Cristo Nosso Redentor

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    Cristo Nosso Redentor

    Edward Dennett - "Christ Our Redeemer" - Unsearchable Riches, Pg. 21

    somente pela reflexo acerca de cada aspecto em que Cristo nos apresentado nasEscrituras, que somos capacitados a compreender, em qualquer medida, o que Ele por nse para ns, bem como a plenitude da verdade de nossa salvao. J contemplamos Cristocomo nosso Salvador, e a alguns pode parecer como se este ttulo inclusse tambm o queEle como nosso Redentor; mas iremos descobrir, medida que delineamos o assunto, quesomos guiados a contemplar novos aspectos, tanto de Sua obra como de nossa condio.

    Na verdade Ele consumou a redeno antes que pudesse apresentar-Se como Salvador;pois Ele capaz de salvar somente com base em Sua obra consumada. Da parte de Deus,portanto, a redeno precede a salvao; mas falamos aqui mais da ordem em que Cristo compreendido na alma.

    deveras notvel que nem mesmo uma s vez no Novo Testamento - em meio a tantaspalavras - dado a Ele este ttulo de Redentor. Acerca dEle dito que nos redimiu; e de ns falado que temos redeno nEle, por meio do Seu sangue, mas Ele nunca chamado denosso Redentor. Por outro lado, no Antigo Testamento, este ttulo ocorre com frequncia. (J19:25; Sl 19:14 e 78:35; Is 41:14; 43:14; 44:6; 47:4 e 49:26, entre outras passagens.) Mas ofato de Cristo haver nos redimido, sendo, portanto, nosso Redentor, encontrado em cadalivro do Novo Testamento; e os ancios no cu, ao observarem o Cordeiro tomando o livro

    dos conselhos de Deus, cantam uma nova cano, dizendo, "Digno s de tomar o livro, e deabrir os seus selos; porque foste morto, e com o Teu sangue compraste para Deus homensde toda a tribo, e lngua, e povo, e nao", e assim por diante (Ap 5:9). Portanto, em cadadispensao Deus tem sido um Redentor; e por esta razo no h um outro assunto queseja mais digno de nossa meditao.

    Nas Escrituras em hebraico h duas palavras usadas com frequncia para expressar averdade da redeno. Uma significa "comprar de volta", ou "redimir mediante o pagamentode um resgate"; e a outra, "livrar". Esta bastante usada com o mesmo significado daprimeira, embora seu significado original seja "livrar". No Novo Testamento h apenas umapalavra grega, mas ela compreende os significados de ambas as palavras hebraicas, a

    saber, livrar por se ter recebido um resgate. H, portanto, dois pensamentos na palavra"redeno": o pagamento de um resgate, e a consequente libertao; ou o fato de se ter sidolibertado, e a condio em que somos colocados como resultado de termos sido redimidos.

    Sendo assim, antes de estarmos em condies de olhar para Cristo como nosso Redentor,devemos considerar primeiramente o estado em que nos encontrvamos, o qual fez com quefosse preciso que Ele viesse neste carter. No se trata apenas do fato de que ramospecadores. "Pelo que, por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,assim tambm a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram" (Rm 5:12).

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    Portanto, por intermdio do pecado a morte reinou sobre o mundo todo. Mas, por pior queesta afirmao possa parecer, havia algo mais. Por meio da queda - da queda do homem -Satans havia adquirido direitos sobre o homem, e detinha o poder da morte, manejando-a,na verdade, como o justo juzo de Deus (Hb 2:14). Uma vez que todos pecaram, Satanstornou-se o prncipe deste mundo (Jo 12:31; 16:11); o deus deste mundo (2 Co 4:4);

    mantendo a todos os homens cativos sob seu poder e cativeiro (At 26:18; Cl 1:13).Estvamos, portanto, em uma condio de irremedivel cativeiro, vendidos sob nossopecado e sob o poder de Satans, que reinava sobre ns e afligia nossas almas com osevero rigor de sua escravido. E nos encontrvamos to impotentes quanto desamparados,por havermos cado, por nosso pecado, sob a pena de morte e, por conseguinte, sob o poder de Satans. Sem meios de prover um resgate, estaramos encarcerados para sempre se notivesse havido uma interveno para nos libertar do crcere de nosso cativeiro. Por isso oapstolo Paulo diz: "Estando vs mortos em ofensas e pecados. Em que noutro tempoandastes segundo o curso deste mundo, segundo o prncipe das potestades do ar, doesprito que agora opera nos filhos da desobedincia" (Ef 2:1-2).

    Tal era a nossa condio. Falhamos em atender s reivindicaes de Deus e,consequentemente, camos sob as penas devidas ao pecado; e acabamos ficando tambmsob o domnio de Satans, que reinava sobre ns por meio do poder da morte, a qual elemanejava como o juzo de Deus sobre ns em razo de nossos pecados. E foi ento,quando no apenas estvamos destitudos de qualquer direito diante de Deus, mashavamos incorrido na justa pena que era devida aos nossos pecados, que Ele, emconformidade com os conselhos da Sua graa, sendo rico em misericrdia, em Seu amor epiedade, nos redimiu - nos redimiu no com coisas corruptveis como prata e ouro... mascom o precioso sangue de Cristo, como um cordeiro sem mancha e sem mcula (1 Pd 1:18).

    Iremos considerar agora mais particularmente o modo como nossa redeno foi efetuada.Constituiu-se basicamente de duas partes, o preo pago e a libertao efetuada - asreivindicaes de Deus satisfeitas e nossa libertao das mos e do poder de Satans - eencontraremos estas duas coisas ilustradas historicamente na redeno de Israel.

    1. O Preo Pago, ou O Dinheiro do Resgate. Quando falava aos Seus discpulos, nossobendito Senhor disse, "O Filho do Homem no veio para ser servido, mas para servir, e paradar a Sua vida em resgate de muitos" (Mt 20:28). Em outra passagem lemos que Cristo "Sedeu a Si mesmo em preo de redeno por todos, para servir de testemunho a seu tempo" (1Tm 2:6). Isto , Ele Se entregou morte - o que equivale dizer, conforme a outra passagem,que deu a Sua vida. O significado destas afirmaes sero explicados por uma passagem do

    Antigo Testamento: "Porque a alma da carne est no sangue, pelo que vo-lo tenho dadosobre o altar, para fazer expiao pelas vossas almas: porquanto o sangue que farexpiao pela alma" (Lv 17:11). Portanto, "sem derramamento de sangue no h remisso"(Hb 9:22). Sendo assim, foi o sangue de Cristo (pois a vida est no sangue) que fez o papeldo dinheiro do nosso resgate: foi esse o preo pago pela nossa redeno. Por isso Paulo diz,"em quem (Cristo) temos a redeno pelo Seu sangue" (Ef 1:7); e Pedro, na passagem que

    j citamos, diz que somos redimidos pelo precioso sangue de Cristo. No de se admirar que ele o denomine "precioso", uma vez que valeu para atender a todas as reivindicaes deum Deus santo que nos pesavam, a fim de que, fundamentado nisto, Ele pudesse anunciar salvao para todos. Pois, na verdade, o sangue no apenas satisfez as reivindicaes de

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    Deus, mas Seu valor foi to infinito que o Senhor Jesus, ao derramar Seu prprio sangue,glorificou a Deus em tudo aquilo que Ele era - em cada atributo de Seu carter - e pode,assim, justificar justamente a cada um que cr em Jesus. Sim, e mais ainda, Ele glorifica a Simesmo ao trazer a Si cada crente e ao fazer de cada um Seu filho e, se filho, entoherdeiro, um herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo (Rm 8:17).

    O sangue de Cristo , portanto, o dinheiro da redeno; e assim cada um que encontra-seabrigado nele est a salvo do juzo para sempre. Isto foi prefigurado no que aconteceu comIsrael no Egito. Quando Deus estava para castigar a terra do Egito, para passar por ela comoum Juiz, e trouxe tona a questo do pecado, o Seu povo - Israel - estava to sujeito aogolpe do destruidor quanto os egpcios. Como, ento, Israel poderia ser to justamentepoupado quanto o Egito seria justamente julgado? Em uma de Suas mensagens a Fara,Deus diz: "Colocarei sinal de livramento (ou "redeno") entre o meu povo e o teu povo" (x8:23 - Nota da Verso Almeida Corrigida). Isto foi feito de maneira notvel quando, por instruo de Jeov, "chamou pois Moiss a todos os ancios de Israel, e disse-lhes: Escolheie tomai vs cordeiros para vossas famlias, e sacrificai a pscoa. Ento tomai um molho dehissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia, e lanai na verga da porta, e em ambasas ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porm nenhum de vs saia da porta da suacasa at manh. Porque o Senhor passar para ferir aos egpcios, porm quando vir osangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o Senhor passar aquela porta, e nodeixar ao destruidor entrar em vossas casas para vos ferir" (x 12:21-23). Foi assim que oSenhor redimiu o Seu povo com sangue - figura do sangue do Cordeiro de Deus que tira opecado do mundo (Jo 1:29). Note, porm, que feita uma importante distino. Omandamento foi dado a todos para que lanassem o sangue - a proviso era, portanto, paratodos; mas a menos que, em obedincia de f, o povo executasse as instrues quereceberam, no estariam protegidos. Agora tambm o sangue de Cristo suficiente paraabrigar o mundo todo; mas se no houver f, de nada adiantar. "Porque Deus amou omundo de tal maneira que deu o Seu Filho unignito, para que todo aquele (trata-se de algoindividual) que nEle cr no perea, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16). "Ao qual Deusprops para propiciao pela f no Seu sangue" (Rm 3:25).

    2. Portanto, a primeira parte da redeno foi o pagamento do resgate; e isto, como j vimos,foi feito pelo sangue de Cristo. Mas Israel no estava redimido - embora estivessemperfeitamente a salvo sob o abrigo do sangue - enquanto ainda se encontrasse no Egito. Foiento que a segunda parte, ou a concluso de sua redeno, aconteceu, quando Deus, commo poderosa e brao estendido, tirou-os da terra do Egito fazendo-os passar atravs doMar Vermelho, e destruiu Fara e todo o seu exrcito sob as poderosas guas. Com base nosangue derramado, Deus - tendo sido satisfeito como Juiz - podia agora agir em prol do Seupovo como seu Libertador; e assim que Ele os tira do Egito com poder. A puderam elescantar - coisa que no poderiam ter feito enquanto estavam no Egito - "O Senhor a minhafora, e o meu cntico; Ele me foi por salvao... Tu, com a Tua beneficncia, guiaste a estepovo, que salvaste: com a Tua fora o levaste habitao da Tua santidade" (x 15:1-13).Eles eram ento, e da para a frente, um povo redimido.

    O mesmo acontece com os crentes hoje: no podem dizer que estejam redimidos at quesaibam, no apenas que encontram-se abrigados pelo sangue, mas tambm que estotirados, limpos, do territrio do inimigo, tendo passado atravs da morte e juzo, pela morte e

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    ressurreio de Cristo. No caso de Israel, como se tratava de um fato histrico, a aplicaodo sangue e a passagem do Mar Vermelho eram necessariamente duas etapas sucessivas.Mas agora a obra j foi completada, na morte e ressurreio de Cristo, o que atende aambas as etapas; e apesar de ambas as coisas - o abrigo proporcionado pelo sangue e alibertao - serem com frequncia sucessivas em nossa compreenso, ainda assim no h

    razo porqu a plenitude da redeno no possa ser recebida e desfrutadaconcomitantemente. E ela seria de fato desfrutada com maior frequncia, se um evangelhomais completo fosse proclamado. Mas o mais comum que este nunca vai alm do perdodos pecados, razo pela qual as almas so mantidas na ignorncia da plenitude da salvaoque Deus operou para elas em Cristo.

    Mas cabe muito bem explicar aqui, de forma mais completa, como que a nossa libertao efetuada em Cristo. , ento, de primordial importncia sabermos que Deus no somentetratou da questo de nossos pecados - de nossa culpa - mas que Ele tambm tratou com opecado - nossa natureza m - na morte de Cristo. "Deus, enviando o Seu Filho emsemelhana da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne" (Rm 8:3).Portanto Ele j julgou o pecado, a raiz e o ramo; e foi assim que Cristo enfrentou e aniquiloucompletamente o poder de Satans (do mesmo modo como Deus aniquilou todo o poder doEgito no Mar Vermelho - figura do poder de Satans) em Sua morte. A consequncia que,crendo em Cristo, sou levado, atravs da Sua morte, para fora da velha condio na qual meencontrava (saindo do Egito), e por Sua ressurreio sou introduzido em um novo lugar - umlugar (em Cristo Jesus) onde no apenas no h condenao, mas onde tambm a lei doesprito de vida em Cristo Jesus me livrou da lei do pecado e da morte (Rm 8:1-2).Consequentemente, Deus pode agora dizer aos crentes: "Vs, porm, no estais na carne,mas no esprito, se que o Esprito de Deus habita em vs" (Rm 8:9). Nossa redeno ,assim, completa; Deus agiu por ns - havendo todas as Suas reivindicaes sido atendidas esatisfeitas pelo sangue de Cristo - e havendo ns sido tirados de nossa velha condio elevados para Si prprio. "Tu, com a Tua beneficncia, guiaste a este povo, que salvaste: coma Tua fora o levaste habitao da Tua santidade" (x 15:13). J passamos da morte paraa vida, havendo a morte e o juzo ficado para sempre para trs. No estamos mais na carne,vistos como filhos de Ado; mas uma vez que morremos com Cristo, todo vnculo que nosligava quela condio est rompido, e estamos agora em Cristo, e em Cristo onde Elemesmo est, e somos, consequentemente, um povo redimido. Agora sabemos que todas ascoisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que sochamados por Seu decreto; e somos assegurados de que, em conformidade com essedecreto, devemos ser conformados imagem do Seu Filho, para que Ele possa ser oPrimognito entre muitos irmos; e, assegurados de que aqueles que Ele predestinou, Eletambm chamou; e aqueles que Ele chamou, Ele tambm justificou; e aqueles que Ele

    justificou, tambm glorificou, podemos adotar a linguagem triunfante do apstolo e dizer: "SeDeus por ns, quem ser contra ns?" (Rm 8:31). Sim, podemos descansar plenamentepersuadidos de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem potestades,nem coisas do presente, nem coisas do porvir, nem altura, nem profundidade, nem algumaoutra criatura poder separar-nos do amor de Deus que est em Cristo Jesus (Rm 8:28-39).

    3. No entanto, h algo que precisa ser notado. Embora estejamos redimidos - e no que dizrespeito nossa almas isto j est completo - temos que aguardar pela consumao denossa redeno quanto ao corpo. Havendo sido tirados do Egito e, atravs do Mar Vermelho,

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    completamente libertados, e tendo recebido o Esprito Santo como o Penhor de nossaherana, aguardamos pela adoo - a redeno de nosso corpo. Pois na verdadecontinuamos no deserto, e, por meio de nosso corpo, ligados a uma criao que geme; eassim ns mesmos, que temos as primcias do Esprito, at mesmo ns gememos em nsmesmos, aguardando o tempo quando tambm nossos corpos sero redimidos (Rm 8:23).

    Nosso vaso de barro se quebrar;

    Enquanto envelhece este mundo hostil;

    Mas Cristo nosso precioso p tomar

    E o moldar novo, sem nada vil.

    Os corpos arruinados transformar

    Conforme aquilo que Ele mesmo ,

    E ento toda a criao se regozijar,

    E Ele por fim ao seu gemido at.

    Para isso aguardamos a Sua volta para nos receber para Si (Fp 3:20-21); e ento veremos oquo gloriosamente completa a redeno que Ele efetuou para o Seu povo, to completaque nada ser deixado nas mos do inimigo, mas esprito, alma e corpo so resgatados efeitos propriedade Sua.Portanto, medida que estudamos esta obra em toda a sua extenso, podemosasseguradamente reconhecer, com coraes gozosos, que Cristo nosso Redentor. Enunca deveria ser esquecido com que custo Ele nos redimiu para Deus. Estamosacostumados a dizer - com Seu sangue. Mas quo pouco compreendemos o significado daspalavras; quo pouco entramos no maravilhoso fato de que Ele entregou-Se a Si mesmopara morrer, desceu at colocar-Se sob toda a ira que a ns era devida, foi feito pecado por ns, a fim de que pudssemos ser feitos justia de Deus nEle. certo que medida quemeditamos nisto, isto ir evocar de nossos coraes o mais constante clamor de adorao:"quele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e

    sacerdotes para Deus e Seu Pai: a Ele glria e poder para todo o sempre. Amm".* (Ap 1:5-6).

    NOTA: No entramos aqui no aspecto mais amplo da redeno. Cristo tambmexperimentou a morte por todas as coisas (Hb 2:9); e deste modo tudo ser colocado sob oSeu poder (Ef 1:10; Hb 2:8). Nos dito de forma bem clara que Ele comprou o campo inteiro(Mt 13:44); e resgatou a todos os homens (2 Pd 2:1).

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    em conformidade com a vontade de Deus. Deveras somos "feitura Sua, criados em CristoJesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andssemos nelas" (Ef 2:10).Somos, portanto, responsveis em sermos zelosos de tais boas obras.

    Se nos voltarmos agora para 1 Pedro, encontraremos outro carter de nossaresponsabilidade em conexo com nossa redeno. "E se invocais por Pai Aquele que semacepo de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo davossa peregrinao: sabendo que no foi com coisas corruptveis, como prata ou ouro, quefostes resgatados da vossa v maneira de viver que por tradio recebestes dos vossos pais,mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado" (1Pd 1:17-18). Pedro nos coloca assim na presena de Deus Pai, e nos coloca ali comoperegrinos, para que passemos o tempo de nossa jornada em temor, naquele santo temor que devido Sua santidade, em conformidade com a qual nossas obras so julgadasainda agora. Ele gostaria de nos ter como peregrinos que foram tirados do Egito, em nossapassagem atravs do deserto, para guardarmos a santidade, para sermos santos, porqueDeus santo (v. 16). Pois para Deus que somos redimidos; e por isso Ele quer quesejamos, em nosso andar e maneira de ser, adequados a Ele - ao Seu prprio carter. Quovigilantes devemos ento ser para nos mantermos separados do mal, para andarmos demodo digno da vocao com que somos chamados, tendo o temor de Deus diante denossos olhos, sabendo que Ele toma nota de todas as nossas maneiras, e que semsantidade ningum ver a Deus (Hb 12:14).

    Finalmente, nos ordenado que olhemos para diante, para o dia da redeno. Assim nos dito que o Esprito que em ns habita " o penhor da nossa herana, para redeno dapossesso de Deus, para louvor da Sua glria" (Ef 1:14); e ainda, que no devemosentristecer "o Esprito Santo de Deus, no Qual estais selados para o dia da redeno" (Ef 4:30). Ser ento que todos os frutos da redeno sero alcanados e desfrutados, quandoo Senhor tomar posse, em poder, de tudo o que j foi adquirido pelo Seu precioso sangue.J nos ocupamos disto no que diz respeito ao corpo. Mas h mais do que isso. Temos oEsprito como Penhor de nosso futuro pleno de participao na herana que pertence aCristo - uma herana sobre a qual Ele tem direito pela redeno, quando adquiriu todas ascoisas para Si mesmo, mas das quais Ele s tomar posse por Seu poder quando tiver reunido todos os co-herdeiros para que desfrutem delas Consigo. por isto que esperamos -no apenas pela vinda de Cristo, pela ressurreio de nossos corpos, e por sermosglorificados juntamente com Ele, mas tambm pelo tempo quando, como co-herdeiros comEle, entraremos, com Ele, na posse de toda aquela cena de domnio, bno e glria, queEle adquiriu por Sua morte - Sua obra de redeno - sendo tudo a aquisio de Seu prpriosangue precioso. Que maravilha que nos seja dito que essa consumao para o louvor da glria da Sua graa; o nosso compartilhar com Cristo em Sua herana ser para louvor daSua glria. numa cena assim de bno e exaltao que, pela graa de nosso Deus,entraremos muito em breve. Pois j que somos filhos, somos herdeiros, herdeiros de Deus, eco-herdeiros com Cristo; e Ele est aguardando pelo momento em que poder cumprir odesejo de Seu prprio corao de ter-nos Consigo mesmo, em conformidade com Suaprpria orao: "Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, tambm elesestejam Comigo, para que vejam a Minha glria que Me deste: porque Tu Me hs amadoantes da criao do mundo" (Jo 17:24). Possa Ele capacitar-nos a andar agora comoaqueles que esperam pela consumao de uma bno tal!

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