Currículo Básico Comum do Espírito Santo

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  • 1. ... nas condies de verdadeira aprendizagem os educandos vo se transformando em reais sujeitos da construo e da reconstruo do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo. Paulo Freire CURRCULO BSICO ESCOLA ESTADUAL Prof. Maria Lucia Manikowski

2. CBC - Currculo Bsico Comum O Processo de Construo do Documento Curricular. Elaborado de forma coletiva e dialogada. Realizao de seminrio e grupo de estudos. 2004 ementas / plano de ensino. Publicao do livro: Poltica Educacional do Estado do Esprito Santo. 2005 identificao e cadastro de professores referncia de cada disciplina por SRE. 2006 seminrios /aes para construo do documento de diretrizes curriculares. 2007/2008 elaborao dos contedos bsicos 3. PRESSUPOSTOS TERICOS Todos foram mobilizados a pensar e propor alternativas poltico-pedaggicas com vistas promoo do educando e, consequentemente, da educao pblica. Valorizao e afirmao da vida / relao : ser humano natureza sociedade. O reconhecimento da diversidade na formao humana. A educao como bem pblico. A aprendizagem como direito do educando / aluno centro do processo. A cincia, a cultura e o trabalho como eixo CBC - Currculo Bsico Comum 4. CINCIA conhecimento produzido e legitimado ao longo da histria. CULTURA - algo vivo e dinmico que articula as representaes, smbolos e comportamento com o processo dinmico de socializao. TRABALHO - princpio educativo, forma pela qual a humanidade produz sua existncia na relao com a natureza e com seus pares. CBC - Currculo Bsico Comum 5. Conceituando Currculo. Um conjunto sistematizado de elementos que compem o processo educativo e a formao humana. Colocar em prtica o currculo na escola significa discutir a formao humana por meio do trabalho pedaggico; e, sobretudo, evidenciar a qualidade dessa ao. Currculo compreendido como ferramenta imprescindvel na compreenso dos interesses que atuam e esto em permanente jogo na escola e na sociedade. Fazem parte do currculo as relaes no interior da escola, seu modo de organizao e gesto, a participao da comunidade, a identidade dos estudantes e etc. CBC - Currculo Bsico Comum 6. Pensar o currculo na escola a partir da valorizao dos saberes e das prticas cotidianas no exclui a perspectiva dos programas e/ou contedos de ensino no currculo escolar. Pelo contrrio, esses dois elementos se completam. COMPETNCIAS & HABILIDADES COMPETNCIAS so entendidas como capacidade de agir em situaes previstas e no previstas, com rapidez e eficincia, articulando conhecimentos tcitos e cientficos a experi4ncias de vida e laborais vivenciadas ao longo das histrias de vida. HABILIDADES so entendidas como desdobramentos das competncias, como parte que as constituem. CBC - Currculo Bsico Comum 7. No se trata de definir o que o professor ir ensinar ao aluno e sim o que o aluno vai aprender para dispor de sua vida em sociedade. A articulao das competncias e habilidades com os contedos de ensino precisa estar conectada com a realidade social, cultural, econmica e histrica na qual o indivduo est inserido. preciso dar nfase ao principal sujeito da ao educativa: o aluno. CBC - Curriculo Bsico Comum 8. O sujeito da ao educativa: o aluno. Ningum nasce aluno, algum se torna aluno. necessrio compreendermos a infncia, a juventude e a vida adulta quando organizar todo o processo pedaggico da complexa dinmica da ao educativa. Estejam na infncia, juventude ou idade adulta, compreendermos, como ponto de partida e chegada do processo educacional, que os alunos da escola pblica estadual so sujeitos concretos, predominantemente jovens, em sua maioria de classe popular, filhos de trabalhadores formais e informais, que vivem no campo, na cidade, regies diversas com particularidades socioculturais e tnicas. E fundamental compreend-los e consider-los ao produzir referenciais novos, que retomem democraticamente a ao socializadora da escola, na especificidade de seus saberes e prticas. CBC - Curriculo Bsico Comum 9. A DIVERSIDADE NA FORMAO HUMANA. Seres humanos so diversos em suas experincias culturais, so nicos em suas personalidades e so tambm diversos em suas formas de perceber o mundo. Como toda forma de diversidade hoje recebida na escola, h a demanda bvia por um currculo que atenda a essa universalidade. So complexos os aspectos acerca da diversidade que precisam ser considerados, tais como: o tico, o CBC - Currculo Bsico Comum 10. A diversidade presente no currculo e na escola permite avanar para o campo da tica como processo de formao humana, que exige a busca por valores, solidariedade e justia, cultura de paz e cidadania, respeito s diferenas. O currculo deve, portanto, contemplar o ser humano em sua complexidade e dimenses que compem sua realidade objetiva de vida tanto dentro quanto fora da escola destacando-se as questes ambientais, as relaes tnico-raciais, a cultura de paz, os direitos humanos, a sexualidade, a tica e cidadania, dentre outras, contribuindo de fato para a formao humana. CBC - Currculo Bsico Comum 11. Educao de jovens e adultos: saberes, experincia de vida e de trabalho. A EJA no deve ser pensada como oferta menor, nem menos importante, mas como um modo prprio de fazer educao. A concepo de currculo que defendemos para a EJA tem como foco a formao humana, em que o trabalho transversaliza todo o currculo, considerando a especificidade dos sujeitos jovens e adultos, ou seja, sua caracterstica fundamental de serem trabalhadores. Isso implica formar ( e no treinar) os sujeitos para compreenderem a realidade e nela CBC - Currculo Bsico Comum 12. A educao especial na perspectiva da incluso escolar. A Educao Especial contemplada na Constituio de 1988, que enfoca o direito de todos educao. Na LDB a Educao Especial ganha um captulo e definida como uma modalidade. Aponta-se para a flexibilizao e adaptao curricular, pensando metodologias de ensino e recursos didticos diferenciados, processos de avaliao adequados ao desenvolvimento dos alunos com NEE (por deficincia, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotao). Ainda orienta para servios de apoio pedaggico especializado. CBC - Currculo Bsico Comum 13. Educao do Campo: o campo como lcus de produo de saberes. Os saberes campesinos deve-se compreender que o campo no deve ser pensado em oposio ao urbano. O currculo deve levar em conta a realidade dos sujeitos campesinos, que se educam na relao com a terra e com os outros sujeitos que produzem suas existncias a partir do cultivo desta. A organizao curricular da escola campesina implica participao e dilogo com a comunidade em seu entorno, visando que os contedos escolares sejam redimensionados a partir de um contexto produtivo e cultural dos sujeitos do campo. CBC - Currculo Bsico Comum 14. A Educao Ambiental com o perspectiva de uma sociedade sustentvel. A Educao ambiental um tema transversal a ser trabalhado em todos os nveis e modalidades de ensino na educao bsica. Seu iderio a formao de sociedades sustentveis que so, ao mesmo tempo, ecologicamente prudentes, economicamente viveis, socialmente justas, culturalmente diversas e politicamente atuantes. A promoo da Educao Ambiental em todos os nveis CBC - Currculo Bsico Comum 15. Educao das relaes tnico-raciais: afro-brasileiros e povos indgenas. Em 2003 47,3% da populao brasileira so negros. Em 2004 56,3% desses esto no ES. Somente 2% dos negros de todo o Brasil tm acesso universidade. A educao bsica dever contribuir para a ascenso social e elevao do percentual da juventude no s da negra, mas de qualquer outra etnia da sociedade brasileira nos diferentes cursos do CBC - Currculo Bsico Comum 16. Na Lei Federal 10639/03 LDB e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao da Relaes tnico-Raciais est previsto um currculo que contemplem a questo tnico- racial que responda s demandas advindas das especialidades, das pluralidades e da identidade brasileira, pois o Brasil um pas pluritnico e multicultural. Ensinar a histria e cultura afro-brasileira considerar as polticas de aes afirmativas como resposta s demandas da populao afrodescendente, por meio de polticas pblicas de reparao, reconhecimento e valorizao dos aspectos histrico-cultural-identitrios desse segmento populacional. promover o debate sobre as diferentes etnias que compem o povo brasileiro, procurando superar a lgica CBC - Currculo Bsico Comum 17. A temtica indgena no currculo escolar. No Brasil, a populao indgena de aproximadamente 454 mil ndios, distribudos em 220 povos e falantes de 180 idiomas, equivalendo a 4% da populao brasileira (Funasa,2006). No ES compreende cerca de 2.346 aldeados, sendo 2.109 da etnia Tupiniquim e 237, Guarani,, localizados em Aracruz. Em 1988, suas lutas pelo direito terra, sade, educao, diversidade e cultura foram contemplados na Constituio. A Abordagem do ndio nas escolas e nos livros didticos refora os esteretipos e os preconceitos sobre esse povo e perpetua uma invisibilidade de sua transformao histrica. Lei n 11.645/2008, inclui a abordagem da histria e cultura indgena em todo o currculo escolar visando o resgate de sua cultura e a valorizao do ndio como sujeito histrico que muito contribuiu para a formao do Brasil. CBC - Currculo Bsico Comum 18. DINMICA DO TRABALHO EDUCATIVO. Currculo um conjunto sistematizado de elementos que compem o processo educativo e a formao humana. necessrio que o professor assuma o lugar de quem tambm aprende e abdique do lugar de quem somente ensina, passando a mediar as aprendizagens, desafiando os alunos a serem tambm protagonistas de sua escolarizao. CBC - Currculo Bsico Comum 19. O professor precisa colocar-se como sujeito dialgico na prtica educativa, valorizando os conhecimentos trazidos pelo educando, bem como sua histria, ter atitudes pautadas no respeito vida e ao ser humano. Como mediador e facilitador da aprendizagem, o professor precisa dar ateno s dificuldades dos alunos, as caractersticas e aos estilos; e saber lidar e conviver com as diferenas, a multiplicidade de pontos de vista, os diversos ritmos presentes na escola. Estabelecer uma relao de confiana, aceitao mtua, autenticidade, horizontalizao dessas relaes, e saber diferenciar autoridade e autoritarismo CBC - Currculo Bsico Comum 20. O desafio de superar prticas repetitivas de desenvolvimento do trabalho pedaggico(metodologias de ensino e avaliao). A utilizao e o aproveitamento dos mais diversos ambientes de aprendizagem presentes na escola so premissas para fomentar um trabalho pedaggico de qualidade. O olhar do educador deve passar a se dirigir para as potencialidades e as dificuldades dos estudantes em sua interao com os contedos CBC - Currculo Bsico Comum 21. Momentos oficiais de avaliao previstos em calendrio anual: Conselho de Classe e recuperaes contnua, paralela e final. no conselho de classe que podemos compartilhar vivncias, angustias, informaes e traar metas de como melhorar e incrementar a atuao dos diversos atores que compem o universo escolar. A avaliao educacional realizada de forma sistemtica, criteriosa e comprometida com o destino social dos indivduos um instrumento essencial para promover o debate pblico e favorecer a promoo de aes orientadas para a superao do fracasso e o CBC - Currculo Bsico Comum