainda mais para os adultos. Um exemplo: quando vamos viajar, em vez de ajudarmos nosso filho a lidar com a saudade, dizendo que dói mesmo, mas que o bom da saudade é que a pessoa volta, e quando voltamos dedicamos realmente um momento especial para ele, o que fazemos? Trazemos um presente, ou seja, compensamos. Precisamos de adultos que, mais do que compensar ou resolver os conflitos pelos filhos, contribuam para que eles aprendam a lidar com sentimentos dolorosos e também pro-movam o desenvolvimento de melhores estratégias. Ou seja: é preciso evitar dizer prontamente aos filhos como devem resolver um problema, porque é claro que as estratégias dos adultos são sempre melhores e porque isso gera dependência. Nosso papel é pensar com a criança como resolver uma questão e, ao mesmo tempo, ajudá-la a colocar a solução em prática. E quanto antes fizermos isso, melhor será, porque quando as crianças se tornam adolescentes já não compartilham com tanta frequência seus problemas com os adultos.

Labora: Que idade a criança deve ter para os pais começarem a fomentar estratégias de resolução de problemas?Telma: Para os pequenininhos, de até 4 anos, temos de dizer claramente

o que não fazer e o que fazer, porque eles, sozinhos, além de não saber identificar sentimentos, conseguem somente usar estratégias impul-sivas, como chorar, puxar e bater. Podemos orientá-los da seguinte maneira, por exemplo: “Seu amiguinho não tem como saber que você está bravo se você não falar. É preciso dizer que você está bravo. Posso chamá-lo e você dirá que está muito bravo porque ele o chamou de chato”. Ou: “Não pegue o brinquedo. Peça. Chegue perto do seu amigo e diga: ‘Por favor, você pode me emprestar seu brinquedo?’”. Por volta dos 5, 6 anos, já podemos dizer para a criança: “Temos um problema aqui. Você empurrou seu amigo. De que outra maneira você poderia ter mostrado que queria passar sem empurrar?”. Ouvir os envolvidos e fazer com que ouçam uns aos outros; colocar questões que os levem a refletir sobre as causas, a ações e as consequências; pensar em outras possibilidades de atuar: tudo isso é necessário se pretendemos favo-recer o desenvolvimento de estratégias mais assertivas e respeitosas de resolução de conflitos. No entanto, a intervenção do adulto deve ter sempre o sentido de buscar uma solução que seja justa para todos os

envolvidos. Também podemos sugerir uma solução, mas só depois de tentar fazer com que as crianças envolvidas pensem. Nesse caso, perguntamos se elas concordam ou se têm outra ideia para resolver o problema que seja igual-mente boa para ambos.

Labora: E os castigos, são limites ne-cessários?Telma: O objetivo de uma sanção é fazer com que o sujeito tome consciência de suas ações e de suas consequências. Tomemos um exemplo: quando o me-nino joga no teto do banheiro da escola aquele bolo de papel molhado e é pego, normalmente recebe uma advertência ou um bilhete para levar para os pais. Em termos pedagógicos, seria muito melhor colocar esse menino em contato com a pessoa que limpa o banheiro para que ela lhe dissesse, por exemplo, como se sentiu desrespeitada ao ver que seu trabalho não é valorizado. Para um

processo realmente educativo, a punição pode ser simples demais: o menino recebe uma sanção, quita o débito, mas não percebe o alcance e as consequências reais do que fez. Nesse caso, colocar o autor do conflito em contato direto com aquele que foi atingido é muito mais educativo. No entanto, há outras situações em que o uso de sanções se faz necessário. Se você está conversando com uma amiga e seu filho fica interrompendo, você diz: “Quero conversar e já falei para você não interromper. Então, você escolhe: fica e não interrompe ou vai brincar no seu quarto”. Se a criança continuar interrompendo, você pega na mão dela e diz: “Estou vendo que você prefere brincar no quarto”. Só que a criança pode sair a hora que for, contanto que voltar à sala signifique o compromisso de ter de seguir as regras. É diferente da proposta de uma supernanny, que faz com que sair ou não do “castigo” dependa do adulto. É preciso que a criança entenda a necessidade da regra e não que apenas a obedeça para evitar ser punida.

“... é esperado e natural: os pais não

querem que seus filhos se sintam

frustrados ou sofram. No entanto,

o que é natural e esperado nem sempre

é educativo. No processo educativo, eu

preparo a criança para lidar com o mundo

– eu não transformo o mundo para ela.

Preparar a criança para o mundo significa

prepará-la para lidar com os sentimentos

e frustrações naturais decorrentes

das relações humanas”

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E D u C A ç ã O

O rosto de espanto de um garoto de 6 anos

ao ver a batata em que colocou sal encher de

água. O sorriso de satisfação da menina de 9

anos ao conseguir que sua lâmpada acenda de-

pois de conectá-la a uma pilha, e uma satisfação

ainda maior ao descobrir que, com duas pilhas

juntas, a lâmpada brilha mais. O entusiasmo da

turma de 12 anos ao plantar sua horta orgânica

e o posterior interesse em conhecer as proprie-

dades medicinais de cada um dos vegetais que

estão cultivando. Essas são algumas reações de

nossos alunos frente às atividades realizadas

nas aulas de Ciências.

Aproveitamos esses momentos engatilha-

dores para resgatar a curiosidade natural que

há em cada criança e estabelecer, sem que se

perca o prazer de aprender, as bases do pensa-

mento científico. Isso porque queremos formar

um aluno que, além de curioso, seja capaz

de procurar explicações para o que observa e

imaginar maneiras de colocar suas hipóteses

em prática. Também é necessário conhecer

as explicações e conceitos que os cientistas

levaram anos para descobrir, pois são eles que

dão sentido e coerência à Ciência. No entanto,

o mais importante de tudo não é aquilo que

sabemos, mas o processo pelo qual chegamos

ao conhecimento.

Partindo desses princípios, na Educação

Infantil buscamos educar a curiosidade natu-

ral dos pequenos, levando-os a formularem

hipóteses, a discutirem em grupo e chegarem

a uma conclusão comum à sala. Para tanto,

são desenvolvidos projetos mais extensos. Ao

criar os tenébrios, por exemplo, durante todo

o desenvolvimento dos animais os alunos

aprenderam outros temas mais abrangentes,

como metamorfose, animais de jardim, tipos de

alimentação. Também procuramos trabalhar de

O ensino de Ciências no CSA

forma integrada com outras áreas. Quando os

alunos estudaram o Egito, em História, durante

as aulas de Ciências, plantaram, colheram e co-

meram os alimentos que os egípcios cultivavam.

No 1º EF, desenvolvemos, em parceria com a

Abramundo (antiga Sangari), um curso baseado

na investigação, o que supõe a identificação

de hipóteses, o uso do pensamento crítico e

lógico, e a consideração de várias explicações

para o mesmo fenômeno. Já do 2º ao 5º ano,

nossa maior preocupação é ensinar uma série de

habilidades relacionadas aos procedimentos de

investigação da Ciência, tais como obsevar, com-

parar, descrever, classificar, planejar experimen-

tos, propor hipóteses e previsões, analisar os

resultados, argumentar, interpretar informações

científicas de textos e outras fontes, como vídeo

e internet. Voltando ao exemplo da menina com

sua lâmpada, no 5º ano as turmas constroem

circuitos em série e paralelo e até montam uma

casinha e sua rede elétrica com os conhecimen-

tos adquiridos no módulo eletricidade.

Do 6º ao 9º ano, esperamos que os alunos

sejam capazes de nomear os fenômenos.

Utilizamos as aulas de laboratório para sair

do “mão na massa” e chegar no “mente em

ação”. Por exemplo, ao testar a eficácia das

especiarias no combate aos fungos, os alunos

aprendem habilidades científicas-chave, como

o planejamento experimental, a interpretação

dos resultados e a apresentação comum dos

dados. Depois, em sala de aula, as lacunas que

o experimento não conseguiu preencher são

fornecidas pelo professor ou por um texto que os

alunos devem transcrever com suas palavras.

Eles devem compreender as informações novas

e integrá-las às que já conhecem, inclusive

às recebidas nas aulas de História sobre as

Grandes Navegações e, assim, ser capazes de

escrever textos científicos.

Em suma: com essa metodologia, espe-

ramos educar nossos estudantes, desde os

anos iniciais, a observarem os fenômenos que

acontecem a todo o momento, serem mais

interativos, participativos e preocupados com

o mundo que os rodeia. E terem ferramentas

para poder desenvolver ideias próprias e decidir

futuramente seu rumo na vida.

Profa. Ana Paula Machado D’Ávila – Supervisora de Ciências da EI e do EF

foto: Welber Osti - CSA

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aconteceaconteceacontece5º ano visita a Fundação Maria Luísa eOscar Americano Em abril, as turmas do 5º ano estiveram na Fundação Maria Luísa

e Oscar Americano, localizada no bairro do Morumbi. Segundo a

professora Adriana Gouveia, o objetivo da visita foi ampliar o repertório

cultural dos alunos, bem como despertar seu interesse por História.

“Vimos vários objetos relacionados à Monarquia brasileira e quadros

de importantes personagens da época”, comentou. Giulia Reinhardt, do

5º B, gostou do passeio: “Eu vi onde o Oscar Americano morava. A casa

dele era muito grande e bem decorada, cheia de objetos”. Para Vitor

Pinto, do 5º A, a visita foi divertida: “Gostei de ver a antiga bandeira do

Brasil e a árvore genealógica da família real”.

Troca Literária do EFIDe 13 a 17/05, foi realizada a troca literária do EFI. Neste ano, 392 crianças participaram e

437 livros foram trocados. Com essa ação, o CSA visa levar os alunos a valorizarem ainda

mais os livros e cuidarem melhor do material que têm em mãos, também por saber que ele

poderá ser utilizado por outras pessoas. André Sica, do 3º A, aprovou a iniciativa: “Gostei,

porque descobri livros novos”. Maria Eduarda Barbosa, do 2º D, que participou da troca pela

primeira vez, também elogiou a ação: “Eu amei, porque trocava um livro por outro que um

amigo já tinha lido”. A professora de biblioteca Glaucia Albertoni falou sobre o projeto: “A cada

ano as trocas crescem e melhoram em qualidade. E, quem sabe mais para frente, as crianças

consigam fazer as trocas de livros autonomamente, sem a supervisão de um adulto”.

Alunos do CSA participamda 1ª fase da OBFNo sábado 18/05, 22 alunos do CSA

participaram da 1ª fase da Olimpíada

Brasileira de Física (OBF). Para a aluna Bruna

Benevides, do 1º B, que pela primeira vez

tomou parte na competição, tratou-se de um

desafio interessante: “Gosto muito da matéria,

mas mesmo assim achei a prova bastante

difícil. De qualquer modo, a experiência foi

muito válida”. Miguel Augusto de Toledo Arruda,

coordenador do Ensino Médio, explica que faz

parte do projeto pedagógico do CSA incentivar

os alunos a participarem de olimpíadas

científicas: “O aluno que participa das

olimpíadas aprimora seus conhecimentos e se

sente motivado a melhorar seu desempenho

acadêmico”. A 2ª fase da OBF será realizada

no dia 10 de agosto e a 3ª fase, em 28 de

setembro.

6º ano vai à Fundação CEUDe 17 a 19/05, as turmas do 6º ano realizaram um estudo do meio na Fundação

CEU – Centro de Estudos do Universo –, um dos maiores complexos de ciências

no Brasil voltado para a educação. Lá, participaram de várias atividades, como

sessão de planetário e projeção de multimídia sobre geologia, além de oficina de

rochas, que complementaram os estudos desenvolvidos nas aulas de ciências,

geografia e matemática. Felipe Lara, do 6º D, gostou da experiência: “Adorei

observar pela primeira vez pelo telescópio Saturno, a Lua e Ômega Centauro!”.

Os alunos realizaram ainda diversas atividades recreativas na Fazenda Peraltas,

onde ficaram hospedados.

fotos: Arquivo CSA

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Estudo do Meio em Itu e Saltopara alunos do 1º EMNos dias 13 e 14/05, as turmas do 1º ano do EM participaram

do estudo do meio nas cidades de Itu e Salto. No Parque Varvito,

localizado em Itu, os alunos puderam estudar e observar

formações geológicas específicas. Já na cidade de Salto, visitaram

o Memorial Tietê. Lá, puderam verificar a qualidade das águas

do rio, bem como sua relação com o modo de vida da população

ribeirinha. Para Maurício Travassos, do 1º D, o estudo foi muito

produtivo: “Obtive muita informação, principalmente sobre a

poluição do Tietê e as medidas tomadas para recuperá-lo, entre

elas a conscientização das pessoas”. Pedro Sardinha, do 1º B,

gostou da atividade: “Tinha muita curiosidade de ver a poluição

mais de perto. E isso me mostrou que se trata de um problema

muito grave. Como disse um dos monitores, é inconcebível que

o homem consiga chegar à Lua com seus potentes foguetes,

mas não consiga despoluir um rio”. Allan Birman, do 1º A, voltou

otimista do estudo: “Espero que daqui a pelo menos 20 anos, com

esforço e vontade política, o Tietê seja recuperado”.

Ótimos resultados no xadrezO XVIII Torneio Interescolar de Xadrez do Colégio Albert Sabin,

realizado no dia 25/05, reuniu 259 participantes de treze escolas.

Os alunos do CSA se destacaram, entre eles Helena Biasi e Tiago

Brancher, que receberam troféu feminino e masculino de vice-

campeões na categoria 3º EF. Nessa mesma categoria, Arthur

Nogueira e Gabriel Vidigal Couto conquistaram o quarto e quinto

lugares respectivamente. No grupo do 4º EF, Bruno Vidigal Couto ficou

com a quinta posição, Pedro Viacava Caldeira com a oitava e Felipe

Gallo com a décima. Já Leonardo Hungria de Almeida conquistou o 6º

lugar na categoria 5º ano. Na colocação geral, o CSA foi vice-campeão.

“Os alunos estão se aperfeiçoando e se dedicando cada vez mais.

E os resultados estão aparecendo. Parabéns a todos pelos ótimos

resultados e também aos pais, que têm incentivado muito os nossos

enxadristas”, comemorou o professor Antonio Carlos de Resende.

9º ano visita a PinacotecaNos dias 23/05 e 6/06, as turmas do 9º ano fizeram uma visita

monitorada à Estação Pinacoteca do Estado de São Paulo. Lá,

puderam conferir a exposição retrospectiva de Angelo Venosa, um

dos mais destacados artistas paulistanos da geração de 1980, e a

mostra Papéis na Coleção Nemirovsky, com cerca de 50 trabalhos,

tanto desenhos quanto gravuras, realizados por artistas como Lasar

Segall, Helio Oiticica e Tarsila do Amaral entre 1935 e 1988. Com essa

visita, o CSA teve como objetivo dar início à preparação dos alunos

para o contato que terão com a arte contemporânea em Inhotim, no

2º semestre.

2º EF no Aquário de São PauloNos dias 21 e 24/05, as turmas do 2º EF visitaram o Aquário de

São Paulo, localizado no bairro do Ipiranga. A atividade permitiu

que entrassem em contato com o mundo dos animais marinhos,

aprendendo ainda mais sobre seu modo de vida, as formas de

reprodução e alimentação. Os alunos também aprofundaram seus

conhecimentos sobre biodiversidade, preservação e extinção das

espécies que lá habitam. Maria Eugênia, do 2º D, adorou a visita:

“Descobri que alguns tubarões precisam se movimentar para retirar

oxigênio da água. Então, eles nadam dormindo”. Gabriela Tommasini

Rizk, do 2º A, afirmou ter aprendido muito: “Para o bicho preguiça ir

ao banheiro, ele precisa encontrar uma superfície gelada. E o mais

interessante é que ele dorme 20 horas por dia”.

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E S P O R T E

Evento esportivo promove integração entre alunos do EF2 e aprendizado de valores

OLISA TEENS 2013

Entre os dias 22 e 26 de abril, foi realizada a VII Olisa Teens, Olimpíada do Santo

Américo para alunos do 6º ao 9º EF. Como em edições anteriores, os jogos foram dispu-

tados entre quatro equipes do mesmo ano, formadas por alunos de diferentes classes,

mediante sorteio, para possibilitar uma maior integração.

O grande diferencial da Olisa são os pontos vitais – atitudes como respeito pelo

adversário e cooperação com colegas são avaliadas e recebem pontuação. Neste ano,

houve duas novidades: o Concurso de Dança para as turmas do 6º e 7º anos e um lanche

especial para a equipe vencedora de cada ano.

“Essa quebra na rotina escolar, com uma semana de jogos na companhia de alguns

colegas de outras salas, propicia aos alunos uma abertura que pode resultar na conquista

de novos amigos e de um olhar mais acolhedor para o outro”, observou Gedeon Piller,

coordenador do departamento de Educação Física.

Resultados

Classificação geral1º lugar – Equipe da Hungria – 6º ano

2º lugar – Equipe do México – 7º ano

3º lugar – Equipe de Camarões – 8º ano

Pontos vitais1º lugar – Equipe da Hungria – 6º ano

2º lugar – Equipe da Itália – 6º ano

3º lugar – Equipe do Egito – 8º ano

fotos: Arquivo CSA

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E n S I n O F u n D A M E n TA L 1

Quando assistimos a um filme de que

gostamos, compartilhamos com outras

pessoas nossas impressões e tentamos

convencê-las a viver essa experiência. O

mesmo acontece quando lemos um livro.

Certas narrativas são tão significativas para

nós que queremos convidar outras pessoas

a fazer a mesma leitura.

Com as crianças, não é diferente. À

medida que se envolvem em um contexto

intenso de leitura, começam a dar valor

e participar de conversas indicando seus

livros preferidos. Esses momentos ajudam

a construir uma comunidade leitora, em

que as crianças começam a querer explorar

novos livros, apreciam os efeitos que cada

um deles produz, falam sobre essas sensa-

ções, recomendam leituras e analisam as

recomendações recebidas pelos colegas,

desenvolvendo, ao longo desse processo,

gostos e preferências por obras, gêneros

e autores.

No Ensino Fundamental I, essas con-

versas já fazem parte da rotina dos alunos,

tanto nas salas de aula como nas aulas da

biblioteca, e agora estão tomando forma

também na plataforma EAD.

A cada aula de biblioteca, as crianças

têm a oportunidade de conhecer um novo

livro, indicado pela professora. No entanto,

essas sugestões não teriam sentido se

ficassem apenas nas mãos da professora.

Assim, com a mediação das professoras

parceiras, os alunos também fazem suas

indicações literárias, compartilham nar-

rativas que deixam os colegas curiosos,

contam porque escolheram determinado

livro, mostram uma ilustração que chamou

sua atenção e produzem resenhas.

Todos esses comportamentos leitores

estão norteando o trabalho com a literatura

infanto-juvenil no Ensino Fundamental I.

Leia uma das indicações e veja qual mais

lhe agrada!

Indicações literáriasGlaucia Barcena Albertoni – Professora de Biblioteca

As aventuras de Tintim – Alex Irvine“É um livro de:• Ação – a personagem é ativa e muito inteligente;• Mistério e suspense – a personagem tenta solucionar mistérios ao longo da história;• Comédia – a personagem Tintim, seu cachorro Milu e um capitão bêbado são engraçados e atrapalhados. O jovem jornalista Tintim e seu cachorro chamado Milu vão juntos atrás de pistas para solucionar o mistério do Licorne, um navio muito rico que foi incendiado por piratas. No meio da busca, Tintim encontra um pirata chamado Haddok, que acabou virando seu amigo e juntos farão parte de uma grande aventura.” Dica da Cristina Bordalo Amaro Krueder – 5º C

Isaac Newton e sua maçã – Kjartan Poskitt“Eu indico este livro, da editora Cia das Letras, coleção Mortos de Fama, por-que conta a história de um grande físico inglês que descobriu a gravidade. Recomendo aos fanáticos por ciências.”Dica do Eduardo Sanches Loeser – 5º D

Danny, o campeão do mundo – Roald Dahl“O livro conta a história de um garoto que mora com seu pai, em uma

carroça que fica do lado de um pequeno posto, propriedade do pai. Um dia Danny acorda no meio da noite e nota que seu pai não está presente.

Aterrorizado, sai da carroça e encontra o pai, um homem muito meigo e divertido, saindo do meio do bosque. Então nessa noite o garoto descobre

um segredo de seu pai que nunca desejaria ter ouvido e acaba vivendo uma grande aventura. Leia este livro, descubra o segredo e

divirta-se com as aventuras de Danny e outras histórias!”Dica do João Vicente Reginato – 4º B

A pirâmide vermelha – Rick Riordan“Eu gosto do livro A pirâmide vermelha porque ele fala de uma aventura de dois irmãos que se envolvem com os mitos do Egito Antigo. Também

gosto do livro 2 (O trono de fogo) e do 3 (A sombra da serpente).”Dica da Nicole Venancio Durand – 4º A

Os contos de Grimm – Irmãos Grimm, trad. Tatiana Belinky“Eu gostaria de indicar o livro Os contos de Grimm. Ele tem uma letrinha bem pequenininha, mas é muito legal e tem muitas histórias. A profa. Glaucia que indicou e tem histórias que os meninos e as meninas vão gostar.”Dica da Laura Lemgruber – 2º A

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DEBATESdo Ensino Médio 2013

E M FO C O

A América Latina é nossa casa. Por mais que o sonho da integração entre as diversas nações, amplamente difundido por Bolívar, seja ainda uma meta a ser alcançada, não podemos duvidar de que

existe uma identidade latino-americana. O sentimento de pertencer a este solo comum da fronteira do Rio Grande à Terra do Fogo não vem da construção de iden-tidades nacionais falsificadas no contexto das independências políticas comandadas pelas elites agrárias no século XIX. Vem do sofrimento e da luta de todo um povo que desde a colonização vê arrancadas suas riquezas naturais e explorado seu trabalho para que as nações europeias e os Estados Unidos se desenvolvam. E que mesmo na miséria, na fome, no desemprego e na desesperança sorri, dança e canta sua cultura, sua diversidade.

Desde a Doutrina Monroe ao Projeto da ALCA (Área de Livre Comércio das

“Nuestras discordias tienen su origen en las dos más copiosas fuentes de calamidad pública: la ignorancia y la debilidad.”

Simón Bolívar

Américas), da Aliança para o Progresso ao Consenso de Washington, predomina a lógica da exploração do trabalho e das riquezas do território latino-americano, que está na origem de seu subdesenvolvi-

mento. E é esta lógica que joga as nações latino-americanas umas contra as outras na disputa por mercados, na submissão ao livre-comércio, que favorece mais aos países ricos. Dessa situação resultou o narcotráfico, o crime organizado, as guerrilhas, os grupos paramilitares, as ditaduras. É nesse contexto que políticos aventureiros, demagogos e populistas en-contram terreno fértil para suas retóricas. Mas também daí é que paradoxalmente se fortalece a crença na democracia e nos direitos humanos, que se constroem laços de solidariedade, que se fortalece a sociedade civil e que vislumbramos a possibilidade de uma integração, ainda que claudicante.

América Latina: em busca de uma integraçãoProf. Rui Calaresi

Alunos do 2º ano participaram da 3ª edição do projeto, que colocou em discussãoas relações políticas, sociais e econômicas entre os países da América Latina

É desse universo geopolítico e geoeco-nômico que os alunos do 2º ano tiveram de se apropriar para participar do projeto Debates do Ensino Médio 2013. Muitas vezes esquecida nos currículos de história

e geografia, a América Latina é hoje uma região a se destacar, pela forma eficiente como combateu a crise econômica mun-dial, pela busca de um caminho próprio de enfrentamento de seus problemas. As novas gerações precisam conhecer essa trajetória para que possam protagonizar uma nova realidade, um antigo sonho. Como diz a música:

“Já foi lançada uma estrela

Pra quem souber enxergar

Pra quem quiser alcançar

E andar abraçado nela.”

Canción por La Unidad Latinoamericana –

Pablo Milanés e Chico Buarque

DEBATESdo Ensino Médio 2013

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Conheça melhor o projetoIdealizado e organizado por Miguel Augusto de Toledo

Arruda, coordenador pedagógico do Ensino Médio, “Debates do Ensino Médio” é destinado às turmas do 2º ano. O objetivo do projeto é desenvolver as habilidades de pesquisa, escrita e oratória, além de propor o estudo de importantes questões da atualidade.

Neste ano de 2013, em sua terceira edição, “Debates” teve como tema a América Latina e suas relações de conflito e cooperação. Cada grupo de alunos foi sorteado para representar e assumir o ponto de vista de um dos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, México, Paraguai e Venezuela.

Orientados pelos professores Rui Calaresi e Paulo Roberto Menezes (Geografia), Monica Lungov e Raquel Funari (História), e Denise Maiolino (Redação), cada grupo elaborou um trabalho escrito, apresentado para os colegas de sala. Na sequência, deu-se início à primeira fase dos “Debates”, entre grupos de uma mesma classe, sendo classificadas para a final oito equipes – as que melhor representaram cada um dos países. Os vencedores foram escolhidos em função da média calculada com as notas dadas em cada fase do projeto.

O projeto ‘Debates’ permitiu que os alunos pudessem conhecer e entender os maiores conflitos que afetam o ser humano e o meio ambiente na América Latina. Eu, particularmente, aproveitei essa oportunidade ao máximo para aprender sobre o sistema político-econômico dos países latino-americanos. Acredito que o conhecimento sobre esse tema é essencial para a formação de qualquer aluno. Além disso, o evento envolve partes escritas e orais, o que me ajudou a desenvolver essas habilidades. Gostei bastante de participar, aprendi várias coisas novas, não apenas sobre o tema, mas também sobre métodos de pesquisa e organização em grupo.Anna Paula P. Vianna, II C

A partir da realização do projeto ‘Debates’, tive a oportunidade de conhecer os países da América Latina, assim como as relações que eles estabelecem entre si. Minha visão em relação à Colômbia, o país que representei, era cercada de preconceitos, mas depois dos estudos e pesquisas conheci realmente quais são suas verdadeiras características. Vejo que, sem o projeto, provavelmente eu não iria adquirir tal conhecimento, pois os assuntos abordados não estão inclusos no currículo escolar. Além disso, as atividades desenvolveram minha capacidade argumentativa e oratória – falar em público nunca foi o meu forte. Outro ponto que considero positivo do ‘Debates’ é a valorização do trabalho em grupo, visto que a união entre todos os alunos das classes é de extrema importância, principalmente na fase de produção dos Manifestos.Marília Ferreira, II C

fotos: Welber Osti - CSA

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Premiação – Realizada no dia 18 de junhoClassificação final

1º lugar (também prêmio de Melhor Comunicação Oral): II D – Venezuela – Carolina Fernandes Parasmo, Eduardo Droghetti Mello, Paulo Otávio Gasparro Silvestre e Rafaella Alvarez Odebrecht

2º lugar: II D – Paraguai – André Fontenelle Angelim Pereira, Carlos Eduardo Matutino Gomes, Eduardo Frontini e Felipe Bouabci Simões

3º lugar: II C– Colômbia – Khess Santomauro Dotto, Leonardo Crivellaro Ritschel e Marília Ferreira dos Santos

4º lugar: II C – México – André Bussamara Casmerides, Pedro Luis Pereira de Carvalho e Renato Giavina Bianchi

Prêmio de Melhor Trabalho Escrito: II D – Bolívia – Gustavo Gabrig Arbex, Gustavo Torres da Silva, Lucas Caetano Araújo Silva e Pedro Adayme Cunha

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A competição, a disputa e a concorrência estão intensamente presentes no mundo dos negócios. Sua prática faz-se fundamental e imprescindível no período anterior ao qual elas serão realmente efetivadas. Portanto, uma vez que o projeto ‘Debates’ promove não só o aprendizado sobre o tema anual – no caso de 2013, a América Latina –, mas também dá aos alunos a oportunidade de se expressarem diante de um público por meio de uma discussão formal, a atividade possibilita a incrível experiência de treinarmos essas habilidades. Das vestes ao linguajar, tudo se espelha nos futuros obstáculos que a maioria terá um dia em sua carreira.Leonardo Crivellaro Ritschel, II C

O projeto ‘Debates’ alcançou mais do que o patamar escolar. É um projeto cultural que nos fez entrar em contato com outra realidade. Os conhecimentos adquiridos não serão somente aplicados em sala de aula, mas no dia a dia também. Foi um trabalho que aumentou nossas noções sobre política, economia e questões sociais, além de promover a integração, não apenas entre os membros de um grupo, mas entre todos os colegas de sala. Uma oportunidade única e muito importante para a formação cultural e pessoal de cada um de nós.Rafaella Alvarez Odebrecht, II D

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E n S I n O M É D I O

De 6 a 11 de maio, as turmas do 1º ao 3º ano do Ensino Médio participaram da Semana das Profi ssões. Nesta edição de 2013, o evento trouxe como inovação uma palestra de abertura, cujo objetivo foi levar os alunos a refl etirem, de modo amplo, sobre a escolha de uma profi ssão nesse início de século XXI.

Marcelo Bertini de Rezende, presidente da Cinemark Brasil e pai de aluno, foi responsável por essa tarefa, orientando os alunos da seguinte maneira: “O importante é primeiro exercitarmos nosso autoconhecimento, entendermos quais são nossas vocações, nossos talentos e identifi carmos o que gostamos de fazer. Não é um processo fácil, nem imediato, muito menos defi nitivo. Essa é uma refl exão que deve ser feita constantemente, porque aumentará signifi ca-tivamente a possibilidade de acertarmos as nossas decisões profi ssionais ao longo da vida. Também é fundamental explorar, conhecer e testar as inúmeras alternativas que o mercado de trabalho oferece, não se limitando a opções reconhecidamente aceitas, nem se restringindo aos limites geográfi cos. Não tenham medo de errar, porque essa é uma das melhores formas de aprender. Não tenham medo de mudar e fazer correções de rota, uma vez que vivemos em constante evolução. O importante é construir uma história consistente, que faça sentido para você e cujo principal objetivo seja a busca da sua felicidade. Se você for honesto consigo mesmo, o mercado vai entendê-lo e recebê-lo de portas abertas”.

Outros doze profi ssionais de diferentes áreas – a maioria pais e ex-alunos, escolhidos justamente pela relação especial que estabelecem com os alunos – vieram ao colégio conversar com os estudantes, transmitindo sua vasta ex-periência profi ssional e orientando-os também em função de sua experiência

pessoal, extremamente valiosa para os jovens.

Iniciativa integrante do Projeto de Orientação Profi ssional do CSA ofereceu palestras com doze profi ssionais de diferentes áreas, visitas a hospital e faculdades

Semana das Profi ssões 2013

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Profi ssões 2013

Depoimento de palestrante“A necessidade de decidirmos sobre uma profi ssão e, portanto, sobre o futuro, ocorre em uma época muito precoce, sem que tenhamos tido chance de conhecer melhor a vida. Essa iniciativa do CSA possibilita aos jovens receberem uma gota da experiência vivida por profi ssionais, para que possam, pelo menos, se imaginar na mesma posição e tentar ver se é isso o que realmente querem. Parabéns ao CSA.” Hélio Castello / Medicina

Depoimentos de alunos“Ultimamente tenho tido muitas dúvidas a respeito de que carreira seguir. Nesse sentido, a Semana das Profi ssões foi de muita ajuda. Tive a oportunidade de conversar e tirar dúvidas com diversos profi ssionais de alta qualidade. Sem contar que pude conhecer um pouco mais cada área de atuação.” Juliana Fakhoury, 1º EM

“A Semana me ajudou a tirar dúvidas sobre as carreiras de Arquitetura e Engenharia. As palestras, ótimas, trouxeram todas as informações para eu poder ver que realmente quero cursar Arquitetura.” André Casmerides, 2º EM fo

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A P M – A S S O C I A ç ã O D E PA I S E M E S T R E S

Cerca de 10 mil pessoas divertiram-se a valer na Festa Junina do Colégio Santo Américo, realizada no dia 15 de junho.

Barracas com inúmeras brincadeiras e brindes para a criançada, outras com quitutes deliciosos, as danças juninas

dos pequenos e dos grandes, o bingo com excelentes prêmios: tudo isso contribuiu para um arraial muito animado!

Além de visar a integração da comunidade Santo Américo, a festa tem ainda caráter solidário:

as 8.020 latas de leite e parte da renda foram doadas às Obras Sociais do Mosteiro São Geraldo.

“Agradecemos a todos pela colaboração e participação, que tornaram essa festa um enorme sucesso”,

enfatizou Keyla Martins, presidente da APM 2013.

Festa Junina nota 10!

na sexta-feira, 14/06, foi a vez da Festa Junina do Maternal,com direito a danças e comidinhas juninas.

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AEA na Festa JuninaNeste ano de 2013, a Associação de Ex-alunos teve uma participação especial na Festa Junina. Lançou uma nova barraca

de brincadeira, o minigolfe, que fez um grande sucesso com suas três diferentes pistas. Vários ex-alunos colaboraram e

muitos que chegavam para jogar com seus filhos demonstravam alegria ao encontrar amigos da época de colégio.

Além do minigolfe, a AEA marcou presença no evento com seu usual ponto de encontro, que desta vez contou com a

parceria do Núcleo de Memória. Lá foram expostas fotos de turmas de ex-alunos e também antigas fotos do CSA.

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“Além da enorme felicidade

de ver as crianças eufóricas para

dar suas tacadas, uma das maiores

alegrias dessa barraca foi propiciar

o encontro entre colegas de infância

que aqui estudaram e que sempre

demonstram que os valores recebidos

no CSA são fortes e eternos.

Foram muitas risadas com amigos,

professores e monges.”

Victor Oliva, vice-presidente da AEA

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R E S P O n S A B I LI D A D E S O C I A L

Por um futuro e um presente melhores

Ao se conhecer o Centro Comunitário de Trabalho de Paraisópolis (CCT), percebe-se nitidamente a grande importância do trabalho realizado por esse núcleo das Obras Sociais do Mosteiro São Geraldo. Localizado dentro da comunidade de Paraisópolis, o CCT atende atualmente a 749 crianças e jovens de zero a 18 anos, que ali recebem uma educação e atenção muito particular. “Fui aluna do CCT, meus irmãos também, e minha filha, Kamilly, de 4 anos, estuda aqui desde 2012. Sei que é o melhor lugar para ela ficar e se desenvolver, pois está sendo cuidada por pessoas especiais”, observou Bianca Neves da Silva.

Com o objetivo de aprimorar o atendimento a seus alunos, as Obras Sociais promoveram uma grande reforma no CCT de Paraisópolis, que neste ano abriu mais 50 vagas para seu Centro de Educação Infantil. “Como a procura para a faixa etária dos zero aos 6 anos é a maior, de-cidimos que as duas salas novas seriam destinadas a essas crianças. Assim, em vez de 219 alunos, recebemos agora 269”, pontuou Margarete Negrão, coordenadora geral do núcleo. O horário de atendimento, que ia das 7h às 17h, também foi ampliado e se estende das 6h30 às 18h30, possibilitando às mães que trabalham deixarem seus filhos mais cedo e buscarem-nos mais tarde.

Ainda outras mudanças foram realizadas. O Laboratório de Informática, que era destinado a crianças de 15 a 18 anos, passou a dedicar-se desde o início deste ano a alunos de 10 a 18 anos, ganhou uma sala mais ampla, mais e novos equipamentos. “Antes tínhamos 18 e agora temos 30 computadores. E como as máquinas são novas, as aulas rendem e os alunos conseguem aprender muito mais”, afirmou John Bertoldo, professor de informática do

Reforma no CCT de Paraisópolis possibilitou, entre outros, a ampliação do atendimento a mais 50 crianças de zero a 6 anos

CCT. “Nosso sonho é abrir essa sala à noite para a comunidade, propi-ciando um aprendizado que pode levar muitas pessoas a terem melhor qualificação profissional e, assim, mais chance de encontrarem um trabalho”, sinalizou Margarete.

As oficinas de corte e costura, de teatro, de jogos e brincadeiras e de literatura também ganharam salas mais amplas. Espaços mais organizados melhoraram a concentração e o envolvimento dos alunos, permitindo aos educadores um trabalho de maior qualidade. Além disso, parte da quadra externa foi coberta, permitindo sua utilização em dias de chuva. Por sua vez, foi contratado um auxiliar de biblioteca, que per-manece no CCT ao longo do período letivo, fato que estimulou os pais a pegarem livros emprestados quando vão buscar os filhos.

O ex-aluno Vinicius Trindade, que frequenta o núcleo desde os 8 anos e agora é voluntário, na área de música, assevera que o CCT mudou sua vida. “O CCT me proporcionou conquistas antes impensáveis: treinar handebol; frequentar cursos de tecnologia educacional no Santo Amé-rico, o que me motivou a fazer o Curso Técnico de Informática na ETEC; participar de uma orquestra e hoje alimentar o sonho de ser maestro. Graças a essas vivências, tento passar para os alunos tudo o que aprendi ao longo desses 11 anos de CCT e como eles podem melhorar as suas vidas”, afirmou Vinicius.

Desde 1969, há 44 anos, o CCT oferece educação, atenção, formação e novas possibilidades para essas crianças e jovens. “Queremos que eles tenham não só um futuro, mas um presente mais rico, mais digno”, concluiu Margarete Negrão.

fotos: Welber Osti - CSA

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V I V E R A R E LI GI ã O

GRASSA: a felicidade de serum voluntárioEm 2013, cresce a participação de alunos noGRupo de Alunos Solidários do Santo Américo (GRASSA)

Em 2006, movidos pela vontade de ajudar o próximo, cinco estudan-tes do CSA decidiram criar o Grupo de Alunos Solidários do Santo Américo (GRASSA). Desde então, o grupo não parou e o interesse dos demais alunos em realizar trabalhos voluntários cresceu. Em 2013, a proposta ganhou mais força com a participação recorde de 21 voluntários do 6º EF ao 3º EM.

Desde o início deste ano letivo, o GRASSA colabora com a instituição so-cial Cáritas João Paulo II, localizada em Monte Kemel, que atende atualmente a 80 crianças de 4 a 11 anos nos contraturnos escolares e é coordenada por uma ex-aluna e atual mãe de aluno do CSA. Todas as quartas-feiras, das 13h30 às 15h30, os 21 voluntários do Santo Américo auxiliam na alfabe-tização dos menores e ajudam os mais velhos em suas tarefas escolares, além de brincar com todos durante os recreios. As atividades são criadas e propostas pelos próprios alunos, em um exercício de maturidade.

“O GRASSA está ganhando cada vez mais uma dimensão maior, não somente pelo número de participantes, mas principalmente pelo envolvi-mento, pela doação de cada aluno. Vejo em cada um de nossos voluntários a alegria de poder ajudar e a alegria de sentir a gratidão das crianças ajudadas. Assim, eles percebem que sua atividade tem valor imensurável: o de semear o amor no próximo, conforme os ensinamentos de Jesus”, observou Murilo Santiago, agente pastoral do CSA, que todas as quartas-feiras acompanha e desenvolve junto com os alunos as atividades no Cáritas.

Para Regina Célia Tocci Di Giuseppe, diretora Ético-Religiosa do CSA, o GRASSA é resultado do trabalho realizado pelo Santo Américo com seus alunos desde os anos iniciais: “Desde pequenos, os alunos participam de projetos sociais. Nosso objetivo é fazê-los conhecerem outras realidades e também perceberem que podemos ajudar os que mais precisam. E que isso, em vez de significar um sacrifício, é uma alegria, pois os que ajudam também saem ganhando, e felicidade!”.

DEPOIMEnTO DE ALunOS VOLunTÁRIOS

“É um enorme prazer ir à creche e poder proporcionar felicidade a tantas crian-ças. Além disso, o GRASSA também é uma espécie de terapia para seus voluntários, um modo de se desligar dos problemas cotidianos e até mesmo repensar a dimensão que se dá a eles. Participar desse grupo ajuda a expandir nossa visão de mundo de forma divertida.” Marina Kishinami, 1º A do EM

“O GRASSA permite que pratiquemos atos de solidariedade tanto prezados pela escola. Ir à creche e brincar com as crianças é uma experiência de vida muito grande, porque além de elas transmitirem uma energia muito grande, você também acaba se divertindo muito.” Roberto Vidigal Neto, 1º A do EM

PARTICIPE!Junte-se ao GRASSA e ajude a fazer a diferença.

Todas as quartas-feiras, das 13h30 às 15h30. Programe-se e participe de acordo com sua disponibilidade! Informações com Murilo ou Regina.

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FO R M A ç ã O C O n T I n u A D A

Formação de professoresCom o objetivo de manter o corpo docente do colégio sempre atualizado e em permanente processo de aperfeiçoamento, o Santo Américo propicia, continuamente, palestras, assessorias e cursos a seus professores. Confira os eventos do 2º bimestre de 2013.

CuRSOSA exploração do ambiente natural: o pátio como recurso para crianças de zero a 3 anosParticipantes: Ana Claudia Gorgulho Figueiredo, Fernanda Leme Garcia da Silva, Fernanda Raschi Saroldi, Gabriella Tocci Di Giuseppe, Lucilene Santana Amaral, Regina Célia Ono, Thais Silva de Moraes, Tathiana Maria Mazzieri Leite e Vitor Ricardo PolatiData: 27 de abrilLocal: Instituto Singularidades

Música e Dança na EducaçãoParticipante: Marco Luiz M. G. AmaroData: 8 a 12 de julhoLocal: Associação Orff de Madri/Espanha

Brincadeiras cantadas e jogos com instrumentos musicaisParticipante: Vanessa GueroniData: 25 a 27 de julhoLocal: Escola da Vila

COnFERÊnCIA80 anos da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo Palestrante: Fernando Henrique CardosoParticipante: Miguel Augusto de Toledo ArrudaData: 27 de maioLocal: FESPSP

Assembleias escolares e gestão da sala de aulaKátia Steffen Brianti – Psicóloga do 8º e 9º anos e do Ensino Médio

O PROSA, Centro de Estudos do CSA, contou com a participação de Ulisses Araújo, docente titular da Universidade de São Paulo, com vasto estudo e trabalho sobre educação e construção de valores. O encontro nos proporcionou uma excelente oportunidade de reflexão sobre conflitos, relações interpessoais e ética.

Segundo Araújo, a escola oferece diversas formas de interação entre as pessoas e, consequentemente, nela surgem conflitos inerentes às relações e ao processo de desenvolvimento humano. Assim, trata-se de um lugar privilegiado para pensarmos estraté-gias de mediação e resolução de conflitos.

A palestra convidou-nos a considerar a técnica das assembleias escolares como modelo de gestão da sala de aula, cujo principal aspecto consiste na discussão e busca de soluções coletivas.

As assembleias podem ser utilizadas pelos educadores como um modo de estabelecer parceria com os alunos na busca

por transformar conflitos sociais em aprendizagem. Pela via do diálogo, as assembleias tendem a favorecer as experiências de cooperação, argumentação, ampliação do senso crítico e o traba-lho com emoções e afetos, além de evitar a violência. Em suma, trata-se de um procedimento que contribui para a formação de pessoas mais éticas.

Por outro lado, o professor Ulisses enfatizou que é necessária a incorporação de um trabalho sistematizado com as assembleias no cotidiano escolar para a possibilidade real de solução de con-flitos. Ou seja: a inclusão de um momento institucional de palavra e diálogo, que rompa com concepções educacionais cristalizadas que separam formação e conteúdo, o campo científico e o cotidia-no, o racional e o emocional, entre outros.

Conflitos e sua resolução são parte importante do processo educativo e não apenas problemas a serem administrados.

EnCOnTROSII Encontro internacional sobre o uso de tecnologias da informação por crianças, adolescentes, jovens e adultosParticipantes: Claudia Sartori Zaclis, Cristina Maria de Oliveira Magalhães e Mônica Hermini CamargoData: 16 e 17 de maioLocal: Universidade Presbiteriana Mackenzie

Encontro Internacional Anna Marie HolmParticipantes: Danilo Anzai, Silvia Fuertes e Vera TamburusData: 22 de junhoLocal: Escola Jardim dos Pequenos

III Encontro Internacional de xadrez Escolar A pedagogia do xadrezParticipante: Antonio Carlos de ResendeData: 1 a 4 de julhoLocal: Havana (Cuba)

PALESTRASAssembleias escolares e gestão da sala de aulaPalestrante: Ulisses AraújoParticipantes: Professores da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e Ensino MédioData: 22 de abrilLocal: PROSA – CSA

Tempo na escola é conteúdo escolar?Palestrante: Cisele OrtizParticipantes: Professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental IData: 6 de maioLocal: PROSA – CSA

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Estudos do meio: por quê?Paulo Roberto Menezes – Professor de Geografia do 7º EF e 3º EM

As saídas pedagógicas para estudo do meio devem ser consideradas parte integrante e essencial da construção

interdisciplinar do conhecimento. Proporcionam aos estudantes a oportunidade de vivenciarem na prática os conceitos

e procedimentos desenvolvidos em sala de aula. Uma vez “em campo”, os alunos se aproximam da realidade concreta,

observando-a e analisando-a em seus variados aspectos.

Para que esses objetivos sejam alcançados, é necessário um planejamento detalhado por parte da coordenação

pedagógica e do grupo de professores envolvidos. Afinal, o foco deve ser que a atividade faça sentido para os estudan-

tes, possibilitando que percebam a relação entre o que aprendem em sala de aula e a realidade vivenciada durante as

atividades realizadas em campo.

Sendo o estudo do meio um prolongamento da aula, requer como qualquer outra atividade pedagógica um produto

final, que pode ser desde um trabalho escrito, um seminário, a elaboração de páginas na internet ou a produção de vídeos.

Neste primeiro semestre de 2013, os professores de Geografia, em conjunto com os professores de Ciências, Ma-

temática e História, planejaram e realizaram atividades de estudo do meio em Itu e Salto para os alunos do 1º EM, no

Parque Estadual do Alto do Ribeira (PETAR) para os alunos do 8º EF e na Fundação CEU (Centro de Estudos do Universo),

onde, além dos trabalhos pedagógicos, os estudantes do 6º ano participaram de atividades recreativas, demonstrando

ser possível reunir, em determinadas saídas, o trabalho pedagógico com a diversão e o lazer.

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Na avaliação de Redação do 8º ano, pediu-se aos alunos que elaborassem uma pequena notícia, com subtítulo e olho, sobre um menino de 12 anos que criou um aplicativo de educação. Confira, abaixo, dois textos que mais se destacaram.

Menino de 12 anos cria aplicativo de educação evira sucesso na internet

Aplicativo de matemática é o mais vendido pela Apple Store BR

“Não acreditava que meu aplicativo viraria um sucesso; estou muito feliz”,

diz Natan

Natan Gorin, 12, criador do aplicativo de matemática,

conta que não acreditava que viraria um sucesso. O menino

diz que voltava da escola pensando em tudo o que tinha

aprendido e decidiu criar um aplicativo para ser mais diver-

tido estudar.

O aplicativo tem todo o conteúdo de matemática do 7º ano,

com teorias e exercícios. Natan conta que está pensando em

criar outros sobre ciências e geografia.

Daniela Jorge, 8º A

Menino de 12 anos cria aplicativo de educação evira sucesso na internet

Jovem cria aplicativo educacional e vira sucesso

Um menino de apenas 12 anos criou um aplicativo educacional que foi um dos

mais comprados da Apple Store BR

Depois de ser entrevistado, Natan Gorin, 12, criador do apli-

cativo, disse que não houve dificuldade alguma para a criação

do “app”. “Nós ficamos surpresos quando ele veio contar a

novidade” – disse a mãe de Natan.

O aplicativo visa ajudar aos jovens que estão na escola a

organizarem suas notas. “Funciona como um boletim!” – disse

o garoto. O menino já faturou mais de mil reais com a venda do

dispositivo.

Camila Borges, 8º A

Reprodução

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Colégio Santo AméricoEspaço Cultural Dom Gabriel Iróffy

Colégio Santo AméricoRua Santo Américo, 275 - MorumbiCEP: 05629-900 - São Paulo / SPTel.: (11) 4084-1888Fax: (11) [email protected]

No Espaço Cultural Dom Gabriel Iróffy, criou-se uma nova sala ambiente para as aulas curriculares de xadrez do 1º ao 4º EF, bem como as do curso extracurricular. Nela há um xadrez gigante, mesas apropriadas para uso dos tabuleiros, tabuleiro magnético de ensino, computador e projetor multimídia.

Há ainda, no Espaço Cultural, uma sala própria para as aulas extracurriculares de dança, ministradas para as alunas do Jardim ao 5º ano do EF.

Esse grande investimento do CSA tem como objetivo proporcionar aos alunos espaços adequados e modernos para que tenham um envolvimento cada vez maior com as atividades propostas.

fotos: Welber Osti - CSA