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_________________________________________________________________________________ Fatec Garça CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL GUILHERME BARTOLOMEU CORADINI IMPALÉA GUSTAVO HENRIQUE SERAFIM A INOVAÇÃO AUXILIANDO O MICRO E PEQUENO EMPREENDEDOR GARÇA 2013

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Fatec Garça

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

GUILHERME BARTOLOMEU CORADINI IMPALÉA

GUSTAVO HENRIQUE SERAFIM

A INOVAÇÃO AUXILIANDO O MICRO E PEQUENO EMPREENDEDOR

GARÇA

2013

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Fatec Garça

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

GUILHERME BARTOLOMEU CORADINI IMPALÉA

GUSTAVO HENRIQUE SERAFIM

A INOVAÇÃO AUXILIANDO O MICRO E PEQUENO EMPREENDEDOR

Trabalho de conclusão de curso

apresentado à Faculdade de Tecnologia

de Garça – FATEC, como requisito para

conclusão do Curso de Tecnologia em

Mecatrônica Industrial.

Orientador: Prof. Dr. Ulysses de Barros

Fernandes

GARÇA

2013

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Fatec Garça

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

GUILHERME BARTOLOMEU CORADINI IMPALÉA

GUSTAVO HENRIQUE SERAFIM

A INOVAÇÃO AUXILIANDO O MICRO E PEQUENO EMPREENDEDOR

Trabalho de conclusão de curso

apresentado à Faculdade de Tecnologia

de Garça – FATEC, como requisito para

conclusão do Curso de Tecnologia em

Mecatrônica Industrial, examinado pela

seguinte comissão de professores:

Data da aprovação: __/__/____

Prof. Dr. Ulysses de Barros Fernandes

FATEC Garça

FATEC Garça

FATEC Garça

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RESUMO

Esse trabalho tem como objetivo geral proporcionar o aumento da produtividade em um seguimento da construção civil, especificamente na produção de molduras de gesso, por meio da automação desse processo, utilizando ferramenta da mecatrônica industrial. Esse projeto é relevante pois apresenta um sistema de automação de baixo custo para o processo de produção de molduras de gesso, permitindo o aumento da produtividade, e estendendo a possibilidade de processo ser desenvolvido por pequenos empreendedores e empresas de pequeno porte, contribuindo com a inclusão social, além de garantir as questões ergonômicas dos operadores. O projeto foi elaborado por uma necessidade da demanda do produto e da necessidade de se pensar em algo que viesse a trazer uma melhor postura na confecção das molduras de gesso pois o que se mais notava era o desgaste físico dos operadores após a jornada de trabalho. Palavras-chave: automação, inovação, máquina de moldura de gesso, mecatrônica

industrial.

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ABSTRACT

This paper aims to provide overall increased productivity in a follow-up of construction , specifically in the production of plaster moldings , by automating this process using industrial mechatronics tool . This project is important because it presents an automation system for low cost production process of plaster moldings , enabling increased productivity , and extending the possibility of the process being developed by small entrepreneurs and small businesses , contributing to the inclusion social , and ensure the operators ergonomic issues . The project was developed through a need for product demand and the need to think of something that would bring a better position in the manufacture of plaster moldings because the more I noticed was that the physical operators after the workday . Keywords: automation, innovation , machine frame gypsum , industrial mechatronics

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INTRODUÇÃO

Um olhar sobre o processo manual com gesso permite perceber as

dificuldades com o trabalho mecânico, tanto na demora, como também na demanda

da força física e a ausência de precisão para a eficácia do processo.

O uso de tecnologias automatizadas contribui para minimizar/superar as

questões postas, pois o mercado exige cada vez mais, aumento e qualidade na

produção, o que implica na competição acirrada entre as empresas.

O alvo do inovador é a surpresa e a novidade. Mas, nem sempre isso se dá

pela via da invenção; quase sempre pelo rearranjo, pela combinação e pela

exploração. Essa é a sua força e virtude. Com esse sentido amplo, inovação tem

hoje presença obrigatória nas estratégias de desenvolvimento no mundo todo.

A inovação gerada em ambientes cada vez mais globalizado, destaca-se

atualmente como uma das mais significativas fontes do bom desempenho

econômico das nações. Com diferentes formatos, dimensões e características, os

processos de inovação geram aumento de produtividade, empregos de melhor

qualidade e elevação do nível de bem-estar, além de auxiliar no enfrentamento de

todos os desafios ligados ao meio ambiente.

È certo que invenção e inovação estão conectadas entre si. Em áreas

avançadas, invenções e inovações acontecem com tal frequência e velocidade que

nem sempre é fácil distinguir uma da outra, como nos laboratórios de nano e

biotecnologia.

Mas na economia real a inovação se refere a uma primeira comercialização

de uma idéia ou projeto; por isso mesmo, o mais privilegiado é sempre a empresa,

que é capaz de manter sintonia fina com a produção e a comercialização.

A invenção por sua vez, não tem o mesmo direcionamento. Realiza-se em

outra esfera, ocorre em qualquer espaço – nos laboratórios, nas universidades, nos

centros de pesquisas e nas firmas. Certamente há pontes e atalhos entre invenção e

inovação.

A compreensão de que a transformação de uma invenção em inovação nem

sempre é rápida e exige tipos diferenciados de conhecimento, de capacidade, de

habilidade e de recursos.

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O Fato é que a maioria das invenções mais relevantes passa por mudanças

drásticas ao longo de sua vida – mudanças que podem transformar completamente

seu significado econômico. Os melhoramentos que uma invenção recebe depois que

chegou ao mercado podem ser muito mais significativos, do ponto de vista

econômico, do que a própria invenção em sua forma primeira (1986, pp. 283-284)

(Kline e Rosemberg, 1980 apud Arbix, 2010)

A questão central é que as grandes invenções vêm ao mundo em condições

muito primitivas, o que inviabiliza sua comercialização imediata. È com a competição

entre firmas, fundamentalmente baseada em pequenas modificações, acréscimos,

copias, e distorções, que se dá a evolução para um objeto viável para o mercado.

Nessas condições, o processo de inovação é resultante de extensos processos de

melhoria, aperfeiçoamento, que podem envolver – ou não – tecnologia, pesquisas

básicas ou mesmo pesquisa aplicada na área da própria mecatrônica que acaba

sendo uma grande ferramenta para gerar inovação dos micros e pequenos

empreendedores.

Ou seja, todos os processos, descobertas, produtos ou serviços novos – não

importa se high-tech, low-tech ou no-tech – que adicionam valor econômico a

empresa são compreendidos como inovação.

O empreendedorismo, nessas condições, assume o lugar proeminente, pois

se manifesta como mediador, tradutor, interprete ou executor do trânsito entre o

conhecimento novo e sua apropriação e/ou comercialização por outras empresas,

não necessariamente as mesmas que estiveram na sua origem. Inovação e

mudança tecnológica surgem nesse modelo como principais emuladores do

desempenho das economias.

Atualmente para se destacar no mercado cada vez mais competitivo, é

necessário apresentar o perfil de empreendedor que apresente um diferencial que

promova a mudança e o desenvolvimento econômico. Esse novo profissional deve

ter a capacidade de inovar continuamente, trazendo idéias, que revolucionem a

maneira de administrar as decisões que, trarão o sucesso para a organização.

O presente trabalho tem por objetivo geral facilitar a técnica de trabalho com o

gesso, já que o trabalho se manualmente, exercendo muita força física, e o presente

TCC pretende sugerir que este trabalho seja executado automaticamente,

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contribuindo para um bom funcionamento de uma empresa, aumentando assim sua

produtividade e o seu resultado final.

O objetivo especifico do trabalho é utilizar ferramentas da mecatrônica desta

forma, os objetivos entram em cena, tais como: estudar os aspectos fundamentais

do processo; compreender se haveria interesse das empresas em diminuir o uso de

mão-de-obra no processo, aumentando assim a produtividade em menos tempo

fazendo com que ganhasse mais força

No mercado que cada dia fica mais competitivo pois a construção civil esta

em crescimento constante e por esse motivo esse projeto vem pra trazer tecnologia

nesta área distinta coisa que antes não havia fazendo com que os empresários

desta área ao adquirir o equipamento saiam na frente dos seus concorrentes pois

seria um diferencial porque o mundo globalizado cada vez mais exige qualidade

tempo de entrega e preço e esse equipamento vem pra trazer esse diferencial as

empresas desse ramo.

Para a realização deste trabalho optou-se pela pesquisa exploratória e pelo

estudo de caso (pois o protótipo foi aplicado em uma micro empresa de gesso) tendo

como função aprimorar a técnica utilizada. Serão utilizadas ferramentas para que se

possa verificar o controle de qualidade do projeto, como por exemplos com folhas de

verificação, com gráficos que nos mostrem que o projeto tanto pratico como teórico

tem certa eficácia para a empresa e para a sociedade, conforme abordado nos

tópicos seguintes deste trabalho.

MATERIAIS E MÉTODOS

Esse trabalho tem como objetivo geral proporcionar o aumento da

produtividade em um seguimento da construção civil, especificamente na produção

de molduras de gesso, por meio da automação desse processo, utilizando

ferramenta da mecatrônica industrial. Esse projeto é relevante pois apresenta um

sistema de automação de baixo custo para o processo de produção de molduras de

gesso, permitindo o aumento da produtividade, e estendendo a possibilidade de

processo ser desenvolvido por pequenos empreendedores e empresas de pequeno

porte, contribuindo com a inclusão social, além de garantir as questões ergonômicas

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dos operadores. O projeto foi elaborado através de uma necessidade da demanda

do produto e da necessidade de se pensar em algo que viesse a trazer uma melhor

postura na confecção das molduras de gesso pois o que se mais notava era o

desgaste físico dos operadores após a jornada de trabalho.

A idéia foi desenvolvida e pouco a pouco fomos incrementando ate chegar na

situação atual, em pleno funcionamento automatizado.

Fim de curso mecânico: é um termo genérico usado para referir-se a

um comutador elétrico que é capaz de ser atuado por uma força física muito

pequena. Ela é muito comum devido ao seu pequeno custo e extrema durabilidade,

normalmente maior que 1 milhão de ciclos e acima de 10 milhões de ciclos para

modelos destinados a aplicações pesadas. Servirá com auxiliar na programação do

programa de movimento da esteira.

CLP (Controlador Logico Programável): Os Controladores Lógicos

Programáveis ou CLPs, são equipamentos eletrônicos utilizados em sistemas de

automação flexível. São ferramentas de trabalho muito úteis e versáteis para

aplicações em sistemas de acionamentos e controle, e por isso são utilizados em

grande escala no mercado industrial. Permitem desenvolver e alterar facilmente a

lógica para acionamento das saídas em função das entradas. Desta forma, podemos

associar diversos sinais de entrada para controlar diversos atuadores ligados nos

pontos de saída.

As empresas estão se reorganizando para atender as necessidades atuais de

aumento de produtividade, flexibilidade e redução de custos. Destas necessidades

surgiram as necessidades de os equipamentos se adequarem rapidamente às

alterações de configurações necessárias para produzirem diversos modelos de

produtos, com pequenas alterações entre si.

No mercado há vários fabricantes de CLP, como: Siemens, Allen Bradley.

Mitchubishi, Weg, Telemecanique, entre outros. No nosso projeto foi utilizado um

CLP da Siemens, pois era o que nos tínhamos disponível no momento para

elaboração do projeto, além de ser mais prático por ser bem menor que os outros e

sua programação poder ser desenvolvida no próprio CLP, o que facilita e traz mais

agilidade (figura 1).

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Figura 1: Controlador lógico programável

Fonte: Manual Siemens logo (2010).

Válvula solenoide 5/2 vias : são os elementos de controle mais

frequentemente utilizados em fluidos São as suas tarefas para desligar, dose de

liberação, distribuir ou mistura de fluidos. Eles são encontrados em muitas áreas de

aplicação. Solenoides oferecem comutação rápida e segura, de alta confiabilidade,

longa vida útil, bom meio compatibilidade dos materiais utilizados, o poder de

controle baixo e design compacto.

Figura 2: Válvula Solenoide

Fonte: engepress.com.br

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Motoredutor 1HP : Motoredutor é um dispositivo mecânico que reduz a

velocidade (rotação) de um acionador.

Seus principais componentes são basicamente: Eixos de entrada ( ou Motor

de entrada) e saída, rolamentos, engrenagens, eixos sem-fim e carcaça.

O redutor de velocidade é utilizado quando é necessária a adequação da

rotação do acionador para a rotação requerida no dispositivo a ser acionado.

Devido às leis da física, quando há redução da rotação, aumenta-se o torque

disponível.

Existem diversos tipos e configurações de redutores de velocidade, sendo os

mais comuns os redutores de velocidade por coroa e rosca sem-fim uma vez que

seus valores de compra e de manutenção são muito mais inferiores do que

redutores de engrenagem.

Os redutores de velocidade trabalham normalmente com apenas uma taxa de

redução.

Engrenagem 31 dentes: é um elemento mecânico composto de rodas

dentadas que se ligam a um eixo, o qual imprimem movimentos. As engrenagens

operam aos pares, os dentes de uma encaixando nos espaços entre os dentes de

outra. Se os dentes de um par de engrenagens se dispõem em círculo, a razão entre

as velocidades angulares e os torques do eixo será constante. Se o arranjo dos

dentes não for circular, variará a razão de velocidade. A maioria das engrenagens é

de forma circular.

No nosso caso foi utilizado o sistema Pinhão-Cremalheira, neste sistema, a

coroa tem um diâmetro infinito, tornando-se reta. Os dentes podem ser retos ou

inclinados. O dimensionamento é semelhante às engrenagens cilíndricas retas ou

helicoidais. Na figura abaixo está mostrado um exemplo básico destas engrenagens.

Consegue-se através deste sistema transformar movimento de rotação em

translação.

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Figura 3:

Fonte: 2000pt.net/educacaotecnologica/engrenagens

Cremalheira: é uma peça mecânica que consiste numa barra ou trilho

dentado que em conjunto com uma engrenagem a ele ajustada, converte movimento

retilíneo em rotacional e vice-versa.

Contator: é um dispositivo eletromecânico que permite, a partir de

um circuito de comando, efetuar o controle de cargas num circuito de potência.

Essas cargas podem ser de qualquer tipo, desde tensões diferentes do circuito de

comando, até conter múltiplas fases.

Relé: é um dispositivo eletromecânico ou não, com inúmeras

aplicações possíveis em comutação de contatos elétricos. Servindo para ligar ou

desligar dispositivos. É normal o relé estar ligado a dois circuitos elétricos. No projeto

o relé foi utilizado pelo fato de não ser recomendado ligar o motor direto na saída do

CLP, então este fará a intermediação entre motor e CLP.

Motor: A maior parte da energia elétrica produzida industrialmente é

gerada em corrente alternada (CA) e isso justifica o amplo uso desses motores.

Motor Elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em energia

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mecânica. Assim ao ligarmos um motor á rede elétrica, ele irá absorver uma dada

quantidade de energia elétrica e, em troca, acionará uma carga. Motor de indução é

um motor elétrico construído de tal maneira que se têm dois campos magnéticos

girantes. A estrutura e construção de um gerador de indução é a mesma que a de

um motor. Um motor de indução é composto basicamente de duas partes: Estator e

Rotor.

Rotor: que é a parte móvel

Estator ou Carcaça: que é a parte fixa

O espaço entre o estator e o rotor é denominado entreferro. O estator

constitui a parte estática e o rotor a parte móvel. O estator é composto de chapas

finas de aço magnético tratadas termicamente para reduzir ao mínimo as perdas por

correntes parasitas e histerese. Estas chapas têm o formato de um anel com

ranhuras internas (vista frontal) de tal maneira que possam ser alojados

enrolamentos, os quais por sua vez, quando em operação, deverão criar um campo

magnético no estator. O rotor também é composto de chapas finas de aço magnético

tratadas termicamente, com o formato também de anel (vista frontal) e com os

enrolamentos alojados longitudinalmente.

Existem dois tipos de geradores ou motores de indução:

Gerador de Indução Gaiola de esquilo: No qual o rotor é composto de

barras de material condutor que se localizam em volta do conjunto de chapas do

rotor, curto-circuitadas por anéis metálicos nas extremidades.

Gerador de Indução com rotor Bobinado: No qual o rotor é composto de

um enrolamento trifásico distribuído em torno do conjunto de chapas do rotor.

O motor de indução é o motor de construção mais simples. Estator e rotor são

monta os soli ários, com um eixo comum aos “anéis” que os com õem O estator é

constituído de um enrolamento trifásico distribuído uniformemente em torno do corpo

da máquina, para que o fluxo magnético resultante da aplicação de tensão no

enrolamento do estator produza uma forma de onda espacialmente senoidal. A onda

eletromagnética produzida pelo enrolamento é uma função senoidal do espaço e do

tempo.

A aplicação de tensão alternada nos enrolamentos do estator irá produzir um

campo magnético variante no tempo que devido à distribuição uniforme do

enrolamento do estator irá gerar um campo magnético resultante girante na

velocidade proporcional à freqüência da rede trifásica. O fluxo magnético girante no

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estator atravessará o entreferro e por ser variante no tempo induzirá tensão

alternada no enrolamento trifásico do rotor. Como os enrolamentos do rotor estão

curto circuitados essa tensão induzida fará com que circule uma corrente pelo

enrolamento do rotor o que por conseqüência ira produzir um fluxo magnético no

rotor que tentará se alinhar com o campo magnético girante do estator.

Como o valor das tensões induzidas no rotor no caso de rotor bobinado

dependem da relação de espiras entre o rotor e o estator, o estator pode ser

considerado como o primário de um transformador e o rotor como seu secundário.

Este tipo de motor quando acionado por uma turbina e operando com uma

rotação acima da síncrona pode gerar potencia ativa e entrega-la ao sistema onde

está conectado.

Programação

A programação, como foi dito anteriormente pode ser feita no próprio

CLP, porém existe também um software do próprio CLP que foi utilizado que pode

ser usado para ser feita a programação.

Figura 4: Software LOGO! utilizado para a programação

Fonte: Elaborado pelos autores

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Toda a programação é feita em blocos com portas lógicas, que consiste em

controlar todo o trabalho manual em automático, fazendo assim o colaborador

apertar simplesmente um botão.

A programação é a seguinte:

Figura 5: Diagrama de bloco do protótipo

Fonte: Elaborado pelos autores

As entradas I, seriam os botões que o colaborador iria apertar para o trabalho

começar a ser realizado, e os dois fins de curso ( um em cada ponta da mesa)

determinará a parada do motor, ou seja, ao apertar o botão se manda sinal para o

motor ligar, e ao acionar o fim de curso no final da bancada, o motor desligara

automaticamente para o colaborador fazer as limpezas necessárias e dar inicio ao

processo de novo.

Além disso temos uma outra parte da programação que ira comandar a

solenoide, para que a moldura ao chegar no final da mesa, suba e na volta do

carrinho não estrague o que já foi feito já que o processo é somente em um sentido.

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Cálculos

Para fazer alguns cálculos nos baseamos nas seguintes fórmulas:

Engrenagem cilíndrica de dentes retos

A engrenagem cilíndrica de dentes retos é a mais comum que existe.

Figura 6: Movida e Motora do projeto

Fonte: Apostila de Engrenagens

Para a sua construção é necessário considerar uma série de dados, a saber:

l número de dentes (Z)

l diâmetro externo (de)

l módulo (m)

l diâmetro primitivo (dp)

l diâmetro interno (di)

l altura do dente (h)

l altura da cabeça (a)

l altura do pé do dente (b)

l passo (p)

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Figura 7: Exemplos de diâmetros

Fonte: Apostila de Engrenagens

Cálculo do módulo

O módulo (m) de uma engrenagem é a medida que representa a relação

entreo diâmetro primitivo (dp) dessa mesma engrenagem e seu número de dentes

(Z).

Essa relação é representada matematicamente do seguinte modo:

Dica: Os elementos dessa fórmula podem ser usados também para calcular o

diâmetro primitivo da engrenagem dp = m · Z.

Servem igualmente para calcular o número de dentes: Z =dp/m

Com o módulo e o número de dentes determina-se a ferramenta a ser usada

para fresar a engrenagem.

O módulo também auxilia nos cálculos para se encontrar todas as outras

dimensões da engrenagem já citadas.

Por causa disso, na realidade, é possível calcular o módulo partindo de

qualquer medida conhecida da engrenagem a ele relacionada. Por exemplo,você

pode calcular o módulo a partir da medida do diâmetro externo e donúmero de

dentes da engrenagem.

Cálculo do diâmetro externo

O diâmetro externo é igual ao diâmetro primitivo (dp) mais duas vezes a altura

da cabeça do dente (a) que, por sua vez, é igual a um módulo. Isso é fácil de

verificar, se você observar o desenho a seguir.

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Figura 8: Diâmetro externo da engrenagem

Fonte: Apostila de Engrenagem

Matematicamente, isso corresponde a:

de = dp + 2m

Como não temos um valor numérico para dp, fazemos a substituição dentro

da fórmula de cálculo do diâmetro externo (de).

Então temos:

de = dp + 2 · m

de = m · Z + 2 · m

A partir dessa fórmula, temos finalmente:

de = m (Z + 2)

Quanto a altura do dente e os outros valores já tínhamos a engrenagem em

mãos, então fizemos a medição da mesma e tivemos que projetar somente a menor

que no caso seria a nossa redutora.

A velocidade linear de um corpo define-se como o espaço percorrido pelo

corpo num determinado intervalo de tempo. Sendo "e" o espaço percorrido e "t" o

intervalo de tempo, a velocidade do corpo é calculada de acordo com a seguinte

fórmula: "v = e/t"

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Com esses cálculos podemos definir a velocidade que o carrinho percorre na

esteira, o que é de extrema importância para nós já que se a velocidade for muito

alta ficará marcas na peça de gesso, então a média é entre 15 cm/s.

Curiosidade

Ao começar as pesquisas para a realização do projeto, focamos não só em

deixar empresário e colaborador feliz, porem pensamos também no meio ambiente,

pois ao criarmos a primeira ideia e ao colocar em funcionamento, notamos que o

resto de gesso, o excesso que sobrava não poderia mais ser aproveitado, e todo

esse resto era desperdiçado e jogado em caçambas de lixos. Então procuramos

saber se não tinha alguma forma de reutilizar esse gesso.

O uso do gesso na construção civil brasileira vem crescendo gradativamente

ao longo dos últimos anos. Ganhou impulso a partir da década de 1990, com a

tecnologia drywall nas vedações internas de todos os tipos de edificações. A isso se

somam todos os usos tradicionais do gesso como material de revestimento, aplicado

diretamente em paredes e tetos, e com material de fundição, utilizado na produção

de sancas, molduras e outras peças de acabamento.

Desde o final da década de 1990, vêm sendo pesquisados métodos de

reciclagem deste material e já avançamos muito em pelo menos três frentes:

Indústria Cimenteira: para o qual o gesso é um ingrediente útil e

necessário, que atua como retardante da pega do cimento.

Indústria de Transformação: que pode reincorporar alguns resíduos ,

em certa proporção, em seus processos de produção (opção muito pouco utilizada

nos dias de hoje).

Setor Agrícola: no qual o gesso é utilizado como corretivo da acidez do

solo e na melhoria das características deste.

Essas três frentes de reaproveitamento já foram largamente testadas sendo

não só possíveis como economicamente viáveis. Portanto, representam importante

contribuição a sustentabilidade da construção civil brasileira.

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CONCLUSÕES e RESULTADOS

O projeto indicou uma ótima viabilidade, mostrando que além de melhorar e

colocar a empresa ainda mais presente no mercado de trabalho, pois a produção ira

aumentar em um curto tempo, ainda foi muito bem aprovado pelos empregados e

trabalhadores por pensarmos na parte ergométrica dos mesmos que sofriam com as

dores por causa do mal jeito que se colocavam a frente do equipamento.

Com base nos resultados foram feitos alguns cálculos para provar que é

possível e viável o projeto na micro empresa.

A tabela acima mostra o quanto se produzia com o trabalho manual e o

quanto passou a se fazer com o projeto automatizado.

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REFERÊNCIAS

NELPAS. Maquinas envasadoras 2012. Disponível em:

<http://www.nelpas.com.br/>. Acesso em: 20 ago. 2012. LOBOSCO E DIAS. Seleção e aplicação de motores elétricos.

BARTHO. Motores elétricos industriais e dispositivos de controle.

FILHO, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais.

Apostila Calculando Engrenagens Cilíndricas

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APÊNDICES

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Figura 9: Protótipo semi - pronto

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 10: Vista frontal com moldura

Fonte: Elaborado pelos autores

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Figura 11: Vista da engrenagem com motoredutor

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 12: Esquema Elétrico de inversão de frequência de Motor trifásico

Fonte: Elaborado pelos autores

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Figura 13: Esquema de ligação no CLP

Fonte: Elaborado pelos autores