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1 CORRELAÇÃO ENTRE CHUVAS E DESLIZAMENTOS OCORRIDOS DURANTE A OPERAÇÃO DO PLANO PREVENTIVO DE DEFESA CIVIL EM SÃO PAULO, SP Dr. JAIR SANTORO Pesquisador Científico, Instituto Geológico-SMA Av. Miguel Stefano, 3900, Água Funda, São Paulo/SP, CEP: 04301-903 e-mail: [email protected] Dr. RODOLFO MOREDA MENDES Pesquisador Científico, Instituto Geológico-SMA Av. Miguel Stefano, 3900, Água Funda, São Paulo/SP, CEP: 04301-903 MSc. MÁRCIA MARIA NOGUEIRA PRESSINOTTI Pesquisador Científico, Instituto Geológico-SMA Av. Miguel Stefano, 3900, Água Funda, São Paulo/SP, CEP: 04301-903 GISELE DOS REIS MANOEL Estagiária, Instituto Geológico-SMA Av. Miguel Stefano, 3900, Água Funda, São Paulo/SP, CEP: 04301-903 RESUMO Este trabalho tem por finalidade apresentar uma análise da correlação entre os eventos de deslizamentos atendidos no âmbito do Plano Preventivo de Defesa Civil para o período de 2000 a 2010, os parâmetros técnicos utilizados na operação do PPDC, ou seja, precipitação horária (mm/h) e precipitação acumulada de 3 dias (mm), com os condicionantes geológico- geotécnicos e antrópicos. As análises foram realizadas a partir de modelo proposto inicialmente para a cidade de Cubatão-SP, onde foram avaliados eventos de escorregamentos e chuvas para um período de 30 anos. Os resultados obtidos no presente estudo indicam que a correlação entre chuvas e deslizamentos depende fundamentalmente de parâmetros associados aos condicionantes do terreno e da precipitação acumulada de, pelo menos, 3 dias. Palavras-chave: deslizamentos, chuvas, Plano Preventivo de Defesa Civil ABSTRACT This paper aims at presenting an analysis of the correlation between the events of landslides that were attended under the Preventive Plan of Civil Defense for the period 2000 to 2010, with the technical parameters used in the operation of the PPDC, in other words, precipitation (in mm/h) and rainfall of 3 days (in mm), and with the geological, geotechnical and anthropogenic conditions. The analysis were carried out from the model originally proposed for the city of Cubatão-SP, to evaluate events of landslides and rain for a period of 30 years. The results obtained indicate that the correlation between rainfall and landslides depends crucially of parameters related to the limitations of terrain and of the rainfall of 3 days. Keywords: landslides, rain, Civil Defense Preventive Plan

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CORRELAÇÃO ENTRE CHUVAS E DESLIZAMENTOS OCORRIDOS DURANTE A OPERAÇÃO DO PLANO PREVENTIVO DE DEFESA CIVIL

EM SÃO PAULO, SP

Dr. JAIR SANTORO Pesquisador Científico, Instituto Geológico-SMA Av. Miguel Stefano, 3900, Água Funda, São Paulo/SP, CEP: 04301-903 e-mail: [email protected] Dr. RODOLFO MOREDA MENDES Pesquisador Científico, Instituto Geológico-SMA Av. Miguel Stefano, 3900, Água Funda, São Paulo/SP, CEP: 04301-903 MSc. MÁRCIA MARIA NOGUEIRA PRESSINOTTI Pesquisador Científico, Instituto Geológico-SMA Av. Miguel Stefano, 3900, Água Funda, São Paulo/SP, CEP: 04301-903 GISELE DOS REIS MANOEL Estagiária, Instituto Geológico-SMA Av. Miguel Stefano, 3900, Água Funda, São Paulo/SP, CEP: 04301-903

RESUMO Este trabalho tem por finalidade apresentar uma análise da correlação entre os eventos de deslizamentos atendidos no âmbito do Plano Preventivo de Defesa Civil para o período de 2000 a 2010, os parâmetros técnicos utilizados na operação do PPDC, ou seja, precipitação horária (mm/h) e precipitação acumulada de 3 dias (mm), com os condicionantes geológico-geotécnicos e antrópicos. As análises foram realizadas a partir de modelo proposto inicialmente para a cidade de Cubatão-SP, onde foram avaliados eventos de escorregamentos e chuvas para um período de 30 anos. Os resultados obtidos no presente estudo indicam que a correlação entre chuvas e deslizamentos depende fundamentalmente de parâmetros associados aos condicionantes do terreno e da precipitação acumulada de, pelo menos, 3 dias. Palavras-chave: deslizamentos, chuvas, Plano Preventivo de Defesa Civil

ABSTRACT This paper aims at presenting an analysis of the correlation between the events of landslides that were attended under the Preventive Plan of Civil Defense for the period 2000 to 2010, with the technical parameters used in the operation of the PPDC, in other words, precipitation (in mm/h) and rainfall of 3 days (in mm), and with the geological, geotechnical and anthropogenic conditions. The analysis were carried out from the model originally proposed for the city of Cubatão-SP, to evaluate events of landslides and rain for a period of 30 years. The results obtained indicate that the correlation between rainfall and landslides depends crucially of parameters related to the limitations of terrain and of the rainfall of 3 days. Keywords: landslides, rain, Civil Defense Preventive Plan

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1 INTRODUÇÃO No Estado de São Paulo, as atividades de identificação, avaliação e gerenciamento de áreas de riscos geológicos, tiveram início de forma mais sistemática a partir da iniciativa do governo do Estado face aos acidentes em larga escala e com graves conseqüências que ocorreram no verão de 1987-1988, na região da Serra do Mar, no Estado de São Paulo. Tais acidentes, associados a escorregamentos causaram mortes nas cidades de Cubatão e Ubatuba, SP. Em função da gravidade dessas ocorrências, teve início no verão de 1988-1989, o Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC, específico para escorregamentos nas encostas da Serra do Mar no Estado de São Paulo. O PPDC constitui em um importante instrumento de gestão das ações preventivas dos poderes público municipal e estadual, principalmente quando a meta é a solução de problemas causados pela ocupação de áreas de risco em diversos municípios do Estado. O PPDC é implementado anualmente no período de verão, coordenado pela Defesa Civil do Estado de São Paulo (CEDEC) e conta com a participação do Instituto Geológico-IG e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas-IPT. O Plano envolve ações de monitoramento dos índices pluviométricos (chuvas), previsão meteorológica, vistorias de campo e atendimentos emergenciais. O objetivo principal do PPDC é evitar a ocorrência de mortes. Para isso a principal ação prevista no Plano é a remoção preventiva das populações que ocupam áreas de risco, antes que os escorregamentos atinjam suas moradias. Atualmente esta atividade é desenvolvida em seis regiões do Estado de São Paulo, com o monitoramento de 66 municípios, listados a seguir (Figura 1): - 08 municípios do litoral (Baixada Santista e Litoral Norte); - 07 municípios da região do ABCD; - 11 municípios da região de Sorocaba; - 24 municípios da região de Campinas; - 16 municípios da região do Vale do Paraíba (Vale, Serra da Mantiqueira e Vale Histórico). A operação do PPDC corresponde a uma ação de convivência com os riscos geológicos associados a escorregamentos em encosta, presentes nas áreas ocupadas, tendo em vista que a gravidade dos problemas frente à eliminação dos riscos identificados, no curto prazo, é em muitos casos, impraticável (Macedo et al. 1999, Macedo et al. 2002). Assim, o PPDC pode ser considerado uma eficiente medida não estrutural de gerenciamento destes riscos, estando consonante com os métodos e as técnicas adotadas pelos sistemas de Defesa Civil internacionais e recomendado pela ONU. O objetivo do presente trabalho é analisar os eventos de escorregamentos ocorridos e atendidos no âmbito do Plano Preventivo de Defesa Civil – PPDC para o período de 2000 a 2010, bem como verificar a correlação dos parâmetros envolvidos nos escorregamentos com os parâmetros técnicos utilizados na operação do PPDC. Assim, buscou-se avaliar e correlacionar a precipitação horária (mm/h) e precipitação acumulada de 3 dias (mm) com os condicionantes geológico-geotécnicos e antrópicos.

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Figura 1 – Mapa do Estado de São Paulo com os 66 municípios atendidos pelo PPDC

2 METODOLOGIA

2.1 Parâmetros Técnicos Envolvidos no PPDC O sistema PPDC tem por base legal o Decreto Estadual nº 42.565. A concepção do PPDC apóia-se na possibilidade de serem tomadas medidas anteriormente à deflagração de deslizamentos, a partir da previsão das condições potencialmente favoráveis à sua ocorrência, por meio do acompanhamento de alguns parâmetros técnicos que serão discutidos a seguir. A definição dos critérios técnicos para a deflagração de ações leva em consideração que a água (e, consequentemente, a chuva) é o principal agente deflagrador de deslizamentos. Além disso, os indícios de instabilização das encostas devem prioritariamente determinar o momento crucial de intervenção do PPDC (Macedo et al. 2006). Deste modo, a questão principal é: qual a quantidade de água de chuva necessária para causar o deslizamento? Para respondê-la foram realizadas as análises de correlação entre chuvas e deslizamentos, relacionando os registros de eventos de deslizamento com dados de chuvas. Macedo et al. (2006) observaram que, quanto mais longo for o período de estudo e mais detalhado forem os dados de deslizamentos e chuvas, melhores resultados poderão ser obtidos para essa correlação. Au (1998) estudou diversos eventos de deslizamentos de taludes induzidos pela chuva em Hong Kong. Segundo o autor, a chuva acumulada tem pouca influência nas rupturas, sendo estas mais influenciadas pelas chuvas intensas de curta duração. Quinta Ferreira et al. (2005) analisaram a influência da precipitação na ocorrência de deslizamentos para a cidade de Coimbra, no período de 1864 a 2003. Os resultados encontrados foram que os escorregamentos não estão diretamente relacionados à precipitação acumulada ao longo do ano, e sim aos picos de intensidade pluviométrica.

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No Brasil, Guidicini & Iwasa (1976) analisaram os índices pluviométricos e respectivas ocorrências de deslizamentos na Serra do Mar e Mantiqueira, Serra do Maranguape e Vale do Tubarão. Tais autores concluíram que para precipitações com duração em eventos contínuos acima de 250-300 mm há ocorrência sistemática de deslizamentos; precipitações acima de 20% da média anual tendem a deflagrar movimentos catastróficos e para precipitações acima de 12% da média anual tendem a saturar o substrato até um grau crítico, podendo a partir daí, deflagrar movimentos, independentes do valor acumulado de chuva anterior. Um dos estudos pioneiros no Estado de São Paulo é a correlação entre chuva e deslizamentos para a região de Cubatão-SP, elaborada por Tatizana et al. (1987a e 1987b), que se baseia no levantamento de dados de deslizamentos e chuvas acumuladas e horárias para um período de mais de 30 anos. Esses autores obtiveram uma curva que correlaciona os registros de deslizamentos com a precipitação acumulada (em mm), para um período de 84 horas, e com a intensidade da precipitação (mm/h). A equação que representa essa curva é utilizada para se obter um Coeficiente de Precipitação Crítica (CPC), cujos valores são a base para tomada de decisões no PPDC de Cubatão-SP, conforme apresentado na Figura 2.

Figura 2 - Gráfico da correlação entre chuva e deslizamento elaborado para o município de

Cubatão-SP Fonte: Tatizana et al. (1987a e 1987b)

Os resultados de correlação obtidos por esses autores (Tatizana et al. 1987a e 1987b) foram posteriormente extrapolados para toda a região da Serra do Mar e para outras regiões do Estado de São Paulo, tendo como referência os dados de precipitação acumulada (em mm) para um período de 72 horas (3 dias). Deste modo, se estabeleceu para os 66 municípios operados atualmente pelo PPDC, os seguintes acumulados críticos de precipitação para um período de 72 horas (3 dias): - Região de Campinas: 80 mm; - Região da Baixada Santista: 100 mm; - Região do Litoral Norte: 120 mm;

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- Região de Sorocaba: 80 mm; - Região do ABCD: 100 mm; - Região do Vale do Paraíba: 100 mm (Vale e Vale Histórico) e 80 mm (Serra Mantiqueira). Apesar dos diversos estudos realizados até o presente momento, tanto no Brasil quanto no exterior, observa-se que não existe, ainda, um consenso global entre os resultados obtidos nos estudos de correlação entre chuvas e deslizamentos, na definição de parâmetros ou critérios técnicos a serem adotados em sistemas de alerta para a ocorrência iminente de deslizamentos em encostas e taludes. Além disso, não basta apenas adotar parâmetros baseados em análises de correlação entre chuvas e eventos de deslizamentos. Deve-se considerar, também, aspectos relacionados principalmente às características geológico-geotécnicas e antrópicas dos locais onde ocorrem os deslizamentos. Ou seja, parâmetros de chuva acumulada ou de intensidade de chuva podem ser adotados como valores limites para a deflagração de deslizamentos generalizados para uma determinada área, e esses mesmos valores podem ser totalmente incoerentes em relação à deflagração de deslizamentos em outras áreas com características geológico-geotécnicas distintas.

2.2 Níveis Operacionais e Ações do PPDC O PPDC está estruturado em 4 níveis operacionais, denominados: observação, atenção, alerta e alerta máximo, os quais indicam a situação em que o município se encontra, durante a vigência do Plano. No Estado de São Paulo o período chuvoso é entre os meses de dezembro a março. Para cada nível estão previstas ações preventivas para avaliar a possibilidade de ocorrência de deslizamentos. O monitoramento integrado dos parâmetros operacionais estabelecidos para o PPDC (índices pluviométricos, previsão meteorológica e vistorias de campo nas áreas de risco) orienta a deflagração das ações preventivas, ou seja, a entrada e a saída de cada nível do PPDC (Macedo et al. 2006). O roteiro operacional das ações do PPDC, em cada nível vigente, encontra-se sintetizado na Tabela 1.

Tabela 1 – Níveis do PPDC e principais ações correspondentes (os valores de referência de chuva são os citados no item 2.1, para cada região do PPDC)

NÍVEL DO

PLANO

CRITÉRIO DE ENTRADA NO

NÍVEL

AÇÕES A SEREM EXECUTADAS PELO MUNICÍPIO

AÇÕES A SEREM EXECUTADAS PELO

APOIO TÉCNICO

OB

SER

VA

ÇÃ

O

Início da operação do plano.

-Conscientização da população das áreas de risco; -Obtenção do dado pluviométrico; -Cálculo do acumulado de chuvas; -Recebimento da previsão meteorológica; -Transmissão para o apoio técnico do dado pluviométrico e nível vigente; -Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL.

-Manter técnicos em plantão para acompanhamento e análise da situação; -Enviar previsões meteorológicas

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AT

EN

ÇÃ

O

-Quando o acumulado de chuvas ultrapassar o valor de referência combinado com a previsão meteorológica.

-Declarar MUDANÇA DE NÍVEL; -Comunicar ao apoio técnico sobre MUDANÇA DE NÍVEL; -Realizar VISTORIAS de campo visando verificar a ocorrência de deslizamentos e feições de instabilização. Devem ser iniciadas pelas áreas de risco; -Obtenção do dado pluviométrico; -Cálculo do acumulado de chuvas; -Recebimento da previsão meteorológica; -Transmissão ao apoio técnico do dado pluviométrico e nível vigente; -Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL.

-Manter técnicos em plantão para acompanhamento e análise da situação; -Enviar previsões meteorológicas.

AL

ER

TA

-Quando as vistorias de campo indicarem a existência de feições de instabilidade ou mesmo deslizamentos pontuais.

-Declarar MUDANÇA DE NÍVEL; -Comunicar ao apoio técnico sobre MUDANÇA DE NÍVEL; -Realizar VISTORIAS de campo; -Retirada da população das áreas de risco iminente; -Obtenção do dado pluviométrico; -Cálculo do acumulado de chuvas; -Recebimento da previsão meteorológica; -Transmissão ao apoio técnico do dado pluviométrico e nível vigente; -Agilizar os meios necessários para POSSÍVEL retirada da população das demais áreas de risco; -Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL.

-Deslocamento de técnicos para acompanhamento da situação e avaliação da necessidade de medidas complementares; -Enviar previsões meteorológicas.

AL

ER

TA

XIM

O

-Quando ocorrerem deslizamentos em geral.

-Declarar MUDANÇA DE NÍVEL; -Comunicar ao apoio técnico sobre MUDANÇA DE NÍVEL; -Proceder a retirada da população das áreas de risco e demais áreas necessárias; -Obtenção do dado pluviométrico; -Cálculo do acumulado de chuvas; -Recebimento da previsão meteorológica; -Transmissão ao apoio técnico do dado pluviométrico e nível vigente; -Avaliação da necessidade de MUDANÇA DE NÍVEL.

-Deslocamento de técnicos para acompanhamento da situação e avaliação da necessidade de medidas complementares; -Enviar previsões meteorológicas.

Fonte: Macedo et al. (2006)

2.3 Análise dos Dados para Correlação Para o presente trabalho foram levantados, inicialmente, os registros de atendimentos emergenciais realizados pelo Instituto Geológico (IG), durante a operação do PPDC no período de 2000 a 2010. Posteriormente foram selecionados os atendimentos emergenciais associados com processos de escorregamentos em encostas e taludes de corte/aterro. Deste modo, não foram considerados os atendimentos envolvendo processos associados à queda/rolamento/desplacamento de blocos rochosos, rastejo e corridas de detritos. Portanto, os dados utilizados neste trabalho correspondem a 53 atendimentos emergenciais do PPDC realizados pelo IG em 25 municípios no Estado de São Paulo, no período de 2000 a 2010, nos quais foram registradas as ocorrências de 175 deslizamentos em encostas e taludes de corte/aterro, conforme apresentado na Tabela 02.

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Na Figura 3 é apresentada a distribuição espacial dos municípios atendidos durante a operação do PPDC no período de 2000 a 2010, bem como os respectivos números de ocorrências de deslizamentos por município. Tabela 2 – Municípios atendidos, pelo IG, durante a operação do PPDC no período de 2000 a 2010, e respectivos registros de deslizamentos de encosta e talude de corte/aterro

00-01 01-02 02-03 03-04 04-05 05-06 06-07 07-08 08-09 09-10Santo André 4 1 1 3 6São B. Campo 3 14 3 17Ribeirão Pires 5 5 3 10Rio G. Serra 2 1 2Mauá 9 1 9Cubatão 4 1 2 5Guarujá 3 7 4 2 4 9 20Santos 1 1 2 2São Vicente 1 2 1 3 4Atibaia 4 1 4Campo Limpo 7 1 7Várzea Paulista 4 1 4Caraguatatuba 2 1 2São Sebastião 7 3 2 10Ubatuba 9 1 12 4 22Campos Jordão 6 1 6S. L. Paraitinga 9 1 9Mairinque 1 1 1Piedade 5 5 5São Roque 2 5 1 3 8Votorantim 3 1 3Aparecida 3 1 3Bananal 3 1 3Cunha 7 1 7Guaratinguetá 6 1 6Total 5 2 6 13 42 9 0 4 29 65 53 175

MunicípioNº de Ocorrências de Deslizamento considerados na avaliação Total de

AtendimentosTotal de

Deslizamentos

Fonte: Acervo IG do PPDC (2000-2010)

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Figura 3 – Distribuição espacial dos 25 municípios atendidos durante a operação do PPDC no

período de 2000 a 2010 e respectivas ocorrências de deslizamentos (atendidas pelo IG)

3 RESULTADOS Os dados referentes aos 53 atendimentos emergenciais realizados pelo IG, durante a vigência do PPDC, associados com processos de escorregamentos em encostas e taludes de corte/aterro, para o período de 2000 a 2010, foram agrupados em períodos bianuais (dez/2000 a março/2001, por exemplo) e analisados a partir de gráficos de chuva diária versus chuva acumulada de 84, 72 e 48 horas, conforme apresentado nas Figuras 4, 5 e 6, respectivamente. Nesses gráficos também foi inserida a curva de correlação de Tatizana et al. (1987a e 1987b) e a linha para a qual os valores de precipitação diária (Pd) são iguais aos valores de chuva acumulada (AC).

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0 100 200 300 400 500

Chuva diária (m

m/24 ho

ras)

Chuva acumulada de 84 horas (mm)

Correlação Tatizana et al (1987)

Deslizamentos PPDC 2000‐2001

Deslizamentos PPDC 2001‐2002

Deslizamentos PPDC 2002‐2003

Deslizamentos PPDC 2003‐2004

Deslizamentos PPDC 2004‐2005

Deslizamentos PPDC 2005‐2006

Deslizamentos PPDC 2007‐2008

Deslizamentos PPDC 2008‐2009

Deslizamentos PPDC 2009‐2010

Pd = AC 

A

BA ‐ Zona com deslizamentosB ‐ Zona sem deslizamentos

Pd<AC

Pd>AC

Figura 4 – Gráfico de chuva diária (Pd) versus chuva acumulada de 84 horas (AC) e

deslizamentos ocorridos no âmbito do PPDC para o período de 2000 a 2010 Ao analisar o gráfico de chuva diária versus chuva acumulada de 84 horas, conforme apresentado na Figura 4, observa-se que a grande maioria dos pontos representativos dos deslizamentos do PPDC está situada na zona onde se espera ocorrer deslizamentos (A), ou seja, acima da curva de correlação proposta por Tatizana et al. (1987a e 1987b). Além disso, três pontos se situaram abaixo e outros três pontos se encontraram sobre a curva de correlação. Deve-se ressaltar que, apesar da curva de correlação proposta por Tatizana et al. (1987a e 1987b) ser originariamente representada em gráfico de chuva horária (mm/h), os dados de deslizamentos do PPDC analisados por gráficos de chuva diária (mm/24horas) apresentaram uma excelente correlação com a curva de Tatizana et al. (1987a e 1987b). Também foram obtidos excelentes resultados de correlação quando chuvas acumuladas de 72 horas foram consideradas, conforme apresentado na Figura 5. Neste caso, nota-se um ligeiro aumento no número de pontos (deslizamentos) situados abaixo da curva de correlação de Tatizana et al. (1987a e 1987b), ou seja, três pontos, mas mantendo a maioria dos pontos situados acima da curva de correlação. Os ótimos resultados de correlação obtidos para os dados de chuva acumulada de 72 horas reforçam a continuidade na adoção desses parâmetros técnicos estabelecidos na operação do PPDC.

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0 100 200 300 400 500

Chuva diária (m

m/24 ho

ras)

Chuva acumulada de 72 horas (mm)

Correlação Tatizana et al (1987)Deslizamentos PPDC 2000‐2001Deslizamentos PPDC 2001‐2002Deslizamentos PPDC 2002‐2003Deslizamentos PPDC 2003‐2004Deslizamentos PPDC 2004‐2005Deslizamentos PPDC 2005‐2006Deslizamentos PPDC 2007‐2008Deslizamentos PPDC 2008‐2009Deslizamentos PPDC 2009‐2010Pd = AC

A

BA ‐ Zona com deslizamentosB ‐ Zona sem deslizamentos

Pd>ACPd<AC

Figura 5 – Gráfico de chuva diária (Pd) versus chuva acumulada de 72 horas (AC) e

deslizamentos ocorridos no âmbito do PPDC para o período de 2000 a 2010 Já os dados de deslizamentos analisados a partir da chuva acumulada de 48 horas, conforme apresentado na Figura 6, apresentaram resultados de menor correlação.

0

50

100

150

200

0 100 200 300 400 500

Chuva diária (m

m/24 ho

ras)

Chuva acumulada de 48 horas (mm)

Correlação Tatizana et al (1987)

Deslizamentos PPDC 2000‐2001

Deslizamentos PPDC 2001‐2002

Deslizamentos PPDC 2002‐2003

Deslizamentos PPDC 2003‐2004

Deslizamentos PPDC 2004‐2005

Deslizamentos PPDC 2005‐2006

Deslizamentos PPDC 2007‐2008

Deslizamentos PPDC 2008‐2009

Deslizamentos PPDC 2009‐2010

A

BA ‐ Zona com deslizamentosB ‐ Zona sem deslizamentos

Figura 6 – Gráfico de chuva diária (Pd) versus chuva acumulada de 48 horas (AC) e

deslizamentos ocorridos no âmbito do PPDC para o período de 2000 a 2010

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Considerando os resultados de boa correlação obtidos entre os dados de deslizamentos do PPDC e os dados de chuva acumulada de 72 horas, buscou-se avaliar o desempenho dos parâmetros atualmente utilizados no PPDC, ou seja, a faixa de valores de acumulados críticos de precipitação de 3 dias adotados para as diferentes regiões do Estado de São Paulo (80 a 120 mm), conforme apresentado na Figura 7. Analisando a Figura 7, observa-se que ocorreu um número considerável de deslizamentos (cinco) com valores de precipitação acumulada inferiores aos parâmetros operacionais atualmente utilizados no PPDC. Tal fato sugere a adoção de parâmetros operacionais mais conservadores, no sentido de antecipar as vistorias de campo (conforme indicado nas ações do nível de atenção do PPDC). Este procedimento visa garantir uma maior eficiência na identificação das feições de instabilidade do terreno e na adoção de medidas preventivas estabelecidas no PPDC. Assim, sugere-se a mudança da faixa de valores de acumulados críticos de precipitação de 3 dias, de 80 a 120 mm, para 60 a 100 mm, conforme apresentado na Figura 7, de acordo com as diferentes regiões operadas pelo PPDC.

0

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100

150

200

0 100 200 300 400 500

Chuva diária (m

m/24 ho

ras)

Chuva acumulada de 72 horas (mm)

Correlação Tatizana et al (1987)Deslizamentos PPDC 2000‐2001Deslizamentos PPDC 2001‐2002Deslizamentos PPDC 2002‐2003Deslizamentos PPDC 2003‐2004Deslizamentos PPDC 2004‐2005Deslizamentos PPDC 2005‐2006Deslizamentos PPDC 2007‐2008Deslizamentos PPDC 2008‐2009Deslizamentos PPDC 2009‐2010Pd = AC

ABA ‐ Zona com deslizamentosB ‐ Zona sem deslizamentos

Pd>AC

Pd<AC

Parâmetros operacionais atuais ‐ PPDC

Parâmetros operacionais sugeridos ‐ PPDC

Figura 7 – Gráfico com parâmetros operacionais (chuva acumulada de 72 horas) atuais e

sugeridos para o PPDC Verifica-se, também, que a maioria dos deslizamentos ocorridos está situada à direita da linha “Pd=AC”, indicando que, nestas condições, a chuva acumulada de 3 dias teve uma influência mais significativa para a ocorrência dos deslizamentos do que a chuva diária. Alguns deslizamentos estão situados sobre a linha “Pd=AC”, ou seja, os deslizamentos ocorrem para a condição de precipitação acumulada de 3 dias igual à chuva diária. Nestes casos, a chuva diária ou a intensidade de chuva horária ao longo do dia teve mais influência na ocorrência de tais eventos. De qualquer modo, acredita-se que o potencial, tanto da intensidade da chuva quanto da precipitação acumulada, na geração de eventos de escorregamentos, dependem fundamentalmente do histórico ou da trajetória de umidade no terreno nos dias que antecedem os deslizamentos.

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Como exemplo, são apresentados os dados de chuva diária e de precipitação acumulada de 72 horas, relacionados ao deslizamento que ocorreu em São Roque, no dia 28 de janeiro de 2004, conforme apresentado na Figura 8. A chuva diária e o acumulado de 72 horas no dia do deslizamento foram de 23 e 150 mm, respectivamente. Além disso, o histórico de chuvas nos dias anteriores ao evento sugere ter sido um dos aspectos significativos para o desencadeamento do processo de deslizamento.

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Acumulado Diário (mm)São Roque (2003‐2004)

Deslizamento 28/01/2004

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1/dez

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15/dez

22/dez

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5/jan

12/jan

19/jan

26/jan

2/fev

9/fev

16/fev

23/fev

1/mar

8/mar

15/m

ar

22/m

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29/m

ar

Acumulado de 72 horas (mm) São Roque (2003 ‐ 2004) Deslizamento 

28/01/2004

Figura 8 – Registros de chuva para o município de São Roque-SP no período 2003-2004

Ao analisar os dados da Figura 9, relativos ao município de Votorantim, observa-se que a chuva diária e o acumulado de 72 horas no dia do deslizamento (27/01/2004) foram de 122 e 220 mm, respectivamente, e que não houve um histórico de chuvas significativo nos dias anteriores ao deslizamento, como aquele ocorrido no município de São Roque. Comparando os dados de chuva dos deslizamentos ocorridos em São Roque e Votorantim, conforme apresentado nas Figuras 8 e 9, respectivamente, nota-se que os acumulados diários e de 3 dias, nos dias anteriores aos eventos, apresentaram comportamento diferenciado em relação à distribuição das chuvas, apesar de estarem situados na mesma região operacional.

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Tal fato sugere a necessidade do desenvolvimento de estudos específicos para cada região operada pelo PPDC, e possivelmente a proposta de adoção de novos parâmetros técnicos de monitoramento para o estabelecimento de níveis críticos de chuva. Assim, haveria a possibilidade de estabelecer os índices pluviométricos críticos em função das características geológico-geotécnicas específicas para diferentes áreas, mesmo quando essas áreas estejam situadas numa mesma região.

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Acumulado Diário (mm)Votorantim (2003 ‐ 2004)

Deslizamento 27/01/2004

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1/dez

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15/dez

22/dez

29/dez

5/jan

12/jan

19/jan

26/jan

2/fev

9/fev

16/fev

23/fev

1/mar

8/mar

15/m

ar

22/m

ar

29/m

ar

Acumulado de 3 dias  (mm)Votorantim (2003 ‐ 2004)

Deslizamento 27/01/2004

Figura 9 – Registros de chuva para o município de Votorantim-SP no período 2003-2004

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nos resultados obtidos, sugere-se a adoção de parâmetros operacionais mais conservadores, para a operação do PPDC, visando à mudança da faixa de valores de acumulados críticos de precipitação de 3 dias, de 80 a 120 mm, para 60 a 100 mm, de acordo com as diferentes regiões operadas pelo PPDC. Assim, busca-se que as ações de vistoria de campo, no nível de atenção, sejam antecipadas, de forma a se trabalhar com um fator de segurança maior na adoção das medidas preventivas preconizadas pelo PPDC.

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Tanto a intensidade da chuva quanto a precipitação acumulada, são fatores fundamentais na geração de eventos de escorregamentos, e dependem diretamente do histórico e da trajetória de umidade no terreno, nos dias que antecedem os deslizamentos. A ocorrência de eventos pluviométricos extraordinários e a ocorrência da perda de centenas de vidas humanas, como temos presenciado atualmente, traz consigo um alerta sobre até que ponto estes fatos poderiam ser minimizados ou evitados. Por outro lado, sabemos que a gestão do crescimento urbano de nossas cidades, com relação às características geológicas e geotécnicas dos terrenos ocupados, e os problemas associados não tem sido objeto de preocupação dos administradores de nossas cidades. Sendo assim, torna-se cada vez mais urgente a elaboração de cartas geotécnicas, cartas de risco, documentos indispensáveis a uma eficiente gestão do uso do solo pelos municípios. Além disso, os sistemas de monitoramento e alerta voltados às áreas de risco, à remoção de moradias em risco iminente, à capacitação de técnicos municipais e estaduais e ao treinamento das comunidades são ações fundamentais que devem ser mantidas, ampliadas e aperfeiçoadas, bem como aquelas preconizadas durante a operação do PPDC no Estado de São Paulo e objeto desse trabalho.

Agradecimentos Os autores agradecem à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil – CEDEC do Estado de São Paulo e às Coordenadorias Municipais de Defesa Civil pela cessão das informações utilizadas no presente trabalho. Agradecem também aos colegas do IG que participaram dos atendimentos emergenciais do PPDC realizados e utilizados neste trabalho.

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