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ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 5 4 1 HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 32º C. Mínima 17º C. AMANHÃ Nublado com chuva Máxima 26º C. Mínima 18º C. Ano 87 - Nº 23.541 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 96% dos brasileiros rejeitam a volta da CPMF para financiar a Saúde. E 82% acreditam que combate à corrupção traria mais dinheiro para o setor. Pág. 15 Carros, telefonia, móveis e calçados chineses alarmam a indústria e o governo Dilma. Conclusão da The Economist: a China, maior parceiro do Brasil, é a sua maior dificuldade. Página 18 Saldo atípico do Judiciário, pelas contas do Coaf: R$ 855 milhões, em 10 anos. O "movimento atípico", um tsunami de dinheiro, envolveu 3.426 servidores e magistrados. Extrato parcial, pág. 8 CAPITAL DAS FEIRAS A Couromoda, na segunda-feira (16), dá início em São Paulo à maratona de 201 feiras de negócios programadas para 2012. O setor comemora o crescimento anual em torno de 11% no número de eventos. Página 13 PESQUISA DA CNI ADVERTE: CORRUPÇÃO FAZ MAL À SAÚDE Um Classe C acessível. Para a classe A. Por R$ 118 mil, 224km/h. Página 19 credito Uma joia turca às margens do Egeu Bodrum entra no gosto dos brasileiros. Boa Viagem, pág. 20 Flávia Perin Você acredita que Bezerra disse a verdade? Ministro no Senado: verba para Pernambuco foi "questão técnica". Pág. 5 Dida Sampaio/AE Sherlock entra em ação. E fala ao DC. d cultura O DC entrevista Downey Jr., que encarna o personalíssimo detetive criado por Conan Doyle. Não perca o mais atraente cinemão da Cidade (esq.) Mais: Cordel, Ângela Maria. E Roda do Vinho. HAIR Os caricatos personagens de Hair voltam a SP (esq.) . Para crianças, bondades da bruxa Bruxa Morgana. Warner Bross/Divulgação Ary Brandi/Divulgação Guga Melgar/Divulgação

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Diário do Comércio

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ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23541

HOJESol com pancadas de chuvaMáxima 32º C. Mínima 17º C.

AMANHÃNublado com chuva

Máxima 26º C. Mínima 18º C.

Ano

87 - N

º 23.

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96% dos brasileiros rejeitam a volta da CPMF parafinanciar a Saúde. E 82% acreditam que combate àcorrupção traria mais dinheiro para o setor. Pág. 15

Carros, telefonia,móveis e calçados

chineses alarmam aindústria e o governoDilma. Conclusão da

The Economist: a China,maior parceiro do

Brasil, é a sua maiordificuldade. Página 18

Saldo atípico do Judiciário,pelas contas do Coaf:

R$ 855 milhões, em 10 anos.O "movimento atípico", um tsunami de dinheiro, envolveu

3.426 servidores e magistrados. Extrato parcial, p á g. 8

C A P I TA LDA S

FEIRAS

A Couromoda, nasegunda-feira (16), dá inícioem São Paulo à maratona de201 feiras de negóciosprogramadas para 2012. Osetor comemora o crescimentoanual em torno de 11% nonúmero de eventos. Página 13

PESQUISA DA CNI ADVERTE:CORRUPÇÃO FAZ MAL À SAÚDE

Um Classe Cacessível. Paraa classe A.Por R$ 118 mil, 224km/h. Página 19

credito

Uma joia turca àsmargens do EgeuBodrum entra no gosto dosbrasileiros. Boa Viagem, pág. 20

Fláv

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Você acreditaque Bezerra

disse ave r d a d e ?

Ministro no Senado: verbapara Pernambuco foi

"questão técnica". Pág. 5

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O DC e n t re v i s t aDowney Jr., que encarna opersonalíssimo detetivecriado por Conan Doyle.

Não perca o mais atraentecinemão da Cidade(esq.) Mais: Cordel,

Ângela Maria.E Roda do Vinho.

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Para crianças, bondades dabruxa Bruxa Morgana.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ROBERTO

FENDT

Em dezembro último,a taxa de juros delongo prazo dadívida soberana

portuguesa atingiu 13% emeuros. É a segunda maior taxade juros para papéis com esseprazo, ultrapassada apenaspela taxa paga pela Grécia(quase 22% em euros).

É claro que com juros dessasmagnitudes, não há comopagar sequer o serviço dadívida, quanto menos oprincipal. Mesmo que a receitatributária aumentasse 3% aoano, o que requereria que o PIBcrescesse mais ou menos a essataxa, a dívida cresceria a 10% aoano, dobrando de valor a cadasete anos e meio.

Que fazer? Estadossoberanos têm dívidas etambém têm patrimônios. Se arentabilidade do patrimônio émaior que a taxa de juros pagasobre o endividamento, vale apena manter o patrimônio ecom seu retorno ir pagando osjuros sobre a dívida, até que elapossa ser reduzida a ummontante administrável.

Não é essa, contudo, asituação da Grécia e dePortugal, não somente porqueas taxas de juros pagas sãoproibitivas, mas tambémporque os ativos pertencentesao Estado desses países não sãorentáveis o suficiente paracobrir a conta dos juros.

Manda o bom senso que, emsituações dessa natureza,vendam-se os ativos e, com odinheiro obtido com a alienaçãodo patrimônio, se abata adívida. É o que o governoportuguês está fazendo.

Nem todos concordam comesse ponto de vista, emboranada tenha de ideológico edecorra da fria aplicação damatemática financeira àsituação atual das contaspúblicas portuguesas.

Em artigo publicado na revistaVisão de Portugal em 29 dedezembro último, Mário Soares –ex-primeiro-ministro e ex-presidente do país e homem sérioe digno – afirmou que "vender opatrimônio mais importante eestratégico do nosso país é algode muito grave e, se correr mal,como julgo, imperdoável. Oiçam,ao menos, a vontade popular".

Referia-se à venda dasempresas Energias dePortugal (EDP), a Rede

Eléctrica Nacional (REN), umaparte da Rádio e Televisão dePortugal (RTP), a GALP Energia,a Comboios de Portugal (CP,estradas de ferro), as Águas dePortugal, a Aeroportos dePortugal (ANA), a TransportesAéreos Portugueses (TAP) e osCorreios de Portugal (CTT), entreoutras.

Há duas questõesinteressantes levantadas porMário Soares. Em primeiro lugar,ressalta o caráter "estratégico"das empresas e a decisão dogoverno de privatizá-las por

EYMAR

MASCARO

ORDEM É TIRARVOTO DE PEDRA

O candidato àPrefeitura de SãoPaulo a serindicado nasprévias do PSDBterá de ir atiracolo deGeraldo Alckminnas andançaspelos bairros dacidade.

Pré-candidato àPrefeitura de Säo Paulopelo PMDB, o deputado

Gabriel Chalita está aplicandoa mesma tática de campanhaque ajudou Celso Pitta a ficarconhecido dos eleitores,criando núcleos de apoio nosbairros da periferia. Pittatambém começou a percorrera periferia muito antes dacampanha começar e darealização das convençõespartidárias. Quando osadversários de Pittaacordaram, era tarde demais.

É verdade que Celso Pitta sóse elegeu porque teve comocoordenador de campanha oempresário Calin Eid e contoucom a popularidade doprefeito da época que oapoiava, Paulo Maluf. Amesma sorte, Chalita não tem:Gilberto Kassab não é do seupartido e, além do mais, o PSDdeve lançar candidaturaprópria, provavelmente a dovice-governador GuilhermeAfif Domingos, que alcançouexcelente votação na Capitalquando se candidatou aoSenado, em 2006, e agorapode contar com o apoio e oprestígio do prefeito atual.

O PSDB, que luta parareconquistar a Prefeitura daCapital, só vai começar ainvestir no eleitorado dosbairros de maior densidadeeleitoral a partir de março,quando o partido realizarásuas prévias para a escolha docandidato. O partido balançaentre quatro pré-candidatos,três deles secretáriosestaduais (Bruno Covas, JoséAníbal e Andrea Matarazzo) eum deputado federal, RicardoTrípoli. Por enquanto, osquatro estão maispreocupados em garimpar oapoio dos eleitores tucanoscom direito a voto nas prévias.

Por ser ainda desconhecidodos eleitores, o candidato

do PT, Fernando Haddad,também ensaia visitas aosbairros, monitorado porlideranças municipais dopartido. Haddad está namesma situação de outrospretendentes à candidatura,isto é, nenhum delesdispondo de votos própriospara ganhar a eleição. Eles vãodepender dos puxadores devoto nos seus partidos, casos,por exemplo, do PT e PSDB.

Fernando Haddad só teráchance de se eleger se Lulatransferir a ele um mar devotos. O ex-presidente estáconsciente da importânciaque terá na campanha do PT.Lula, no entanto, ainda estáimpedido pelos médicos de seengajar na campanha. Apenasem março é que saberá se vaipoder se dedicar em tempointegral à campanha de seucandidato. Em março, Lulaconcluirá as sessões deradioterapia, data em que osmédicos voltarão a fazer uma

nova avaliação do estágio dado ença.

Ainda no PSDB, ocandidato a ser indicado

nas prévias terá de ir a tiracolode Geraldo Alckmin nasandanças pelos bairros. Ogovernador, contudo, não vaipoder levar o seu candidatoao encontro de eleitoresdurante o expediente em quedeve estar trabalhando noPalácio dos Bandeirantes.Alckmin vai aproveitarsobretudo de seuaparecimento na televisãopara tirar uma lasquinha emfavor do candidato tucano.

decisão unilateral e ideológica,sem discussão aprofundada etransparente e em momento decrise aguda para o país.

Ora, o seu partido, queaté então detinha ocomando do governo,

foi fragorosamente derrotadonas eleições parlamentares,cedendo o lugar para aoposição, que agora inicia oprocesso de alienação de partedo patrimônio do Estado. Adecisão, de fato, não foi dopartido que governa Portugalno momento, mas do povo queo elegeu para formar um novogoverno.

A decisão é ideológicasomente na extensão em quereconhece que o custo demanter os ativos, em lugar devendê-los, é a única consistentecom o bom senso. Foi o governodo seu Partido Socialista dePortugal que sustentou oendividamento do país. Foitambém o governo do PS quenão promoveu a venda de partedo patrimônio do Estado

quando as fontes definanciamento barato indicavamque secariam. A privatizaçãoocorre agora, em mal momento,já que os preços dos ativosseriam maiores se fossemalienados há dois ou três anosatrás.

A segunda questão dizrespeito à sua queixa deque os ativos do Estado

não estão sendo vendidos aportugueses, mas a estrangeiros.Ora, se Portugal dispusesse depoupança suficiente parafinanciar o insensato déficitpúblico decorrente de umEstado de bem-estar social(welfare state) incompatível com ariqueza do país, o patrimônio doEstado não seria alienado.

A decisão de estrangeiros deinvestir em Portugal, adquirindoas empresas mencionadas,assegura maior disponibilidadede recursos ao país e permite amanutenção dos empregos. Ouseria melhor a falência dasempresas e o desemprego deseus trabalhadores? Ou, o que dána mesma, a manutenção dasempresas com subsídioscrescentes, cujos recursos seriamnecessariamente obtidos com oaumento da carga tributária dapopulação?

A oposição de Mário Soares,homem sério e digno, àsmedidas tomadas para a soluçãoda crise portuguesa deixampatentes as dificuldades doprocesso político de solução deproblemas econômicos, boaparte deles criados por seupróprio partido. Melhor queresolvê-los é evitá-los,restringindo o papel do Estado asuas funções inalienáveis,quaisquer que elas sejam, masque não englobam certamente owelfare state, origem dosproblemas atuais.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

O patrimônio do Estado nãoseria alienado

se Portugal dispusesse depoupança suficiente

para financiar oinsensato déficit público

Melhor que resolver os problemas econômicos é evitá-los, restringindo o papel do Estado a suas funções inalienáveis.Roberto Fendt

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

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opinião

A venda das joiasda coroa

Visitas aos bairros com ocandidato só fora do horáriode trabalho. Mas, enquanto asprévias não chegam, Alckminainda sonha com um recuo deJosé Serra, que seriacompelido a aceitar uma novacandidatura à Prefeitura. Senão der, o governadorcontinuará torcendo para queBruno Covas vença as prévias.Alckmin aproveitaria paraexplorar na campanha aimagem do avô de Bruno,Mário Covas que, além degovernador, foi tambémprefeito biônico da Capital.

Outros prováveiscandidatos a prefeito porpartidos nanicos, comoNetinho de Paula pelo PC do Be Celso Russomano pelo PRB,chegaram a surpreender naspoucas pesquisas que foramfeitas, alcançando bom índicede aceitação. Chegaram até aprovocar inveja em dirigentesde partidos mais encorpados.

EYMAR MASC ARO É J O R N A L I S TA E

CO M E N TA R I S TA P O L Í T I CO

MASC ARO@B I G H O S T.CO M .BR

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

o

NEIL

tô cheradoFerreira

E A CRACOLÂNDIADE BRASÍLIA?

Oentusiasmo de tantoseleitores pela candi-d a t u r a R o n P a u lmostra uma vez mais

a vulnerabilidade do sistemaamericano às manobras de seusinimigos, abrigados sob a prote-ção da mídia e de uma credulida-de popular abismante.

Se uma vasta campanha de es-clarecimento não detiver a as-censão do deputado libertarian, opleito de 2012 arriscará tornar-seum erro ainda mais letal do quefoi a eleição de 2008.

Discípulo do gangster misto derevolucionário Saul Alinsky e am-parado numa aliança de radicaismuçulmanos, comunistas e globa-listas, Barack Hussein Obamachegou à presidência com docu-mentos falsos e desde sua possenão fez outra coisa senão contrairmais dívidas do que todos os seusantecessores somados, promovero crescimento das forças inimigaspor toda parte, incentivar a rebe-lião comunista do Occupy WallS t re e t , atiçar a fogueira da guerracultural antiamericana e antireli-giosa por todos os meios ao seu al-cance, debilitar o poder de açãodos militares no exterior e voltá-los para o front interno como po-lícia política, escorada numa leiiníqua que permite prender cida-dãos americanos por tempo inde-finido, sem direito a habeas cor-pus. A lei foi aprovada a pretextode "combate ao terror", mas contraquem ela será usada na prática écoisa que se pode julgar pelo se-guinte detalhe: o governo hoje emdia considera "suspeito de terro-rismo" quem quer que estoque co-mida para mais de uma semana(metade da nação americana fazisso), ao mesmo tempo que recusaobstinadamente tomar qualquermedida, mesmo verbal, contra aorganização Amaat ul-Fuqra,também chamada Muslims ofAmerica, que comanda trinta e cin-co campos de treinamento paraterroristas em pleno territórioamericano (v. h t t p : / / w w w. j i h a d w a t -c h. o rg /2 0 12 / 01 / 35 -j a ma a t- a l- fu q ra -te rror- tra in ing -ca mp s-s til l- ope ra-ting-in-the-us.html).

Numa época de patriotismo

OLAVO DE

CARVALHO

O PLEITO DE 2012 NOS EUA PODE TORNAR-SE ERRO MAIS LETAL DO QUE FOI A ELEIÇÃO DE 2008.pinião

Só um mano cherado podese meter a levantar essabola, para ver se algum

brôu da oposicinha tem peito delevar a peito em Brasília o que aPrefeitura e o Governo doEstado de Sumpólo fizeram nacracolândia pólista: o choque dedor e sofrimento, dado comomedida de desespero numproblema crucial para asociedade, que parece não terjeito – o crack, seus viciados etrafic antes.

A cracolândia de Brasíla, queatende pelo codinome decorruptolândia, é o outroproblema crucial para asociedade e que também nãotem jeito – a corrupa, seusviciados e traficantes.

Escrevo "viciados" tanto paraos de crack como os da corrupae não usuários ou dependentes,por serem viciados mesmo,basta a primeira dose e aindivídua e o indivíduo nãolargam mais. "Dependentes" e"usuários" podem querer dizer amesma coisa mas de maneirasuave, polIticamente correta.

Não sou politicamentecorreto, quem me conhece sabe.Dou nome aos bois sempre quesei seus nomes; tenho convicçãodo que escrevo. Não enganoninguém sobre o que penso – ese penso mesmo. Certospetistas, que enchem minhacaixa postal de e-mailsofensivos, afirmam que se eupenso, "penso com osi nte s t i n o s " .

Democraticamente, respeito.Democracia é o livre convíviodos opostos. As alas majoritáriasdo PT e da base alugada pensamexatamente o oposto, se é quepensam. "Acreditam

religiosamente", explica melhor,obra do trabalho hipnótico dapropaganda oficial, realizadopelo sequestrador FranklinMartins, herdeiro do doutorJoseph Goebbels, que chefiou oMinistério da Verdade,responsável pela Mentirobrás, aprincipal e mais atuante estataldo governo do Cara.

"Traficante" é traficantemesmo, de crack ou deinfluência, como certo estreladofigurão, apanhado vendendo"republicanamente" por muitosmilhões de reais a suacapacidade de abrir portas paraatrair tenebrosas transaçõesprivadas na área pública.

Caiu de um ministério, mudoua mosca; mudaram seis

outras moscas subsequentes,caídas por suspeitas ou quasecertezas, levantadas pelaimprensa independente (que lahay la hay, sorria), de avoejaremmetendo suas patinhasinocentes na mesma matériafétida de sempre.

Em resumo e traduzindo parao brasileiro castiço véio deguerra: "Mudam as moscas, masa m*rda continua a mesma".Parece grossura, mas cito, entreaspas como você viu, a vox

populi vox Dei. Se é vox Dei,façamos de joelhos o Nome do Paie pronunciemos o Amém,agradecidos pela explicação dada,simples e verdadeira, que nem oprofessor Pasquale se atreveria are p rova r.

A PM ocupou a cracolândianuma operação de choqueporque repeliu com vigor aresistência dos viciados sem-teto,que perambulavam errantes pelasruas ou apagados, jogados nochão das calçadas.

De sofrimento, porque com aprisão de traficantes e

apreensão do crack, as dosestrocadas por tostões racionaram;a escasses do produto levou àelevação dos preços.

Crise entre a procura e a oferta;

é a Segunda Lei do CapitalismoSelvagem: produto em falta,maquininha de remarcação depreços canta em altos brados,tanto nos hipermercados comonas ruas da cracolândia.

A Primeira Lei do CapitalismoSelvagem aplica-se ao mercadoda droga e também a tudo omais que existe na face da Terra,até a ameaça do fim do mundoem 2012: "Enquanto houver umtrouxa comprando, haverá umesperto vendendo."

Já escrevi um artigo com otítulo "Sou zelite". Sou. Até hoje

uso uma camiseta com "Souzelite" escrito no peito. Qualquerzelite como eu, que se atrevessea enfiar seu delicado nariz nafedentina de privada daquelasruas (as ruas são as privadas dossem-teto), ou ter seus olhosgeralmente habituados ao ladomenos ruim da vida, agredidospelos pobres trastes humanosque buscam o alívio na droga,até que o descanso final damorte sobrevenha, duvidaria doque os seus sentidos estavamc aptando.

A PM tomou a má decisão de

ocupar a cracolândia, dizem quesem o conhecimento doGovernador nem do Prefeito,para devolver seu espaço àrenovação da cidade. Na vida,sabemos que a má decisão émelhor do que nenhumad e c i s ã o.

Ao alvorecer, no momento do"ataque", ninguém dus Dereitosdus Manos, nem assistentessociais, nem o padre Lancellottie a sua "Pastoral do Povo daRua", apareceu para fiscalizar aação e, como cidadãos, atémesmo interrompê-la. Estariamtodos ainda dormindo ou já emfér ias.

Nem nenhum Genoínoapareceu, que ele não é

bobo nem nada de se meternessa Araguaia aí, que dessaninguém escapa ileso. Dá muitomais lucro assinar "sem ler"contratos de Cem Milhões deReais, com o Banco Rural.

O mundo caiu na cabeça dequem se mexeu, ainda que demaneira errada, para enfrentar oproblema. Quem nunca moveuuma palha rosnou criticando,mas ninguém deu sugestãoalternativa e viável – continuamsem saber o que fazer.

O Governo Federal apareceucom um plano secreto para serexecutado em abril, para "atuarna questão da cracolândia". Seráa intervenção federal emSumpólo, já que aqui eles nãoganham nenhuma inleissão?

Este texto é de ficção. Nãotenho coragem de escrever sobrea vida real, a realidade é muitomais apavorante do quequalquer ficção.

NEIL FERREIR A É PUBLICITÁRIO

declinante, resultado de cinco dé-cadas de suicídio cultural, é ine-vitável que a população seja me-nos sensível aos perigos interna-cionais do que à pressão econô-mica do dia-a-dia. Neste ponto, apolítica estatista e perdulária deBarack Hussein Obama se reve-lou indefensável: durante suagestão o preço da gasolina subiude US$ 1,20 para US$ 3,90 o galão,o desemprego duplicou (segun-do as estatísticas oficiais) ou (se-gundo fontes mais razoáveis)quadruplicou, chegando hoje a16,6% – e, para onde quer que vo-cê olhe, as casas do povão, quan-do não foram tomadas pelos ban-cos, estão à venda sem que nin-guém as compre.

A essa altura, nenhum estrate-gista de esquerda seria louco obastante para defender, em cam-panha eleitoral, a política econô-mica do governo. Mesmo com to-da a blindagem de mídia que o

mantém a salvo de qualquer críti-ca mais séria e até de perguntas so-bre sua identidade, o presidenteestá irremediavelmente queima-do na praça, e o esquema globalis-ta que o gerou só teima em apre-sentá-lo às eleições na condição devítima sacrificial. Se ele não mos-trar documentos válidos, se insis-tir na farsa da certidão de nasci-mento fabricada em fotoshop, éaté possível que sua candidaturaseja impugnada em alguns esta-dos (v. h t t p : / / o b am a re l e a s e yo u r re-

cor ds.bl ogspo t.com/ 2012/ 01/nb cs-wxia -tv-geo rgia-j udge-de nied.ht ml).E será tarde para improvisar outrocandidato democrata.

Ora, o programa da aliançaglobalista-comunista-islâmica àqual Barack Obama deve suaexistência política tem três fronts:(1) a destruição da economiaamericana; (2) a política externacalculada para fortalecer os ini-migos e debilitar os EUA; (3) aguerra cultural voltada à dissolu-ção sistemática dos valores mo-

rais e patrióticos da nação.No primeiro, já não é possível

enganar mais ninguém. A opi-nião pública divide-se entre osque acham a política econômicado governo um fracasso nacionale os que a julgam um sucesso doinimigo. O país inteiro, incluin-do uma parcela enorme de oba-mistas arrependidos, quer cortede despesas, redução de impos-tos e o fim do festival de favore-cimentos ilícitos que Obama ins-taurou sob o belo nome de "estí-mulos". Quer, enfim, um retornoaos sãos princípios do capitalis-mo tradicional.

Essa bandeira não é negociá-vel. Nenhum candidato que seoponha frontalmente a ela terá amenor chance.

É nessa hora que entra em cena ocálculo do custo respectivo dosanéis e dos dedos. Que tal ceder nocampo econômico, para garantir avitória nos fronts 2 e 3? O povo está

tão oprimido e angustiado pela cri-se, que um alívio financeiro imedia-to bem pode desviar suas atençõesdos perigos que o esperam, em fu-turo não muito longínquo, caso aAmérica se desarme ante seus ini-migos externos e internos e, assu-mindo as culpas de tudo o que sepassa de mau no mundo, consintaem desmoralizar-se ainda mais. Talé precisamente a proposta de RonPaul. Esse estranho ser de duas ca-beças, direitista em casa, esquerdis-ta no mundo, que se apresenta co-mo o pai do Tea Party, mas tem entreseus votantes 57% de anticonserva-dores, parece ter sido criado espe-cialmente para confundir o eleitora-do, tal como um certo personagemque bem conhecemos por aqui,aquele que na mesma semana foihomenageado por sua adesão aocapitalismo e por sua fidelidade aocomunismo.

Cada vez mais evanescen-te a esperança de reelegerObama – ao menos por

vias normais –, é compreensívelque o deputado do Texas, cuja in-tegridade pessoal ninguém aliáspõe em dúvida, tenha surgido co-mo o Plano B de George Soros ecomo o candidato predileto dogoverno russo (v., respectiva-m e n t e , h t t p : / / w w w . y o u t u-b e. c om / w at c h? v =K 4 q1 v Y x1 V 3g eh t t p : / / w w w. a i m . o rg / a i m - c o-l um n / wh y -i s -r u s si a n- t v- b a ck i ng -ro n - p a u l /).

OL AVO R DE CA RVA L H O

É E N S A Í S TA , J O R N A L I S TA E

P RO F E S S O R DE FILOSOFIA

Pré-candidato do PartidoRepublicano, Ron Paul (foto) é

um estranho ser de duas cabeças,direitista em casa, esquerdista no

mundo. Parece ter sido criado paraconfundir o eleitorado.

AFP

Mais umhomem de

duascabeças

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sexta-feira, 13 de janeiro de 20124 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Solução

Pito de mãe333 Dilma Jane, 88 anos, mãe da presidentee Arilda, sua tia, que retornaram a Brasília,depois das rápidas férias na base naval deAratu (a segunda ainda se recupera de umtombo sofrido às vésperas do Natal), permane-cem entre o Alvorada e a Granja do Torto, que

acham que “tem mais jeito de casa”. Nesses dias, entre uma novelae outra, vêm acompanhando pela televisão, através dos principaisjornais (o assunto virou nacional), a triste novela da cracolândia, emSão Paulo. Numa das matérias sobre grávidas viciadas, a primeira-mãe chorou e ligou para a filha: “Você não vai fazer nada?”.

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Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Antes de sair para suas rápidasférias na base naval de Aratu, naBahia, a presidente Dilma Rousseffdisse, perguntada sobre umapossível reforma ministerial, que

haveria “uma surpresa”. Agora, certamente empolgada por ter sidochamada pelo Financial Times de “Margaret Thatcher dos trópicos”, aChefe do Governo está esticando quaisquer modificações supostaspara fevereiro e já há quem aposte que não vai acontecer nada:nem grandes substituições, nem fusões de secretarias e tampoucoredução do volume de ministérios. Fernando Haddad (Educação) eIriny Lopes (Mulheres) deixam o governo para disputar prefeituras;Fernando Bezerra (Integração) e Ana de Hollanda (Cultura) ficame Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Dilma segura. Porfraco desempenho, poderão ser trocados Mário Negromonte(Cidades) e Paulo Sérgio Passos (Transportes). Dilma, aliás,quer Márcio Fortes para o lugar de Negromonte.

Adeus àreforma

333 Quem vai assistir os desfilesda Fashion Rio – e na SP FashionWeek não é diferente – já seacostumou a ver, na platéia ouborboleteando pelos locais,

exemplares do que já se convencionou chamar de fauna e flora,misturando-se profissões, preferências sexuais e até altos ebaixos de saldo bancário. Nesses dias, da esquerda para a direita,Flávia Sampaio, namorada de Eike Batista; Bethy Lagardère,viúva milionária que está passando mais tempo no Brasil doque na França; a cantora Gaby Amarantos, a Beyoncé doPará (no lounge da Vogue); a modelo Viviane Orth; e a atrizNathália Rodrigues, que está voltando para a Globo.

Faunae flora

Rápidanogatilho

333 A atriz e apresentadorado programa Amor & Sexo,Fernanda Lima, 34 anos,atração de IstoÉ Gente (foifotografada numa academia),

conta que foi para cama com seu atual marido, o ator RodrigoHilbert (Fina Estampa), na primeira noite em que ficaramjuntos. “E aí, não vai me dar valor? Tenho dois filhos, não temnada a ver. Agora, poderia acontecer de, no dia seguinte,ele não me ligar”. E dá sua receita: “Sexo é igual com todomundo. O importante é o antes e o depois. Às vezes, euboto lingerie porque ele pede. Eu boto e ele tira”.

Fui convidada a sair do grupo da igreja para cantar profissi-onalmente. Meu primeiro cachê foi um prato de sopa.

IN OUTh

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Jeans clássicos. Jeans cortados e desbotados.

MAIS: já Val Marchiori,chamada de cachorra porBrunete Fracariolli, correo risco de ser contratada.Levanta a audiência.

MISTURA FINA

Ex-garçonete333 Uma das figuras maiscontentes do ministério deDilma, neste inicio de ano(ele também saiu em rápidasférias), é o ministro LuisSérgio, da Secretaria Nacionalda Aqüicultura. Tem poucosfuncionários, orçamento minguadoe plano de trabalho meio capenga– e continuará exatamente nessacondição. Quem lhe garantiuque ninguém mexerá com elena Pesca foi sua sucessorano Ministério das RelaçõesInstitucionais, Ideli Salvatti. Notelefonema de final de ano, paratroca de votos de sucesso esaúde, Ideli, que conseguiu algunsêxitos no Congresso, brincoucom Sérgio: “Nem estão mechamando mais de garçonete”.

DESEMPREGADA333 Isabelita dos Patins é umdos travestis mais conheci-dos do Rio de Janeiro, quesempre circula bem produzida– e especialmente muitomaquiada. Nesses dias deFashion Rio, mais uma vez,Isabelita deu o ar da graça,chamando atenção dosfotógrafos e até de turistasque sempre pedem para fazeralguma foto ao seu lado. Aesses, com discrição, elaavisa: “Se puder, colaborecom dez reais, porque estoudesempregada”. E Isabelita nãoanda mais de patins: teve uminfarto há alguns meses atráse foi proibida pelos médicos.

A Band começa demis-sões de famosos encos-tados: a primeira é LuizeAltenhofen; a segundaserá Márcia Goldschmidt.

Fotos: Paula Lima

Fonoterapia333 O ex-presidente Lula, jánovamente em tratamentode quimioterapia, enquantomantém o de radioterapia, comidas diárias ao Sírio-Libanês,em São Paulo, começou a sentirseqüelas da nova etapa:perda quase total do saborde determinado alimentos,desconforto para se deglutir epequenas variações de voz.Seus médicos haviam alertadoo ex-chefe do Governo que,pela intensidade dessa etapado tratamento e especialmenteporque a radioterapia atinge áreasvizinhas à do tumor, incluindocordas vocais, poderiam surgirproblemas nessa região. E,supostamente, permanecer poralgum tempo, o que exigiria,mais à frente, de sessões – eaté diárias – de fonoterapia.

QUEM PAGA333 O presidente do TSE,Ricardo Lewandowski,protagonista de uma série deepisódios polêmicos na áreajurídica,eoadvogado-geraldaUnião, Luis Adams, acabam deingressar na Justiça Federalcom ação de ressarcimentocontra 300 ex-prefeitos queperderam seus mandatos. Estãopedindoqueocassadobanqueas despesas de eleiçõessuplementares. Querem reaveros gastos e até imaginam queesse tipo de iniciativa inibiráa adoção de irregularidadesnas campanhas eleitorais.

Fé bem patrocinada333 Gabriel Chalita, pré-candidatoa prefeito de São Paulo, vemsendo rotulado como “o homemque vai resgatar a história doPMDB e honrar os legados deOrestes Quércia e UlyssesGuimarães”. Nas últimasentrevistas, ele garante que,na troca partidária, “ganhou umirmão (Baleia Rossi) e o Wagnervirou meu pai”. É uma referenciaa Wagner Rossi, afastado doMinistério da Agricultura, debaixode uma chuva de denuncias desupostas irregularidades. Mesmosem seu programa na CançãoNova, rede católica de CachoeiraPaulista, a ligação com o esquemade comunicação do padre JonasAbib continua. Pouca gentesabe: quem ajudou a construir aCanção Nova foi o pai de Chalita,o homem mais rico da cidade.

VENDAS ONLINE333 A namorada de EikeBatista, Flávia Sampaio, aindanão leu O X da Questão, deRoberto D’àvila, sobreensinamentos empresariaisdele: anda muito atarefadapara levantar o movimento desua clínica de beleza Beaux,que até agora não decolou. Poroutro lado, para aumentar seufaturamento, Flávia querentrar no e-commerce comum site de vendas online(peças novas e vintage)chamado PowerLook. Parao lançamento do site, a própriaFlávia será a modelo editorialcom o acervo que estará àvenda, com peças Lanvin,Pucci e outras.

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Teló na frente333 O paranaense (ele é da cidade de Medianeira) Michel Telóacaba de bater a marca dos 100 milhões de visualizaçõesno YouTube e continua subindo. Dessa forma, ultrapassoucanções como Mistletoe, de Justin Bieber (89 milhões),Someone Like You, de Adele (91 milhões), Paparazzi, de LadyGaga (77 milhões) e Love on Top, de Beyoncé (28 milhões).

333 O MINISTRO Guido Mantega,da Fazenda, enfrenta episódiodoloroso de ordem doméstica,que poderá até mesmo afastá-lode seu cotidiano no governo.

333 A FILA anda e não apenas noBrasil: Demi Moore, 49 anos, ex-Bruce Willis e ex-Ashton Kutcher,já está circulando com novo eleito:é seu personal trainer, Blake Corl-Baietti, também modelo e de 26anos de idade.

333 O PSDB e o que sobrou doDEM são os partidos com o maiornúmero de deputados candidatosa prefeito, nas eleições deste ano.No total, serão 19 tucanos e 14democratas. Ou seja: a vida vaificar mais difícil para a oposição.

333 DE VOLTA à presidêncianacional do PDT, o ex-ministroCarlos Lupi, está batalhandopara nomear o secretário-geraldo partido, Manoel Dias, para oMinistério do Trabalho. Ele éuma espécie de ajudante-de-ordens de Lupi.

333 O MINISTRO FernandoBezerra, da Integração, que já foisecretário (primeiro mandato) dogovernador Eduardo Campos(PSB) acha que é seu favorito nasucessão em Pernambuco. Nãoé, não: o coração de Campos aindabalança entre os secretários DaniloCabral (Cidades), Geraldo Julio(Desenvolvimento) e TadeuAlencar (Casa Civil).

333 NA SEMANA que vem, noRio, têm encontro marcadoRicardo Teixeira, presidente daCBF, que volta de licença e JosephBlatter, presidente da Fifa, queandam se estranhando – e muito –nas últimas semanas. A conversaé sobre a Copa de 2014 – e nempoderia ser diferente – e estarãoparticipando também o ministroAldo Rebelo, do Esporte, Pelé eRonaldo Fenômeno, agorahomem da CBF.

GABY AMARANTOS // cantora, a Beyoncé do Pará, sobre o começo de sua carreira.

Por: José Nassif Neto

Inquieto;

sem calma.

Revogarum

anúncio.

Enganar;

lograr.

Caminho;autovia.

Jumento.Fruto

redondo eamarelado.

Folha deferro

estanhado.

Indivíduoagigantado

e muitocomilão.

Lavar nabateia.

Fósforo,símboloquímico.

Passagemsubterrâ-

nea.

Tirar pêloscom

lâmina.

Descargade metra-lhadora.

Cloreto

de sódio.

Bahia.(sigla)

Avecolorida.

Vender acrédito.

Aparência;aspecto.

Com elas asaves voam.

Mulher quefaz o bem.

Cada filaseparadapor umespaço.

Haver,na 3ª pess.do pl. dopresente.

AlbertoDines,

jornalista.

Patrão;senhor.

Enxofre,símboloquímico.

Monarcas;soberanos.

Ampla;dilatada.Existir;viver.

Sala deentradade um

edifício.

Pôr abaixo;demolir;abater.

Grama,símbolode me-

trologia. Instrumen-to de ata-que ou de

defesa.

Cedi;

entreguei.

Vanádio,símboloquímico.

Exercíciosmístico-

filosóficoda Índia.

Plantaçãode verduras

caseira.(plural)

(1005) 4-hall (pal.de origem inglesa, pode ser saguão, entrada de um edifício); ares; 5-apear; melão; 6-batear (agitar minério na bateia); 7-gorjala (no sentido figurado e tem como sinonímia: papão).

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

L AVADABezerra Coelho nãoenfrentou oposiçãoe falou como quisno Senado.

E S CO R R E G A D AClementino, irmãodo ministro, perdeudois cargos emapenas dois dias.

política

Bezerra sai falante doSenado. Diz que vai ficar

Com apoio maciço da base aliada, o ministro daIntegração cumpriu as orientações recebidas. Aliberação de verbas para Pernambuco foi umaquestão técnica, empenhos virarampagamentos e pouco sobrou para a oposição.Disse que tem a confiança da presidente.

Andre Dusek/AE

Bezerra: cinco horas no Senado para se defender, ser elogiado e ouvir alguns resmungos da oposição. Não comprometeu, mas não convenceu.

Abase aliada cum-priu o determina-do pelo Palácio doPlanalto ao mobili-

zar alguns de seus principaislíderes em defesa do ministroda Integração Nacional, Fer-nando Bezerra Coelho, duran-te depoimento ontem à comis-são representativa no Senado.Acusado de ter aplicado emPernambuco 90% das verbasdo ministério destinadas à pre-venção de desastres naturais, oministro alegou que a decisãofoi técnica e que as ações foramafiançadas pela presidenteDilma Rousseff. Depois de cin-co horas, Bezerra saiu dizendoque conta com a confiança dapresidente para ficar no cargo.

" O q u e s eq u e r n e s s acampanha éatacar não só am i n h a i m a-gem, mas domeu partido",afirmou. "Seirelevar os ata-ques, sei acei-tar as críticas,isso faz parteda democra-cia, mas é pre-ciso não atacare não denegrir a imagem daspessoas".

C at á st r of e – Embora o de-poimento tenha ocorrido empleno recesso, caciques do PT,do PMDB e do PSB fizeramquestão de apoiar Bezerra, quetambém ouviu discursos favo-ráveis do PTB, do PR, do PP edo PSC. Reduzida, a oposiçãocentrou seus ataques nos da-dos sobre execução. Os parla-mentares do PSDB, do DEM edo PPS criticaram o baixo vo-lume de pagamentos. "Obranão executada em 2010, em2011, gera catástrofe em 2012,isso é óbvio", definiu o deputa-do Rodrigo Maia (DEM-RJ).

E mp en ho – Para tentar se

defender do uso político de re-cursos, o ministro citou "nú-meros de empenhos" em vezde pagamentos. Empenhos é apromessa do governo de quevai realizar determinado in-vestimento. Por esse critério,dos R$ 218 milhões destinadosà prevenção, R$ 98 milhões fo-ram para Pernambuco, R$ 40milhões para São Paulo, R$ 16milhões para o Espírito Santo eo restante (R$ 64 milhões) paraoutras unidades da federação.

Ele relacionou a baixa execu-ção aos problemas encontra-dos nos projetos dos estados emunicípios. Dos mais de trêsmil recebidos, apenas 34 foramaprovados e mesmo assim al-guns ainda não receberam o

dinheiro porentraves co-mo l icencia-m e n t o a m-biental. "Parapagar é preci-so atender an o r m a s l e-gais", disse.

Em relaçãoao irmão Cle-mentino Coe-lho (leia abaixo)que estava nap re s i dê n c i a

da Companhia de Desenvolvi-mento do Vale do São Francis-co e Parnaíba (Codevasf), ape-gou-se na justificativa de que aescolha se baseou no estatutoda empresa. Negou ter privile-giado o filho, o deputado fede-ral Fernando Coelho Filho(PSB-PE), na liberação deemendas. Destacou que 54 de-putados t iveram todas asemendas empenhadas.

Sobre o tio Osvaldo Coelho,conselheiro no comitê de agri-cultura do ministério, disseque "não se trata de cargo emcomissão ou de confiança",acrescentando que "não é re-munerado nem subordinadoao ministro". (Agências)

O que se quer éatacar a minhaimagem e a do meupartido...mas épreciso nãodenegrir a imagemdas pessoas

FERNANDO BEZERR A COELHO

Humberto Costa: único pernambucano na comissão, defendeu o conterrâneo na divisão de verbas.

Marcelo Camargo/Folhapress

'Vossa Excelência é vítima por ser nordestino'

OPMDB, maior partidoda base aliada, com-pareceu ontem em pe-

so para apoiar o depoimentodo ministro da Integração Na-cional, Fernando Bezerra Coe-lho (PSB), na comissão repre-sentativa do Senado. Os pee-medebistas tomaram a linhade frente na defesa do minis-tro, deixando os integrantes doPSB em segundo plano.

E o líder do PT no Senado,Humberto Costa, único repre-sentante pernambucano na co-missão, foi além, dizendo queBezerra está sob ataque por sernordestino. "Vossa Excelênciaé vítima pelo fato de ser nor-destino", discursou o petista."Acho difícil que se tivesse ha-vido liberação até maior paraestados como São Paulo tives-se essa celeuma", afirmou Cos-

ta. "Isso só acontece quando setrata do Nordeste".

O líder do PMDB no Senado,Renan Calheiros (AL), foi enfá-tico ao elogiar a atuação de Be-zerra, qualificando as suas res-postas de "convincentes". Ca-lheiros frisou ainda que "OPMDB está inteiramente soli-dário com Vossa Excelência".Para o presidente do PMDB,senador Valdir Raupp (RO), asexplicações do ministro de-vem "encerrar o assunto".

P e r n a m b u c o – A bancadade Pernambuco também com-pareceu em peso. Até parla-mentares do PSB que não fa-zem parte da comissão estive-ram presentes para reforçar adefesa do ministro. "É um ges-to de solidariedade, é uma in-justiça o que se faz com Bezer-ra", defendeu o deputado fe-

deral João Paulo Lima (PT-PE),ex-prefeito de Recife e aliadodo governador Eduardo Cam-pos, presidente do PSB e padri-nho político do ministro.

Costa, após defender o mi-nistro e de relacionar as críticasao preconceito com o nordesti-no, disse que o conterrâneo tra-tou os estados com equidade eque as ações do Ministério Pú-blico não podiam ser entendi-das como condenação.

Dados não mentem – Para odeputado Arnaldo Jardim(PPS-SP), a divisão das verbasmostra "a incompetência dogoverno no gerenciamento decatástrofe". Segundo ele, "osdados não mentem, pois o le-vantamento que fizemos mos-tra que o ministério não deuatenção aos problemas enfren-tados pelos estados". (AE)

Humberto Costa, líder do PT no Senado, elevou tanto o tom de defesa do ministro da Integração que acabou misturando a sua origem com a tragédia nacional

Codevasf perde CEO ediretor. Clementino cai

Clementino de SouzaCoelho, irmão do mi-nistro da Integração

Nacional, Fernando Bezer-ra Coelho, foi oficialmenteexonerado ontem do cargode diretor da área de Desen-volvimento Integrado e In-fraestrutura da Companhiade Desenvolvimento dosVales do São Francisco eParnaíba (Codevasf).

O ato foi publicado na mí-

dia oficial dois dias depoisde Clementino ter deixado ocomando da estatal. Na ter-ça-feira, ele foi substituídopor Gui lherme AlmeidaGonçalves, que também foinomeado interinamente pa-ra o cargo, como Clementi-no. De acordo com a CasaCivil, ele ficou no comando"por ser membro mais antigoda diretoria, como prevê oestatuto". (Folhapress)

Oposição não gostou do que ouviuPara o senador tucano Álvaro Dias, as respostas do ministro da Integração Nacional "foram superficiais"

Olíder do PSDB, sena-dor Álvaro Dias (PR),criticou ontem o de-

sempenho do ministro da Inte-gração Nacional, FernandoBezerra Coelho, na comissãorepresentativa do Congresso.Para o parlamentar, as respos-tas dadas "foram superficiais,sem que se aprofundasse oupermitisse réplicas".

De acordo com o tucano, "é omesmo modelo de depoimen-to de tantos ministros que vemao Congresso", comparou Ál-varo Dias. "Eles escolhem apergunta que devem respon-der, fogem das questões essen-ciais e escamoteiam a verda-de", afirmou o senador.

Em sua avaliação, o procedi-mento segue orientação do Pa-lácio do Planalto. "A mentiratem sido manipulada como ar-ma poderosa do governo paradefender irregularidades",acusou o parlamentar. "Masnós não podemos aceitar quesubestime a inteligência daparte lúcida do País".

Para o líder tucano, o mode-lo escolhido pelo governo "es-tabelece uma relação de pro-miscuidade, que destina re-cursos favorecendo a algunsem detrimento de outros". Se-gundo ele, trata-se de favoreci-mento "pessoal, familiar, parti-

Dida Sampaio/AE

Senador Álvaro Dias também critica o modelo de depoimento no Congresso, por favorecer quem vai depor.

dário que contraria a Consti-tuição quando fala em impes-s o a l i d a d e e m o r a l i d a d epública e também diz respeitoao princípio da isonomia entreos entes federativos".

Como autor do requerimen-to convocando o ministro aprestar contas na comissão re-presentativa, o senador tucanofoi o primeiro a questioná-lo.Levou para o plenário um rela-tório com as principais denún-

cias feitas contra Bezerra, co-mo o favorecimento a Pernam-buco de 90% das verbas públi-cas destinadas à prevenção dedesastres naturais.

Destacou o fato de o minis-tro ter burlado a súmula do Su-premo Tribunal Federal (STF),que proíbe o nepotismo no ser-viço público, como a nomea-ção do irmão Clementino Coe-lho, para a presidência daCompanhia de Desenvolvi-

mento dos Vales do São Fran-cisco e Parnaíba (Codevasf), edo tio Osvaldo Coelho para in-tegrar comissão do ministérioligada à agricultura irrigada.

As respostas de Bezerra fo-ram mais resumidas do que asperguntas do senador. Ele sin-tetizou suas explicações, ale-gando que os dados publica-dos estavam errados, "deixan-do no ar" as indagações maisdifíceis de responder. (AE)

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sexta-feira, 13 de janeiro de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÕESEncontram-se abertos no Gabinete:PREGÃO PRESENCIAL 440/2011-SMS.G, processo 2011-0.353.972-4, destinadoao registro de preços para a aquisição de MATRIZ DE AÇO 5 MM,TIRA DE AÇO ECUNHA CERVICAL EM MADEIRA, para a Divisão Técnica de Suprimentos -SMS.3/Grupo Técnico de Compras - GTC/Área Técnica de Odontologia, do tipomenor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 13h30min dodia 26 de janeiro de 2012, a cargo da 4ª Comissão Permanente de Licitaçõesda Secretaria Municipal da Saúde.PREGÃO PRESENCIAL 397/2011-SMS.G, processo 2011-0.318.565-5, destinadoao registro de preço para aquisição de CONJUNTO RESTAURADORINTERMEDIÁRIO A BASE DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL, para a DivisãoTécnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras - GTC/Área Técnicade Odontologia, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá a partirdas 09h30min do dia 26 de janeiro de 2012, a cargo da 4ª Comissão Permanentede Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.RETIRADA DOS EDITAISOs editais dos pregões, acima relacionados, poderão ser consultados e/ou obtidosnos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da SecretariaMunicipal da Saúde, local de realização dos pregões presenciais, na Rua GeneralJardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante orecolhimento de taxa referente aos custos de reprografia dos editais, através doDAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIALOs documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo aspropostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas,deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura dasrespectivas sessões públicas de pregão.

SECRETARIA DA SAÚDE

É impossível no Brasil um governante achar que governa sem os governos estaduais e os prefeitos. Não governa.Presidente Dilma Rousseffpolítica

Dilmae AlckminampliamparceriaJuntos, eles anunciaram ontem a

construção de 100 mil casas populares,3 mil a mais do que o previsto.

Apresidente DilmaRousseff anunciouontem a decisão deampliar a quanti-

dade de casas populares a se-rem construídas no estado deSão Paulo, por meio do termode compromisso e cooperaçãoentre a Caixa Econômica Fede-ral e o governo estadual. Na ce-rimônia pela manhã, no Palá-cio dos Bandeirantes, as infor-mações do progra-m a p r e v i a m aconstrução de 97mil moradias po-pulares por meiodo programa MinhaCasa, Minha Vida.Durante seu discur-so, Dilma anunciouter decidido am-pliar a meta para100 mil habitações.

A presidente dis-se que tomou a de-cisão durante a via-gem de avião entreBrasília e São Paulo, na manhãde hoje. "Eu disse ao presiden-te da Caixa, Jorge Hereda, queveio comigo no avião: nós nãovamos fazer 97 mil casas, por-que 97 mil é conta quebrada.Nós vamos fazer 100 mil. Astrês mil nós assumimos'" rela-tou Dilma.

O convênio prevê investi-mentos de R$ 8,045 bilhões pa-ra as 97 mil moradias inicial-mente acordadas, a seremconstruídas até 2015. Desse to-tal, R$ 6,145 bilhões virão dogoverno federal e R$ 1,9 bilhão

do governo de São Paulo. Comos recursos do governo paulis-ta, será possível elevar o subsí-dio à unidade habitacional fi-nanciada no estado de R$ 65mil para R$ 85 mil. Isso será fei-to com a aplicação de até R$ 20mil por unidade.

As famílias atendidas paga-rão 120 prestações mensais li-mitadas a 10% do rendimento,com valor mínimo de presta-

ção de R$ 50 e máxi-mo de R$ 160.

O programa M i-nha Casa, Minha Vi-da já contratou ac o n s t r u ç ã o d e1.462.133 moradiase m t o d o o P a í s .Mais de 540 mi lunidades já foramentregues, do totalde 719.522 concluí-das. Atualmente,7 4 2 . 6 11 c a s a s eapartamentos es-tão em construção.

Na 2ª fase do programa, o go-verno federal vai investir R$125,7 bilhões em 2 milhões demoradias, até 2014.

A sós com Lula – A presi-dente se reuniu por três horascom o ex-presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva, à tarde, no es-critório da Presidência da Re-pública, em São Paulo. Os doisalmoçaram a sós. O conteúdoda conversa não foi divulgado,mas especula-se que Dilma ou-viria Lula antes de definir mu-danças fará no primeiro esca-lão, em fevereiro. (Agências)

PAC 2: recorde, massó de pagamentos

Preocupada com a esco-lha de seus novos auxi-liares no governo, a pre-

sidente Dilma deixou a execu-ção do Programa de Acelera-ção do Crescimento 2 (PAC)em situação contraditória,afirma o site Contas Abertas.Desde que foi criado, em 2007,o programa bateu recorde noano passado no que se refere aomontante desembolsado pelarubrica, mas grande parte dosrecursos na verdade foi desti-nada ao pagamentos dos com-promissos assumidos em ges-tões anteriores, os "restos a pa-gar", destaca o site.

Em 2011, o desembolso do

PAC chegou à cifra de R$ 28 bi-lhões, valor que supera em21,2% o que foi pago em 2010(R$ 22,1 bilhões). Contudo, dot o t a l a p l i c a d o , c e r c a d eR$ 18,6 bilhões correspondemaos "restos a pagar". Isto é, emobras iniciadas no ano passadoforam investidos apenas R$ 9,4bilhões, ou 23,3% dos R$ 40,4bilhões autorizados.

Conforme dados até 31 deoutubro, os compromissosherdados corresponderiam aR$ 14,1 bilhões. As dívidas efe-tivas – empreendimentos exe-cutados em outros anos, masnão pagos, foram responsá-veis por R$ 1,7 bilhão.

Unidos:a presidente

Dilma Rousseffe o governador

GeraldoAlckminvoltam a

pregar sintoniaem torno da

expansão deinvestimentos

públicos emSão Paulo.

'Aproximação é decoro governamental'No mesmo tom de autoelogio de seu antecessor, Dilma destacou a importância da proximidade com governadores.

Uma entusiasmada Dil-ma Rousseff defendeuontem a parceria fir-

mada entre o governo federal eos governos estaduais comoforma de beneficiar a popula-ção. A presidente comentouque tem defendido a ideia deque, assim como há o decoroparlamentar, existe tambémum "decoro governamental" aser seguido.

"O decoro governamentalconsiste em perceber que nãose faz e não se tem, não se podeter, dentro de políticas gover-namentais, uma relação deatrito com Estados e municí-pios. Essa é a grande caracte-rística do decoro governamen-tal", afirmou em discurso du-rante cerimônia de assinaturade convênio entre a Caixa e ogoverno de São Paulo para aconstrução de casas popularespelo programa Minha Casa,Minha Vida (veja em detalhes aolado).

"É impossível no Brasil umgovernante achar que se go-verna sem os governos esta-duais e os prefeitos. Não go-verna", declarou.

De acordo com a presidente,a parceria entre União, estadose municípios mostra a maturi-

dade do País. "Independentede origem partidária, credopolítico, credo religioso e op-ção futebolística, nós conse-guimos criar essa capacidade.Nós podemos ter nossas diver-gências eleitorais, mas acaboua eleição essas di-vergências eleito-r a i s d e i x a m d eexistir", afirmouela em discurso, aolado do governa-dor Geraldo Alck-min, também umentusiasta da apro-ximação com o go-verno federal paraampliar os investi-mentos públicos.

Num tom próxi-mo das declara-ções feitas por seuantecessor Luiz Inácio Lula daSilva em cerimônias de entre-ga de obras, Dilma disse que oprograma Minha Casa, MinhaVi da , juntamente com o Br as ilsem Misér ia , promovem aigualdade e a distribuição derenda no País.

"Nós não queremos um paísde bilionários e pobres miserá-veis como é em muitas grandesnações do mundo afora", pros-seguiu, em autoelogio. "Nós

queremos um País obviamen-te de pessoas ricas e prósperas,mas queremos sobretudo umpaís de classe média. Ninguémé classe média se não tiver suacasa", afirmou.

Dilma voltou a enfatizar quea parceria com ogoverno de SãoP a u l o é f u n d a-mental para que oprograma M in haCasa, Minha Vidapossa atingir asfa ixas de rendamais baixas, comoprevê o programa."O governador vaiviabilizar o pro-cesso em que nóstínhamos obstácu-los , que eram opreço e a dificulda-

de de acesso a terrenos em SãoPaulo", disse.

Dilma fez questão de citarque o programa não causa achamada "bolha imobiliária",pois, na avaliação dela, ele nãoestá baseado em um processoespeculativo, mas sim na per-cepção de que a presença do es-tado é fundamental nestaquestão e elimina os riscos deinteresses particulares com olucro imobiliário.

Sintonia – Em seu discurso,o governador de São Paulo,Geraldo Alckmin, citou que asparcerias entre o estado e aUnião já chegaram ao progra-ma de combate à miséria e via-bilizaram a Hidrovia Tietê-Pa-raná, o Rodoanel e a constru-ção de moradias populares,que constituem grandes inves-timentos públicos. "No que de-pender de São Paulo, esses ali-cerces que proporcionaram aharmonia entre os governosestarão de pé em meio a quais-quer intempéries", ressaltouAlckmin.

Ao se referir às parcerias, Al-ckmin citou estas, mas Dilma olembrou de que ele havia es-quecido uma. "Aqui em SãoPaulo nós temos parceriasmuito efetivas com o governa-dor Geraldo Alckmin. Nós fi-zemos, governador, e lança-mos aqui, algumas parceriasestratégicas, e a única que o se-nhor esqueceu foi que nós tam-bém lançamos o FerroanelNorte", afirmou. "Quero dizerque eu pretendo continuarnesse processo". Dilma tam-bém disse que a parceria com oprefeito de São Paulo, GilbertoKassab, tem sido "muito pro-dutiva e excepcional". (AE)

Governo está tranquilo, diz ministroAeroportos e obras de infraestrutura estarão prontos para receber turistas, garante Gastão Vieira (Turismo)

Confiante, o ministro doTurismo, Gastão Viei-ra, assegurou ontem

que o governo está "tranquilo"em relação ao andamento dasobras de infraestrutura para aCopa do Mundo de 2014.

A garantia foi dada no pro-grama de rádio Bom Dia, Minis-t ro . Gastão disse ter certeza deque os trabalhos de melhoriada mobilidade urbana seguemno ritmo adequado. Os aero-portos brasileiros "estarão emcondições de receber todosaqueles que irão circular" peloPaís, disse, ressaltando que apreocupação do governo nãoestá apenas na Copa do Mun-do e Olimpíadas. "As ações dogoverno não têm foco apenasem grandes evento.".

O caos verificado nos aero-portos não é resultado da satu-ração, como destacado pelamídia, mas do "dinamismo" daeconomia brasileira, segundoo ministro.

Justamente por isso, expli-cou, ele mantém reuniões fre-quentes com a Infraero e a Se-cretaria de Aviação Civil sobreos aeroportos regionais, sobre-tudo os que têm vocação turís-tica – que são uma prioridadedo governo, segundo ele.

Em relação a algumas medi-das de infraestrutura para darsuporte ao turismo, Vieira des-tacou que o governo pretendelançar neste ano, em parceriacom o Senac e Ministério daJustiça, um programa de capa-

citação de jovens para o merca-do de hotéis e restaurantes.

O projeto ganhará fôlego ini-cialmente no Rio de Janeiro –mais especificamente na fave-la da Rocinha, com previsão departicipação de 2.000 jovens."Havendo sucesso, estendere-mos a outras capitais que serãosede da Copa", anunciou.

Benefício – As empresas só-cias de obras de infraestruturado PAC (Programa de Acelera-ção do Crescimento), da cons-trução e reforma de estádiospara a Copa do Mundo e deempreendimentos ligados àindústria de petróleo têm di-

reito à suspensão e isenção detributos na compra de mate-riais e equipamentos.

Depois de dúvidas sobre aaplicação do benefício, a Recei-ta Federal publicou ontem ins-trução normativa confirman-do a validade desse incentivofiscal.

De acordo com o subsecretá-rio substituto de Tributação eContencioso da Receita, Fer-nando Mombelli, as unidadesregionais do Fisco divergiramsobre a interpretação das leisque criaram os regimes espe-ciais de tributação para os trêstipos de empreendimento. Os

textos estabeleciam apenasque a empresa líder do consór-cio deveria se habilitar para re-ceber as suspensões e isenções,sem especificar se os benefí-cios poderiam ser estendidosàs sócias.

Com a instrução normativa,as empresas associadas tam-bém poderão ser habilitadas areceber os incentivos fiscais.As compras podem ser feitasapenas pela empresa líder, emcujo nome está registrado oconsórcio. Ao repassar as mer-cadorias às sócias, a empresalíder também transferirá os be-nefícios fiscais. (Agências)

Gastão Vieira: movimento excedente nos aeroportos ocorre pelo "dinamismo" da economia brasileira.

Renato Araújo/ABr - 10 10.11

Epitácio Pessoa/AE

Eu disse aopresidenteda Caixa: '97mil é contaquebrada.Vamos fazer100 mil.

DILMA ROUSSEFF

No quedepender deSão Paulo,essesalicercesestarãode pé.

GER ALDO ALC K M I N

COPA 2014

Page 7: DC 13/01/2012

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

A medida não é só emergencial, está sendo antecipada em caráter emergencial.Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fomepolítica

FGTS: até R$ 6.220 para desastres naturaisGoverno aumenta limite para saque de FGTS em caso de calamidades , antecipa o Bolsa Família e aumenta o número de famílias que recebem o Renda Melhor

Os moradores das re-giões atingidas pordesastres naturaispoderão sacar até

R$ 6.220 do Fundo de Garantiado Tempo de Serviço (FGTS).

A autorização foi publicadano Diário Oficial da União o n-tem, quando entrou em vigor.O decreto foi assinado pelapresidente Dilma Rousseff epelos ministros Guido Mante-ga (Fazenda) e Paulo Robertodos Santos Pinto (Trabalho) .

A decisão foi tomada na ter-ça-feira peloConselho Cu-rador do FGTSque modificoum e d i d a d e2004, que re-g ul am e nt av ao uso do fun-do. Em 2011,houve autori-zação seme-l h a n t e , m a sque limitavaos saques emR$ 5.400.

Segundo odecreto, o interessado em sacaro FGTS poderá retirar o equi-valente ao saldo existente naconta na data do pedido, desdeque não ultrapasse R$ 6.220. Aautorização determina aindaque os saques ocorram obede-cendo o intervalo de um anoentre uma movimentação e ou-tra na conta de FGTS.

Bolsa Família – O governofederal também decidiu ante-cipar o pagamento do Bolsa Fa-mília para vítimas das enchen-tes. Segundo a ministra do De-senvolvimento Social e Com-bate a Fome, Tereza Campello,RJ, ES e MG terão 373 mil famí-lias beneficiadas com R$ 48 mi-lhões disponíveis no próximo

dia 18. A partir de março, 15mil famílias dos 22 municípiosdo norte e noroeste fluminen-se, que já são atendidas peloBolsa Família, vão receber umacomplementação do benefíciosocial. Depois de uma reuniãode mais de duas horas com ogovernador do Rio de Janeiro,Sérgio Cabral, a ministra doDesenvolvimento Social eCombate à Fome, Tereza Cam-pello, anunciou que o governofederal antecipará R$ 15 mi-lhões para o Renda Melhor, pro-

g r a m a e s t a-dual que ga-r a n t e a a m-p l i a ç ã o d arenda das fa-mílias que vi-vem em con-dição de extre-m a p o b re z ano Rio.

"Com issoa s f a m í l i a ssaem da situa-ção de extre-ma pobreza. Amedida não é

só emergencial, está sendo an-tecipada em caráter emergen-cial. Mas as famílias passam areceber daqui para frente emcaráter permanente até saíremda situação de extrema pobre-za", disse Tereza Campello.

Hoje, 65 mil famílias de SãoGonçalo, região metropolitanado Rio, e da Baixada Fluminen-se, recebem o Renda Melhor.Com as chuvas, o programa foiantecipado para que, este ano,alcance 245 mil famílias. A pri-meira parcela será liberada ummês depois do pagamento doBolsa. Os benefícios do progra-ma variam de R$ 30 a R$ 300, deacordo com a condição de vidade cada família. (Agências)

Antonio Cruz/ABr - 24.11.11

TerezaCampello:"Com isso,as famíliassaem dasituação deextremapobreza".

As famílias passama receber daquipara frente emcaráter permanenteaté saírem dasituação de extremapobreza.

TEREZA CA M P E L LO

Governo anuncia R$ 30milhões para agricultores

do Sul contra a seca

Oministro da Agricul-tura, Mendes RibeiroFilho, anunciou on-

tem que o governo federal vaidisponibilizar R$ 30 milhõespara os três estados mais afeta-dos pela estiagem – Rio Gran-de do Sul, Santa Catarina e Pa-raná. Segundo ele, o governoprevê, até agora, o pagamentode R$ 1 bilhão aos produtoresque perderam parte da safranas regiões atingidas pela es-tiagem com o seguro rural.

De acordo com Mendes Ri-beiro, na área afetada a perdamédia foi de 32% da produção,principalmente na lavoura demilho, que estava na época defloração no auge da seca.

Segundo ele, cada estado re-ceberá R$ 10 milhões a seremusados em projetos de investi-mentos relacionados a preven-ção, como perfuração e equi-pamentos de poços artesianos,recuperação de barragens e re-des de distribuição de água.

De acordo com o ministro doDesenvolvimento Agrário,Afonso Florence, já foram rece-

bidas 19 mil notificações deagricultores familiares decla-rando perdas em suas proprie-dades. Mas o número deve au-mentar, podendo chegar a 100mil. As perdas estão sendoapuradas por técnicos da Ema-ter nos estados do Sul.

Afonso Florence anunciouainda que o governo pretendepropor ao Conselho Monetá-rio Nacional (CMN) prorroga-ção para 31/07/2012 do paga-mento de dívidas rurais deprodutores situados nos mu-nicípios com decretação de si-tuação de emergência ou cala-midade pública em decorrên-cia da estiagem.

Os agricultores que poderãoter as dívidas prorrogadas sãoaqueles cuja renda de milho,soja e feijão seria usada parapagar o crédito rural, com ven-cimento de 01/01/2012 a31/06/2012. Caso aprovadapelo CMN, a medida teria va-lidade para operações de cus-teio de safras anteriores, crédi-tos de investimento e custeioda safra 2011/2012. (Agências)

Ó RBITA

Fim da greve no CearáDepois dos professores, militares

e bombeiros, os policiais civisconcordaram com a oferta do

governador Cid Gomese voltaram à ativa, ontem.

EX-SENADOR É DETIDO EM MACAPÁ

Oex-senador e líder daoposição ao governo do

Amapá, Gilvan Borges(PMDB), foi detido ontem emMacapá pela PolíciaAmbiental por crimeambiental. Ele comandava aretirada de um aterro na zonanorte de Macapá. O materialseria usado para pavimentaruma via que quer abrir paradesafogar o trânsito narodovia Duca Serra.

Quando começava aretirada de aterro, foi flagradopela Polícia Ambiental, que odeteve junto com o operadordo trator, tambémapreendido. Borges disse quetem licença ambiental e que adetenção é "perseguição" dogoverno. "Fui preso porquequero salvar vidas". Lembrouque, em 2011, houve 150acidentes de trânsito com 15vítimas fatais na Duca Serra.

MST INVADE 11 PREFEITURAS NA BAHIA

Chegou a 11 o número deprefeituras invadidas por

integrantes do Movimentodos Trabalhadores RuraisSem-Terra (MST) na Bahiaesta semana. O movimentojustifica as ocupações,iniciadas na terça-feira, comocobrança por melhorias nainfraestrutura das escolasinstaladas nos assentamentosagrários das cidades e comopressão contra o fechamentode unidades de ensino naszonas rurais dos municípios.

Ontem, as sedes dasadministrações de SantoAmaro, no Recôncavo Baiano,e Mucuri, no extremo sul doestado, foram ocupadas.Entre terça-feira e ontem, osmanifestantes já haviam

invadido as prefeituras dePrado, Camamu, Igrapiúna,Itabela e Itajuípe no sul doestado, e de Queimadas,Curaçá, Rodelas e SantaBrígida, no norte.

Segundo a direção do MSTno estado, 3,5 milmanifestantes participam dasocupações, que foram feitas"de forma pacífica".

O MST quer chegar a 30ocupações até o próximodia 20. Até agora, a maiorocupação, com cerca de milpessoas, é em Prado. Apósrepresentantes do MSTserem recebidos pelosprefeitos, as sedes dasadministrações de Itabela eItajuípe foram desocupadas.(AE)

Dirceu critica Serra por criticar o PTO ex-ministro responde em seu blog o péssimo desempenho da economia visto pelo ex-governador tucano

José Dirceu, ex-ministro daCasa Civil no governo deLuiz Inácio Lula da Silva,criticou em seu blog o ar-

tigo escrito e publicado ontempelo ex-governador e ex-can-didato do PSDB derrotado àPresidência da República, Jo-sé Serra, no jornal O Estado deS. Paulo.

Nesse artigo, intitulado de ANova Vanguarda do Atraso, o tu-cano criticou o desempenhoda economia brasileira no anopassado e anunciou que "háuma desindustrialização emmarcha no Brasil".

O ex-ministro petista ironi-zou dizendo que "o mundo gi-ra, a Lusitana roda (sic), o anomudou e o presidenciável tu-cano da oposição, derrotadoduas vezes nos últimos noveanos em disputa pelo Paláciodo Planalto, em 2002 e 2010, Jo-sé Serra continua a ver o Brasilem processo de desindustriali-zação", rebateu José Dirceu,acrescentando:: "Estamos a re-

por produtos industrializa-dos, o que movimenta a amplacadeia produtiva".

José Dirceu escreveu que Jo-sé Serra parece não ver isso."Bater na tecla de que o País es-tá se desindustrializando, vol-tando à uma situação do séculopassado, não passa de pura máfé do ex-candidato".

No post publicado no blog,José Dirceu afirmou ainda queo Brasil faz oposição e luta paramudar as regras do comérciomundial porque "só há mesmouma saída: agregar valor, in-vestir em tecnologia e inova-ção, quebrar barreiras nessescampos e no comércio interna-cional". Ele argumentou que éisso que o governo brasileiroestá fazendo, ao adotar "políti-cas e medidas para reduzircustos, sejam de transporte eenergia, sejam, também, finan-ceiros e tributários". E con-cluiu: "Então qual é a soluçãomágica que o José Serra apontaou apresenta?" (DC)

Leandro Taques/Folhapress - 11.02.11

Ironia: José Dirceu diz que "o mundo gira e o Serra não roda"

gredir bravamente à economiaprimária exportadora do sécu-lo XIX".

Defesa do agronegócio– Naopinião do ex-ministro da Ca-sa Civil, "só Serra, seus aliadose seus companheiros da Casadas Garças (como é chamado oninho de economistas tucanosno Rio de Janeiro) veem esseprocesso". José Dirceu acres-centou que o lado bom do

agronegócio brasileiro, "prin-cipal responsável pelo superá-vit da nossa balança comerciala cada ano, é que este superávitnão vem mais da exportação sóde produtos e matérias pri-mas". Segundo o ex-ministro,boa parte da produção desteagronegócio, "tanto a canaliza-da para o mercado externo,quanto a consumida no merca-do interno, é constituída hoje

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sexta-feira, 13 de janeiro de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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FUNCIONÁRIO AFASTADO POR AUXÍLIO- DOENÇA, RECEBENDOBENEFÍCIO DO INSS, TERÁ ESSE PERÍODO DE AFASTAMENTO NACONTAGEM DE TEMPO PARA APOSENTADORIA?

Informamos que de acordo com o art.60 do Decreto nº3.048/99o período de afastamento do segurado em virtude de doença éconsiderado como tempo de contribuição.

ENTREGA DO SPED PIS/COFINSEmpresa enquadrada no Lucro Real, qual é a movimentação que temque entregar do SPED PIS/COFINS: desde Abril 2011 ou Julho 2011?Saiba mais acessando: [www.empresario.com.br/legislacao].

QUEM É RESPONSÁVEL PELAS DESPESAS DOS EXAMESMÉDICOS ADMISSIONAIS?

O item 7.3.1 da Norma Regulamentadora (NR) 7 esclarece quecabe ao empregador custear, sem ônus para o empregado, todosos procedimentos relacionados ao PCMSO, que compreendem osexames médicos admissional, periódico, de retorno ao trabalho,de mudança de função e demissional.

EMPRESA INDIVIDUAL PODE SER REGISTRADA NA JUCESP,COM NOME FANTASIA?

Entendemos que deve indicar o nome completo do empresário semqualquer abreviatura.Sugere-se que seja requerida à Junta Comercialpesquisa sobre a existência de registro do nome empresarial esco-lhido, para evitar colidência e a consequente colocação do processoem exigência. Poderá adotar nome fantasia.

NAEMISSÃODEUMANOTAFISCALDESERVIÇODE“INSTALAÇÃODESOFT-WARE”DEVE TER A RETENÇÃO DE 11% PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL?

Informamos que se o serviço for apenas de instalação de Softwarenão há retenção. A retenção ocorre quando houver manutenção demáquinas ou equipamentos ou melhoria dos mesmos,havendo cessãode mão de obra e desde que tenha uma equipe à disposição da empresa,o que entendemos não ser o caso em questão.

FÉRIAS GOZADAS OU INDENIZADASFérias Gozadas ou indenizadas tem desconto de IR? Saiba mais acessandoa íntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

SERVIÇO DE PRÓTESE DENTÁRIAEmpresa optante pelo simples nacional, (serviços prótese dentária)enquadrada exclusivamente no anexoV,tem que recolher a contribui-ção patronal do INSS, referente aos 20% ou recolhe somente o INSSdescontado dos empregados e autônomos? Saiba mais acessando aíntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

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Era impossível olhar tudo. Não seria uma listagem, seria uma serpentina.Eliana Calmon, corregedora-geral de Justiça.política

Movimentaçõesatípicas de R$ 855

mi no JudiciárioR$ 274,9 milhões foram movimentados em dinheiro vivo, mostram dados do Coaf

Dados do Conselhode Controle de Ati-vidades Financei-ras (Coaf) mostram

que 3.426 servidores e magis-trados movimentaram, de for-ma atípica, cerca de R$ 855 mi-lhões entre 2000 e 2010. Em di-nheiro vivo, R$ 274,9 milhõesforam movimentados de for-ma atípica. São Paulo foi o es-tado que apresentou maior vo-lume de operações em espécie,R$ 53,8 milhões, seguido doDistrito Federal, Rio de Janeiroe Minas Gerais.

As maiores movimentaçõesem espécie feitas por titularesdas contas investigadas foramde responsabilidade de dois ti-tulares de cartório, três juízes,um desembargador, um apo-sentado e um empresário.

Segundo a corregedora-ge-ral de Justiça, Eliana Calmon,as investigações sobre movi-mentações financeiras atípicasna Justiça de São Paulo (TJ-SP)não foram direcionadas pelorelatório do Conselho. Desde oinício da polêmica entre o Con-selho Nacional de Justiça(CNJ) e os magistrados paulis-tas, a corregedora vem sendoacusada de usar dados sigilo-sos do órgão financeiro parapromover uma devassa no es-

tado, o que ela contesta."O relatório do Coaf aponta-

va apenas gráficos com infor-mações gerais de cada estado,mostrando onde havia maiorconcentração de movimenta-ções fora do normal, sem darnomes nem números de Ca-dastro de Pessoa Física". Se-gundo ela, o Coaf só fornece re-latórios detalhados ao CNJ se

quando Eliana Calmon já ha-via assumido o posto.

De 216,8 mil juízes e servido-res, o Coaf encontrou 3.426movimentações acima do es-perado (mais de R$ 250 mil porano), 233 delas classificadascomo atípicas. Os estados comas transações maiores eramSão Paulo, Rio e Bahia.

Segundo Calmon, sua equi-pe chegou a São Paulo no iníciode dezembro com a ideia de in-vestigar cerca de 50 nomes quejá eram alvo de reclamações noCNJ. "Pegamos esses nomespor amostragem, pois era im-possível olhar tudo. Se fossem236 mil pessoas investigadas,não seria uma listagem, seriauma serpentina".

"Muitos magistrados nãohaviam fornecido cópia do IR ehavia declarações de bens quesequer foram analisadas", con-tou Calmon. O trabalho foisuspenso pelo ministro Ricar-do Lewandowski, do Supre-mo Tribunal Federal, em de-zembro, ao conceder liminarparalisando as investigaçõesenquanto a corregedoria nãoesclarecesse como atuavaatuando. O caso só deve voltara ser analisado pelo STF em fe-vereiro, fim do recesso judiciá-rio. (Agências)

Calmon: 'Pegamos 50 nomes por amostragem, era impossível olhar as 236 mil pessoas investigadas'.

Elza Fipuza/ABr

Governo cobrará R$ 6 mide prefeitos cassados

Acordo entre TSE e AGU também valerá para cassações nos próximos 5 anos

OTribunal SuperiorEleitoral (TSE) e aAdvocacia-Geral da

União (AGU) pretendemcobrar R$ 6 milhões deprefeitos cassados desde2004. O valor refere-se aoque foi gasto em mais de 170eleições suplementares –quando o prefeito eleito écassado e a Justiça Eleitoraldetermina uma nova eleição.

Em acordo firmado entreTSE e AGU, os prefeitoscassados que provocaramuma nova eleição agoraserão cobrados na Justiça apagar do próprio bolso ocusto que a União teve parafazer o novo pleito.

O acordo, em fase piloto,valerá para esses casos e paraas cassações que ocorreremnos próximos 5 anos.

"Esse acordo vai além doressarcimento. É umamensagem aos candidatosque não pretendem agircorretamente: tenham maiscuidado. Esses processos vãocolaborar para a moralizaçãodos costumes políticos",disse o presidente do TSE,o ministro RicardoLewandowsk i.

Na parceira, o TSEencaminhará à AGU todos oscasos de cassações quecausaram eleiçãosuplementar e o órgão

decidirá se cobrará adevolução dos gastos daUnião na Justiça Federal.

"A penalização econômicaé fundamental paraaperfeiçoar arepresentatividade dospolíticos", disse o advogado-geral da União, LuísInácio Adams.

As eleições suplementaresse dão quando o político écassado por crime eleitoral eo titular e o vice perdem ocargo. Segundo aConstituição, uma novaeleição é convocada nos doisprimeiros anos após o pleito.Estados e municípiosdefinem regras. ( Fo l h a p re s s )

Governadores na mira do TSETribunal deverá julgar, em 2012, os processos que pedem a cassação de quase metade deles

Dos 27 chefes estaduaisdo Executivo, 12 sãoalvos de ações na corte

eleitoral e correm, em maior oumenor grau, o risco de perder omandato. O destino deles estánas mãos dosministros doTribunal Su-perior Eleito-ral (TSE).

A maioriados processosf o i m o v i d apelo Ministé-r i o P ú b l i c oEleitoral dosre s p e ct i v o sestados e porc a n d i d a t o sd e r ro t a d o sque acusam os governadoresde abuso de poder econômicoe político, entre outras coisas.

Dois dos 12 governadores jáforam julgados, mas ainda nãose livraram de todo das acusa-ções. Teotônio Vilela (PSDB),de Alagoas, e José de AnchietaJunior (PSDB), de Roraima, fo-ram absolvidos pelo TSE em2011, mas ainda enfrentam re-cursos contra expedição de di-ploma (RCED). Anchieta viveuma situação peculiar. Cassa-

do duas vezes pelo TribunalRegional Eleitoral (TRE-RR),conseguiu reverter a primeiracassação, mas no fim de 2011, acorte local cassou de novo omandato, mas determinou

que ficasse noc a r g o a t é aa n á l i s e d eeventuais re-cursos apre-sentados pelasua de fesa .A g o r a , e l eaguarda o jul-gamento deum recursocontra expe-dição de di-ploma.

Segundo osite Congresso em Foco, estes sãoos outros 10 governadores emcompasso de espera: Tião Via-na (PT-AC); Omar Aziz (PSD-AM); Cid Gomes (PSB-CE);André Puccinelli (PMDB-MS);

Roseana Sarney (PMDB-MA);Antonio Anastasia (PSDB-MG); Wilson Martins (PSB-PI);Sérgio Cabral (PMDB-RJ);Marcelo Déda (PT-SE), e Si-queira Campos (PSDB-TO).Dos processos, o mais recente é

o que corre contra Déda poruso da máquina pública na suacampanha à reeleição. Dédafoi absolvido pelo TRE-SE,mas a decisão virou objeto derecurso apresentado no TSE noúltimo dia 27. (Agências)

Marcello Casal Jr/ABr - 25.03.09

José de Anchieta Jr: cassadoduas vezes, conseguiu

reverter uma delase agora espera julgamento

de um recurso contraexpedição de diploma .

12dos 27

gover nadorespodem perder seus

mandatosainda este ano

Muitosmagistrados nãohaviam fornecidocópia do IR ehavia declaraçõesde bens sequeranalisadas.

ELIANA CALMON

há processo instalado contradeterminado magistrado.

Em julho de 2010, na gestãode Gilson Dipp, a Corregedo-ria do CNJ solicitou ao Coafum levantamento sobre as mo-vimentações financeiras atípi-cas do Judiciário, de 2006 a2010. O relatório chegou ape-nas em fevereiro de 2011,

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

VAZ AMENTOTribunal recomendaque soldado docaso Wikileaksseja julgado

@M ichelleObamaA primeira-dama dosEUA estreia no Twitterpara ajudar nareeleição do maridonternacional

FILOSOFANDO COM FIDELNada de acusações aos EUA: os maiores críticos de Washington – os líderes iraniano e cubano – preferiram discutir política mundial.

Dois dos maiores crí-ticos do governodos Estados Uni-dos, o presidente do

Irã, Mahmoud Ahmadinejad, eo ex-presidente de Cuba FidelCastro tiveram uma reunião deduas horas para discutir assun-tos da política mundial. Ahma-dinejad descreveu Fidel como"saudável" e "engajado" e decla-rou que o Irã e Cuba são doispaíses aliados "lutando na mes-ma frente". Ahmadinejad, quefez uma rápida visita a Cuba,chegou na tarde de ontem aGuayaquil, onde finaliza noEquador sua viagem de cincodias à América Latina.

Ao chegar no Equador, Ah-madinejad foi recebido com omesmo tratamento caloroso dasdemais paradas. No entanto, oencontro com o presidente Ra-fael Correa foi criticado por em-presários, pelo temor que preju-dique o comércio do seu paíscom os EUA e com a União Eu-ropeia, confrontados com Teerãpor seu programa nuclear.

A visita é a quarta etapa daviagem que também incluiu aVenezuela e Nicarágua e queWashington considera umabusca "desesperada" por apoiode um regime "isolado".

Antes de embarcar para oEquador, Ahmadinejad disseque conversou "muitos temas"com Fidel e afirmou que o ex-di-tador segue "com detalhes" to-dos os assuntos internacionais.

"Foi motivo de grande alegriaver o comandante Fidel são e

salvo", disse o líder a repórteresno aeroporto de Havana.

A saúde de Fidel Castro, de 85anos, tem sido um tema recor-rente na mídia ante a ausênciado líder, que deixou a Presidên-cia em 2008 nas mãos de seu ir-mão Raúl depois de se submetera cirurgias por causa de umadoença no intestino que o dei-xou à beira da morte.

Ahmadinejad ainda qualifi-cou como "muito boas" as reu-niões com o ex-ditador e comRaúl Castro, a quem chamoude "meu querido irmão".

Por sua vez, o presidente cu-bano confirmou o que disse o lí-der iraniano, dizendo que foi"uma boa visita". "Eu pergunteià noite a Ahmadinejad quemhavia falado mais e ele disse quefoi Fidel", disse Raúl, sorrindo.

"É uma mostra de que (Fidel) es-tá muito bem, realmente estámuito bem", acrescentou.

Pressão - A viagem ocorre en-quanto a tensão aumenta entre oIrã e o Ocidente. Atendendo apressões dos EUA para isolar oIrã, o Japão anunciou ontem quediminuirá a importação de pe-tróleo iraniano. O Japão é o ter-ceiro maior comprador do pe-tróleo de Teerã.

O Irã continua a negar queseu programa nuclear tenhauma vertente militar e afirmouontem estar disposto a discutiras acusações com especialistasda Agência Internacional deEnergia Atômica (AIEA). Umaequipe do braço da ONU quemonitora o uso da energia nu-clear deve visitar o país no pró-ximo dia 28. (Agências)

Nem tudo é permitido na guerra

Um vídeo que mostraquatro fuzileiros na-vais norte-america-

nos urinando sobre os corposde três insurgentes afegãos,divulgado na quarta-feira nainternet, reacendeu o debatesobre abusos cometidos pormilitares norte-americanosem situações de guerra. O in-cidente foi rapidamente con-denado pelos governos dosEUA e do Afeganistão, e tam-bém pelo Taleban.

As imagens mostram qua-tro fuzileiros com uniformesde batalha diante de três cor-pos aparentemente de insur-

gentes do Taleban. Eles uri-nam nos corpos e um delesfaz piada: "Tenha um bomdia, companheiro". Outro fazuma piada obscena.

Não se sabe ao certo o locale nem a data em que foi feita agravação. Uma fonte dos fuzi-leiros revelou à Asso ciatedPres s que pelo menos doisdos quatro fuzileiros já foramidentificados. Todos eles in-tegram o 3º Batalhão do 2ºRegimento de fuzileiros na-vais, que voltou para sua baseno Campo Lejeune, na Caroli-na do Norte, entre setembro edezembro de 2011.

Reação - O presidente afe-gão, Hamid Karzai, condenouo "ato desumano" e exigiuuma investigação.

O secretário de Defesa dosEUA, Leon Panetta, conside-rou o vídeo "absolutamentedesprezível" e prometeu, emtelefonema a Karzai, que osenvolvidos "serão totalmen-te responsabilizados".

Já representantes do Tale-ban qualificaram o vídeo co-mo "bárbaro", mas garanti-ram que o incidente não afe-tará as incipientes negocia-ções de paz com o governoafegão. (Ag ê n c i a s )Vídeo na internet que mostra fuzileiros urinando em insurgentes afegãos suscita críticas aos EUA

Declaração vira rotina na viagem: desta vez ele chamou Raúl de 'meu querido irmão'.

Mais urânio nas mãos de TeerãDeputada dos EUA teme que o Equador abasteça usina nuclear do Irã

Acongressista norte-americana Ileana Ros-Lehtinen, do Partido

Republicano, expressou on-tem seu temor de que o Irã ob-tenha acesso às reservas deurânio do Equador para abas-tecer seu programa nuclear.

"Enquanto os Estados Uni-dos e os países responsáveistrabalham para forçar o Irã acessar e desmantelar de formaverificável seu programa nu-clear, estou preocupada que (opresidente do Equador, Ra-fael) Correa esteja em posiçãode solapar esses esforços", afir-mou a deputada norte-ameri-

cana em comunicado.Ileana, que preside o Comitê

de Relações Exteriores da Câ-mara de Representantes dosEUA, considerou que "a cres-cente aliança do Irã com Cor-rea facilita a capacidade de Te-erã de acessar as reservas deurânio do Equador".

Além disso, ela mostrou suainquietação diante da possibi-lidade "que o Equador estejasolidificando seu status comocúmplice deliberado de umapolítica iraniana centrada emdanar os EUA, nossos interes-ses e nossos aliados".

"Os EUA devem acompa-

nhar de perto esta imutável co-operação e enfrentar o papel po-tencial de Correa ao auxiliar aambição nuclear do Irã", acres-centou Ileana, garantindo queambos países empreenderam"numerosos projetos econômi-cos e políticos juntos".

Ti r a n o s - No começo da via-gem do presidente iraniano,Mahmoud Ahmadinejad, àAmérica Latina a congressistanorte-americana a qualificoucomo "tour de tiranos" e asse-gurou que o objetivo do líderiraniano era se aproximar de"outros ditadores e violadoresdos direitos humanos". (EFE)

A máfia no Congresso. Da Itália.Deputados evitam que aliado de Berlusconi seja preso por elo com a Camorra

ACâmara dosDeputados da Itáliarechaçou ontem a

retirada da imunidadeparlamentar de NicolaCosentino, um parlamentardo Partido do Povo daLiberdade (PDL, na sigla emitaliano) do magnata e ex-primeiro-ministro do paísSilvio Berlusconi. Cosentino éacusado pela promotoria deter associação ilícita com aCamorra, a máfia napolitana.Os promotores haviampedido à Câmara a prisão deCosentino, que foifuncionário do Ministério dasFinanças durante o terceirogoverno de Berlusconi, quedurou até o final de 2011.

Cosentino é acusado,segundo a Justiça italiana, deter desempenhado um papel"essencial" na liberação definanciamento do governopara um projeto deconstrução de um shoppingcenter, o qual seria deempreendedores da Camorra,informa a agência FranceP re s s e . O deputado de 53 anosnega as acusações.

A Câmara rechaçou aretirada da imunidadeparlamentar de Cosentino por309 votos contra a detençãodo parlamentar e 298 a favor.

Aliados do PDL trocaramapertos de mão e tapinhas nascostas após a votação.

"Essa foi a decisão certa e foitomada em linha com aConstituição", disseBerlusconi, que por sua vez éréu atualmente em trêsprocessos na Justiça, porsuborno, evasão fiscal e terfeito sexo com uma prostitutamenor de idade. "O julgamentoirá em frente como o normal naJustiça e o parlamentar iráresponder como um homemlivre, esse é o seu direito",acrescentou o ex-premiê.

Cosentino, que já teve que

se defender de outrasacusações de ligaçõesmafiosas no passado, éapontado pelos promotorescomo o elo de ligação entre oclã Casalesi, da província deCaserta, e políticos em Roma.

O clã dos Casalesi, descritopelo escritor e jornalistaRoberto Saviano no livro"Gomorra", é consideradoum dos mais sangrentosda Camorra.

No mês passado, a políciaitaliana deteve 47 acusados deextorsão, fraudes eleitorais elavagem de dinheiro emNápoles e Caserta. (Agências)

Cosentino seria a ligação entre o clã Casalesi e políticos em Roma

Haiti: futuro desolador.

Dois anos após o terremoto que devastou oHaiti, pouca coisa mudou. Mais de 500 milpessoas ainda vivem em barracas improvi-

sadas em campos de refugiados espalhados pelopaís. As perspectivas de trabalho também não sãoboas: a taxa de desemprego alcança 95% da popu-lação ativa, segundo dados oficiais recentes.

Para muitos, a alternativa é sair do país e sonhar como retorno quando as coisas melhorarem. Estima-seque cerca de 4 mil haitianos já entraram no Brasil, le-vando o governo a limitar a uma centena o número devistos a ser concedido mensalmente a haitianos quequeiram trabalhar no país. (Agências)

YouTube/Reuters

Alejandro Ernesto/Reuters - 11/01/12 Rodrigo Buendia/AFP

Visita ao presidente equatoriano encerra viagem de Ahmadinejad à América Latina

Andreas Solaro/AFP

Fotos: Thony Belizaire/AFP

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sexta-feira, 13 de janeiro de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ESTATÍSTIC ANúmeros do IBGEapontam reduçãoda população emfavelas de SP.

S U RTOEmpresário quecometeu várioscrimes em um diapermanece preso.cidades

Milagre do IBGE: favelas"encolhem" em São Paulo

Lideranças comunitárias de Paraisópolis e Heliópolis contestam dados de censo realizado pelo instituto

Na virada do ano, afavela de Paraisó-polis, no Morum-bi, zona sul, a se-

gunda mais populosa da cida-de, passou para o primeiro lu-g a r. A d e H e l i ó p o l i s , n oSacomã, também na zona sul,tradicionalmente a primeiraem número de moradores,caiu para a segunda posição.

É o que constatam lideran-ças das favelas. No caso de He-liópolis, a situação é aindamais grave. Subitamente, per-deu quase 80 mil habitantes.

Essa nova realidade surgiucom a divulgação do censo doInstituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE), no dia12 de dezembro de 2011.

Aos números: desde muitotempo, Heliópolis conta ter120 mil habitantes. Pelo novocenso, está com 41.118. Parai-sópolis acredita possuir, nomínimo, 68 mil moradores.Mas o censo chegou a 42.826."Encolheram Paraisópolis",queixa-se o vereador José Ro-lim (PSDB), um dos líderes lo-cais. Outro espanto de Rolim:"Apesar de tudo, por essesdados ficamos maiores queHeliópolis". Feitas as contas,precisamente 1.708 habitan-tes a mais.

A preocupação dos líderes,nas duas comunidades, é deque a divulgação de um núme-ro menor de habitantes inibainvestimentos públicos nessasáreas. "Nós poderíamos ter umhospital grande, como o deHeliópolis", diz Rolim.

"Mas, com os números do IB-GE, podemos ser considera-dos um bairro pequeno, e nãoganhar mais infraestrutura",lamenta. Entre os investimen-tos esperados pelo vereadorestá o transporte por monotri-lho, que ligaria o Jabaquara àLinha Amarela do Metrô, "pas-sando pela TV Globo e por Pa-raisópolis."

Em Heliópolis há uma asso-ciação de moradores grande, aUNAS. O tesoureiro da entida-de, José Geraldo de Paula Pin-to, tem reclamado muito dosdados do novo censo. Diz quehá dez anos o IBGE haviaanunciado que a favela tinhaperto de 100 mil habitantes.Agora fala em pouco mais de41 mil. "Onde foi parar o res-tante?", pergunta.

Matemática– Só nos progra-m a s a d m i n i s t r a d o s p e l aUNAS, entre eles o de creches,são atendidas mais de dez milpessoas por dia. Como as famí-lias da favela têm, em média,cinco pessoas, só nisso se po-deria calcular 50 mil pessoas(10 mil vezes cinco).

Em Paraisópolis, há quinzeanos o Hospital Albert Eins-tein encomendou a uma em-presa o levantamento do nú-mero de moradores. A infor-

mação orientou o programa deprevenção de doenças criadona favela pelo hospital. "Umselo foi colocado em todas ascasas, de porta em porta", diz overeador Rolim. "Chegou-se a32 mil habitantes."

Há cerca de cinco anos, diz oparlamentar, foi a Prefeituraque interveio, com o objetivode desenvolver um programade prevenção em áreas de ris-co. Foram contados 17 mil mo-radias, e estimada uma popu-

lação de 62 mil habitantes.Diferenças– Pelas contas do

vereador, se for considerada amédia de quatro pessoas porcasa, o número sobe para 68mil. Comparado com os 42.826apurados pelo IBGE, tem-se

uma diferença de 25.174 pes-soas.

"Essa gente teria que ter idoembora da favela", diz Rolim."Mas quem vai embora de umlugar que está no metro qua-drado mais caro de São Paulo,

com muito emprego domésti-co tão perto?" A favela, comose viu, está incrustada no ricobairro do Morumbi.

Tr a n s i ç ã o – E, como aconte-ce com Heliópolis, encontra-seem acentuada fase de transi-ção de favela para bairro. Am-bas têm CEU (Centro de Edu-cação Unificada) e ETEC – es-cola técnica profissionalizan-te . Hel iópol i s possui umcentro cultural; o de Paraisó-polis está sendo construído.

Nas duas comunidades hárede de esgoto e de água. Ruasestão sendo asfaltadas. Em Pa-raisópolis, diz o vereador Ro-lim, três mil novas casas estãosendo construídas. Existemdez escolas.

A iniciativa privada é atuan-te nos dois locais. O programado Hospital Albert Einstein deprevenção à doença atende 12mil crianças por dia, em áreasconstruídas que somam seismil metros quadrados.

A seguradora Porto Segurotem uma escola em Paraisópo-lis, a Crescer Sempre, para 700alunos de pré-escola. "E umaescola para o primeiro grau doensino fundamental está sen-do construída", diz Rolim, au-tor dessas informações.

O medo dos moradores deambos os locais, manifestadopor suas lideranças, é de que,uma vez construídas as obrasjá licitadas, outras não sejamcontratadas. O vereador Rolimestuda o que fazer para contes-tar os dados do IBGE. Ele per-gunta "A quem isso pode inte-ressar?". Pergunta de difícilresposta, numa área científica,como a de estatística.

Aglomerados – O IBGE temas seguintes explicações para adiferença dos números: Emprimeiro lugar, o instituto afir-ma que não é possível compa-rar os dados do censo de 2010com os de 2000. Os de 2000 nãodistinguiam as favelas umapor uma. A contagem era dosaglomerados (como chama asfavelas) como um todo.

Ou seja, mostrava-se o nú-mero global de favelados da ci-dade. Agora, diz o IBGE, oaperfeiçoamento da metodo-logia permitiu o detalhamen-to. Mostram-se os aglomera-dos individualmente: Paraisó-polis, Heliópolis e por aí vai.

O instituto diz que seu traba-lho na cidade de São Paulo é di-fícil, porque os bairros não têmlei que os delimite. A melhor di-visão territorial são os distritos.

Outra questão: os númerosconhecidos anteriormente re-sultaram de um levantamentofeito pela Prefeitura. E paracomparar duas pesquisas dife-rentes (Prefeitura e IBGE), ametodologia teria que seridêntica. Isso, naturalmente,não aconteceu. A data de refe-rência do censo de 2010 é 31 dejulho. Mas os dados só foramdivulgados no dia 12 de de-z e m b ro .

Valdir Sanches

Heliópolis, no Sacomã, zona sul: segundo levantamento realizado pelo IBGE, comunidade perdeu o título de maior favela da cidade de São Paulo

Paraisópolis, no Morumbi, também na zona sul da Capital: lideranças temem a perda de investimentos privados e públicos na comunidade

Empresário que surtou depõe em SPMariana Missiaggia do. De acordo com o criminalis-

ta e conselheiro da Ordem dosAdvogados do Brasil, AntonioRuiz Filho, 49 anos, existem trêscategorias em que ele pode serenquadrado.

“Na teoria é tu-do muito simples eprático. O CódigoPenal define quemé quem e como essapessoa será julga-da. Mas, na verda-de, o processo é mi-nucioso e lento”,disse.

O criminalistaexplica que, caso oadministrador seja considera-do imputável, significa que eleé ciente do caráter ilícito do fa-to que cometeu e será julgado epreso, conforme a lei. Outrapossibilidade é a imputabili-dade, que isenta o réu de umapena, por conta de uma defi-

ciência mental que o impedediscernir certo e errado.

Desse modo, o juiz pode de-cretar a internação por medi-da de segurança e, além de

u m a a v a l i a ç ã odiária, a cada trêsanos o acusadopassaria por exa-mes para novoslaudos médicos.

Por fim, a últimacategoria é a de se-m i - i m p u t á v e l .“Nessa condição,o indivíduo sabeparc ia lmente oque está fazendo,

ele está em uma condição tem-porária. Constatada essa situa-ção, ele pode ter sua pena redu-zida de um a dois terços, aliadoa um tratamento médico”, ob-servou. No entanto, esse pro-cesso pode demorar de um adois anos.

Goldfarb é acusado de roubarquatro carros, balear duas pes-soas e ferir outras duas ao pro-vocar acidentes de trânsito. Seconsiderado imputável, o acu-sado deverá cumprir uma penamínima de doze anos. “Esse éum cálculo rápido e que consi-dera quatro roubos consuma-dos e duas tentativas de homicí-dio qualificado. É apenas umaprevisão, a partir do que foi di-vulgado”, apontou Ruiz.

Goldfarb, dizem testemu-nhas, nunca teria apresentadoesse comportamento agressi-vo. Por isso, seu advogado, Ni-colau Aun, e a família atri-buem o episódio a um surtopsicótico. Para Ruiz, o casoainda é indecifrável. “O que épossível avaliar é que, duranteo tempo da ação, ele (Gold-farb) não estava dentro do seujuízo normal. Pelo menos foi oque me aparentou”, opinou. Michel Goldfarb Costa: família e advogado acreditam em surto psicótico

Julia Chequer/Folhapress

Rubens Chaves/Folhapress - 01/01/2009

Luiz Prado/Luz - 23/01/2006

O que épossívelavaliar é queele não estavadentro do seujuízo normal.

AN TO N I O RUIZ FILHO

Acusado de ter cometidouma série de crimes eacidentes na última se-

gunda-feira, em São Paulo, oadministrador de empresasMichel Goldfarb Costa, de 34anos, segue detido no 77º Dis-trito Policial, em Santa Cecília,onde prestou depoimento natarde de ontem.

Para o delegado responsá-vel pelo caso, Marcos AntônioManfrin, do 26º Distrito Poli-cial, o administrador teria so-frido um surto psicótico, que olevou a praticar pelo menosquatro tentativas de latrocínio,duas tentativas de homicídio,disparo de arma de fogo e le-sões corporais.

Do ponto de vista jurídico,ainda falta muito para que odestino de Goldfarb seja defini-

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

As pessoas ficaram completamente vulneráveis.Edson de Souza, comerciante em Congonhas do Campo (MG)cidades

SÃO MARCOS DO ORIENTE

ÍDOLO DO ÍDOLOMetrópole - Anteontem, na sua despedida,Marcos disse que você foi o grande ídolo dele. Eque ficou deslumbrado ao vê-lo, quando chegouao Palmeiras em 1993.Wagner Fernandes Velloso - De fato, ele ficava naarquibancada me vendo treinar, puxava assuntoe comentava sua admiração. É uma gentilezada parte dele.

Metrópole - Vocês ficaram juntos quanto tempo?Velloso - De 1993 a 99. Ele era meu reserva.

Metrópole - E que tal era ele como goleiro?Velloso - Tinha todas as qualidades: estatura,colocação e agilidade.

Metrópole - Você vê alguma afinidade entrevocês dois?Velloso - Eu acho que é o bom posicionamentodentro do gol.(Wagner Fernandes Velloso, 43 anos,técnico do Centro Esportivo Nova Esperança(CENE), de Campo Grande)

Metrópole - Prefeito, o que osenhor vai fazer parahomenagear o goleiro Marcos, omais famoso dos orientenses?Toninho Móris - I n i c i a l m e nte,posso dizer que a despedida deMarcos encerra uma longahomenagem que, pessoalmente,venho prestando a ele há décadas:voltarei a ser corintiano. Por causadele, passei a ter simpatias peloPalmeiras. Não é incrível? Aliás,também por causa dele, osorientenses, fossem corintianos,sãopaulinos, santistas ou daPortuguesa concordaram, em1999, quando o Palmeirasconquistou a Libertadores, que ascores verde e brancapredominassem nos edifíciospúblicos da cidade. Havia paredes,janelas e portas com as corespalestrinas. Mas Marcos já temdiploma de cidadão insígnede Oriente, que lhe foi dadonos anos 90.

Metrópole - Não houve nenhumachiação, mesmo que mínima, comessa celebração alviverde?Móris - Não, porque Marcos é muitoquerido por aqui. A rigor, sua famíliaé de corintianos. A únicapalmeirense da família era, e é, poisestá viva e forte, é sua mãe, DonaAntonia. E o Marcos, é claro.

Metrópole - Desculpe-nos ainsistência prefeito... Mas osenhor torcia para o Palmeirasmesmo quando o time enfrentavao Corinthians?Móris - Sim. Porque a vitória do

Palmeiras engrandecia o Marcos.

Metrópole - O senhor tambémsoltava rojão nessas ocasiões?Móris - Não. Isso também não. Massoltei muito rojão para ele na Copade 2002, a do penta.

Metrópole - Voltando àdespedida do Marcos... Agora nãovai ter nada?Móris - Vamos pensar, vamospensar! Mas agora, de imediato,daremos o nome do seu pai,Ladislau Reis, a um conjuntohabitacional a ser inaugurado. APraça da Matriz já leva o nome deseu avô, Henrique Silveira Reis.

Metrópole - Há Reis por todapar te.Móris - É por causa do Marcos. Paravocês terem uma idéia do prestígiodele, aqui em Oriente nós temosuma escolinha de futebol com 250alunos. E sabem qual é a nossapopulação? Cerca de seis milpessoas. Dá quase cinco por cento.Aqui deve ser o único lugar domundo em que os meninos queremser goleiros. Outro dado relevante éque nossa cidade, com essapopulação, tem uma liga amadoraque reúne 12 equipes e faz umcampeonato muito animado.

Metrópole - A propósito, qual erao time de Marcos em Oriente?Móris - Era, não. É, pois o Primaveradisputa o campeonato amador.

Metrópole - O Primavera tambémé verde e branco?

Móris - Não. É tricolor, branco, pretoe vermelho. Não. Minto. É maisvermelho e branco. Só tem umalistinha preta no uniforme.(Toninho Móris, 60 anos (PR),prefeito de Oriente, terra natal dogoleiro Marcos, a 456 kmda capital, na Alta Paulista).

Juca Varella/Folhapress/15/6/2002

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Comérciodesaba com achuva em MGEm Congonhas do Campo, 40% dosestabelecimentos estão com as portas fechadas

José Maria dos Santos

Até a chuvarada doinício de ano, o em-presário Edson deSouza, 45 anos, es-

tava com os negócios flores-centes em Congonhas do Cam-po, em Minas. Sua promissorarede de quatro lojas que vendemóveis, a Do Lar, teve sua ex-pansão comprometida pelaenchente do Rio Maranhão,que corta a cidade.

O empresário, conhecido co-mo Edinho, já contabilizou R$350 mil de prejuízo. Felizmen-te, o seu depósito fica em umlocal protegido. Ele, como amaioria dos colegas, está numbeco sem saída: apesar daameaça de que a tragédia ve-nha a se repetir em breve, pre-cisarão continuar no mesmolugar, devido à tradição co-mercial e a geografia de Con-gonhas do Campo.

Edinho também é presiden-te da associação comercial lo-cal. A seguir, trechos da entre-vista ao Diário do Comércio:

Diário do Comércio –É verdade que 40%do comércio de Congonhas doCampo está com as portasfechadas por causa dase n c h e nte s ?

Edson de Souza – Infeliz-mente, sim. Dos 600 estabeleci-mentos da cidade, em torno de240 estão paralisados, numa si-tuação muito difícil. Está sen-

do a maior enchente de todosos tempos. E se a prefeitura nãoestivesse limpando o Rio Ma-ranhão, como vem fazendo háquatro ou cinco anos, seriamuito pior.

DC – É um grande rio?Edson– Não. Tem uns 15 me-

tros de largura. Visto agora,parece um anjinho correndo.Mas ocorre que ficamos emfundo de vale. A Avenida JúliaKubitschek, a principal da ci-dade, e a Rua Marechal Floria-no, a mais importante via co-mercial, correm ao lado do rio.Na Marechal Floriano, 80%das lojas ficaram inutilizadas.Quem perdeu, perdeu tudo. ACentral de Pneus, por exem-plo, foi devastada. O galpão demil metros quadrados, com to-do o estoque, foi levado pelorio. A agência do Bradesco pra-ticamente não existe mais: o riopassou por ela.

DC – O clima da cidade deveestar péssimo.

Edson – Evidentemente. Éum clima de velório. As pes-soas ficaram completamentevulneráveis. Além disso, háoutras consequências para tor-nar a situação mais dramática.O mau cheiro é muito forte. NaMarechal Floriano funciona-vam algumas casas de ração.Os produtos foram atingidospela água, espalharam-se pe-las ruas e entraram em decom-posição. O serviço de limpezanão vence o trabalho.

DC – Vocês estão pensando emalguma providência a curtoprazo para ajudar osco m e rc i a nte s ?

E ds on – Amanhã ( ho je ) v a-mos ter uma reunião na prefei-tura. Vamos pedir isenção detaxas municipais para quemfoi vitimado: ISS, IPTU, alva-rás. Em seguida, vamos plei-tear apoio de crédito. O comér-cio vai precisar de créditos ba-ratos ou subsidiados, comocorre com a produção rural. Es-se apoio será essencial para aspessoas que perderam tudoiniciarem a sua retomada.

DC – O senhor acredita que arecuperação será muito penosa?

Edson – Exigirá muito esfor-ço. Nós estamos em uma re-gião exploradora de minera-ção. Aqui estão grandes em-presas, como o Grupo Gerdaue a Vale. Temos mais de 25 milpessoas que vieram na esteiradesse movimento. Há todo umpotencial favorável à recupe-ração. É só haver vontade.

Divulgação

Congonhas do Campo (MG): transbordamento do Rio Maranhão provoca grandes transtornos na cidade que fica na região central do estado

Temporais dão trégua, massituação ainda é difícil no Sudeste

Apesar da chuva ter diminuído deintensidade na maioria das regiõesde Minas Gerais, o número de

pessoas que teve de deixar suas casas nãopara de crescer no Estado. Em dois dias, onúmero de desalojados cresceu 264,81% epassou de 12.875, na terça-feira, para46.970 ontem, segundo balanço DefesaCivil (Cedec). Já o de desabrigados passoude 1.240 na terça para 3.145 ontem,crescimento de 153,62%.

Desalojadas são aquelas pessoas quetiveram que deixar suas casas por causa deenchentes ou desabamentos e vão para aresidência de amigos ou parentes. Já osdesabrigados são os que têm que ficar emabrigos oferecidos pelo poder público. Desdeo início do período chuvoso em Minas, 2,9milhões de pessoas foram afetadas em 192municípios. Do total, 137 cidades mineirasdecretaram situação de emergência.

Rio – Mais dois corpos foram encontrados

ontem sob a terra que deslizou na últimasegunda-feira no distrito de Jamapará, emSapucaia, no centro-sul do Estado do Rio deJaneiro. Com isso, até ontem à noite eram 20as vítimas das chuvas na cidade – 19 nodeslizamento que soterrou oito casas e umFusca e uma no desabamento de uma casa,em outro bairro da cidade.

Em todo o Estado do Rio, em 2012, aschuvas já causaram a morte de 22 pessoas –19 em Sapucaia, uma em Laje de Muriaé eoutra em Miguel Pereira.

As buscas em Sapucaia continuam e,segundo a Defesa Civil, pelo menos duaspessoas continuam desaparecidas. Em todoo Estado do Rio, sete municípios estão emsituação de emergência

Ontem não choveu forte. De manhã foramenterrados os corpos de cinco parentessoterrados na última segunda-feira dentrode um Fusca, onde se abrigaram durante achuva para tentar se proteger. (AE)

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sexta-feira, 13 de janeiro de 201212 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

R ECORDE

O minúsculo Paedophryne amauensis

S ATÉLITE

A melhorimagem desatélite de

2011 pareceuma pintura.Mostra o rio

Rakaiapassando no

meio dasplanícies deCanterbury,

na NovaZelândia. A

foto foiescolhida

através deuma votação

online.http://hungeree.

com/?p=8674

A UTOTRANSPLANTE

Gianecchini: infusãode células-tronco.

O hospital Sírio-Libanês divulgouontem boletim médico com oestado de saúde do ator ReynaldoGianecchini. De acordo com ocomunicado, ele "recebeu a infusãode células-tronco de sangueperiférico, como parte doautotransplante de medula óssea,para tratamento de linfoma TAngioimunoblástico". Segundo ohospital, o procedimentotranscorreu bem. Agora, Gianecchinideve permanecer internado em SãoPaulo para se recuperar. Ele recebeuno ano passado o diagnóstico delinfoma não-Hodgkin e, desdeentão, vem passando por sessões dequimioterapia. (Fo l h a p re s s )

E UA

Filha de Beyoncéestreia nas paradas

Faz menos de uma semana queela nasceu, mas a filha de Beyoncé eJay-Z já se tornou a pessoa maisnova a ter o nome nas paradas desucesso da Billboard nos EUA. Oschoros e sons de Blue Ivy Carterestão no novo single Glor y lançadopelo papai coruja Jay-Z, na segunda-feira. A música estreou nas paradasde R&B e hip-hop da Billboard nestasemana em 74º lugar, com o nomeda filha citada em "participação deB.I.C". Jay-Z lançou Glor y apenas 48horas depois do nascimento doprimeiro bebê do casal. Ele tambémrevelou na letra que Beyoncé sofreupelo menos um aborto espontâneono passado. (Re u te r s )

C ORRIDA

São Paulo Indy 300mantém traçado

O traçado da São Paulo Indy300, quarta etapa da temporadadeste ano da Fórmula Indy,marcada para 29 de abril, não vaisofrer alteração em relação àprova da temporada passada. Apista de 4.080 metros que passapelo Sambódromo, avenida OlavoFontoura e Marginal Tietê, naregião do Anhembi, foi mantida,pois pilotos e engenheiros dacategoria a consideram seletiva edesafiadora. (AE)

D OMÍNIOS

Revolução na internet

Uma discreta revolu-ção na Internet co-meçou ontem. Or-ganizações agora

podem começar a se candidatarpara incluir e administrar seuspróprios domínios na rede, aoinvés de contar apenas com osvelhos .com, .org, .gov e outros.

A expectativa é que até 2 milcandidaturas sejam feitas para oICANN, órgão que fiscaliza osistema principal de nomeaçãode domínios na Internet. A jane-la para adqurir um, digamos,imóvel virtual se fechará em trêsmeses, talvez por anos.

Essa medida, a mais radicaldecisão do ICANN (entidadebaseada nos EUA) em seus 13anos de história, é destinada afomentar a competição e a ino-vação, permitindo que novos

donos de domínios construamcomunidades e fortaleçam la-ços com clientes.

"É um fascinante novo capí-tulo na história da Internet",disse Jonathan Robinson, dire-tor não-executivo da Afilias,que está ajudando com as can-didaturas e já fornece infraes-trutura para os domínios .org,.info e .mobi.

A maior parte da primeiraonda de candidaturas deve virde empresas e marcas líderes,que veem uma oportunidadede impulsionar sua visibilida-de online ou simplesmente te-mem que alguém fique com oespaço delas.

O valor de inscrição destoa,e muito, da taxa de US$ 10 ne-cessária para fazer um registrode um site .com. Será preciso

Tim

othy

A. C

lary

/AFP

METROPOLITAN - Membros da imprensa observam uma das salas da nova ala do

Metropolitan, em Nova York. O museu, um dos mais famosos do mundo, vai destinar o

espaço para pinturas, esculturas e arte decorativa.

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AZULEJOS PORTUGUESESCada camada deste aparador conta um

pouco da história de Portugal. Fabricadopela empresa de design portuguesa Boca

de Lobo, a peça tem edição limitada.w w w. b o c a d o l o b o . c o m / l e /

heritage_sideboard.html.

desembolsar US$ 185 milapenas para se candida-tar, com despesas ini-ciais de US$ 500mil e com cus-tos anuais demanutençãod e U S $ 1 0 0mil, os domí-nios particu-lares estarãofora do alcance de pe-quenas companhias eo rg a n i z a ç õ e s .

M a s a s p i r a ç õ e spelo ".qualquernome" devemvir de cidades. Nova Yorke B e r l i m j á a n u n c i a r a mque buscarão os seus respec-tivos domínios. O mesmovale para grandes clubes defutebol europeus.

A fabricante de câmeras Ca-

non é uma das poucas empre-sas que reconheceu publica-mente que busca operar um deseus próprios domínios.

O ICANN vai publicar maisdetalhes dos candidatos ape-nas quando a janela se fechar,em abril. (Agências)

O menor animal vertebrado domundo cabe com folga numamoeda de dez centavos de dólar. Osapo Paedophryne amauensis,quando adulto, mede entre 7 e 8milímetros. De acordo comChristopher Austin, daUniversidade Estadual deLouisiana, que lidera a equipe de

pesquisas, o tamanho é uma dasrazões que explicam o fato doanimal ter permanecidodesconhecido até agora. "É incríveldescobrir estes sapos nas florestasda Nova Guiné. Eles sequeremitem som de sapos! Durante anoite, fazem um barulho agudo,como o de insetos." (Ag ê n c i a s )

Mouse para ossaudosos daescrita à mão

Mais uma novidadeapresentada na CES 2012,

maior feira de tecnologia domundo que termina hoje

em Las Vegas (EUA): aPENClic, um mouse com

cara e jeito de caneta. Comdesign sueco, é fabricado

pela Synnex.

O americanoDavid Palmercriou retratos de3 personalidadesque forammortas a tirosusando balasde revólver:Abraham Lincoln,John Lennon eTupac Shakur.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

Chegou a hora delucrar com as feiras

Eventos comerciais ajudam na promoção e ampliação dos negócios e ainda trazem lucros para SP

Na próxima segun-da-feira a Couro-moda, exposiçãoque trará as ten-

dências de calçados para a es-tação outono/inverno, dará alargada para o calendário defeiras de negócios em São Pau-lo. Ela é o primeiro dos 201eventos do tipo que devemocorrer em 2012, ante os 180 doano passado. Segundo a UniãoBrasileira dos Promotores deFeiras (Ubrafe), isso indicaavanço anual de 11,6%. SãoPaulo concentrar cerca de 75%desse tipo de evento no País.

Pelo ranking da Internatio-nal Congress and ConventionAssociation (ICCA), a Capitalfoi a primeira cidade do Brasilem eventos internacionais em2011 e a segunda entre as quemais atraem feiras e congres-sos internacionais na Américado Sul, atrás apenas de BuenosAires, na Argentina.

Para o presidente-executivoda Ubrafe, Armando CamposMello, o segmento de feiras denegócios tem registrado cresci-mento expressivo nos últimosanos e deve continuar assim

porque é uma opção rentávelpara empresas que precisamvender produtos e serviços.Além disso, as feiras são boasoportunidades para divulgarmarcas e conquistar clientes es-

trangeiros. Apenas nos eventosorganizados pela entidade sãomovimentados cerca de R$ 25bilhões por ano.

Público – Segundo Mello,neste ano, a expectativa nas

feiras e promoções comerciaisé de participação de 50 mil em-preendedores, 16,2% a maisque em 2011. O número esti-mado de visitantes é de 5,4 mi-lhões, alta de 5,8% ante o ano

Um terço dos calçados à venda

passado. O mesmo acontececom a área utilizada, que pas-sará de 3,2 milhões de metrosquadrados para 3,4 milhões demetros, avanço de 6,2%.

O executivo explica que, nos

últimos anos, as empresas têmse esforçado para aproveitarmelhor essas oportunidades,com investimentos expressi-vos em divulgação, treina-mento de funcionários e mon-tagem de estandes com equi-pamentos mais sofisticadospara atrair os visitantes.

Para este ano, Mello apostanos eventos voltados para o se-tor alimentício, já que o cresci-mento do mercado de trabalhoexigiu que o segmento inves-tisse tanto na produção quantona ampliação da rede de res-taurantes e fast foods, comavanço expressivo da modali-dade de franquias dentro des-tes últimos.

O executivo da Ubrafe res-salta que outro fator que con-tribui para o sucesso das feirasé a sua organização e o calen-dário que complemente áreasde atuações próximas, como aCouromoda, realizada no iní-cio do ano para a produção doperíodo outono/inverno, e aFrancal, especializada em cal-çados, que ocorre no segundosemestre com as novidades pa-ra primavera/verão.

Veja abaixo as principais feirasque serão realizadas no primeirosemestre deste ano.

Omundo produziu 21bilhões de pares desapatos em 2011.

Desse total, 87% foramfabricados na Ásia, 4% naEuropa e 4% no Brasil. Por isso,eventos como a Couromoda,que realiza em São Paulo sua39ª edição, são importantespara não apenas continuar amovimentar o mercadointerno, mas também buscarnovos parceiros e clientes.Neste ano, a expectativa é deque o evento negocie de 30% a35% do movimento anual decada fabricante brasileiro, o

que equivale a cerca de200 milhões de pares. Oconsumo doméstico é de 800milhões de pares.

Para Francisco Santos,presidente da Couromoda, oevento que abre as suas portasna próxima segunda-feira, noPavilhão do Anhembi, éimportante para reforçar omercado interno, já que aindústria tem adotado umaestratégia de reinvençãoconstante, com a criação demais de duas coleções por anoe com o aperfeiçoamento dalogística para atender toda a

cadeia produtiva. Neste ano, aexpectativa é de que o eventoreceba um público de mais de90 mil profissionais entrelojistas, distribuidores eatacadistas brasileiros, além decompradores de 64 países.

Na avaliação de Santos, omercado interno estáconsolidado e o crescimentode 7% em valor e de 5% empares produzidos em2011 ante o anoanterior confirmamessa avaliação.Algumas empresasapostam muito nosnegócios em 2012. AItapuã, por exemplo,espera crescer 25%neste ano. "Aprodução, atualmente,chega à casa dos 300mil pares de calçados por mêse deve aumentar, em breve, jáque a empresa irá inaugurarunidades e adquiriurecentemente maquinários deúltima geração," diz o diretorcomercial da empresa, CarlosPaganini. As vendas no anopassado da Itapuã foram 38%superiores em relação a 2010.

O executivo lembra que osempreendedores do setortambém estão atentos a outroseventos do segmento de moda

e já estabelecem parcerias paraatuação conjunta nessasocasiões. Ele menciona o SãoPaulo Prêt-à-porter, voltadopara as indústrias de moda econfecção. O evento acontecesimultaneamente àCouromoda em São Paulo e,neste ano, está ampliando oseu espaço para acessórioscom o objetivo de oferecer

m u n d o.Apesar deste bom

desempenho interno e daprofissionalização dosegmento como um todo, opresidente da Couromodaacredita que o segmentoprecisa voltar sua atençãopara ações que ampliem asexportações. "Fora da Ásia, oBrasil tem boas perspectivas

futuras e deve usar aseu favor fatorespositivos, como omercado internofirme e a excelenteoferta de matérias-primas", explica.Entretanto, lembraque o Brasil exportou110 milhões de paresem 2011, ou US$ 1,29bilhão, com queda de

13% ante ao US$ 1,487 bilhãoem 2010. Esse recuo indicauma perda na já pequena fatiado setor no mercado mundial,que foi agravada no anopassado por fatores jáconhecidos como o dólardesfavorável e o Custo Brasil.Quanto às importações, elastotalizaram 34 milhões depares, com aquisições maisexpressivas de produtosvoltados para a prática deesportes. (PC)

mais opções ao seu público.Para atender osempreendedores ávidos porinformações, a Couromodatambém realizará palestraspara discutir os rumos domercado e mostrar as atuaistendências de moda econsumo. Um dos destaquesserá a palestra de Steve Hill,vice-presidente demerchadising da Zappos,maior empresa mundial dee-commerce de calçados do

Couromodadeve

negociar200 milhõesde pares na

sua 39ªedição

Paula Cunha

Couromoda de 2010:realizada paramostrar a coleção deoutono/invernocomeça na próximasegunda-feira.

Luiz Prado/LUZ

Paulo Pampolin/Hype

Itapuã esperacrescer 25%no ano

Divulgação

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sexta-feira, 13 de janeiro de 201214 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

61% dos brasileiros reprovam o sistemapúblico de saúde, diz pesquisa da CNI.economia

Saúde: menos corrupção

Pesquisa da CNI revela que 96% dos brasileiros rejeitam volta da CPMF e 82%acreditam que combate à corrupção resultaria em mais recursos ao setor

Renato Carbonari Ibelli

Acorrupção e a mágestão dos recur-sos arrecadadospelos governos são

os principais responsáveis pe-la degradação da saúde públi-ca do País. Essa é a percepçãoda população revelada ontemem estudo da ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI)com o Ibope. A pesquisa, queouviu 2.002 pessoas, mostraque, para 82% delas, acabarcom a corrupção resultaria di-retamente em mais recursosdirecionados à saúde.

A sondagem mostra que obrasileiro tem consciência deque, caso houvesse boa utiliza-ção desses recursos, haveriadinheiro suficiente para que o

Crédito e inflação impactaram varejoArestrição ao crédito e o

aumento de preçoscontribuíram para a

desaceleração nas vendas docomércio varejista brasileiro em2011 comparado a 2010,afirmou ontem o técnico daCoordenação de Serviços eComércio do Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE)Nilo Lopes. Porém, setores maisligados à renda e ao empregotiveram resultados favoráveis.

Nos 12 meses encerrados emnovembro do ano passado, ocomércio varejista registrouexpansão de 7%, contra umaalta de 10,8% no período denovembro de 2010-2009, umadiferença negativa de 3,8pontos percentuais. O efeito novarejo ampliado, que incluiatividades de veículos ematerial de construção, foiainda maior: 7,7% em 12 mesesaté novembro de 2011 contra12,1% nos 12 meses aténovembro de 2010. A queda foide 4,4 pontos percentuais.

"Ou seja, o cenárioeconômico de 2011 não foi tãobom quanto tinha sido o doano anterior para o comérciovarejista. O setor cresceu, masbem abaixo de 2010", disseLopes. "Em 2010, o comérciovarejista fechou em 10,9%."

Os setores que mais sentirama desaceleração nas vendasforam veículos, com alta de8,4% (novembro/2010 anovembro/2011), contra 14,%na leitura anterior. Depois, vêmhiper mercados/super mercados,com expansão de 4,2% contra9,3% na mesma comparação,tecidos/vestuário, com 5%contra 10,1%, material deconstrução, com 10,% ante15%, e combustíveis/lubrifi-

cantes, com 2,1% ante 6,5%.Todos os grupos citados

acima sofreram pressão, ou daexpansão menor do crédito, oudo aumento da inflação noperíodo. De acordo com Lopes,hipermercados, que sofreu como impacto da inflação dosalimentos, cresceu apenas 4,2%nesses 12 meses, quase ametade da taxa do varejo.

"De julho para cá, porém,

começou a arrefecer o ritmo deaumento de preços, o quemelhorou o desempenho dogrupo. O setor de combustíveise lubrificantes, que tambémvinha sofrendo com preços,agora melhorou um pouco."

Registraram desempenhomelhor equipamentos deinformática e comunicação(com alta de 18,6% contra21,4%), artigos farmacêuticos ede perfumaria, (10,4% contra11,6%), livros/papelaria (9,%contra 10,1%) e móveis/ eletro-domésticos (16,9% ante 17,7%).

"Setores que não dependemtanto de crédito tiveramresultado melhor. E houvepressão favorável também, comqueda de preços em móveis eeletrodomésticos, e emequipamentos de informática ecomunicação. Então essesgrupos não tiveram muitoretrocesso em relação anovembro de 2010", afirmou otécnico do IBGE. Para ele, ocrescimento da renda mantém

esses setores crescendotambém. "O aumento doemprego formal facilita muito atomada de decisão na compradesses equipamentos, que nãotêm valor unitário muito alto."

Para o estrategista-chefe dobanco WestLB, LucianoRostagno, o aumento dasvendas no varejo em novembroaponta recuperação econômicado Brasil no fim de 2011, eindica que o País continuarácrescendo em 2012. Segundoele, a expansão de 1,3% nasvendas do comércio varejistarestrito em novembro anteoutubro, e 6,8% na comparaçãocom novembro de 2010 afasta ahipótese de contração daeconomia no quarto trimestre.

"Havia preocupação depoisque o Produto Interno Bruto(PIB) mostrou que a economiaficou estagnada no terceirotrimestre. Mas os números dovarejo descartam ou diminuema ideia de que o País entrará emrecessão técnica." (AE)

Dezembro ainda é alvo dedúvida para o comércio

As vendas do comérciovarejista no conceitorestrito vieram bem

mais fortes do que o consensodo mercado. Porém, há dúvidase o ritmo se sustentará nos nú-meros de dezembro, segundoo economista-chefe da Quanti-tas Asset, Gustav Gorski. "Osdados apontam melhora emnovembro, mas há sinal nãopositivo para dezembro, já quemuitas empresas afirmam queo Natal foi fraco. É difícil dizero que vai acontecer."

Segundo o Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística(IBGE), as vendas do varejo,excluindo segmentos de auto-móveis e construção civil, tive-ram alta de 1,3% em novembroante outubro. Para Gorski, aantecipação das contrataçõesde Natal de dezembro para no-vembro nas regiões metropoli-tanas (onde a pesquisa do IB-

GE é realizada), pode ter favo-recido o resultado robusto.

"Pode ser que, por causa domercado de trabalho apertado,os lojistas tenham decidido an-tecipar as contratações", disse.

O economista avalia que, detodo modo, o número foi mui-to forte. "Estávamos com trêsmeses de varejo parado. É sinalde que a redução de juros e oalívio do crédito já dão alentopara a economia", afirmou.

Em uma análise do compor-tamento do varejo ao longo de2011, o economista ressalta queo próprio IBGE admitiu altera-ção na trajetória do setor, quevinha crescendo acima de 10%e agora vai crescer bem abaixo."Isso sinaliza mudança na ten-dência, dadas medidas comoelevação de juros e as macro-prudenciais. E ainda há o sen-timento de que crise europeiapossa nos atingir." (AE)

Alta nas vendas em 25 estados

evitaria mais imposto.

governo solucionasse os pro-blemas da área. Vale lembrarque o ano de 2011 terminoucom R$ 1,5 trilhão nos cofres fe-deral, estaduais e municipais.Esse montante, fruto da arre-cadação de tributos, foi esti-mado pelo Impostômetro, daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP). Por ter essa per-cepção de que os recursos exis-tem, 96% dos entrevistados pe-la CNI também afirmaram sercontrários à criação de um im-posto específico para a saúde.

Ao longo do ano passado,houve uma série de tentativaspara criar um novo tributo quesubstituísse a extinta Contri-buição Social sobre Movimen-tações Financeiras (CPMF). Aobrigação em teoria deveria fi-nanciar a saúde pública, masacabou pulverizada para dife-

rentes áreas. Esse novo impos-to seria a Contribuição Socialpara a Saúde (CSS), incluídono texto da Emenda Constitu-cional 29, que regrou, entre ou-ros pontos, o percentual da ar-recadação de estados e municí-

pios que deve ser direcionadoà saúde pública. A emenda foiaprovada em dezembro, massem a validação da CSS.

Marcel Solimeo, economis-ta-chefe da ACSP, destaca quefinalmente chegou ao Con-gresso a percepção que a popu-lação já tinha anteriormente —de que os problemas da saúdenão são resultantes da falta derecursos, mas da gestão deles.

"Pouco tempo atrás, o legis-lativo só teria uma saída paramelhorar a saúde: criar maisimpostos. A votação da Emen-da 29 mostrou que os deputa-dos e senadores entenderamque os recursos já existem, sóprecisam ser melhor aplica-dos", comenta Solimeo. "Todosreconhecem que a saúde estáruim, mas os impostos vãobem", completa o economista.

O estudo da CNI revela ain-da que 61% dos brasileiros re-provam o sistema público desaúde. Os entrevistados tam-bém tiveram oportunidade deapontar como os recursos de-veriam ser direcionados paramelhorar a condição do setor.

Para 57% deles, o aumentono número de médicos seriauma das principais medidaspara melhorar o serviço na re-de pública. Outra demanda é anecessidade de equipar me-lhor hospitais e postos de saú-de, ações apontadas por 54%dos entrevistados. Na avalia-ção de 85% da população, oserviço público de saúde não

melhorou nos últimos trêsanos. Para 43% dos entrevista-dos, houve piora na saúde pú-blica ao longo desse período.

O estudo da CNI aponta ain-da que, nos últimos 12 meses,entre os entrevistados que fize-ram algum tratamento de saú-de, 79% usaram a rede pública.Os serviços prestados pela re-de pública receberam dosusuários nota média de 5,7, emuma escala de zero a dez. Jáhospitais particulares recebe-ram 8,1. Dado interessante: naopinião de 71% dos entrevista-dos, políticas preventivas sãomais importantes que a cons-trução de novos hospitais.

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Apesar dadesaceleraçãona expansãodas vendasem 2011,houvepressãofavorávelnos preçosde móveis elinha branca.

7,7por cento foi a alta dovarejo entre os mesesde novembro de 2011e 2010, disse ontem o

IBGE. Especialistaafasta hipótese derecessão técnica.

De outubro para novem-bro de 2011, a expansão

nas vendas do varejo foi pra-ticamente generalizada entreas regiões do País, diz a Pes-quisa Mensal de Comércio doInstituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE). Entre27 estados, 25 registraram au-mento no volume de vendas.

As principais altas foram noMaranhão (6,4%), Acre (6,3%),Mato Grosso (5,8%), Tocan-tins (4,0%) e Piauí (4%). Os úni-cos resultados negativos fo-ram registrados no Ceará(1,7%) e no Amapá (0,4%)

Na comparação com no-vembro de 2010, todos regis-traram aumento nas vendas,com destaque para Tocantins(20,9%), Roraima (17,5%), Pa-raíba (13,1%), Maranhão(11,8%) e Paraná (11,6%).

Quanto ao varejo ampliado(inclui material de construçãoe veículos), 21 estados tive-ram resultados positivos, co-mo Tocantins (16,4%), Rorai-ma, (7,5%), Amazonas (7,1%),Paraná (6,4%) e Paraíba (6%).Já as principais quedas foramno Amapá (12,5%), Alagoas(3,8%) e Sergipe (2,9%). (AE)

71por cento dose n t r ev i s t a d o sacreditam que

políticas preventivassão mais importantesque a construção de

novos hospitais

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sexta-feira, 13 de janeiro de 201216 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Pesquisa Ibope Inteligência concluiu que um em cada quatro brasileiros com maisde 16 anos (35 milhões de pessoas) faz ou já fez algum trabalho voluntário.economia

Envie informações para essa

coluna para o e-mail:

carlosfranco@revistapublicitta. com.br

O SOL É PARATODOS

TURMA DO BEM

A VIDA EO BANCO

NAS NUVENS

SEM PAPEL

Enquanto a turma do BBB (BigBrother Brasil, da TV Globo)envergonha, como já virou ro-

tina, parte da população de brasileirose brasileiras faz a alegria de outros tan-tos, que, em troca, dão audiência àatração global. Uma outra turma po-rém, crescente e numerosa, faz o bem,ainda que veja ou não veja o BBB. Pelomenos é isso o que aponta pesquisarealizada pelo Ibope Inteligência con-cluindo que um em cada quatro bra-sileiros com mais de 16 anos, isto é, 35milhões de pessoas faz ou já fez algumtrabalho voluntário. Enem adianta pseudo-in-telectuais de plantão jo-garem pedra de que oBBB só existe porque aclasse C ama a atração. A pesqui-sa revela que 43% dos voluntários sãoda classe C, 40% da classe A/B e 17%das classes D e E, onde figuram os quetêm pouquíssimo e mesmo assim sededicam a ajudar a quem precisa.Mais: apenas 20% dos voluntários têmcurso superior. E os da classe C são osmais desprendidos em sair de casa pa-ra ajudar a quem precisa.

São esses mesmos voluntários, se va-lendo do poder de formadores de opi-nião de classes mais altas, que come-çam a defender teses de consumo sus-tentável e solidário. Uma resposta àrealidade da exclusão onde realizamseus trabalhos. Um fato com o qual apublicidade corre para aprender a lidar,pois tanto empresas como profissio-nais de comunicação sabem que essepúblico quer ver cada vez mais açõessustentáveis em cartaz. Mais: a turma

do bem consegue mobilizar outros mi-lhares, ainda em um movimento pe-queno, mas de rápido crescimento co-mo observa a pesquisa e perfeitamen-te atrelado às novas plataformas de dis-tribuição de conteúdo a exemplo dasredes sociais. Teses do bem, claro, sãocontagiantes, fáceis de se tornarem ví-rus a serviço de algumas causas.

Ao empregar mão de obra escrava,ainda que indiretamente por meio defornecedor, a Zara, por exemplo, vive

carvão de carvoarias que exploravamcrianças e a Vale marcou golaço aoproibir a venda.

A Zara terá que encontrar seu ca-minho para voltar aos trilhos da mo-da fashion e acessível, mas para talterá de convencer a turma do bem,que adora listas de empresas respon-sáveis e a propaganda nas redes so-ciais, que mudou, que está renascen-do e participando de movimentos decombate ao escravagismo.

Não é sem motivo que a Coca-Colatem investido cada vez mais em movi-

mentos de catadores para reciclaraté garrafas PET. Essasações contrabalançamfatos negativos comotestes com produtos, vezpor outra acusados de

causar mal à saúde, a exemplo dos ga-seificados que alimentam a cadeia daobesidade. A turma do bem vai, assim,em redes sociais e em pequenas inter-venções nas comunidades em queatua, influenciando no consumo.

A publicidade corre atrás paramostrar empresas comprometidascom o planeta, o homem e até os bi-chinhos. Até porque o mesmo Ibo-pe, os das emissoras de televisão,sobe quando o assunto são ani-mais. E, maltrato a bichos, infeliz-mente em muitos casos, comovemais do que maltrato ao bicho-ho-mem, mas a turma do bem prometedar um jeito. Sonhar com um mun-do melhor, aliás, é o mantra dessesmilhares de brasileiros que dãouma mãozinha voluntária para o dianascer feliz.

Fotos: Divulgação

CAMPANHA do Itaú quer provocar mudanças

No fim de 2011, o Itaúveiculou campanha com o

mote "Mude 2012. E conte com oItaú para mudar com você" com oobjetivo de provocar as pessoas arealizar verdadeiras mudanças em2012. Para iniciar o movimento, obanco estreou a primeira

campanha de 2012, assinadapela agência África, batendonessa nova tecla. O Itaúestimula seus clientes a abriremmão dos extratos em papel epassarem a utilizar a versãovirtual para consulta, evitandoassim o desperdício do recurso.

Receita autorizaenviar por e-mailos rendimentos

ODiário Oficial daUnião de ontempublicou a Instrução

Normativa 1.235, da ReceitaFederal do Brasil, queautoriza, a partir de agora, osbancos a informarem osrendimentos decorrentes deaplicações financeiras dosclientes, para fins deImposto de Renda, pore-mail, caixa postal ouinternet banking.

De acordo com a novanorma da Receita, no caso deconta conjunta, a informaçãode rendimentos deve seremitida em nome doprimeiro titular, excetoquando houver declaraçãoexpressa em nome de qualdeles o informe deve seremitido.

O banco pode enviar adeclaração de rendimentospor meio eletrônicoinclusive para clientes noexterior, livrando-se assimda obrigação de envio doinforme em papel.O banco precisa, no entanto,manter todos os dadossobre rendimentoscreditados para posteriorcomprovação, quandonecessário. (ABr)

Pão de Açúcartem faturamento20,1% maior

As vendas brutas doGrupo Pão de Açúcartotalizaram R$ 15,132

bilhões no quarto trimestre de2011, com crescimento de20,1%, conforme anunciouontem a companhia. Segundoa empresa, o resultado édecorrente principalmente daconsolidação dos resultados deCasas Bahia à operação deGlobex, da expansão orgânicado grupo (que se deu por meioda abertura de 20 novas lojas) eda performance destacada dasbandeiras Assaí (recémreformulada para atendermelhor o revendedor/trans-formador), ExtraSupermercado (que apresentacrescimento acentuado emrelação às antigas CompreBeme Sendas) e da Nova Pontocom(que retoma patamareselevados de crescimento einclui novas categorias).

No ano, as vendas brutastotalizaram R$ 52,681 bilhões,alta de 45,8% na comparaçãocom 2010.

As vendas brutas noconceito mesmas lojascresceram 8,5% no quartotrimestre. No ano de 2011, asvendas brutas "mesmas lojas"subiram 8,8%. (AE)

Google festeja fim da censuraDois anos após entrar em conflito com autoridades, a gigante de buscas retoma investimentos na China.

Ogigante de buscasGoogle, que doisanos atrás entrouem conflito com

autoridades chinesas devidoà censura, retomou seus in-vestimentos no país, de acor-do com o jornal "The WallStreet Journal". A empresa es-tá contratando engenheiros,representantes de vendas egerentes de produtos e traba-lhando para capitalizar em ci-ma da popularidade de seusdispositivos com o sistemaoperacional Android, que ali-menta 60% dos smartphonesna nação asiática.

A empresa visa tambémconquistar os consumidoreschineses com serviços quenão requerem censura oficial,como o Shihui, lançado em se-tembro a fim de ajudar as pes-soas a procurar sites do paísque oferecerem descontos emlojas locais. O Google traba-lha ainda para melhorar seuserviço de busca a fim de au-xiliar os consumidores a en-contrar produtos de varejis-tas online.

Segundo o jornal, a decisãodo Google ocorre em um mo-mento crucial, uma vez que ainternet na China vem se tor-

Liu Jin/AFP

Funcionários: empresa está contratando engenheiros, representantes de vendas e gerentes de produtos.

nando uma saída para cida-dãos compartilharem infor-mações e descontentamentos.O país possui 500 milhões deusuários de internet, ante 220milhões nos Estados Unidos.As autoridades do país se recu-

saram a falar sobre o assunto.O Google faz a nova investi-

da perto do aniversário de doisanos de sua declaração de queiria parar de censurar os resul-tados de buscas na internet naChina, como requerido pela lei

local, e que se preparava paradeixar o país. Na época, o Go-ogle anunciou o redireciona-mento de usuários que acessa-rem o endereço w w w. g o o g l e . c npara ferramentas de busca deHong Kong. (AE)

UNIVERSAL faz cem anos

AUniversal completa 100anos em 2012 e para marcar

a data promete restaurar grandesfilmes com campanhaspublicitárias de relançamento. Afesta começa em abril com o filmeO sol é para todos, clássico dirigidoem 1962 por Robert Mulligan eestrelado por Gregory Peck, JohnMegna e Frank Overton Murphyabordando, com coragem, oracismo. O famoso estúdiopromete sustos com Tu b a r ã o ,romance com Entre dois amores eum drama tenso com A Lista deSchindler. Todos os filmes terãotratamento de primeira para osapaixonados por cinema.

Oestande da Ford no Salão deDetroit, nos Estados Unidos,

está atraindo visitantes que até odia 22 poderão ver de perto asinovações do setor automobilístico.Na instalação Ford LivingConnected Experience, umelevador leva grupos de 12 pessoaspara visitar a "Nuvem", a 6 metrosde altura, com a exibição de filmesem 360 graus sobre as futurastecnologias da Ford. Composta decinco estações, a "Nuvem" ilustracomo a Ford está se preparando

para responder aos desafios dofuturo, incluindo mudançasdemográficas, tecnologiasemergentes e vida sustentável.Outras atrações usam o recurso darealidade aumentada para promovera interatividade. Nelas é possíveldirigir com o astro das pistas KenBlock, dar um passeio de Mustang nodinamômetro ou participar de umjogo de curiosidades. Tudo paraatrair o cético consumidor norte-americano, ainda picado pela moscada recessão.

PESCANDO SIRI

Empório Armani iniciacampanha de sua

coleção primavera-verão2012. A maison,

reconhecida pelo corteimpecável de ternos, apostaem executivos mais jovens e

descontraídos e resgataaquilo que, nós, brasileiros,apelidamos de calça para

pescar siri. É a moda.

As agências BorghiErh/Lowe, Fischer&Friends e a nova/sb se uniram para lançar o novoposicionamento da Caixa Econômica Federal, focado nos desejos de seus clientes. O

slogan diz tudo: "A vida pede mais que um banco". A ação retrata o que a Caixa entende comosendo sua vocação: um banco que vai até as pessoas, adaptando-se às suas necessidades. Amudança de posicionamento teve início com pesquisa de imagem encomendada pela própriaCaixa. É regra hoje nesse mercado humanizar as relações, nada de juros e aborre c i m e nto s.

drama similar ao que enfrentou a Nikenos anos 1980/90 ao comprar produtosde fornecedores que faziam uso de tra-balho escravo e asiático. E, como a Nike,a Zara enfrenta hoje, mas de forma mui-to mais pulverizada, movimento quecresce nas redes sociais onde a turma dobem está conectada sugerindo boicoteà rede de varejo. A fabricante de calça-dos conseguiu se livrar do estigma ao seinserir em movimentos de inclusão so-cial, como o hip-hop.

A empresa Vale vetou a venda de seuminério a guseiros da região Norte – fa-bricantes por exemplo de enxadas e fa-cões de ferro gusa – ao perceber que es-sa relação poderia atrapalhar a força deseus papéis no exterior e a imagem dacompanhia no Brasil, onde os voluntá-rios formam redes sociais de grande im-portância. Esses guseiros consumiam

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

SINDICATO DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS ASSOCIADOS DAS COOPERA-TIVAS DE TRABALHO DO RAMO TRANSPORTE NO SEGUIMENTO

TRANSPORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO – SINTRAT-SPAssembleia Geral - Edital de Convocação

O Sindicato dos Prestadores de Serviços Associados das Cooperativas de Trabalho doRamo Transporte no Seguimento Transporte do Estado de São Paulo – SINTRAT-SP,associação sindical, com sede na Capital do Estado de São Paulo, na Rua Maria Cân-dida, nº 442, Vila Guilherme, devidamente inscrita no C.N.P.J./M.F. sob o nº 11.586.360/0001-33, neste ato representado por seu Diretor-Presidente, abaixo nomeado, no usodas suas atribuições estatutárias, com fulcro no artigo 19º, III, do Estatuto Social, CON-VOCA todos os associados, em conformidade com o disposto no artigo 32, parágrafos1º e 2º do Estatuto Social, para a participação na Assembleia Geral, a realizar-se no dia31 de janeiro de 2012, na sede do Sindicato, situada na Capital do Estado de São Pau-lo, na Rua Maria Cândida, nº 442, Vila Guilherme, em primeira chamada às 10:00 h(dez horas) e, em segunda, às 11:00 h (onze horas), a fim de deliberar sobre a seguinteordem do dia: 1) Encerramento das atividades do Sindicato; e 2) Outros assuntos deinteresse social. São Paulo – SP, 10 de janeiro de 2012. Rodrigo Souza de Medeiros -Diretor Presidente.

MARINGÁ S.A. CIMENTO E FERRO-LIGACNPJ/MF nº 61.082.988/0001-70 - NIRE 35.3.0001745-5

Edital de Convocação - Assembléia Geral ExtraordináriaFicam os srs.acionistas da Maringá S.A.Cimento e Ferro-Liga devidamente convocados a participarem, em 1ª convoca-ção, da AGE que se realizará no dia 20/01/2012, 14hs, no prédio da sede da Cia., em SP/SP, R. São Bento, nº 329, 12º,Centro, CEP 01011-902, com a seguinte Ordem do Dia:(a) mudança do endereço da sede da Cia.; (b) outros assuntosde interesse da Cia.. São Paulo, 11/01/2012. A Diretoria. (12,13,14/01/2012)

São Eutiquiano Participações S.A.CNPJ nº 12.125.536/0001-12 – NIRE nº 35.300.417.577

Assembléia Geral Extraordinária Edital de ConvocaçãoFicam os Srs acionistas da Cia. devidamente convocados a participarem, em primeira convoca-ção, da AGE que se realizará dia 20/01/12, 10hs, na sede da Cia., localizada em SP/SP, na Av.Paulista, 1842, Torre Norte, 12º, cj 125, s/ 39, Cerqueira César, com a seguinte Ordem do Dia: (a)mudança do endereço da sede da Cia.; (b) outros assuntos de interesse da Companhia. São Paulo,11/01/2012 - A Diretoria 12,13,14/01/2012

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:CONCORRÊNCIA

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para execução de Restauro de Prédio Administrativo:CONCORRÊNCIA Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMO P/PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)70/01204/11/01 - P. Adm. Secretaria de Estado da Educação - Praça da República, 53 - Cep: 01045-903 - Praça daRepública - São Paulo/SP - 360 - R$ 583.911,00 - R$ 58.391,00 - 09:30 - 13/02/2012.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos eComposição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001- São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 13/01/2012, na SEDE DA FDE, desegunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00(cinquenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão deLicitações da FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues,juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e agarantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI, na SEDE DA FDE, até 30 minutosantes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com odisposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA ODESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO Nº 56/00019/11/05

OBJETO: AQUISIÇÃO DE LICENÇA DE USO DEFINITIVO, NÃO EXCLUSIVO, DE SOFTWARE E CONSULTORIA EM SOFTWARES AUTODESK.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para Aquisição de licença de uso definitivo, não exclusivo, de software e consultoria em softwares Autodesk.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital, a partir de 13/01/2012, no endereço eletrônicowww.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - SãoPaulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet noendereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia27/01/2012, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos doprocesso em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico,após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A datado início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 13/01/2012, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULOPREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

Pregão Presencial 033/2011 - Processo 6278/2011DECISÃO DO PREFEITO

Pregão Presencial que tem como objeto obter a melhor oferta para aprestação de serviços com transporte de alunos às áreas rurais domunicípio. Considerando as adequações necessárias ao objeto destecertame, resolvo, por bem, adiar “sine die” o prazo estabelecido no edital,relativo à data limite para entrega das propostas.

Estância Turística de Pereira Barreto, 12 de janeiro de 2012.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA HIDROMINERALDE ÁGUAS DE SÃO PEDRO

Tomada de Preços 02/2012A Prefeitura do Município da Estância Hidromineral de Águas de São Pedro, com sede à Praça PrefeitoGeraldo Azevedo, 115, Centro, Águas de São Pedro/SP, torna público, para conhecimento de interessados,que se acha aberta a Tomada de Preços 02/2012, que objetiva a aquisição de carnes e derivados, produtosde panificação e hortifrutigranjeiros, por fornecimento parcelado e a pedido, para o Programa Municipal deAlimentação Escolar. O edital poderá ser retirado diretamente no endereço supracitado, das 12:00 às 17:00horas, de segunda a sexta-feira. Será exigido cadastramento prévio. Não serão enviados editais pelocorreio ou por e-mail. Os envelopes com a documentação e a proposta deverão ser protocolados até às9:30 horas do dia 02/02/2012 sendo que a abertura dos mesmos será neste mesmo dia às 10:00 horas.Águas de São Pedro/SP, 12/01/2012. Paulo César Borges – Prefeito Municipal.

SAAESP - Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São PedroTomada de Preços 01/2012

O SAAESP - Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Pedro, com sede à Avenida ÂngeloFranzin, 25, Bairro Santa Cruz, São Pedro/SP, CEP: 13520-000, torna público, para conhecimentode interessados, que se acha aberta a Tomada de Preços 01/2012, que objetiva a aquisição decombustíveis, por fornecimento parcelado e a pedido. O edital completo poderá ser retirado das 8:00às 11:30 e das 13:00 às 16:00 horas, de segunda a sexta-feira. Será exigido cadastramento prévio.Não serão enviados editais pelo correio ou por e-mail. Os envelopes com a documentação e aproposta deverão ser protocolados até às 13:30 horas do dia 02/02/2012, sendo que a abertura dosmesmos será neste mesmo dia, às 14:00 horas.

São Pedro/SP, 12/01/2012.Dr. Jorge Eduardo Vasconcellos Zangarini - Presidente.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

DIVISÃO DE LICITAÇÕES - SEÇÃO DE REGISTRO CADASTRALEDITAL DE CHAMAMENTO PÚBLICO

Por este edital, ficam convidados todos os interessados em ingressar no Registro Cadastral de Fornecedoresou procederem à atualização dos registros existentes, nos termos do § 1º do art. 34 da Lei Federal 8666/93. Castilho – SP, 12 de Janeiro de 2011. Maraline Coelho Alves. Chefe da Seção de Registro Cadastral.

Alvorada Vida S.A.Grupo Bradesco de Seguros e Previdência

CNPJ no 02.305.455/0001-40 - NIRE 35.300.153.197Ata da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 18.8.2011

Data, Hora, Local: Aos 18 dias do mês de agosto de 2011, às 15h, na sede social, Cidade deDeus, Vila Yara, Osasco, SP. Quorum: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro dePresença os representantes da Bradesco Vida e Previdência S.A., única acionista da Sociedade.Mesa: Presidente: Lúcio Flávio Condurú de Oliveira; Secretário: Ivan Luiz Gontijo Júnior.Convocação: Dispensada a convocação por Edital, de conformidade com o disposto no ParágrafoQuarto do Artigo 124 da Lei no 6.404, de 1976. Ordem do Dia: - examinar proposta da Diretoria daSociedade para aumentar o Capital Social no valor de R$21.600.000,00, elevando-o deR$114.400.000,00 para R$136.000.000,00, com a emissão de 15.416 ações ordinárias,nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$1.401,135770, com integralização àvista, no ato da subscrição, com a consequente alteração do “caput” do Artigo 6o do EstatutoSocial. Deliberação: - aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, a proposta da Diretoriaregistrada na Reunião daquele Órgão nesta data (18.8.2011), a seguir transcrita: “Vimos proporaumento do capital social no valor de R$21.600.000,00, elevando-o de R$114.400.000,00 paraR$136.000.000,00, com a emissão de 15.416 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valornominal, ao preço de R$1.401,135770, com integralização à vista, no ato da subscrição. O preçode emissão teve como base o valor do Patrimônio Líquido ajustado por ação da Sociedade em31.7.2011, de conformidade com o disposto no Inciso II do Parágrafo Primeiro do Artigo 170 da Leino 6.404/76. As ações subscritas no referido aumento de capital terão direito a dividendos e/oujuros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados a partir da data de integralização doreferido aumento de capital, fazendo jus também, de forma integral, a eventuais vantagensatribuídas às demais ações, a partir daquela data. Em consequência, a redação do “caput” doArtigo 6o do Estatuto Social será alterada após completado todo o processo de aumento docapital.”. Dando sequência aos trabalhos, os representantes da Bradesco Vida e Previdência S.A.,única acionista da Sociedade, assinaram o respectivo Boletim de Subscrição, subscrevendo as15.416 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, e integralizando no ato, emmoeda corrente nacional. Em seguida, comunicou o senhor Presidente: a) ter sido totalmentesubscrito e integralizado o aumento de capital no valor de R$21.600.000,00, consistente de 15.416ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal; b) que verificada a subscriçãointegral e a integralização do aumento de capital o “caput” do Artigo 6o do Estatuto Social passará avigorar com a seguinte redação, após homologação do processo pela Superintendência deSeguros Privados - SUSEP: “Art. 6o) O Capital Social é de R$136.000.000,00 (cento e trinta e seismilhões de reais), dividido em 91.006 (noventa e uma mil e seis) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal.”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidenteesclareceu que toda a matéria ora aprovada somente entrará em vigor e se tornará efetiva depoisde homologada pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e de estarem atendidas todasas exigências legais de arquivamento na Junta Comercial e publicação. Em seguida, encerrou ostrabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achada conforme, foi aprovada por todos ospresentes, que a subscrevem. Assinaturas: Presidente: Lúcio Flávio Condurú de Oliveira;Secretário: Ivan Luiz Gontijo Júnior; Acionista: Bradesco Vida e Previdência S.A., por seusDiretores, senhores Jair de Almeida Lacerda Júnior e Eugênio Liberatori Velasques. Declaração:Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e quesão autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Alvorada Vida S.A. aa) EugênioLiberatori Velasques e Jair de Almeida Lacerda Júnior. Certidão - Secretaria de DesenvolvimentoEconômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registrosob número 506.410/11-0, em 21.12.2011. a) Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Danúbio Empreendimentos eParticipações Ltda.

CNPJ no 07.832.015/0001-65 - NIRE 35.219.902.894Extrato do Instrumento Particular de Alteração do Contrato

Social - 9a Alteração – 12.12.2011Pelo presente Instrumento Particular, BSP Empreendimentos Imobiliários S.A., CNPJ no

14.312.353/0001-31, NIRE 35.300.413.245; e Bradesco Seguros S.A., CNPJ no 33.055.146/0001-93, NIRE 35.300.329.091, ambas com sede na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, SãoPaulo, SP, CEP 01311-925, representadas por seu Diretor, senhor Haydewaldo RobertoChamberlain da Costa, CRC RJ-075823/0-9, CPF 756.039.427/20, com domicílio na AvenidaPaulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01311-925, Sócias-Cotistas representando atotalidade do Capital Social da Danúbio Empreendimentos e Participações Ltda., com sede naRua Deputado Emílio Carlos, 970, parte, Vila Campesina, Osasco, SP, CEP 06028-005, CNPJ no

07.832.015/0001-65, NIRE 35.219.902.894, deliberam, por unanimidade, o seguinte: 1) reduzir oCapital Social em R$573.052,00 (quinhentos e setenta e três mil e cinquenta e dois reais), deconformidade com o disposto no Inciso II do Artigo 1.082 do Código Civil Brasileiro, alterando-o deR$41.000.000,00 (quarenta e um milhões de reais) para R$40.426.948,00 (quarenta milhões,quatrocentos e vinte e seis mil, novecentos e quarenta e oito reais), com o cancelamento de573.052 (quinhentas e setenta e três mil e cinquenta e duas) cotas de propriedade da Sócia-CotistaBSP Empreendimentos Imobiliários S.A., com a concordância da Sócia-Cotista Bradesco SegurosS.A. A restituição do respectivo valor será feita mediante a transferência à Sócia-Cotista BSPEmpreendimentos Imobiliários S.A. de investimentos da Sociedade representados por: a) 90.828(noventa mil, oitocentas e vinte e oito) cotas de emissão da Damanivá Holdings Ltda., pelo valorcontábil de R$90.828,80 (noventa mil, oitocentos e vinte e oito reais e oitenta centavos); e b)482.223 (quatrocentas e oitenta e duas mil, duzentas e vinte e três) cotas de emissão da ItajubaHoldings Ltda., pelo valor contábil de R$482.223,58 (quatrocentos e oitenta e dois mil, duzentos evinte e três reais e cinquenta e oito centavos); 2) alterar, em face da deliberação tomada no itemanterior, o “caput” e o Parágrafo Primeiro da Cláusula Quarta do Contrato Social que passam a seras seguintes: “Cláusula Quarta – O Capital Social é de R$40.426.948,00 (quarenta milhões,quatrocentos e vinte e seis mil, novecentos e quarenta e oito reais), dividido em 40.426.948(quarenta milhões, quatrocentas e vinte e seis mil, novecentas e quarenta e oito) cotas, do valornominal de R$1,00 (um real) cada uma, totalmente integralizado em moeda corrente nacional.Parágrafo Primeiro - O Capital Social encontra-se assim distribuído entre os sócios:

Osasco, SP, 12 de dezembro de 2011 - Sócias-Cotistas: BSP Empreendimentos Imobiliários S.A. eBradesco Seguros S.A., representadas por seu Diretor, senhor Haydewaldo Roberto Chamberlainda Costa. Testemunhas: Ariovaldo Pereira - RG 5.878.122/SSP-SP - CPF 437.244.508/34 eAntônio Campanha Junior - RG 21.858.522-6/SSP-SP - CPF 167.477.158-45.

CotistasBSP Empreendimentos Imobiliários S.A.

Qtd. Cotas Valor R$40.426.947

140.426.947,00

1,00Bradesco Seguros S.A.40.426.948 40.426.948,00"Total

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram

ajuizados no dia 12 de janeiro de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos defalência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Interest Factoring Fomento Comercial Ltda. Requerido: FIF ComercialLtda. Rua Aurora, 22 – Santa Ifigênia - 2ª Vara de Falências.

Recuperação JudicialRequerente: Gráfica Silfab Ltda. Requerente: Stoper Editora e Gráfica Ltda. Requerido:Gráfica Silfab Ltda. Rua Galateia, 1.560 – Vila Guilherme - Requerido: Stoper Editorae Gráfica Ltda. Rua José Pereira Jorge, 227 – Carandiru - 2ª Vara de Falências.

Os benefícios estaduais para importação são vergonhosos.Paulo Francini, diretor da Fiespeconomia

Indústria emprega maisNível de contratações das empresas no estado de São Paulo registrou alta de 1,72% em dezembrosobre novembro de 2011. Mesmo assim, fechou o ano com saldo negativo de 500 trabalhadores.

Alterações no IR paraserviços ao governo

Desemprego estável na AL

Apesar da esperadaqueda no ritmo decriação de postos de

trabalho devido aos efeitosda crise econômica mundial,a taxa de desemprego urba-no na América Latina e no Ca-ribe deve ficar estabilizadaem 6,8% neste ano, na com-paração com a previsão de2011, segundo o estudo Pa-norama Laboral 2011, divul-gado ontem pela Organiza-ção Internacional do Traba-lho (OIT).

Em 2011, diz o mesmo es-tudo, o total de desemprega-dos urbanos era de 15,4 mi-lhões na região, consideran-do a População Economica-mente Ativa (PEA) de 225,5milhões. Por conta do cresci-mento econômico, o núme-ro de pessoas sem empregoteve uma redução de 700 milem relação a 2010.

Para 2012, com o cresci-mento da PEA, espera-se queo número de desemprega-

dos chegue a 15,7 milhões, oque representaria um au-mento de 300 mil desempre-gados ante o ano passado.

A OIT pondera, no entanto,que o desempenho do mer-cado de trabalho está direta-mente relacionado ao cená-rio da economia mundial.Uma deterioração da crisepode contagiar as econo-mias da região por meio dosimpactos no comércio exte-rior, redução de investimen-tos e fluxos estrangeiros, doturismo e limitações de aces-so ao crédito.

D iscrepâncias – No estu-do, a OIT manifestou preocu-pação com a alta informali-dade no emprego. As infor-mação divulgadas ontemmostram que, no mínimo,50% das pessoas ocupadastêm um emprego informalna região, considerando-sedados de 16 países, o queequivale a 93 milhões de tra-balhadores. (AE)

AReceita Federal doBrasil (RFB) fez umaconsolidação sobre

várias regras de retenção deimposto de renda para servi-ços prestados ao governo,atualizando e esclarecendonormas já em vigor. As altera-ções foram publicadas ontemno Diário Oficial da União(DOU) e as principais mudan-ças estão em saúde, turismo epagamentos feitos por meio decartões eletrônicos (débito ecrédito), conforme a coordena-dora de Imposto de Renda doFisco, Cláudia Pimentel.

A Receita criou, por exem-plo, um item com as regras depagamento por um órgão pú-blico a planos de saúde e servi-ços médicos prestados a fun-cionários, já retirando do valora tributação incidente sobre oserviço. "O item deixa claro co-mo se dá a retenção na fonte",

explicou a coordenadora.A IN também traz uma alte-

ração no conceito no segmentode serviços hospitalares, quefoi inovado para o tratamentodos serviços médicos e hospi-talares. A alteração da lei ocor-reu em 2009, mas não havia si-do incorporada pela Receita,apesar de estar em vigor. A leiestendeu a alíquota já adotadapara alguns serviços médicospara outros. Antes, era de 32%e agora, de 8%.

O detalhamento sobre a re-tenção de imposto já no mo-mento do pagamento tambémfoi apresentado na IN para aárea de agência de viagens.Quando o órgão público ad-quire serviços de transportespara funcionários e a agênciatransfere valores para as com-panhias aéreas ou rodoviárias,o pagamento já é feito retiran-do-se o imposto", disse.

Onível de empre-go da indústriapaulista regis-t r o u a l t a d e

1,72% em dezembro sobrenovembro de 2011 na sériecom ajuste sazonal, de acor-do com dados divulgadosontem pela Federação dasIndústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp). No cálculosem ajuste sazonal, o nívelde emprego caiu 1,36%. Emdezembro do ano passado,a indústria paulista demitiu35,5 mil pessoas, fechandoo ano com saldo negativo de500 trabalhadores. O nívelde emprego encerrou 2011com queda de 0,01%. Entreos 22 setores nos quais aFiesp divide a indústria pau-lista, 19 demitiram e trêscontrataram em dezembro.

M el an có l ic o – O diretordo Departamento de Pes-quisas e Estudos Econômi-cos da Fiesp, Paulo Francini,classificou como "melancóli-co" 2011, já que não houvegeração de empregos na in-dústria paulista. Franciniacredita que, se não houver"acidentes", a atividade daindústria terá um crescimen-to entre 1,5% e 2% este anoe o nível de emprego subiráentre 0,5% e 1%.

Francini estima que, nes-te ano, o Produto InternoBruto (PIB) cresça em tornode 3%, e a taxa básica de ju-ros encerre 2012 em 9% ou9,5% ao ano.

Francini acredita que asmedidas de desoneraçãotributária, anunciadas nofim de 2011, assim comooutras medidas de estímuloà economia, podem gerarefeitos positivos na ativida-de industrial, e também nonível de emprego, neste pri-meiro semestre. Ele citou,por exemplo, a redução doImposto sobre Produtos In-

dustrializados (IPI) para a li-nha branca, a facilitação docrédito para a compra dematerial de construção, e oreajuste do salário mínimode 14,13% para R$ 622.

C o m p o r t a m e n t o –Francini afirmou que o re-sultado do nível de empre-go em 2011 ficou em linhacom os piores anos regis-trados pela pesquisa da en-tidade. Em 2006, houvequeda de 0,13% no acumu-lado do ano. Dois anos de-pois, com o estouro da crisefinanceira internacional, onível caiu 0,31% e, em2009, com o agravamentoda crise, o nível de empregoindustrial caiu 4,5%.

De acordo com o diretorda Fiesp, a alta verificadana série com ajuste sazo-nal é apenas um "fenôme-no estatístico", provocadopelo baixo desempenhoverificado em novembro,quando, na série com ajus-te, o nível teve queda de0,8% ante outubro. "Ocomportamento individualdo mês de dezembro é de-vido à queda ocorrida emnovembro. Por isso, nãoacredito em recuperação."

Para Francini, o desem-penho "melancólico" da in-dústria paulista em 2011 foiconsequência de dois fato-res principais: taxa de câm-bio e tributos. "A taxa decâmbio é uma variável quepraticamente define a com-petitividade da produção e,no ano passado, ela não nosfoi favorável", disse. Sobretributos, ele voltou a criticaro que considera uma cargatributária excessiva e recla-mou da guerra fiscal entreestados da federação, quefavorece a importação. "Osbenefícios estaduais paraimportação são vergonho-sos", afirmou. (AE)

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sexta-feira, 13 de janeiro de 201218 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Não podemos aceitar a China como um comerciante justo.Roberto Giannetti da Fonseca, da Fiespeconomia

Brasil x China:

Reportagem da The Economist destaca que o Paísdeve transformar o desafio chinês em oportunidade

Uma relação de amore ódio. Esta é a vi-são sobre as rela-ções comerciais en-

tre Brasil e China destacada naedição desta semana da revistaThe Economist. A reportagemSeeking protection – China has be-come Brazil’s biggest economicpartner — and its most difficultone (Em busca de proteção: Chinase tornou o maior parceiro econô-mico do Brasil — e a sua maior di-f i c u l d ad e ), começa narrandouma típica cena carioca: o vai-e-vem dos motoristas no túnelque leva às praias de Copaca-bana e Ipanema – porém, brin-dados com a visão do "novo ereluzente" showroom da chi-nesa JAC Motors.

Apesar de o Brasil ter alto su-perávit na balança comercialgraças à China, o texto deixaclaro que a maioria das expor-tações para o país são de com-modities. Por isso, a presençados carros importados chine-ses – e de outros produtos ma-nufaturados, dos quais a ba-lança brasileira registra déficit– tem alarmado a indústria au-tomotiva do País e o governode Dilma Rousseff.

Segundo a The Economist, aChina se tornou, "com uma ve-locidade extraordinária", umimportante parceiro econômi-co do Brasil, já que o comércio

entre os dois países aumentou17 vezes desde 2002. Porém, osatritos entre os países aumen-tam tanto quanto a parceria.

Como principais hipóteses, aapreciação do Real, as altas ta-xas de juros, impostos elevados,infraestrutura precária e a faltade qualificação. "O Brasil en-frenta um grande desafio com-petitivo. As relações com a Chi-na apenas dramatizam isso",disse Sérgio Amaral, ex-minis-tro da Indústria que preside oBrasil-China Business Council.

O aumento de 30 pontos per-centuais do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados (IPI)em carros com menos de 65%de nacionalização em dezem-bro de 2011 – que penalizouprincipalmente os veículoschineses –, é considerado notexto "um ato flagrante de pro-tecionismo" da indústria brasi-leira, mas que deve violar as re-gras da Organização Mundialdo Comércio (OMC), da qual oBrasil é entusiasta. "Isso mos-tra a sensibilidade do governode Dilma Rousseff frente às re-clamações de que o País sofrecom a desindustrialização."

Como a demanda dos con-sumidores se mantém robusta,a maior fatia do mercado estáindo para importadores. A re-vista destaca o crescimento deimportação dos carros chine-

Liberdadeeconômica é

retraída no PaísOBrasil melhorou ligei-

ramente sua perfor-mance em um ano no

qual o resultado mundial caiu.Mas continua sendo conside-rado um país "majoritaria-mente não-livre" e fica aquémda média do planeta no Índicede Liberdade Econômica, cal-culado anualmente pelo cen-tro de estudos conservadorHeritage Foundation.

No ranking divulgado on-tem, feito em colaboração comThe Wall Street Journal, o País é o99º de 179 países, com 57,9 pon-tos – 1,6 ponto melhor do queem 2011, mas 1,6 ponto a menosque a média global.

O índice, que está em sua 18ªedição, é calculado a partir dedez quesitos avaliados com no-tas pelos especialistas da enti-dade pró-liberalismo econômi-co, divididos em quatro catego-rias: Estado de direito, limitesdo governo, eficiência regulató-ria e abertura de mercados.

Este ano, Hong Kong liderao ranking como o local domundo onde há maior liberda-de econômica (89,9 pontos),seguido por Cingapura (87,5) eAustrália (83,1). Na lanternaestá a Coreia do Norte (1), pre-cedida pelo Zimbábue (26,3) eCuba (28,3).

Melhora – Seguindo umatendência regional, o Brasilmelhorou sua pontuação emgastos do governo e liberdadefiscal, além de ter avançado emliberdades trabalhistas e liber-dade financeira. Manteve-seigual em liberdade de investi-mento e ao Estado de direito:liberdade de propriedade ecombate à corrupção – este úl-timo item é o pior (37 pontos).

E piorou na liberdade para

negócios, liberdade monetáriae liberdade comercial, emboraesses dois últimos itens sejamaqueles em que o País sobres-sai, com, respectivamente,75,8 e 69,7 pontos.

Números acima de 80 indi-cam países "livres"; de 70 a 80,"majoritariamente livres"; de60 a 70, "moderadamente li-vres"; de 50 a 60, "majoritaria-mente não livres" e, abaixo de50, "reprimidos".

Corrupção –"A presença doEstado em muitas áreas aindaé considerável, inibindo o de-senvolvimento de um vibran-te setor privado", diz o texto doranking sobre o Brasil. "Com-parado a outras economiasemergentes, o ritmo geral dareforma regulatória no Brasild e s a c e l e ro u . "

O País ficou, porém, à frentedos demais que compõe o Bric –Rússia (144), Índia (123) e China(138). Mas foi classificado abai-xo da média regional latino-americana, de 60 pontos e perdepara o Chile, em sétimo, o Uru-guai (29), o Peru (42), a Colôm-bia (45) e o Paraguai (79).

O texto também mencionacomo pontos negativos do Bra-sil as dificuldades para se abrirum negócio, a corrupção, a car-ga tributária considerada exces-siva e a limitação dos investi-mentos estrangeiros em algunssetores estratégicos, com teleco-municações e mineração.

Crise – De forma geral, a li-berdade econômica diminuiu0,2 ponto no mundo em 2012 –uma tendência desde o estou-ro da crise econômica global,em 2008. Dos países avalia-dos, 75 melhoraram seu de-sempenho, mas 90 deles pio-raram. ( F o l h a p re s s )

Desigualdade de renda ameaça os EUA

Fitch rebaixa rating de dois bancos da Hungria

Shannon Stapleton/Reuters

Procura porocupação: taxade desempregonos EUA paratrabalhadorescom seguro-desemprego foide 2,9% naúltima semanade dezembro doano passado.

Oprincipal economistada Casa Branca, AlanKrueger, disse ontem

que a desigualdade de rendanos Estados Unidos chegou aoponto em que a "classe médiaencolheu". Segundo ele, issoestá "causando uma divisãonegativa das oportunidades eé uma ameaça ao nosso cresci-mento econômico".

Krueger, que preside o Con-selho de Assessores Econômi-cos da Casa Branca, afirmouque "restaurar um grau maiorde equilíbrio no mercado de tra-balho norte-americano seriabom para as empresas, bom pa-ra a economia e bom para opaís", ao discursar no Centro pa-ra o Progresso Americano. Aconsequência do encolhimentoda classe média americana,alertou, é que "mais famílias caí-

ram para a ponta mais baixa dadistribuição de renda, e menosfamílias para a classe média".

Os comentários do econo-mista ecoam as declarações dopresidente Barack Obama emdiscurso recente, no Kansas,em que falou sobre desigual-dade e alertou para o que cha-mou de momento "hora daverdade" para a classe média.

Mas o economista da CasaBranca não se referiu aos co-mentários dos republicanos,sustentando seu discurso es-sencialmente em estatísticas.Ele afirmou que, nas últimasdécadas, os lucros crescerammais para os ricos e menos pa-ra os norte-americanos debaixa renda, em parte devidoa uma série de mudanças eco-nômicas e tributárias, como oimpacto dos computadores e

da automação.S it u aç ã o – Apesar do enco-

lhimento da classe média, asvendas no varejo dos EUA ti-veram leve alta em dezembro,com o aumento para automó-veis compensando uma quedanas vendas de eletrônicos, ali-mentos e gasolina.

As vendas no varejo subi-ram 0,1% em dezembro em re-lação a novembro, para um va-lor sazonalmente ajustado deUS$ 400,61 bilhões, informouontem o Departamento do Co-mércio. Na comparação comdezembro de 2010, as vendasavançaram 6,5%.

As vendas excluindo auto-móveis caíram 0,2% em de-zembro ante novembro, a pri-meira queda desde maio de2010. Os economistas previamum avanço de 0,3%. As vendas

excluindo automóveis e gaso-lina ficaram estáveis.

Já os números divulgadospelo Departamento do Traba-lho não são animadores. Onúmero de trabalhadoresnorte-americanos que entra-ram pela primeira vez compedido de auxílio-desempre-go aumentou em 24 mil, para399 mil, na semana encerradaem 7 de janeiro. Os economis-tas esperavam aumento de 8mil solicitações. Para a sema-na encerrada em 31 de dezem-bro, o número foi revisado emalta para 375 mil, de 372 milanteriormente informado.

A taxa de desemprego paratrabalhadores com seguro-de-semprego foi de 2,9%, na se-mana encerrada em 31 de de-zembro, inalterada em relaçãoà semana anterior. (Agências)

Aagência declassificação de riscoFitch rebaixou ontem o

rating de longo prazo dosbancos CIB Bank eKereskedelmi es Hitelbank, daHungria, da A para BBB comperspectiva negativa.

O rebaixamento reflete arecente decisão da Fitch derebaixar os Ratings deProbabilidade de

Inadimplência do Emissor(IDRs, em inglês) da Hungriapara dívidas de longo prazoem moeda local eestrangeira em uma nota,para BB+ (grau especulativo),de BBB- e BBB,respectivamente, comperspectiva negativa. A Fitchtambém rebaixou o IDR decurto prazo da Hungria paraB, de F3, e o teto-país em

duas notas, para BBB, de A-.Para a agência, o cenário

para o setor bancário daHungria continua negativo."Isso reflete os riscoselevados gerados pelaexposição a financiamentosem moeda estrangeira, oambiente recessivo (a Fitchprevê contração de 0,5% doPIB em 2012) e perdassignificativas devido às

elevadas perdas comprejuízos, além do especialalavancamento dos bancos eo projeto inicial parapagamento de hipotecas emmoeda estrangeira", justificaa Fitch. A geração negativa decapital interno da maioria dosbancos húngaros reduz acapacidade de financiar e deatrair financiamento e capitaldas matrizes, conclui. (AE)

entre o amor e oódio comercial.

ses em quase cinco vezes em2011, e as queixas de dumpingchinês em telefonia, móveis ecalçados.

A resposta do governo, se-gundo a The Economist, é umamistura de curto prazo de me-didas protecionistas com pas-sos modestos para mudançasconstrutivas de longo prazo. Oaumento do IPI, que pretendiaapressar montadoras a se ins-talar no Brasil parece ter fun-

cionado: JAC Motors, BMW,Jaguar e Land Rover, da TataMotors, anunciaram planos deconstruir fábricas aqui desde oanúncio da alta do imposto.

Se a política industrial, des-taca a reportagem, apresentacorte experimental na folha depagamento de impostos, auto-ridades se esforçam para sa-lientar que o principal impulsoé aumentar competitividade epromover inovação, educação

superior e treinamento.Porém, a indústria brasileira

não acredita em proteção con-tra a eficiência, disse RobertoGiannetti da Fonseca, da Fede-ração das Indústrias do Estadode São Paulo (Fiesp). "Mas nãopodemos aceitar a China comoum comerciante justo", disse.

Para reduzir tensões comer-ciais, dois pontos têm desta-que. Um é que o investimentochinês no Brasil está decolan-

do. O segundo é que o Real sedepreciou 17% frente ao dólardesde seu pico, em julho.

O protecionismo pode nãosó aumentar preços no Brasil,mas enviar mensagens erra-das às empresas. "Na AméricaLatina, o comércio com a Chi-na cresce. O Brasil deve lideraro movimento para derrubarbarreiras comerciais, e trans-formar o desafio chinês emoportunidade", disse Amaral.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARRNº 400 A Inflação do Carro da Agência AutoInforme fechou o ano de 2011

com uma alta de 7,86%, índice acima da inflação medida pela FIPE,que foi de 6,55%. As maiores altas entre os itens pesquisados na cestade peças, serviços, impostos, combustíveis e seguros, foram o álcoole o estacionamento. O combustível ficou 15,4% mais caro eestacionar custou ao motorista 14,5% a mais em 2011.

C180 CGI

A estrela deentradaPara quem quer um belo carro importado, estaMercedes-Benz é um boa opção. Por R$ 118 mil elafaz de 0 a 100 km/h em 8,7s e alcança 224 km/h.

Divulgação

Beleza e charmecom boa relaçãocusto-benefício

ANTÔNIO FRAGA

Quando pensamosem carros de luxo,com preço mais oumenos acessível ,

nosso pensamento sempre re-cai nos alemães MercedesBenz, Audi e BMW. Modelode entrada da Mercedes Benzclasse C no Brasil, o C180 CGI(Charged Gasoline Injection)é mais ou menos um bomexemplo disso, mas com umavantagem: tem preço acessí-vel. Logicamente se levandoem conta que é importado e éuma Mercedes Benz. Por R$118 mil você pode estacionareste belo modelo da marcaalemã na sua garagem. Claroque isto também depende doseu saldo bancário.

Diferente do irmão C 180 K,que custa dois mil a mais, oCGI tem motor com turbocompressor, que é movido pe-los gases gerados do escapa-mento, ao invés do modeloKompressor, que tem com-pressor que é acionado porcorreia ligada diretamente aomotor. A única desvantagemé uma pequena demora nareação, coisa quase desperce-bida para a grande maioriados motoristas.

O desempenho do C180 ésuperior aos modelos da suacategoria e se destaca, quan-do usado de maneira tranqui-la, pela economia de combus-tível. O motor é um quatro ci-lindros, de 1796 centímetroscúbicos, 156 cavalos de po-tência máxima a 5 mil rpm ecâmbio automático de setevelocidades.

Durante a avaliação, o C180CGI atingiu a velocidade má-xima de 224 km/h e aceleroude 0 a 100 km/k em 8,7 s. Sãonúmeros muito bons para asua categoria. Completandoesses dados de desempenho,outro interessante é o de ace-leração, que registrou de 60 a100 km/h, 4,5 s.

Outros resultados, mais in-teressantes ainda: referem-seao consumo: o CGI, ChargedGasoline Injection, tem injeçãodireta de combustível com altapressão, destinando o com-bustível diretamente nas câ-maras de combustão, na quan-tidade exata, não gerando des-perdícios. Isso é comprovadopelos resultados dos testes. Nacidade 9,6 km/l e na estrada13,1 km/l, valores de carros debaixa cilindrada e mais leves, e

sem todo o conforto e status deuma Mercedes Benz.

O design do C 180 CGI émuito elegante e bonito, man-tendo o tom clássico da marca,

mas com uma leve tendênciapara o esportivo. Ou seja, omodelo agrada praticamentetodos os consumidores.

Por dentro, levando-se em

conta a sua categoria, é espaço-so e acomoda muito bem qua-tro passageiros. O espaço paraos passageiros do banco trasei-ro, desde que o motorista eacompanhante dianteiro nãoseja uns gigantes, é excelente.A posição de dirigir é boa e é fá-cil achar o ponto ideal. O vo-lante tem boa empunhadura,diversos comandos no centro,com regulagens de altura eprofundidade, mas o plásticopreto na parte inferior que po-deria ter melhor aparência.Os bancos de couro acomo-dam bem o motorista, mas la-mentavelmente não tem co-mando elétrico de distancia,só de altura e encosto. Parauma Mercedes Benz é estra-nho. Outra coisa que fica de-vendo para um carro de suacategoria, e hoje disponível

até em carros quase popula-res, é a falta de sensor de esta-cionamento. Para um sedandesse tamanho, iria ajudarmuito. E não tem, na tela cen-tral, nenhum tipo de navega-ção. Mas, afinal, estamos fa-lando de um de um MercedesBenz que custa R$ 118 mil.

Os comandos estão bem aoalcance do motorista, fazendoa condução muito prazerosa.

A estabilidade é, como con-vém à marca, muito boa etransmite tranquilidade emquase todas as situações, mes-mo em velocidades mais ele-vadas. Por isso, para quem de-seja um carro com bom desem-penho, econômico, designa t r a e n t e e p o r u m p re ç oatraente, o C180 CGI é uma dasboas opções no mercado. E,além de tudo, é uma estrela.

EM DETROIT

MUDOU TU D O NO FU SIO NFord fez mudanças no design e mecânica no seu carro

P rimeiro sedan da Ford aoferecer versões a gasoli-

na, híbrido e híbrido plug-in, onovo Ford Fusion foi apresen-tado à Imprensa no Salão deDetroit, nos EUA.

O carro, que chega aindaneste ano ao Brasil, veio comvisual realmente arrojado, co-mo divulgou a marca norte-amer icana.

Nas suas três versões, a S, aSE (a que mais chances tem devir para o nosso mercado) e atop de linha Titanium, o Fusionoferece, para o mercado dosEUA e Europeu, a maior ofertade motores do segmento.Além das versões híbrida e hí-brida "plug-in", são dois moto-res EcoBoost de quatro cilin-dros e um motor naturalmenteaspirado de quatro cilindros. E,além disso, conta com o siste-ma automático "start-stop",quando o motor, em pontomorto, é desligado e religado

automaticamente, quando seengata o "D". Ele também ofe-rece versões com tração dian-teira ou integral e a opção detransmissão automática oumanual de seis velocidades.

O EcoBoost 1.6 l, segundo amontadora, será o mais econô-mico entre os motores quatrocilindros não híbridos: até 11km/l na cidade e 15,7 km/l naestrada. Este mesmo motor, de2.0 l, na versão de performan-ce e transmissão automáticaSelectShift (borboletas atrásdo volante) de seis velocida-des, oferece opção de traçãointegral capaz enviar torqueadicional à traseira.

No Hybrid, o novo motor, 2.0l, é menor que o anterior, 2,5 l,mas com o mesmo padrão dedesempenho, segundo a Ford.Novas baterias de íons de lítioaumentaram da velocidademáxima com tração elétrica,de 75 km/h para 100 km/h.

CO N C E I TO S NISSANPathfinder e NV200. Um dia eles chegam ao mercado.

Pathfinder ganha visual diferente e ...

... também novos motor e câmbio

O conceito elétrico e-NV200

A julgar pelos últimos modelos decarros conceito que a indústria

vem mostrando por salões em todo omundo, e que logo são colocados à ven-da, até o final deste ano a Nissan vai tera nova Pathfinder e a van e-NV200 -apresentados no Salão de Detroit, nasua rede de revendas.

E o Brasil, a "bola da vez" no setor,certamente estará contemplado, aomenos com o utilitário esportivo, queserá lançado no segundo semestre, nosEstados Unidos. O outro, elétrico, ain-da não tem mercado aqui, já que o Bra-sil não tem ainda uma política para ouso de carros elétricos, é um verdadei-ro, "cocept car", nos moldes do séculopassado, quando passavam-se váriosanos até que fossem colocados à dispo-sição do consumidor.

Fábrica "aposta" -A mudança no uti-litário esportivo é tal que a fábrica afir-ma estar "reinventando o Pathfinder".Não existem muitas informações dis-poníveis sobre o veículo, salvo pelo seutrem de força.

O novo motor V6 é "refinado" e virá

com a nova geração da transmissãoCVT (continuamente variável), a mes-ma que equipa, por exemplo o NissanLivina e outros modelos da marca avenda no mercado brasileiro.

Juntos, motor e câmbio darão, ga-rante a fábrica, uma incrível economiade combustível de 25% em relação aoconjunto anterior.

O Pathfinder, um dos modelos demaior sucesso no mercado norte-ame-ricano, que tem boa aceitação tambémpor aqui, é um dos 20 novos produtosque a marca japonesa lançará no mun-do neste ano de 2012.

O espaço para sete pessoas continuae o veículo mostra a tendência da novalinguagem do design da marca.

Elétrico 100% - Com emissão zero, ae-NV200 vem equipada com

uma bateria de íon-lítio de 80 KW, de48 células compactas, conectada a ummotor elétrico que gera 280 Nm (28,5mkgf) de torque. A Nissan crê no po-tencial do modelo para sua produçãoem massa.

A sua frente, extremamente larga,acompanha as grandes janelas diantei-ras, formando com a traseira alongadae o teto em vidro um confortável am-biente interno para cinco pessoas.

O painel da van é central e plano, quese assemelha e interage, segundo a fá-brica, na forma de um tablet.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 201220 DIÁRIO DO COMÉRCIO

turismo

B odrum,maravilha no

litoral daTu rq u i a .

No sudoeste do país, banhada pelas águascristalinas do Mar Egeu, a península de Bodrum está

cada vez em evidência. Destino para ir em 2012

Fotos: Flavia Perin

Türkbükü (acima), uma das praias charmosas. No roteiro, resquíciosdo Mausoléu ( à esq., acima) – Maravilha do Mundo Antigo.

Mulheres na região do vilarejo de Etrim, famoso pelos tapetes.

Flavia Perin

Cada vez mais bada-lada entre os brasi-leiros, Bodrum, naporção sudoeste da

Turquia, está encravada emum trecho de litoral que lem-bra a Grécia, a vizinha de fren-te. A fama mundial que estajoia turca vem ganhando podeser explicada pelas águas doMar Egeu, cristalinas e de umazul profundo, contornadaspor imponentes encostas ro-chosas. Mas há mais: salpican-do a península, hotéis luxuo-sos dividem espaço com res-taurantes, bares e lojinhas – tãoescondidos e charmosos.

O luxo convive em harmo-nia com o rústico, assim comoos turistas logo se misturam apescadores, mergulhadores,gente do povo. A simpatia e ojeito tranquilode levar a vidados nativos sesobrepõem àb a r re i r a l i n-guística e ser-vem como umconvite a diasde doce con-templação.

Vale, porém, investigar osvestígios do passado, presen-tes onde quer que se vá em Bo-drum. Disputada por persas,bárbaros e otomanos, entre ou-tros povos, e dominada porAlexandre, o Grande, a cidadeganhou reconhecimento mun-dial graças a seu principal rei,Mausolo, que após sua morteteve ali construído um túmulomonumental, o Mausoléu,uma das Sete Maravilhas doMundo Antigo. Seus resquí-cios podem ser vistos entre ume outro passeio mais "despre-tensioso", como navegar emum gulet, barco à vela tradicio-nal com dois mastros de ma-

deira e a melhor maneira demapear a península.

De gust açã o – Outro pro-grama inevitável é degustar ossabores locais. Peixes e frutosdo mar frescos, em refeiçõesque se transformam em rituais,bem à moda turca. Em Gümüçcs-lük, restaurantes pé na areia,sempre enfeitados com flores ecabaças coloridas, oferecem umsem-fim de pescados e os famo-sos "mezes", tipicidades culiná-rias servidas em cumbucas.Numa das pontas da praia estáo Mimoza. Seja pelos sedutoresdetalhes da decoração ou a tri-lha sonora refinada, que vai demúsica grega a francesa, esterestaurante entrará na lista deboas lembranças da viagem.Saboreando a comida e con-templando a vista de cima do

d e q u e s o b reuma piscina na-tural, dá para

gastar facilmen-te, sem sentir, boas e

gostosas horas.Ainda em Gümüçcslü k,

o Karafaki Restaurant deixaque o cliente escolha, a partirde uma apetitosa vitrine, os in-gredientes que irão comporseu meze. E, para assistir aopôr-do-sol, vá ao Limon, namesma vizinhança: uma dasmelhores visões da costa doMar Egeu. Estilo hippie chi-que, o bar-restaurante tem óti-mos drinques.

Outra praia que vale a visita,e também repleta de bares erestaurantes charmosos, éTürkbükü. Já no agitado cen-trinho de Bodrum, há pontosmais turísticos. Entre os ret-saurantes, o Iskele, para seguircom a dobradinha peixes e me-zes, e o Kocadon, tradicional,onde se escapa dos pescados eprovam-se massas e carnes em

versões requintadas.Tapetes turcos – Como não

citar os célebres tapetes da Tur-quia? Vistos por todo lado, es-tão à venda em galerias da cida-de. Se a proposta é conhecer deperto a produção, o vilarejo ru-ral de Etrim, no vale de Mum-cular, é o lu-gar ideal. Emcasebres depedra, tecelãsexibem suaarte, enquan-to os homensda família ne-gociam, entreum chá ou café turco e outro, opreço que vale cada trabalho.Tapetes, kilims e sumaks (tipode kilim com motivos animais edetalhes bordados em seda)são feitos a partir de uma sim-bologia de formas e cores; ostons característicos da tapeça-ria da região são verde, verme-lho e cru, em variantes maissuaves. Tire os sapatos ao en-trar na sala onde estão expos-tos, sinal de respeito à tradição,e sinta as texturas dos que estãoestendidos no chão. Então, boanegociação!

Relíquias do passado – Devolta ao acervo histórico de Bo-drum, o Mausoléu de Halicar-nasso será apenas um dos di-versos pontos importantes daHistória preservados nesta ricaparte do solo turco. Neste local,a propósito, restaram as peçasque não foram tomadas pelosconquistadores que vieram emseguida, boa parte delas utili-zada pelos Cavaleiros de SãoJoão no século 14 para a cons-

trução do Castelo de São Pedrode Halicarnasso, cartão-postalda península. Dentro do caste-lo, o Museu de ArqueologiaSubaquática mantém artigosdescobertos submersos na re-gião – incluídas ânforas (espé-cie de jarro) resgatadas des-

de o século14 a.C., umadas maiorescoleções des-te objeto nomundo.

Ce rt ifi qu e-se, ainda, depassar pelo

antigo Anfiteatro de Bodrum,para 13 mil pessoas, à beira darodovia que segue para Güm-bet, e pelo Portão de Myndos,velha porta ocidental da cidadecercada por Mausolo, em 364a.C., para protegê-la dos ata-ques de Alexandre, o Grande esuas tropas.

Mais históriana viagematé Éfeso

A primeira biblioteca daHumanidade (acima).

No caminhopara Éfeso,a três horasde carro de

Bodrum,parada na

Casa de Maria(ao lado). Já na

antiga cidadegreco-romana,

descubraruínas e

monumentos.

Acerca de três horasde Bodrum, Éfeso étida como uma das

mais bem-conservadas ci-dades greco-romanas domundo, o que por si só jus-tifica a esticada no roteiro.Duas paradas pelo cami-nho: Euromos, que man-tém de pé magníficas colu-nas do Templo de Zeus,santuário erguido no sécu-lo 6 a.C., e a Casa de Maria,onde a mãe de Jesus teriamorado em seus últimosanos de vida. Ali, uma cape-la atrai milhares de visitan-tes em devoção.

Éfeso, por muito tempo asegunda maior cidade doImpério Romano, atrásapenas da capital Roma, éum deleite para apreciado-res de História e Arqueolo-gia. Ruínas, templos, mo-numentos e avenidas de-monstram claramente agrandiosidade deste perío-do. Destaque para a primei-ra biblioteca da Humanidade, da qual está mantida asuntuosa fachada, a Livra-ria de Celsus e restos doTemplo de Ártemis (ou deDiana), de 550 a.C., outradas Sete Maravilhas doMundo Antigo. (FP)

RAIO XCOMO CHEGARA Turkish Airlines (tel. 11/3371-9600,www.flyturkish.com.br) tem voosdiretos entre São Paulo e Istambul, deonde se pega a conexão pela mesmacompanhia a Bodrum. A partir deUS$ 1.259 o bilhete ida-e-volta, semas taxas.

ONDE DORMIRKempinski Hotel Barbaros Bay:Kizilagac Koyu, Gerenkuyu MevkiiYaliciftlik, www.kempinski.com. Umdos melhores de Bodrum.Am a n ru ya : Bülent Ecevit Cad., DemirMevkii, Göltürkbükü, www.amanresorts.com. Novidade no destino.The Marmara Bodrum: Yokuçcs b a çcsi

Mh., Bodrum Peninsula, Turke,www.themarmarahotels.com. Ótimapedida mais econômica.

ONDE COMERM imoza: Yali Mekvii, tel. (90-252) 394-3139, www.mimoza-bodrum.com.Limon: Yali Mekvii nº 1, tel. (90-252)394-4044, www.limongumusluk.com.Karafaki Restaurant: Yali Mekvii, tel.(90-252) 394-4817.Is ke l e : Çarçcsi Mah. Çarçcsi Sok. nº 11/D,tel. (90-252) 313-6363.Koc adon: Saray Sokak nº 1, tel. (90-252) 316-3705, www.kocadon.com.

AONDE IRMausoléu de Halicarnasso: Turgutreis

Caddesi. Fecha segunda-feira.Castelo de São Pedro deHalicarnasso/Museu de ArqueologiaSubaquátic a: www.bodrum-museum.com. Fecha segunda-feira.

FAÇA AS MALASMo eda: nova lira turca.Fu s o : mais seis horas em relaçãoa Brasília.Melhor época: em julho e agosto éalta temporada. Se quiser pegar calormas menos agito, vá em maio, junho,setembro ou outubro.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

Sherlock: mais ação e sombras.

Sequência traz o arquivilão Professor James Moriarty

Robert Downey Jr., oprotagonista, veio ao

Brasil para o lançamentode Sherlock Holmes:O Jogo de Sombras.

Ator conversoucom o

Diário doComércio

sobre o filme.Ele diz admirar

"a devoçãoe o humor"do detetive.

Lúcia Helena de Camargo

Foto

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A dupla é acompanhada de Madame Simza Heron (Noomi Rapace, foto no alto).

M aiores doses deação e um enre-d o m a i s b e mamarrado dife-renciam Sherlo ck

Holmes: O Jogo de Sombras, que es-treia nesta sexta (13) do primeiro fil-me, Sherlock Holmes, de 2009. Ro-bert Downey Jr. continua a encarnaresse Sherlock vigoroso, que se en-volve em perseguições e usa armasde fogo. O ator, que veio ao Brasil pa-ra o lançamento, compareceu à pré-estreia no Rio de Janeiro, distribuiuautógrafos aos fãs que o aguarda-vam na entrada do Cine Lagoon nanoite da última segunda-feira e con-cedeu entrevista à imprensa.

O Diário do Comércio quis saberqual a característica de personali-dade do detetive criado por ArthurConan Doyle ele achava a mais in-

casos. É também dotado de umamoral límpida. E as histórias sãomuito engraçadas."

Em Sherlock Holmes: O Jogo deS ombras, John Watson (Jude Law),prestes a se casar com Mary (KellyReilly) cai na bebedeira e na jogati-na, antes de ajudar Holmes no casocontra ninguém menos do que oprofessor James Moriarty. O arquivi-lão, vivido brilhantemente nas telaspor Jared Harris, não sofre de mo-déstia de propósitos. Ele quer nadamenos do que dominar o mundo.

M ulheres - A companhia femini-na mais constante dos detetivesdesta vez é a cigana Madame SimzaHeron (Noomi Rapace), que lhesabre caminhos inusitados. E RachelMcAdams faz breve aparição comoIrene Adler, a única mulher em todosos tempos que conseguiu tocar a al-

ma do reservadodetetive inglês.

Fri o - Entre ascenas que exigi-ram mais dos ato-res está aquela ro-dada na florestagelada, na Alema-nha. Eles corrementre árvores, en-quanto a trilha so-nora se encarregade dinamizar ain-da mais a sequên-cia, no típico estiloGuy Ritchie. Ao vê-la, você não temd ú v i d a d e q u eSnatch - Porcos eDiamantes ( 200 0)e R o c k ' n R o l l a(2008) saíram dam e s m a l a v r a .Downey Jr. relem-

bra que filmavam na época do Natal."Estava extremamente frio e tínha-mos que fazer o trajeto muito rapi-damente. Não foi fácil. A cena é amarca do Guy Ritchie. E nos esforça-mos até tudo sair como ele queria."

D ublê - Algumas das demais ce-nas de ação foram feitas por dublês,admite o ator. "Participo bastantedas lutas. Porém, quando há algo pe-rigoso, eles não me deixam fazer. Detodo modo, qualquer ator que dizque faz ele próprio todas as cenas deação é um mentiroso", sentencia.

D rag - Para mostrar que a perspi-cácia não está na herança genética,é apresentado Mycroft Holmes (Ste-phen Fry), irmão de Sherlock quetrabalha como funcionário público.E Eddie Marsan encarna o pateta ins-petor Lestrate, sempre alguns pas-sos atrás na investigação. As trapa-lhadas do policial são mais risíveisneste segundo longa. Mas a audiên-cia poderá rir também dos hiláriosdisfarces de Holmes. Entre eles, umaespécie de drag queen que aparecena cena do trem. Essa foi contribui-ção direta do protagonista, que nar-ra ter lido no roteiro a instrução parase fantasiar de padre. "Padre me pa-receu comum demais... batido...Achei que ficaria mais engraçado sefosse uma drag. E sugeri. Eles aceita-ram e assim foi feito. Eu gostei do re-sultado", narra Downey Jr. Ao finaldessa sequência o ator aparece como batom borrado, o vermelho pu-xando para cima a curva da boca. Se-ria uma referência ou homenagemao Coringa, de Batman? Não. Ele afir-ma que sua inspiração para comporo visual foi, na verdade, Robert Smi-th, do grupo The Cure (conhecidopelo visual extravagante, de cabelosrevoltos e batom forte).

Sherlock Holmes: O Jogo de Som-b ra s , que chega a cerca de 400 salasno País, foi produzido pela esposa

do protagonista, Susan Downey, eLionel Wigram. O filme estreou nosEstados Unidos em 16 de dezembroe já fez US$ 158 milhões em bilhete-ria doméstica. Deve bater facilmen-te os US$ 209 milhões alcançadoscom o primeiro filme. É quase umconsenso entre críticos que o se-gundo filme é melhor do que o pri-meiro. "No anterior, as pessoas fo-ram legais conosco. Agora estamosmais profissionais e oferecemos umproduto mais bem acabado", dizDowney Jr. Ele não descarta a hipó-tese de ser feito um terceiro filme.

S otaque - Em nome do perfec-cionismo, o ator relata ter treinadoexaustivamente para conseguiratuar com o sotaque britânicosoando natural. Elogiado pelo re-sultado, diz: "A única coisa mais di-fícil do que fazer um sotaque corre-tamente é ter depois uma porçãode críticos dizendo que o seu sota-que é uma porcaria."

Sherlock Holmes: O Jogo deS ombras (Sherlock Holmes: AGame of Shadows,EUA/Inglaterra, 2011, 129minutos). Elenco: RobertDowney Jr, Jude Law, NoomiRapace, Rachel McAdams,Jared Harris, Stephen Fry, KellyReilly, Eddie Marsan.

Rachel McAdams é Irene Adler, única mulher a abalar Sherlock.

teressante. Downey Jr afirmou que"a devoção e o humor" são as qua-lidades que mais aprecia no perso-nagem, aquelas que incorporou àsua interpretação. "Muita gente fa-la que Sherlock é esquisito. Sim, eleé. Todos somos esquisitos de algu-ma maneira. Claro, tinha que ser es-tranho de uma forma bem particu-lar para interpretá-lo. Mas isso nãoé o principal. A devoção dele, a per-sistência, a profunda dedicação, es-sas são dignas de nota. Você real-mente confia que ele vai resolver os

Watson (Jude Law, à esq.) cai na bebedeira antes de se casar. Downey Jr. no Rio: assédio de fãs na pré-estreia do Cine Lagoon.

Moriarty: vivido por Jared Harris com a dose certa de cinismo no olhar.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 201222 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ROSI CAMPOS

Aventuras de umaquerida eamigável bruxa

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Atriz volta aos palcos em A Saga daBruxa Morgana e a Família Real,

contando histórias sobre a Família Realportuguesa e o Brasil-colônia.

Victória Brotto

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Espetáculo estreianeste sábado (14),

no Teatro RaulCortez (Centro deSão Paulo), onde

pretende ficar até ofinal de maio.

o autor da peça Alonso Alvarez.Na conturbada chegada da Corte

no Brasil, o castelo de Morgana é aúnica construção à altura da realeza.Os bruxos bons, Mindlin e Erudito(tio de Morgana), preparam umafesta de recepção aos ilustreshóspedes. Sempre de olho no L i v rode Areia, os anfitriões fazemde tudo para protegê-lo das garrasda bruxa má, Wiloa, e de sua fielserviçal, Zillah.

História e bruxaria

Entre o entrelace das confusasnarrativas historiográficas da FamíliaReal portuguesa e das bruxariasimaginadas por Alonso Alvarez, adramaturgia promete ser épica,didática e divertida. "A vinda daFamília Real é somente pano defundo, mas claro que queremosdespertar o interesse da criança emrelação à História", afirmou a diretorada peça, Christiane Tricerri.

Segundo Tricerri, Alvarez e RosiCampos, as peças infantis devemcaminhar sempre sob a mesmalinha, "a do conteúdo". Para os três,em coletiva dada à imprensa natarde de ontem, o tratamento com acriança deve mudar - dentro e foradas peças. Para a atriz, "a criança hojebusca por conteúdo. Harry Potterquebrou essa ideia (de futilidade). Seuma criança espera pra ler um livrode 700 páginas, é porque ela querisso. E ela (autora da saga, J.K.Rowling) soube trabalhar essa coisaarquetipal de maneira inteligente".

No mesmo rumo, a diretoraTricerri disse que "às vezes, a gentetem a ideia de que a criança éimbecil. Ainda se tem muitodescuido para com a criança, detratá-la sem conteúdo. Claro quetemos que fazer adaptações senãofica chato."

Rosi e Morgana:

"Pra mim ela já é algo que está umpouco fora de mim, uma entidade.Qualquer grande personagem, temisso: não sou só eu não, tem algumacoisa aí fora que está me orientando.Tem essa coisa de você não sedesvencilhar. A Morgana é uma coisaque eu me sinto muito confortável,eu não tenho que me preparar. Temsó essa coisa de mantê-la com muitocuidado, com muito carinho.

Eu a adoro porque é uma bruxade que ninguém tem medo. Todomundo tem uma tia, uma avóbacana que contava história.Aliás, contar histórias é realmenteuma coisa incrível. Toda vez quevocê conta uma boa história, umalenda bonita, momentosespeciais são criados – tudo o quepuder te levar pra outro mundo ébacana", disse Rosi Campos.

Teatro Raul Cortez.Fe Co m é rc i o - S P . Rua Dr. PlínioBarreto 285, Bela Vista. Sessões apartir de sábado (14). Sábados edomingos. 16h. Tels.: 3254-1700e 3254-1631.R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Contar histórias é realmente uma coisa incrível. Toda vez que você conta umaboa história, uma lenda bonita, momentos especiais são criados.

Rosi Campos

Depois de passar por cinema,televisão e teatro, RosiCampos volta aos palcos da

cidade de São Paulo com o seu"personagem-entidade", aBruxa Morgana contadorade histórias. Não se tratamais do Castelo Rá-Tim-

B um, programa da TVCultura no qual a bruxanasceu e ganhou forçae visibilidade noambiente das artescênicas do Brasil e deoutros países daAmérica Latina. Depoisdos picos no Ibope dedez pontos, quando atia-bruxa fazia parte do

mundo de Doutor Victor, Nino,a cobra Celeste, a linda Penélope, ascrianças Pedro, Zeca, Biba e Sr.Abobrinha, agora Morgana "tem luzprópria" e decide trilhar outras rotas,as rotas da Família Real portuguesaem direção ao Brasil-colônia,engatilhadas no ano de 1807. A peçaA Saga da Bruxa Morgana e a FamíliaReal estreia neste sábado (14), noTeatro Raul Cortez (Centro de SãoPaulo), onde pretende ficar até ofinal de maio.

Livro de Areia

Em novembro de 1807, naconfusa e destrambelhada fuga daFamília Real das tropas do imperadorfrancês Napoleão Bonaparte, todo oacervo da biblioteca nacional vemnas embarcações. E é ai que se dá oprimeiro e principal nó: entre osmilhares de livros, está o Livro deA reia, uma obra infinita e encantadaque nunca volta a uma página já lida.Os bruxos brasileiros sabem disso,mas sabem também que se ele cairem mãos erradas, os efeitos podemser catastróficos. "Jorge Luis Borgesdiz que a forma de ocultar algumacoisa é jogá-la num bosque.E com livro é a mesma coisa, umaforma de ocultá-lo é jogá-lo numabiblioteca. E como esse livro era umlivro perigoso, decidimos largá-loem um biblioteca", explicou Ro

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura METRÔ DAS ARTESFALA UM MITO

Coquetel de lazer

Cores surpreendentes.Passeando no metrô.

Rita Alves

Na estação de metrô, ocomum: passosapressados. Em um dos

pisos, a surpresa: passos de balé. Asposes dos dançarinos estãocongeladas na estação Brás, Linha3 - Vermelha, dentro da exposiçãoDança das Imagens, uma dasatrações culturais que marcam oretorno do projeto En co n t ro s .

A iniciativa, em prática desde2010, acontece graças aCinemagia, empresa vencedora,por meio de uma licitação, dodireito de desenvolver o projetoem 18 estações, durante o períodode 10 anos. Bom para os usuáriosque, entre uma e outra viagem,podem encontrar pelo caminhoapresentações musicais, filmes,obras de arte, teatro, oficinas etc.

Este ano um dos destaques daprogramação é a dança. Entre asatividades temáticas está a mostraexposta no Brás, Dança dasImagens. Na estação, 18 fotografiasda São Paulo Companhia de Dança(SPCD) exibem cenas decoreografias apresentadas duranteos quatro anos de vida do grupo."Estamos felizes que isso iráacontecer no metrô, onde asimagens da Companhia ganharãoainda mais movimento pelosolhares das milhares de pessoasque passam pelas estaçõesdiariamente", comemora InêsBogéa, diretora da SPCD .

Além da exposição fotográfica,os usuários que passarem pelaestação no próximo dia 28, às 17h,poderão ver ao vivo um espetáculo

de dança. "Um grupo dedançarinos fará uma apresentaçãoimprovisada e o público poderáinteragir com eles", informa LiaPinheiro, diretora do ProjetoEn co n t ro s . No mês de fevereiro é avez da estação Paraíso receber aexposição e, no dia 11 do mesmomês, os bailarinos. Em março, asfotos seguem para a Luz, palcopara os dançarinos no dia 17.

De acordo com Lia, a estaçãoParaíso é a que comporta o maiornúmero de atividades. E foi nelaque o En co n t ro s estreou. "Ela é umaboa vitrine para o projeto e estábem localizada, em um pontoestratégico que liga duas linhas." Oespaço, localizado sobre aplataforma Tucuruvi, abrigaatrações diárias, distribuídas em

um espaço de 600 metrosquadrados. "As estações variammuito de tamanho e estrutura e oprojeto se adequa a cada espaço",explica a diretora. Ela ainda contaque o público participante ébastante diverso. "Não dá paratraçar um perfil. O público é muitovar iado."

Mas uma atração conseguefascinar a maioria: os shows."Música é sempre um sucesso",afirma Lia. "As atividades de dança,especialmente as aulas, tambématraem muita gente." Quer fazerparte da plateia? Então marquepresença nesta sexta (13), às 17h,na estação Paraíso. É lá que ogaitista Alex Dupas se apresenta,acompanhado pelo violinista eguitarrista Thiago Rabay. Além de

muito blues, haverá ainda um bate-papo com os usuários no local.

Se o tango lhe agrada mais,grave o nome da dançarinaGuadalupe Palomero (à esq.). Ela éa atração da estação Paraíso, nopróximo dia 30, às 17h, dentro doevento Encontros de Dança.

No mesmo dia 30, na estaçãoSão Bento, ao meio dia, o show ficapor conta do contrabaixista ecompositor Manoel Cruz (no topo).O músico mistura jazz com sotaqueregional, baião e samba, maracatue forró. Além da apresentação nometrô, o resultado pode ser vistotambém no CD e DVD Under myS oul.

Atente ainda para as trêsapresentações especiaisprogramadas para comemorar o

Ano Novo Chinês, um dos períodosmais importantes na tradiçãochinesa. Um dos encontros nometrô acontece na estação Luz, nodia 19, ao meio-dia, data em que opúblico poderá assistir à tradicionalDança do Dragão.

Os fanáticos por futebol têm seuespaço na estação Corinthians-Itaquera, na Zona Leste, com oMemorial do Corinthians. Além deencontrar a história do clube pormeio de fotos, réplicas de troféus eimagens em tamanho natural dosídolos, o usuário torcedor podeaproveitar o espaço G ramado p a raconhecer uma série de camisashistór icas.

A programação completa doprojeto En co n t ro s está no sitewww.projeto encontros.com.br.

Ângela Maria: volta afinada.André Domingues

O título Eu Voltei, dadoao recém-lançado CDde Ângela Maria,

pode parecer um exagero, poistem pouco a ver com algumabandono de carreira. Aos 83anos de idade, ela nunca paroude cantar e dar entrevistas,apenas ficou longe dasgravações por uns tempos.Voltei, contudo, é uma palavraque toca a fundo o coração dosseus admiradores. Aconteceque, para quem a conheceu noauge da popularidade, nosanos 50, resta a impressão deque fica muito, mas muitolonge daqui o mundo em quereinou Ângela Maria,dominado pelo rádio, pelosdiscos de 78 rpm, pela Revistado Rádio, pelas boates e pelaschanchadas cinematográficas.Toda aparição que lembre obrilho daquele tempo soa,portanto, como uma volta.

O novo disco segue essalinha ao retomar, em

Estranho (de Dalto e CláudioRabello), entre outras. Aí, aocontrario de aproximar, ela sedistancia. Fica na sombra dosintérpretes mais novos queconsagraram essas canções e,francamente, ser coadjuvantenão é sua vocação.

Como foi voltar a gravardepois de quase umadéc ada?

Ângela Maria: Eu nãoqueria gravar há 8 anos poressa confusão no ramo dasgravadoras, que estavamlevando muito prejuízo com apirataria. Algumas atéfecharam e dispensaram seuscantores. Quis fazer um discode 80 anos e não foi o que euesperava, então eu disse “fui!”,Com o passar do tempo, meumarido e empresário achouque eu não estava certo, já queeu continuava sendo muitoexigida pelos fãs, shows,programas de rádio e tv. De

É muita responsabilidadeser uma das últimasrepresentantes de toda umae ra ?

É, sim. Só sobramos eu e oCauby, e a nossaresponsabilidade é muitogrande, temos que fazer tudode bom, porque as pessoasque ouvem não eram nascidasnaquela época.

Qual é o grande tesouroda sua geração a serd e fe n d i d o ?

O grande tesouro é o ritmoem que a gente cantava, osamba-canção, e o capricho nainterpretação e na qualidadeda voz.

Sempre que falam naherança que sua obradeixou, lembramElis Regina. Você enxerganela muito de si?

Não, ela falou que meimitava no começo da carreira,mas eu nunca notei isso.E não falo como crítica. Eugostava muito dela cantando,do timbre dela. Tambémdisseram que foraminfluenciadas por mim essasque chegaram um poucodepois, a Marrom [Alcione], aGal Costa, mas não noto nadade mim nelas, não.

Então, apesar das pessoasgostarem muito, não houvesequência do que você fazianas novas gerações?

Não houve, não.

Depois de tantos anos deestrada, como sente a suavoz ?

Eu abaixei dois tons ou umtom e meio, em geral, paracantar as canções. É que hojeem dia as pessoas estãogostando de vozes mais gravese eu me sinto confortávelcantando como estou.Antigamente, eu queria cantarcada vez mais alto, era coisa daépoca. Hoje, prefiro nem muitoalto, nem muito baixo.

Do que você mais gostouno novo disco?

Eu gosto muito de O Portão,de Roberto e Erasmo Carlos, ede Bar da Noite, que melembra muito o passado, comaquela coisa de cantar emboate. A gente ficava lá emcima do palco cantando eobservando as pessoas nasmesas, namorando,bebendo, vivendoexatamente o que diz a letra.

Hambúrgueres à modaamericana. Só não tem

cheese salada.

Armando Serra Negra

Não há quem vá a umahamburgueria transada,abra o cardápio, se

espante, lamente e pergunte: "Nãotem cheese salada???". ChicoZiglio, proprietário do novíssimoFrank Phillips dispara: "Não existecheese salada nos EUA!". E nemcheese cebola frita, cheese egg,cheese tudo... Detona acontrovérsia explicando que tais"burgers" são uma invençãotupiniquim. Ora, seriam umagenial contribuição brasileira a umdos maiores ícones da culturaya n ke e – ao lado de hot dogs,molho BBQ (HP) ketchup emostarda (Heinz) – no aflorar doamerican dream (1931). Ressalvaaos s t a n d a rd s preparados em casa,piqueniques, e à beira da piscinanos navios.

Pura lenda de que foi o lordinglês Sandwich quem inventou osanduíche. Pois foi inventado noinstante seguinte ao pão. Mas éfato que os hambúrgueres, seja láonde foram inventados – oexército tártaro de Genghis Khan(1162-1227) amaciava a carne durasob a sela dos cavalos,degustando-a moída entre fatiascom o étnico molho – começou atomar conta dos Estados Unidossob o comando do marinheiroPopeye. Na família de

coadjuvantes de E.C. Segar (1894-1938) chama atenção o gentlemanglutão Dudu que os devora comomanda o figurino: paletó, gravata echapéu coco, às toneladas. O íconevai ao panteão da glória nos anosde 1950, embalado no estilorockabilly. E ali permanece.

Fugindo das cadeiasglobalizadas, a imagem datradicional hamburgueriaamericana é projetada dasmargens das rodovias às telas decinema. Aficionado em artigosautomotivos, Ziglio já teve uma noArizona, em vicinal à histórica U.S.Rout 66. Trouxe ao Frank Phillips aatmosfera. Saboreando com oolhar perdido através dos janelõesque dão para a rua, a imaginaçãopõe o pé na estrada. O d é co rsofisticado afasta-se do ritmobucólico, fincado-o nos tempos dobrylcreem. Lojinha ao fundo comartigos importados da Lucky 13,brilhantinas, fivelas, camisetas,blusões, feérica jukebox anima.Ressalta o azul turquesa dascadeiras forradas de plástico, seiscadeirões cônicos no balcão,cardápio lúdico e enxuto. Os 50estados americanos estacionamnas coloridas placas de automóvellado a lado na parede, desfralda-seuma Stars & Stripes antiga,tamanho oficial. Mais curiosidades

a descobrir.Tornando-se refeições

completas, fritas obrigatórias, oshambúrgueres deram carona aoutras receitas, preçoscondimentados: Cheese FrankSteak (carpaccio na chapa,provolone, cebola, pimentão nabaguete, a R$ 29) Hawaian Pork(pernil de leitão desfiado assado àmoda havaiana, batata doce frita,coleslaw, molho BBQ, a R$ 32),chope Itaipava (R$ 7), milkshakeblueberry (R$ 19,50), tubaína(R$ 4,50). Para a garotada Zigliobolou o cheeseburguer LittleDevils (R$ 20): chega à mesa decarona em cinco incrementadosmodelos clássicos de papelão, paralevar para casa: Corvette,Thunderbird, Oldsmobile, FordFalcon e Chevrolet Belair.

Se você teimar em um cheesesalada, melhor seria parar em outralanchonete. Em todo caso, façasinal ao Cadillac (R$ 25) e peça aomotorista para seguir pelo queijoprato e não pelo cheddar, trocar acebola pelo tomate, acelerando namaionese para evitar o molhoFrank. Voilá!

Frank Phillips Hamburguers.

Rua Peixoto Gomide 1710.

Jardins. Tel.: 3064-1112.

HAMBÚRGUERES

Fotos: Divulgação

Marcelo Gomes/Divulgação

Willian T Lee/DivulgaçãoMarcelo Gomes/Divulgação

Frank Phillips tem sanduíche decarpaccio na chapa, provolone,

cebola e pimentão. E até depernil de leitão desfiado.

sonoridade mais enxuta emoderna, o antigo repertórioromântico em que Ângela sesente mais à vontade, comobras como Eu Não Sei (JairAmorim e Evaldo Gouveia),Menino Grande (AntônioMaria) e Bar da Noite (HaroldoBarbosa e Bidu Reis). Numadelas, o bolero Se Queres Saber(Peterpan), até recebe acolaboração de outro notávelsobrevivente desse período,Cauby Peixoto. Menosinteressantes, mas, nem porisso, dispensáveis, são as obrasque tentam trazê-la para maisperto do nosso tempo: EsseCara (de Caetano Veloso),Olhos nos Olhos (de ChicoBuarque) e sobretudo Muito

tanto ele pedir, eu acabeiaceitando voltar. Foi bomporque o Thomas Roth e oThiago Marques Luiz, da LuaMusic, também queriam queeu voltasse, e produziram o CD.

Como foi a criação dessenovo disco?

O Thiago me apresentouumas 30 músicas para fazer emformato acústico, uma coisaincomum, para mim, queestava acostumada comgrande orquestra e coral. Eramtodas lindas. Então, fiz questãode incluir alguns sucessos dopassado que estavamadormecidos, escondi umpouco a minha voze ficou tudo legal!

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sexta-feira, 13 de janeiro de 201224 DIÁRIO DO COMÉRCIO

A mesa de Balzac,com ostras e Vouvray

José Guilherme R. Ferreira

O escritor Theóphile Gautierconta que Honoré de Balzac

comemorava a entrega demanuscritos a seu editor, na Paris daprimeira metade do século XIX,bebendo quatro garrafas de Vouvray,o vinho branco parceiro das ostras.Não é à toa. O romancista nasceu emTours em 1799, ano do golpe deNapoleão, e conhecia muito bem ocenário e os sabores da região devinhedos do Vale do Loire. O tempode Balzac é o tempo doprotagonismo da Paris dagastronomia e dos restaurantes, queele descreve em detalhes na suamonumental Comédia Humana.Balzac tratou de questões que nãoestavam presentes na obra deromancistas anteriores, conta aescritora Anka Muhlstein no seu livro-ensaio Balzac's Omelette (Other Press/2011).Anka conta que Balzac subverteu o lema dofamoso gastrônomo Brillat- Savarin ("diga o quecomes que eu te direi quem és"), acrescentandoo "onde você come e a que horas do dia".Diferentemente de Guy de Maupassant, quedescrevia a degustação de ostras apelando paraa poesia de seu amalgamento com a língua doconsumidor, Balzac estava interessado namaneira como um jovem fazia o pedido doprato e com que intenções. O escritor mesmovivia entre frugalidade e excessos. Quandoestava em plena criação literária, água, bom eforte café e frutas (peras e pêssegos) bastavam.Depois das provas na gráfica, o quadro mudava:era a vez de bons restaurantes com centenas deostras (e garrafas de branco), costeletas decarneiro, pato, peixe da Normandia... Depois,

mandava a contapara seus editores.Com mesasrepletas deMadeira, Tokaj,Ch a m p a g n e,vinhos deBordeaux e daBorgonha, ospersonagens deBalzac honravam tanto Savarin quanto opolítico Cambacères, lembrado também porconvencer Napoleão a acabar com a proibiçãode tráfego de ostras do mar a Paris, de trem.

José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira de

Gastronomia (ABG)

A locomotivarítmica do samba-jazz

Aquiles Rique Reis

João Parahyba é um dos maiores bateristasbrasileiros. Seu DNA rítmico nasceu daforma como tocava timba. Isso quando ele

integrou o Trio Mocotó, junto com FritzEscovão e Nereu Gargalho, nos anos 1960: trêssambistas que, sem perder de vista o jazz e orock, proporcionaram novos ares ao nossovelho e bom ritmo.

Ao se desligar do trio, em 1973, Joãoparecia ter também desencanado da música.Nada disso. Sete anos depois ele estava devolta. Suas baquetas seguiam tãosurpreendentes como antes. Sua veia demisturador de gêneros fervia mais do quesempre: samba-rock, samba-jazz, samba, rock,jazz, tudo junto e misturado a um só tempo, osuingue de cada um desses gêneros brotandoaos borbotões.

Em 2000, ao retomar o trabalho com o TrioMocotó, Parahyba aqueceu as mãos eretomou o gosto pelas coisas das batidasdiferentes, até que, anos mais tarde (2009),convidou Beto Bertrami (pianista), RudyArnaut (guitarrista), Giba Pinto(contrabaixista), Ubaldo Versolatto(saxofonista e clarinetista) eJanja Gomes(reprocessamento esamples) e com elesformou o JoãoParahyba Sexteto, quelançou o CDO Samba no Balançodo Jazz (selo Sesc SP).

Para tocar temasque marcaram amúsica brasileirainstrumental dosanos 1930, como OTrenzinho doCa i p i ra , de HeitorVilla-Lobos, e dosanos 1960, comoNa n ã (M oacirSantos), S ambou,S ambou ( JoãoDonato), B atidaD iferente e E stamosAí (M aurícioEinhorn e DurvalFerreira), o sextetode João Parahyba

convidou outros grandes instrumentistas:Tiago Costa (pianista e arranjador), Clayber deSouza (gaitista), Nailor Proveta (clarinetista),Teco Cardoso (saxofonista e flautista), MarceloMariano (baixista) e Rodrigo Lessa(bandolinista). A esse repertório se somaramtrês composições do próprio João Parahyba,uma de Laércio de Freitas (cujo arranjo é dopróprio Laércio), outra de Gilberto Pinto,outra de Janja Gomes, outra de AmiltonGodoy (cujo arranjo é do próprio Godoy),outra de Rodrigo Lessa e Eduardo Neves euma de Marcos Romera.

Para realçar suas interpretações, osinstrumentistas se revezam em meio asaborosos improvisos jazzísticos, aprazem-secom as requintadas melodias e vez por outrase juntam para sonorizar o conceito que setraduz na tal mistura do chiclete com bananaapregoada por Jackson do Pandeiro:harmonia de gêneros musicais universais ecomplementares (sem antagonismos eposturas xenófobas) da cintura brasileira. Oresultado dessa união de genialidades é umsamba elevado à máxima potência.

Em cada faixa tem-se aforte presença da bateria de

João, que toca como umtrem que, com suas

rodas unidas a doiseixos que vão e vem,soa a batida idealpara a levada doritmo. Os outrosinstrumentos viajamjuntos na fantasia.

Xi q u e - x i q u e - t i c -tic-xique-xique-tic-tic, vai o tremabrindo caminho,com João Parahybae seu talentoinconteste àfrente, avivando osom musical daalegoria. Otrenzinho segue

delirante... O samba-jazz está com ele.

Aquiles Rique Reis,músico e vocalista do MPB4.

dcultura

Prepare seu coquetel em casa

No alto, saquerinhade frutas vermelhas,

do Kiyo JapaneseFood. Acima, drinqueMandala, feito comsucos de abacaxi e

maracujá, xarope demaçã verde e

cachaça, da ChácaraSanta Cecília.

Lúcia Helena de Camargo

Faça sol ou caia chuva, aépoca é boa para umdrinque refrescante ou

sobremesa gelada, aproveitandoque a Cidade ainda está maistranquila do que o normal nestejaneiro de férias. Listamos aquialgumas opções de lugares paravocê fazer uma pausa e aproveitara época sem filas e com trânsitoquase civilizado.

Frozen yogurt

A comida japonesa énaturalmente uma boa escolhapara os dias quentes. Se nasobremesa vier também algo levee gostoso, tanto melhor. O KiyoJapanese Food serve orefrescante sorvete de gengibrecom calda de laranja Quincan (aR$ 13,50), além do frozen yogurt(foto) com calda de frutasvermelhas (R$ 14,90) e dotempurá de sorvete de creme(R$ 12,90). Rua Itapura, 1429.Tatuapé. Tel.: 2094-4242.

Sob árvores

Um drinque para refrescar-sesob as árvores, naChácara Santa Cecília,é o Mandala, feito comsucos de abacaxi emaracujá, xarope demaçã verde e cachaçaproduzida na casa –vendido a R$ 22. OG uaicá leva uísque,licor de frutas silvestres(cereja, morango eamora), suco demanga e creme deleite (R$ 22). Se preferirsem álcool, vá de Coquetel Velame,preparado com iogurte natural,tangerina, abacaxi, caju eGrenadine (R$ 14). E a sobremesada estação é o creme de mangacom licor de jabuticaba (R$ 11). RuaFerreira de Araújo, 601. Pinheiros.Tel.: 3034-6251.

D rinque-picolé

O Jordão Bar, no bairro doTatuapé, traz as Caipilés –caipirinhas feitas com sorvete.Pode-se escolher nas versões devodca Smirnoff, cachaça ou saquê,e nos sabores de picolé abacaxi,limão, groselha, maracujá ou

tangerina, todas a R$ 20,90. Ocardápio está disponível em 42Ipads. Rua Apucarana, 1452.Tatuapé. Tel.: 2671-0670.

Maçã Verde

O italiano Aguzzo, que funcionahá cinco anos em Pinheiros, incluiuduas receitas com frutas nocardápio para o verão: a Tor taCrocante de Maçã Verde, feita commassa folhada e servida comsorvete de creme (R$ 18) e a Pa n n aCo t t a com calda de framboesa,preparada com creme de leitefresco cozido e favas de baunilha(R$ 17). No menu, saladas, massas,carnes. Rua Simão Álvares, 325.Pinheiros. Tel.: 3083-7363.

Sabor alemão

E até em um restaurante alemãoé possível encontrar no cardápio,ao lado de pratos à base desalsichas e carne de porco, algumasopções de doces para o verão. OWeinstube, localizado dentro doClub Transatlântico, sugere agelada Rote Grütze, feita de frutasvermelhas com sagu e sorvete de

creme (R$ 17), e aPaixão Ardente, taçacom sorvete de creme,calda quente deframboesa, amêndoase chantilly (R$ 19). RuaJosé Guerra, 130.Chácara SantoAnto n i o.Tel.: 2133-8600.

Vinho do Porto

No restauranteportuguês Trindade a atração daestação é o Garcia’s Drink,preparado com o vinho do PortoBranco Taylor’s Chip Dry, águatônica e folhas de hortelã (R$ 21).Feito em parceria com a PortusCale, o nome do drinquehomenageia o barman Garcia. Acasa oferece ainda o Apple Martini,que leva vodca, xarope de maçãverde e suco de limão (R$ 20) e oDrinque da Ribeira, à base de vodca,amarguinha gelada e suco delimão siciliano (R$ 21). Rua Amauri,328. Itaim Bibi. Tel.: 3079-4819. EAlameda Rio Negro, 111. PisoXingu. Loja 218. ShoppingIguatemi. Tel.: 4209-1720.

37 caipirinhas

O Pé de Manga, que tambémconta com ambiente externoagradável, junto a um espelhod'água, oferece 37 sugestões nacarta de caipirinhas, preparadaspelo barman Antonio Mesquitacom ingredientes como seriguela,umbu e lichia. Entre as opções,caipirinha Ciroc de lichia emorango (R$ 25); caipiroskaExótica (R$ 20), que leva SmirnoffBlack, abacaxi, kiwi e jabuticaba, ea Caipisake da Villa (R$ 20) comframboesa, amora, morango. Odrinque Nega Fulô, feito com acachaça de mesmo nome, suco deabacaxi, xarope de cranberry e licorde pêssego, custa R$ 15. RuaArapiraca, 172. Vila MadalenaTel. 3032-6068.

Drinques,sorvetes

e sobremesas.Para refrescar

o verão.

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Panna Cotta com calda de framboesa, creme de leite e baunilha, do Aguzzo.

Divulgação

E MAIS

SACA-ROLHASEm tempos de novas tecnologias, aimportadora Mistral sai na frente: seucatálogo completo de vinhos ganhou umaversão para Ipad. O aplicativo já estádisponível gratuitamente no site da iTunesStore (Download em http://itunes.apple.com/us/app/ mistral/id492076905?mt=8 )

Além da seleção de rótulos, a importadorainvestiu em conteúdo interativo. Na primeiraedição, entrevistas com dois grandespersonagens do mundo do vinho: AiméGuilbert, fundador do Mas de DaumasGassac, e Paul Draper, enólogo dos RidgeVineyards por mais de 40 anos.

Se você preferir fazer em casa,reunimos dicas de drinques

preparados com vodca. As recei-tas, fornecidas pela vodca Fin-landia, levam frutas brasileiras.

O Finlandia Midnight Sitruu-na (limão em finlandês) leva 50ml de vodca, meio limão sicilia-no, meio limão Taiti e açúcar agosto. Cortar os limões em rode-las finas. Amassar com açúcar,

colocar gelo e vodca e servir emcopo de caipirinha. O M idnightAurinkko (sol em finlandês),drinque da foto, é feito com 50ml de vodca, meia carambola esuco de meio limão. Preparo:amassar a carambola com açú-car, acrescentar limão, gelo evodca. A recomendação é servi-lo em copo de caipirinha.

Já o Midnight Kurkut (p epino)

é feito com 50 ml de vodca, 1/3de pepino japonês e suco demeio limão. Amasse o pepinocom açúcar, acrescente a vodcae o limão. Sirva em copo altocom gelo. E o Midnight Omena(maçã) leva 50 ml de vodca, ma-çã verde e suco de meio limão Ci-trus. Amasse a maçã com açúcar,acrescente limão, gelo e vodca ebata na coqueteleira. Saúde!

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012 25DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

Vicente Celestino, ator da ópera popular.Sérgio Roveri

"Vicente Celestino foio primeiro cantor popular

brasileiro", diz Ricca.

Após uma das sessões daópera Ca r m e n , de Bizet,apresentada em 1903 no

lendário Teatro Lírico, no centro doRio de Janeiro, o tenor italianoEnrico Caruso quis saber quem eraaquele garoto moreno, cuja voz, jáentão poderosa, destacara-se entrea das demais crianças queintegravam o coro infantil damontagem. O garoto, então comnove anos, era filho de um casal deimigrantes calabreses e sechamava Antonio Vicente FilipeCelestino. Ali mesmo Carusoconvidou-o a estudar canto naItália, mas seu pai, dono de umasapataria onde o garoto já davaexpediente, não autorizou aviagem. No ano seguinte, o meninocomeçaria a trabalhar numa fábricade guarda-chuva, depois seriaservente de pedreiro, inspetor deseção em uma pequena fábrica enovamente sapateiro. Mas a vozque havia seduzido os ouvidos dotenor italiano estava apenasincorporando para, já na década de1920, fazer de Vicente Celestinoum cantor conhecido em todo País.

A trajetória de Vicente Celestino,

que até morrer do coração, em1968, gravou mais de 160 álbuns(entre LPs e discos em 78 rotações),é recuperada no musical Vi ce n teCelestino - A voz Orgulho do Brasil,da Cia. Limite 151, que entra emcartaz nesta sexta (13), no TeatroAnhembi Morumbi, ancorada emuma trilha sonora da qual fazemparte alguns dos maiores sucessosdo cantor, como O Ébrio, PortaAberta, Rasguei o Teu Retrato,Coração de Mãe e O uvindo-Te.

O ator e cantor Ricca Barros, quetraz no currículo participações nosmusicais Ópera do Malandro e ANoviça Rebelde, compõe umVicente Celestino com ênfase noecletismo de sua carreira: além deintérprete popular de imensosucesso, Celestino também cantouópera , foi produtor, artista circensee ator de teatro e de cinema."Vicente Celestino foi o primeirocantor popular brasileiro e acabouinfluenciando muitas gerações. Eletinha uma voz forte, característicaque o marcou sempre", diz RiccaBarros. "Ele falava com todos ospúblicos, pois tinha o lado lírico epopular desenvolvidos. É um ícone

que todos lembram com respeitoe reverência".

O espetáculo, que coloca emprimeiro plano a relação de VicenteCelestino com sua mulher, a atriz,cantora e cineasta Gilda de Abreu,acompanha o cantor até sua morte,em agosto de 1968, causada porum enfarte quando ele sepreparava, em um quartodo Hotel Normandie, em São Paulo,para gravar um programa detelevisão ao lado de CaetanoVeloso e Gilberto Gil.No auge do movimentotropicalista, Caetano Velosorecuperou Vicente Celestino paraum público mais jovem ao gravarum dos maiores hits do cantor,Coração Materno.

Vicente Celestino - A Voz

Orgulho do Brasil, estreia

nesta sexta (13). Teatro

Anhembi Morumbi.

Rua Doutor Almeida Lima,

1134. Tel.: 2872-1457.

Sexta e sábado às 21h e

domingo às 19h. R$ 20.

Fotos: Divulgação

O vozeirão de um cantor da saudade e do drama

D izem que, quandoCelestino ia cantar norádio, gostava de ficar de

costas para o microfone, a fim denão estourar o som do receptorcom a incrível potência da suavoz. Essa imagem costuma serlembrada para simbolizar apoderosa musculatura vocal dotenor, mas tem uminconveniente: passa a impressãode que seu canto fosse umademonstração insensível deforça. Não era assim. Bastaescutar as gravações que deixoupara notar que seu vozeirão eraamolecido por uma teatralidadetambém vigorosa, cifradasegundo a eloquente estética dasoperetas: o volume alto, a dicçãoclara e o prolongamento dassílabas em momentos pungentesnão são outra coisa, senão partesde um jogo cênico de tensõesentre letra e melodia. Valelembrar, aliás, que a busca por

uma expressividade teatral – algomuito moderno, é bom dizer –levou-o a um resultadointeressantíssimo no clássicoNoite Cheia de Estrelas, em que, lápara a metade da gravação, deuum tom murmurado ao canto echegou a simular choro ao entoar“... canto e, por fim/ nem a lua tempena de mim/ pois, ao ver quequem te chama sou eu/ entre aneblina se escondeu”.

A teatralidade de Celestino nãodeve surpreender, já que boaparte da sua vitoriosa carreira foidesenvolvida nos palcos deteatro convencional e de revista,nos circos e até no cinema, ondebrilhou com filmes como O Ébrio,de 1946, e Coração Materno, de1951. Essa proximidade com ouniverso cênico, por um lado,reforça o interesse do musicalVicente Celestino – A voz Orgulhodo Brasil, mas, por outro,transforma-o num desafio

bastante complexo, já queenvolve uma combinação delinguagens muito contrastantes.Somá-las às cegas,simplesmente, seria como exigirque os intérpretes de hojeatingissem a vazão torrencial doseu famoso dó-de-peito.

Há, ainda, uma dificuldadeconceitual em torno da obra deVicente Celestino. Seu lugar nacultura brasileira, afinal, não ficacômodo nos lotes mais óbvios dacrítica musical: nem no jazigoúmido e escuro providenciadopela tendência mais anti-sentimental da bossa nova, nemno folclórico memorial debananas presenteado pelostropicalistas. O melhor antídoto,aí, talvez seja o mesmo que movea peça: retomá-lo pelo viés doecletismo, da diversidade.Assim, ao menos, mantém-se aporta aberta para uma avaliaçãomais justa. (AD)

Renato Pompeu

Em caprichada edição da NovaAlexandria, aparece uma ver-são em cordel da saga mile-

nar do Rei Artur e os cavaleiros da Tá-vola Redonda, com versos de CíceroPedro de Assis, famoso autor de Po e-ta Competente, e xilogravuras de Eri-valdo, também bastante conhecidopor suas ilustrações do cordel O alie-nis ta, baseado no célebre conto deMachado de Assis. Comparecempersonagens como a rainha Guine-vere, aqui chamada de Guinever, ocavaleiro Lancelote e o mago Merlin.O rei Artur já tinha sua existência as-sinalada nos registros históricos noséculo 19 e sua saga se espalhou naIdade Média por regiões de popula-ção celta, como o País de Gales e aCornualha, na Grã-Bretanha, e a pro-víncia francesa da Bretanha. Umexemplo dos versos de Cícero Pedrode Assis: “Artur foi o nome dado/ À re-ferida criança/ Que o trono da Ingla-terra/ Iria ter como herança./ E seureino cresceria/ Numa perfeita pu-jança”. Exemplos das ilustrações deErivaldo podem ser vistos junto a es-te texto. O lançamento faz parte deuma nova tendência da literatura decordel, a publicação por editorasdo Sudeste de cordéis baseados emtemas mais eruditos do que popula-res, como é o caso, no Brasil, da sagado rei Artur.

Passeio por BeagáMarcus Lopes

Certa vez, o poeta Carlos Drum-mond de Andrade classificou

Belo Horizonte como "a menos inte-ressante das cidades mineiras. Me-nos interessante do que qualquer es-taçãozinha de estrada de ferro, perdi-da no mato, onde o trem não para".

Tremenda injustiça com a bela eagradável capital do estado de MinasGerais, famosa pela hospitalidade epelos botecos. Injustiça que começaa ser reparada pelo jornalista Eduar-do Ferrari no livro Só em Beagá (Edi -tora Medialuna, 121 páginas).

Como diz a capa, trata-se de umadeliciosa coletânea de histórias, crôni-cas e reportagens de uma cidade quecarrega a responsabilidade de ser acapital de um estado tão grande,complexo e abarrotado de tradições ecidades admiradas e respeitadas noPaís e no mundo – Ouro Preto e Ma-riana, só para citar dois exemplos.

Com a leveza e a profundidade dequem conhece a cidade onde nas-ceu e cresceu, Ferrari nos leva para

passear pelas várias "Beagás", da-quela turística simbolizada pelaigrejinha da Pampulha até a conhe-cida apenas pelos iniciados. Issosem contar as lendas urbanas e cu-riosidades, como o fato de abrigar amaior feira de artesanato da Améri-ca Latina, na Avenida Afonso Pena.

E, claro, o autor, mineiro como elesó, não podia deixar de citar as len-das urbanas de uma das primeirascidades criadas na prancheta. (JoãoPessoa, capital da Paraíba, tambémreivindica o título de pioneira).

Em suas histórias, Ferrari tambémmostra o outro lado da moeda e lem-bra que BH não está livre dos proble-mas que assolam as grandes metró-poles brasileiras. Nas últimas décadas,a capital mineira está sendo cercadapor um cinturão de pobreza que su-foca toda a região nobre que, nas pa-lavras do próprio autor, vai poucoalém da Avenida do Contorno.

O filé urbano, que engloba o nú-cleo original da cidade, abriga pou-

co mais de 500 mil pessoas e é ondepraticamente tudo acontece. Parase ter uma ideia, a metrópole já ba-teu o segundo milhão de habitantesfaz tempo e, hoje, é uma metrópoleque deve encarar e corrigir suas in-justiças sociais para, assim, ter umhorizonte cada vez mais belo.

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Vivo cotidiano.E quase geométrico.

A partir deste sábado (14), o público daCidade poderá contemplar uma série de

obras do pintor e muralista belgaMaurice Prowizur (1933–2002). As

pinturas expressionistas trazem temascotidianos, retratados em formatos

quase geométricos, com cores vivas.Galeria de Arte do Clube A Hebraica.

Rua Hungria, 1.000. Terça a domingo, das8h às 20h. Tel.: 3818-8888. Grátis. (R A)

O bordado do cordel

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sexta-feira, 13 de janeiro de 201226 DIÁRIO DO COMÉRCIO

dculturaEstreia um marco da contracultura

Hair: nova versão que chega ao palco brasileiro mistura inspiração do espetáculo da Broadway com uma leitura livre da Bíblia.

O s temas que o musicalH air retratou, aoestrear em 1967 numpequeno teatro do

c i rc u i to off-B roadway, parecemhoje cobertos pela poeira dosanos: a guerra do Vietnã, omovimento hippie, acontracultura, a revolução sexuale o discurso paz e amor. Masbasta que soem os primeirosacordes da canção Aq u a ri u s , paraque todo inconformismo dosanos de 1960 renasça com a forçade um libelo e o colorido de umarco-íris. H air foi mais que umespetáculo, foi uma reportagemmusical, um evento sócio-políticoque deu voz a uma geraçãoentrincheirada entre a guerra e arepressão e amplificou nosteatros alguns desejos que sóeram expressos nos guetos.

Em 2009, 42 anos após suatímida estreia, o musical voltou àBroadway em umasuperprodução que recebeu,além de inúmeros prêmios, agarantia de que o tempo não fezmal a H air. Foi ao assistir a essamontagem que a dupla CharlesMöeller e Cláudio Botelho decidiutrazer H air de volta aos palcosbrasileiros. A primeira montagemdo texto no Brasil, a cargo dodiretor Ademar Guerra, estreouem São Paulo em 1969 epermaneceu dois anos em cartaz.

Esta nova versão de H air, queentra em cartaz nesta sexta (13),no Teatro Frei Caneca, com 30atores no elenco, difere dasanteriores por ser, entre outrosmotivos, inspirada em umaleitura livre da Bíblia, comoconta, nesta entrevista aoDiário do Comércio, o diretorClaudio Botelho.

Diário do Comércio: Um dosgrandes méritos do musical H airfoi o de ter conseguido traduzir,nos palcos, toda a efervescênciaque se via na política e na

sociedade dos anos de 1960.Qual é o grande apelo do musicalnos dias de hoje?

Claudio Botelho: Acho que omusical sobrevive como umlibelo pela paz e pela aceitaçãodo outro como ele é. Tudo emH air clama para que não sejulgue, não se condene o outropor ser diferente de nós, e isso émais do que atual, é cotidiano.

O espetáculo vem de umacarreira de sucesso no Rio deJaneiro. Que tipo de impacto eleproduziu no público?

Um impacto semelhante aosdos shows de rock e também adas cerimônias religiosas. Opúblico acompanha e participa

podem facilitar sua vida. Nossostruques são ter uma boa produção,escolher elencos que possamfuncionar em cena, e trabalhar comuma equipe que já sabe do nossoprocesso. Fora isso, o realizarartístico é sempre difícil e doloroso,nunca é fácil.

Em que momento vocêdecidiu que estava na hora delevar este musical novamenteaos palcos?

Quando assisti à remontagemda Broadway de 2009. Vimosantes da estreia e sentimos oimpacto da atualidade da peça ea beleza das músicas, quepermanece intacta e merece serpercebida pelo público brasileiro.

É mais difícil verter para oportuguês canções quepraticamente fazem parte dodomínio público, como Aq u a r i u se Let the Sunshine in?

Olha, sem nenhuma falsamodéstia, já passei por tantosdesafios com canções famosasnessa vida, desde West Side Storyaté hits do Abba, que não meassusto mais ao trabalhar sobreobras que o público já conhecede cor em outro idioma. Nunca éfácil, mas já não é aquele monstrodo terror de antes.

Quais as particularidadesdesta sua montagem de H air emrelação àquela que você assistiuna Broadway ou a que esteve emcartaz no Brasil há 40 anos?

Esta montagem éabsolutamente nova e particular,não tem nada a ver com estarecente da Broadway. A direçãodo Charles Moeller é baseadanuma leitura bíblica dospersonagens, uma ilação entreBerger /Cristo e Claude/JoãoBatista. Os outros membros datribo seriam os apóstolos, assimcomo Jeannie seria MariaMagdalena. Claro que isso não é

óbvio, não é preciso pensar nissopara assistir à peça. Há tambémdiversas referências a H amlet,tendo sido incluída uma cançãointeira que não está no filme, eque é inspirada no discurso deHamlet aos atores.

Houve a necessidade dealguma adaptação históricapara que o espetáculo soassemais atual?

Nada foi adaptado. Fizemosalguns cortes em trechos muitoligados à cultura americana nosegundo ato, e apenas isso.

Qual é o segredo dalongevidade do discursode H air?

Não é um segredo. O musicalé eterno porque fala sobre algoque nunca mudou: a exploraçãodo homem pelo homem, a nãoaceitação das diferenças. Enquantohouver ditaduras e escravidão,H air será atual.

O material de divulgação doespetáculo informa que foramsuavizadas as referênciasamericanas presentes no texto.Houve necessidade de substituí-las por referências brasileiras?

Como não faria sentidosubstituir por situaçõesbrasileiras, já que a peça sepassa em Nova York, no CentralPark, simplesmente retiramos asreferências ao presidente Lincoln,a Scarlet O´Hara (heroína do filme...E o Vento Levou), a dialetos doHarlem e gírias de imigrantes emguetos de Nova York.

H air. Teatro Shopping Frei

Caneca. Rua Frei Caneca, 569.

3º Piso. Consolação.

Tel.: 3472-2226. Quinta às 21h.

Sexta às 21h30. Sábado às 18h

e 21h30. Domingo às 18h.

R$ 130 a R$ 160.Peça causa na audiência impactosemelhante a shows de rock e cerimônias religiosas.

Tudo em Hair clamapara que não sejulgue, não se

condene o outro porser diferente de nós, e

isso é mais do queatual, é cotidiano.

Cláudio Botelho

de H air como numa celebração,muito mais do que um simplesmusical de palco e plateia. Nofinal, o público é convidado pelosatores a subir em cena epraticamente metade da casarealmente sobe e canta o últimonúmero junto com os atores.

A montagem de H air o fe re ce ualgum tipo de dificuldadeespecífica que você nãoencontrou nos outros musicaisque produziu?

Depois de 28 musicaisencenados, tudo ainda écomplicado quando você não querse valer dos truques que sabe que

No final, o público é convidado pelos atores a subir em cena e praticamente metade da casa realmente sobe e canta o último número junto com os atores.Cláudio Botelho

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