DE OLERICULTURA, 51. Anais Viçosa: ABH. 438-444 Horta ... Escolar um... · Anais 51o Congresso...
Transcript of DE OLERICULTURA, 51. Anais Viçosa: ABH. 438-444 Horta ... Escolar um... · Anais 51o Congresso...
GENTIL DFO; SOUZA RAG. 2011. Horta Escolar: um espaço didático-pedagógico. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE OLERICULTURA, 51. Anais... Viçosa: ABH. 438-444
Anais 51o Congresso Brasileiro de Olericultura, julho 2011 438
Horta Escolar: um espaço didático-pedagógico
Daniel Felipe de O Gentil1; Reina Auxiliadora G de Souza
1
1 Universidade Federal do Amazonas – Faculdade de Ciências Agrárias, Av. Gal. Rodrigo O. J. Ramos, 3000, 69077-
000, Manaus, AM, [email protected]; [email protected]
RESUMO
A horta escolar pode tornar-se uma excelente
ferramenta didático-pedagógica, além de
corroborar para a disciplina, a
responsabilidade e a formação de hábitos
alimentares saudáveis da comunidade
envolvida. O Projeto Atividade Curricular de
Extensão “Horta Escolar” foi iniciado no 2°
semestre de 2006, pretendendo desenvolver
práticas de cultivo de hortaliças com os
alunos da Escola Estadual Brigadeiro João
Camarão Telles Ribeiro. O objetivo desse
trabalho foi relatar as experiências
acumuladas em horta escolar na cidade de
Manaus, Amazonas, visando reflexões sobre
essa atividade como instrumento didático-
pedagógico. Até o momento, foram
capacitados 70 estudantes do Curso de
Agronomia e 198 alunos-monitores da Escola
e executadas atividades de implantação e
manutenção da horta. O Projeto colaborou
para tornar a horta um espaço didático-
pedagógico, intensificar o vínculo entre a
Universidade e a comunidade e para a
experiência profissional, em horta educativa
no ensino fundamental, aos estudantes do
Curso de Agronomia.
Palavras-chave: educação, alimentação,
saúde.
ABSTRACT
School Garden: a didactic-pedagogic space
The school garden can become an excellent
didactic-pedagogic tool yonder corroborate to
discipline, responsibility and formation of
healthy alimentary habits of the community
involved. The “School Garden” Activity
Curriculum Extension Project was initiated at
2° semester of 2006 intending to develop
vegetable cultivation practices with students
of Escola Estadual Brigadeiro João Camarão
Telles Ribeiro. The objective of this work was
relating the accumulated experiences in
school garden on Manaus city, Amazonas,
aiming reflections about this activity as a
didactic-pedagogic tool. Until the moment,
were enabled 70 students of Agronomy
course and 198 students-monitors of School
and executed activities of implantation and
maintenance of the garden. The Project
collaborated to the garden became a didactic-
pedagogic space, intensify the bond between
University and community and to professional
experience at educative garden in elementary
school to the students of Agronomy course.
Keywords: education, alimentation, health.
GENTIL DFO; SOUZA RAG. 2011. Horta Escolar: um espaço didático-pedagógico. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE OLERICULTURA, 51. Anais... Viçosa: ABH. 438-444
Anais 51o Congresso Brasileiro de Olericultura, julho 2011 439
INTRODUÇÃO
O pátio escolar é muito mais do que um lugar para colocar os alunos durante o período em que eles
não estão nas salas de aula, embora, muitas vezes, seja transformado em área ociosa, terreno baldio
ou depósito de lixo dentro da própria escola. Nos últimos anos, a urbanização tem diminuído as
áreas onde crianças e adolescentes possam brincar livremente e, desse modo, o pátio escolar
representa, para muitas deles, o único espaço aberto e seguro para desenvolverem diferentes tipos
de atividades. Quando bem planejado e com vegetação, o pátio escolar tem a capacidade de
contribuir para a diminuição do estresse e da fadiga mental e para a melhoria da concentração, da
coordenação motora e da qualidade de vida dos alunos (Fedrizzi, 1999).
O processo de ensino-aprendizagem pode ocorrer no pátio escolar e isso pode ser um complemento
do que é ensinado nas salas de aula e vice-versa. O uso do pátio escolar como recurso didático-
pedagógico pode ser um meio para promover a curiosidade dos alunos e ajudar a tornarem-se
responsáveis e independentes no que diz respeito a sua aprendizagem (Fedrizzi, 1999). Neste
sentido, o pátio escolar pode ser mudado e transformado, por exemplo, em uma horta.
A horta pode tornar-se uma excelente ferramenta didático-pedagógica, quando bem planejada e
conduzida. Usando a imaginação, os professores de diferentes áreas poderão utilizar a horta em
aulas teóricas e práticas, facilitando o entendimento dos alunos e exercitando a multi e a
interdisciplinaridade (Costa et al., 1998; Irala & Fernandez, 2001).
A horta também é um bom local para trabalhar a disciplina e estimular a responsabilidade dos
alunos. Quando todas as atividades são realizadas pelos alunos, como construção dos canteiros,
semeadura e manejo das plantas, eles se entusiasmam, se sentem responsáveis e executam as
atividades com disciplina (Costa et al., 1998). Portanto, é fundamental a participação direta dos
alunos em todo o processo de implantação e manutenção da horta, visando integrá-la ao seu
cotidiano na escola e em casa (Irala & Fernandez, 2001).
O cultivo de hortaliças no ambiente escolar pode estimular a formação e adoção de hábitos
alimentares saudáveis não só pelos alunos, como também por suas famílias e pela comunidade
envolvida. Isso porque, a escola é um espaço social onde muitas pessoas convivem, aprendem e
trabalham; onde estudantes e professores passam a maior parte de seu tempo. Além disso, é na
escola onde programas de educação e saúde podem ter maior repercussão, beneficiando os alunos
na infância e na adolescência. Nesse sentido, os professores e todos os demais profissionais tornam-
se exemplos positivos para os alunos, para suas famílias e para a comunidade na qual estão
inseridos (Irala & Fernandez, 2001).
Essa atividade também assegura que a criança e a escola resgatem a cultura alimentar regional e,
consequentemente, estilos de vida mais saudáveis. A vasta quantidade de hortaliças garante uma
variedade de cores, formas, cheiros e nutrientes importantes para a qualidade da alimentação e, com
GENTIL DFO; SOUZA RAG. 2011. Horta Escolar: um espaço didático-pedagógico. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE OLERICULTURA, 51. Anais... Viçosa: ABH. 438-444
Anais 51o Congresso Brasileiro de Olericultura, julho 2011 440
isso, a horta também assume um papel importante na recuperação da cultura alimentar de cada
região (Irala & Fernandez, 2001).
Os produtos colhidos na horta podem ser usados na merenda escolar, como fontes de vitaminas e
sais minerais na alimentação servida aos alunos. Por outro lado, as hortas escolares podem estimular
os alunos, seus pais e a comunidade envolvida, a cultivar hortaliças em suas próprias residências,
visando aprimorar a sua alimentação ou mesmo servir como fonte alternativa de renda. Dessa
forma, propicia-se a obtenção de hortaliças de alta qualidade e produzidas com requinte artesanal
(Filgueira, 2003).
O cultivo de hortaliças, mesmo em hortas escolares, requer dedicação diária e constante. Com isso,
o maior obstáculo à permanência das hortas nas escolas, após a sua implantação, é a sua
manutenção durante o período letivo e, principalmente, no recesso escolar. Em geral, quando as
atividades são interrompidas após o último dia de aula do ano, a horta fica abandonada; ao
retornarem das férias, no início do outro ano, alunos e professores encontram a área tomada por
plantas invasoras, com canteiros destruídos e ferramentas perdidas; diante desta realidade, acabam
desestimulados e perdem o interesse na recuperação da horta. Desse modo, a manutenção das hortas
escolares deve ser garantida, tornando esses espaços patrimônios das escolas, onde a cada ano
letivo, novos caminhos e estratégias sejam definidos para assegurar a permanência de uma área viva
de imensa relevância para a comunidade interna e externa da escola (Reis & Mello, 2005), inclusive
durante o recesso escolar.
O interesse de implantar uma horta na Escola Estadual Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro, em
Manaus, Amazonas, partiu da própria direção da Escola, ressaltando os objetivos de acentuar as
noções de produção vegetal, complementar a merenda escolar, valorizar a alimentação saudável e
divulgar as atividades de Ciências Agrárias na comunidade escolar. O Projeto “Horta Escolar” foi
iniciado no 2° semestre de 2006 e está em andamento até o presente, estando vinculado ao
Programa Atividade Curricular de Extensão (PACE) da Pró-Reitoria de Extensão e Interiorização
(PROEXTI) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), sendo uma ação extensionista,
curricular e creditável. O número de estudantes do Curso de Agronomia participantes foi, em
média, de nove por semestre, enquanto de alunos-monitores da Escola foi em torno de 25
participantes. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi relatar as experiências acumuladas em
horta escolar na cidade de Manaus, Amazonas, visando reflexões sobre essa atividade como
instrumento didático-pedagógico.
MATERIAL E MÉTODOS
Na elaboração do presente trabalho foram consultados os conteúdos dos Projetos, Relatórios Finais,
Relatos de Experiências dos estudantes do Curso de Agronomia e Relatos de Experiência dos
comunitários no Projeto “Horta Escolar”, referentes aos semestres letivos de 2006/1, 2007/1,
GENTIL DFO; SOUZA RAG. 2011. Horta Escolar: um espaço didático-pedagógico. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE OLERICULTURA, 51. Anais... Viçosa: ABH. 438-444
Anais 51o Congresso Brasileiro de Olericultura, julho 2011 441
2007/2, 2008/1, 2008/2, 2009/1, 2009/2, 2010/1 e 2010/2. Ademais, foram consideradas as
experiências pessoais dos autores no Projeto. A metodologia de trabalho do Projeto seguiu a
proposta de Achkar et al. (2007), para hortas educativas, que é alicerçada em três linhas de ação que
devem ser integradas e equilibradas entre si, a saber: organizativa, educativa e produtiva.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As informação contidas nos documentos analisados, bem como as experiências acumuladas no
decorrer dos semestres com a Atividade Curricular de Extensão “Horta Escolar”, possibilitaram
verificar a importância da implementação das ações abaixo relatadas. Essas ações servem de
sugestão na consolidação da Linha Organizativa em projetos de hortas escolares.
O interesse em implantar a horta escolar terá que partir da própria Escola e deverá ter o apoio da
Direção e do corpo docente. O primeiro passo será o estabelecimento de parcerias. A Escola,
através de seus professores, deverá ser parceira, caso contrário a Instituição ou Organização que
ficar responsável pela Linha Produtiva se tornará uma prestadora de serviços. Além disso, a Linha
Educativa não terá como ser viabilizada.
Em visita técnica inicial, a Instituição ou Organização responsável pela Linha Produtiva deverá
identificar a área destinada ao plantio e as instalações disponíveis, bem como efetuar o
levantamento dos insumos e materiais necessários à implantação e manutenção da horta. Nesse
momento, os futuros parceiros já deverão manter os primeiros contatos.
A Instituição ou Organização responsável pela Linha Produtiva deverá elaborar o projeto e
apresentar aos professores da Escola e demais parceiros, com o intuito de verificar se as atividades
pré-estabelecidas carecem de ajustes para atender as especificidades da Escola. Na reunião, deverão
ser definidas as espécies que serão cultivadas (considerando as adaptadas, o resgate de espécies
locais e o tamanho da área de plantio), a forma de aquisição dos insumos e materiais, e os requisitos
para a escolha dos alunos-monitores da escola. Na oportunidade, também deverá ser explicado
como será o acompanhamento das atividades pelos instrutores da Instituição ou Organização
responsável pela Linha Produtiva.
O estabelecimento de parcerias será fundamental para a viabilização de infraestrutura adequada à
realização das atividades e aquisição de insumos e materiais. Vale lembrar que a produção da horta
escolar será destinada à merenda escolar e aos alunos-monitores da Escola. Os produtos da horta
não deverão ser comercializados, pois a finalidade didático-pedagógica poderá ser prejudicada.
Desse modo, sempre será necessário o custeio dos materiais a fundo perdido.
A seleção dos alunos-monitores, que serão responsáveis pela execução das práticas, deverá ficar a
cargo da Escola, sendo realizada pelos professores-conselheiros de cada turma. O Projeto deverá ser
apresentado aos alunos em sala de aula, visando despertar o interesse pela horta e estimular a
participação nas atividades. A participação deverá ser voluntária e autorizada pelos pais ou
GENTIL DFO; SOUZA RAG. 2011. Horta Escolar: um espaço didático-pedagógico. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE OLERICULTURA, 51. Anais... Viçosa: ABH. 438-444
Anais 51o Congresso Brasileiro de Olericultura, julho 2011 442
responsáveis. Assim, baseado no interesse individual e no desempenho escolar, deverão ser
escolhidos alunos do turno matutino e alunos do vespertino. A frequência dos alunos-monitores
deverá ser controlada por um professor designado pela Escola e, quando necessário, efetuar a
substituição por alunos do cadastro de reserva.
Deverão ser realizadas avaliações periódicas do Projeto, através de reuniões semanais, a fim de dar
continuidade aos trabalhos. Nessas ocasiões, deverão ser analisados o caderno-diário e o relato
pessoal dos instrutores, bem como qualquer observação feita por parceiro, professor ou aluno-
monitor da escola. Os resultados dessas avaliações deverão implicar em ajustes nas atividades no
decorrer da semana seguinte. A cada final de semestre, deverá ser verificada a necessidade de
ajustes metodológicos e pedagógicos.
O processo de ensino-aprendizagem deverá ocorrer em hortas educativas. Assim, seguem abaixo
sugestão de ações para a Linha Educativa em projetos de hortas escolares.
A capacitação de instrutores (por exemplo, estudantes de cursos de graduação em Agronomia)
poderá acontecer paralelamente à dos alunos-monitores, sem prejuízos aos objetivos do Projeto.
Inicialmente, o Projeto deverá ser apresentado aos instrutores. Em visita programada, cada nova
equipe deverá ser apresentada aos professores da Escola, que deverão fazer relatos de experiência
no Projeto, e também conhecer as dependências da Escola.
Nos encontros semanais, os instrutores deverão receber capacitação técnica continuada em
implantação de hortas e instrução continuada sobre a metodologia pedagógica a ser adotada com os
alunos-monitores da Escola, com ênfase à atenção constante, cuidados dispensados, modos de
interação e repasse de informações, tais como: aprender o nome de cada criança; verificar se está
com calçado fechado, com boné ou chapéu e com luvas; ficar sempre observando o comportamento
delas e, principalmente, orientar e supervisionar a execução das tarefas; ficar atento à manipulação
de ferramentas pelas crianças; observar se cada atividade pode ser executada e por quanto tempo
por cada uma delas; perceber quando ficam dispersas ou distraídas, visando atraí-las às atividades
através, por exemplo, de competições; a cada 30 minutos, deixá-las beber água; e liberá-las para o
recreio. Na parte da manhã, as atividades de campo deverão ser conduzidas até as 10:00 horas; na
parte da tarde, deverão ser iniciada a partir das 15:00 horas. Com isso, serão evitados os horários de
maior insolação, aproveitando esse tempo para dialogar como os alunos-monitores sobre algum
tema relacionado à implantação e manutenção de hortas.
A capacitação dos alunos-monitores deverá ser realizada no decorrer de todo o período de
implantação e manutenção da horta. A transmissão do conhecimento técnico deverá ser feita por
meio de encontros práticos, vivenciais e continuados, priorizando o uso de tecnologia simples e
acessível, que possa ser reproduzida e repassada aos demais alunos, aos pais e à comunidade
envolvida. Deverão ser priorizadas a explanação dialogada, a competição saudável através de
GENTIL DFO; SOUZA RAG. 2011. Horta Escolar: um espaço didático-pedagógico. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE OLERICULTURA, 51. Anais... Viçosa: ABH. 438-444
Anais 51o Congresso Brasileiro de Olericultura, julho 2011 443
perguntas e respostas, e a iniciativa dos alunos. Os alunos-monitores deverão estar presentes na
maioria das etapas e atividades desenvolvidas na horta. Um cronograma de atividades da horta
deverá ser preparado semanalmente. As atividades realizadas em cada dia deverão ser registradas
em caderno-diário.
Em relação à Linha Produtiva, abaixo segue sugestão de ações para esta linha em projetos de
hortas escolares.
Durante a implantação e manutenção de hortas educativas deverão ser realizadas visitas técnicas de
acompanhamento e de orientação aos comunitários, em relação às seguintes atividades: escolha do
local para a implantação da horta; limpeza da área; preparo do solo; calagem; adubação; preparação
de canteiros, leiras e covas; semeadura, transplante e plantio; tratos culturais; controle fitossanitário;
e colheita (Gentil el al., 2008). O calcário e os adubos deverão ser manipulados somente pelos
instrutores.
A adubação verde, além contribuir para a melhoria das características físicas e químicas do solo dos
canteiros, poderá possibilitar a manutenção de cobertura vegetal nos canteiros, durante o recesso
escolar. Essa iniciativa poderá ser uma das ações que assegurem a permanência de uma área viva de
imensa relevância para a comunidade interna e externa da Escola, inclusive durante o recesso
escolar.
A maior parte dos produtos colhidos deverá ser usada na merenda escolar, sendo o restante dividido
entre os alunos-monitores. O registro dos produtos colhidos, com as respectivas quantidades, deverá
ser efetuado no caderno-diário.
No Projeto “Horta Escolar”, no período estudado, os principais resultados foram: a) O espaço físico
da horta foi consolidado e representa uma área produtiva na Escola; b) A horta se constitui num
recurso didático-pedagógico. O espaço faz parte do ambiente escolar, não estando cercada e sendo
respeitada pela comunidade; c) Transmissão de conhecimentos básicos sobre o cultivo de hortaliças
para 198 alunos-monitores da Escola; d) Experiência profissional, em horta educativa no ensino
fundamental, para 70 estudantes do Curso de Agronomia da UFAM; e) Envolvimento dos
professores da Escola no Projeto, através da Direção, Comissão Pedagógica e Coordenação de
Projetos; f) Estabelecimento de parcerias entre UFAM, Escola, VII Comando Aéreo Regional
(COMAR)/Força Aérea Brasileira (FAB) e Associação Beneficente Social Violeta/PETROBRAS,
em torno do Projeto; g) Viabilização de infraestrutura adequada à realização das atividades, através
dos parceiros; e h) Disponibilização de hortaliças para a merenda escolar e para os alunos-monitores
da Escola.
O Projeto “Horta Escolar” colaborou para tornar a horta um espaço didático-pedagógico,
intensificar o vínculo entre a Universidade e a comunidade e para a experiência profissional, em
horta educativa no ensino fundamental, aos estudantes do Curso de Agronomia da UFAM. Com as
GENTIL DFO; SOUZA RAG. 2011. Horta Escolar: um espaço didático-pedagógico. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE OLERICULTURA, 51. Anais... Viçosa: ABH. 438-444
Anais 51o Congresso Brasileiro de Olericultura, julho 2011 444
experiências acumuladas em horta escolar na cidade de Manaus, Amazonas, acima foram sugeridas
ações visando reflexões sobre essa atividade como instrumento didático-pedagógico, uma vez que
hortas escolares poderão contribuir para a melhoria da qualidade de vida da nossa população.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à PROEXTI/UFAM, à Escola Estadual Brigadeiro João Camarão Telles
Ribeiro, ao VII COMAR/FAB e à Associação Beneficente Social Violeta/PETROBRAS, pela
viabilização do Projeto “Horta Escolar”.
REFERÊNCIAS
ACHKAR M; DOMÍNGUEZ A; PESCE F. 2007. Educación ambiental: uma demanda del mundo
hoy. Montevideo: Redes Amigos de la Tierra Uruguay; El Tomate Verde Ediciones; Programa
Uruguay Sustentable. 139p.
COSTA ML; ROENICK SAW; MALUF WR. 1998 Construa uma horta com seus alunos. Lavras:
UFLA. 4p. (Boletim Técnico de Hortaliças, 2).
FEDRIZZI B. 1999. Paisagismo no pátio escolar. Porto Alegre: UFRGS. 59p.
FILGUEIRA FAR. 2003 Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e
comercialização de hortaliças. 2.ed. Viçosa: UFV. 412p.
GENTIL DFO; FRAXE TJP; VASQUES MS; SOUZA RAG. 2008. A horta educativa em
comunidades ribeirinhas amazônicas. In: FRAXE TJP; MEDEIROS CM. (orgs.) Agroecologia,
extensão rural e sustentabilidade na Amazônia. Manaus: Fundação Universidade do Amazonas.
300p.
IRALA CH; FERNANDEZ PM. 2001. Manual para escolas: a escola promovendo hábitos
alimentares saudáveis. Brasília: MS. 21p.