Dadaísmo

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Dadaísmo

Foi um movimento desenvolvido durante a 1ª Guerra Mundial, que pretendeu negar os valores tradicionais da cultura. Tudo deveria ser negado: a razão, a justiça, a beleza, a arte, a política. Eliminou a história, a tradição e o passado, erigindo o irracionalismo como principio básico da sua estética. A 1ª Guerra Mundial provocou, na grande maioria dos jovens europeus, repugnância e decepção por tudo que lembrava opressão e atrocidade.

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Nessa época um grupo de jovens artistas formam um movimento que expressava toda a decepção que encontravam com os valores tradicionais da cultura. Nasce com isso, o movimento “Dada” (a palavra que pretende não significar nada). Os dadaístas negam tudo, são distinguidos por uma crítica satírica e implacável à sociedade capitalista responsável pela guerra. Na história da Arte, o Dadaísmo se localiza entre o período heroico do Cubismo e o início do movimento Surrealista. De certo modo, pode ser considerado como uma etapa predatória desse último, apresentando um aspecto mais negativo, anárquico e, às vezes, de contestação social.

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Encontramos dois artistas plásticos que mais se destacaram:

Marcel Duchamp - Apresenta uma série de objetos industrializados e apresentados como obras de arte, destinados a chocar o público.

Francis Picabia – Mostra obras que representam objetos industriais com seus complicados e inúteis modelos de máquinas, com a pretensão de satirizar o mito tecnicista do mundo contemporâneo.

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Principais características do Dadaísmo

Fotomontagens oníricas;Incorporação de materiais diversos;Elementos mecânicos;Inscrições humorísticas;Expressões ridículas e burlescas.

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O dadá foi um fenômeno internacional e multidisciplinar, e significou tanto um estado mental ou modo de vida quanto um movimento. Os conceitos e ideias dadaístas se desenvolveram em Nova York, Zurique, Paris, Barcelona, Berlin, Hanover e Colônia durante e após a Primeira Guerra Mundial, à medida que os jovens artistas se agrupavam com o intuito de expressar sua indignação pelo conflito.

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Para eles, os horrores da guerra, em escala cada vez maior, provavam a falência e a hipocrisia de todos os valores estabelecidos. Eles se voltaram não só contra as instituições políticas e sociais, mas também contra o establishment da arte, que, numa sociedade burguesa, se alinhava ao desacreditado status quo sociopolítico. Acreditavam que a única esperança para a sociedade era destruir aqueles sistemas baseados na razão e na lógica, substituindo-os por valores ancorados na anarquia, no primitivo e no irracional.

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Christian Schad, sem título – sombragrafia, 1919.

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Ao recorrer deliberadamente a táticas escandalosas,

os dadaístas atacavam com violência as tradições consagradas no campo da arte, da filosofia e da literatura, por meio de suas demonstrações, leituras de poesia, concertos de ruídos, exposições e manifestos. Suas iniciativas eram intencionalmente íntimas e de pequeno porte: no Cabaré Voltaire, em Zurique; na galeria Photo Secession, de Alfred Stieglitz; no apartamento dos colecionadores Walter e Louise Arensberg; na Zaya`s Modern Gallery, em Nova York; e no clube Dadá em Berlim. Eles se reuniam nesses lugares para dar vazão a sua fúria e promover agitações, visando aniquilar o antigo e abrir caminho para o novo.

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Sophie Tauber, sem título – cabeça dada, 1920; Tristan Tzara, Revista Dadá, 1920.

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O termo dadá foi cunhado em Zurique em 1916. Os relatos conflitantes sobre a “descoberta” do termo se enquadram à perfeição no espírito dadaísta.

O poeta Richard Huelsenbeck alegava, com toda plausibilidade, que ele escolheu essa designação ao acaso, com o pintor e músico Hugo Ball, encontrando-a em um dicionário alemão-francês. Jean Arp aproveitou a oportunidade para ser um pouco mais divertido:

Aqui declaro que Tristan Tsara encontrou o termo a 6 de fevereiro de 1916, às seis horas da tarde. Eu estava presente, com meus doze filhos, quando Tzara pronunciou essa palavra pela primeira vez, o que nos encheu de um justificado entusiasmo. Isso ocorreu no Café de La Terrasse, em Zurique, e eu usava um brioche em minha narina esquerda.

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Os dadaístas ficaram encantados com a elasticidade do termo. Ball recordou em seu diário que “Dadá em romeno significa “sim sim”, e em francês um cavalinho de pau. Em alemão é indício de uma absurda ingenuidade”.

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A base dadaísta em Zurique era o Cabaré Voltaire, numa região degradada da cidade, perto do rio.

Era lá que os dadaístas promoviam apresentações noturnas de canto, música, dança, teatro de marionetes e recitais (incluindo a escandalosa ocasião em que a poesia foi lida simultaneamente em três línguas, acompanhada por música feita de ruídos). Ball leu seus poemas sonoros (entonação de palavras 89 sem sentido – “zimzim urallala zimzim zanzibar”) e Tsara e Arp criaram suas obras “aleatórias” (poemas ou colagens) rasgando folhas de papel e espalhando-as. Um relato de Tsara sobre uma apresentação noturna, em 1916, não deixa dúvida quanto ao caos e confusão dos eventos dadaístas:

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Resumo da festa: dança cubista, figurinos de Janco, cada homem com seu grande tambor na cabeça, barulho [...] poema ginástico, concerto de vogais, poema bruitista, poema estático, arranjos químicos de idéias [...] mais gritaria, o grande tambor, o piano e o canhão impotente, trajes de papelão rasgado todos os presentes se entregam a uma febre puerperal interrompida.

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Marcel Duchamp, “A Fonte”, 1917 e “Roda de Bicicleta”, 1913.

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Marcel Duchamp

Um artista que participa do movimento dadaísta e que influenciará os caminhos da arte de forma profunda com os objetos manufaturados que apresentava, designados readymades artísticos. Afirmava que sua seleção jamais era ditada pelo gosto, mas “baseada em uma reação de indiferença visual”. O conceito dadaísta de deslocar os objetos de seu contexto familiar e apresentá-los como arte alterou radicalmente as convenções da arte visual.

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A popularidade dos eventos dadaístas junto ao público em breve transformou aqueles “antiartistas” em celebridades. No entanto, diferenças de opinião entre eles já estavam criando dificuldades e em 1922 uma disputa interna entre Tsara, Picabia e Breton levou a dissolução do dadá. A influência do dada revelou-se fundamental e duradoura; seu legado mais abrangente foram as atitudes de liberdade, abrangência e experimentação. A apresentação da arte como idéia, a afirmação de que ela poderia ser feita a partir de qualquer coisa e o questionamento dos usos e costumes societários e artísticos modificaram irrevogavelmente a trajetória da arte (DEMPSEY, 2008, p 115-119).