CRIANÇA, ADOLESCENTE E FAMILÍA FRENTE AO … · neoplasias na criança e no adolescente acometem...

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FACULDADE CATÓLICA SALESIANA DO ESPÍRITO SANTO KELLY CHRIATINA XAVIER DE OLIVEIRA CRIANÇA, ADOLESCENTE E FAMILÍA FRENTE AO DIOAGNÓSTICO COM CÂNCER. VITÓRIA 2014

Transcript of CRIANÇA, ADOLESCENTE E FAMILÍA FRENTE AO … · neoplasias na criança e no adolescente acometem...

  • FACULDADE CATLICA SALESIANA DO ESPRITO SANTO

    KELLY CHRIATINA XAVIER DE OLIVEIRA

    CRIANA, ADOLESCENTE E FAMILA FRENTE AO DIOAGNSTICO COM

    CNCER.

    VITRIA

    2014

  • KELLY CHRISTINA XAVIER DE OLIVEIRA

    CRIANA, ADOLESCENTE E FAMLIA FRENTE AO DIAGNSTICO COM

    CNCER.

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado

    Faculdade Catlica Salesiana do Esprito Santo,

    como requisito obrigatrio para obteno do ttulo de

    Bacharel em Enfermagem.

    Orientador: Prof. Luciane Valado Almeida

    VITRIA

    2014

  • KELLY CHRISTINA XAVIER DE OLIVEIRA

    CRIANA, ADOLESCENTE E FAMLIA FERNTE AO DIAGNSTICO COM

    CNCER.

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado Faculdade Catlica Salesiana do Esprito Santo,

    como requisito obrigatrio para obteno do ttulo de Bacharel em Enfermagem.

    Aprovado em _____ de ________________ de ____, por:

    ________________________________

    Prof. Luciane Valado Almeida - Orientador

    ________________________________

    Prof. Xxxxxxxxxxxxxxxx, Instituio

    ________________________________

    Prof. Xxxxxxxxxxxx, Instituio

  • Dedico este trabalho, aos meus pais, a minha irm, ao meu noivo a minha famlia, so pessoas que sempre me incentivaram

    e me deram apoio,amo vocs.

  • AGRADECIMENTOS

    A DEUS, por ter me dado fora, sabedoria e de ter me sustentado nessa jornada de

    minha vida.

    A minha me Marilene, ao meu pai Franquiano que, com muito amor, carinho, apoio

    e incentivo, no mediram esforos para que eu pudesse concluir o meu curso.

    A minha irm, que de forma especial e carinhosa me deu fora e coragem para a

    concluso deste trabalho.

    Ao meu noivo, pela compreenso nas ausncias, pelo carinho e dedicao que

    sempre teve comigo.

    Agradeo a minha professora orientadora Luciane, que teve pacincia, confiana,

    compreenso, empenho e dedicou seu tempo com carinho e zelo para que este

    trabalho ficasse concludo.

    Aos meus professores, que foram to importantes na minha vida acadmica e no

    desenvolvimento deste trabalho.

    As minhas amigas pela amizade que foi construda, pelos momentos triste e alegre

    que passassem juntas, essa amizade vou levar por toda vida.

  • Enfermagem uma arte; e para realiz-la como arte, requer uma devoo to exclusiva, um preparo to rigoroso, quanto obra de qualquer pintor ou escultor;

    pois o que tratar da tela morta ou do frio mrmore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do esprito de Deus? uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela

    das artes! Florence Nightingale

  • RESUMO

    O objetivo geral deste trabalho Descrever o Impacto do Diagnstico do Cncer na

    vida da criana, adolescente e famlia, destacando o impacto fsico, mental, social e

    espiritual na criana e adolescente, bem como, papel do Enfermeiro frente criana,

    adolescente e famlia. O cncer causado por uma desordem celular, onde a clula

    apresenta uma alterao em seu material gentico, com crescimento celular

    acelerado, a clula doente, o que caracteriza clula cancergena, definindo a

    malignidade. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi reviso bibliogrfica, por

    meio de estudo sistematizado, onde se utilizou como objetos de pesquisa artigos

    publicados, livros, teses, sites cientficos como BIREME, SCIELO, LILACS

    publicados em portugus, entre os anos de 2000 a 2014. O Cncer causa impacto

    fsico, mental, social, espiritual. O impacto da confirmao do diagnstico para

    criana, adolescente ocasiona dor, sofrimento, angstia, medo da morte e

    desespero. Na famlia, alm da dor, o diagnstico causa transtorno, desestruturao

    familiar. Para minimizar este sofrimento a famlia procura a religiosidade para

    suportar a dor, contribuindo assim, no enfrentamento da doena. As formas de

    tratamento para doena so quimioterapia, radioterapia, cirurgias, transplante de

    medula ssea. O tratamento para o Cncer muito doloroso devido aos

    procedimentos invasivos e aos efeitos indesejveis das drogas. Destacamos dessa

    forma o papel do Enfermeiro neste processo sade e doena como o profissional

    importante que presta um cuidado holstico e humanizado, visando o bem estar do

    paciente e famlia sendo biolgico, social, emocional e ou espiritual.

    Palavras-chave: Cncer infantil. Diagnstico. Enfermagem.

  • ABSTRACT

    The aim of this study is to describe the impact of Cancer Diagnosis in the life of child,

    adolescent and family, highlighting the physical, mental, social and spiritual impact in

    children and adolescents, as well as the role of the nurse facing child, adolescent

    and family. Cancer is caused by a cell disorder where the cell has a change in its

    genetic material, with rapid cell growth, the abnormal cell, which characterizes cancer

    cell, defining malignancy. The methodology used in this research was a literature

    review through systematic study, which was used as research objects: published

    articles, books, theses, scientific sites like BIREME, SciELO, LILACS published in

    Portuguese, between the years 2000 to 2014. The Cancer causes physical, mental,

    social, spiritual impact. The impact of the diagnostic confirmation for children,

    adolescents causes pain, suffering, distress, fear of death and despair. In the family,

    besides the pain, the diagnosis causes disorder, family breakdown. To minimize this

    suffering the family looks for religiosity to endure the pain, helping them to fight the

    disease. The ways of treating the disease are chemotherapy, radiation therapy,

    surgery, bone marrow transplant. The cancer treatment is very painful, because of

    the invasive procedures and the adverse effects of drugs. Therefore we emphasize

    the role of the nurse in this health and disease process as the major professional

    who provides a holistic and humane care for the welfare of the patient and family that

    can be biological, social, and emotional or spiritual

    Keywords: Childhood cancer. Diagnosis. Nursing

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Clula normal se transformao em clula cancergena........................26

    Figura 2 Capela de fluxo laminar quimioterapia.....................................................38

    Figura 3 Aparelho de Radioterapia.........................................................................40

    Figura 4 Escala de avaliao da dor.......................................................................47

  • SUMRIO

    1 INTRODUO........................................................................................................19

    2 REVISO DE LITERATURA..................................................................................23

    2.1 CNCER INFANTIL.............................................................................................23

    2.2 DIAGNSTICO DO CNCER INFANTIL.............................................................27

    2.3 TIPOS DE CNCER NA INFANCIA.....................................................................29

    2.4 FORMAS DE TRATAMENTO DO CNCER INFANTIL.......................................36

    2.4.1Quimioterapia...................................................................................................36

    2.4.2 Radioterapia....................................................................................................38

    2.4.3Transplante de medula ssea.........................................................................40

    2.4.4 Cirurgia.............................................................................................................41

    2.5 O IMPACTO DO DIAGNSTICO DO CNCER NA VIDA DA CRINA E DO

    ADOLESCENTE.........................................................................................................42

    2.6 O IMPACTO DO DIAGNSTICO DA FAMLA FRENTE AO DIAGNSTICO DO

    PACIENTE COM CNCER INFANTIL.......................................................................57

    2.7 ATUAO DO ENFERMEIRO NO CNCER INFANTIL.....................................62

    3 CONSIDERAES FINAIS....................................................................................69

    REFERNCIAS..........................................................................................................72

  • 19

    1 INTRODUO

    A neoplasia ocorre atravs de um processo de modificaes estruturais e funcionais,

    onde a clula anormal substituda pela modificao gentica do DNA. As clulas

    anormais se replicam em outras iguais a ela, onde comea a se multiplicar de

    maneira anormal. Essas clulas invadem os tecidos, os vasos sanguneos e

    linfticos no qual se espalham por todo o corpo (SMELTZER et al., 2009).

    Almeida e outros (2005), afirmam que o cncer uma enfermidade que est

    relacionada alteraes descontroladas da estrutura celular.

    Segundo Instituto Nacional de Cncer (2013), o cncer infantil equivale a um grupo

    de vrias doenas que possui em comum a multiplicao descontrolada de clulas

    anormais e podendo acometer qualquer local do organismo. Os tumores com mais

    incidncia na infncia e adolescncia so a leucemias, os do sistema nervoso

    central e linfomas.

    Instituto Nacional do cncer citado por Kada e outros (2014), relata que as

    neoplasias na criana e no adolescente acometem a faixa etria abaixo dos 19 anos,

    sendo que de 2 a 3% dos bitos esto representados pelos cnceres malignos. E

    nesta faixa etria que se concentra o maior nmero de bito, sendo que os tumores

    do sistema nervoso central, linfomas e a leucemias esto entre os que mais levam

    ao bito. Os principais tumores encontrados na criana e no adolescente so

    leucemias, linfomas, carcinomas entre outros tumores.

    As neoplasias na infncia e no adolescente so de difcil diagnstico, pois seus

    sinais e sintomas podem ser confundidos com outras doenas. Sendo que as

    principais manifestaes so: palidez, febre, dor localizada, aparecimento de

    hematomas, perda de peso e surgimentos de ndulos e caroos (ACC CAMARGO,

    2014).

    O cncer infantil tem como uma de suas consequncias o fato de ser uma doena

    de tratamento prolongado e de ter vrias hospitalizaes. A criana e o adolescente

    so expostos a tratamentos invasivos. O impacto gerado pelo tratamento no qual

    estar passando, afetar o seu emocional e seu estado fsico (MOTTA; EMUNO,

    2004).

  • 20

    Para Cardoso (2007), o impacto nos familiares de aflio, se entregam

    intensamente ao ente querido com medo de que o pior acontea, fazendo com que a

    famlia interaja mais com a doena, do que mesmo com a criana, que tambm est

    em sofrimento. Descobrir que est doente e ficar com limitaes, restries, ficando

    impossibilitada de praticar atividades fsicas, restrita em ir escola, ficar longe de

    seus amigos e de suas atividades dirias acaba levando a uma angstia e dor, no

    somente a ela, mais a me, o pai, os quais esto 24hs intensamente dando

    assistncia, proteo e principalmente amor.

    Segundo o autor, o sofrimento da famlia vem atravs do que a doena poder

    trazer. Dependendo do tipo de cncer, poder deixar marcas, feridas e cicatrizes

    que nunca podero ser apagadas. A funo da famlia de estar sempre junto

    criana para dar carinho e proteo. Muitas famlias procuram proteo divina, indo

    busca da f para ter conforto e tranquilidade espiritual.

    O Instituto Nacional do Cncer (2014), relata que o tratamento do cncer infanto-

    juvenil pode ser realizada atravs da cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

    O tratamento do cncer pode trazer para os pacientes alguns efeitos adversos.

    Esses efeitos podem ser de curto ou longo prazo, sendo que essas alteraes iro

    estar relacionadas ao tipo de tratamento o qual a criana e o adolescente sero

    expostos (LOPES; CAMARGO; BIANCHI, 2000).

    A neoplasia uma doena que traz consigo a dor, sofrimento, no qual vista pela

    sociedade como um smbolo de morte. Na criana e no adolescente a morte vista

    como uma sentena, uma perversa crueldade, pois no entendimento da sociedade a

    criana e o adolescente esto relacionados com mudana, futuro, crescimento e

    esperana (SANTOS; GONALVES, 2008).

    Os mesmos autores relatam que a descoberta de uma neoplasia ocasiona aos pais

    vrios sentimentos, sensaes e emoes, no qual no h uma explicao, pois

    esto relacionadas a uma angstia, medo e choque.

    Para que a famlia enfrente o cncer e suas teraputicas ela busca suprir suas

    necessidades se apegando a Deus. Com apoio religioso a famlia ir enfrentar a

    doena com um novo olhar e ter novas expectativas em relao doena

    (FERREIRA et al., 2010).

  • 21

    de grande importncia que o enfermeiro e sua equipe tenham conhecimento sobre

    a neoplasia, pois facilitar no cuidado ao paciente, em seu tratamento e nas

    informaes prestadas a ele (BARBOSA et al.,2012).

    Segundo Lopes (2004), o enfermeiro que atua em oncologia deve est presente na

    assistncia ao paciente, pois ele que age na preveno de doena, no diagnstico

    e em seu tratamento. de extrema necessidade que o enfermeiro esteja atualizado

    e capacitado para que possa treinar sua equipe para prestar cuidados necessrios

    ao paciente.

    Brasil citado por Barbosa e outros (2012), relatam que a enfermagem presta cuidado

    e educao para as crianas e adolescentes e seus familiares. Sendo o enfermeiro,

    devido a suas habilidades tcnicas o profissional capacitado para orientar e dar

    apoio ao paciente e a sua famlia no estgio de sua enfermidade, reabilitao e

    tratamento.

    Este trabalho de reviso bibliogrfica se justifica pelo fato do diagnstico de Cncer

    Infantil na criana, adolescente e famlia ser muito doloroso, angustiante, trazendo

    vrias incertezas no percurso do tratamento. Mediante a relevncia do tema e o

    aumento dos nmeros de casos de Cncer entre crianas e adolescente e

    sofrimento tambm da famlia percebemos durante vivncia como tcnica de

    Enfermagem e durante Curso de Graduao em Enfermagem a importncia de

    revisar sobre o Tema Criana, Adolescente e Famlia frente ao Diagnstico com

    Cncer. Que esta reviso proporcione aos leitores conhecimentos, contribuindo na

    formao acadmica.

    O Objetivo Geral deste trabalho Descrever o Impacto do Diagnstico do Cncer na

    vida da criana, adolescente e famlia, destacando o impacto fsico, mental, social,

    espiritual na criana, adolescente frente ao Cncer Infantil, bem como, Papel da

    famlia frente ao paciente com Cncer Infantil e finalmente identificar a Atuao do

    Enfermeiro frente Criana, Adolescente e famlia com Cncer Infantil.

    Trata-se de uma Reviso de literatura com o tema Criana, Adolescente e famlia

    frente ao diagnstico com Cncer.

    Para o desenvolvimento da pesquisa realizado uma busca de dados com artigos em

    portugus entre os anos de 2000 a 2014. As coletas de dados foram realizadas em

    sites cientficos como LILACS, BIREME, GOOGLE ACADEMICO, SCIELO, LIVROS,

  • 22

    REVISTAS ELETRONICAS, TESES, MONOGRAFIAS. Excludos os textos que no

    atendem o propsito da pesquisa.

    Segundo Gil (2002), a pesquisa bibliogrfica consiste em dados j existentes, onde

    essas informaes podem ser retiradas de livros e artigos cientficos. Outra fonte de

    se retirar informaes atravs de revistas, jornais, dicionrios e almanaques.

  • 23

    2 REVISO DE LITERATURA

    2.1 CNCER INFANTIL

    O cncer uma enfermidade que acarreta temor na sociedade, por ser considerada

    uma doena que leva a morte. Sua origem vem do latim (cncer) significa

    caranguejo, esta relao est associada ao crescimento infiltrante provocado pela

    doena, onde se comparam as pernas do crustceo, pois suas pernas fixam na areia

    ou lama para se apoiar dificultando sua remoo (BRASIL apud ALMEIDA et al.,

    2005).

    Silva e outros (2013), afirmam que a neoplasia ocorre devido ao crescimento de

    forma anormal e de desordem celular, no qual afeta o individuo independente do seu

    sexo, cultura, idade e da sua situao financeira. Causa grande abalo, pois afeta a

    autoimagem e autoestima do individuo. A clula cancergena tem sua multiplicao

    rpida, sendo que incontrolvel e bastante invasiva, podendo se espalhar para

    todo o corpo do individuo.

    A neoplasia caracterizada como uma doena genmica, e seu aparecimento e

    atravs da modificao do DNA e das clulas normais que se modificam e se

    transformam em malignas (ROCHA; KAGOHARA, 2004).

    Atravs de estudos e com os avanos cientficos, os tumores so considerados uma

    neoplasia que tem o seu crescimento irregular das clulas, sendo essa definio

    aplicada aos tumores malignos (BRASIL apud ALMEIDA et al., 2005).

    O mesmo autor relata que h aproximadamente 200 tipos de cncer, no qual so

    capazes de invadir tecidos e rgo vizinhos.

    Segundo Cardoso (2007), o cncer uma enfermidade que at hoje e mesmo com o

    continuo avanos tecnolgicos desde sua descoberta, bem como, sua cura, ainda

    leva muito receio em relao morte.

    A doena atinge 10 em cada 1000.000 crianas todo ano em todo planeta, porm

    uma criana a cada 600 poder desencadear o cncer durante sua infncia.

    Atualmente sabe-se que dois teros desta doena so conceituados como

    remediveis, se a descoberta e o tratamento da doena forem iniciados logo, haver

    mais chances de cura (VALLE; FRANOSO (1999) apud MENEZES et al., 2007).

  • 24

    Santos e Gonalves (2008), relatam que o cncer pode afeta entre 12 e 13 mil

    crianas em todo o ano, 70% dos casos apresenta cura, porem a neoplasias ainda e

    a terceira causa de morte em crianas e adolescentes com idade entre 1 e 14 anos.

    Malkin citado por Reis, Santos e Thuler (2007), relatam que o cncer no adulto est

    relacionado a diversas causas como o estilo de vida, tabagismo, alimentao.

    Diferenciando da criana e do adolescente que no a um fator especifico. A

    neoplasia peditrica diferentemente do adulto tem seu desenvolvimento acelerado e

    so mais penetrantes.

    Estudos, referentes origem do Cncer na infncia incluem especficos fatores

    determinantes como fsicos e biolgicos, pois o cncer est relacionado a uma

    enfermidade crnica degenerativa sendo uma doena de natureza gentica

    (MARCONDES et al., 2003).

    Almeida e outros (2005), afirmam que a neoplasia a terceira causa de morte no

    planeta, ocasionada a morte de seis milhes de indivduos por ano. Afirmam

    tambm que os fatores ambientais esto associados doena. Sendo que 80% dos

    cnceres esto relacionados ao meio ambiente. Esses fatores so: estilo de vida,

    hbitos alimentares, gua, solo e alteraes do meio ambiente que ocasionado

    pelo homem. Esses fatores determinam o tipo do cncer para o individuo.

    Camargo, Lopes (2000), Asseguram que no apresentam histrico familiar e no

    est agregada a desorganizao gentica.

    O carcinoma in situ ou invasivo a primeira classificao do cncer. Neste estgio

    inicial a clula cancergena est no tecido no ocorrendo metstase para outros

    rgos. Quando o tumor in situ tratado antes de sua proliferao, h uma grande

    chance de cura para o individuo, porm as neoplasias invasoras penetram as clulas

    dos rgos, passando para a corrente sangunea e linftica. Essa neoplasia tem sua

    caracterstica de invadir, disseminar e proliferar em outras partes do organismo da

    pessoa (BRASIL, 2012).

    Segundo Brait e Dellamano (2008), o tumor o efeito final de um contexto que se

    compreende em vrios estgios que se aplica pela sua iniciao, promoo e

    progresso da doena. A fase inicial consiste na alterao do DNA, RNA ou de suas

    protenas. A fase da promoo s clulas modificadas se prolifera rapidamente,

    porm ainda no a sua disseminao. Na fase de progresso as clulas j esta

  • 25

    modificada ocorrendo seu aumento de forma desordenada, nessa fase o tumor j

    est instalado e ocorre a suas manifestaes clinicas.

    Segundo o Instituto Nacional do Cncer (2008), as clulas normais do organismo

    vivem em plena harmonia funcional, citolgico e histolgico e esta harmonia est

    relacionada conservao da vida. Sendo que suas estruturas funcionais e

    morfolgicas so definidas pelo cdigo gentico.

    A clula cancergena tem seu crescimento diferenciado das clulas normais. As

    clulas cancergenas elas no morrem, continuam em um desenvolvimento

    incontrolvel, ocorrendo surgimento de novas clulas (BRASIL, 2012).

    Segundo Marcondes e outros (2003), alguns cncer expressam irregularidades

    cromossmicas, numricas e estruturais. Assim sendo, uma estrutura associada na

    carcinognese encontraria junto estimulao oncogenes ou a destruio de

    antioncogenes.

    Brait e Dellamano (2008), relatam que as modificaes cromossmicas podem est

    relacionada pelas alteraes estruturais e numricas. As alteraes numricas esto

    relacionadas pelo aumento ou reduo do nmero do caritipo e as estruturais esto

    associadas s modificaes na estrutura dos cromossomos.

    O mesmo autor relata que as alteraes cromossmicas so encontradas nos

    portadores de linfomas, tumores slidos e nas leucemias.

    O surgimento da neoplasia pode ser de um acontecimento de uma nica clula

    iniciadora quando derivado de incalculveis fatos em uma massa de clulas

    suscetvel, entretanto a replicao celular o DNA est preso a uma sequncia de

    desiguais caractersticas alterada, chamadas de mutaes (MARCONDES et al.,

    2003).

    A transformao de uma clula normal em uma clula cancerosa requer a ocorrncia de mltiplas alteraes em seu material gentico. [...] mutaes nas clulas somticas a alterao mais frequente no processo de carcinognese que afeta, principalmente, a expresso dos oncogenes e genes supressores de tumor, responsveis pela proliferao e pelo desenvolvimento celular. [...] altera se a regulao celular normal e as clulas passam a se dividir de forma autnoma, a crescer desordenadamente e a acumular clulas alteradas que formaro o tumor. (BETTONI, 2008, p. 16).

  • 26

    Figura 1 Clula normal se transformando em clula cancergenas

    Fonte: Almeida et al. (2005, p.119).

    Devido o excesso da mutao, ocorre a modificao na regulao das clulas

    normais, sendo que as clulas normais passam a ser multiplicar de forma

    independe, ocorrendo o crescimento desordenado e o excesso de clulas

    modificadas, no qual se transformara no cncer (BETTONI, 2013).

    Segundo Brasil (2012), as neoplasias so classificadas como benigna e maligna. Um

    tumor benigno possui um desenvolvimento organizado, cresce de uma forma lenta e

    no atinge estruturas dos tecidos vizinhos. As neoplasias malignas so bastante

    agressivas, crescem de forma desordenada, so bastante infiltrante, provocam

    ramificaes e so bastante resistentes ao tratamento.

    Segundo Santos (2013), o cncer delimitado como massa celular em multiplicao

    desordenada, e no corresponde o mecanismo do ciclo celular. No entanto sabe-se

    que uma pequena proporo das clulas na massa do tumor est em um processo

    patolgico de multiplicao. Sendo que a clula que sofreu uma modificao pode

    ter alguma resposta em seu mecanismo de controle, e a clula maligna aps sua

    alterao pode ocorre que ela no se multiplique.

    Segundo Caram, Luise e Pires (2013), os sinais e sintomas mais evidenciados so

    dor nas articulaes, dor ssea, febre, aumento do fgado e do bao e

    adenomegalia.

    De acordo com o Instituto Nacional do Cncer (2014), o cncer na criana e no

    adolescente se diferencia do adulto, pois na infncia a clula atinge principalmente

    os tecidos de sustentao e as clulas sanguneas.

  • 27

    2.2 DIAGNSTICO DO CNCER INFANTIL

    A incidncia de cncer vem crescendo em todo o mundo e considerado um

    problema de sade mundial (GUERRA apud BELTO et al.,2007).

    Segundo Borges e outros (2009), nos Estados Unidos, os tumores infanto juvenil e

    uma das causas de morte correspondendo s idades de 1 a 14 anos, j no Brasil o

    cncer representa a terceira causa de morte entre crianas e adolescentes, apenas

    sendo supridas por mortes de causas externas e por acidentes.

    Na infncia h aumento das neoplasias malignas sendo de 1 a 4%. No passado era

    considerada uma doena aguda e fatal, hoje considerada uma doena crnica com

    chances de cura (BRASIL, 2005 apud BELTRO 2007).

    O diagnstico de uma neoplasia e o tratamento em si, leva ao paciente um choque,

    que afetar o seu estado emocional e seu fsico (SOUZA; ESPIRITO SANTO, 2008).

    Vieira e outros (2012), relatam que o diagnstico da neoplasia traz consigo

    sentimentos de angstia, medo, sofrimento. O paciente tem em mente que o

    tratamento causa a sua internao e os procedimentos invasivos no qual iro

    passar, ir abalar a sua sade emocional e fsica.

    Segundo Brasil (2005) citado por Beltro (2007), 70% as crianas podem ser salvas

    se o diagnstico for rpido, e seu tratamento for realizado em locais especializados.

    A descoberta da doena um momento estressante, tenso, cheios de dvidas,

    ocasionando dor na vida dos familiares.

    Os tumores pode se manifestar de trs formas, como massa palpvel que

    observado no exame clinico, pode se apresentar com sinais sintomas e por ltimo,

    no apresentando sintomas especficos da doena (BIANCHI; CARMO, 2000).

    No momento no qual ocorre confirmao do cncer na criana e no adolescente

    de difcil superao para os pais. Os pais sinalizam que est acontecendo algo

    errado por meio das manifestaes e alteraes no comportamento de seus filhos

    (FERMO et al., 2014).

    A famlia e a criana requerem de maiores cuidados no somente fsicos, sociais,

    econmicos, espiritual, mais tambm de ateno psicolgica (WOODGATE, 2003

    apud BELTRO, 2007).

  • 28

    Fermo e outros (2014), relatam que a descoberta da neoplasia acarreta um

    experimento de desespero, angstia, dor e aflio com o futuro da criana. Neste

    contexto, a famlia ter ajuda de profissionais capacitados que possuem tcnicas e

    conhecimentos especficos, no qual ir prestar toda a assistncia, tanto para o

    paciente, como para a famlia.

    Os pais ficam em choque com a descoberta do diagnstico, perdem o rumo e o

    sentido da vida, ficam em verdadeira inrcia. A descoberta trs consigo o

    preconceito e o estigma da morte (BELTRO et al., 20

    07).

    Segundo Marcondes e outros (2003), os cnceres da infncia no apresentam

    sintomas, a anlise preventiva de pouca relevncia, j os laboratoriais por muitas

    vezes so sensvel a no especificidade. A agresso do tumor em algumas

    circunstncias e com a descoberta s vezes no permite procedimentos teraputicos

    aceitveis.

    Segundo o mesmo autor por diversas vezes o cncer em estgios avanados

    continuam sem sintomas aparentes, quando feita descoberta pode ser de modo

    casual atravs de um familiar que nota alguma alterao e leva a criana ao mdico

    ou atravs de uma consulta rotineira ao pediatra.

    A descoberta antecipada de muita relevncia para os possveis eventos

    teraputicos e a probabilidade de restabelecimento integral da doena. Cncer

    apresenta manifestaes no especificas como perda de peso, diarria, dores

    articulaes, anorexias, febre de procedncia no definida, sudorese, algia ssea,

    restrio atividade fsica e mudana de humor. Os testes pra se confirmar a

    dimenso da doena devem se feito pelo mdico peditrica oncologista, que poder

    ser repetido por inmeras vezes (CAMARGO; LOPES, 2000).

    Segundo Quirino e Collet (2012), a mudana familiar ocorre assim que se

    apresentam as manifestaes clinicas, e aumenta quando confirmado o

    diagnstico. Quando se obtm o diagnstico se tem uma apreenso de uma nova

    percepo da vida.

    O diagnstico do cncer em uma criana assolador para os indivduos que esto

    ao seu redor. A descoberta sinaliza o principio de uma experincia no desejada,

    planejada. O cncer causa modificao duradoura e bastante intensa no seio

  • 29

    familiar (SANTOS; FIGUEREDO, 2013). O diagnstico de uma neoplasia e o

    tratamento em si, leva ao paciente um choque, que afetar o seu estado emocional

    e seu fsico (SOUZA; ESPIRITO SANTO, 2008).

    Vieira e outros (2012), relatam que o diagnstico da neoplasia traz sentimentos de

    angstia, medo, sofrimento. O paciente tem em mente que o tratamento causa a sua

    internao e os procedimentos invasivos no qual iro passar, ir abalar a sua sade

    emocional e fsica.

    2.3 TIPOS DE CNCER NA INFNCIA

    Segundo o Instituto nacional do cncer (2014), os tumores mais acometidos nas

    crianas e nos adolescentes so: Tumores do sistema nervoso central, linfomas,

    leucemias, neuroblastoma, tumor de wilms, retinoblastoma e osteossarcomas.

    Leucemias agudas um tipo de Cncer que se distingue por desenvolver um

    composto heterognico de molstia no qual ocorre mudana nos dados da medula e

    no sangue normal por outras clulas novas ou por clulas diferentes chamadas de

    blastos (ELMAN; SILVA, 2007).

    Segundo Camargo e Lopes (2000), so uns tipos de Cncer que ocorre em menores

    de 15anos, 30% dos cnceres nos infantes so a leucemias. Nesta idade o tipo mais

    comum a leucemia aguda. Sendo que a leucemia linfoctica aguda a que mais

    acomete, em seguida a leucemia no linfoctica aguda.

    Acometem adultos e crianas entre 3 a 5 anos. No se sabe como ocorre seu

    surgimento, mais alteraes genticas e hereditrias colaboram com seu

    aparecimento, assim como as sndromes com alterao em seu DNA tambm

    podem contribuir com o surgimento da doena. As manifestaes mais comuns so

    anemia, diminuio dos neutrfilos, diminuio das plaquetas devido a um erro na

    hematopoese. No frequente h perda de peso. Pode resultar em algias nos

    membros que so mais comuns, especialmente na configurao ssea ou nas

    articulaes (MARCONDES et al., 2003).

    Marcondes e outros (2003), relatam que a doena clonal aguda devido a um

    aumento descontrolado de uma clula me que pode se multiplicar infinitamente. A

  • 30

    leucemia linfoctica aguda pode ocasionar a anemia, trombocitopenia, neutropenia

    devido a clulas sanguneas no se renovarem.

    Algumas sndromes possuem mais predisposio em desencadear a leucemia

    linfoctica aguda tais como: sndrome de Down, Sndrome de Bloom,

    Neurofibromatose, sndrome de schwachman, sndrome de klinefelter e ataxia

    telangiectasia sndrome de Down, Sndrome de Bloom, Neurofibromatose, sndrome

    de schwachman, sndrome de klinefelter e ataxia telangiectasia (LOPES; IYEYASU;

    CASTRO, 2008).

    Sua causa desconhecida apesar de se destacar possvel manifestaes como

    consequncia da irradiao, exposio s medicaes que atuam diretamente no

    tumor, causas genticas e a exibio a determinado vrus (LOPES; MENDES 2000

    apud ELMAN; SILVA 2007).

    A leucemia mieloide aguda a formao de vrias clulas que provm do tecido

    hematopotico, que tem por sua vez a diferenciao atravs da multiplicao de

    clulas anormais, sendo que essas clulas me provm da linhagem mieloide, no

    qual leva a uma produo que no satisfatria das clulas maduras normais. No

    entanto a leucemia mieloide aguda est associada anemia, trombocitopenia e da

    diminuio dos nmeros de neutrfilos (MARTINS; FALCO, 2000).

    E um tumor resultante de uma clula me mieloide ou por clulas afetadas eritride,

    granuloctica, monoctica ou megacarioctica. 17% das leucemias mieloide ocorrem

    em idade abaixo dos 15 anos, j os recm-nascidos so os que tm mais incidncia

    (MARCONDES et al.,2003).

    Sua origem no bem esclarecida, mais devido a usos de drogas ilcitas, produtos

    resultantes de petrleo utilizados na gestao podem contribuir com o surgimento da

    doena em recm-nascidos (MARCONDES et al., 2003).

    Segundo o mesmo autor sua analise clinica realizada atravs de 25% ou mais de

    blastos na medula ssea, tambm pode haver um comprometimento extra medular.

    O diagnstico de leucemia mieloide aguda para ser diferenciadas de outras doenas

    atravs do esfregao corado, que pelo matodo leishman, sendo que a

    imunofenotipagem citogentica e estudos qumicos so essenciais para o

    diagnostico.

  • 31

    Segundo Camargo e Lopes (2000), existem dois tipos de linfomas, o linfoma no

    Hodgkin e o linfoma Hodgkin, que esto associados a uma disposio gentica

    ocorrida por algum vrus ou por causa de um defeito no rearranjo.

    O linfoma no Hodgkin compem um conjunto de tumor que se inicia de clulas e

    rgo do sistema imune. Ocorrem modificaes que pode incidir dessas clulas

    gerando desiguais modelos morfolgicos. Transformaes que procedem de

    linfomas so capazes de aparecer deformidades de ontogenia linfocitria ou estando

    relacionada a processos de organizao gentica a qual as clulas so sujeitas

    (LOPES; IYEYASU; CASTRO, 2008).

    Sandlund (1997), citado por Pedrosa (2007, p. 548), relata que:

    Dentre os fatores prognsticos que vm sendo estudados em LNH na infncia, a carga tumoral no momento do diagnstico, normalmente quantificada atravs do estadiamento e do nvel srico da desidrogenasse lctea (DHL), o fator de maior consenso na literatura. Outros fatores prognsticos importantes so: o tipo de tratamento e o local onde este realizado com pacientes que utilizam esquemas teraputicos mais modernos, em centros com experincia e infraestrutura adequada, apresentando melhores taxas de sobrevida.

    O linfoma no Hodgkin compreende uma alta diversidade de enfermidade lesiva e

    que h proliferao da textura linfide e divergindo de carter satisfatrio na idade

    mais amadurecida (MARCONDES et al.,2003).

    O Linfoma traduz como grandes massas na regio abdominal de desenvolvimento

    ligeiro que pode est associada a dores abdominais de pequena proporo. Suas

    manifestaes gastrointestinais so vmitos, obstruo intestinal, diarria,

    sangramento gastrointestinal agudo, acumula de gua na regio abdominal,

    ocorrendo aumento do fgado e do bao (CAMARGO; LOPES, 2000).

    O linfoma de Hodgkin de menor incidncia em crianas abaixo de 5 anos de

    idade.Pesquisas demonstram que a doena apresenta trs formas de se apresentar,

    uma delas a infantil que ocorrem em menores de 14 anos,adulto-jovem dos 15 aos

    34 anos e na fase adulta que corresponde 55 a 74 anos. Sua prevalncia no sexo

    masculino (LOPES; CHAMMAS; IYEYASU, 2013).

    Segundo os mesmos autores, a doena ocorre devido presena de clulas clonais,

    chamadas de clulas de Reed-Sternberg, que inclui varias clulas inflamatrias. As

    clulas de Reed-Sternberg provm de clulas da linhagem linfide B positivas de

    CD15 e CD30.

  • 32

    Uma de suas principais manifestaes o aumento ganglionar cervical. Pode

    manifestar suor noturno intenso, febre, perda de peso, fadiga e anorexia. Para

    confirmao da doena realizado uma biopsia ganglionar (LOPES; CHAMMAS;

    IYEYASU, 2013).

    Segundo Lopes, Chammas e Iyeyasu (2013), o neuroblastoma uma neoplasia

    slida, extracraniana comum em crianas, corresponde 7% de todos os tumores

    desta faixa etria. Possui um ndice de 10,2 milhes por casos e correspondendo

    infantes menores de 15 anos, sendo que o diagnstico da doena feito at aos

    17meses, acometendo mais o sexo masculino.

    O tumor acomete as seguintes regies: abdominal, a medula da adrenal, mediastino,

    pescoo e a pelve. Os principais rgos onde pode ocorrer a metstase tumoral so

    na pele, fgado, gnglios e medula ssea (CAMARGO; LOPES, 2000).

    Segundo Carmo e Lopes (2000), manifestam - se como uma massa abdominal

    slida, irregular, sem apresentar dor, que ultrapassa a linha mdia do abdmen.

    Apresenta sinais como: sudorese, taquicardia, vermelhido facial, hipertenso,

    irritabilidade, pode tambm manifestar anemia, sangramento, ndulos subcutneos

    e perda de peso.

    A confirmao do diagnstico do neuroblastoma realizada atravs da puno

    aspirativa da medula ssea, por anlise realizada por bipsia ou pela remoo do

    tumor atravs da cirurgia. O diagnstico sempre vai estar associado massa

    abdominal, anemia, presso alta, baixo peso, obstruo da veia cava superior,

    alteraes hematolgicas e aumento do fgado (LOPES; CHAMMAS; IYEYASU,

    2013).

    Marcondes e outros (2003), afirmam que o neuroblastoma apresenta um bom

    regresso natural dos cnceres, est entre os tumores com pouca chance de cura,

    sendo sua estimativa de 10%. No se sabe como surge a doena. Esse tumor de

    origem de clulas nervosas.

    Neuroblastoma provm do tumor maligno neuroepitelial que surgi de clulas

    provenientes do sistema nervoso simptico. Ocorre no perodo do crescimento fetal

    ou nos primeiros anos de vida da criana (BRODEUR; CASTLEBERRY apud

    TORTURELLA et al., 2011).

  • 33

    Provm das clulas da crista neural que o agente pela concepo do sistema

    nervoso simptico e tambm da medula da glndula adrenal. Esta neoplasia e mais

    comum em infantes, sendo o causador de 8 a 10% dos cnceres em recm-

    nascidos (BRODEUR; CASTLEBERRY apud TORTURELLA, 2011).

    Tumor de Wilms um tumor renal que mais acomete crianas. Agride crianas entre

    2 e 3 anos de idades, acometendo 80% os menores de 5 anos,no sendo

    observados em menores de 1 ano (LOPES; IYEYANSU; CASTRO, 2008).

    Segundo Lopes, Chammas e Iyeyasu (2013), o tumor de Wilms tambm e

    denominado de nefroblastoma, sendo o tumor geniturinrio mais frequente em

    crianas. O acometimento da doena de causa inespecfica, porm poder

    acometer membros da famlia entre 1% a 2%.

    Segundo relatos dos autores as sndromes como Beckwith-Wwiedemann, Denys-

    Drash, WAGR (Wilms, aniridia, malformao geniturinria e retardo mental) e

    hemihipertrofia corporal (4) possuem uma predisposio em desenvolver a doena.

    O tumor se manifesta como uma massa renal que no apresenta sintomas, 90% dos

    casos descoberto por familiares. Uma das primeiras manifestaes a hematria,

    dor abdominal e presso arterial alta. A avaliao do quadro clinico realizado

    atravs do histrico, exame fsico, exames laboratoriais, ultrassonografia, tomografia

    computadorizada (LOPES; CHAMMAS; IYEYASU, 2013).

    Tem uma predisposio em negros e do sexo feminino, podendo acontecer de modo

    casual ou hereditria. A hereditariedade est relacionada malformao congnita

    como as geniturinrias, a hemipertrofia e a aniridia. Demonstram-se como massas

    que no apresentam sintomas observados pelos cuidadores ou em consultas ao

    pediatra. O seu volume e frequentemente hemiabdominal o infante cresce sem

    desenvolver seus sintomas como febre, dor ou perda de peso (MARCONDES et al.,

    2003).

    O retinoblastoma uma neoplasia intraocular mais frequente na infncia, bastante

    agressivo, envolve o crnio, o sistema nervoso central, nervo ptico, rbita,

    metasttico, se espalhando rapidamente para todo o corpo (KRONBAUER et al.,

    2000).

    Segundo Antoneli e outros (2003), os sinais e sintomas do retinoblastoma so

    reflexo do olho de gato, aparecimento de uma massa na rbita ocular, pode ocorrer

  • 34

    desalinhamento ocular, olhos de cores diferentes, inflamao ocular, dores de

    cabea, vmitos, dores sseas e tambm perda da viso.

    De acordo com Marcondes e outros (2003), o retinoblastoma pode ocorrer de forma

    causalmente em 94% dos casos e de forma hereditria em 6%, sendo que a maioria

    das neoplasias bilaterais so de forma hereditria e apenas 20% sendo de forma

    unilateral. Esses tumores provm da perda dos alelos do gene RB1, que so de

    origem dos genes supressores no qual o seu papel e de a diviso celular.

    O Retinoblastoma ocorre devido perda de uma parte do brao longo do

    cromossomo 13. A parte da perda varivel e afeta a regio q14, onde est o gene

    RB1. A no ativao desses alelos o que causa o tumor (LOPES; CHAMMAS;

    IYEYASU, 2013).

    Segundo Lopes, Chammas, Iyeyasu (2013), indivduos que j tiveram a doena

    pode transmitir para seus descendentes em uma porcentagem de 45%%. Famlias

    com histrico da doena, suas crianas devem fazer exames oftalmolgico para

    detectar a neoplasia a cada 4 meses at aos 4 anos de idade.

    A sua forma teraputica consiste no tamanho intra e extraocular do cncer.

    Entretanto nas leses intraoculares quando o acometimento e de menor proporo,

    a crioterapia ou radioterapia possuem uma boa manifestao a agresso do tumor,

    sendo que o globo ocular e a viso mantm-se ntegros, se acometer for de maior

    proporo o globo ocular retirado totalmente para preservar a vida do paciente

    (MARCONDES et al.,2003).

    Osteossarcoma e uma neoplasia ssea com mais incidncia na fase peditrica,

    acomete crianas e adolescentes entre 10 e 20 anos de idade. Afeta os ossos

    longos, como o fmur distal e a tbia proximal e mero proximal. Nos ossos chatos

    seu acometimento menor (LOPES; CHAMMAS; IYEYASU, 2013).

    Carmo, Lopes (2000), relatam que o Osteossarcoma um cncer primrio de

    desenvolvimento do tecido osteide. O tumor se origina no tecido conjuntivo onde

    suas clulas ainda no foram diferenciadas. Nos adolescentes o tumor surge ao

    redor da epfise e dos ossos longos.

    Segundo Marcondes e outros (2003), originam - se da textura mesenquimal que se

    distingui pela fabricao tecido osteide ou sseo jovem das clulas ruim do

    estroma em desenvolvimento. Manifesta-se por algia e crescimento do volume do

  • 35

    local afetado. Acontece em uma parte metafisria dos ossos longos. O aumento da

    neoplasia detectado pela tomografia computadorizada e pela ressonncia

    magntica.

    Segundo Lopes, Chammas, Iyeyasu (2013), as manifestaes clnicas das

    neoplasias sseas so; dor local difcil de cessar e com exposio do tumor,

    causando restrio de movimentos. J a neoplasia da regio plvica pode

    manifestar algia com irradiao para os membros inferiores devido ao comprimento

    dos nervos perifricos.

    O diagnstico realizado atravs do histrico do paciente, exame fsico e exames

    radiolgicos e laboratoriais. Sendo que os sintomas podem durar de 3 a 6 meses.

    Dor ssea em outro local, que no detectado como tumoral, pode est relacionado

    manifestao por metstase (CARMO; LOPES, 2000).

    O tumor do sistema nervoso central corresponde de 15-20% dos tumores que

    acomete as crianas. A descoberta tardia da doena pode ocasionar uma demora no

    diagnstico afetando a expectativa de vida das crianas (LOPES; CHAMMAS;

    IYEYASU, 2013).

    As neoplasias do sistema nervoso central se evidenciam pela aglomerao de

    irregularidade gentica com acelerao diversa oncogenes e desativao de gene

    supressor de cncer. Suas alteraes podem se germinativas ou somticas. Apesar

    de no conhecer suas manifestaes das alteraes genticas e sua diferenciao,

    e enorme na forma teraputica (LOPES; IYEYASU; CASTRO, 2008).

    Para Lopes, Chammas, Iyeyasu (2013), no a uma evidencia especifica dos sinais e

    sintomas para a descoberta do tumor do sistema nervoso central. Os sinais e

    sintomas vai se manifestar de acordo com a idade da criana, localizao, tipo de

    Cncer e de sua extenso.

    Manifestam se de habitualmente por meio de presso intracraniana elevada e/ou disfuno neurolgica localizada ou focal. Os sinais e sintomas habituais so vmitos e cefalia matutinos, marcha instvel, nistagmo e paralisias de nervos cranianos (MARCONDES et al., 2003, p. 952).

    Essa neoplasia pode se manifestar pausadamente, sem aparecer nenhum sinal por

    um perodo longo. A manifestao pode ser de uma forma geral, ampla ou

    apresentar uma localizao especifica (CARMO; LOPES, 2000).

  • 36

    Em recm-nascidos a presso intracraniana provocada pelo tumor suportada, pois

    a fontanela e as suturas se adquam com o aumento do cncer. A presso

    intracraniana apresenta sintoma nos recm-nascidos como irritabilidade e perda de

    peso (LOPES; CHAMMAS; IYEYASU, 2013).

    2.4 FORMAS DE TRATAMENTO DO CNCER INFANTIL

    2.4.1 Quimioterapia

    Segundo o Instituto Nacional do Cncer (2014), a quimioterapia utiliza compostos

    qumicos, denominados de quimioterpicos. Estes quimioterpicos so utilizados em

    tratamentos de doenas acometidas por agentes biolgicos. Quando utilizada ao

    cncer, chamada quimioterapia antineoplsica ou quimioterapia antiblstica.

    Instituto Nacional de Cncer (2014), relata que o primeiro quimioterpico a ser

    utilizado foi retirado a partir do gs mostarda, sendo utilizada nas duas guerras

    mundiais como arma qumica. Os soldados foram expostos a essa arma qumica,

    sendo observado que os mesmos desencadearam uma hipoplsica medular e

    linfide, assim esse quimioterpico foi utilizado em tratamento clinico dos linfomas

    malignos. Em 1946 estudos realizados com o gs e das observaes feitas sobre o

    resultado e o efeito do cido flico em crianas com leucemias, observou - se o

    progresso da quimioterapia antineoplasica. Nos dias de hoje o quimioterpico so

    mais eficazes e menos txico para pratica qumica.

    A quimioterapia compe diferentes aspectos de grande alternativa para determinar

    soluo e alivio. A quimioterapia engloba elementos citotxicos, realizada

    inicialmente por via endovenosa e qualificada conforme sua designao:

    quimioterapia adjuvante, quimioterapia neodjuvante, quimioterapia primaria,

    quimioterapia paliativa, monoquimioterapia e poliquimioterapia (JHONTON;

    SPENCE, 2003 apud SWADA et al., 2009).

    Quimioterapia neoadjuvante empregada como intuito de reduzir o tamanho do

    cncer primrio e tornando assim possvel uma cirurgia em cnceres j bem

    desenvolvidos, ou de permitir a retirada do tumor com garantia de conservar o rgo

    afetado. A Quimioterapia adjuvante usada quando ocorre a exciso total do cncer

    sem deixas nenhum vestgio de proliferao (LOPES; IYEYASU; CASTRO, 2008).

  • 37

    Quimioterapia teraputica aplicada quando a quimioterapia, a cirurgia e a

    radioterapia no so indicadas como uma primeira escolha no tratamento, assim

    quando h uma probabilidade de tratamento chamada de curativa, no havendo

    possibilidade em sua cura, denominada paliativa (LOPES; IYEYASU; CASTRO,

    2008).

    Segundo Carocini, Piovesan (2014), a quimioterapia pode ser administrada por via

    endovenosa e via oral, A via endovenosa a medicao passa pela corrente

    sangunea na qual o quimioterpico ir destruir as clulas neoplsicas e as clulas

    saudveis. A quimioterapia administrada por via oral realizado atravs de

    medicamentos que poder ser por cpsulas, comprimidos ou por suspenso. H

    outras formas de administrao da quimioterapia, que atravs da via subcutnea

    ou intramuscular.

    Lopes, Iyeyasu e castro (2008), relatam que, as manifestaes do cncer so

    nuseas e vmito, queda de cabelo, mielotoxicidade, mucosites que afete o trato

    gastrointestinal, diarria, toxicidades como pulmonar, cardaca, renal e neural.

    A quimioterapia pode levar a infertilidade tanto no homem como na mulher. Na

    mulher a atuao quimioterpica age reduzindo os hormnios que so produzidos

    nos ovrios, essa diminuio ocasiona a menopausa precocemente e leva a

    infertilidade. J nos homens os quimioterpicos agem reduzindo a produo do

    espermatozoide (HOSPITAL DE CNCER DE BARRESTOS, 2014).

    A quimioterapia pode ocasionar a infertilidade devido diminuio da

    espermatognese e a no ovulao; a esterilidade pode ocorre devido teraputica

    utilizada e sendo irreversvel (LOPES; IYEYASU; CASTRO, 2008).

  • 38

    Figura 2- Capela de fluxo laminar quimioterapia

    Fonte: Laboratrio Biosintesis (c2014).

    Segundo Oliveira e outros (2010), a quimioterapia o tratamento mais convencional

    aplicado para crianas e adolescentes com neoplasias. Tratamento de primeira

    escolha devido doena ter uma melhor resposta.

    A quimioterapia e de grande relevncia para o tratamento de diversos tipos de

    cncer na infncia. Sendo que os princpios quimioterpicos so utilizados atravs

    de embasamentos cientficos (CAMARGO; LOPES; NOVAES, 2000).

    2.4.2 Radioterapia

    A radioterapia uma forma de terapia no qual o seu agente a radiao ionizante

    na qual tem a competncia em estimular a ionizao no ambiente de sua aplicao,

    removendo eltrons da composio de seu elemento. Quando ocorre a ionizao no

    centro de sua textura celular, acontecem modificaes em sua macromolcula

    imprescindindo o seu desempenho vital, e com isso direcionando a clula a sua

    destruio ou sua no validade biolgica (LOPES; IYEYASU; CASTRO, 2008).

    Segundo Lopes, Iyeyasu, Castro (2008), as radiaes ionizantes so divididas em

    eletromagnticas e corpusculares. A eletromagntica ganha o nome de ftons e

    representados pelos raios-X os que so gerados nos aparelhos de radiologia e de

    aceleradores lineares tambm pelo raio gama. Corpusculares se diferenciam por

  • 39

    oferecer massa e desempenhado pelos eltrons, prtons e nutrons. Radiaes

    ionizantes atuam no DNA nuclear ocorrendo destruio celular ou

    desaparecimento da sua reproduo. O DNA dobra o seu interior na mitose, clula

    com elevado nvel de agilidade mittica e radiossensvel doa que as de menos

    porcentagem de mitose.

    Segundo os mesmos autores, atuao da radiao no DNA nuclear ocorre de modo

    direta e indiretamente. No primeiro ocorre a quebra da molcula pela radiao com

    interveno do procedimento em que ela se duplica. No segundo o dano no DNA e

    devido ionizao do da gua citoplasmtica.

    A radioterapia atua diretamente no DNA em seu ncleo, quando este DNA

    lesionado perde sua agilidade de se reproduzir. As clulas cancergenas so

    levadas a sua destruio facilmente e no sendo trocadas por outras, sendo assim,

    no apenas o tumor cessa a evoluo tornando-se pequeno e desaparecendo, as

    clulas normais tambm so destrudas (RESS, 2001).

    A radioterapia tem como designo permitir a morte das clulas cancergenas sem que

    outras texturas boas ao seu redor sejam acometidas (LOPES; IYEYANSU;

    CASTRO, 2008).

    Segundo o Instituto Nacional do Cncer (2014), a radioterapia utilizada como um

    tratamento local ou regional, podendo ser exclusiva ou agregada a outros mtodos

    de tratamento, podendo ser associado cirurgia tanto no pr ou ps-operatrio.

    Pode ser sugerida antes da quimioterapia, durante ou aps a quimioterapia.

  • 40

    Figura 3- Aparelho de radioterapia

    Fonte: Hospital de Cncer de Barretos (c2014).

    Coracini, Piovesan (2014), afirmam que a radioterapia consiste em eliminar a

    neoplasia, sendo que a radiao ir impedir o crescimento das clulas cancergenas.

    Durante tratamento da radioterapia o paciente no tem visualizao da radiao,

    pois a mesma no visvel a olho nu. A sesso de radioterapia pode reduzir o

    tamanho do tumor, ocasionando no paciente a diminuio das algias, reduo das

    hemorragias, entre outros sintomas, tambm promovendo alivio, conforto para o

    paciente.

    2.4.3 Transplante de medula ssea

    Segundo o Instituto Nacional do Cncer (2014), o transplante de medula ssea

    realizado para certos tipos de doenas malignas que atinge as clulas sanguneas,

    sendo que o transplante vai substituir uma clula danificada por clulas sadias onde

    sero produzidas novas clulas.

    Qualquer pessoa de maior idade de 18 a 54 anos pode fazer doaes sendo que o

    individuo dever estar em boas condies de sade e no apresentando nenhuma

    doena (INSTITUTO NACIONAL DO CNCER, 2014).

    Massumoto (2014), relata que h trs tipos de transplante de medula ssea. O

    primeiro e o alognico que consiste na retirada da medula de um doador escolhido

    atravs de exames de histocompatibilidade onde vai avaliar a compatibilidade do

    doador com o receptor, esse tipo de transplante feito por familiar ou por um banco

  • 41

    de medula ssea. O segundo e o autlogo, as clulas da medula ssea ou as

    clulas troncas da periferia so retiradas da prpria pessoa onde ser

    criopreservadas e reinfundidas depois seu condicionamento. O terceiro o singnico

    consiste no transplante de medula entre gmeos univitelinos.

    O mesmo autor relata que o transplante e indicado dependo do estagio em que a

    doena se encontra. O transplante realizado atravs da remoo da medula ssea

    da crista ilaca posterior onde vai ser realizado varias aspiraes por agulhas ou por

    equipamentos de afrese.

    A afrese consiste na coleta de sangue por um equipamento que separa

    especificamente as clulas progenitoras, esse processo dura em torno de duas a

    quatro horas, pode haver outras coletas de sangue para a quantidade necessria

    para o transplante de medula ssea. J a puno e feita no centro cirrgico com

    anestesia geral atravs de aspirao e essas punes so realizadas de ambos os

    lados (HOSPITAL SAMARITANO, 2010).

    O mesmo autor relata que para se fazer o transplante o paciente devera esta com

    um cateter venoso central, pois so atravs dele que o paciente vai receber

    hidratao e as transfuses de sangue, as clulas progenitoras ou medula ssea e

    as medicaes. Antes do transplante os pacientes recebem medicamentos

    quimioterpicos para eliminar as clulas cancerosas assim o organismo vai se

    preparando para receber as clulas transplantadas.

    2.4.4 Cirurgias

    A cirurgia um tratamento que a tempo vem sendo utilizado contra o cncer. Ate

    algum tempo, era considerado como o nico meio de tratamento eficaz contra a

    doena. Uma de suas vantagens sobre outras formas de tratamento que ela pode

    determinar a cura em pessoas que tem a doena localizada, pois no estimula o

    aparecimento da carcinognese e estabelece uma avaliao da proporo da

    doena. Porm uma de suas desvantagens que a cirurgia pode causar

    deformidades, riscos e morbidades, podendo ocorrer a no obteno de cura, caso

    aja proliferao do tumor (LOPES; CHAMMAS; IYEYASU, 2013).

  • 42

    Segundo o Hospital de Cncer de Barretos (2014), a cirurgia um procedimento que

    vem sendo utilizados h vrios anos, e est associada ao tratamento da

    quimioterapia e radioterapia. O principal papel da cirurgia oncolgica consiste em

    obter a cura, ou pode est relacionada ao ganho de qualidade de vida.

    A cirurgia de grande relevncia para o tratamento cirrgico das neoplasias.

    Consiste na retirada do tumor atravs de critrios, proceder retirado do cncer com

    cuidado para que no ocorra metstase. A cirurgia pode ter a finalidade curativa e

    paliativa. (ALBERT EINSTEIN, 2009).

    A teraputica cirrgica consiste em curativa ou paliativa. A curativa aplicada a

    estgios iniciais de grande parte dos tumores slido sendo um tratamento radical,

    pois h a retirada do tumor primrio com margem de segurana e quando a inicio

    para retirados linfonodos o rgo sede ao do tumor primrio. J a paliativa consiste

    na diminuio das clulas cancergenas ou no controle de seu sintoma que podem

    por sua vez causar danos na vida dos pacientes e podendo atingir sua qualidade de

    vida (INSTITUTO NACIONAL DO CNCER, 2014).

    2.5 O IMPACTO DO DIAGNSTICO DO CNCER NA VIDA DA CRIANA E DO

    ADOLESCENTE

    As crianas e os adolescentes com cncer enfrentam momentos de angstia

    durante a hospitalizao, pois neste momento que eles se separam do seu meio

    social e so submetidos a procedimentos, diagnsticos e terapias que, consistem

    em medidas agressivas, invasivas e de dor, gerando um impacto de temor em

    relao ao que vai acontecer (MENOSSI; LIMA, 2000).

    Segundo os mesmos autores as dores que os procedimentos causam como a

    quimioterapia e a radioterapia pode levar a efeitos colaterais, que so responsveis

    pelas suas internaes e pelos seus sofrimentos, entretanto esse sofrimento no

    quer dizer apenas a dor fsica, mas sim, a dor afetiva e emocional, como no caso o

    impacto da dor que sentem quando ocorre a queda de cabelo.

    Na hospitalizao esses jovens ficam um bom perodo afastado de seu meio

    familiar, dos seus objetos pessoais e de seus amigos, ficam em um ambiente

    diferente de seu meio, onde vo vivenciar momentos de desconforto e de dor fsica,

  • 43

    que pode est relacionado doena ou a procedimentos que vo ser submetidos

    (MENOSSI; LIMA, 2000).

    Quando uma criana fica doente a maioria fica chorosa e mais dependente de seus

    pais. Dependendo da sua patologia, se for grave, pode estabelecer uma

    hospitalizao, e com isso gera um impacto emocional, tendendo a piorar, pois os

    mesmos ficam longe de seu lar dos entes queridos (OLIVEIRA; DANTAS;

    FONSCA, 2004).

    O processo de hospitalizao causa um impacto emocional, social muito grande, o

    tempo em que essas crianas e adolescentes ficam internados muito longo. Sendo

    assim, o meio hospitalar tem uma grande relevncia para eles, pois pode trazer uma

    influencia positiva ou no. As brincadeiras, o lazer, a alegria e o respeito de cada

    criana e adolescente constitui uma condio, podendo ser uma mudana favorvel

    ou desfavorvel para elas (VIEIRA; LIMA, 2002).

    A teraputica do cncer faz com que a criana e o adolescente sejam impedidos de

    ter um convvio social ficam longe de amigos e famlia, pois eles estaro situados no

    mbito hospitalar, onde estar sujeito a medicamentos que ocasionara sua reaes

    adversas e aos seus procedimentos invasivos relacionado a doena (MARQUES,

    2004).

    Uma das maneiras para as crianas enfrentarem o impacto que a doena poder

    causar e que extremamente estressante, atravs das brincadeiras, sendo que a

    brincadeira um meio em que elas e as pessoas que esto ao seu redor usam para

    lidar com a sua permanncia no hospital (MOTA; EMUNO, 2004).

    De acordo com Melo e outros (1999), citado por Vieira e Lima (2002), a brincadeira

    uma forma onde a criana pode expressar suas ideias, pensamentos, deixando de

    lado seu sentimento de dor e sofrimento, diminuindo o impacto causado pelo

    tratamento. Assim Vieira, Lima (2002), relatam que mesmo a criana enfrentando a

    doena e a hospitalizao ela tem uma necessidade de se expressar e atravs das

    brincadeiras que ela ir expor seus medos, angstias, afetos e suas alegrias. O

    brincar da criana e o adolescente uma posio ativa, atravs da brincadeira que

    eles iro transmitir suas aes e potencialidade.

    Segundo Mitre e Gomes (2004), a hospitalizao para o infante pode ser drstica,

    pois causa um afastamento do seu dia a dia, do seu meio familiar, ocorrendo

  • 44

    restries fsicas, h uma alta punio de tudo que est ocorrendo, levando a temor

    da morte, causando uma batalha de confronto com a dor.

    Os mesmos autores ainda relatam que a brincadeira na hospitalizao ajuda a

    criana e o adolescente a ter um valor maior em sua experincia de vida, diminuindo

    o impacto causado pela internao.

    Menosi e Lima (2000), afirmam que a hospitalizao causa como impacto a angstia

    para os adolescentes, pois eles relacionam as lembranas que sentem de seu lar e

    de seus entes queridos.

    Nascimento e outros (2005), relatam que vrias internaes e os procedimentos

    agressivos como a quimioterapia, a criana acaba sofrendo tanto na forma espiritual,

    como metal.

    A criana na fase escolar sente o desejo de serem iguais s demais crianas. E

    nessa fase em que elas observam as diferenas fsicas e algumas anormalidades

    quando comparadas com outras crianas. Aquelas que aparentam no ter nenhuma

    anormalidade ficam apontando diferenas que encontram em outras crianas, isso

    causa sofrimento. No adolescente, a alteraes fsicas e emocionais a sua

    liberdade que conquistada, extremamente relevante na sua identidade (ANDERS;

    LIMA, 2004).

    Lucon (2012), relata que o adolescente possui uma dificuldade em adequar ao seu

    tratamento teraputico, exatamente nessa fase da adolescncia em que eles

    necessitam encontrar sua identidade, possuindo uma preocupao sexual e, alm

    disso, precisam estar ao redor de pessoas e ao mesmo tempo vivenciar a doena

    como cncer. Porm ele est atrs da sua independncia. Com acometimento da

    doena eles perdem suas emoes e o seu controle, se confrontando e sendo

    necessrio a se adequar ao tratamento.

    Com a descoberta da doena onde possui um tratamento prolongado e s vezes

    indeterminado, com um diagnstico de cncer que uma doena grave, leva ao

    adolescente a um choque, no qual vai ocasionar mudanas nessa sua fase da vida,

    que sero de profundas transformaes (LUCON, 2012).

    A dor antigamente era explicada atravs de trs formas: religiosidade, dos mitos e

    atravs do misticismo. A dor e o sofrimento sempre estavam relacionados ira

  • 45

    divina, aos castigos dos deuses e o martrio. Porm esse conceito permanece de

    certa forma at hoje, pois ainda h pessoas que ficam se questionando, o que

    fizeram para merecer a doena (MICELI, 2002).

    A Associao Internacional de Estudo da Dor (IASP), define a dor como uma

    experincia sensorial e emocional desagradvel, associada a dano real ou potencial

    ou descrita em termos de tal dano (SO PAULO, 2008, p. 370).

    Segundo Silva e Zago (2001), a dor varia de pessoa para pessoa que apresentam a

    mesma doena, com a mesma extenso, de mesma localizao, manifestando a dor

    de maneiras diferentes. Sendo que essa diferena em relao dor depende da

    cultura, raa, sexo, historia e cultura de cada pessoa.

    Um grande impacto no diagnstico do cncer na criana e no adolescente est

    relacionado dor. A dor est presente em diversas doenas, sendo mais

    intensificada nas neoplasias. Neste processo de adoecimento a dor tambm est

    relacionada parte fsica e emocional, sendo que a manifestao da dor relacionado

    ao tumor tem uma prevalncia de 90% de sua intensidade (So Paulo, 2008).

    A dor pode estar relacionada a uma alterao emocional ou sentimental como medo,

    morte, amargura, culpa e angstia. Entretanto, o estimulo a dor muito pessoal, e

    vai depender muito do estado em que o individuo vai se encontrar (SILVA; ZAGO,

    2001).

    Segundo Miceli (2002), a expresso da dor tambm vai depender da estrutura

    familiar, condies psicossociais, da personalidade do individuo e da idade. A

    expresso da dor pode tambm depender daquele indivduo que vai estar com o

    paciente e saber interpretar, mensurar o nvel de dor.

    Em crianas e adolescentes com cncer, a dor crnica causa em cada um deles

    alteraes que causam danos social, comportamental, emocional e em seu mbito

    orgnico (SILVA; ZAGO, 2001).

    A dor no e um bem natural ainda que suportvel, e sua inexistncia de no ter a

    dor um beneficio do paciente (criana e do adolescente) no qual deve haver

    medidas para controlar, aliviar (MICELI, 2001).

    Miceli (2001), ainda relata que pacientes com cncer podem manifestar dor aguda,

    sendo causado pelo seu quadro clinico ou pelo seu tratamento, e sendo de grande

  • 46

    relevncia as medicaes analgsicas, tanto para dor aguda, como para dor crnica

    e assim controlando e diminuindo os efeitos do tratamento. Na dor crnica, todas as

    formas de teraputicas que no seja por frmacos so essenciais para os pacientes,

    assim promovendo tranquilidade e alivio.

    A dor do adolescente e crianas pode estar associada enfermidade, a teraputica

    do tumor e ao procedimento do quadro clnico. Seja qual for causa do problema,

    as crianas e os adolescentes necessitam ser curados de sua algias. Assim a dor

    um sinal imprescindvel, sendo ele o quinto sinal vital a ser observado (INSTITUTO

    NACIONAL DO CNCER; INSTITUTO RONALD MCDONALD, 2009).

    Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009), diz que o mecanismo

    neurofisiolgico da dor pode ser especificamente de trs formas, nociceptiva, no

    nociceptiva e psicognica. A nociceptiva est relacionada quando as vias

    nociceptivas se apresentam ntegras, so ativadas quando ocorre um sinal de dor no

    tecido cutneo e visceral. No nociceptiva ou neuroptica se manifestam quando

    ocorrem mudanas na estrutura ou funo, resultante de uma dor central ou

    ocasionada por dor perifrica. J as dores psicognicas provm de distrbios

    psquicos. Sendo que a dor oncolgica considerada constantemente como mista.

    Para determinar a intensidade da dor que o paciente apresenta aconselhvel

    utilizar uma escala. Essa escala utilizada para estipular o grau de intensidade que

    a dor se apresenta. Esta escala realizada no momento em que o paciente est

    levemente incomodado e nos momentos em que a dor est intensa (SO PAULO,

    2008).

    Segundo Bottega e Fontana (2010) ,existem vrias maneiras de se analisar a dor, e

    cada anlise fornecem dados qualitativos e quantitativos que corresponde dor. A

    dor pode ser uma avaliao subjetiva, ela no deve ser mensurada como ocorre na

    mensurao da temperatura, pulso arterial, presso, peso e altura. No h um

    aparelho para que o enfermeiro possa mensura a dor, pois a dor uma sensibilidade

    pessoal e individual. Mas existem escalas que auxiliam nessa avaliao.

    A escala de face utilizada para crianas de 2 a 6 anos e em adultos que no se

    expressam. Na escala de faces o profissional vai distinguir qual a face que reflete

    melhor a expresso de dor no paciente. H uma escala de 0 a 10 onde o paciente

    vai apontar o nmero que corresponde a sua dor (SO PAULO, 2008).

  • 47

    Figura 04 - Escala de Avaliao da Dor

    Fonte: Inojosa (c2013).

    Segundo Rangel; Telles (2012), a OMS criou uma escada analgsica para o

    tratamento da dor em pacientes oncolgicos, sendo que 80% dos pacientes tm a

    sua dor minimizada. A escada analgsica corresponde a trs degraus, sendo o

    degrau um correspondente aos analgsicos e anti-inflamatrios e est relacionada

    dor leve. O degrau dois est relacionado dor moderada, com uso de apiodes

    fracos como tramal e codena e finalmente o degrau trs corresponde dor severa,

    sendo utilizados apiodes fortes como morfina, metadona, oxicodona e fentanil.

    Costa e Lima (2002), afirmam que devido ao tratamento invasivos a criana e o

    adolescente sofrem um impacto com as modificaes tanto fsica, bem como,

    emocional, isto devido ao tratamento que est sendo submetido. O impacto ser na

    alterao da autoimagem, vmito, nuseas, fadiga, depresso, anorexia e a perda

    de peso.

    A desnutrio possui um impacto grande porque acomete muitos pacientes que

    esto em tratamento oncolgicos, em especial os que esto em estgios avanados,

    trazendo desconforto, podendo assim comprometer a sua qualidade de vida

    (ALMEIDA, 1991 apud COSTA; LIMA, 2002).

    A desnutrio na criana e no adolescente est relacionada aos efeitos que a

    radioterapia e quimioterapia podem ocasionar, incluindo as nuseas e os vmitos.

  • 48

    Entre outros fatores, esto s alteraes no metabolismo e a inadequao na

    absoro intestinal (NOGUEIRA apud CARAM et al., 2012).

    Segundo Martucci (2014), a desnutrio est associada presena de tumor

    maligno. Quando a desnutrio est relacionada anorexia, neste caso ocorre como

    sintomatologia um aumento do gasto de energtico provocando perda de peso, outro

    efeito manifestado hipoalbunemia e tambm produo de citocinas que so

    protenas de baixo peso.

    Nas crianas normalmente o aumento de peso de forma gradual, esse crescimento

    ocorre com o passar dos meses. No carto de vacina da criana o controle de peso

    observado atravs da linha ascendente. As situaes de alertas so quando a

    linha horizontal e descendente. Na primeira situao a criana est ganhando

    peso e na segunda, est perdendo peso. O cncer acelera muito catabolismo e com

    isso ocasiona alteraes no peso, levando como impacto a um estgio de

    desnutrio. As neoplasias abdominais devido a sua localizao criam uma barreira

    dificultando a alimentao, como tambm acontece com doenas em estgios

    avanados, que ocasiona a dor e mal estar generalizado ,contribuindo tambm com

    a perda de peso do individuo, levando a desnutrio (INSTITUTO NACIONAL DO

    CNCER; INSTITUTO RONALD MACDONALD, 2009).

    Vrios so os fatores que podem ocasionar a desnutrio nos pacientes

    oncolgicos, levando a um impacto negativo em relao a patologia, so: medo,

    depresso, ansiedade, terapia antineoplasica, efeitos colaterais dependendo do tipo

    de medicao, modificao no metabolismo dos alimentos, necessidade nutricionais

    acrescidas e m absoro intestinal (NOGUERA et al., 2005 apud CARAM et al.,

    2012).

    A desnutrio e a caquexia acometem com frequncia paciente oncolgicos, e so

    indicadores de um mau prognstico independente do cncer que a criana e

    adolescente possui. A reduo nutricional est relacionada ao tratamento, aos

    efeitos colaterais medicamentosos e ou radiao, contribuindo como um impacto

    negativo para baixa qualidade de vida do paciente (MARTUCCI, 2014).

    A caquexia est presente em paciente com neoplasias, causando um impacto

    psicolgico grande ao paciente. A palavra caquexia provem do grego KaKos,m e

    Hexis,condio, o que significa que caquexia e uma m condio. considerada

  • 49

    uma sndrome porque ocorrem alteraes metablicas, como perda de peso perda

    de massa muscular e de massa gorda (ASSOCIAO BRASILEIRA DE CUIDADOS

    PALIATIVO, 2011).

    Segundo Organizacin Panamericana de La Salud (2004), citada por Duval e outros,

    (2010), a caquexia engloba uma determinada caracterstica que tem entre si a

    morbidade e mortalidade, piora na qualidade de vida, perda de peso, liplise e

    atrofia muscular, levando muitas das vezes medo ao paciente oncolgico.

    A caquexia est muitas das vezes presente no paciente oncolgico, causando

    angstia, medo, est relacionada a uma sndrome multifatorial que possui

    caractersticas de perda massa muscular e acomete uma progressiva disfuno

    orgnica. A sua fisiopatologia est relacionada a uma baixa ingesto alimentar

    (anorexia), alteraes metablicas e balano proteico negativo (MARTUCCI, 2014).

    Uma das diferenas entre desnutrio e caquexia nas neoplasias que na

    desnutrio ocorre a mobilizao de gordura evitando o consumo msculo

    esqueltico. Na caquexia a perda de gordura e tecido muscular (BODY, 1999 apud

    SILVA, 2006).

    Martucci (2014), a caquexia um dos fatores que gera impacto ao paciente. O autor

    afirma que a caquexia possui trs estgios. A pr-caquexia onde aparecem os sinais

    como perda de peso involuntria menor que 5%. A caquexia que est relacionada

    perda de massa e fora na musculatura e por ltimo a caquexia refrataria, onde o

    indivduo no apresenta uma boa expectativa de vida e possui um estgio

    progressivo da doena.

    A anorexia outro fator que gera impacto ao paciente, est relacionada perda de

    apetite, sendo muito comum em pacientes oncolgicos. A anorexia est associada

    s modificaes metablica ocasionada pele tumor, alteraes no paladar,

    alteraes bucais, nuseas, vmitos, problemas gastrointestinal e ao uso de certas

    medicaes (ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS, 2009).

    A sndrome da Caquexia e Anorexia classificada como primria e secundria.

    A primria est relacionada a uma resposta inflamatria e ao tumor em si. A

    secundria devido depresso, disfagia, m absoro, estomatite, infeces e

    entre outros fatores (SO PAULO, 2008).

  • 50

    Os tratamentos para a anorexia e caquexia englobam vrios fatores clnicos. Para

    melhorar o impacto negativo causado pela patologia o autor cita: Educao em

    sade, mudanas de hbitos alimentares estimulando a aceitao do paciente,

    orientao do paciente e de sua famlia sobre o processo de doena e o que ela

    pode ocasionar (ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS, 2009).

    So Paulo (2008), afirma que a anorexia e a caquexia acometem 80% dos pacientes

    oncolgicos. Sendo que a caquexia est relacionada perda de peso, a fadiga entre

    outros sintomas. A anorexia est relacionada perda do apetite e ao processo

    inflamatrio relacionado doena.

    A fadiga um sintoma impactante que causa transtorno aos pacientes, est

    presente em crianas e adolescentes com Cncer. O motivo proveniente de vrios

    fatores que podem esta ou no relacionado doena (INSTITUTO NACIONAL DO

    CNCER; INSTITUTO RONALD MACDONALD, 2009).

    Carpenito-Moyet (2011), a fadiga definida como um estado autorreconhecimento

    no qual o indivduo apresenta sensao sustentada e avassaladora de exausto e

    reduo da capacidade de esforo fsico e mental que no encontra alvio no

    repouso.

    A fadiga pode ser ocasionada devido destruio das clulas neoplsicas

    decorrente do tratamento (radioterapia e quimioterapia), isso ocorre porque o

    organismo gasta muita energia para recompor as clulas que foram destrudas

    (ARAUJO; ROSA, 2008).

    Uma das principais causas da fadiga est relacionada ao distrbio do sono, dor,

    desnutrio, ansiedade, depresso, estresse emocional, falta de condicionamento

    fsico e de medicamentos em especial os apiides (UNIDADE DE CUIDADOS

    PALIATIVOS, 2009).

    A fadiga causa um impacto na criana e no adolescente ocasionando um esforo

    fsico e emocional, afetando na reduo da atividade fsica e no seu raciocnio,

    sendo que suas caractersticas so: exausto, cansao, falta de energia. (MOTA;

    CRUZ; PIMENTA, 2005).

  • 51

    Segundo Mota, Pimenta (2005), a fadiga est relacionada reduo da capacidade

    funcional, astenia, cansao, desgaste, desconforto, sonolncia, sofrimento, reduo

    da motivao, capacidade lenta e reduo das atividades dirias.

    Uma das condutas a serem aplicadas em paciente oncolgicos que manifestam a

    fadiga incentivar ao exerccio fsico, pois atravs dele o paciente tem uma melhora

    na capacidade funcional e de qualidade de vida, outra maneira atravs das

    tcnicas de relaxamento que vai proporcionar conforto ao paciente. Temos ainda o

    tratamento farmacolgico que so utilizados medicamentos como metilfenidato e

    corticoide (UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS, 2009).

    Segundo Araujo e Rosas (2008), para diminuir o impacto da fadiga, o enfermeiro

    deve orientar ao paciente sobre os sintomas, relatando que pode ocorrer um

    desconforto, e que esse desconforto passageiro, deve instruir o paciente a

    importncia da prtica de atividades e ter repouso entre ela.

    Uma das reaes adversas impactantes e mais estressantes que incomoda

    frequentemente as crianas e adolescentes com cncer so as nuseas e o vmito

    (BONASSA, 1992 apud MENOSSI; LIMA, 2000).

    O impacto da nusea equivale primeira resposta do vmito, isso porque o

    estmago relaxa e ocasiona inibio do cido gstrico, esse perodo o de pr-

    ejeo. Na nusea h um aumento da presso abdominal e reduo da presso

    intratorcica. No perodo de ejeo o intestino delgado se contrai para o estmago

    ocorrendo o reflexo do vmito, isso porque ocorre a contrao do diafragma e da

    musculatura abdominal ocorrendo o aumentando da presso torcica e abdominal,

    ocasionando assim o vmito pela boca e pelo nariz. Aps ocorrer o vmito se tem o

    alivio da nusea (ASSOCIAO BRASILEIRA DE CUIDADOS PALIATIVOS, 2011).

    Segundo Araujo e Rosas (2008), a nuseas e o vmitos ocorrem devido a uma

    modificao na regio epigstrica. Para se obter o alvio e conforto dessa estrutura

    recomendvel que os pacientes oncolgicos prefiram uma alimentao lquida e

    pastosa em temperatura ambiente.

    As nuseas e o vmito so decorrentes da prpria doena e da sua teraputica

    (radioterapia e a quimioterapia), e devido ao uso de medicamentos como os

    opioides. Quando esses sintomas no so tratados, podem levar alteraes no

  • 52

    estado nutricional ocasionando um distrbio hidroeletroltico no paciente

    (INSTITUTO NACIONAL DO CNCER; INSTITUTO RONALD MACDONAL, 2009).

    Segundo Academia Nacional de Cuidados Paliativos (2009), as nuseas e o vmito

    acometem com mais frequncia pacientes oncolgicos, especialmente os que

    apresentam neoplasias ginecolgicas, intestinais e gstricas. Esses sintomas se no

    tratados, podem levar a sndrome da anorexia e caquexia.

    O frmaco utilizado para o alvio da nusea e vmito e a metoclopamida, esse

    antiemtico eficaz para se ter uma boa resposta ao sintoma apresentado (SO

    PAULO, 2008).

    O tratamento oncolgico trs como impacto desconfortante a constipao intestinal

    que caracterizada pela distenso abdominal e fezes bastante endurecidas obtidas

    pelo esforo de evacuao maior e que se tem a sensao de uma evacuao

    incompleta (SO PAULO, 2008).

    Segundo Smeltzer e outros (2009), a constipao ocasionada por uma defecao

    irregular ou anormal, no qual ocorrer o endurecimento das fezes tornando a sua

    eliminao dificultada e dolorosa.

    Algumas medicaes podem reduzir a motilidade gastrointestinal, sendo

    recomendvel para a criana e o adolescente em tratamento a ingesto de

    alimentos ricos em fibra e de ingesto hdrica (INSTITUTO NACIONAL DO

    CANCER; INSTITUTO RONALD MACDONALD, 2009).

    Smeltzer e outros (2009), relatam que o tratamento da constipao se baseia em

    uma reeducao dos hbitos intestinais, em uma educao alimentar, consumir mais

    fibras e ingerir mais lquido.

    A constipao um impacto que se manifesta devido falta de resduo no clon,

    mas sua causa est associada a vrios fatores, como por exemplo, a diminuio da

    contratura muscular que auxilia na defecao e obstruo intestinal e a reduo da

    sensibilidade do rgo (DANTAS, 2004).

    O diagnstico da constipao vai depender muito do relato do paciente.

    considerada constipao intestinal evacuaes inferior a trs vezes por semana,

    apresentando sintomas como baixa frequncia em evacuar, evacuao incompleta e

    fezes endurecidas (LOCKE; PMBERTON; PHILLIPS, 2000 apud DANTAS, 2004).

  • 53

    A diarreia est relacionada mudana no habito intestinal no qual ocorre a elevao

    do peso das fezes, o aumento da frequncia da evacuao e o aumento da

    quantidade de liquido (DANTAS, 2004).

    Segundo a Unidade de cuidados paliativos (2009), a diarreia e a modificao das

    fezes de pastosa a liquida, no qual a um aumento no nmero de evacuaes. Sendo

    que as principais causas no paciente oncolgico esto relacionadas aos laxantes,

    quimioterapia, radioterapia, antibiticos e ao uso de medicaes.

    Segundo Araujo e Rosas (2007), relatam que a diarreia pode ser ocasionada por

    uma inflamao intestinal devido s radiaes das cesses de radioterapia. E para

    minimizar a diarreia indicado ao paciente o ch de erva doce, que ira amenizar os

    flatos e as clicas intestinais.

    O tratamento da diarreia consiste em localizar a sua causa para poder ser eliminada.

    Quando a diarreia persistente usam-se agentes absorventes que ir reter gua,

    formando uma massa gelatinosa dando a consistncia das fezes (MANUAL DE

    CUIDADOS PALIATIVOS, 2009).

    O enfermeiro e sua equipe devem estar atentos s complicaes intestinais do

    paciente. Ele dever avaliar o aspecto e o nmero de vezes que o paciente

    apresenta diarreia em um perodo de 24 horas. Comunicar ao mdico caso esteja

    persistindo o quadro. Cabe ao enfermeiro avaliar o paciente para que no ocorre

    um desidratao (INSTITUTO NACIONAL DO CANCER; INSTITUTO RONALD

    MACDONALD, 2009).

    A modificao na autoimagem devida alopecia causa grande impacto emocional,

    danos na vida do adolescente trazendo angustia. O paciente muitas das vezes

    acaba sendo discriminado. A discriminao acaba sendo um fator marcante porque

    incomoda no seu dia a dia (MENOSSI; LIMA, 2000).

    De acordo com Siqueira, Barbosa e Boemer (2007), a alopecia uma das

    manifestaes mais relatadas nos pacientes oncolgicos, pois causa grande impacto

    na autoimagem da pessoa. Muitos pacientes se comparam com sua autoimagem

    antes da doena e com isso se sente feias, fora do padro de beleza aceito pela

    sociedade, o que causa modificaes sociais e psquicas importantes em suas

    vidas.

  • 54

    Segundo oliveira e outros (2010), a queda de cabelo causa um impacto na criana e

    no adolescente, pois modifica sua autoimagem causando angustia e dor, sendo que

    a alopecia esta relacionado aos efeitos da quimioterapia. Sendo que a quimioterapia

    causa efeito txico nas clulas do cabelo ocasionando sua queda.

    A queda de cabelo causa um choque enorme no sexo feminino, pois a cabelo

    representa um padro de beleza e vaidade para a sociedade. O tratamento

    oncolgico causa um impacto emocional e fsico na vida do paciente (VIEIRA et al.,

    2012).

    Segundo Menossi, Lima (2000), a alopecia um fator mais relatado pelos

    adolescentes, sendo que a queda de cabelo est relacionada aos efeitos adversos

    causados pela quimioterapia. Com isso o adolescente acaba se sentindo diferente, o

    que causa um sentimento de dor, que poder ocasionar um isolamento das pessoas.

    As crianas e os adolescentes no inicio do tratamento no aceitam a queda de

    cabelo, visto que ocorre uma alterao visual muito grande na imagem, diminuindo a

    autoestima, onde ser detectada por outras pessoas e com isto ficam incomodados

    com sua aparncia (CIGONA; NASCIMENTO; LIMA, 2010).

    Costa, Lima (2002), afirmam que as crianas no manifestam alteraes na

    autoimagem porque apresentam uma idade que ainda no sabem diferenciar o que

    est acontecendo ao seu redor. O adolescente j tem outra percepo, pois eles

    vem nas atitudes das pessoas a curiosidade e o preconceito em relao doena

    no qual incomoda bastante. Esse preconceito despertar a curiosidade das pessoas

    demonstrando que esses adolescentes esto fora do padro de normalidades que a

    sociedade aceita (MENOSSI; LIMA, 2000).

    De acordo com Moreira, citado por Versolato (2011), a alopecia corresponde ao

    segundo impacto que a doena expressa no paciente, este efeito desagradvel

    ocorre devido terapia, onde provocada pela quimioterapia. O primeiro impacto

    que a criana sente com o diagnstico da doena.

    A queda de cabelo ocorre devido aos frmacos utilizados para destruir clulas do

    Cncer. O objetivo do medicamento atacar as clulas doentes que se proliferam

    rapidamente, porm as clulas do cabelo tambm se desenvolvem com rapidez,

    sendo assim, os medicamentos tambm iro destruir essas clulas, onde ocasionar

    a alopecia (VERSOLATO, 2011).

  • 55

    Um dos relatos mais expressados no tratamento oncolgico e a queda de cabelo

    que corresponde 80% dos efeitos colaterais mais citados pelos pacientes. Outros

    sintomas tambm so relatados como, dor, nuseas e vmitos, sendo que a

    alopecia causa um fator marcante, pois altera a imagem corporal do paciente

    (RIBEIRO; CASTRO, 2007).

    O cncer provoca varias alteraes na vida das crianas, no qual essas mudanas

    podem est associada a modificaes no aspecto psicolgico, porm estudos

    relatam que efeitos psicolgicos no tenham uma etiologia clara. Sendo que o

    acometimento psicolgico pode est associada perda de energia e a

    desmotivao. O dficit neuropsicolgico pode trazer varias consequncias como,

    toxicidade no tratamento quimioterpico, diminuio no desenvolvimento escolar,

    social e isolamento imposto pela doena (LOPES; CAMARGO; BIANCHI, 2000).

    O tratamento das neoplasias traz em si alteraes fsicas para a criana, e os

    sintomas apresentados provocam alteraes em sua autoimagem, e receio no que

    as outras pessoas iro pensar delas. Essas alteraes fsicas devido ao tratamento

    causam como impacto nas crianas reaes como raiva, culpa, ansiedade e

    depresso (PEDREIRA; PALANCA apud CARDOSO, 2007).

    Segundo Figueiredo (2008), a ansiedade constitui uma reao rpida, inconscientes

    e muitas vezes violentas, podendo ser visualizada ou no. Os principais sintomas da

    ansiedade so: suor frio agitao, diarria, sensao de aperto no estomago,

    taquipnia, taquicardia, agitao psicomotora entres outras manifestao.

    A ansiedade caracterizada pelo estado humor desagradvel presenciado por

    sentimentos apreenso e medo (GUIMARAES, 2009).

    Segundo Vasconcelos, Costa e Barbosa (2008), a ansiedade pode se manifestar de

    duas maneiras, normal e patolgica. A ansiedade normal se caracteriza por uma

    situao imediata que quando tratada o estgio da ansiedade se reduz e a pessoa

    volta ao seu estado normal. A ansiedade patolgica se manifesta de uma forma

    persistente e duradoura, ocasionando impacto importante, com danos no dia a dia

    da pessoa.

    Figueiredo (2008), devido ao impacto da depresso e ansiedade o tratamento

    farmacolgico pode ser realizado por duas medidas, no medicamentosa e o

    medicamentoso. O tratamento no medicamentoso pode ser realizado atravs da

  • 56

    massoterapia, cromoterapia, acupuntura e atividades fsicas. A medicamentosa por

    drogas.

    Segundo o mesmo autor, o tratamento medicamentoso se inicia quando as terapias

    no medicamentosas no so eficazes. So iniciadas drogas como

    benzodiazepnicos (bromazepam, lorazepam e diazepam) e os neurolticos

    (haloperidol).

    A depresso e a ansiedade esto pred