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QUÍMICA E CULINÁRIA: inserção de um estudo de caso Autora: Marilane de Jesus Ferreira 1 Orientadora: Fabiele Cristiane Dias Broietti 2 RESUMO Vários estudos têm confirmado a importância de trabalhar a problematização e a argumentação no Ensino de Ciências. Contudo, as evidências indicam que só ocorre argumentação quando são possibilitadas situações nas quais as interações entre os alunos são permitidas e encorajadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial do método Estudo de Caso e fazer com que o aluno se aproprie do conhecimento químico de forma significativa e concreta, proporcionando situações problemas que contextualizem o uso prático da química na vida cotidiana. O método Estudo de Caso é amplamente utilizado como ferramenta de ensino, no formato adotado neste estudo os alunos trabalharam em grupos e sozinhos, tanto em sala de aula, quanto em casa. Após terem recebido os casos, estudantes de química do 1º ano do ensino médio solucionaram uma série de questões que envolvem o ato de assar a carne, e os acompanhamentos da churrascada, pesquisando sobre a composição química e relacionando-as com o conteúdo presente no primeiro ano do ensino médio. O processo culminou na entrega do diário de caso e apresentações orais de cada um dos grupos sobre as possíveis soluções para os casos. Além de estabelecerem relações entre questões do cotidiano com a química a metodologia adotada ajudou os alunos no desenvolvimento de habilidades de comunicação oral e pesquisa. Palavras chave: estudo de caso; química; culinária; ensino médio. INTRODUÇÃO A disciplina de química de uma forma geral tem sido trabalhada nas escolas, com certa ênfase nas nomenclaturas dos compostos e suas fórmulas, muitas vezes se resumindo a isto. Essa excessiva atenção dada na memorização de fórmulas, nomes e fatos sem, no entanto, relacioná-los aos conhecimentos prévios que os estudantes 1 Especialista em Química pela Universidade Norte do Paraná, Graduada em Licenciatura em Química pela FAFICLA – Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Arapongas, Professora do Colégio Estadual Marques de Caravelas Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante. Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional - 2009/2011 – SEED/PR. [email protected]. 2 Doutoranda em Ensino de Ciências na Modalidade Química, Docente do Departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina.

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QUÍMICA E CULINÁRIA: inserção de um estudo de caso

Autora: Marilane de Jesus Ferreira1

Orientadora: Fabiele Cristiane Dias Broietti2

RESUMO

Vários estudos têm confirmado a importância de trabalhar a problematização e a argumentação no Ensino de Ciências. Contudo, as evidências indicam que só ocorre argumentação quando são possibilitadas situações nas quais as interações entre os alunos são permitidas e encorajadas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial do método Estudo de Caso e fazer com que o aluno se aproprie do conhecimento químico de forma significativa e concreta, proporcionando situações problemas que contextualizem o uso prático da química na vida cotidiana. O método Estudo de Caso é amplamente utilizado como ferramenta de ensino, no formato adotado neste estudo os alunos trabalharam em grupos e sozinhos, tanto em sala de aula, quanto em casa. Após terem recebido os casos, estudantes de química do 1º ano do ensino médio solucionaram uma série de questões que envolvem o ato de assar a carne, e os acompanhamentos da churrascada, pesquisando sobre a composição química e relacionando-as com o conteúdo presente no primeiro ano do ensino médio. O processo culminou na entrega do diário de caso e apresentações orais de cada um dos grupos sobre as possíveis soluções para os casos. Além de estabelecerem relações entre questões do cotidiano com a química a metodologia adotada ajudou os alunos no desenvolvimento de habilidades de comunicação oral e pesquisa.

Palavras chave: estudo de caso; química; culinária; ensino médio.

INTRODUÇÃO

A disciplina de química de uma forma geral tem sido trabalhada nas escolas,

com certa ênfase nas nomenclaturas dos compostos e suas fórmulas, muitas vezes se

resumindo a isto. Essa excessiva atenção dada na memorização de fórmulas, nomes e

fatos sem, no entanto, relacioná-los aos conhecimentos prévios que os estudantes

1 Especialista em Química pela Universidade Norte do Paraná, Graduada em Licenciatura em Química pela FAFICLA – Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Arapongas, Professora do Colégio Estadual Marques de Caravelas Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante. Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional - 2009/2011 – SEED/PR. [email protected] Doutoranda em Ensino de Ciências na Modalidade Química, Docente do Departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina.

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construíram ao longo de sua vida ou a acontecimentos do cotidiano dos alunos, acaba

por destacar a ação passiva do aprendiz que freqüentemente é tratado como mero

ouvinte das informações que o professor expõe.

Esse tipo de ensino com destaque à transmissão de conteúdos e que não leva

em conta a construção dos conhecimentos pelos alunos, certamente combinado a

outros fatores, ajudam a contribuir para o desinteresse que muitos estudantes têm

demonstrado por essa disciplina (BEJARANO, 1988). Reforçando esta idéia, a escola,

muitas vezes, acaba por transmitir uma visão distorcida da ciência, que aparece

fragmentada, pronta e acabada para os estudantes (KRASILCHIK, 1998).

O que se tem notado é que as aulas relacionadas às ciências da natureza e

neste caso específico as aulas de química são percebidas muitas vezes pelos alunos,

como um amontoado desconexo de leis e informações com pouco sentido prático (DE

MEIS, 2002). Isto pode estar associada ao fato de que, no cotidiano escolar, a química

é ensinada de modo teórico, normalmente desvinculada da realidade do educando. Não

restam dúvidas que para incorporar a disciplina de química por meio de práticas

cotidianas, tem-se que analisar a relação do conteúdo com a realidade do aluno.

A dificuldade, relacionada à capacidade dos alunos de fazer as abstrações

necessárias para entender teorias e modelos químicos, muitas vezes, acaba também

desmotivando os professores, levando-os a incitar a memorização em detrimento da

compreensão dos conteúdos químicos, gerando certo desconforto tanto para os

professores quanto para os alunos, fazendo com que estes últimos estabeleçam certa

aversão a determinados conteúdos, quando não à disciplina inteira. Essa situação leva

por conseqüência, a uma queda da qualidade do ensino e aprendizagem dessa

disciplina.

No entanto, sabe-se que para aprender ciência é necessário aprender a falar,

escrever e ler ciência de maneira significativa. Isso implica também em aprender a

reconhecer as diversas maneiras de expressar um mesmo significado, as diferenças

entre linguagem cotidiana e a linguagem científica e as principais características de

cada tipo de discursos (JORGE E PUIG, 2000).

Surge desta forma a necessidade da organização de aulas de química em que

os estudantes tenham oportunidade de praticar o raciocínio, a argumentação e a

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resolução de problemas, construindo socialmente os significados e desenvolvendo uma

compreensão conceitual com base mais sólida.

Neste trabalho nossa proposta foi a inserção de um estudo de caso para uma

aprendizagem significativa de alguns conteúdos químicos. O estudo de caso é uma

importante ferramenta de trabalho a ser usada, pois nele os alunos são os principais

indivíduos a se envolverem com o tema e ao professor cabe o papel de articulador na

organização da busca pelo conhecimento.

O método de estudo de caso é uma variante do método APB (Aprendizagem

Baseada em Problemas), também conhecido como “Problem Based Learning” (PBL), só

que com menor rigor científico, mas que oferece aos estudantes a oportunidade de

direcionar sua própria aprendizagem em situações relativamente complexas (RIBEIRO,

2008).

O método do estudo de caso desempenha um papel importante para ajudar o

aluno a entender a natureza do conhecimento científico, ao mostrar que a atividade

científica faz parte da atividade humana no seu cotidiano. O estudo de caso representa

uma investigação empírica e compreende um método abrangente, com a lógica do

planejamento, da coleta e da análise de dados (SÁ, 2006). Suas principais

características estão associadas à descoberta, a ênfase dada na interpretação e ao uso

de várias fontes utilizadas para a realização da pesquisa (TRIVINOS, 1987).

O Estudo de Caso como estratégia de aprendizagem tem o intuito de

possibilitar aos alunos o contato com problemas reais incentivando-os a direcionar sua

própria aprendizagem, familiarizando-se com personagens e circunstâncias

mencionadas em um caso de modo a compreender os fatos, valores e contextos nele

presentes com o intuito de solucioná-lo (SÁ e QUEIROZ, 2009).

A aplicação deste método pode ser diversificada e depende da forma como o

professor espera que os alunos trabalhem na solução do problema proposto. Segundo

Herreid (1998), o caso pode ter um caráter mais individual, onde o aluno deve

solucionar e elaborar uma explicação para o evento analisado; pode ter caráter de uma

aula expositiva, no qual o professor narra uma história aos alunos, a fim de que os

mesmos solucionem as questões propostas no texto e de atividade em pequenos

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grupos, onde os estudantes trabalham em colaboração e buscam soluções aos casos

analisados.

Em química, há lugar para qualquer uma dessas formas de abordar o estudo de

casos, dependendo exclusivamente de como o professor busca trabalhar com seus

alunos e da maneira que deseja conduzi-los ao conhecimento proposto.

Outro fator importante para o ensino e aprendizagem, considerado por Herreid

(1998), é que os casos devem seguir alguns aspectos importantes na sua elaboração,

tais como: deve ter utilidade pedagógica; ser relevante ao leitor; despertar interesse

pela questão; deve ser atual; curto; provocar um conflito; criar empatia com os

personagens centrais; forçar uma decisão; ter generalizações, narrar uma história e

incluir citações.

Após a escolha da forma como o estudo de caso será trabalhado com o aluno e

a construção do mesmo, outra importante etapa é a formulação de questões a serem

trabalhadas pelos alunos, considerando os objetivos esperados com a aplicação do

caso. Nessa etapa devem ser contemplados os conteúdos científicos a serem

estudados, as habilidades que se deseja que os alunos adquiram, as formas como

serão desenvolvidos os conceitos aprendidos e sua execução na formulação da

possível solução a ser apresentada.

Neste trabalho buscou-se por meio do método de estudo de caso fazer com que

o aluno se aproprie do conhecimento químico de forma significativa, proporcionando

situações problemas que contextualizem o uso prático da química na vida cotidiana e

avaliar a utilização do método do estudo de caso, no ensino médio, para a disciplina de

química.

METODOLOGIA

Para a realização desta proposta, durante os trabalhos desenvolvidos no PDE –

Programa de Desenvolvimento Educacional, foi elaborado um caderno pedagógico

como instrumento de organização e orientação para a implementação pedagógica na

escola. Neste trabalho, para o ensino e aprendizagem por meio do método do estudo

de caso o tema geral motivador foi a Culinária. Com relação ao tema escolhido,

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envolvendo a temática “A churrascada”, o mesmo pode ser justificado pelo interesse da

autora na relação da química com a culinária.

Segundo Wolke (2003), com o crescente interesse pela comida e culinária,

surge o desejo de entender princípios químicos e físicos que definem o comportamento

dos alimentos. A cozinha é um espelho da sociedade e as práticas alimentares

“unificam” o país do ponto de vista culinário por meio de “cozinhas regionais” como o

Churrasco à Gaúcha, tão famoso por todo o país.

A escolha do tema “A Churrascada” foi em função de ser uma refeição que

poucos rejeitam e que acabou se tornando uma parte da cultura nacional, servindo

como causa ou finalidade para inúmeros encontros familiares e fraternais. Considerado

alimento de confraternização e apreciado por quase todos é um dos mais antigos pratos

do mundo (VALVERDE, 1999). Sendo assim, relacionar a temática do churrasco com a

química pode suscitar uma discussão com a turma a respeito da composição química

presente nos componentes da “churrascada”.

Utilizando o método do estudo de caso, foram elaborados cinco casos

relacionados ao tema “A CHURRASCADA”, envolvendo o churrasco, a salada de

tomate, o pão, o refrigerante e a cerveja.

Os casos foram aplicados em seis turmas do primeiro ano do ensino médio,

sendo, cinco turmas na modalidade de ensino médio regular e uma turma da

modalidade de ensino profissionalizante - Técnico em Administração, do Colégio

Estadual Marques de Caravelas – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante,

localizado na cidade de Arapongas, Paraná. Todas estas turmas eram do período

matutino e as atividades foram desenvolvidas durante os meses de agosto a setembro

de 2010.

O intuito central da atividade consistiu em buscar uma melhor compreensão dos

estudantes acerca de determinados conteúdos químicos, desenvolvendo habilidades de

pensamento crítico-reflexivo, que incluem a identificação de questões chaves e de

informações relevantes para a resolução dos casos, buscando a melhoria das

habilidades de comunicação dos estudantes e favorecendo a troca de conhecimento

entre eles.

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As atividades tiveram início com a explicação da proposta pela professora para

as turmas participantes e em seguida foram entregues os casos, por meio de sorteios,

para cada equipe representada pelo seu líder.

Algumas orientações foram recomendadas aos líderes, no que diz respeito à

divulgação do caso aos demais integrantes do grupo, a organização e distribuição das

pesquisas individuais, a organização da produção coletiva, as orientações quanto à

formatação e entrega do trabalho final e ao modo como relatar as atividades diárias da

pesquisa no diário de caso que consistiu em um instrumento no qual eram descritos o

passo a passo da pesquisa, desde a organização inicial da equipe, o desenvolvimento

do trabalho e as conclusões das atividades.

Seguindo a proposta política pedagógica estabelecida na escola, no qual são

atribuídos 5,0 pontos a trabalhos desenvolvidos e 5,0 pontos para a prova escrita. Esta

atividade foi avaliada dentro dos 5,0 pontos do trabalho sendo divididos da seguinte

forma: 2,0 pontos para o diário de caso, 1,0 ponto para a entrega do material em CD e

2,0 pontos para a apresentação individual oral. Sendo o aluno desta forma avaliado

individualmente e coletivamente na realização do trabalho.

Foram elaborados cinco casos separadamente, no entanto, complementares

sendo estes sobre: o churrasco, a salada de tomate, o pão, o refrigerante e a cerveja,

para que ao final, os alunos pudessem somar seus conhecimentos específicos sobre

cada caso, resultando na compreensão do todo.

Todos os casos relatavam sobre um churrasco entre uma família para festejar

o aniversário de 52 anos de casamento de Dona Odet e Sr. Joaquim. Ao final de cada

caso havia questões que norteavam os assuntos a serem pesquisados pelos alunos.

Abaixo, seguem as descrições e os objetivos de cada caso.

No primeiro caso, o pai e seus filhos discutem assuntos relacionados ao

tempero e como acender a churrasqueira surgindo questões sobre o modo de se fazer

um churrasco. O objetivo da resolução deste caso estava em fazer com que os alunos

pesquisassem e interpretassem a química presente no processo de assar uma carne na

churrasqueira, diferentes composições químicas dos diversos tipos de carne (porco,

boi, frango, peixe), dos temperos (sal, vinagrete, pimenta), tipos de espetos, fumaça

decorrente da combustão, tipos de combustíveis, chamas azul e amarela, tipos de

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churrasqueiras e relacioná-los com os conteúdos de química presentes no 1º ano do

ensino médio.

No segundo caso, as noras do casal estão na cozinha preparando a salada de

tomate, e uma das noras começa a chorar devido à ação provocada pela cebola, a

outra preocupada faz alguns questionamentos, logo após, as duas noras começam um

diálogo sobre a composição química do tomate. O objetivo da resolução deste caso

está em fazer com que os alunos pesquisassem e interpretassem a química presente

na salada de tomate e que os alunos buscassem itens relativos à composição química

dos diferentes componentes da salada, das pimentas, do sal, do vinagre, do limão, do

óleo, da cebola, o poder antioxidante dos tomates e porque a salada murcha após um

certo tempo, outras questões com relação a diferença entre óleo e azeite, o significado

de calorias, a transformação do vinho em vinagre, relacionando com os conteúdos de

química presentes no 1º ano do ensino médio.

No terceiro caso, a avó e suas duas netas mantêm um diálogo, sobre os

ingredientes do pão que seria servido junto com o churrasco, questões como os

componentes da receita para fabricação do pão, a ação do fermento na massa e a

ausência de fermento no pão de queijo, vão aparecendo no decorrer do diálogo. O

objetivo da resolução deste caso estava em fazer com que os alunos pesquisassem e

interpretassem a química presente no processo de fabricação do pão, que os alunos

buscassem sobre a composição química dos diferentes tipos de farinhas, do sal, do

açúcar, das gorduras, do ovo, dos líquidos (leite ou água), a ação do fermento químico

e biológico na massa, a reação de caramelização, a temperatura do forno e relacioná-

los com os conteúdos de química presentes no 1º ano do ensino médio.

No quarto caso, os netos do Sr. Joaquim vão ao supermercado comprar

refrigerante para a churrascada do avô. Um dos primos, após fazer a leitura dos rótulos

e diante de tantas informações questiona sobre a presença ou não de alguns

componentes químicos nos diferentes tipos e marcas de refrigerantes. O objetivo da

resolução deste caso estava também em fazer com que os alunos pesquisassem e

interpretassem a química presente na composição dos diversos tipos de refrigerantes,

como também a presença dos sais minerais, dos aromatizantes, dos conservantes, dos

acidulantes, a diferença entre refrigerantes normais, diet, light e zero e o gás utilizado

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no refrigerante, relacionando-os com os conteúdos de química presentes no 1º ano do

ensino médio.

No quinto caso, Sr. Joaquim começa um diálogo com seus filhos a respeito de

cervejas caseiras, na seqüência um dos filhos questiona sobre a qualidade das

mesmas e envolve questões como o teor alcoólico em ºGL ou INPM, a fermentação e

cerveja sem álcool. O objetivo da resolução deste caso estava em fazer com que os

alunos pesquisassem e interpretassem a química presente nos processos dos diversos

tipos de produção de cervejas caseira e industrial, sua composição química, a diferença

entre cerveja clara, escura, sem álcool, normal e light e a diferença entre bebidas

destiladas e fermentadas, relacionando-as com os conteúdos de química presentes no

1º ano do ensino médio.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a realização deste trabalho, que consistia na resolução dos casos, os

alunos tiveram que elaborar um diário de caso, entregar um CD com a apresentação do

caso e realizar uma apresentação oral. Em virtude do extenso material obtido, optou-se

em analisar os diários de caso, uma vez que este diário resume bem todas as etapas

vivenciadas pelos alunos para resolver o caso. Das trinta equipes formadas, apenas

três equipes não entregaram o diário de caso na data estabelecida.

Para a análise desses diários, foram selecionados alguns critérios de forma a

entender como se deu o desenvolvimento da pesquisa em cada uma das equipes na

busca pela resolução dos casos. Os critérios analisados foram a escolha da equipe, a

escolha do líder, a distribuição das tarefas, os conteúdos abordados, as fontes

pesquisadas e as dificuldades ou facilidades encontradas. Estes critérios foram

selecionados com a finalidade de apresentar desde aspectos relativos à organização

quanto aspectos relacionados a conteúdos químicos.

No quadro 1, estão as informações retiradas dos diários referentes ao caso que

trata do churrasco.

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Quadro 1: Dados obtidos dos diários de caso

Critérios Caso: O CHURRASCOEscolha da equipe

• Amizade, compartilhamento• Não consta no diário• Afinidade, responsabilidade• Amizade, responsabilidade, cumprimento do dever, capricho e

organização• Inteligência, capacidade, afinidade, busca da perfeição, esforço,

Escolha do líder • Responsabilidade, acessibilidade a mídia• Não consta no diário• Acesso a mídia, responsabilidade• Responsabilidade, organização• Responsabilidade, esperteza, organização, dedicação, capricho,

criatividade, desempenho, agilidade,eficiênciaDistribuição das tarefas

• Acessibilidade ou não a Internet• Não consta no diário• Divisão por sorteio• Divisão dos temas e sorteio dos temas• Divisão por sorteio

Temas/Conteú-dos abordados

• Carvão, fogo, combustão, oxidação, composição dos gases, reação em cadeia, classificação dos combustíveis, diferença entre combustível e comburente, composição química da carne (água, minerais, carboidratos, vitaminas, matérias graxas, compostos nitrogenados: Proteínas (solubilidade), enzimas, aminas biogênicas, colesterol e purina, tipos de espetos (materiais: madeiras), composição química: Ácidos, Fenóis, Carbonilas, Hidrocarbonetos aromáticos policiclicos (HPA), decomposição da fumaça, defumação, função sal, vinagre, fermentação.

• Composição química das carnes bovina, suína, aves, peixes; composição química dos temperos como alho, limão, vinagre e sal. Sobre o fogo: combustão, comburente, combustível, fósforo, Carvão: composição química (antracito) carvão ativado, carvão mineral, carvão vegetal, hulha, lignito ou linhito, turfa. Espetos: madeira, aço inox, ferro, chairra(aço). Composição química da fumaça e defumação.

• Cortes bovinos, tipos de carnes usadas em churrasco, noções de ciência da carne: estrutura da carne, composição química da carne, características organolépticas, problemas na coloração, odor e sabor, suculência, maciez, alterações na carne processada ( resfriamento, congelamento, descongelamento, efeito da salga, efeito da cocção), proteínas, gorduras, vitaminas, capacidade de retenção de água, pH, características nutricionais, palatabilidade e textura. Temperos do churrasco, sal, alho, ação antioxidante, composição química, pimenta: piperina, capsaicina, funções orgânicas, óleo, vinagre, fermentação acética; destilação e carbonização da madeira, carvão: tipos de carvão; fogo: combustível, comburente, tipo de chama; combustão completa e combustão incompleta; diferença entre o sal grosso, o sal refinado e light, fumaça; defumação, composição física e química da fumaça.

• Tipos de churrascos, receita, cortes do boi, cortes do porco, cortes do frango, composição química da carne bovina, valor nutricional; características orgalolépticas como cor, problemas na coloração da carne,

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odor e sabor, suculência, maciez, alterações na carne processada, efeito do resfriamento, congelamento, descongelamento, efeito de salga e efeito de cocção. Tempero: sal grosso, sal refinado, sal marinho, reações químicas, composição química, espeto diferença entre o espeto de ferro e o de madeira, tipos de churrasqueiras, tipo de carvão (eucalipto) e fumaça. Combustão: fogo, combustível, comburente, calor, reação em cadeia, formas de combustão (combustão completa, combustão incompleta, combustão espontânea e explosão), forma de propagação: condução, convecção e irradiação.

• História do churrasco, origem do nome, tipos de churrasco, dicas de como acender o fogo, deixar a carne suculenta, tipos de carnes, higiene e qualidade das carnes, composição química, armazenamento e congelamento, embutidos, temperos: sal grosso, a química do alho, tipos de temperos, churrasqueira, facas ( aço doce, aço de “solingen”, cabo de madeira, cabo de plástico branco),fósforos, álcool, chaira, pedra de afiar, carvão, álcool. Tempero: ervas e condimentos; produtos usados para acender churrasqueiras: etanol, metanol, óleo, fogo: química do fogo, reações químicas, forma de combustão, chama, reação de combustão,fumaça e composição química.

Fontes pesquisadas

Pesquisa em sites e livros como: www.azcessa.com; www.catep.com.br; www.guiauniversitariosp.com; COLMENERO,F.J. Procedimentos de las características finales delos productos amicos. Alimentacion equipos y tecnologia, v.4, p.73-78, 1992. DECKER E.A.XU.Z. Minimizing rancidity in muscle foods. Fogy. V.52, N.10. p.54-59. 1998. ENGLISH, R. Therole of beef in the Australian diet. Search. V.23. n.7. p.226-228.1992. FILLION. L. HENRY.C.J.K. Nutrient losses and gains funing a review. International Journal of Food Sciences and Nutrition. V.49. p. 157-168. 1998. FLORES. J. BERMELL. S. Estructura, composicion y propiedades bioquímicas de lãs proteínas miofibrilares, inas miofibrilares. .Rev. Agroquim. Tecnol. Aliment. Valencia. V. 24. n.1. p.15-24. 1995.

Dificuldades/facilidades encontradas

• Falta de acesso por alguns integrantes da Internet em casa, dificuldade para se reunir fora da escola por morarem longe, a maioria das reuniões eram dentro da escola na hora do intervalo e aulas vagas.

• Não consta no diário.• Dificuldade de acesso aos itens da pesquisa ajuda de parentes (tias, tios,

primos) para a pesquisa.• Apesar de acharem o trabalho extenso, consideraram que não foi tão

complicado, participação do grupo e o cumprimento do dever de cada um (prazo), facilitou o trabalho.

• União, compromisso, participação.Alunos participantes

1º C: 7 alunos, 1º Tec A: 8 alunos, 1º B: 7 alunos, 1º A: 7 alunos, 1º E: 6 alunos

Quanto à escolha da equipe pode-se observar que alguns critérios foram

facilmente identificados em mais de uma equipe como a responsabilidade e amizade,

qualidades estas caracterizadas pela empatia pessoal dos integrantes.

Quanto à escolha do líder a responsabilidade, a organização e o acesso à mídia

foram os mais salientados pelos alunos. Outro ponto forte está na capacidade de

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gerenciar e distribuir as atividades entre os demais membros do grupo. Quanto à

distribuição das tarefas para a pesquisa individual e coletiva na maioria dos grupos

analisados isso se deu por meio de sorteio.

Com relação aos temas e conteúdos abordados verificou-se a extensa pesquisa

feita pelos alunos, compreendendo desde o histórico do churrasco a tipos de carnes,

cortes, características organolépticas e alterações que podem ocorrer no

processamento. Outros tópicos abordados foram à composição química dos diversos

tipo de temperos, da fumaça. Alguns alunos explicaram de forma bem clara as reações

de combustão e os tipos de chamas.

O que também chamou atenção é que em alguns diários foram relacionados

sobre o tecido muscular, ácidos graxos presentes nos diferentes tipos de carnes, foi

citado também que os lipídios estruturados possuem efeitos benéficos e maléficos para

a saúde e os diferentes tipos de gorduras LDL e HDL. Sendo assim, foi explicado a

composição da carne em aspectos físicos e biológicos fazendo com que houvesse uma

interação entre conteúdos de diferentes áreas.

Aspectos quanto à importância da higiene da carne, questões que envolvem o

transporte, congelamento e armazenamento das mesmas, como dicas sobre

amaciamento de carnes e receitas, também foram descritos.

Pesquisas sobre a produção de madeira para extração vegetal, tipos de

churrasqueiras ou grelhas, tipos de espetos, tábuas de corte, facas de churrasco, facas

de desossa, garfos trinchantes, pinças, carvão, álcool líquido ou em gel e ou outros

componentes químicos para iniciar o fogo, também foram citados e discutidos por

alguns grupos.

Quanto aos conteúdos químicos, propriamente ditos estes permearem conteúdos

que envolvem as áreas da química geral, inorgânica, físico-química e orgânica. Sendo

alunos do 1º ano do ensino médio e o trabalho desenvolvido no decorrer do 3º bimestre,

o que mais se destacou na apresentação foram conteúdos relacionados à tabela

periódica e aos elementos químicos contidos no minerais e fórmulas presentes na

composição química dos diferentes tipos de carnes , na combustão e ligações

químicas presentes nas fórmulas apresentadas.

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Quanto às fontes consultadas, a maioria dos grupos buscou em sites e livros. E

quanto às dificuldades encontradas foi mencionado mais de uma vez a falta de acesso

a internet por parte de alguns integrantes e a distância entre os mesmo. Quanto à

facilidade alguns grupos citaram que o trabalho não foi difícil, e que alguns assuntos

foram mais fáceis de pesquisar do que outros, mas no geral os grupos relataram que a

facilidade se deve ao fato de existir a Internet para se pesquisar, o que facilita a busca

dos diversos assuntos. No entanto as orientações dadas pela professora sempre

orientavam as informações oriundas da internet.

Na busca pela resolução deste caso, os alunos puderam conhecer alguns

compostos e processos químicos presentes no churrasco e compreender os

questionamentos lançados pelos filhos do Sr. Joaquim, como a melhor forma de

acender uma churrasqueira, se o álcool líquido é realmente perigoso, que outro material

poderia ser utilizado seguramente. A eficiência do óleo de soja como combustível e a

utilização do sal grosso como tempero, tanto em termos químicos como com relação à

saúde. Foi possível também tomar conhecimento da presença de muitos conceitos

químicos em simples itens da churrascada, desde a carne, temperos, espetos,

churrasqueiras, carvão, fumaça, fortalecendo a aprendizagem de diversos conceitos

dentro da química e suas relações com o cotidiano.

Quadro 2: Dados obtidos dos diários de caso

Critérios Caso: SALADA DE TOMATEEscolha da equipe • Não consta no diário

• Responsabilidade e amizade• Não consta no diário• Responsabilidade e amizade• Afinidade, mesmo grupo em diversos trabalhos, responsabilidade

Escolha do Líder • Não consta no diário• Não consta no diário• Não consta no diário• Não consta no diário• Não consta no diário• Responsabilidade e liderança

Distribuição das tarefas

• Não consta no diário• Sorteio ficando cada aluno com um tema com data pré-definida para

entrega.

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• Sorteio ficando cada aluno com um tema e elaboração do trabalho final e power point feito pelo grupo.

• Não consta no diário.• Divisão por afinidade do tema em grupos de pesquisa, separadamente.• Por sorteio e em dupla, cada grupo pesquisou um tema.

Temas/Conteúdos abordados

• Origem e composição química do tomate, benefícios do tomate. Azeite de oliva: tipos de azeite: virgem, refinado, do bagaço de oliva, composição química; vinagre: tipos de vinagre: vinagre balsânico, de sidra ou macã, de malte, de arroz, de vinho, de álcool, de champagne, de xerez, vinagres aromatizados e composição química.

• Origem, características e gastronomia do tomate, vitamina C, licopeno e valor nutricional. Composição química da cebola, poder antioxidante. Composição química das pimentas, capsaicinóides e piperina. Saladas muchas X concentração de soluto e solvente, turgidez, osmose, acidez do vinagre, concentração dos sais da solução e flacidez. Composição química do limão: vitaminas A, C( ácido ascórbico) e do complexo B1, B2, B3, sais minerais( cálcio, fósforo,magnésio, potássio, enxofre e ferro) limoneno, ácido cítrico, pH, , características, origem e variedades. Vinagres: álcool, ácido acético fermentação, grau alcoólico, acidez fixa e volátil e pH. Dados físicos e químicos do cloreto de sódio, cloreto de magnésio, sulfato de magnésio, umidade, refinação, conservantes, estrutura ( retículo cristalino), íons sódio e cloro, dissolução, dissociação iônica, diferença entre sal light e sal marinho, a importância do sódio e do iodo.

• Origem, características, composição química, gastronomia, tipos de tomates, variações de colorações, colheita, dados econômicos e curiosidades sobre o tomate. Composição química da cebola: ácido sulfúrico, Vitamina A, Vitamina B1 ( tiamina), Vitamina B2 ( riboflavina), Vitamina B5 (Niacina), Vitamina C ( ácido ascórbico), sais minerais ( potássio, fósforo, cálcio, sódio, silício, magnésio, ferro),flavonóides, quercetina e tipos de cebolas. Vinagre: Acetificação, fermentação, solubilização, composição química e tipos de vinagre, vinagre de sidra, vinagre de álcool, vinagres aromatizados, de arroz, Balsâmico, de champanhe, maçã, de malte, de vinho, xerez. Pimentas, capsaicina, tipos de pimentas: comari, pimenta de cheiro, pimenta chifre de veado, pimenta malagueta, pimenta calabresa, do Chile, habanero, da Jamaica, do reino, caiena, jalapeno, dedo-de-moça, Síria. Sal de cozinha, sua composição química, diferença entre sal de cozinha( mistura de NaCl e compostos de iodo) e NaCl ( formação por íons), entre sal grosso e o sal refinado ( granulometria), light( mistura meio a meio de cloreto de sódio e cloreto de potássio) outros tipos de sal: sal marinho, sal grosso, sal light, salkosher, salquerande, sal defumado, sal de aipo, gersal, sal iodado. Agrotóxicos: histórico, Agrotóxicos proibidos como o DDT e alguns agrotóxicos usados: pesticidas organofosforados, e carbamatos, organoclorados, cloro-fosforados. Ação dos agrotóxicos: Ação de contato, de ingestão, de profundidade, fumigante e sistêmica.

• Conceito, origem e composição química do tomate, licopeno, substâncias antioxidades: carotenóides, tocoferóis e polifenóis. Composição química da cebola: sulfuretos, ácido sulfénico, ácido sulfúrico, flavonóides, quercetina, licopeno. Composição química do limão vitamina C (ácido ascórbico - C6H8O6), limoneno, vitamina B1, B2, Vitamina C, sulfóxido de cisteína. Alguns temperos, sal, vinagre, azeite – osmose, vegetais hipertônicos.

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• Composição química do tomate: Vitaminas A, B,e C,vitamina E sais minerais (fósforo, ferro, potássio, cálcio, cobre,zinco e magnésio), glucose, sucrose, proteínas, substâncias pécticas, hemicelulose, celulose, ácidos orgânicos, ácido málico, ácido citrico, polifenois, pigmentos, ácido cítrico, ácido nicotínico, biotina, ácido fólico, frutose, carotenóides (licopeno e o betacaroteno). Alguns agrotóxicos: endossulfan, acefato e metamidófospiretróides deltametrina, cipermetrina e λ-cialotrina, cloripirifós. Composição química da cebola: ácido propenilsulfênico, compostos sulfurados, (enxofre, sulfóxido de aminoácido cisteínas, enzimas (alinases),ácido propenilsulfênico. Composição química do azeites e vinagres. Limão: vitamina C, sais minerais( fósforo, potássio, enxofre, magnésio). Pimenta: capsaicina. Salsinha: Vitamina A, vitamina B1, Vitamina B2, Vitamina C, Vitamina D.Sal: sal de cozinha ( NaCl- cloreto de sódio, KI –iodeto de potássio, ferrocianeto de sódio.

• Composição química do tomate: caratenóides (licopeno), ação antioxidante, radicais livres, tocoferois, polifenóis, clorofila a, clorofila b, feofitina, licopeno, luteína, fitoeno, β-caroteno, etileno, vitaminas A, B, C. Composição química cebolas: quercetina, antocianinas, ácido sulfênico, ácido sulfúrico, lisonina, sulfóxidos de cisteínas, compostos organosulfurados , ácidos voláteis, água, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, sais minerais( selênio, potássio, fósforo, cálcio, sódio, silício, magnésio, cloro, ferro), síntese do clesterol, Vitamina A, vitamina B1(tiamina), Vitamina B2(riboflavina), Vitamina B5, Vitamina C(ácido ascórbico). Composição química da pimenta e a conservação da saladas, osmose, solvente X soluto, concentração. Azeites e vinagres: classificação dos azeites, tipos de azeite ( azeite virgem extra, azeite virgem, azeite virgem corrente, azeite virgem lampante, azeite DOP, azeites biológicos, azeite de quinta, azeite elementares ou monovarietais), processo de refinação, grau de acidez, ácido linoléico, ácido oléico, ácidos graxos saturados e insaturados, oxidação. Alho: Flavonóides, denosina, pectina, saponinas, compostos fenólicos, mucilagens, carboidratos, ajoeno, proteínas, ácidos graxos, alicina, Vitamina A, Vitamina B1, vitamina B2, Vitamina B5, Vitamina B6, Vitamina B8, Vitamina C, vitamina D, vitamina D, ácido salicílico, sais minerais( selênio, zinco,enxofre, fósforo, cálcio, ferro, magnésio, sódio), proteínas e lipídios. Limão: ácido cítrico, vitamina C (ácido ascórbico), vitamina P, sais alcalinos (citrato de cálcio, citrato de magnésio, citrato de ferro, citrato de potássio). Sais : Cloreto de sódio (NaCl), Iodeto de cálcio (CaI2), Sulfato de Potássio ( K2SO4), Nitrato de sódio ( NaNO3), cátion Na+

, aniôn Cl- , função química dos sais, nomenclatura dos sais. Fontes pesquisadas

Pesquisa em sites e livros como: Davies & Robson (1981)http://www.brasilescola.com/saude/cebola.htm , http://www.mundodastribos.com/cebola-fonte-de-saude.html , http://wikipedia.org/wiki/p%C3%A1gina_principal , www.google.com.br, http://www.feagri.unicamp.br/tomates/consumidordicas1.htm, http://pt.wikipedia.org/wiki/cebola , http://www.seleccoes.pt/tipos_de_cebolas , http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/ http://www.mulherdigital.com/tipos-, http://www.estadao.com.br/noticia http://futuropresente.com.br/blog/index.php/2008/06/quais-os-tipos-de-sal/ http://bloghipertonico.blogspot.com/2010/06/por-que-salada-tempera. http://mundoestranho.abril.com.br/alimentacao/pergunta_286998.sht http://www.brasilescola.com/quimica/pimenta-arretada.htm , http://brasilescola/quimica/cebola-lagrimas-quimica-explica.htm , http://karousse.blogspot.com/2010/08/tomate-e-fruta-ou-legume.html/ ,

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http://www.revistadada.com/ http://cnph.embrapa.br/sistprod/cebola/colheita_e_poshtm/ , http://belezaesaude.dae.com.br/alface/ , http://www.vitaminasecia.hpg.ig.com.br/limaoorientacao.htm , http://bioradicaisbio.blogspot.com, http://scienceblogs.com.br/quimicaviva http://www.quimicalizando.com/

Dificuldades/facili-dades encontradas

• Não consta no diário de caso.• Interagiram sem dificuldades, reunião na casa dos alunos e no colégio.• Não consta no diário.• Dificuldade de interação por falta de responsabilidade de alguns alunos,

por não concordarem com as opiniões do grupo, os alunos optaram por retirar os dois alunos por não terem cumprido as obrigações escolares.

• Não consta no diário de caso• Não consta no diário de caso

Alunos participantes

• 1ºC: 5 alunos, 1º A: 7 alunos, 1º Téc A: 7 alunos, 1º E: 7 alunos, 1º D: 7 alunos , 1º B: 8 alunos

Conforme as informações contidas nos diários, pode-se observar que quanto à

escolha da equipe alguns critérios foram facilmente identificados como a

responsabilidade e a amizade que se apresentaram como pontos fortes na escolha da

maioria das equipes. Quanto à escolha do líder apenas uma equipe relata que foi feita

por responsabilidade e liderança de um dos membros e as demais equipes não

mencionam como foram feitas às escolhas.

Quanto à distribuição das tarefas para a pesquisa individual e coletiva na maioria

dos grupos ocorreu por sorteio, uma equipe por afinidade ao tema e uma equipe optou

por distribuir a pesquisa em duplas.

Quanto aos conteúdos abordados todos os grupos pesquisaram sobre a

composição química dos diversos componentes da salada de tomate, como o tomate, a

cebola, temperos (sal, vinagre, pimentas, azeites). Foram abordados conceitos sobre

poder antioxidante e seus benefícios para a saúde, estudos sobre cebolas transgênicas

para evitar o choro, explicações sobre o porquê a salada murcha após certo tempo,

diferença entre óleo e azeite, calorias, transformação do vinho em vinagre. A relação

estabelecida com os conteúdos do 1º ano se deu com a Tabela periódica, os elementos

suas características e as funções inorgânicas.

Vale ressaltar que na pesquisa muitos grupos descreveram a origem, os tipos de

tomates, o processo de osmose, a composição química de temperos como salsinha,

orégano, coentro, pimenta e tipos de pimenta, história do azeite, seu processo de

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produção, tipos de vinagre e até mesmo os aspectos envolvendo os agrotóxicos

utilizados na plantação como monitoramento do uso e o perigo dos resíduos de

agrotóxicos.

Quanto às fontes consultadas, a maioria das equipes buscaram em sites os

conteúdos e temas abordados.

Quanto às dificuldades e facilidades encontradas foi mencionado em um dos

diários que embora as pesquisas estivessem sendo realizadas com qualidade um dos

componentes do grupo teve que ser retirado por faltar com as obrigações. Cabendo a

professora fazer o remanejamento do aluno para outra equipe.

Quanto à facilidade alguns grupos citaram sobre a aceitação do tema, que a

principio não gostaram, mas que “se deram bem” na pesquisa, pois encontraram

facilidade em pesquisar sobre os itens relacionados à salada de tomate. Uma das

equipes relata que não encontraram dificuldades na interação e reuniões do grupo.

Quanto às resoluções do caso, os grupos, procuraram por meio das pesquisas,

ajudarem as cunhadas Kelly e Simone a entenderem os componentes e processos

químicos presentes na salada de tomate, como a identificação do ácido presente na

cebola, e as fórmulas químicas do licopeno e da Vitamina C, articulando-os aos

conteúdos de química já estudados, como a presença dos elementos químicos e as

ligações químicas.

Quadro 3: Dados obtidos dos diários de caso

Critérios Caso: PÃOEscolha da equipe • Amizade, morar perto, responsabilidade

• Responsabilidade, afinidade, • Não consta no diário de caso• Amizade, Confiança, companheirismo, compromisso, inteligência,

espírito de parceria,morar perto.• Comprometimento,

Escolha do líder • Organização, responsabilidade, liderança• Responsabilidade• Não consta no diário de caso• Por ter acesso a Internet, impressora. • Atitude individual

Distribuição das tarefas

• Por sorteio• Escolha democrática• Por sorteio

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• Por sorteio• Não consta no diário de caso

Temas/Conteúdos abordados

• Farinha, água ou leite ou iogurte ou cerveja, fermento ( químico ou biológico), bicarbonato de sódio, açúcar, gordura, ovos, carnes, queijo, frutas, vegetais, semente, nozes. Tipos de pães: Pão branco, Pão integral, Pão de queijo. Composição da farinha de Trigo: proteína, gordura, carboidrato, açúcar, fibras, sais minerais e vitaminas. Farinha Branca: carboidratos, proteínas, fibras, triglicerideos, glicose, ferro e ácido fólico. Farinha de Centeio: carboidratos, proteínas, gorduras totais, gordura saturada, gordura trans, fibras, sais minerais (sódio, cálcio, fósforo, ferro, potássio) e ácido fólico. Diferenças entre polvilho azedo e polvilho doce. Composição do leite, esterilização, pasteurização, componentes orgânicos, glucídios, lactose, proteínas, lipídios, vitamina, sais minerais, soluções, suspensões, emulsão, liofilização. Tipos de leite: integral (3,2% de gordura), leite desnatado (inferior 0,03% de gordura), semidesnatado (entre 1,5% a 1,8% de gordura). Leite em pó liofilizado (extração por atomização e evaporação) , leite condensado concentrado ( açúcar e extração de água) , leite em pó evaporado, leite enriquecido ( vitaminas, cálcio, fósforo, Omega 3 etc). Categorias do Leite: Leite tipo A, leite tipo B, leite C.. Cloreto de Sódio (NaCl), diferença entre sal marinho e light. Açúcar: açúcar invertido (cana-de-açúcar), glucose (milho), mel (abelhas), malte (cevada), Composição dos fermentos, reação de fermentação, Fermento Químico: NaHCO3 , ácidos, anidrido carbônico, água, CO2 tartaratos, sais como fosfatos, sulfato de potássio, sulfato de cálcio, sulfato de sódio, sulfato de alumínio, amido. Fermento Biológico: levedura, glicose, gás carbônico, álcool, ação de zimase. Tipos de Pão e composição: pão ázimo (farinha de trigo, água, sal, sem adição de fermento) pão francês (farinha de trigo, água, sal, fermento). Óleo Vegetal: ésteres de glicerina, ácidos gordos, insolúveis em água, gordura trans, ácido graxo, hidrogenação. Tipos de óleos vegetais ( caju, óleo de rícino (mamona),óleo de linhaça, óleo de uva, óleo de cânhamo, mostarda, óleo de papoila, óleo de colza, óleo de sésamo, óleo de girassol, óleo de amêndoas, alperce, abacate, milho, algodão, coco, avelã, neem, azeitona, palma, amendoim, abóbora, soja, noz. Gordura vegetal hidrogenada: hidrogenação. Azeite: extração, história, azeite na antiguidade, azeite nas religiões antiga, simbologia do azeite na Bíblia, em Portugal no Brasil, tipos de azeites, benefícios do azeite para a saúde. Margarina Comum:proteínas, lipídios totais,carboidratos, fibra, , sais minerais( Cálcio, Ferro, Magnésio, fósforo, potássio, sódio, zinco, cobre, manganês, selênio), Vitamina C (ácido ascórbico), Tiamina, Riboflavina, Niacina, ácido pantotênico, vitaminaB6, folato, Vitamina B12, Vitamina A,colesterol, ácido margárico, oleomargarina, butirina, água, sal, hidrogenação gorduras insaturadas, gorduras trans-saturadas, emulsificantes, leite.ácidos gordos poli e monoinsaturados. Diferenças entre margarina com sal e sem sal. Processos de fabricação: neutralização, filtragem, branqueamento, desodorização, hidrogenação, solubilidade em água, refrigeração. Manteiga: gorduras saturadas. Tipos de açúcar : Monossacarídeos, Dissacarídeos, trissacarídeos e polissacarídeos ( amido, glicogênio). Formas de apresentação da sacarose: açúcar mascavo, açúcar demera, açúcar refinado granulado, açúcar refinado amorfo, glaçúcar, xarope invertido, xarope simples, açúcar orgânico. Composição dos ovos: Omega 3, triglicerídeo, proteínas, Vitamina complexo B, A, E, K minerais ( ferro, fósforo, selênio, zinco)

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carotenóides, luteína, zeaxantina , colina, ácido graxo docosahexanóico (DHA) ácido alfa-linolênico, ovoalbumina.

• Composição do açúcar: Hidrato de carbono, tipos de sacarídeos Monossacarídeos, Dissacarídeos, Trissacarídeos e polissacarídeo. Reações de caramelização, caramelização em meio ácido, caramelização em meio alcalino, controle de escurecimento. Importância e história leite, sua obtenção, animais produtores de leite, a ordenha, classificação do leite, tipos de leite: leite tipo A, leite tipo B, leite tipo C, leite de soja, leite em pó. Manteiga: gordura saturada, água resíduo de lactose, butirina, tipos de manteiga ácida, manteiga doce, acidificação, colesterol, proteínas, carboidratos, fibra, minerais (sódio,cálcio,fósforo, ferro, potássio), vitamina A, tiamina, riboflavina, niacina, lipídios,ácido graxo saturado, ácido graxo insaturada, ácido graxo poli insaturada, Tipos de gordura: gordura trans, gordura vegetal hidrogenada, gordura saturada, gordura insaturada, creme vegetal, manteiga de cacau. Composição do ovo: proteínas (limetinas, lisozima), glucose, lipídios, carboidratos, fibras, carbonato de cálcio, Vitamina B1, vitamina B2, vitamina PP, vitamina B6, vitamina B12, vitamina D, minerais (cálcio, fósforo, ferro, sódio, potássio). Fermento biológico: protídios, cinzas, resíduos minerais fixos, amido, poder fermentativo. Composição do Fermento Químico. Tipos de farinhas: farinha integral, farinha especial, semolina, farinha comum, farinha de milho, farinha de rosca, farinha múltipla ou multimistura, receita de multimistura. Tipos de pães: pão levedado, pão ázimo, pão integral, pão branco, pão de mistura, pão especial.

• Tipos de farinha e sua composição: farinha de trigo (água, proteína, carboidrato, fibra, lipídios, ácidos graxos saturados, ácido graxo monoinsaturado, ácido graxo poliinsaturado, minerais: (cálcio, fósforo, ferro, potássio, sódio), vitaminas(tiamina, riboflavina, niacina),farinha de centeio ( proteína, carboidratos, fibras, lipídios, ácido graxo saturado,ácido graxo mono insaturado, ácido graxo poli insaturado, cálcio, fósforo, ferro, potássio, sódio, tiamina, riboflavina, niacina), farinha de milho ( água, proteína, carboidrato, fibra, lipídios, ácidos graxos saturado,ácido graxo monoinsaturado, ácido graxo poliinsaturado, cálcio, fósforo, ferro, potássio, sódio, tiamina, riboflavina, niacina), farinha de aveia, flocos de aveia, farinha de cevada, farinha doméstica,farinha doméstica com fermento, farinha industrial( farinha extra, farinha especial, pré-mistura). Enriquecimento de Farinhas: vitamina B1, Vitamina B2, vitamina D, Niacina, ferro, cálcio. Composição azeite: ácido linoléico, vitamina A, vitamina E, ácidos gordos saturados, ácido palmítico, ácido palmitoleico, ácido margárico, ácido margaroleico, ácido esteárico, ácido oléico, ácido linoléico, ácido linolênico, ácido aráquico, ácido gadoleico, ácido behénico, ácido lignocérico. Classificação dos azeites,diferença entre óleos e gorduras, alterações em óleos e gorduras( auto-oxidação, polimerização térmica, oxidação térmica, modificações físicas, modificações nutricionais, modificações químicas, oxidação, polimeração. Composição do leite: carboidratos, lactose, proteínas, lipídios, gorduras( triglicerídeos, diglicerídeos, monoglicerídeos, ácido butírico, ácido capróico), vitamina A, vitamina D, vitamina E, vitamina k, vitaminas hidrossolúveis ( B1, B2, B6, B12) ácido pantotênico, niacina e sais minerais( fosfatos, citratos, carbonato de sódio, cálcio, potássio e magnésio, fosfato de cálcio). Tipos de leite: leite, integral, desnatado, semi-desnatado, pasteurizado, fermentado, soro do leite, produtos lácteo, leite em pó, leite UAT ou UHT, leite esterilizado, tipo A, tipo B,

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tipo C. Fermento químico: bicarbonato de sódio, reações de decomposição, gás carbônico, álcool. Fermento Biológico: organismos vivos, levedura. Tipos de pão: pão branco, pão de mistura, pão integral, pão especial, pão árabe, pão ázimo, pão branco, pão careca, pão da alma, pão de açúcar, pão de ajunta, pão de forma, pão de mel, pão de munição, pão de queijo, pão de saluga ou saruga, pão francês, pão integral, pão preto, pão ralado, pão saloio, pão sírio.

• Composição do Pão: glúten, tirosina, fermentação. Reações químicas no pão. Diferenças entre fermento químico e fermento Biológico. Reação de fermentação. Farinha de trigo: obtenção, moagem, proteína, gordura, cinzas, carboidratos, amido, açúcar, fibra, antioxidantes proteases, glúten. Tipos de farinhas: farinha integral, farinha especial, semolina, farinha comum. Ovo: proteínas (limetinas, lisozima), glucose, lipídios, carboidratos, fibras, água colesterol (diacilglicerois, fosfolipídios), carbonato de cálcio, Vitamina B1, vitamina B2, vitamina PP, vitamina B6, vitamina B12,vitamina C, vitamina D3, Vitamina E, minerais ( cálcio, iodo, zinco, ferro, magnésio),pH, ácido fólico, ácidos graxos saturados, monoinsaturados, poliinsaturados. Diferenças entre manteiga e margarina. óleo de soja refinado, refinação, aplicações, reutilização do óleo de frituras. Composição do leite: água, lactose, gordura, proteínas, substâncias minerais, ácidos orgânicos. Fraudes do leite (antibióticos, formol, ácido salicílico e salicatos, ácido bórico e boratos), propriedades organolépticas, acidez, pH.

• Os Fundamentos do pão e alimentos que não possuem glúten, diferenças entre fermento biológico e fermento químico, ação do fermento químico, história do fermento químico. Composição das farinhas: ácido fólico ( C19H19N7O6 ), folacina, ácido pteroil-lglutâmico ( vitamina B9 ou vitamina M) , benefícios do ácido fólico, sinas e sintomas de níveis anormais do nutriente ( hipovitaminose, hipervitaminose), produção de farinha, composição química das farinhas, de trigo( proteína, umidade, gordura, cinzas, carboidratos, amido, açúcar) de centeio( água, proteína, carboidratos, fibra, colesterol, lipídios, ácidos graxos saturados, ácido graxo monoinsaturado, ácido graxo poliinsaturado, cálcio, fósforo, ferro, potássio, sódio, tiamina, riboflavina, niacina).

Fontes pesquisadas www.portalsaofrancisco.com.br , www.paindelavie.vilabol.uol.com.br , http://www.dietaebeleza.com/?p=24 , http://dietasparaemagrecer.net, http://www.anvisa.gov.br , http://www.ibb.unesp.br/graduacao , http://www.anvisa.gov.br , http://www.ibb.unesp.br/graduacao , www.viaki.com.br , www.portaldoprofessor.mec.gov.br OETTERER, M. Escurecimento não enzimático, USP – SP, http://www.hsw.uol.com.br , http://sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=985 , http://brasilescola.com/saude/contem-gluten.htm , http://www.ufrgs.br/alimentus/pao/ingrdeientes/ing_farinha_gluten.htm , www.unesp.br/graduacao.net/documentos/tiposdefermento+fisico+quimico , www.sistemadeproducao.cnptio/embrapa.br/fontes.html , http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/38_77.htm , PHILIPPI, S.T., Nutrição e técnica dietética, ed.Manole,2003. http://penta.ufrgs.br/julio/pao/farinh2.htm , www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ www.pt.wikilingue.com/es/fermento

Dificuldades/facilidades encontradas

• Dificuldade de reunir o grupo• O grupo não encontrou dificuldades na elaboração do trabalho, apenas

com problema técnico no computador na hora da produção dos slides, que foi solucionado pelo grupo.

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• Não consta no diário de caso• Visitaram uma panificadora e fizeram entrevista com o padeiro• Ajuda entre os colegas do grupo

Alunos participantes • 1º C : 7 alunos , 1º Téc A: 7 alunos, 1º D: 7 alunos, 1º E:7 alunos , 1º A: 7 alunos

Quanto à escolha da equipe observamos novamente alguns critérios como

responsabilidade, apenas uma equipe não relatou como foi feita a escolha. Quanto à

escolha do líder responsabilidade foi a característica mais citada, mas teve equipe que

escolheu pelo acesso a mídia.

Quanto à distribuição das tarefas para a pesquisa individual e coletiva na maioria

dos grupos se deu por meio de sorteio. Quanto aos temas e conteúdos abordados

foram pesquisados sobre a composição química dos diversos componentes do pão,

como o leite, a farinha, o açúcar, o fermento e os ovos. Os grupos também

descreveram sobre a ação do fermento químico e biológico na massa, a reação de

caramelização e quanto à temperatura do forno. Vale ressaltar que em algumas

pesquisas constaram à origem e os diferentes tipos de pão, diferentes tipos de farinhas,

diferenças entre polvilho doce e salgado, a presença do glúten, além da presença de

aditivos como ferro e ácido fólico.

Todos esses assuntos pesquisados e discutidos pelos alunos na apresentação

oral permearam os conteúdos de química que estavam sendo dados, com destaque

nas funções inorgânicas (ácidos, óxidos e sais), tabela periódica dos elementos

químicos (minerais) e ligações químicas presentes nas fórmulas.

Com relação às dificuldades encontradas uma das equipes mencionou sobre a

dificuldade em reunir todos os membros fora da sala de aula, pois alguns integrantes

trabalhavam no período vespertino, sendo assim alguma reuniões tiveram que

acontecer nos intervalos do recreio. Quanto as facilidades um grupo citou que não

tiveram dificuldades sobre a elaboração do trabalho e na produção dos slides, um dos

grupos relatou que fez pesquisa de campo em uma panificadora, entrevistando o

padeiro sobre os questionamentos levantados no caso. O grupo menciona que foi muito

interessante e que ter conversado com o padeiro fez grandes contribuições para a

pesquisa. Quanto às fontes pesquisadas as equipes relataram que buscaram em sites

e em livros os conteúdos abordados.

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Com as pesquisas realizadas para resolver o caso, que consistia em ajudar as

netas de Dona Odet a compreender os procedimentos realizados pela avó ao fazer o

pão, os alunos puderam reconhecer a diferença entre os componentes químicos dos

ingredientes do pão, a ação do fermento, a diferença entre fermento químico e biológico

e a substituição da farinha pelo polvilho no pão de queijo, esclarecendo, portanto,

muitas dúvidas sobre a produção do pão e a química presente neste alimento.

Quadro 4: Dados obtidos dos diários de caso

Critérios Caso: REFRIGERANTEEscolha da equipe • Civilidade, amizade, interesse e captação, dedicação, carinho,

respeito.• Afinidade, necessidade.• Afinidade, amizade.• Chamaram os que tinham ficado sem grupo.• Amizade, afinidade, responsabilidade, competência.

Escolha do líder • Organização, rigor,responsabilidade• Responsabilidade,afinidade• Inteligência,• Não consta no diário• Responsabilidade , rigor

Distribuição das tarefas • Por sorteio• Por sorteio• Por sorteio• Por duplas e sorteio• Por escolha individual e democrática

Temas/Conteúdos abordados

• Composição química dos refrigerantes: baixa alcalinidade, sulfatos e cloretos, cloro e fenóis, metais, padrões microbiológicos, açúcar, acidulantes( ácido cítrico INS1 330, ácido fosfórico INS338, ácido tartárico INS334), antioxidades ( ácido ascórbico e isoascórbico INS300), conservantes, edulcorantes, dióxido de carbono. Processo de fabricação: elaboração do xarope, envasamento, prazo de validade, embalagens, algumas curiosidades. Diferença entre os refrigerantes (Coca-Cola, Pepsi, Rio Cola, Fanta, Garoto – laranja, Sukita , Fanta Uva, Garoto Uva, Sukita Uva, Sprite, Tika Limão, Soda Antártica Limão, Garoto Guaraná, Garoto Tutti-Fruti. Características dos refrigerantes: água gaseificada, noz de cola, cafeína, sucos, aromatizantes, estabilizantes, antioxidante, sacarina, benzoato de sódio, acidulantes, açúcar. Polpa de fruta em refrigerantes: produção, legislação brasileira, portuguesa, cronologia, cuidados, diferenças entre refrigerantes Diet, Light e zero, benzeno em refrigerantes, carbonação, o termo tubaína, garrafas - Politereftalato de etileno (PET), contaminantes do PET, vantagens da reciclagem, reciclagem

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de PET no Brasil, Diferenças entres as composições químicas dos refrigerantes zero – ( Coca-cola zero,Guaraná Antártica Zero, natural, Pepsi zero; Fanta zero, Sprite zero, Guaraná Kuat Zero). História, aplicabilidade e características dos refrigerantes Diet., composição química do aspartame, corantes alimentares naturais.

• Composição química do refrigerante, como são fabricados os refrigerantes: tratamento da água, gás carbônico, controle de qualidade, açúcar, carbo-resfriador, preparação do xarope, tanque misturador, filtro para xarope, inspeção final, enchedeira, lavadora de garrafas, garrafas vazias, desencaixotadeiras, empilhadeira, encaxotadeira, armazenamento, caminhões de entrega. Temas polêmicos sobre os refrigerantes: análise nutricional, diferença entre Diet e light e zero calorias, suas informações nutricionais, ingredientes e validade. Classificação dos refrigerantes: refrigerante à base de sumo de frutas, refrigerantes à base de extratos vegetais, refrigerantes à base de aromatizantes. Embalagens: politereftalato de Etileno (PET), vidro, Processo de gazeificação: Como se coloca gás no refrigerante.

• Processo de fabricação: Passo a passo, A química do refrigerante: carboidratos, sódio aspartame, acidulantes, xarope. Ingredientes da coca cola normal, light, diet e zero. Aditivos químicos: corantes, aromatizantes, conservantes, antioxidantes estabilizantes, acidulantes.

• Curiosidades sobre refrigerantes, congelamento de água e refrigerantes em garrafas PET e vidro, as Dioxinas produzidas, Refrigerante: Introdução, consumo, sabores dos refrigerantes, legislação no mundo, processo de fabricação, finalidade da criação do refrigerante, consumo no Brasil, Legislação no Brasil, Legislação em Portugal.

• Refrigerantes light e zero: diferenças na composição química, concentrados, acidulantes, antioxidantes, edulcorantes, Gases dos refrigerantes. Refrigerantes: tipos, fórmulas, designação química, ebulição, congelamento, fábrica portátil, história do refrigerante, história da coca-cola, história da coca-cola no Brasil, modelo de produção, embalagens, publicidade, popularidade, controvérsia sobre danos à saúde, lendas urbanas. A Coca e a 2ª Guerra Mundial, a crise do açúcar. Principais ingredientes e prazo de validade. Tipos de Refrigerantes: Normal, Diet, light e zero. Corante Caramelo, propósito da coloração alimentar, acidulante, aroma natural, ácido fosfórico, edulcorantes ( sacarina, ciclamato, aspartame, steviosídeo), suco de fruta, obtenção do ácido citrico, conservador, estabilizante, tartazina, Receita caseira de refrigerante.

Fontes pesquisadas Visita em diversos supermercados da cidade, http://qnesc.sbq.org.br/online , http://wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal, MIRANDA, C; GIASSETTI, R., Revista Aventura na História. Refrigerantes: É isso ai, Revista Mundo estranho. Como se coloca o gás nos refrigerantes? Revista Galileu. Como são fabricados os refrigerantes? CORREIO do Povo. Consumo de refrigerante aumenta no Brasil, diz pesquisa. JORNAL do Brasil online-Consumo de refrigerante vira epidemia nacional. AFREBRAS. Refrigerantes.

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BRASIL. Decreto nº 6.871, de 4 de junho de 2009. ANIRSF, Associação Nacional dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de fruto. Guia para a rotulagem de bebidas refrigerantes, sumos de frutos e néctares. ABIR. Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas. Como surgiu o refrigerante. COCA-COLA. The Coca-cola Company. História da Coca-cola no mundo. www.mundoeducação.com.br., www.shvoong.com, www.gnesc.sbq.org.br,www.blog.mcsx.net/formula-da-coca-cola, www.mulherdeclasse.com.br, www.brasilescola.com.br, www.projetoockham.com.br, www.cocacolabrasil.com.br, http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_/10-PEQ-0608.pdf , http://www.comperdelivery.com.br/ , http://www.portaisdamoda.com.br/, http://vejabril.com.br/quem/diet-light.shtml www.wikipedia.com/refrigerantes ,GEORGIA . Encyclopedia.John Stith Pemberton (1831-1888), VERGARA, Rodrigo, Revista Super Interessante, edição 172, janeiro de 2002, Drogas o que fazer a respeito, MEDEIROS, Cristina, Revista Super Interessante, edição 41, fevereiro de 1991, Coca-Cola é isso ai. COCA-COLA, Brasil, História da Coca-cola no mundo THE COCA-COLA, Company. History of Botting. TEDLOW, Richard S. Executive Digest, ano 3, nº 28, fevereiro de 1997. A fórmula do sucesso da Coca-Cola.THE BIEDENHARN Coca-Cola Museum. The origins of the coke bottle. MIRANDA, Celso, GIASSETTI, Ricardo, Revista Aventuras na história, Refrigerantes. É isso ai. BRASIL , Diário Oficial da União. Decreto-Lei n.3462 de 25 de julho de 1994. ULYSSES ( Site Segunda Guerra Mundial, 9 de junho de 2008. FOLHA da Manhã. Almanaque Folha. Cotidiano. ALMANAQUE da Comunicação. História da Rádio Nacional. RADIO Educativo. O rádio lido. JORNAL do Comércio ( Jornal do Comércio, 17 de setembro de 1999) Getulio e Rooselvet se reuniram a bordo de destróier. OLIVEIRA, Dárcio, PINCIGHER, Eduardo, Revista Isto É Dinheiro, 2 março, Ed.390. O X da guerra das colas.

Dificuldades/facilidades encontradas

• Dificuldade em encontrar o tema da pesquisa• Não consta no diário de caso• Não consta no diário de caso• Motivos de doença em uma das integrantes do grupo

Alunos participantes • 1D: 7 alunos , 1 Téc A: 8 alunos, 1º B: 7 aluno, 1º A : 7 alunos, 1ºC: 3 alunos

Na análise dos diários referentes ao caso que trata do refrigerante, quanto a

escolha da equipe alguns critérios foram identificados como a afinidade e amizade, no

entanto uma das equipes relatou que acabaram formando uma equipe com alunos que

ficaram sem grupo. Quanto à escolha do líder, critérios como responsabilidade e rigor

foram novamente pontuados, ressaltando que para ser líder tem que saber se impor

perante o grupo além de outros pontos como organização e afinidade com os demais

membros. Quanto a distribuição das tarefas para a pesquisa individual e coletiva na

maioria das equipes ocorreu por meio de sorteio, uma equipe optou por dupla, mas

sortearam os assuntos e uma equipe optou por escolha individual e democrática onde

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cada membro escolheu o assunto a ser pesquisado e não houve discordância entre os

membros.

Quanto aos temas e conteúdos abordados na pesquisa, os grupos relataram

sobre a composição química do refrigerante, as diferenças entre refrigerantes diet, light

e zero, a adição dos aromatizantes, dos conservantes e dos acidulantes e o gás

utilizado no refrigerante. Outros assuntos mencionados foram quanto ao consumo de

refrigerantes no Brasil e no mundo, a legislação brasileira para a indústria de

refrigerantes e algumas curiosidades como histórico de alguns refrigerantes. Alguns

grupos mencionaram os aditivos químicos utilizados na produção dos refrigerantes,

foram salientadas as questões ambientais a respeito da embalagem PET utilizada para

armazenamento e o perigo das dioxinas. Foram citadas também em alguns grupos

algumas polêmicas envolvendo o consumo de refrigerantes relacionando seu uso e

possíveis efeitos colaterais, características nutricionais, fatores relacionados à

obesidade e problemas estomacais. Quanto às relações estabelecidas com os

conteúdos de química, destacam-se as funções inorgânicas (ácidos e óxidos), tabela

periódica e ligações químicas presentes nas fórmulas pesquisadas.

Quanto às fontes consultadas, as equipes buscaram em sites e em livros os

conteúdos abordados no caso. E quanto às dificuldades e facilidades encontradas foi

mencionado em um dos diários que o grupo teve dificuldade em encontrar em livros e

na internet o conteúdo da pesquisa, em outro grupo foi salientado que a líder ficou

doente e tiveram dificuldade na entrega dentro do prazo estabelecido. Um grupo citou

que foram feitas visitas em diversos supermercados para verificar os rótulos de

diferentes marcas de refrigerantes, tornando a pesquisa ainda mais instigante.

Por meio das pesquisas realizadas para se solucionar o caso, no qual os netos

do Sr. Joaquim vão ao supermercado e se deparam com várias informações contidas

nos rótulos de diversos refrigerantes, os alunos puderam reconhecer a diferença entre

as diferentes marcas de refrigerantes e sua composição química, esclarecendo

questões como as diferenças químicas entre os refrigerantes normais, zero, light e diet

e as questões relativas aos aditivos químicos.

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Quadro 5: Dados obtidos dos diários de caso

Critérios Caso: CERVEJAEscolha da equipe • Amizade

• Afinidade• Intimidade• Afinidade e amizade• Amizade e flexibilidade, determinação e força de vontade• Afinidade

Escolha do lider • Não consta no diário de caso• Responsabilidade• Optaram por não terem líder• Responsabilidade• Responsabilidade• Não consta no diário de caso

Distribuição das tarefas

• Por sorteio• Não consta no diário de caso• Não consta no diário de caso• Por sorteio• Por sorteio• Por sorteio

Conteúdos abordados • Curiosidade sobre o chopp, chopp goumert, material usado em serpentinas, diferença entre chopp escuro e claro, como é feito o chopp. Tipos de garrafas para armazenar cervejas: característica, evolução técnica e como armazenar. Cerveja Clara: histórico, legislação brasielira, classificação e tipos de cervejas, matérias primas, processamento (produção do mosto, processo fermentativo, acabamento ou pós tratamento) processo produtivo da cerveja clara (recepção da matéria prima, transporte e limpeza, pesagem e moagem, mosturação, clarificação, fervura, resfriamento e aeração, fermentação, maturação, filtração, adega de pressão, envase, pasteurização, remoção do bagaço, extração de trub quente, dosagem de fermento, aditivação, decocção). Composição quimica da cerveja: proteína, carboidrato, gordura, vitamina A, vitamina D, vitamina k, vitamina E, vitamina C, Tiamina, Riboflavina, Niacina, vitamina B, Folato, Biotina, Cálcio, Magnésio, Fósforo, Potássio, Sódio, Ferro, Zinco, Selênio, Constituinte químicos da cerveja: malte da cevada, água, lúpulo, etanol, dióxido de carbono, carboidratos, lipídeos, compostos fenólicos, proteínas, polipeptídios, aminoácidos. Cerveja Caseira, Ingredientes da cerveja caseira: água, malte, lúpulo, levedura, Composição química: água, hidratos de carbono, proteínas, gorduras, vitamina B1, vitamina B2, Vitamina B5, fósforo e cálcio. A química da cerveja. Cerveja Escura: histórico, tipos de cerveja e curiosidades. Cerveja sem álcool, aspectos funcionais e nutricionais, diferenças face à cerveja com álcool, valor calórico, diferença entre cerveja e chope, ciclo da reciclagem das latas de alumínio. Diferença entre bebida fermentada e destilada. Teor alcoólico nos diferentes tipos de cervejas,

• Diferenças entre cervejas branca e preta, a nível de fabricação e saúde. Fermentação, equivalência energética, propriedades

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funcionais, compostos polifenólicos, álcool, Processo de fabricação e seus ingredientes. Ingrediente: água, malte, adjuntos, lúpulo, levedura, Processo: cozimento, fermentação, maturação, filtração, acondicionamento, Tipos de Cervejas e teor alcoólico, Chopp, Cerveja sem álcool: processo de fabricação, aspectos funcionais e nutricionais, Cerveja Caseira: matéria prima, água, malte, complementos de malte, levedura e lúpulo, gás carbônico, etanol, glicerol, ácido acético, espuma.

• Cerveja sem álcool, Cerveja Clara e Cerveja Escura, teor alcoólico nos diferentes tipos de cervejas, tabelas com teor alcoólico de todos os tipos de cerveja, espuma, composição, diferença entre chopp e cerveja, latas para armazenar cerveja, processo de fabricação das latas de alumínio, Frasco de cervejas, vidros. Sabor amargo presente nas cervejas, componentes da cerveja, tipo de cervejas no mundo, consumo de cerveja no mundo, diferença entre cervejas normais e light, Processo de produção de cerveja: dos grãos ao malte, obtenção do amido, maceração, adição do lúpulo, fermentação, filtragem, cerveja engarrafada.

• Cerveja: Conceito, história, problemas e benefícios para a saúde e para a sociedade, mercado publicitário, preparação. Cerveja Preta: composição, história. Cerveja sem álcool, valor calórico e nutricional,, processamento de cerveja sem álcool, poder diurético da cerveja sem álcool, espuma na cerveja.

• Cerveja: Introdução, histórico, Classificação das cervejas: conteúdo alcoólico, tipo de fermentação, concentração do malte e lúpulo utilizado, duração do envelhecimento, teor de extrato final, extrato primitivo. Quanto ao tipo de fermentação, quanto ao teor alcoólico, quanto ao teor de extrato final, tipos de cervejas, mercado de consumo, matérias primas, água (aeração, clarificação, filtração, coloração, desmineralização) pH, malte, complementos do malte, lúpulo, adjuntos de fabricação ( antioxidantes, estabilizantes, acidulantes, antiespumantes, leveduras), processamento da cerveja ( processo clássico, - moagem do malte, mosturação, brassagem, decocção, filtração do mosto, fervura do mosto, característica do mosto, tratamento e resfriamento do mosto, preparo inoculo, fermentação, maturação, acabamento, embalagem, processo continuo) legislação brasileira, Curiosidades, Cerveja sem álcool, tabela de composição química de alimentos, problemas e benefícios para a saúde e para a sociedade, tipos de cervejas no mundo, valor nutricional.

• História, substância que da a cor dourada a cerveja, Cerveja Escura, tipos de cerveja, cerveja escura sem álcool, cerveja caseira, fermentação em cerveja, funcionamento do bafômetro, Lei Seca, código de defesa do consumidor, teor alcóolico em todos os tipos de cerveja, classificação da cerveja (fermentação, extrato primitivo, cor, teor alcoólico, teor de extrato final, chopp,pH, descrição comercial.

Fontes pesquisadas http://www.2.furg.br/projeto/portaldeembalagens/tres/vidro.html , http://dspace.lcc.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/MAFB-, GALVÃO, M.P. “ A química da cerveja” Química, 65 (1997)6. WILLIANS, D. PHILPOTT, J “ A pint day...” Chemistry in Britain, December 1996,p.41, http://www.papodebar.com/wp-content/uploads/2010/09/, BAMFORTH, C. “ Breewing a better beer”, Chemistry in Britain, August 1997, Keukeleire, , Quimica Nova 2000, 23,108. www.google.com.br , http://www.scielo.br/scielo.php?pip=S0100- , http://www.google.com.br http://hominlupulo.blogspot.com/2010/05/claras-e-escuras.html ,

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http://www.cervejasdomundo.com/Bottle.Can.htm , http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u16360.shtml , http://www.bicp.com/ , http://www.krombacher.com/produkte/bib/i/krombacher-pils.jpg , http://br.answers.yahoo.com.br/question/, http://www..setor1.com.br/bebidas/cervejas/ti_pos.htm , http://brasigo.com.br/perguntas/qual-a-difereca-entre-chp-e-cerveja , http://www.brejas.com.br/chope-chopp-cerveja.shtml , http://www.worldlingo.com/ma/enwiki/pt/Beer#Bottles , http://worllingo.com/ma/enwiki/pt/Beverage_can , http://deualoucanomundo.com/os-10-maiores-mitos-sobre-a-cerveja/ , http://www.cervejasdomundo.com/ingredientes.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/cerveja , http://professor.ucg.br/ .REINOLD, M.R. Manual prático de Cervejaria, São Paulo, Aden Editora, 1997. http://ambev.com.br/produtos/cervejas , http://apcv.pt/asp/cerveja , http://www.bevtech.com.br , http://www.cervesia.com.br , www.eisenbahn.com.br , http://geocities.com/Petsburg http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab99/alcool/cerveja.htm

Dificuldades/facilidades encontradas

• Não consta no diário de caso• Interagiram usando uma conferência via Internet pelo MSN, além das

reuniões nos intervalos de aulas e recreio. • Não consta no diário de caso• Encontraram dificuldade em unir o grupo, por alguns integrantes

trabalharem no período da tarde e sábado. • Não encontraram, pois acham a flexibilidade um ponto forte para a

produção em equipe.• Não consta no diário de caso

Alunos participantes • 1º C: 7 alunos, 1º A: 7 alunos, 1º B: 7 alunos, 1º E: 7 alunos, 1º D: 3 alunos, 1º Téc A: 6 alunos

Quanto à escolha da equipe afinidade e amizade foram igualmente as

características mais citadas, no entanto outras qualidades foram mencionadas

flexibilidade, determinação e força de vontade. Quanto à escolha do líder

responsabilidade foi a qualidade mais citada, uma das equipes optou por não terem

líder justificando que todos seriam responsáveis. Na distribuição das tarefas para a

pesquisa individual e coletiva na maioria dos grupos ocorreu por sorteio.

Quanto aos temas e conteúdos abordados foi relatado sobre a composição

química dos diversos componentes da cerveja, produção de cerveja caseira e industrial,

diferença entre cerveja clara, escura, sem álcool, chope, normal e light. E a diferença

entre bebidas destiladas e fermentadas. Além destes tópicos, alguns grupos

descreveram um pequeno histórico dos diferentes tipos de cervejas, a composição

química da espuma, gases formados na cerveja, reciclagem das latas de alumínio, teor

alcoólico, ºGL ou INPM. Um dos aspectos interessantes presentes na pesquisa foi a

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relação entre a cerveja, o bafômetro e a Lei seca e problemas e benefícios para a

saúde e sociedade.

Quanto à relação estabelecida com os conteúdos de química, os conteúdos que

se destacaram foram do mesmo modo às funções inorgânicas (ácidos e óxidos), tabela

periódica e ligações químicas presentes nas fórmulas pesquisadas.

As fontes pesquisadas pelas equipes foram sites e livros. Quanto às dificuldades

e facilidades encontradas foram citados pelas equipes a dificuldade de reunir o grupo

por componentes trabalharem no período vespertino e aos sábados. Quanto a

facilidade foi citado por uma das equipes que os alunos interagiram utilizando a mídia

com o uso de programas de interação de rede social e reuniões nos intervalos de aulas

e recreio. Uma outra equipe relata que a flexibilidade dos membros facilitou a pesquisa

e a produção do trabalho.

Por meio da resolução deste caso, que consistia nos questionamentos dos filhos

e netos do Sr. Joaquim sobre a produção da cerveja caseira, os alunos puderam

reconhecer a diferença entre os diferentes tipos de cervejas, esclarecer as diferenças

entre as cervejas caseiras e industriais, os componentes químicos utilizados na

produção da cerveja, diferença entre cerveja clara e escura, assim como a diferença

entre destilação e fermentação.

CONCLUSÃO

Este trabalho propôs a aplicação do método de Estudo de Casos em Química

para os alunos do Ensino Médio. Como resultado, os trabalhos desenvolvidos pelos

alunos em grupo, no formato de Diário de Caso, permitiu constatar que houve uma

maior compreensão por parte destes, quanto à importância da leitura química nos

diferentes segmentos do cotidiano e dos conceitos químicos envolvidos na

churrascada, tema proposto pela pesquisa. A forma como se desenvolveu o Método de

Estudo de Caso, onde os casos criados trouxeram as falas dos envolvidos, criou uma

ambientação para o leitor, que foi essencial para que os alunos se sentissem dentro do

contexto do trabalho realizado. Percebeu-se, porém, que existe ainda uma boa

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caminhada a ser percorrida, no sentido de orientação no que diz respeito à resolução

dos casos, uma vez que não foram defendidas pelos alunos as propostas identificadas

pela pesquisa que solucionassem o caso proposto, porém os resultados encontrados

neste trabalho já permitem refletir acerca da aplicação da metodologia do Estudo de

Caso no ensino médio, como uma positiva contribuição para a aprendizagem

significativa do aluno.

Contatou-se também que fatores relacionados ao tempo e do desenvolvimento

da pesquisa devem ser considerados para permear todo o processo de aplicação. Pois,

os alunos apontaram como ponto negativo o tempo para a realização deste, que

segundo eles foi curto, para o desenvolvimento do mesmo. Dificuldades de trabalhos

em grupos, como: a distância de moradias e a falta de interesse de alguns alunos,

também foram citados como prejudiciais.

Os alunos deixaram explicito que relacionaram os conteúdos químicos presentes

na proposta, tais como os elementos químicos e as reações químicas que fazem parte

do conteúdo a ser abordado no 1º ano. Como resultado geral foi comprovada a eficácia

do método pelos alunos, que relataram o quanto o trabalho desenvolvido foi

interessante, “O trabalho mostrou a matéria ou o conteúdo apresentado pelo professor

em uma forma prática” (grupo A), outro aluno comenta: “Após este trabalho, a química

ficou mais interessante, antes era chata e complicada, aprendi várias coisas [...]” (grupo

B) bem como demais relatos que identificam como positivo o esforço do presente

trabalho em propor uma forma de aprendizagem diferenciada para a educação

tradicional.

Fica comprovado assim, que o método de Estudo de Caso é uma importante

ferramenta a ser trabalhada pelo professor em sala de aula, e que tem potencial para

promover a interdisciplinariedade em um próximo momento.

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AGRADECIMENTO

Os autores agradecem a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) e

ao departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina.

REFERÊNCIAS

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KRASILCHIK, M. Interdisciplinaridade: problemas e perspectivas. Revista da USP, São Paulo, n. 39, p. 38-43, 1998.

RIBEIRO, L.R.C. Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL): uma experiência no ensino superior, São Carlos: EDUSCar, 2008.

SÁ, L. P. A argumentação no ensino superior de química: investigando uma atividade fundamentada em estudos de casos. 2006. Dissertação - Mestrado emCiências (Química Analítica) – Universidade de São Paulo, 2006.

SÁ, L. P.; QUEIROZ, S. L. Estudo de casos no ensino de química. Campinas: Átomo, 2009.

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VALVERDE, F. A história do churrasco. Revista Churrasco & Churrascaria. 1999. Disponível em: <http://www.franklinvalverde.com.br/jornalismo_gastronomia_churrasco.htm> Acesso em: 01 mar. 2010.

WOLKE, R. L. O que Einstein disse a seu cozinheiro: A ciência na cozinha. Rio deJaneiro: Jorge Zahar Ed., 2003.