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Publicado em 12.06.2014
EDIÇÃO No 76
Maio/2014
SUMÁRIO Destaques 2
Biodiesel
Produção 6
Capacidade 6
Localização 7
Atos Normativos 8
Preços e Margens 8
Entregas dos Leilões 9
Preço das Matérias‐Primas 10
Participação das Matérias‐Primas
13
Produção Regional 15
Não Conformidades no Diesel B
15
Consumo Internacional 15
Etanol
Produção e Consumo 16
Atos Normativos 17
Exportação e Importações 18
Frota Flex‐Fluel 18
Preços da Cana‐de‐Açúcar 19
Preços 19
Margens 20
Paridade de Preços 21
Preços do Açúcar 22
Não Conformidades 22
Consumo Internacional 23
Biocombustíveis
Variação de Matérias‐Primas e do IPCA
23
Números do Setor 24
APRESENTAÇÃO
Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos à produção e aos preços dos biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos:
Medida Provisória eleva mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel;
Índice de Produção Industrial passa a incorporar o biodiesel no cálculo do índice de produção industrial;
PIB do Setor Sucroenergético;
Colheita Mecanizada da Cana‐de‐açúcar; e
CEPEA: “Em abril, as demandas interna e externa continuaram dando sustentação às cotações da soja em grão e do farelo”.
O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando‐as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral.
O Boletim é distribuído gratuitamente por e‐mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.
Muito obrigado,
A Equipe do DCR
Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis
BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS
BOLET IM MENSAL DOS COMBUST ÍVE I S RENOVÁVE I S NO 76 MAIO/2014
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DESTAQUES
Medida Provisória eleva mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel
A medida começa a valer a partir de 1º de julho, elevando para 6% a mistura obrigatória; e 7% a partir de 1º de novembro.
Foi publicada, em 29 de maio de 2014, a Medida Provisória Nº 647 que eleva até 7% o percentual de mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final, em qualquer parte do território nacional. A partir do dia 1º de julho de 2014, a mistura será elevada a 6% e, a partir de 1º de novembro de 2014, para 7%. A capacidade de produção já instalada é suficiente para atender à nova demanda.
A Medida ainda atribui ao CNPE definir diretrizes para comercialização e uso de biodiesel, em caráter autorizativo, em quantidade superior ao percentual de adição obrigatória. É um passo valioso para o aproveitamento das janelas de oportunidade na direção de estimular o maior uso voluntário do biodiesel, principalmente nas regiões onde existem condições econômicas favoráveis.
O alcance da proposição é positivo para o País em diversos aspectos. Mais do que um biocombustível, o biodiesel merece ser visto como um produto que integra e traz mais competitividade para a agroindústria de alimentos do País. Fabricar mais biodiesel implica necessariamente produzir mais farelo, ração e proteína vegetal, utilizada criação de aves e suínos, entre outros, ou mesmo na alimentação humana direta. É um produto que reforça a agregação de valor às matérias‐primas de origem nacional, inclusive a resíduos.
Em termos econômicos, a curva de aprendizado do Programa Brasileiro de Produção e Uso do Biodiesel ‐ PNPB mostra o aumento da competividade do biocombustível frente ao concorrente fóssil, como antes não visto. Em localidades onde não há refinarias de petróleo, o preço do biodiesel está muito próximo do diesel ou mesmo é mais baixo. A tendência é se manter, sendo mínimo o impacto no preço ao consumidor. A maior produção doméstica de biodiesel contribuirá ainda para a diminuição imediata da importação de diesel.
O PNPB sempre teve grande ênfase na participar tição da agricultura familiar no suprimento das matérias‐primas para a fabricação do biodiesel. A Medida Provisória reafirma e robustece o Selo Combustível Social, transformando‐o em lei. Além disto, com a maior demanda de biodiesel a Medida fortalecerá ainda mais a agricultura familiar e o agronegócio brasileiro, pois é na etapa agrícola onde ocorre a maior agregação de valor na cadeia produtiva desse biocombustível, assim como a maior geração de emprego.
O maior consumo de biodiesel, tanto compulsória ou voluntariamente, representa caminhar na direção de um meio ambiente mais equilibrado, pois o biodiesel reduz a emissão dos principais poluentes e dos gases causadores do efeito estufa, contribuindo, assim, para atingirmos as metas previstas na Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC, instituída pela Lei no 12.187, de 2009, bem como melhor posicionar o Brasil diante das metas comprometidas na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.nos municípios onde existe cultivo de oleaginosas.
Fonte: Departamento de Combustíveis Renováveis, Ministério de Minas e Energia
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Índice de Produção Industrial passa a incorporar o biodiesel no cálculo do índice de produção industrial
Neste ano o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) alterou a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM‐PF), que passou a incorporar novos produtos, como próteses de silicone, tablets e biodiesel, e retirou outros ,como o amianto e tubos de imagem. O número de produtos pesquisados passou de 830 para 944.
O índice de produção industrial é o resultado de uma pesquisa mensal (PIM‐PF) e visa refletir as alterações das quantidades de bens e serviços produzidos ao longo do tempo. Sendo um importante indicador econômico de curto prazo nas estatísticas oficiais.
Este é mais um reconhecimento para a indústria do biodiesel, produto que mais cresceu entre 2007 e 2010 na Pesquisa Industrial Anual. No recorte dos 100 principais produtos de empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas, o biodiesel passou da 382ª posição para a 53ª colocação, entre 2007 e 2010.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (http://www.ibge.gov.br)
PIB do Setor Sucroenergético
Em audiência publica realizada no ultimo dia 28 de março, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados divulgou um estudo da avaliação dos efeitos positivos do uso do etanol na economia, no meio ambiente e na saúde da população.
Na reunião foi destacada a performance do setor sucroenergético no PIB brasileiro contabilizado na safra 2013/14, que foi de U$ 43,4 bilhões (ou cerca de R$ 94,6 bilhões), aumento de 44% em relação à safra de 2008/9. Em impostos, o setor contribuiu com cerca de US$ 8,5 bilhões (R$ 18,7 bilhões).
Na safra 2013/14, o setor movimentou U$ 107 bilhões (R$ 234,4 bilhões) na cadeia produtiva. Só com o etanol, as exportações somaram US$ 1,67 bilhão, ou R$ 3,6 bilhões. O etanol também tem participação expressiva na geração de postos de trabalho, gerando cerca de 1 milhão de empregos diretos, número que atinge 3,6 milhões se computados também os indiretos e informais.
Fonte: http://www2.camara.leg.br
Colheita Mecanizada da Cana‐de‐açúcar
De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sema), da área dedicada à cultura de cana‐de‐açúcar, 83% teve a colheita realizada de forma mecanizada, cerca de 3,7 milhões de hectares, o restante realizado na forma convencional, ou seja, por meio da queima da palha e corte manual. Com uma produção de 372 milhões de toneladas de cana, São Paulo responde por 51% da produção de etanol do País.
O cenário de mecanização no campo reflete a mobilização dos produtores em cumprir o Protocolo Agroambiental firmado entre o governo de São Paulo e os produtores de cana do estado realizado no meado de 2008. O Instrumento prevê antecipar o fim da queima da palha da cana para 2014 em áreas com declividade de até 12% e 2017 para as áreas com declividade acima de 12%. A lei estadual Nº 11.241 de 2002 regulamenta o final da prática da queima em 2021 para as áreas mecanizáveis e 2031 para as áreas não mecanizáveis.
O Protocolo Agroambiental colaborou para que a área colhida de forma mecanizada saísse de 34,2% na safra 2006/2007 para 83% na safra 2013/2014. No ano de 2013, 141 indústrias e 5.997 fornecedores de cana, de forma voluntária, se tornaram signatários do Protocolo Agroambiental.
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Outros estados publicaram determinação similar, a exemplo do estado do Paraná (Resolução Nº 076/2010 da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná (Sema)), que prevê o início da redução da queima da palha em 2015, ocasião em que os produtores terão que reduzir em 20% a prática até a sua extinção em 2025.
Fonte: texto elaborado com base em informações disponíveis em Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (www.ambiente.sp.gov.br)
Em abril, as demandas interna e externa continuaram dando sustentação às cotações da soja em grão e do farelo
ANÁLISE CEPEA – Em abril, as demandas interna e externa continuaram dando sustentação às cotações da soja em grão e do farelo. Consumidores globais de farelo de soja parecem estar com bom apetite, aceitando preços maiores do derivado. Consequentemente, o esmagamento da oleaginosa também aumentou, favorecendo o repasse das altas das cotações do derivado ao grão. Assim, o cenário para vendedores só não foi melhor em abril porque o preço do óleo de soja foi pressionado pelos maiores volume de óleo de palma em estoque.
No Brasil, os preços do farelo subiram em boa parte do mês, mas acabaram acumulando queda no período. Entre 31 de março e 30 de abril, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, a desvalorização foi de 2%. Para o óleo de soja (produto posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS), houve expressiva queda de 4,9% no mesmo período, indo para R$ 2,142,98/t no dia 30.
Quanto à soja em grão, na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, os preços tiveram alta de 2,4% no mercado de balcão (ao produtor) e de 3,1% no de lotes (negociações entre empresas).
Entre 31 de março e 30 de abril, o Indicador da soja Paranaguá CEPEA/ESALQ/BM&FBovespa, que é baseado em negócios realizados, teve alta de 1,4%, a R$ 71,46/sc de 60 kg no dia 30. Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador foi de US$ 31,99/sc de 60 kg, alta de 2,9% no mesmo período. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, teve alta de 2,8% entre 31 de março e 30 de abril, indo para R$ 69,11/sc de 60 kg no final do mês.
As médias de preços de abril estiveram inferiores às de março, mas superiores às de abril/13. Os preços da soja em grão estiveram 24% superiores às de abril/13 e os do farelo, 42%. Já as cotações do óleo caíram 0,7% no período. Ainda assim, os valores do farelo representam cerca de 70% da receita da indústria e os do óleo, 30%.
Agora, a expectativa é quanto aos preços internos nos próximos meses. Produtores sinalizam que as vendas estiveram bem adiantadas no mês, mas a oferta pode ser menor que a estimada oficialmente.
Em Mato Grosso, o Imea aponta que 71% da produção do estado havia sido vendida até o final de abril, enquanto no Paraná, o Deral/Seab indicou venda de 53%. Os preços médios dos contratos de exportação FOB porto de Paranaguá (PR) apontavam valores na casa dos US$ 32,00/sc de 60 kg entre maio e agosto.
É importante considerar que as exportações de soja e de farelo do Brasil seguiram firmes em abril, inclusive com alguns volumes sendo direcionados para os Estados Unidos.
De acordo com dados da Secex, somente em abril, foram embarcadas 8,25 milhões de toneladas do grão, um recorde mensal, somando 17,3 milhões de toneladas de soja na parcial de 2014. O preço médio da soja exportada em abril foi de R$ 67,13/saca de 60 kg, o menor do ano, mas 5,4% acima da média de abril/13, de R$ 63,69/sc de 60 kg, segundo dados da Secex. Do total do grão exportado, 72% foram direcionados para a China, 4,7%, para os Países Baixos, 3,1%, para Espanha e 3%, para os Estados Unidos. Outros 17,3% foram exportados para 24 diferentes países.
Quanto ao farelo de soja, o Brasil exportou 1,33 milhão de toneladas em abril, 83% a mais que em março e 5,9% acima da quantidade de abril/13, ainda segundo a Secex. De janeiro a abril de 2014, os embarques de
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farelo somam 3,46 milhões de toneladas, o maior volume desde 2012, quando o Brasil exportou 4,24 milhões de toneladas.
Para o óleo de soja, as vendas externas somam 336,86 mil toneladas de janeiro a abril deste ano, o maior volume desde 2012, quando 502,06 mil toneladas foram embarcadas. O total exportado em 2014 é 18% acima do verificado no mesmo período de 2013, de acordo com dados da Secex.
Nos Estados Unidos, os embarques de soja e de farelo estiveram em ritmo crescente e recorde. Até abril, o país exportou cerca de 42 milhões de toneladas da oleaginosa, contra pouco mais de 36 milhões de toneladas na safra 2012/13, segundo dados do USDA. No caso do derivado, os embarques já superaram 7,8 milhões de toneladas, 7% acima do volume enviado no mesmo período do ano safra anterior. Já as exportações de óleo de soja totalizavam 550 mil toneladas na parcial de abril, 27% abaixo do mesmo período de 2012/13.
Na Bolsa de Chicago (CME Group), os contratos subiram expressivamente entre 31 de março e 30 de abril. O contrato Maio/14 da soja em grão finalizou a US$ 15,30/bushel (US$ 33,75/sc de 60 kg) no dia 30, forte alta de 4,6% frente ao fechamento de março. O contrato de óleo de soja Maio/14 subiu 4,8%, a US$ 0,4237/lp (US$ 934,09/t). O contrato Maio/14 de farelo de soja teve alta de 5,1%, a US$ 503,90/tonelada curta (US$ 555,45/t) no dia 30.
O prêmio de exportação de soja em grão para embarque em maio/14 finalizou a ‐50 centavos de dólar para o comprador e a ‐48 centavos de dólar para o vendedor no dia 30. O valor FOB da soja para embarque em maio/14, por Paranaguá, foi calculado a US$ 32,63/sc de 60 kg no dia 30, recuo de 2,5% (em dólar). Entre os derivados, o embarque em maio/14 do farelo de soja teve expressiva valorização de 5,9%, a US$ 538,25/t. O FOB de óleo de soja para embarque em maio/14 subiu 3,2%, a US$ 890,45/t no dia 30.
Na BM&FBovespa, o vencimento Maio/14 (em dólar) finalizou a US$ 31,88/sc de 60 kg no dia 29 e o contrato Jul/14, a US$ 31,70/sc de 60 kg no dia 30.
Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA/ESALQ/USP (http://cepea.esalq.usp.br)
Errata: Evolução dos Leilões de Biodiesel – 26º ao 36º
Na edição nº 75 do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis, nas informações referentes à Evolução dos Leilões de Biodiesel – 26º ao 36º, o primeiro gráfico continha o preço do biodiesel (média Brasil) com valor de R$ 1,94/litro, porém o valor correto é de R$ 1,88/litro.
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BIODIESEL
Biodiesel: Produção Acumulada e Mensal
Dados preliminares com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP mostram que a produção em abril de 2014 foi de 267 mil m³. No acumulado do ano, a produção atingiu 1.012 mil m³, um acréscimo de 10,4% em relação ao mesmo período de 2013 (917 mil m³). Abaixo, são apresentadas, para os períodos de B5, a produção acumulada anual e, posteriormente, a produção mensal com a variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
Biodiesel: Capacidade Instalada
A capacidade instalada, autorizada a operar comercialmente, em abril de 2014, ficou em 7.553 mil m³/ano (629 mil m³/mês). Dessa capacidade, 95% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social.
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Em abril havia 57 unidades aptas a operar comercialmente, com uma capacidade média instalada de 133 mil m³/ano (368 m³/dia). O número de unidades detentoras do Selo Combustível Social em março era 46.
Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras
Região nº usinas Capacidade Instalada
mil m3/ano %
N 3 191 3%
NE 3 455 6%
CO 27 3.352 44%
SE 11 929 12%
S 13 2.626 35%
Total 57 7.553 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 30/04/2014.
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Biodiesel: Atos Normativos, Autorizações de Produtores e o endereço eletrônico para o Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP
Atos Normativos Aviso de Leilão Público ANP nº 24/2014 – Biodiesel para o 4º bimestre 2014.
Produtores
Despachos da ANP nos 682/2014 (Revoga as autorizações nos 196/2007 e 567/2009 – Innovatti/SP).
Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP (endereço eletrônico) http://www.anp.gov.br > biocombustíveis > biodiesel > Boletim Mensal do Biodiesel
Biodiesel: Preços e Margens
O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda.
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No mês de abril, o preço médio de venda da mistura B5 ao consumidor apresentou acréscimo de 0,2% em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), não houve variação. A margem bruta de revenda da mistura B5 apresentou acréscimo de 1,4%.
Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada
O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque para atender a demanda obrigatória de B5.
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O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média do leilão, atualmente bimestral. Em abril, a performance ficou em 99%.
Biodiesel: Preços das Matérias‐Primas
O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso.
Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.
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No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.
No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja, com referência a janeiro de 2011.
No gráfico a seguir, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias‐primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma
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comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras.
O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos.
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As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação.
Biodiesel: Participação das Matérias‐Primas
O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Em 2014, no acumulado até março, a participação das três principais matérias‐primas foi: 72,2% (soja), 23,4% (gordura bovina) e 2,1% (algodão).
Nos gráficos a seguir, apresentamos a participação das principais matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel para cada região do Brasil. Observa‐se que, na maioria das regiões, o óleo de soja é a principal matéria‐prima, seguido da gordura bovina e do óleo de algodão.
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Biodiesel: Distribuição Regional da Produção
A produção regional, em março de 2014, apresentou a seguinte distribuição: 46,5% (Centro‐Oeste), 35,2% (Sul), 9,0% (Sudeste), 7,2% (Nordeste) e 2,1% (Norte).
Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B5)
A ANP analisou 7.484 amostras da mistura B5 comercializada no mês de abril. O teor de biodiesel fora das especificações representou 22,3% do total de não conformidades identificadas.
Biodiesel: Consumo em Países Selecionados
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ETANOL
Etanol: Produção e Consumo Mensais
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, já começou a disponibilizar os dados referentes à safra 2014/2015.
De acordo com os novos dados, de abril de 2013 a março de 2014, foram moídas 656,9 milhões de toneladas de cana‐de‐açúcar.
O gráfico a seguir compara a curva de evolução da safra corrente com base na expectativa de moagem total realizada pela CONAB a partir do desempenho médio das ultimas quatro safras. O gráfico mostra que a moagem realizada na safra 2013 ficou bem próxima da moagem estimada pela CONAB.
A produtividade acumulada na safra, dada a moagem realizada e a produção de etanol e açúcar realizados até 30 de abril de 2014 é de 132,67 kg/ton.
A produção, referente à safra 2013/2014 no mês de abril foi residual, já a produção referente à safra 2014/2015 no mês de abril somou 1,6 bilhão de litros de etanol, sendo 514,8 bilhões de litros de etanol anidro e 1,08 bilhão de hidratado.
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Em abril, o consumo de etanol carburante foi de 1,77 bilhões de litros, sendo 814,5 milhões de litros de litros de etanol anidro e 955,4 milhões de litros de etanol hidratado. Devido a grandes inconsistências encontradas nos dados revisados do MAPA, nos quatro primeiros meses do ano de 2014, a fonte de dados utilizada para esses meses é a ANP (Agência Nacional de Petróleo).
Etanol: Exportações e Importações
Em abril, as exportações brasileiras de etanol somaram 137.4 milhões de litros, o que representa um volume 34% maior se comparado ao mesmo mês do ano anterior, e um volume 78% maior se comparado ao mês de março de 2014. No ano de 2014, a volume exportado de etanol gerou receitas de exportação da ordem de US$ 311,0 milhões.
O preço médio (FOB) das exportações por litro de combustível, em abril, foi de US$ 0,70, valor igual ao preço médio em abril o ano de 2014.
No mês de abril, o volume importado de etanol foi de 68,5 milhões de litros, a um custo total de aproximadamente US$ 36,0 milhões, o que resulta em um preço médio de aproximadamente US$ 0,54 por litro. O volume de etanol importado diminuiu 30% de março para abril de 2014. Do volume internalizado, aproximadamente 80% chega pelo porto de São Luís (MA), o restante entra por outros portos, com
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destaque para o porto de Suape (PE), com 13%, e Paranaguá (PR), com 4% do volume. Destaca‐se que o produto, após ser internalizado, pode ser transportado por meio de cabotagem para outras regiões.
Etanol: Frota Flex‐Fuel
O número de licenciamentos de veículos leves em abril de 2014 foi de 280,17 mil, número de licenciamentos 22,3% maior se comparado ao mês anterior, e diminuição de 11,6% em relação ao mês de abril de 2013. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 87,8%, os carros exclusivamente movidos à gasolina representaram 5,7%, os carros a diesel 6,5% do total de veículos licenciados.
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Etanol: Preços da Cana‐de‐Açúcar
Etanol: Preços
O preço médio do etanol hidratado no produtor em abril, sem tributos, teve uma média de R$ 1,33 /litro do combustível. O preço médio do etanol anidro ficou em R$ 1,54 por litro do combustível. O que representa uma variação mensal negativa em relação ao mês de março de 6,4% e 2,4%, respectivamente, nos preços do etanol hidratado e anidro.
Comparando os preços de abril de 2014 com os preços do mesmo período ano anterior, o do anidro está 12,9% maior e o do hidratado está 6,7% mais caro. Destaca‐se que o acompanhamento dos preços semanais realizados pela ESALQ refere‐se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados nos contratos.
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Etanol: Margens de Comercialização
Etanol: Paridade de Preços – Média Mensal
Etanol: Paridade de Preço – Semana de 11.05.2014 a 17.05.2014
A paridade de preços no varejo, em nível nacional, no meado de maio de 2014, esteve acima dos 70% (valor que torna o consumo de hidratado mais vantajoso do ponto de vista econômico em relação à gasolina) em
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todas as capitais do país. As cidades de Macapá, Belém, Teresina, Boa Vista e Natal tiveram as maiores paridades, maiores a 90%. Na média das capitais a paridade está acima dos 70%.
Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol
Em abril, o preço médio do açúcar NY SB11 no mercado internacional foi de US$ 375,63/ton, queda de 2,7% em relação ao mês anterior. O preço do petróleo tipo Brent foi de US$ 107,63/barril, preço estável em relação ao mês anterior.
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Etanol: Não Conformidades na Gasolina C
A ANP analisou 7.899 amostras de gasolina C no mês de abril. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 40,7% do total das não conformidades.
Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado
A ANP analisou 3.864 amostras de etanol hidratado no mês de abril, das quais 63 apresentaram não conformidades. A maioria das não conformidades se refere à Soma de Massa Específica/Teor de álcool.
Etanol: Consumo em Países Selecionados
BOLET IM MENSAL DOS COMBUST ÍVE I S RENOVÁVE I S NO 76 MAIO/2014
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Biocombustíveis: Variação de Matérias‐Primas em Comparação à do IPCA
O gráfico a seguir mostra a variação acumulada das principais matérias‐primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana‐de‐açúcar e óleo de soja) em comparação com o Petróleo tipo Brent e o índice de inflação dado pelo IPCA, com referência a janeiro de 2010.
Biocombustíveis: Números do Setor em 2012 e 2013
NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2012 e 2013)
Etanol Biodiesel
2012 2013 2012 2013
Produção (safras 2012/13 e 2013/14 – milhões de m³) 23,5 27,9 n.a. n.a.
Produção (ano civil – milhões de m³) 23,5 27,8 2,7 2,9
Consumo combustível (milhões de m³) 19,0 23,9 2,7 2,9
Exportações (milhões de m³) 3,1 2,9 ‐ 0,04
Importações (milhões de m³) 0,5 0,13 ‐ ‐
Preço médio no produtor – EH e B100(1) (R$/L) 1,12 1,17 2,42 2,11
Preço médio no distribuidor – EH(2) e B5(2) (R$/L) 1,94 2,00 1,81 1,95
Preço médio no consumidor final – EH(2) e B5(2) (R$/L) 2,21 2,29 2,05 2,20
Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) n.d. n.d. 6,9 7,5 (1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos. Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte.
Distr ibuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e‐mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html
Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Diego Oliveira Faria, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos, Renato Lima Figueiredo Sampaio e Ricardo Borges Gomide.