d Cultural em Portugal

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Questão - I A progressiva, expansão do “sector” cultural em Portugal e a crescente consciencialização do potencial que este setor pode trazer dentro dos campos da economia e societários, tem vindo a chamar as atenções dos decisores políticos para a tomada de estratégia para com as políticas intrínsecas à cultura. As consequências destas mudanças em relação à procura e oferta dos produtos culturais tem merecido um lugar determinante para as opções estratégicas do poder público quer no âmbito cultural, quer em diversas instâncias da organização económica e social do Estado e destacando o papel crescente da UNESCO e União Europeia sobre a atenção prestada por estas e outras instituições internacionais ao setor criativo e cultural. O campo em que este assunto tem vindo a ser debatido é abrangente, controvertendo assim o papel do Estado e sector privado. As atenções deste debate tem focado não só sobre a organização das políticas culturais mas também politicas locais, educação e a concorrência, seja em volto das identidades culturais e a participação desta realidade que é a mobilidade internacional de pessoas, capitais, valores e informação. As flutuações e análises decorrentes do sector da cultura estão sentes com as políticas públicas, numa lógica de diversificação e análise dos meios utilizados pelas instituições estatais da cultura. Após o 25 de Abril, houve uma sucessão de governos que têm vindo a experimentar diversas políticas que visam respeitar a diversidade criativa associadas a responsabilidades do Estado em que deveria estruturar uma vida cultural através do fornecimento de equipamentos, promoção da procura pública e estimular este setor através de meios financeiros. A

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Questo - IA progressiva, expanso do sector cultural em Portugal e a crescente consciencializao do potencial que este setor pode trazer dentro dos campos da economia e societrios, tem vindo a chamar as atenes dos decisores polticos para a tomada de estratgia para com as polticas intrnsecas cultura.As consequncias destas mudanas em relao procura e oferta dos produtos culturais tem merecido um lugar determinante para as opes estratgicas do poder pblico quer no mbito cultural, quer em diversas instncias da organizao econmica e social do Estado e destacando o papel crescente da UNESCO e Unio Europeia sobre a ateno prestada por estas e outras instituies internacionais ao setor criativo e cultural.O campo em que este assunto tem vindo a ser debatido abrangente, controvertendo assim o papel do Estado e sector privado. As atenes deste debate tem focado no s sobre a organizao das polticas culturais mas tambm politicas locais, educao e a concorrncia, seja em volto das identidades culturais e a participao desta realidade que a mobilidade internacional de pessoas, capitais, valores e informao.As flutuaes e anlises decorrentes do sector da cultura esto sentes com as polticas pblicas, numa lgica de diversificao e anlise dos meios utilizados pelas instituies estatais da cultura.Aps o 25 de Abril, houve uma sucesso de governos que tm vindo a experimentar diversas polticas que visam respeitar a diversidade criativa associadas a responsabilidades do Estado em que deveria estruturar uma vida cultural atravs do fornecimento de equipamentos, promoo da procura pblica e estimular este setor atravs de meios financeiros. A liberalizao da cultura em que consiste, o haver oportunidades culturais, obriga a um compromisso estatal de garantir um servio pblico cultural como o fornecimento de estruturas, instituies de meios para a criao artstica. O fio condutor das propostas desenvolvidas durante, sensivelmente, os ltimos 40 anos tem sido composto por valorizar a educao dos pblicos para a prtica cultural.Efetivamente, as polticas culturais tem demonstrado possurem um maior empenho em classificar e dinamizar este sector, proporcionando uma maior competitividade sem desconsiderar a lgica de uma cidadania com participao cultural.No entanto, as politicas de austeridade tm afetado o Ministrio da Cultura profundamente, sofrendo perdas de autonomia significativas com o que diz respeito a politicas setoriais. A paralisao de programas, fuso de sectores, a reduo ao nvel organizacional de Secretaria de Estado representa um retrocesso das polticas culturais. A colocao do sector nos ltimos patamares da hierarquia poltica dificulta traar uma poltica cultural com viso estratgica e consequncias efetivas (Edna Costa). A cultura o que mais contribui para a renovao da identidade nacional e devemos olh-la como oportunidade econmica - Miguel Poiares Maduro (encerramento do frum internacional intitulado O Lugar da Cultura, no Centro Cultural de Belm).Questo IIA assero Cultura maior antdoto contra fanatismos discutvel e parece existir uma dicotomia entre aquilo que chamamos cultura e o que pressupomos ser fanatismo, porque partindo deste prossuposto, julgamos que pessoas cultas no podem ser fanticos. Segundo definio Priberam Diz-se da pessoa animada por um zelo excessivo por uma religio ou uma opinio - ("fantico", in Dicionrio Priberam da Lngua Portugus). Durante a Segunda Guerra Mundial, seria para determinados oficias das SS, uma evidncia clara e civilizada de cultura encaminhar milhares de judeus em direo a camaras de morte, enquanto tocava-se alegremente Beethoven ou outro compositor de agrado similar. O fanatismo em certa forma, cultura e por ela sustentada.No podemos ficar por observar a histria at ao incio do Sculo XX, mas estender a nossa anlise at aos primrdios da humanidade. Afinal, no podemos resumir o Sculo XX como detentor de toda a histria humanitria. A Democracia mundial tem vindo a conquistar algumas vitrias, com os direitos humanos at a leis e o governo do homem em geral, mas as guerras continuaro, no s devido a sistemas culturais e sociais, mas primordialmente devido violncia intrnseca a cada um.No entanto, o que resumidamente expus, no sustenta necessariamente uma rutura entre o fanatismo e cultura. Esta ressalva est sujeita a uma definio clara de cultura. Dentro de um mundo globalizado, esta definio detm um significado abrangente ou como os organizadores desta conferncia em Lisboa pretenderam fazer, estreitar o significado e associar-lhe ao fruto do pensamento humano e assim aferir a cultura como uma poltica. A humanidade nico ser planetrio que escolheu livremente a sua posio dentro do universo, conferindo ao ser humano a plenitude de poder criar livremente, segundo Eli Barnavi (Forum d'Avignon 20, Janeiro de 2013) a condio necessria para que a cultura oponha fanatismo. Tendo a liberdade como fator essencial para que a cultura possa desempenhar um papel em barrar o fanatismo, devemos tambm perceber que a cultura universal e que os conceitos so divergentes. Existem trabalhos intelectuais que independentemente de crena, habitat podem ensinar a ler e compreender o mundo volta. H claramente uma tentativa focada da UNESCO em reabilitar esta viso atravs da construo de pontes entre Estado-naes. decisivo a luta contra o multiculturalismo, que encerra as pessoas em nome de uma diversidade cultural impedindo pontes entre povos. A Cultura pode erguer-se contra qualquer fanatismo, mas para vencer preciso integrar-se com a educao em medidas urgentes e globalizantes.

Questo1; Bibliografia:

AAVV (2003) Cidade/Artes/Cultura, Revista Crtica de Cincias Sociais, 67, Coimbra: Centro de Estudos Sociais.BARRIGA, Sara/SILVA, Susana Gomes da (coord.) (2007) Servios Educativos na Cultura, Porto: Sete Ps.CAETANO, ANA; Andr Barbado; Isabel Cabral (2010) Estudo para o Ministrio da Cultura; Relatrio Final, Augusto Mateus e Associados, pg 8-20CARRILHO, Manuel Maria (2001) A Cultura no Corao da Poltica, Lisboa: Ed. Notcias.http://www.fcsh.unl.pt/media/eventos/40-anos-de-democracia/arte-e-culturahttp://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministro-adjunto-e-do-desenvolvimento-regional/mantenha-se-atualizado/20150416-madr-cultura.aspx

Questo2; Bibliografia:http://www.unesco.org/new/en/media-services/single-view/news/unesco_conference_calls_for_protected_cultural_zones_to_be_established_syria_and_iraq/#.VTTwq9zF-Z0http://www2.warwick.ac.uk/fac/soc/al/globalpad/openhouse/interculturalskills/global_pad_what_is_culture.pdfhttp://www.forum-avignon.org/en/culture-and-fanaticism-elie-barnavihttp://anthro.palomar.edu/culture/culture_1.htmhttp://www.i24news.tv/fr/opinions/57564-150113-terreur-et-alyia