CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEMTICA... · 2017-03-01 · CSTL: Cuidados e Apoio ao Ensino...
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Cuidados e Apoio ao Ensino e Aprendizagem:
DA POLÍTICA À PRÁTICACUIDADOS E APOIO AO
ENSINO E APRENDIZAGEM
Cuidados e Apoio ao Ensino e Aprendizagem:
DA POLÍTICA À PRÁTICACUIDADOS E APOIO AO
ENSINO E APRENDIZAGEM
AGRADECIMENTOSISBN: 978-0-9922031-9-1
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Editor: Michael Main
Revisora: Lynn van der Elst
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Publicado: MIET Africa, 2015© SADC e MIET Africa
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mas a fonte deve ser reconhecida. Para outros usos obtenha, por favor, a
permissão por escrito da editora.
Cuidados e Apoio ao Ensino e Aprendizagem: Da Política à Prática foi
desenvolvido como parte do Programa CSTL fi nanciado pela Agência
Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação.
ÍNDICEINTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................. 1
INTRODUÇÃO AO CSTL ................................................................................................................................................ 2A única colaboração regional ......................................................................................................................................... 2
Marcos alcançados pelo CSTL ........................................................................................................................................ 4
O presente – CSTL 2013 a 2018 ................................................................................................................................... 4
Um exemplo do CSTL ................................................................................................................................................... 5
SITUAÇÃO DAS CRIANÇAS E JOVENS NA REGIÃO DA SADC ........................................................................................... 6Desafi os que confrontam as crianças e os jovens .............................................................................................................. 6
Educação: um direito fundamental para todos ................................................................................................................. 6
Realidades da educação ................................................................................................................................................ 8
MANDATOS DO CSTL NAS POLÍTICAS E NAS ESTRUTURAS REGULAMENTARES ............................................................ 9Mandatos de Educação ................................................................................................................................................. 9
Ligando a educação aos cuidados e apoio ....................................................................................................................... 9
Serviços essenciais de cuidados e apoio .......................................................................................................................... 10
Monitorização de cuidados e apoio ao ensino e aprendizagem ........................................................................................... 11
INTEGRANDO CUIDADOS E APOIO NO ENSINO E APRENDIZAGEM ................................................................................ 12
Compreendendo a integração ......................................................................................................................................... 12
Pacote de Apoio Regional – um Recurso do CSTL ............................................................................................................ 12
Ilustração da integração ................................................................................................................................................ 14
Integração na prática .................................................................................................................................................... 14
A JORNADA DO CSTL CONTINUA .................................................................................................................................. 15
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................................. 16
ILUSTRAÇÕES Evolução do CSTL ......................................................................................................................................................... 4
Vulnerabilidades que se intersectam com impacto nas oportunidades educacionais ............................................................. 7
Pacote Mínimo de Serviços da SADC para Órfãos, Crianças e Jovens Vulneráveis ................................................................ 10
Desenvolvimento da Estrutura MER do CSTL ................................................................................................................... 11
Fases de Acção para a integração do CSTL ...................................................................................................................... 13
Formação de parcerias para cuidados e apoio ao ensino e aprendizagem ............................................................................ 15
SIGLAS CSTL: Cuidados e Apoio ao Ensino e Aprendizagem
MER: Monitorização, Avaliação e Relatórios
RSP: Pacote Regional de Apoio
SADC: Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
SIAS: Rastreio, Identifi cação, Avaliação e Apoio
PAIS: Neste livro, a referência aos pais inclui cuidadores,
outros membros da família da criança, tutores ou outros
adultos que prestam cuidados diários à criança.
CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
INTRODUÇÃOEste livreto foi desenvolvido em resposta aos pedidos para um recurso que apresenta os antecedentes e outros factos essenciais do Programa de Cuidados e Apoio ao Ensino e Aprendizagem (CSTL). Destina-se a líderes e decisores em matérias de educação, funcionários a todos os níveis, e àqueles que trabalham em parceria com os sectores de educação através da Região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
The booklet contains four sections:
Este livreto contém quatro secções:
1. Uma introdução ao CSTL; uma breve descrição dos marcos históricos signifi cativos; um esboço da convergência para a fase
actual do programa.
2. Um resumo da situação das crianças e dos jovens na SADC – especifi camente no que diz respeito às vulnerabilidades que são
comuns em toda a região e à maneira como estes factores impactam sobre os resultados da educação.
3. Um resumo de como a política global, africana e regional e as estruturas reguladoras defi nem, claramente o mandato para
os cuidados e apoio ao ensino e aprendizagem; o conteúdo de um pacote de serviços essenciais para as crianças e jovens
vulneráveis; os meios para monitorizar as iniciativas do CSTL.
4. Uma explicação do conceito e processos para a integração de cuidados e apoio na educação; uma introdução aos recursos
disponíveis para apoiar a integração de cuidados e apoio; a integração na prática, ilustrada com exemplos de iniciativas do CSTL
nos Estados Membros seleccionados.
Da Política à Prática pode ser usado como um recurso autónomo ou como uma referência numa sessão facilitada.
Em cada uma das secções, os leitores são convidados a refl ectir sobre os pontos principais
– para testar a informação à luz das variáveis importantes e a situação e contexto nos seus
próprios países e Ministérios específi cos.
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
A única colaboração regional O CSTL transformou-se numa colaboração regional única para promover os direitos de todas as crianças e jovens a uma educação de
qualidade. Moldado pelos Estados Membros participantes e liderado pelos seus Ministérios da Educação, os países desenvolvem e
implementam um modelo CSTL nacional para abordar as vulnerabilidades específi cas enfrentadas pelas suas crianças e pelos seus
jovens – vulnerabilidades que, de modo contrário, constituiriam barreiras à sua educação.
De grande importância é o facto de que o CSTL não substitui as inúmeras iniciativas de cuidados e apoio que já existem nos Estados
Membros para apoiar as crianças e os jovens vulneráveis. Pelo contrário, o CSTL fornece uma estrutura conceitual abrangente
dentro da qual é possível iniciar, coordenar e expandir as actividades de cuidados e apoio: actividades que visam, ultimamente e
em todos os casos, melhorar os resultados da educação.
O Programa do CSTL foi aprovado e adoptado pelos Ministros da Educação da SADC na sua reunião na Zâmbia em 2008. A decisão dos
Ministros reconheceu uma série de realidades importantes e defi niu uma série de condições para o CSTL. Estas incluíram o seguinte:
• Em todos os Estados Membros há crianças e jovens cujos direitos à educação estão comprometidos
• Embora muitas das questões que comprometem os direitos à educação sejam comuns entre os Estados Membros individuais
em toda a região, e até mesmo nos próprios Estados Membros, há variações importantes que qualquer programa, como o CSTL,
pode acomodar
• As escolas e outros centros de aprendizagem estão bem posicionados para identifi car as crianças e os jovens vulneráveis e para
ajudar no acesso aos serviços de cuidados e apoio que lhes permitam realizar os seus direitos à educação
• A estrutura conceitual do Programa CSTL deve ser capaz de incorporar tanto os programas valiosos de cuidados e apoio que já
existem nos Estados Membros, bem como quaisquer outras iniciativas novas
• As medidas de sucesso do CSTL deve ser sempre em termos dos resultados da educação – acesso melhorado, retenção e
resultados de sucesso no processo da educação
• A educação é o núcleo das actividades dos Ministérios da Educação e, portanto as parcerias com parceiros tradicionais
e não tradicionais, tais como doadores, parceiros de implementação e outros Ministérios – são essenciais para o
acesso relevante a serviços de cuidados e apoio para as crianças e jovens vulneráveis
• A integração de cuidados e apoio em todas as disciplinas de ensino e a todos os níveis irá resultar numa
mudança signifi cante e sustentada, assegurando que as respostas que emergem se enquadram no âmbito
e mandato do sector
Em poucas palavras, e dentro dos parâmetros acima, os Ministros reconheceram que o Programa
CSTL oferece uma forma imediata e efi caz de abordar os vários problemas que comprometem a
oferta de uma educação de qualidade às crianças e aos jovens da Região da SADC.
O objectivo do Programa CSTL é que as crianças e os jovens da SADC realizem os seus direitos à educação, à segurança, à protecção e a cuidados e apoio, através de uma resposta ampliada e reforçada do sector da educação.
INTRODUÇÃO AO CSTLEsta secção cobre uma introdução do CSTL, apresenta uma breve visão geral das várias realizações históricas de signifi cância e delineia a focagem para a fase actual do CSTL.
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
República Democrática do Congo
Malawi
Moçambique
África do Sul
Suazilândia
Zâmbia
Zimbabwe
Estados Membros da SADC
CSTL 2013-18Estados Membros a implementar:
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
ONDE: Dois Estados Membros adicionais: Suazilândia e Zâmbia
O QUÊ: Piloto Regional: Escolas Amigas das Crianças SCCS
QUEM: Secretariado da SADC MIET Africa
2003-2004 2006-2008
Marcos alcançados pelo CSTLO programa do CSTL evolveu de um projecto-piloto de
pequenas dimensões iniciado em 2003, para se tornar uma
iniciativa regional, liderada pelos Ministérios da Educação de
todos os Estados Membros da SADC. Os marcos descritos
no diagrama ilustram como isto se desenrolou e como os
diferentes Estados Membros vieram a beneficiar de diferentes
níveis de apoio.
O financiamento para o Programa do CSTL tem vindo a ser
obtido ao longo dos anos de uma série de fontes como a
Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação (SDC)
que é a financiadora de núcleo. Desde que o CSTL se tornou
um programa regional, os Estados Membros comprometeram-
se a contribuir com os seus próprios recursos para garantir
a continuidade, expansão e sustentabilidade dos programas
do CSTL.
O presente – CSTL 2013 a 2018A fase presente de cinco anos do CSTL tem como objectivo
abordar a prevenção, os cuidados e apoio e os desafios que
enfrentam as crianças e jovens da região através de três
estratégias principais:
1. Fortalecimento de sistemas—para permitir aos sectores
de educação dos Estados Membros responder à prevenção,
cuidados e necessidades de apoio das crianças e jovens,
especialmente das raparigas vulneráveis.
2. Coordenação melhorada e integração de serviços—para
facilitar os serviços locais e as redes de segurança que
abordam HIV e SIDA, os direitos e saúde sexual e
reprodutiva e outras necessidades de saúde das crianças
e dos jovens, especialmente das raparigas vulneráveis.
3. Harmonização política e implementação—para promover
e proteger os direitos das crianças e jovens vulneráveis e
marginalizados.
O objectivo destas estratégias é ampliar e reforçar as respostas
do sector da educação para que as crianças e os jovens, nos
Estados Membros da região da SADC, realizem os seus direitos
à educação, à segurança, à protecção e a cuidados e apoio.
Nos últimos anos, Programas como o CSTL atingiram
maturidade nos Estados Membros da região da SADC, tendo
Identifique os marcos históricos importantes relacionados com cuidados e apoio ao ensino e aprendizagem, no seu país, que foram iniciados pelo seu Ministério ou em que o seu Ministério desempenhou um papel importante.
Evolução do CSTL
ONDE: África do Sul
O QUÊ: Piloto: Escolas como Centros de Cuidados e Apoio (SCCS)
QUEM: MIET Africa
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
ONDE: Dois Estados Membros adicionais: RDC e Moçambique. Todos os 15 Estados Membros da SADC participaram em reuniões anuais de partilha
O QUÊ: Programa Regional: Cuidados e Apoio ao Ensino e Aprendizagem (CSTL)
QUEM: Secretariado da SADC MIET Africa UNICEF UNESCO
ONDE: Dois Estados Membros adicionais: Malawi e Zimbabwe. Todos os 15 Estados Membros da SADC participaram em reuniões anuais de partilha
O QUÊ: Programa Regional: Cuidados e Apoio ao Ensino e Aprendizagem (CSTL)
QUEM: Secretariado da SADC MIET Africa UNICEF UNESCO UNAIDS UNFPA
2008-2013 2013-2018
emergido um foco específico que deverá receber atenção
prioritária: nas crianças e jovens afectados pelo HIV e SIDA,
sobre os direitos e saúde sexual e reprodutiva das crianças e
jovens - especialmente as raparigas – que são marginalizadas.
Um exemplo do CSTLAssim, num Estado Membro hipotético, o CSTL pode receber
do Ministério da Educação as seguintes oportunidades e apoio:
• Uma plataforma para o diálogo político que visa reforçar
os direitos à educação das crianças e dos jovens e para
conceber e adoptar planos de implementação que irão
abordar as necessidades dos grupos vulneráveis identificados
• A formação de parcerias para prestar serviços relevantes
às crianças e jovens vulneráveis, utilizando as escolas
e os professores (em primeira instância) como meios
para identificar essas crianças e jovens, avaliar as suas
necessidades, apoiar o seu acesso ao ensino ou encaminhá-
las, conforme for necessário e, de seguida, monitorizar o seu
desenvolvimento ao longo do tempo
• Um programa de edificação de competências para os
educadores a todos os níveis para desenvolver as aptidões
requeridas para integrar os cuidados e apoio em todas as
funções e, ao mesmo tempo, fortalecer os sistemas de
educação necessários para a prestação de um ensino de
aprendizagem de qualidade
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
SITUAÇÃO DAS CRIANÇAS E JOVENS NA REGIÃO DA SADCO contexto para o Programa do CSTL está resumido nesta secção, com informação sobre a situação das crianças e dos jovens da SADC, especifi camente no que diz respeito às vulnerabilidades que são comuns através da região e a maneira como estes factores impactam nos resultados da educação.
* Uma análise detalhada pode ser consultada em: Situação de Crianças Órfãs e Vulneráveis e Jovens na Região da SADC (2010), que foi encomendado para informar o desenvolvimento do Pacote Mínimo de Serviços para OVC & Y da SADC.
Desafi os que confrontam as crianças e os jovens A pobreza generalizada por toda a região da SADC tem um impacto
directo no bem-estar das crianças e dos jovens. As crianças e
os jovens constituem a maioria da população da África Austral,
o que é considerado uma vantagem demográfi ca mas constitui
também um grande desafi o.* Várias fontes ofi ciais referem-se ao
número desproporcionado de crianças e jovens que se encontram
privados de cuidados essenciais e a pouca probabilidade que têm
de desenvolver o seu potencial humano ideal.
Para milhões de crianças através da região da SADC, os impactos
profundos e de longa duração da epidemia do HIV e SIDA signifi ca
um aumento da pobreza, estigma e discriminação, negligência e
exploração. As raparigas e as crianças e jovens com defi ciências
enfrentam difi culdades adicionais que comprometem ainda
mais as suas possibilidades de uma infância normal.
Esta realidade – isto é, a situação de muitas das crianças e jovens
na SADC – é reconhecida como um dos factores fundamentais
que contribuem para a inabilidade da região para alcançar as
suas metas de desenvolvimento humano e económico. Também
tem implicações profundas para os sectores da educação de
todos os Estados Membros.
Educação: um direito fundamental para todos Há uma aceitação universal de que as crianças e os jovens têm
direito à educação e, no entanto, para muitos, este direito nunca
é realizado. Estas crianças e jovens enfrentam barreiras no
acesso à educação; barreiras à permanência na escola; barreiras
ao sucesso dos seus estudos na escola.
A Estrutura Política da SADC sobre Cuidados e Apoio ao
Ensino e Aprendizagem articula o contexto do CSTL da forma
seguinte: pobreza; fome; saúde debilitada; falta de acesso a
serviços como água, saneamento e energia; género e outras
formas de desigualdade; analfabetismo dos pais; orfandade
e residência rural, entre outros factores. Estes factores estão
presentes de formas diferentes e em combinações múltiplas que
proíbem muitas crianças e jovens de ter acesso à educação,
de frequentar a escola com regularidade e participar numa
educação e aprendizagem de qualidade.
Embora existam muitas semelhanças entre os Estados Membros,
compreender como e porquê estes factores constituem barreiras
à educação para as crianças e jovens numa gama de situações
diversas é fundamental para o desenvolvimento adequado de
respostas de cuidados e apoio.
Sem necessidades humanas básicas e serviços, as crianças e jovens tornam-se adultos que não podem mudar os seus mundos para uma situação melhor. As crianças vulneráveis crescem para ser, tipicamente, jovens e adultos vulneráveis, os quais, por sua vez, trazem à vida crianças vulneráveis de si próprios. Isso reforça um ciclo de pobreza e vulnerabilidade para a maioria das famílias na SADC.1
“
”
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
FALTA DE DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO
PAIS AUSENTES
SOFRIMENTO E TRAUMA
BAIXA TAXA DE INSCRIÇÕES
ALTA TAXA DE DESISTÊNCIAS
RESULTADOS ACADÉMICOS INFERIORES
HIV E SIDA
HABITAÇÃO EM ZONA RURAL
DESASTRES NATURAIS
ESTEREÓTIPOS DE GÉNERO
NÚMERO INSUFICIENTE DE ESCOLAS
MÁ QUALIDADE DE ENSINO
FALTA DE AMBIENTE
PROPÍCIO AO ENSINO TAXA DE
ALFABETIZAÇÃO BAIXA ENTRE
OS PAIS
PRATICAS CONSUETUDINÁRIAS
TRABALHO INFANTIL
FOME INCAPACIDADE
VIOLÊNCIA POBREZA
GUERRA
Usando a ilustração abaixo, considere quais são os factores que constituem barreiras à educação (acesso / atendimento / realização) no seu país e, do mesmo modo, identifi que outros factores
que são específi cos a qualquer área ou qualquer grupo de crianças e jovens no seu país.
Vulnerabilidades de intersecção com impacto nas oportunidades educacionais
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
Realidades da educação A Estrutura Política da SADC sobre Cuidados e Apoio ao Ensino e Aprendizagem apresenta os factos seguintes
relacionados com as matrículas, frequência escolar e retenção nos Estados Membros da SADC.
1. Inscrições: as taxas de inscrição pré-escolares são baixas. As taxas de matrícula nas escolas primárias têm
vindo a melhorar mas o progresso dos alunos ao longo do ensino primário continua a ser um problema. As
matrículas nas escolas secundárias são menos de metade das inscrições nas escolas primárias.
2. Frequência escolar: as presenças na escola primária constituem um desafi o que resulta em que 20%
das crianças matriculadas não concluam a sua educação.
3. Retenção: Há uma taxa elevada de desistências escolares entre o ensino primário e o ensino secundário.
As taxas de conclusão do ensino secundário são mais baixas do que as do ensino primário. As taxas
de conclusão do ensino secundário também são mais baixas para as raparigas do que para os rapazes.
• São estes factos da educação verdadeiros no seu Ministério e no seu país?
• Quais são os dados verdadeiros relacionados com as inscrições, frequência escolar e retenção no seu Ministério?
• Sempre que possível forneça dados para as escolas primárias e secundárias e para as raparigas e rapazes.
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
MANDATOS DO CSTL NAS POLÍTICAS E NAS ESTRUTURAS REGULAMENTARESNesta secção há uma explicação de como as estruturas políticas e regulamentares global, africana e regional defi nem claramente o mandato para cuidados e apoio no ensino e aprendizagem. O conceito de um pacote de serviços essenciais para as crianças e jovens vulneráveis é analisado, assim como os meios para monitorizar as iniciativas do CSTL.
Mandatos de EducaçãoO CSTL é um mecanismo de coordenação por meio do qual
os Estados Membros podem dar efeito à realização das suas
metas, objectivos e compromissos assumidos nos instrumentos
globais, continentais, regionais e nacionais a que aderiram.
Uma série de convenções e declarações internacionais e
africanas contêm disposições sobre direitos humanos básicos,
incluindo o direito à educação, por exemplo, a Convenção da
ONU sobre os Direitos da Criança (1989) e a Carta Africana
sobre os Direitos e Bem-Estar da Criança (1990). Estes direitos
estão desenvolvidos em instrumentos adicionais como os
Objectivos de Desenvolvimento Sustenável (2015).
Na SADC, a educação está inserida na agenda de
desenvolvimento da região. No Plano Indicativo Regional de
Desenvolvimento Estratégico da SADC, a melhoria da educação
é central para a realização dos objectivos de desenvolvimento
económico e social da região. A nível dos Estados Membros, os
instrumentos nacionais importantes incluem as constituições
dos países, os planos de desenvolvimento nacional e as leis e
políticas relevantes.
Ligando a educação aos cuidados e apoioNo Comunicado emitido pelo Fórum dos Ministros da Educação
na Suazilândia a 15 de Setembro de 2005, estes compromissos
foram articulados com referência à situação das crianças e dos
jovens na Região da SADC.
Reconhecendo que as crianças, como a maioria da população dos nossos países, são o nosso presente e futuro e esperança principal para o desenvolvimento, reafi rmamos que o investimento no bem-estar de todas as crianças é fundamental para a sobrevivência e progresso de nossas sociedades.
Admitimos que os sistemas normais de apoio fornecidos pelas famílias, comunidades e governos estão a ser comprometidos nos nossos países com o impacto do HIV e SIDA, o agravamento da pobreza, altas taxas de crescimento populacional, secas recorrentes e insegurança alimentar. Estes problemas têm dado origem a um rápido aumento no número de órfãos e outras crianças vulneráveis, que intensifi cou ainda mais a pressão sobre os sistemas convencionais de cuidados e apoio. Como resultado, temo-nos orientado cada vez mais para a prestação de serviços às crianças através de escolas e centros alternativos de aprendizagem onde estas crianças passam uma grande parte do seu tempo. Apesar de algum sucesso com estas actividades reconhecemos, agora, que as escolas, na sua forma e mandato actual, estão a ser distendidas para além da sua fi nalidade original capacidades presentes num esforço para colmatar a lacuna na prestação de serviços às crianças.
E, no dia 4 de Julho de 2008, 14 Ministros da Educação
dos Estados Membros da SADC aprovaram e adoptaram,
unanimemente, o Programa CSTL, como a maneira de
responder, de forma abrangente, aos desafi os à saúde e às
difi culdades socioeconómicas enfrentadas pelas crianças e
pelos jovens vulneráveis.
O compromisso para a prestação de cuidados e apoio ao ensino e
aprendizagem tinha sido feito; o mandato é inequívoco. Apela às
mudanças – não nas funções básicas do ensino e aprendizagem
– mas mudanças na forma como o ensino e a aprendizagem
ocorrem. Apresenta, simultaneamente, uma oportunidade e um
desafi o para os Ministérios e os seus parceiros abraçarem formas
diferentes de trabalhar que irão permitir acesso aos cuidados e
apoio para os alunos vulneráveis e que, como resultado directo
disto, irá melhorar os resultados do ensino.
Quais são as principais disposições das leis e políticas que fornecem o
mandato para cuidados e apoio ao ensino e aprendizagem no seu país?
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
Serviços essenciais de cuidados e apoio O Pacote Mínimo de Serviços para Órfãos, Crianças e Jovens Vulneráveis (OVC&Y) da SADC descreve as necessidades típicas das
crianças e jovens vulneráveis e classifica os serviços de que necessitam em seis áreas.
O Pacote Mínimo de Serviços para Órfãos, Crianças e Jovens Vulneráveis da SADC
Se você já tem um modelo nacional do CSTL e um pacote de serviços essenciais no seu país, quais são os serviços para as crianças e jovens vulneráveis que fazem parte desse pacote?
Se você ainda não tem um modelo nacional do CSTL, que serviços para as crianças e jovens vulneráveis devem ser incluídos num pacote de serviços essenciais?
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
BEM-ESTAR PSICOSSOCIAL
SAÚDE E SANEAMENTO
PROTECÇÃO E SEGURANÇA DAS CRIANÇAS
E JOVENS
SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
PROTECÇÃO SOCIAL
PACOTE MÍNIMO DA SADC
DE SERVIÇOS PARA ÓRFÃOS,
CRIANÇAS E JOVENS VULNERÁVEIS
Os Estados Membros têm utilizado estas categorias como referência útil para desenvolverem os seus modelos nacionais do CSTL
e descrever o seu pacote de serviços essenciais ou básicos – tendo cada Estado Membro concebido um pacote único de serviços
pertinentes de acordo com as suas necessidades específicas e no contexto do seu país.
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
Monitorização de cuidados e apoio ao ensino e aprendizagem A Estrutura de Monitorização, Avaliação e Relatórios (MER) para o Programa CSTL foi adoptada em 2011. Baseia na teoria de que:
SE a educação, cuidados e apoio para as crianças vulneráveis forem integradas nos aspectos seguintes do sistema de educação
– política, planeamento e orçamento, recursos humanos, desenvolvimento de recursos humanos, currículo, infra-estrutura,
monitorização e avaliação (M&A),
E SE uma estrutura conceitual nacional, modelo e um pacote de programas de cuidados e apoio e de serviços com base
na escola são desenvolvidos e são criadas parcerias com os departamentos governamentais, agências da ONU, ONGs e
outras partes interessadas para implementar a estrutura, o modelo e o pacote de programas,
ENTÃO as taxas das matrículas escolares, retenção e progressão irão melhorar e o CSTL irá contribuir para a realização
das Metas de Educação para Todos e para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
O diagrama que se segue ilustra o processo rigoroso que foi seguido para recolher os dados de linha de base e para desenvolver uma
Estrutura MER preliminar que, após a validação, foi aprovado e instituído.
Os indicadores de núcleo que foram desenvolvidos estão alinhados à estrutura global e à estrutura de monitorização da SADC. Muitos
destes indicadores referem-se aos serviços essenciais para crianças e jovens vulneráveis, por exemplo:
Os dados são colectados aos níveis regional, nacional e da escola.
MATERIAL E BEM-ESTAR Número ou (%) de escolas que prestam/facilitam o acesso a bolsas de estudo para ajudar com os
custos relacionados com a educação
ÁGUA E SANEAMENTO Número ou (%) de escolas com instalações sanitárias suficientes para atender às necessidades de
professores e alunos
Número ou (%) de escolas com água potável para atender às necessidades de professores e alunos
NUTRIÇÃO Número ou (%) de escolas que fornecem uma refeição diária aos alunos vulneráveis
Desenvolvimento da Estrutura MER do CSTL
20112009 2010
QUADRO LOGÍSTICO DO CSTL
AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO DE INFORMAÇÃO E ESTUDO DE LINHA DE BASE
ANÁLISE DE DADOS E ESTRUTURA MER PRELIMINAR
APROVAÇÃO PELA COMISSÃO DE ORGANIZAÇÃO
RELATÓRIOS DE INDICADORES DE NÚCLEO E ADAPTAÇÃO
FORMAÇÃO EM M&A (Monitorização e Avaliação)
VALIDAÇÃO NOS ESTADOS MEMBROS
No sistema MER e nos Sistemas de Informação de Gestão da Educação (EMIS) do seu país, identifique exemplos de indicadores que se relacionam com cuidados e apoio ao ensino e
aprendizagem. Seleccione exemplos a nível da escola e a nível nacional.
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
INTEGRANDO CUIDADOS E APOIO NO ENSINO E APRENDIZAGEMNesta secção fi nal são introduzidos os conceitos do processo e integração de cuidados e apoio na educação; são apresentados os recursos de integração desenvolvidos para apoiar o programa do CSTL; a integração de cuidados de apoio é ilustrada com exemplos de iniciativas do CSTL em Estados Membros seleccionados.
Compreendendo a integraçãoIntegração é uma prática de gestão que evoluiu como disciplina
reconhecida nas últimas décadas. A Integração refere-se a
uma abordagem de desenvolvimento que um sector, como a
educação, pode adoptar para gerir uma série de riscos. Uma vez
que haja um entendimento das causas e consequências destes
riscos e como estes impactam nos objectivos e metas do sector,
a integração fornece de seguida os meios para os abordar.
Enquanto isso requer mudanças, as mudanças são sempre
consistentes com as funções fundamentais do sector, utilizando
as chamadas vantagens comparativas desse sector.
A evidência é clara. Foi provado em muitos países e em
muitos contextos que a integração é uma maneira sólida de
desenvolvimento, estratégica e sustentável para lidar com
questões tão diversas como a pobreza, género, direitos humanos,
HIV e SIDA, defi ciências e o meio ambiente.
No contexto do CSTL, certas combinações destas questões
criam barreiras às crianças e jovens que procuram ganhar acesso
à educação, permanecer na escola e alcançar bons resultados
nos seus estudos. A integração de cuidados e apoio no ensino
e aprendizagem, a todos os níveis, em todas as divisões e
disciplinas no âmbito da educação, irá abordar estas barreiras.
Ao mesmo tempo, o CSTL oferece um veículo para:
• Cumprir os compromissos e mandatos internacionais,
nacionais e sectoriais
• Incorporar os programas de cuidados e de apoio existentes
numa estrutura coerente
• Integrar, em cascada, cuidados e apoio a todos os níveis, do
nacional ao sub-nacional
Os processos e as fases práticas para integrar o cuidado e apoio
no ensino e aprendizagem foram desenvolvidos em 2009, sob
a forma de um recurso do CSTL, referido como o Pacote de
Apoio Regional (RSP).
Pacote de Apoio Regional – um Recurso do CSTLO RSP é um recurso genérico que tem como objectivo orientar
os Ministérios da Educação dos Estados Membros da SADC
através do processo de integração de cuidados e apoio no
ensino e aprendizagem em todas as políticas relevantes,
programas e processos.
O RSP foi testado em fóruns em todos os 15 Estados Membros e
tem sido desde então utilizado em sessões de formação intensivas
com representantes de todos os Estados Membros seleccionados
pelos Ministros de Educação da SADC (inicialmente Zâmbia,
África do Sul, Suazilândia, República Democrática do Congo e
Moçambique). Foram realizados seminários subsequentes sobre
o RSP no Malawi e no Zimbabwe, os dois Estados Membros
recém-seleccionados e que se juntaram ao programa em 2014.
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
A acompanhar o RSP existe um “mapa da estrada” que é usado para criar, visualmente, a viagem do CSTL, para planear e
sequenciar a integração através das “Fases de Acção” de uma forma individualmente optimizada para cada um dos Estados
Membros. As Doze Fases de Acção para a integração de cuidados e apoio no ensino e aprendizagem estão ilustradas a seguir.
Os Estados-Membros são encorajados a adaptar o RSP para poder servir melhor as suas circunstâncias específi cas.
As Fases de Acção para Integrar o CSTL Não há nenhuma sequência exacta para a maneira como as Fases de Acção são empreendidas. Os Estados Membros utilizam
o mapa da estrada para os ajudar a decidir em que ordem é que deverão avançar.
Foi o processo de adaptação/personalização efectuado no
seu Ministério?
Qual é o seu conhecimento e
experiência com o RSP?
Piloto do
CSTL
Crescimento e Sustentabilidade
Activando o Ambiente Político
Advocacia e
Comunicação
Monitorização
e Avaliação,
Pesquisa e
Relatórios
Rede Multissectorial de Serviços Materiais e
Instrumentos
Capacidade para Implementação
Apoio e Estruturas
Modelo Nacional
Planos de Programas do
CSTL
Situação e Análise de Resposta
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
Ilustração da integração Nas páginas seguintes estão descritas três iniciativas de
integração. A primeira é a da Suazilândia, onde um modelo
nacional para o CSTL foi desenvolvido. Esta iniciativa é
conhecida como INQABA.
Os sete pilares do INQABA representam os serviços essenciais
que estão no centro do Programa CSTL da Suazilândia.
Estes são:
• Protecção e segurança
• Apoio psicossocial
• Segurança alimentar
• Saúde
• Água, saneamento e higiene
• Conhecimentos sobre HIV/SIDA, género e competências
para a vida
• Qualidade de ensino e aprendizagem
Uma compreensão em profundidade das vulnerabilidades
enfrentadas pelas suas crianças e jovens foi essencial para
o processo de desenvolvimento de modelo nacional da
Suazilândia, que hoje dirige e orienta todos os aspectos da
política da educação, planeamento e entrega. E, a fim de integrar
eficazmente estes pilares em todos os aspectos da educação
foram formadas parcerias com outros Ministérios relevantes,
parceiros de implementação, ONGs e outros para fornecer os
serviços essenciais.
Como pode ser observado, há uma correspondência excelente
entre os pilares do INQABA e as seis categorias do Pacote
Mínimo da SADC de Serviços para Órfãos, Crianças Vulneráveis
e Jovens (lista da secção anterior).
O segundo exemplo é o da África do Sul, onde a política de
Rastreio, Identificação, Avaliação e Apoio (SIAS) foi adoptada
em 2014. O objectivo da política do SIAS é padronizar os
procedimentos para a identificação dos alunos vulneráveis,
avaliar as suas necessidades e oferecer programas de intervenção
apropriados para todos aqueles que necessitam de apoio
adicional para reforçar a sua participação e inclusão na escola.
As quatro fases na política do SIAS são:
1. Avaliar todos os alunos em termos de inconsistências de
aprendizagem e desenvolvimento 2. Identificar as barreiras à aprendizagem e desenvolvimento
(em frente do aluno)
3. Avaliar as necessidades de apoio do aluno (que apoio é
necessário? De quem? Com que frequência?)
4. Facilitar o apoio necessário para satisfazer todas as
necessidades do aluno.
Os planos de acção surgem deste processo – para o aluno em
risco, para a escola e para o distrito.
São investigadas as fontes múltiplas de informação do aluno,
incluindo:
• Na admissão (que é provavelmente a melhor oportunidade de
falar com os pais e cuidadores e obter informações valiosas
acerca da criança).
• Relatórios da escola
• Notas de observação do professor
• Resultados formais e informais de avaliação
• Outros relatórios (médicos, psicológicos, etc.)
• Entrevistas com os pais e alunos
Além disto, a política prevê orientação a ser prestada às partes
interessadas do sector da educação sobre como planear,
orçamentar e fornecer um programa de apoio a todos os níveis do
sistema de ensino. Regula também a composição e as operações
das estruturas de coordenação mais importantes necessárias para
a implementação de um sistema de educação inclusivo, ou seja,
as “equipas de apoio com base na escola” e as “equipas de apoio
baseadas nos distritos”.
O último exemplo é o da Zâmbia. O Ministério da Educação,
reconhecendo que o aconselhamento e a orientação são aspectos
importantes do seu sistema de ensino integrou estes serviços nas
escolas. Isto é de relevância especial na fase actual do CSTL, que
enfatiza o apoio às crianças e jovens vulneráveis e marginalizados
que podem beneficiar extensivamente do acesso aos serviços de
aconselhamento e de orientação.
Um curso prático de seis módulos que leva à aquisição de um
diploma foi lançado em Agosto de 2013 pelo Ministério em conjunto
com a Iniciativa Regional de Apoio Psicossocial (REPSSI). O curso
destina-se a alterar a maneira como os professores interagem uns
com os outros e com os alunos, assim como a escola interage com
a comunidade escolar. Foram desenvolvidas directrizes sobre a
administração e gestão de orientação e aconselhamento no sistema
de ensino, integrando eficazmente o apoio psicossocial nas escolas.
Integração na prática Os exemplos acima demonstram como os Ministérios da
Educação estão a mudar, ampliando, fortalecendo e melhorando
os seus mandatos de acesso aos alunos, retenção e realização.
Ao mesmo tempo estão a ir ao encontro da meta do CSTL para
as suas crianças e jovens – permitindo-lhes que realizem os seus
direitos à educação, à segurança, à protecção e a cuidado e apoio.
Descreva uma iniciativa do seu país que avança o objectivo do CSTL de uma resposta
alargada e reforçada da educação que permite que as crianças e os jovens realizem os seus direitos à educação, à segurança, à
protecção e aos cuidados e apoio.
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
A JORNADA DO CSTL CONTINUAO CSTL é única resposta colectiva aos desafi os enfrentados pela educação na Região da SADC. Edifi ca-se na força da colaboração regional e na partilha das experiências e conhecimentos, incluindo o desenvolvimento e a implementação de políticas ao nível da escola, na procura de um alcance comum de fornecer acesso, permanência e sucesso nas escolas para todas as crianças e jovens, especialmente aqueles que são vulneráveis. Por outras palavras:
Quais são os seus próximos passos para avançar os cuidados
e apoio ao ensino e aprendizagem no seu país?
O CSTL é um mecanismo poderoso para combater um nexo de desafi os fundamentais para o avanço da missão da SADC. Tem como
premissa a disponibilização sistemática de serviços de núcleo e complementares através do sistema de ensino, a fi m de eliminar
as barreiras subjacentes ao acesso, retenção, frequência regular e resultados educativos de qualidade. Em termos do conceito do
CSTL, prevê-se que as escolas actuem como locais de cuidados e apoio integrados e abrangentes, de tal forma que cada escola
seja um portal através do qual as crianças podem envolver serviços que são necessários para alcançar uma educação de qualidade.
Parcerias para cuidados e apoio ao ensino e aprendizagem
Ao abraçar o CSTL como uma estrutura favorável para a acção e mudanças
e, juntamente com a sua implementação bem-sucedida, os Estados Membros
estão a tomar medidas gigantescas para assegurar o direito de todas as
crianças à educação e ao desenvolvimento da sua “personalidade, talentos,
aptidões mentais e físicas para atingirem o seu máximo potencial” [Artigo 29,
Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança].
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CUIDADOS E APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM: DA POLÍTICA À PRÁTICA
REFERÊNCIAS1 SADC (2008) Strategic Framework and Programme of Action for Orphans and other Vulnerable
Children and Youth (Estrutura Estratégica e Programa de Acção para Órfãos e outras Crianças e
Jovens Vulneráveis) 2008 - 2015.
2 SADC (2014: aprovação pendente) SADC Policy Framework on Care and Support for Teaching
and Learning. (Estrutura Política da SADC sobre Cuidados e Apoio ao Ensino e Aprendizagem)
3 Ibid.
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