Cruzeta de distribuição polimerica - PRFV técnicas/ETU...• Resolução CONAMA nº 1, de...

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______________________________________________________________________________ ETU-115.1 Versão 2.0 Novembro / 2020 1 Cruzeta de distribuição polimérica - PRFV ENERGISA/C-GTCD-NRM/Nº015/2019 Especificação Técnica Unificada ETU - 115.1 Revisão 2.0 - Novembro / 2020

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ETU-115.1 Versão 2.0 Novembro / 2020

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Cruzeta de distribuição polimérica - PRFV

ENERGISA/C-GTCD-NRM/Nº015/2019

Especificação Técnica Unificada ETU - 115.1 Revisão 2.0 - Novembro / 2020

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Apresentação

Nesta Especificação Técnica apresenta as diretrizes necessárias para padronização

das características técnicas e requisitos mínimos, elétricos e mecânicos, exigidos

para fornecimento de cruzeta de distribuição polimérica, em Polímero Reforçado

com Fibra de Vidro (PRFV), para redes de distribuição aérea, em média tensão, nas

empresas do Grupo Energisa S.A.

Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em

referência, definidos nas Normas Brasileiras Registradas (NBR) da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ou outras normas internacionais reconhecidas,

acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes

materiais nas empresas do grupo Energisa.

As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são

controladas.

A presente revisão desta Especificação Técnica é a versão 2.0, datada de novembro

de 2020.

Cataguases - MG, novembro de 2020.

GTD - Gerência Técnica de Distribuição

Esta Especificação Técnica, bem como as alterações, poderá ser acessada através do

código abaixo:

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Equipe técnica de revisão da ETU 115.1 (Versão 2.0)

Acassio Maximiano Mendonca Gilberto Teixeira Carrera

Grupo Energisa Grupo Energisa

Augustin Gonzalo Abreu Lopez Hitalo Sarmento de Sousa Lemos

Grupo Energisa Grupo Energisa

Danilo Maranhão de Farias Santana Ricardo Campos Rios

Grupo Energisa Grupo Energisa

Eduarly Freitas do Nascimento Ricardo Machado de Moraes

Grupo Energisa Grupo Energisa

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Aprovação técnica

Ademálio de Assis Cordeiro Juliano Ferraz de Paula

Grupo Energisa Energisa Sergipe

Amaury Antônio Damiance Marcelo Cordeiro Ferraz

Energisa Mato Grosso Dir. Suprimentos Logística

Eduardo Alves Mantovani Paulo Roberto dos Santos

Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Mato Grosso do Sul

Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes

Energisa Rondônia Energisa Acre

Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha

Energisa Tocantins Energisa Sul-Sudeste

Jairo Kennedy Soares Perez

Energisa Borborema / Energisa Paraíba

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Sumário

1 OBJETIVO ................................................................................... 8

2 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................... 8

3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................................... 8

4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS .............................................................. 8

4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO FEDERAL ................................................ 8

4.2 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ........................................................... 9

4.3 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS ...................................................... 10

5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................... 11

5.1 CRUZETA ............................................................................... 11

5.2 CRUZETA POLIMÉRICA ................................................................... 11

5.3 CARGA DE RUPTURA (CR) ............................................................... 11

5.4 CHANFRO OU BISEL ...................................................................... 11

5.5 CURVATURA............................................................................. 12

5.6 DEFEITO ................................................................................ 12

5.7 DEFEITO CRÍTICO ........................................................................ 12

5.8 DEFEITO GRAVE ......................................................................... 12

5.9 DEFEITO TOLERÁVEL..................................................................... 12

5.10 DURABILIDADE .......................................................................... 12

5.11 FACE MAIOR (A) ........................................................................ 12

5.12 FACE MENOR (B) ........................................................................ 12

5.13 FLECHA ................................................................................. 13

5.14 FLECHA RESIDUAL ....................................................................... 13

5.15 FORMATO ............................................................................... 13

5.16 FISSURA OU TRINCA ..................................................................... 13

5.17 LIMITE DE CARREGAMENTO EXCEPCIONAL (1,4 X RN) ..................................... 13

5.18 PLANO TRANSVERSAL .................................................................... 13

5.19 RESISTÊNCIA NOMINAL (RN) .............................................................. 13

5.20 RETILINEIDADE .......................................................................... 14

5.21 SEÇÃO TRANSVERSAL .................................................................... 14

5.22 SUPORTE DE FIXAÇÃO .................................................................... 14

5.23 TRILHAMENTO ELÉTRICO (TRACKING) .................................................... 14

5.24 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 14

5.25 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 15

5.26 ENSAIOS ESPECIAIS ...................................................................... 15

6 CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................... 15

6.1 CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO ............................................................... 15

6.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA ..................................................... 16

6.3 ACONDICIONAMENTO .................................................................... 16

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6.4 MEIO AMBIENTE ......................................................................... 18

6.5 VIDA ÚTIL ............................................................................... 18

6.6 GARANTIA .............................................................................. 19

6.7 INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO DA ENERGISA ............................................ 19

7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ................................................................ 20

7.1 PROCESSO DE FABRICAÇÃO ............................................................... 20

7.2 MATERIAIS .............................................................................. 20

7.2.1 Corpo material .................................................................... 20

7.2.2 Tampa laterais e guias dos furos ............................................... 20

7.3 ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS ........................................................... 21

7.3.1 Dimensões ......................................................................... 21

7.3.2 Tolerâncias ........................................................................ 21

7.3.3 Furação ............................................................................ 22

7.4 ACABAMENTO ........................................................................... 22

7.5 IDENTIFICAÇÃO .......................................................................... 23

7.6 RETILINEIDADE .......................................................................... 24

7.7 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS ............................................................ 24

7.8 CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS ............................................................ 24

8 INSPEÇÃO E ENSAIOS ..................................................................... 24

8.1 GENERALIDADES ......................................................................... 24

8.2 RELAÇÃO DE ENSAIOS .................................................................... 28

8.2.1 Ensaios de tipo (T) ............................................................... 29

8.2.2 Ensaios de recebimento (RE) ................................................... 29

8.2.3 Ensaio especiais (E) .............................................................. 30

8.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS ................................................................. 30

8.3.1 Inspeção geral ..................................................................... 30

8.3.2 Verificação dimensional ......................................................... 31

8.3.3 Resistência à flexão .............................................................. 31

8.3.4 Resistência à torção .............................................................. 31

8.3.5 Ensaios mecânicos do composto - Antes e após envelhecimento em

câmara de UV.................................................................................. 31

8.3.6 Resistência à tensão de trilhamento elétrico e erosão ..................... 32

8.3.7 Flamabilidade ..................................................................... 32

8.3.8 Absorção de água ................................................................. 32

8.3.9 Ensaio mecânico de longa duração ............................................ 32

8.3.10 Tensão suportável nominal à frequência industrial sob chuva .......... 33

8.3.11 Resistência à propagação de chama ........................................ 33

8.3.12 Verificação da resistência da tampa de cruzetas ocas ................... 33

8.3.13 Carga de ruptura ............................................................... 34

8.4 RELATÓRIOS DE ENSAIOS ................................................................. 34

9 PLANO DE AMOSTRAGEM ................................................................ 35

9.1 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 35

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9.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 35

9.3 ENSAIOS ESPECIAIS ...................................................................... 36

10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ................................................................. 36

10.1 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 36

10.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 36

11 NOTAS COMPLEMENTARES .............................................................. 36

12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO ......................................... 37

13 VIGÊNCIA .................................................................................. 37

14 TABELAS ................................................................................... 38

TABELA 1 - Características físicas das cruzetas .......................................... 38

TABELA 2 - Planos de amostragem para ensaios de recebimento ..................... 39

TABELA 3 - Relação de ensaios .............................................................. 41

15 DESENHOS ................................................................................. 42

DESENHO 1 - Cruzeta polimérica tipo “L” - 1.700x90x90 mm .......................... 42

DESENHO 2 - Cruzeta polimérica tipo “T” - 1.900×90×90 mm ......................... 43

DESENHO 3 - Cruzeta polimérica tipo retangular - 2.400x112,5x90 mm ............. 44

DESENHO 4 - Cruzeta polimérica tipo retangular - 3.000x112,5x90 mm ............. 45

DESENHO 5 - Cruzeta polimérica tipo retangular - 3.500x112,5x90 mm ............. 46

DESENHO 6 - Cruzeta polimérica tipo retangular - 5.000x140x120 mm .............. 47

DESENHO 7 - Placa de identificação (modelo) ............................................ 48

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1 OBJETIVO

Esta Especificação Técnica estabelece os requisitos técnicos mínimos exigíveis,

mecânicos e elétricos, para fabricação e recebimento de Cruzetas de Distribuição,

em Polímero Reforçado com Fibra de Vidro (PRFV), a serem usados no sistema de

distribuição de energia da Energisa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Aplicam-se às montagens das estruturas para redes de distribuição, em média tensão,

em áreas urbanas e rurais, previstas nas normas técnicas em vigência nas Empresas

do Grupo Energisa.

3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS

Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração

de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e

operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.

4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Esta Especificação Técnica foi baseada no seguinte documento:

• ABNT NBR 15956, Cruzetas poliméricas - Especificação, métodos de ensaio,

padronização e critérios de aceitação

• ABNT NBR 8453-2, Cruzetas de concreto armado e protendido para redes de

distribuição e de transmissão de energia elétrica - Parte 2: Padronização

Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, as cruzetas

poliméricas devem satisfazer às exigências desta, bem como de todas as normas

técnicas mencionadas abaixo.

4.1 Legislação e regulamentação federal

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• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -

Capítulo VI: Do Meio Ambiente

• Lei nº 8.347, de 24/07/1985, Disciplina a ação civil pública de

responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a

bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e

dá outras providências;

• Lei nº 9.605, de 12/02/1998, Dispõe sobre as sanções penais e administrativas

derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras

providências

• Decreto nº 6.514, de 22/07/2008, Dispõe sobre as infrações e sanções

administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo

federal para apuração destas infrações, e dá outras providências

• Resolução CONAMA nº 1, de 23/01/1986, Dispõe sobre os critérios básicos e

diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA

• Resolução CONAMA nº 237, de 19/12/1997, Regulamenta os aspectos de

licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente

4.2 Normas técnicas brasileiras

• ABNT NBR 5310, Materiais plásticos para fins elétricos - Determinação da

absorção de água

• ABNT NBR 5456, Eletricidade geral - Terminologia

• ABNT NBR 5460, Sistemas elétricos de potência - Terminologia

• ABNT NBR 8458, Cruzeta de madeira para redes de distribuição de energia

elétrica - Especificação

• ABNT NBR 8459, Cruzetas de madeira - Dimensões

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• ABNT NBR 10296, Material isolante elétrico - Avaliação de sua resistência ao

trilhamento elétrico e erosão sob severas condições ambientais - Método de

ensaio

• ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão

• ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de

isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 1: métodos para aplicação

geral - Capítulo 1: Medição de espessuras e dimensões externas - Ensaios para

a determinação das propriedades mecânicas

4.3 Normas técnicas internacionais

• ASTM D 149, Standard test method for dielectric breakdown voltage and

dielectric strength of solid electrical materials at commercial power

frequencies

• ASTM G 155, Standard practice for operating xenon arc light apparatus for

exposure of non metallic materials

• UL 94, Test for flammability of plastics for parts in devices and appliances

NOTAS:

I. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do

inspetor da Energisa no local da inspeção.

II. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta norma,

mas que são usuais ou necessários para a operação eficiente do equipamento,

considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser fornecidos pelo fabricante

sem ônus adicional.

III. A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas será

permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual, ou melhor, que as

anteriormente mencionadas e não contradigam a presente norma.

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IV. As siglas acima referem-se a:

• ABNT - Associação brasileira de normas técnicas

• NBR - Norma brasileira registrada

• ASTM - American society for testing and materials

• IEC - International Electrotechnical Commission

• UL - Underwriters Laboratories

5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR

5456 e os seguintes.

5.1 Cruzeta

Peça de eixo sensivelmente retilíneo, sem emendas, destinada a suportar condutores

e equipamentos de redes aéreas de distribuição de energia elétrica.

5.2 Cruzeta polimérica

Peça de eixo sensivelmente retilíneo constituída de composto polimérico.

5.3 Carga de ruptura (Cr)

Carga que provoca o rompimento ou a fluência da cruzeta em uma seção transversal.

A ruptura é definida pela carga máxima indicada no aparelho de medida dos esforços,

carregando-se a cruzeta de modo contínuo e crescente. A fluência pode ser

caracterizada como o ponto onde o material não suporta mais a carga aplicada,

mesmo sem apresentar ruptura, em função de propriedades elásticas do material.

5.4 Chanfro ou bisel

Arredondamento das quatro arestas, no sentido longitudinal da cruzeta.

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5.5 Curvatura

Desvio de direção da cruzeta.

5.6 Defeito

Falta de conformidade a qualquer dos requisitos especificados.

5.7 Defeito crítico

Defeito que pode produzir condições perigosas ou inseguras para quem usa ou

mantém o produto. É também o defeito que pode impedir o funcionamento ou o

desempenho de uma função importante do produto.

5.8 Defeito grave

Defeito considerado não crítico, que pode resultar em falha ou reduzir

substancialmente a utilidade da unidade de produto para o fim a que se destina.

5.9 Defeito tolerável

Defeito que não reduz substancialmente a utilidade da unidade de produto para o

fim a que se destina ou não influi substancialmente no uso efetivo ou na operação.

5.10 Durabilidade

Propriedade da cruzeta que expressa o período desta em resistir ao intemperismo.

5.11 Face maior (A)

Face da cruzeta que apresenta a furação padrão para fixar a cruzeta ao poste.

5.12 Face menor (B)

Face da cruzeta que apresenta a furação padrão para fixação dos isoladores tipo

suporte.

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5.13 Flecha

Medida do deslocamento de um ponto em um determinado plano, provocado pela

ação de uma carga.

5.14 Flecha residual

Flecha que permanece após a remoção dos esforços, determinada pelas condições

especificadas.

5.15 Formato

As cruzetas poderão ter os formatos:

• Quadrada;

• Retangular;

• Tipo “T”;

• Tipo “L”;

• Tipo MB.

5.16 Fissura ou trinca

Fratura superficial visível a olho nu.

5.17 Limite de carregamento excepcional (1,4 x Rn)

Corresponde a uma sobrecarga de 40% sobre o valor da carga nominal.

5.18 Plano transversal

Plano normal ao eixo longitudinal da cruzeta.

5.19 Resistência nominal (Rn)

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Carga nominal que a cruzeta deve suportar continuamente, na direção e sentido

indicados no plano de aplicação e passando pelo eixo da cruzeta, de grandeza tal

que não produza em nenhum plano transversal: momento fletor que prejudique a

qualidade dos materiais, trincas e flechas superiores às especificadas.

5.20 Retilineidade

Desvio máximo permitido da cruzeta relativo a uma linha ao longo do seu

comprimento total. Este desvio corresponde à distância máxima medida entre a face

externa da cruzeta e uma linha estendida de face a face, no ponto considerado.

5.21 Seção transversal

Plano normal ao eixo longitudinal da cruzeta.

5.22 Suporte de fixação

Acessório confeccionado em resina termofixa reforçada com eixo retilíneo destinado

a servir de apoio para a cruzeta.

5.23 Trilhamento elétrico (tracking)

Fenômeno que se inicia na superfície do material, devido circulação de corrente de

fuga, originada pelo surgimento de diferença de potencial entre dois pontos da

superfície, resultando na degradação irreversível do material polimérico provocada

pela formação de caminhos que se iniciam e se desenvolvem na superfície do

material isolante, sendo condutivos mesmo quando secos.

5.24 Ensaios de recebimento

O objetivo dos ensaios de recebimento é verificar as características de um material

que podem variar com o processo de fabricação e com a qualidade do material

componente. Estes ensaios devem ser executados sobre uma amostragem de

materiais escolhidos aleatoriamente de um lote que foi submetido aos ensaios de

rotina.

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5.25 Ensaios de tipo

O objetivo dos ensaios de tipo é verificar as principais características de um material

que dependem de seu projeto. Os ensaios de tipo devem ser executados somente

uma vez para cada projeto e repetidos quando o material, o projeto ou o processo

de fabricação do material for alterado ou quando solicitado pelo comprador.

5.26 Ensaios especiais

O objetivo dos ensaios especiais é avaliar materiais com suspeita de defeitos,

devendo ser executados quando da abertura de não-conformidade, sendo executados

em 5 (cinco) unidades, recolhidas em cada unidade de negócio.

6 CONDIÇÕES GERAIS

6.1 Condições de operação

As cruzetas poliméricas tratados nesta Especificação Técnica devem ser adequados

para operar nas seguintes condições:

a) Altitude não superior a 1.500 metros acima do nível do mar;

b) Temperatura:

• Máxima do ar ambiente: 45 ºC

• Média, em um período de 24 horas: 35 ºC;

• Mínima do ar ambiente: -5 ºC;

c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²), valor correspondente a uma

velocidade do vento de 122,4 km/h;

d) Umidade relativa do ar até 100%;

e) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;

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f) Precipitação pluviométrica: média anual de 1.500 a 3.000 milímetros;

g) Ambiente marítimo, constantemente exposto a névoa salina.

6.2 Linguagens e unidades de medida

O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições

técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,

que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser

expresso no sistema métrico.

Todas as instruções, relatórios de ensaios técnicos, desenhos, legendas, manuais

técnicos etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de

identificação, devem ser escritos em português.

NOTA:

I. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em

inglês ou espanhol.

6.3 Acondicionamento

As cruzetas poliméricas deveram ser empilhadas a pelo menos 400 mm acima do solo,

sobre apoios de metal, concreto ou madeira preservada, de maneira que as mesmas

não apresentem flechas perceptíveis devido ao seu peso próprio, com massa bruta

não superior a 2.000 kg, obedecendo às seguintes condições:

a) Serem adequadamente embalados de modo a garantir o transporte

(ferroviário, rodoviário, hidroviário, marítimo ou aéreo) seguro até o local do

armazenamento ou instalação em qualquer condição que possa ser encontrada

(intempéries, umidade, choques etc.) E ao manuseio;

b) O material em contato com a cruzeta não deverá:

• Reter umidade;

• Aderir a ele;

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• Causar contaminação;

• Provocar corrosão quando armazenado.

c) possibilitar o uso de empilhadeira, pontes rolantes ou guindastes.

d) Os materiais de acondicionamento não deverão ser retornáveis.

NOTA:

I. A madeira utilizada para a confecção da embalagem não deve conter

substâncias ou produtos passíveis de agredir o meio ambiente quando do

descarte ou reaproveitamento dessas embalagens;

II. Madeira empregada deve ter qualidade no mínimo igual à do pinho de segunda

e certificada pelo IBAMA.

Cada volume deve ser identificado, de forma legível e indelével e contendo as

seguintes informações:

a) Nome ou Marca Energisa;

b) Nome ou marca comercial do fabricante;

c) Pais de origem;

d) Mês e ano de fabricação (MM/AAAA);

e) Identificação completa do conteúdo (tipo e quantidade);

f) Massa liquida, em quilogramas (kg);

g) Massa bruta, em quilogramas (kg);

h) Número e quaisquer outras informações especificadas no Ordem de Compra

de Material (OCM).

NOTAS:

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I. O fornecedor brasileiro deve numerar as diversas embalagens e anexar, à nota

fiscal, uma relação descritiva do conteúdo individual de cada um (romaneio);

II. O fornecedor estrangeiro deverá encaminhar simultaneamente ao

despachante indicado e à Energisa, cópias da relação mencionada na nota I.

6.4 Meio ambiente

O fornecedor nacional deve cumprir, rigorosamente, em todas as etapas da

fabricação, do transporte e do recebimento das cruzetas poliméricas, a legislação

ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e municipais

aplicáveis.

No caso de fornecimento internacional, os fabricantes/fornecedores estrangeiros

devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas

internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte das cruzetas

poliméricas, até a entrega no local indicado pela Energisa. Ocorrendo transporte em

território brasileiro, os fabricantes e fornecedores estrangeiros devem cumprir a

legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e

municipais aplicáveis.

O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam

incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando

derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.

A Energisa poderá verificar, junto aos órgãos oficiais de controle ambiental, a

validade das licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos

fornecedores e dos subfornecedores.

6.5 Vida útil

As cruzetas poliméricas devem ter vida média, mínima, de 25 (vinte e cinco) anos a

partir da data de fabricação, contra qualquer falha das unidades do lote fornecidas,

baseada nos seguintes termos e condições:

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• Não se admitem falhas, no decorrer dos primeiros 15 (quinze) anos de vida

útil, provenientes de processo fabril;

• A partir do 15º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de 5 (cinco)

anos, acumulando-se, no máximo, 1,0% de falhas no fim do período de vida

útil.

A aceitação do pedido de compra pelo fabricante implica na aceitação incondicional

de todos os requisitos desta Especificação Técnica.

6.6 Garantia

O período de garantia dos equipamentos, deverá obedecer aos termos dispostos na

Ordem de Compra de Materiais (OCM), contra qualquer defeito de fabricação,

material e acondicionamento.

NOTA:

I. Quando não houver disposição na Ordem de Compra de Materiais (COM), o

prazo de garantia deverá ser de 36 (trinta e seis) meses.

6.7 Incorporação ao patrimônio da Energisa

Somente serão aceitas cruzetas poliméricas, em obras particulares, para

incorporação ao patrimônio da Energisa que atendam as seguintes condições:

a) Provenientes de fabricantes cadastrados/homologados pela Energisa;

b) deverão ser novos, com máximo de 12 meses da data de fabricação, não se

admitindo, em hipótese nenhuma, cabos usado e/ou recuperado;

c) Deverá acompanhar a (s) nota (s) fiscal (is) de origem do fabricante, bem

como, os relatórios de ensaios em fábrica, comprovando sua aprovação nos

ensaios de rotina e/ou recebimento, previstos nesta Especificação Técnica.

NOTA:

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I. A critério da Energisa, as cruzetas poliméricas poderão ser ensaiadas em

laboratório próprio ou em laboratório credenciado, para comprovação dos

resultados dos ensaios de acordo com os valores exigidos nesta norma.

7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

7.1 Processo de fabricação

As cruzetas poliméricas poderão ser manufaturadas por um dos seguintes processos,

sem emendas de enrolamento filamentar.

7.2 Materiais

7.2.1 Corpo material

Os materiais empregados na fabricação devem ser de boa qualidade, não

propagantes de chama, resistentes aos raios ultravioletas, umidade, variações de

temperatura, impactos mecânicos, devendo conter agentes químicos

antidegradantes de maneira a assegurar total resistência à ação de agentes

corrosivos e biológicos tais como insetos, roedores, aves e fungos, radiação

ultravioleta e propagação de chama.

A resina a ser utilizada deverá ser termoestável (como poliéster) pigmentada

(corante preferencialmente cor cinza) e aditivada com UV (ultravioleta) com

espessura de película úmida acima de 0,6 mm (medição deve ser realizada durante

o processo de fabricação).

A cruzetas poliméricas poderá ser preenchida com material expansível de alta

densidade, não-propagante de chama.

As paredes das cruzetas deverão ter espessura mínima de 4,0 milímetros.

7.2.2 Tampa laterais e guias dos furos

As tampas das laterais e as tampas dos furos devem ser de material polimérico,

resistente aos raios ultravioleta, ao trilhamento elétrico e às intempéries.

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7.3 Elementos característicos

Elementos que definem uma cruzeta polimérica são:

a) Formato:

• Tipo L, conforme Desenho 1;

• Tipo T, conforme Desenho 2;

• Tipo Retangular, conforme Desenhos 3 a 6.

b) Comprimento nominal, em metros (m);

c) Carga nominal, em decanewton (daN).

7.3.1 Dimensões

As cruzetas poliméricas devem possuir as características conforme Desenhos 1 a 6.

O peso máximo da cruzeta deverá ser até 35 kg.

NOTA:

I. O fabricante deve informar e controlar a variação permitida no peso das

cruzetas.

7.3.2 Tolerâncias

Para as dimensões da cruzeta, admitem-se as seguintes tolerâncias:

a) ± 10 mm para o comprimento;

b) ± 2 mm para as dimensões transversais;

c) ± 1 mm para o diâmetro dos furos, quando não indicado no padrão;

d) ± 2 mm para as dimensões entre furos;

e) Demais tolerâncias são indicadas no padrão.

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NOTA:

I. As tolerâncias não são acumulativas.

7.3.3 Furação

Os furos devem ser cilíndricos ou ligeiramente troncocônicos, de forma que não cause

dificuldades para passagem de parafusos ou pinos, com diâmetro de 18 (± 1 mm).

NOTA:

I. Nos furos de configuração troncocônica, o diâmetro menor define o diâmetro

do furo.

Devem seguir ainda às seguintes exigências:

a) Todos os furos devem ter eixo perpendicular ao plano que contém a face da

cruzeta, os diâmetros e os espaçamentos entre eles devem ser de acordo com

o indicado em seus respectivos desenhos desta especificação;

b) Os furos das cruzetas devem ter um sistema de proteção adequado, providos

de tubos, de maneira a impedir a penetração de umidade, entrada de insetos

etc.;

NOTA:

I. Caso ocorra penetração de água, a cruzeta deve permitir o escoamento.

c) Não deve haver comunicação interna entre furos;

d) Não deve haver obstrução nos furos;

Os furos devem suportar um torque mínimo de aperto dos parafusos de 8 daN.m.

7.4 Acabamento

Devem ter acabamento liso, contínuo e uniforme, sem cantos vivos, reentrâncias,

arestas cortantes ou rebarbas, principalmente nos pontos de injeção do material.

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Não são permitidas asperezas, rugosidades ou imperfeições que dificultem as

condições de utilização ou que possam colocar em risco a integridade física do

instalador.

Devem estar isentas dos seguintes defeitos:

• Avarias de transporte ou armazenagem.

• Bolhas;

• Curvaturas;

• Depressões;

• Inclusões de fluxo;

• Quaisquer orifícios ou peças não especificamente autorizadas;

• Sinuosidades em qualquer trecho;

• Trincas e fissuras;

As cruzetas devem ser produzidas na cor cinza, padrão Munsell N 3.5 ou padrão RAL

7038 ou tons mais claros.

NOTA:

I. Os tons de cinza mais claros serão os preferidos.

7.5 Identificação

As cruzetas poliméricas devem apresentar, no mínimo, a seguinte identificação de

forma legível e indelével, em placa de alumínio firmemente afixadas ao corpo da

cruzeta:

a) Nome ou marca comercial do fabricante;

b) Mês e ano de fabricação (MM/AAAA);

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c) Dimensões em milímetros (face “A”, face “B” e comprimento);

d) Resistência nominal (daN);

7.6 Retilineidade

As cruzetas podem apresentar, em qualquer trecho, tolerância de retilineidade de

até 0,25 % do comprimento nominal.

7.7 Características elétricas

As cruzetas poliméricas deverão apresentar valores de tensão disruptiva a seco em

frequência industrial (60 Hz) superiores a:

• Fase central - 100 kV

• Fase oposta à mão francesa - 270 kV

7.8 Características mecânicas

As cruzetas deverão apresentar resistência mecânica, ao longo de toda sua vida útil,

de forma a atender a Tabela 1.

8 INSPEÇÃO E ENSAIOS

8.1 Generalidades

a) Os cruzetas poliméricas devem ser submetidos a inspeção e ensaios na fábrica,

de acordo com esta norma e com as normas da ABNT aplicáveis, na presença

de inspetores credenciados pela Energisa, devendo a Energisa ser comunicada

pelo fornecedor com pelo menos 15 (quinze) dias de antecedência se

fornecedor nacional e 30 (trinta) dias se fornecedor estrangeiro, das datas em

que os lotes estiverem prontos para inspeção final, completos com todos os

acessórios.

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b) A Energisa reserva-se ao direito de inspecionar e testar as cruzetas poliméricas

e o material utilizado durante o período de fabricação, antes do embarque ou

a qualquer tempo em que julgar necessário. O fabricante deverá proporcionar

livre acesso do inspetor aos laboratórios e às instalações onde as cruzetas

poliméricas em questão estiverem sendo fabricados, fornecendo-lhe as

informações solicitadas e realizando os ensaios necessários. O inspetor poderá

exigir certificados de procedências de matérias-primas e componentes, além

de fichas e relatórios internos de controle.

c) O fornecedor deve apresentar, para aprovação da Energisa, o seu Plano de

Inspeção e Testes, que deverá conter as datas de início da realização de todos

os ensaios, os locais e a duração de cada um deles, sendo que o período para

inspeção deve ser dimensionado pelo proponente de tal forma que esteja

contido nos prazos de entrega estabelecidos na proposta de fornecimento.

d) O plano de inspeção e testes deve indicar os requisitos de controle de

qualidade para utilização de matérias primas, componentes e acessórios de

fornecimento de terceiros, assim como as normas técnicas empregadas na

fabricação e inspeção das cruzetas poliméricas.

e) Certificados de ensaio de tipo previstos no item 8.2 para cruzetas poliméricas

de características similares ao especificado, porém aplicáveis, podem ser

aceitos desde que a Energisa considere que tais dados comprovem que as

cruzetas poliméricas propostos atendem ao especificado.

Os dados de ensaios devem ser completos, com todas as informações necessárias,

tais como métodos, instrumentos e constantes usadas e indicar claramente as datas

nas quais os mesmos foram executados. A decisão final, quanto à aceitação dos dados

de ensaios de tipos existentes, será tomada posteriormente pela Energisa, em função

da análise dos respectivos relatórios. A eventual dispensa destes ensaios somente

terá validade por escrito.

f) Os ensaios para aprovação do protótipo podem ser dispensados parcial ou

totalmente, a critério da Energisa, caso já exista um protótipo idêntico

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aprovado. Se os ensaios de tipo forem dispensados, o fabricante deve emitir

um relatório completo destes ensaios, com todas as informações necessárias,

tais como, métodos, instrumentos e constantes usadas. A eventual dispensa

destes ensaios pela Energisa somente terá validade por escrito.

Entretanto, é reservado à Energisa o direito de rejeitar esses relatórios,

parcialmente ou totalmente, se os mesmos não estiverem conforme prescritos nas

normas ou não corresponderem às cruzetas poliméricas especificados.

g) O fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem próprios ou contratados,

necessários à execução dos ensaios. Em caso de contratação, deve haver

aprovação prévia por parte da Energisa.

h) O fabricante deve assegurar ao inspetor da Energisa o direito de familiarizar-

se, em detalhes, com as instalações e equipamentos a serem utilizados,

estudar todas as instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar

ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e

exigir a repetição de qualquer ensaio.

i) Todos os instrumentos e aparelhos de medição, máquinas de ensaios etc.,

devem ter certificado de aferição emitido por instituições acreditadas pelo

INMETRO ou órgão internacional compatível, válidos por um período de 2

(dois) anos. Por ocasião da inspeção, devem estar ainda dentro deste período,

podendo acarretar desqualificação do laboratório o não cumprimento dessa

exigência.

j) A aceitação das cruzetas poliméricas e/ou a dispensa de execução de qualquer

ensaio:

• Não exime o fabricante da responsabilidade de fornecê-lo de acordo com

os requisitos desta norma;

• Não invalida qualquer reclamação posterior da Energisa a respeito da

qualidade do material e/ou da fabricação.

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Em tais casos, mesmo após haver saído da fábrica, as cruzetas poliméricas podem

ser inspecionadas e submetidas a ensaios, com prévia notificação ao fabricante e,

eventualmente, em sua presença. Em caso de qualquer discrepância em relação às

exigências desta norma, eles podem ser rejeitados e sua reposição será por conta do

fabricante.

k) Após a inspeção das cruzetas poliméricas, o fabricante deverá encaminhar à

Energisa, por lote ensaiado, um relatório completo dos ensaios efetuados, em

uma via, devidamente assinada por ele e pelo inspetor credenciado pela

Energisa.

l) Esse relatório deverá conter todas as informações necessárias para o seu

completo entendimento, tais como, métodos, instrumentos, constantes e

valores utilizados nos ensaios, além dos resultados obtidos.

m) Todas as unidades de produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito,

devem ser substituídas por unidades novas e perfeitas, por conta do

fabricante, sem ônus para a Energisa, sendo o fabricante responsável pela

recomposição de unidades ensaiadas, quando isto for necessário, antes da

entrega à Energisa.

n) Nenhuma modificação nas cruzetas poliméricas deve ser feita "a posteriori"

pelo fabricante sem a aprovação da Energisa. No caso de alguma alteração, o

fabricante deve realizar todos os ensaios de tipo, na presença do inspetor da

Energisa, sem qualquer custo adicional.

o) A Energisa poderá, a seu critério, em qualquer ocasião, solicitar a execução

dos ensaios de tipo para verificar se as cruzetas poliméricas estão mantendo

as características de projeto preestabelecidas por ocasião da aprovação dos

protótipos.

p) Para efeito de inspeção, as cruzetas poliméricas deverão ser divididas em

lotes, por tipo. A rejeição do lote, em virtude de falhas constatadas nos

ensaios, não dispensa o fabricante de cumprir as datas de entrega prometidas.

Se, na conclusão da Energisa, a rejeição tornar impraticável a entrega das

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cruzetas poliméricas nas datas previstas, ou tornar evidente que o fabricante

não será capaz de satisfazer às exigências estabelecidas nesta especificação,

a mesma reserva-se ao direito de rescindir todas as obrigações e obter o

material de outro fornecedor. Em tais casos, o fabricante será considerado

infrator do contrato e estará sujeito às penalidades aplicáveis.

q) O custo dos ensaios deve ser por conta do fabricante.

r) A Energisa reserva-se ao direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já

aprovados. Nesse aspecto, as despesas serão de responsabilidade da mesma,

caso as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção, caso

contrário, incidirão sobre o fabricante.

s) Os custos da visita do inspetor da Energisa, tais como, locomoção,

hospedagem, alimentação, homem-hora e administrativos, correrão por conta

do fabricante se:

• Na data indicada na solicitação de inspeção as cruzetas poliméricas não

estiverem prontas;

• O laboratório de ensaio não atender às exigências citadas nas alíneas 8.1.f

até 8.1.h;

• O material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou

inspeção final em subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em

localidade diferente da sua sede;

• O material necessitar de reinspeção por motivo de recusa;

• Os ensaios de recebimento e/ou tipo forem efetuados fora do território

brasileiro.

8.2 Relação de ensaios

Todos os ensaios relacionados estão constando na Tabela 3.

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8.2.1 Ensaios de tipo (T)

Os ensaios de tipo (T) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Resistência à flexão, conforme item 8.3.3;

b) Resistência à torção, conforme item 8.3.4;

c) Ensaios mecânicos do composto antes e após envelhecimento em câmara de

UV, conforme item 8.3.5;

d) Resistência ao trilhamento elétrico e erosão, conforme item 8.3.6;

e) Flamabilidade, conforme item 8.3.7;

f) Absorção de água, conforme item 8.3.8;

g) Mecânico de longa duração, conforme item 8.3.9;

h) Tensão suportável à frequência industrial sob chuva, 8.3.10;

i) Carga de ruptura, conforme item 8.3.13.

8.2.2 Ensaios de recebimento (RE)

São ensaios de recebimento (RE) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Inspeção geral, conforme item 8.3.1;

b) Verificação dimensional, conforme item 8.3.2;

c) Resistência à flexão, conforme item 8.3.3;

d) Resistência à torção, conforme item 8.3.4;

e) Resistência à propagação de chama, conforme item 8.3.11;

f) Ensaio de verificação da resistência da tampa de cruzetas ocas, conforme item

8.3.12.

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8.2.3 Ensaio especiais (E)

São ensaios especiais (E) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Resistência à flexão, conforme item 8.3.3;

b) Resistência à torção, conforme item 8.3.4;

c) Resistência ao trilhamento elétrico e erosão, conforme item 8.3.6;

d) Flamabilidade, conforme item 8.3.7;

e) Absorção de água, conforme item 8.3.8;

f) Mecânico de longa duração, conforme item 8.3.9;

g) Tensão suportável à frequência industrial sob chuva, 8.3.10.

h) Resistência à propagação de chama, conforme item 8.3.11;

i) Carga de ruptura, conforme item 8.3.13.

8.3 Descrição dos ensaios

8.3.1 Inspeção geral

Antes de serem efetuados os ensaios deve-se fazer uma inspeção geral, de modo a

comprovar a conformidade das cruzetas poliméricas com o estabelecido nesta

norma, verificando:

a) Acabamento, conforme item 7.4;

b) Identificação, conforme item 7.5;

c) Acondicionamento, conforme item 6.3;

d) Retilineidade, conforme item 7.6.

Constitui falha ao não atendimento aos requisitos constantes dos itens acima.

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8.3.2 Verificação dimensional

O inspetor deve verificar a conformidade das dimensões das cruzetas com a

padronização Energisa correspondente, devendo ser rejeitadas as unidades em

desacordo com os requisitos desta Especificação e da respectiva padronização

Energisa.

8.3.3 Resistência à flexão

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 8458 e ABNT NBR 15956.

Constitui falha se a cruzeta:

a) Apresentar trincas;

b) A flecha residual máxima em cada extremidade, no plano de aplicação das

cargas, for superior ao estabelecido na Tabela 1.

8.3.4 Resistência à torção

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 8458 e ABNT NBR 15956.

Constitui falha se a cruzeta apresentar trincas de qualquer espécie.

8.3.5 Ensaios mecânicos do composto - Antes e após envelhecimento

em câmara de UV

O ensaio deve ser realizado conforme ASTM G 155, ciclo 1, durante 2 000 horas.

O ensaio de tração, antes e após o envelhecimento, deve ser realizado conforme

ABNT NBR NM IEC 60811-1-1.

Constitui falha se:

a) A variação média na tensão e alongamento a ruptura, dos corpos-de-prova,

antes e após envelhecimento, for superior a 25%.

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b) Apresentar sinais de erosão superiores a 0,1 mm, fissuras, fraturas ou bolhas

na superfície e a identificação deve permanecer legível.

8.3.6 Resistência à tensão de trilhamento elétrico e erosão

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15956 e ABNT NBR 10296, método

2, critério A.

Constitui falha a ocorrência de qualquer das seguintes situações:

a) Interrupção do circuito de teste de algum dos corpos-de-prova, por atuação

automática de seu dispositivo de proteção (disjuntor);

b) Erosão do material de algum dos corpos-de-prova que descaracterize o

circuito de teste;

c) Acendimento de chama no material de algum dos corpos-de-prova.

8.3.7 Flamabilidade

O ensaio deve ser realizado conforme UL 94.

Constitui falha a os corpos de prova não apresentarem classificação mínima V-1.

8.3.8 Absorção de água

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 5310.

Constitui falha o teor de absorção de água do composto polimérico não deve

ultrapassar 3,0%.

8.3.9 Ensaio mecânico de longa duração

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15956.

Constitui falha se:

a) Apresentar trincas;

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b) A flecha residual máxima medida em cada extremidade, no plano de aplicação

das cargas, for superior a 20 mm.

8.3.10 Tensão suportável nominal à frequência industrial sob chuva

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15956 e em conformidade com ABNT

NBR 6936.

Constitui falha se ocorrer descarga disruptiva ou qualquer dano ao material durante

o ensaio.

8.3.11 Resistência à propagação de chama

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15956.

Constitui falha se, após a retirada da fonte de calor, a chama se propagar pela

amostra, não extinguindo-se em, no máximo, 30 segundos.

8.3.12 Verificação da resistência da tampa de cruzetas ocas

O ensaio deve ser realizado, em 2 etapas:

• 1ª Etapa: deve-se soltar a cruzeta polimérica de uma altura de 1,0 metro na

posição horizontal.

Figura 1 - Esquema para ensaio da verificação da resistência do tampão polimérico

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• 2ª Etapa: deve-se erguendo a cruzeta polimérica por uma das extremidades

até um ângulo de aproximadamente 30º (graus), em relação ao solo e arrastá-

la por uma distância mínima de 2 metros em um piso áspero, concreto ou

asfalto.

Figura 2 - Esquema para ensaio da verificação da resistência do tampão polimérico

- arrastamento

Constitui falha se a cruzeta tiver suas tampas desprendidas ou danificadas.

8.3.13 Carga de ruptura

Constitui falha se a cruzeta não satisfizer as exigências de carga de ruptura previstas

na Tabela 1.

8.4 Relatórios de ensaios

Os relatórios dos ensaios devem ser em formulários com as indicações necessárias à

sua perfeita compreensão e interpretação conforme indicado a seguir:

a) Nome do ensaio;

b) Nome e/ou marca comercial do fabricante;

c) Identificação do laboratório de ensaio;

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d) Certificados de aferições dos aparelhos utilizados nos ensaios, com validade

máxima de 24 meses;

e) Tipo e quantidade de material do lote e tipo e quantidade ensaiada;

f) Identificação completa do material ensaiado;

g) Relação, descrição e resultado dos ensaios executados e respectivas normas

utilizadas;

h) Nome do inspetor e do responsável pelos ensaios;

i) Número da Ordem de Compra de Material (OCM);

j) Data de início e de término de cada ensaio;

k) Nomes legíveis e assinaturas dos respectivos representantes do fabricante e

do inspetor da Energisa e data de emissão do relatório.

9 PLANO DE AMOSTRAGEM

9.1 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo devem ser formados conforme ABNT NBR 15956.

9.2 Ensaios de recebimento

A quantidade de amostra a ser submetida a cada um dos ensaios de recebimento é

conforme Tabela 6, deve ser retirada, aleatoriamente, de um lote.

Se o lote a ser fornecido for constituído por mais de 10.000 unidades, essa quantidade

deve ser dividida em vários lotes com menor número, cada um deles contendo entre

1.200 e 3.200 unidades.

As amostras que tenham sido submetidos a ensaios de recebimento que possam ter

afetado suas características elétricas e/ou mecânicas não devem ser utilizados em

serviço.

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9.3 Ensaios especiais

Os ensaios de especiais devem ser formados por 5 unidades, coletadas

aleatoriamente nas unidades da Energisa.

10 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

10.1 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo serão aceitos se todos os resultados forem satisfatórios.

Se ocorrer uma falha em um dos ensaios o fabricante pode apresentar nova amostra

para ser ensaiada. Se esta amostra apresentar algum resultado insatisfatório, o

transformador não será aceito.

10.2 Ensaios de recebimento

Os critérios para a aceitação ou a rejeição nos ensaios complementares de

recebimento são:

a) Se nenhuma unidade falhar no ensaio, o lote será aprovado;

b) Se apenas uma unidade falhar no ensaio, o fornecedor deverá apresentar

relatório apontando as causas da falha e as medidas tomadas para corrigi-las,

submetendo-se o lote a novo ensaio, no mesmo número de amostras conforme

Tabela 2;

c) Se duas ou mais unidades falharem no ensaio, o lote será recusado.

As unidades defeituosas constantes de amostras aprovadas nos ensaios devem ser

substituídas por novas, o mesmo ocorrendo com o total das amostras aprovadas em

ensaios destrutivos.

11 NOTAS COMPLEMENTARES

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Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta Especificação Técnica

poderá sofrer alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica

e/ou devido às modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados

deverão, periodicamente, consultar a Energisa.

12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO

Data Versão Descrição das alterações realizadas

28/11/2018 1.0

• Esta 1ª edição cancela e substitui a Norma

Distribuição Unificada 010 (NDU-010), Classe 95,

todos os desenhos, a qual foi tecnicamente

revisada.

01/10/2020 2.0

• Alteração da numeração e do nome da Especificação

Técnica;

• Ajustes texto;

• Desmembramento das normas de cruzeta de PRFV e

PEAD;

• Correção nos desenhos.

13 VIGÊNCIA

Esta Especificação Técnica entra em vigor na data de 01/11/2020 e revoga as

documentações técnicas anteriores.

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14 TABELAS

TABELA 1 - Características físicas das cruzetas

Código Energisa

Tipo de cruzeta

Comprimento (L ± 10)

Carregamento Esforço para cada extremidade

(esforços simultâneos) Flecha para ensaio de resistência à flexão

Nominal Excepcional Ruptura Horizontal Vertical Longitudinal Máxima Residual máxima

(mm) (daN) (daN) (mm)

90529 L 1.700 300 420 600 300 300 150/300 40 8

90496 T 1.900 250 350 500 250 250 150/300 30 6

90404 Retangular 2.400 400 560 800 400 400 150/300 60 12

90892 Retangular 3.000 400 560 800 400 400 150/300 60 12

90573 Retangular 3.500 400 560 800 400 400 150/300 60 12

90574 Retangular 5.000 400 560 800 400 400 150/300 60 12

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TABELA 2 - Planos de amostragem para ensaios de recebimento

Tamanho do lote

• Inspeção geral;

• Dimensional.

• Torção.

Amostragem dupla Nível de inspeção II

NQA 4%

Amostragem simples Nível especial de inspeção

Amostra Ac Re Amostra Ac Re

Seq. Tam.

Até 150 1ª

13 0 3

2 0 1 2ª 3 4

150 a 280 1ª

20 1 4

2 0 1 2ª 4 5

281 a 500 1ª

32 2 5

2 0 1 2ª 6 7

501 a 1.200 1ª

50 3 7

2 0 1 2ª 8 9

1.201 a 3.200 1ª

80 5 9

2 0 1 2ª 12 13

3.201 a 10.000 1ª

125 7 11

2 0 1 2ª 8 19

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Tamanho do lote

• Flexão;

• Resistência à propagação de

chama;

• Flamabilidade;

• Tensão superior à frequência

industrial.

Amostragem simples

Nível de inspeção S3

NQA 4%

Amostra Ac Re

Até 150 8 1 2

150 a 280 8 1 2

281 a 500 8 1 2

501 a 1.200 13 1 2

1.201 a 3.200 13 1 2

3.201 a 10.000 13 1 2

Legenda:

Seq. - Sequência de ensaios das

amostras;

Tam. - Tamanho das amostras;

Ac - número de aceitação;

Re - número de rejeição.

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TABELA 3 - Relação de ensaios

Item Descrição do ensaio Tipo de ensaio

8.3.1 Inspeção geral e dimensional RE

8.3.2 Verificação dimensional RE

8.3.3 Resistência à flexão T / RE / E

8.3.4 Resistência à torção T / RE / E

8.3.5 Ensaios mecânicos do composto - antes e após envelhecimento acelerado

T

8.3.6 Resistência à tensão de trilhamento elétrico e erosão T / E

8.3.7 Flamabilidade T / E

8.3.8 Absorção de água T / E

8.3.9 Ensaio mecânico de longa duração T / E

8.3.10 Tensão suportável à frequência industrial, sob chuva T / E

8.3.11 Resistência à propagação de chama RE / E

8.3.12 Verificação da resistência da tampa de cruzetas ocas RE

8.3.13 Carga de ruptura T / E

Legenda:

T - Ensaio de tipo;

RE - Ensaio de recebimento;

E - Ensaio especial.

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15 DESENHOS

DESENHO 1 - Cruzeta polimérica tipo “L” - 1.700x90x90 mm

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DESENHO 2 - Cruzeta polimérica tipo “T” - 1.900×90×90 mm

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DESENHO 3 - Cruzeta polimérica tipo retangular - 2.400x112,5x90 mm

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DESENHO 4 - Cruzeta polimérica tipo retangular - 3.000x112,5x90 mm

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DESENHO 5 - Cruzeta polimérica tipo retangular - 3.500x112,5x90 mm

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DESENHO 6 - Cruzeta polimérica tipo retangular - 5.000x140x120 mm

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DESENHO 7 - Placa de identificação (modelo)

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