Brahma Kumaris

AULA 1ALMA E CORPOGuia do participante

Curso Online de Meditação Raja YogaBrahma Kumaris

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Tipo de limite Característica corpóreaDe gênero Masculino ou femininoTemporal Novo ou velho

Pueril/adulta/anciãGenético Cor dos olhos, tipo de cabeloDe etnia Branco, negroEstético Alto, baixo, magro, gordoDe nacionalidade Brasileiro, russo, chinês

Quem sou eu?Para entender esse tema tão profundo, vamos começar apresentando algunsconceitos sobre a natureza da matéria e da energia.

A energia materialTudo é composto de energia, sendo que, a matéria é energia física. Tudo aquiloque podemos perceber com os sentidos físicos é material. O Sol, a Lua, asestrelas, o planeta, os mares, os rios, as árvores, o corpo, as construções, omobiliário, o alimento e a bebida que consumimos, tudo isso é material.Refere-se a tudo o que é composto dos elementos da matéria, composto de umacombinação de átomos. Tudo aquilo que percebemos através dos órgãos dossentidos e pode ser medido, visualizado, pesado, degustado etc. chamamos,basicamente, de matéria.

O corpoO nosso corpo físico é, portanto, constituído de matéria e tem características quepodem ser observadas por meio dos órgãos dos sentidos: cor, forma, peso,tamanho, etc.O corpo humano é limitado à sua dimensão, à sua capacidade física e ao tempo.Esse limite é uma característica própria da matéria, tal como:

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A energia espiritualO que não é material é formado de energia metafísica, espiritual. Então, o que seriaessa energia espiritual? A consciência, os pensamentos, os sentimentos, asemoções e as lembranças.

Essa energia recebeu diferentes denominações, em diversas religiões, filosofias eciências. Mas tudo se refere a uma mesma coisa. Alguns nomes usados para sereferir a ela são: alma, espírito, energia consciente, ser espiritual etc. No Raja Yoga,a chamamos de alma, ou atma (do híndi, idioma utilizado na Índia), que significa"indivisível" ou aquilo que não pode ser dividido, ou mesmo que não pode serdestruído, o que é uno, individual.

A almaA alma é uma energia consciente, que tem algumas características: é eterna, imortal e ilimitada.

A palavra atma tem três significados específicos: eu, o ser vivo e o habitante, daípodemos identificar os diferentes aspectos da alma: eu, o ser vivo, sou umhabitante desse corpo físico.

Identificar as diferenças entre corpo e mente nos leva a responder apergunta: quem eu realmente sou?

A alma é não física, é espiritual, é uma entidade intangível. O relacionamento entrealma e corpo pode ser comparado ao do ator e seu personagem; ao do motoristae seu veículo.

Sou uma alma, o ser interno, vivo e inteligente. Habito e dou vida ao corpo.

O corpo é o meio pelo qual eu, a alma, me expresso, experimento o mundo àminha volta e desempenho diferentes papéis.

A alma não é nem masculina nem feminina. Ela é ilimitada, o quesignifica que ela pode existir tanto em um corpo masculino quanto emum corpo feminino. Ela não é nova nem velha. Ela não é nem brasileiranem indiana nem francesa. A alma não é nem gorda nem magra.Embora a alma esteja vivendo em um corpo, que pode ter taiscaracterísticas, e ser consciente do momento presente, ela não temlimites de tempo; ela pode, através dos seus pensamentos, "viajar" parao passado (com uma simples lembrança) ou para o futuro (com seussonhos, seus projetos, suas esperanças)...

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Diferenças entre Corpo e Alma

Corpo AlmaMortal ImortalNasce e morre EternaFísico MetafísicoFeito de matéria Energia consciente puraQualidades físicas (tamanho, peso, cor, etc.)

Qualidades espirituais(amor, paz, felicidade, etc.)

Masculino ou feminino Não tem gênero

Diferenças entre “Eu”e “Meu”

Normalmente, uso a palavra meu para referir-me a todas as coisas que não são eu— minha mão, meu rosto, meu cérebro, minha mente, minha personalidade. Dapróxima vez que eu disser minha alma, talvez me lembre do que realmente sou: aalma. A diferença entre eu e meu é a mesma que entre alma e corpo.

O exemplo de uma faca ilustra isso. Posso usá-la para cortar um tomate ou paraapunhalar alguém. A faca nem decide nem experimenta, mas pode ser lavadafacilmente debaixo de uma torneira. É fácil perceber que a faca é um instrumento.Do mesmo modo, as pernas são instrumentos para andar; os olhos para ver; ocoração, para dar o pulsar da vida ao corpo; e o cérebro para expressar todos ospensamentos, palavras e ações pelo corpo e para experimentar os resultados.

Se cada parte física do corpo é um instrumento, quem ou o que o está usando?Eu, a alma. Eu sou diferente de meu corpo. Os erros originados na identificaçãocom o corpo físico acabam por criar experiências de paz e felicidade limitadas, pormeio dos sentidos.

A seguinte imagem também ilustra a relação entre a alma e o corpo. O condutor da carruagem representa a alma e os cavalos representam os cinco órgãos dos sentidos: tato, visão, paladar, olfato e audição.

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Uma lista de fatores cria tais limitações, dentro das quais tento operar minha vida.Uma consciência limitada, provavelmente incluiria itens como idade, sexo, saúde,família, profissão, defeitos, preferências e fraquezas. Ao reivindicar direito de possede tudo isso, por meio da palavra meu, estabeleço os limites. Falamos emlimitado, porque não é eterno ou imperecível.

A família e a vida profissional podem ser experimentadas num outro nível maiselevado. O problema não está na lista de fatores, mas na consciência que tenhodeles. É uma questão de duas palavras: eu e meu.

Forma, posição e qualidades da alma

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FormaAssim como tudo o que existe no universo possui uma forma, da mesma maneira, a alma também possui uma forma, embora seja imaterial, intangível. A forma da alma é um ponto. Os Geômetras definem a idéia de ponto como algo incomensurável. É compreensível, portanto, que a alma, sendo imaterial, não possa ser medida, pesada, visualizada, tocada. Essa energia concentrada e consciente forma um minúsculo ponto de luz, não dimensional.

PosiçãoJá entendemos que a alma é quem comanda a existência humana, e esta condição sugere que ela ocupe um lugar de comando no corpo. Existe um ponto específico no corpo, onde a alma habita. Esse local é uma região do cérebro, que fica na altura das sobrancelhas, no centro da testa. É o mesmo local conhecido como “terceiro olho”. Estar com o terceiro olho aberto é o mesmo que estar consciente.

Há também outras manifestações da noção de que esse é o ponto onde a alma reside no corpo físico, como o tilak que em culturas

orientais costuma-se usar como um ornamento; o sinal da cruz, que começa ao se tocar o ponto onde a alma está localizada; a tendência de se levar a mão à cabeça (tocando exatamente esse ponto central,

no centro da testa) quando o indivíduo quer se lembrar de alguma coisa que se esqueceu ou quando se dá conta de alguma coisa ou

quando comete um erro etc.

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Assim como a alma tem características e tem uma forma, ela também tem o quepoderíamos chamar de "natureza" ou "essência", que também poderia serconsiderado o seu "DNA espiritual". Essa sua natureza, sua essência, são aquelescomponentes imateriais, eternos, genuínos e são também qualidades, quepodemos denominar de "qualidades originais" ou "qualidades inatas" da alma.

Essas qualidades são a pureza, a paz, o amor, o poder espiritual e a felicidade.

Se a alma é energia consciente e é eterna, suas qualidades também são eternas,imperecíveis. Independente das experiências vividas e da possível manifestaçãode traços de personalidade negativos, essas qualidades não se apagam, nãodesaparecem, elas continuam lá, no âmago do ser, mesmo que encobertas pelasnegatividades decorrentes do ambiente e da educação que se tenha recebido

Qualidades originais

Imagine que estas experiências de tristeza, dependência, raiva ou insegurança,criem vazios na alma, ou seja, ela deixa de ser plena, completa. Agora, lembre-sede momentos nos quais experimentou suas qualidades originais de pureza, paz,amor. Com certeza você vivenciou a sensação de plenitude e o poder espiritualretornou, levando a alma a estados de felicidade e leveza .

Outra evidência de que em sua origem a alma é pura e feliz, sendo esse o seuestado natural, é o fato de que quando uma pessoa está muito feliz, ela não ficapensando: "Por que será que não estou triste? Cadê a tristeza, meu Deus?". Elasimplesmente aproveita aquele sentimento e se sente satisfeita. É como se nadafaltasse a ela. Ela sente que está em seu equilíbrio e que tudo está em seu devidolugar. Mas quando uma pessoa está triste, ela pensa que precisa de paz e quequer ser feliz. Ela sente um desequilíbrio internamente e sente que algo precisavoltar ao eixo, na sua vida. A alma sente uma espécie de saudade deste seuestado original, por isso o busca intensamente.

E ninguém deseja algo que não tenhaexperimentado, ao menos uma vez,por isso, se nos fosse dada a escolha,optaríamos por paz e felicidade. Por játermos experimentado algo egostado, então é normal quedesejemos aquilo. A alma não podedesejar algo que ela não conheça.Isto justifica a idéia de Yoga significarlembrança.

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A consciência é, essencialmente, a percepção que a alma tem de sua própria existência. É o que está por trás do pensamento “eu existo” ou “eu sou”. Normalmente, junto com essa afirmação há algo mais — eu sou alguma coisa ou alguém. Esse acréscimo, que afeta a forma como a consciência funciona, pode ser chamado de autoidentidade. Como o que eu sinto que sou geralmente não permanece estável, o estado de consciência está sempre oscilando.

Num momento posso ter a consciência de que “sou um homem” ou “sou uma mulher” e, no próximo, “sou um engenheiro” ou “sou um alemão”. Num nível mais profundo, posso ter consciência de que “eu sou uma alma, um filho de Deus”, e reconhecer que esta condição é real, verdadeira e eterna.

Ao examinar qualquer processo de pensamento-decisão-ação, descobrirei que por trás dele sempre existe o sentimento de que eu sou uma coisa ou outra, a partir do qual tomo decisões. A consciência é o trampolim de pensamentos, decisões e ações.

Portanto, a alma reage às circunstâncias externas, de acordo com tudo o que ela sente ser naquele momento específico. Por exemplo, um cirurgião é capaz de fazer uma cirurgia quando existe a consciência de ser um cirurgião. Essa consciência dá à pessoa acesso, por meio da alma, a toda informação e experiência relacionadas a ser um cirurgião, porque reconhece, aceita, confia e põe em prática.

Meu estado de consciência afeta meu estado mental, minha atitude e visão e, por fim, afeta as ações que desempenho e as situações nas quais eu me encontro. Se quiser transformar todas as outras coisas, primeiro tenho de mudar meu estado de consciência.

Podemos, então, destacar duas categorias básicas de consciência: uma refere-se à alma e a outra, ao corpo.

O que é a consciência?

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A consciência da alma

A consciência da alma é a visão ou a percepção que tenho do eu eterno e original, embora eu esteja neste corpo físico desempenhando meu papel, temporariamente, eu sou o ser eterno, imortal, que não estou preso a nenhuma característica física de gênero, cultura, aparência, profissão, nacionalidade, familiar ou classe social. Estou inserido em determinado contexto, mas sou um ponto de luz, um ser consciente, pleno de qualidades, que é a vida dentro do corpo.

Tenho a percepção de que sou eu, a alma, que se utiliza dos órgãos dos sentidos para se relacionar, compreender o mundo físico, inclusive meu próprio corpo. Desta forma, sou eu que vejo através dos olhos, que falo através da boca, que ouço através dos ouvidos, que sinto cheiro através do nariz, que sinto o paladar através da boca, e o calor, o frio ou as texturas através da pele. Sou eu, a alma, que desempenho cada ação e cada movimento, que experimento o mundo, através desse maravilhoso instrumento que é o meu corpo físico. Quando tenho essa percepção, também aprendo a respeitar meu corpo, cuidando dele como alguém cuidaria de um templo sagrado.

Mas, ainda há um aspecto mais importante, no que se refere à consciência de alma. A principal característica da consciência de alma é a percepção de que a pureza, a paz, o amor, o poder espiritual e a felicidade fazem parte de mim, e não precisam ser ainda criadas.

Quando estou nessa consciência elevada, não busco mais pela paz, pelo amor ou pela felicidade em coisas materiais e temporárias ou em pessoas. Deixo de ser dependente do mundo externo, para tentar experimentar essas qualidades internas, sem precisar estar numa floresta ou praia para conseguir sentir tranquilidade nem de um elogio para sentir que sou importante, amado e respeitado nem de um pedaço de pizza e brigadeiro para ficar feliz.

Esta é a consciência do que SOU: eterno e imperecível.

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A consciência do corpo

Quando deixamos de utilizar a energia das qualidades originais, deixamos também de senti-las e abrimos espaço para que outros sentimentos, geralmente contrários, surjam e influenciem nossas atitudes, visão de mundo, fala, pensamentos e sentimentos, ou seja, desenvolvemos um tipo de consciência que é o oposto da consciência da alma, a qual chamamos de consciência de corpo.

Nela, estou dependente de coisas externas: lugares, pessoas, status social, bens materiais, aprovação alheia, elogios, reconhecimento das minhas qualidades e dos meus esforços etc. para me sentir bem. Torno-me um escravo de tudo, pois meu bem-estar passou a depender de tudo aquilo que está fora do meu domínio.

Fico como uma bola de futebol, sendo jogada daqui pra lá, de lá pra cá, às vezes consigo o que esperava, aí fico "super feliz", mas se as coisas não acontecem como eu esperava, aí fico "super triste". Nada mais está no meu controle. Minha vida não está mais em minhas mãos. Dependo dos outros para ser feliz. Meu humor oscila de acordo com o que está acontecendo a minha volta.

Assim como a consciência da alma está pautada sobre aspectos elevados – que são as qualidades originais da alma - a consciência do corpo se constrói sobre uma visão negativa de si, dos outros e do mundo, que se forma a partir de viver fora das influências das qualidades. Desta forma a cada energia de qualidade não movimentada, se fortalece uma energia correspondente e contrária.

Esta é a consciência do que ESTOU: limitado e perecível.

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Energia da consciência de alma –virtudes divinas

Energia da consciência de corpo –fraquezas espirituais ou vícios

Pureza – nenhum sentimento de maledicência, capacidade de não se deixar envolver em coisas negativas

Luxúria – Se alimenta de cargas constantes de outras energias, que não a

sua própria, e desejo de ser influenciado e de influenciar os outros, as situações.

Paz – sem qualquer violência, sem desejo de vingança.

Raiva – afetado por movimentos externos e por isso busca vingança, provocando

nos outros as sensações experimentadas por si.

Amor – benevolência incondicional.Apego – impõe condições para os bons sentimentos, buscando sempre dominar

as situações, coisas e os outros.

Poder espiritual – reconhecimento de sua condição eterna e ilimitada, que leva a um

forte senso de responsabilidade com a vida.

Arrogância – falta de confiança em sua capacidade natural de lidar com o mundo, sendo necessário diminuir os outros para dominá-los ou diminuir-se para que os

outros o dominem. Não se sente capaz de se responsabilizar por sua vida.

Felicidade – sensação de preenchimento, desejo de fazer o bem, doar.

Ganância – sentimentos de carência, necessidade de tomar dos outros

Verdade – experiência da eternidade: sem começo e sem fim

Medo – de terminar, de morrer.

Equilíbrio – satisfação e constância que alimentam a vontade de continuar e

crescer.

Preguiça – insatisfação, oscilação constante que provoca cansaço e

vontade de desistir. Acaba com a fé.

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Como mudar da consciência do corpo para a consciência de alma?O primeiro passo é entender e sentir que eu tenho escolha entre experimentar tristeza ou alegria, lembrando do que eu posso ESTAR triste, mas que eu não SOU triste. Faço isso por meio dos pensamentos, eles são a "chave" que "abre a porta da minha consciência" eterna e original.

Tipos de PensamentosTemos diferentes tipos de pensamentos em relação a fortalecer ou enfraquecer a consciência da alma, ou seja, aquela que nos aproxima de nossa natureza original.

Pensamentos Puros - Aqueles relacionados diretamente às qualidades naturais da alma reforçam nossa força de vontade, facilitam as decisões e aumentam a qualidade das escolhas que fazemos no dia-a-dia. A estes, chamamos de elevados, pois elevam nosso poder espiritual, "recarregam as baterias" da alma.

Pensamentos positivos - São pensamentos afirmativos sobre algo. Não necessariamente nos tornam uma pessoa melhor. Mas se os usarmos para o nosso crescimento espiritual, aí eles se tornam muito valiosos. Já, se os usarmos apenas para aquisições temporárias e limitadas, eles não têm grande valor. De qualquer modo, sempre funcionam. Portanto, muita atenção, força construtiva no que você pensa!

Pensamentos úteis - Referem-se a questões práticas e objetivas. São pensamentos direcionados para resolvermos questões vitais, de subsistência, de trabalho, nos ajudam a simplificar tanto os aspectos físicos quanto os emocionais, evitando desperdício. São pensamentos que valem à pena.

Pensamentos inúteis - São pensamentos de desperdício. Não necessariamente são ruins, mas se tornam inúteis por estarem sendo usados na hora errada. Por exemplo, pagar uma conta é algo bom, é algo útil. Mas se você resolve fazer um almoço de família, no sábado, quando não há nenhum banco aberto, e, em vez de aproveitar a companhia da sua família, apreciar o momento presente, você fica preocupado com a conta que só poderá pagar na segunda-feira, isso é inútil.

Pensamentos negativos - São pensamentos baseados nas negatividades (descritos no quadro anterior). Estes pensamentos tiram a energia da alma e geram consequências desagradáveis como problemas de saúde e de

relacionamentos.

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Fundamentos da prática da meditação

O silêncio não é simplesmente a ausência de som, mas também é serenar a mente.

Sente-se confortavelmente numa cadeira ou, se for fácil para você, com as pernas cruzadas no chão. Se quiser, pode fechar os olhos pelo menos até que consiga fixar seus pensamentos. Se você quiser mantê-los abertos, simplesmente mantenha algum ponto diante de si e pisque normalmente. Se tiver alguma música instrumental suave, pode tocá-la para relaxar o ambiente. Certifique-se de que, dentro do possível, você não seja perturbado durante o tempo que queira se dedicar a essa experiência.

Fique consciente do tempo e do local presentes. Talvez você possa ouvir o som da música ou a sua própria respiração ou existam outras pessoas em volta, pássaros trinando ou o tráfego. O mundo inteiro está lá fora. Você sabe que existem certas situações que envolvem sua personalidade, sua família, seu trabalho, e assim por diante. É como se o mundo estivesse girando em seu curso normal, mas você tivesse parado por alguns minutos e se tornado o observador, separado de tudo isso. Você percebe que, nada nem ninguém podem interferir nisso.

Agora volte a atenção para seus pensamentos. Assim como você pode observar as coisas que acontecem ao seu redor, pode também examinar seus próprios pensamentos. Veja a mente como um palco, e pensamentos, ideias e imagens como atores entrando e saindo dele. Sem tentar expulsar nem lutar com nenhum pensamento ou ator, simplesmente deixe que venham e vão, enquanto você observa a criação deles, a experiência que trazem e o processo de observação em si.

Uma das maiores descobertas acontece agora: se posso observar meus pensamentos, eu não sou igual a eles. Eu sou o pensador, e não os pensamentos.

Agora traga toda a sua atenção para a região central da testa. Esse local entre as sobrancelhas pode ser considerado o assento da consciência no corpo, a partir do qual a vida é conduzida.

Todos os fragmentos soltos são reunidos num ponto. Esse ponto, no qual tudo está concentrado agora, é de fato você, o ser. Você é um ponto-fonte de energia consciente, conhecedor de sua própria existência.

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Agora, em vez de simplesmente observar os pensamentos, veja o que acontece quando conscientemente começa a criá-los de maneira ordenada:

Eu sou um ponto de energia radiante, consciente... Sinto-me incrivelmente bem em ser eu mesmo... Destacado... Sinto meu próprio poder interno de forma muito profunda... É incrível sentir que eu, de fato, sou essa forma concentrada de energia metafísica, que elabora o pensamento neste exato momento... À medida que aplico minha atenção nos pensamentos, eles se tornam cada vez mais lentos... À medida que tenho mais controle sobre eles, sinto um poder maior...

Nesse estado profundo de calma, começo a sentir minhas qualidades inatas de paz... amor... felicidade... verdade... pureza... poder.

Como um pequenino farol entre as sobrancelhas, a luz de suas qualidades se irradia... Torno-me uno com cada qualidade e difundo seus raios... Preencho a sala... Preencho tudo ao redor.

Percebo que sou a fonte de paz necessária para transformar as coisas que quero... A paz que estou sentindo é a minha própria paz... Algo que agora entendo como inerente a mim.

Fico mais alguns momentos na apreciação dessa experiência e volto vagarosamente à consciência do mundo a minha volta.