CUNHA Manuela Carneiro da.doc
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CUNHA Manuela Carneiro da, Historia dos Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, FAPESP, 1992.Resumo Elaborado pela acadêmica Juliana Fernandes 1º de Letras UFMS/CPTL.
Neste Texto a autora comenta sobre a história dos índios no Brasil, desde as
chegada dos europeus a costa do que hoje vem a ser as Américas. A historia do Brasil
começa com a chegada dos portugueses que maravilhados com a terra haviam
encontrado, e ao mesmo a presença dos povos que aqui viviam lhes causaram certo
receio com sua cultura, o que pó branco europeu julgou primitivos.
Acredita-se que os povos indígenas tenham vindo do continente asiático a cerca
de 12 mil anos atrás, há varias hipóteses de como eles tenham chegado a Américas, um
desses hipóteses é de que esses povos tenham atravessado o estreito de Bering quando
houve a glaciação causando o rebaixamento do mar e abrindo passagem para que esses
povos chegassem a America do norte e por ultimo a America do Sul.
A autora comenta que pouco se sabe sobre a população indígena, não podemos
afirmar suas origens, nem o numero da população indígena, porém os estudos nessa área
progrediram. A história dos povos indígenas nos prega várias armadilhas talvez pelo
fato de se desconhecida ouvimos pouco sobre, e na maioria das vezes cometemos
equívocos achando que a sociedade indígena é “um retrato do que foi o Brasil pré-
cabraliano” (p.11).
Os povos indígenas praticamente desapareceram cujas causas foram a grande
perseguição dos europeus com sua ganância, e política de extermínio conseguiram
acabar com os índios, que por sua vez lutavam contra a escravidão, vale ressaltar que a
epidemias foram a grande a grande causa da mortandade dos povos indígenas,
conseguiram reduzir uma população que estava na faixa de milhões para atualmente 200
mil habitantes indígenas no Brasil.
Ainda não se tem uma estimativa da população aborígine em 1492 e este assunto
causa discussões entre os estudiosos. Acredita-se que no Brasil a população indígena
atingia cerda de 6.8 milhões, e só na região amazônica, as estimativas são de que existia
na America do sul uma população 8.5 milhões de habitantes. Estás avaliações são
resultado de avaliações do grande genocídio cometido no século XIX, desconstruindo
assim a imagem de um continente despovoado que sempre nos foi passada pela historia
canônica.
A pesquisadora faz comentários a respeito das primeira relações entre os
portugueses e os índio, onde na metade do século XIX havia uma parceria entre eles,
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onde trocavam artefatos e iguarias, tinturas entre outras coisas. Mas essa parceira foi
desfeita a partir do momento que a colônia pensava nos índios como mão-de-obra e
assim nesse jogo de relações tensas havia também os missionários que tinham o
interesse de catequizar os povos aborígines.
No século XVII Portugal tinha interesse especiais na Amazônia nesta época a
presença dos jesuítas era forte, e esses trabalhavam quem o interesse de obter uma
enorme território missionário, no século seguinte com a influencia do rei de Portugal
foi inevitável a expulsão dos jesuítas do Brasil. Nos séculos seguintes o q se vê é uma
total ganância pela riqueza e total despreocupação com as terras indígenas.
No século de XX surgi um movimento para se criar o serviço de proteção ao
índio (SPI) que acaba em 1967 com acusações de corrupção, este é substituído pelo que
hoje conhecemos como Fundação Nacional do Índio (FUNAI), nos anos 70 o progresso
do Brasil e investimentos na transamazônica e barragens, faz dos índios um empecilho
porque assim era forçado um contato com grupos isolados que precisavam ser afastados
das estradas que estavam sendo construídas e das terras que seriam inundadas pelas
construção das barragens.
Nos anos 80 a presença dos índios em fronteiras era um perigo, e passou a ser
uma preocupação e empecilho para a segurança nacional. E assim no fim dessa década
multiplicam o numero de organizações não governamentais de apoio aos índios, e a
sociedade de certa forma começa a olhar para os índios quando organiza o movimento
indígena trazendo novidades na constituição que passa a reconhecer o direito de posse
das terras na qual sempre viveram.
Portanto nos cabe ressaltar que demorou cinco séculos para que fosse pensado o
quanto deixamos de preservar com a exterminação e escravização dos povos indígenas,
agora sabemos que temos que preservar o pouco da diversidade que nos resta para que
não se perca a cultura indígena e suas línguas que se extinguem, por falta de uma
política que ajude a preservar o futuro desses povos.