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Dissertação de Mestrado CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA NO ALTO RIBEIRÃO DO CARMO/MG. Autora: Naiara de Lima Silva Orientador: Prof. Dr. Frederico Garcia Sobreira PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOTECNIA DA UFOP OURO PRETO - JUNHO DE 2014

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Dissertação de Mestrado

CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E

MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA NO

ALTO RIBEIRÃO DO CARMO/MG.

Autora: Naiara de Lima Silva

Orientador: Prof. Dr. Frederico Garcia Sobreira

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOTECNIA DA UFOP

OURO PRETO - JUNHO DE 2014

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CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE EMOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE

MASSA NO ALTO RIBEIRÃO DOCARMO/MG

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geotecnia do Núcleo de Geotecnia daEscola de Minas da Universidade Federal de OuroPreto, como parte integrante dos requisitos paraobtenção do título de Mestre em Geotecnia.

Esta dissertação foi apresentada em sessão pública e aprovada em 09 de junhode 2014, pela Banca Examinadora composta pelos membros:

Prof.Dr.~ G:;i-sObL (br /UFOP)

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Catalogação: [email protected]

S586c Silva, Naiara de Lima.

Correlação entre pluviosidade e movimentos gravitacionais de massa

no Alto Ribeirão do Carmo/MG [manuscrito] / Naiara de Lima Silva. –

2014.

114f.: il., color.; grafs.; tab.; mapas.

Orientador: Prof. Dr. Frederico Garcia Sobreira.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Ouro Preto.

Escola de Minas. Núcleo de Geotecnia - NUGEO.

Área de concentração: Geotecnia Ambiental.

1. Avaliação de riscos - Teses. 2. Mariana (MG) - Teses. 3. Ouro Preto

(MG) - Teses. 4. Precipitação (Meteorologia) – Teses. I. Sobreira, Frederico

Garcia. II. Universidade Federal de Ouro Preto. III. Título.

CDU: 624.131.537(815.1)

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“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor fosse feito.

Não sou o que deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era antes.”

(Marthin Luther King)

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DEDICATÓRIA

-

Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência,

mostrando-se sempre presentes em todos os momentos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus pela força para alcançar este objetivo, enfrentando todos meus

desafios;

À minha família (Aparecido, Deusa, Thales, Moab, Bruno, Anayara e Heitor) pelo

apoio e incentivo em tudo que me propus a fazer ao longo de minha vida. Vocês sempre

foram meu porto seguro e com certeza fizeram de mim um ser humano mais digno;

Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela orientação, confiança, amizade e

compreensão em momentos difíceis;

Aqueles que fizeram parte do grupo de pesquisa criado pelo professor Sobreira e de

alguma forma contribuíram para realização deste trabalho, Leonardo Souza, César

Barela; Marco Antônio Pedrosa e Tatiane Rangel;

Aos colegas de mestrado (Laís, Stefânia, Diego, Lucas, Sylvia, Evandro, Bruno) pelos

dois anos de companheirismo com muitos momentos divertidos passados juntos.

À Rebeca Bastos pela amizade inquestionável, os exemplos de vida, as longas

conversas, os conselhos e incentivos que representaram muito pra mim;

À todos os professores e funcionários do Programa de Pós-Graduação em Geotecnia,

pelo apoio e pela convivência e experiência compartilhada e aos componentes da banca

de qualificação e defesa, pelas contribuições;

À todos aqueles que foram fundamentais para o desenvolvimento desse trabalho. Jeanne

Castro e Leonardo Souza por me cederem os bancos de dados de seus trabalhos; ao

Batalhão do Corpo de Bombeiros de Ouro Preto e às Defesas Civis de Mariana e Ouro

Preto, pelo fornecimento dos cadastros dos movimentos de massa; e às Indústrias

Novelis do Brasil e Samarco Minerações, pela grande contribuição fornecendo os dados

pluviométricos, um dos principais para o desenvolvimento dessa pesquisa.

À CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela

concessão da bolsa durante o período de realização deste mestrado e ao Ministério das

Cidades pelo suporte financeiro, uma vez que este estudo se deu no âmbito do projeto

de pesquisa “Elaboração de cartas geotécnicas de aptidão à urbanização frente aos

desastres naturais no Município de Ouro Preto, MG.”

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RESUMO

A sub-bacia do alto do Ribeirão do Carmo, onde se situam as cidades de Ouro Preto e

Mariana, possui um vasto histórico de problemas de estabilidade geotécnica, devido às

suas características geológicas, geomorfológicas, climáticas e por conta do seu processo

de ocupação desordenada. Desta forma, este estudo objetivou elaborar uma metodologia

para investigação dos índices pluviométricos mais favoráveis à deflagração de

movimentos de massa nas encostas das áreas urbanas de Ouro Preto e Mariana. Para

realização do estudo foram selecionados casos de escorregamentos no período de 1989 a

2012, com base em boletins de ocorrência do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, bem

como os registros pluviométricos desse mesmo período. A análise foi realizada para a

região como um todo e, em seguida, a mesma se deu para cada cidade separadamente. A

investigação indicou que a chuva acumulada de seis dias é a que mais influencia na

deflagração dos escorregamentos. O valor mínimo de precipitação acumulada necessária

para provocar os acidentes na região foi estimado em 48,2mm/6 dias. O valor definido

como nível de atenção, ou valor com maior probabilidade de ocorrências de

escorregamentos, foi de 129mm/6 dias. Na análise individual das cidades, para Ouro

Preto foram considerados os valores 54,1mm/6 dias e 151,4mm/6 dias como valores

mínimos e de atenção, não sendo possível chegar a uma conclusão para Mariana. A

análise dos gráficos de correlação entre a pluviometria e os escorregamentos permitiu

determinar um limiar pluviométrico crítico para a região, combinando a intensidade

pluviométrica diária (mm/dia) com a pluviometria acumulada em 6 dias antecedentes

(mm/6d), com uma relação numérica PD = 11280PA-1,535

. A partir da análise individual

das cidades novos limiares pluviométricos foram definidos, porém confirmando a

influência mais efetiva da chuva acumulada de 6 dias na deflagração dos

escorregamentos. Para Ouro Preto a equação representativa da curva foi PD = 14076PA-

1,565 e para Mariana, PD = 30327PA

-1,805.

Palavras-chave: Escorregamentos, Pluviosidade, Ouro Preto, Mariana, Risco geológico-

geotécnico.

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ABSTRACT

The sub-basin of the high of Ribeirão do Carmo, where the towns of Ouro Preto and

Mariana are, located has a history of extensive geotechnical stability problems due to its

geological, geomorphological, climatic and the disordered process of occupation. Thus,

this study aimed to develop a methodology for investigating rainfall rates most suitable

to trigger mass movements on the slopes of the urban areas of Ouro Preto and Mariana.

To perform this study, cases of landslides in the period between 1989 and 2012 were

selected, based on reports of the Fire Brigade and Civil Defence as well as the

precipitations recorded in this period. The analysis was performed for the region as a

whole and then the same happened to both cities individually. The investigation

indicated that the six-day accumulated precipitation is the one that influences the most

the trigger of landslides. The minimum cumulative rainfall required to cause accidents

in the region was estimated to be 48.2mm/6 days. The value set as the attention level or

value with the highest probability of occurrence of landslides, was 129mm/6 days. In

the individual analysis of cities, for Ouro Preto values of 54.1mm/6 days and

151.4mm/6 days were set as minimum and attention level values respectively, it was not

possible to reach a conclusion for Mariana. Graphic analysis of the correlation between

rainfall and landslides has determined a critical threshold rainfall for the region,

combining the daily rainfall intensity (mm/day) with the accumulated rainfall in 6 days

antecedents (mm/6d), with a numerical relation PD = 11280PA-1,535

. From the

individual analysis of the cities new rainfall thresholds were defined, confirming that

the accumulated precipitation from 6 days is the one that most influence the trigger of

landslides. For Ouro Preto, the representative equation of the curve was PD = 14076PA-

1,565 and for Mariana PD = 30327PA

-1,805.

Keywords: Landslides, Rainfall, Ouro Preto, Mariana, geological and geotechnical risk.

.

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LISTA DE FIGURAS

CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Figura 2.1 - Mapa da sub-bacia do alto Ribeirão do Carmo. (Modificado de IBGE –

1:50.000, 1984 in Tavares, 2006). .................................................................................... 6

Figura 2.2 – Mapa geológico da sub-bacia do alto Ribeirão do Carmo, com as

formações indivisas. (Modificada de CPRM, 2004 in Tavares, 2006)........................... 10

Figura 2.3 – Casos típicos relativos à aplicação da Análise de Dupla Massa – (A) Dados

sem inconsistência; (B) Dados com mudança de tendência; (C) Dados com erro de

transcrição e (D) Dados de postos com diferentes regimes pluviométricos. (Tucci,

2002).. ............................................................................................................................. 28

Figura 2.4 – Gráfico de correlação entre a precipitação acumulada em 15 dias e a

precipitação diária na região de Hong Kong (Modificado de Lumb, 1975)................... 33

Figura 2.5 – Correlação entre o Pico de Precipitação Horária x Precipitação Diária para

Hong Kong (Modificada de Kay & Chen, 1995). .......................................................... 34

Figura 2.6 – Curva de Chuva Acumulada x Duração do Evento para Espanha

(Modoficado de Corominas & Moya, 1999).. ................................................................ 35

Figura 2.7 – Limiares empíricos de chuva (Modificado de Moreno et al., 2006 in

Aristizábal et al., 2010).. ................................................................................................ 38

Figura 2.8 – Carta de Periculosidade para o Rio de Janeiro (Guidicini e Iwasa, 1976 in

d‟Orsi, 2011).. ................................................................................................................. 40

Figura 2.9 – Envoltória de deslizamentos (Tatizana et al., 1987). ................................. 41

Figura 2.10 – Gráfico da chuva horária pela chuva acumulada de 96h para cada tipo de

movimento de massa (Modificado de d‟Orsi et al., 2000).. ........................................... 45

Figura 2.11 - Gráfico da chuva horária pela chuva acumulada de 96h para cada tipo de

movimento de massa (Modificado de d‟Orsi et al., 2000). ............................................ 45

Figura 2.12 – Curva de correlação entre precipitação diária e acumulada de cinco dias

para escorregamentos generalizados (Castro, 2006). ..................................................... 49

Figura 2.13- Gráfico de correlação entre ¨mm/h¨ e ¨mm/24h¨ (d‟Orsi, 2011).. ............. 52

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Figura 2.14 – Curva pluviométrica crítica para Região Serrana do Rio de Janeiro (Salles

& Amaral, 2013). ............................................................................................................ 53

Figura 2.15 – Envoltória de precipitação acumulada de 3 dias antecedentes com a

precipitação acumulada de 1 dia para o critério 3 (Molina et al., 2013). ....................... 55

CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA

Figura 3.1 – Planilha eletrônica com os dados dos laudos de vistoria das áreas onde

foram registrados os movimentos de massa, com representação parcial do cadastro. ... 61

Figura 3.2 – Exemplo de um diagrama de dispersão. ..................................................... 66

Figura 3.3 – Exemplo de um gráfico de correlação entre precipitação e escorregamentos.

........................................................................................................................................ 67

CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Figura 4.1 – Precipitação anual no período de 1988 a 2012........................................... 69

Figura 4.2 – Precipitação dos anos hidrológicos utilizados para correlação entre

pluviosidade e escorregamentos. .................................................................................... 70

Figura 4.3 – Precipitação média mensal no período de 1988 a 2012 ............................. 71

Figura 4.4 – Comparação das médias mensais dos dados da Novelis e Samarco de 1995

a 2012. ............................................................................................................................ 74

Figura 4.5 – Gráfico de correlação entre as médias mensais de precipitação das estações

da Novelis e Samarco. .................................................................................................... 74

Figura 4.6 – Método de Dupla Massa utilizado para as estações da Novelis e Samarco.

........................................................................................................................................ 75

Figura 4.7 – Localização dos municípios de Ouro Preto e Mariana e das estações

meteorológicas da Novelis e Samarco ............................................................................ 76

Figura 4.8 – Distribuição mensal do número de ocorrências de escorregamentos entre os

anos de 1989 e 2012 nas cidades de Ouro Preto e Mariana. .......................................... 77

Figura 4.9 – Distribuição anual do número de ocorrências de escorregamentos nas

cidades de Ouro Preto e Mariana. ................................................................................... 78

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Figura 4.10 – Distribuição anual do número de ocorrências de escorregamentos em

Ouro Preto. ..................................................................................................................... 79

Figura 4.11 - Distribuição anual do número de ocorrências de escorregamentos em

Mariana. .......................................................................................................................... 79

Figura 4.12 – Distribuição das ocorrências por bairro em Ouro Preto. .......................... 80

Figura 4.13 - Distribuição das ocorrências por bairro em Mariana. ............................... 81

Figura 4.14 – Distribuição das ocorrências de escorregamentos para os períodos

hidrológicos utilizados na correlação. ............................................................................ 83

Figura 4.15 – Gráficos de dispersão de precipitação acumulada (2, 3 e 4 dias). ............ 85

Figura 4.16 - Gráficos de dispersão de precipitação acumulada (5, 6 e 7 dias). ............ 86

Figura 4.17 – Gráfico de dispersão de seis dias de chuvas acumuladas para os anos de

1989/1990, 1990/1991 e 1991/1992. .............................................................................. 88

Figura 4.18 - Gráfico de dispersão de seis dias de chuvas acumuladas para os anos de

1995/1996, 1996/1997 e 1999/2000. .............................................................................. 89

Figura 4.19 - Gráfico de dispersão de seis dias de chuvas acumuladas para os anos de

2001/2002, 2002/2003 e 2005/2006.. ............................................................................. 90

Figura 4.20 - Gráfico de dispersão de seis dias de chuvas acumuladas para os anos de

2006/2007, 2010/2011 e 2011/2012.. ............................................................................. 91

Figura 4.21 – Gráfico de correlação entre precipitação diária e acumulada para 4 dias..

........................................................................................................................................ 97

Figura 4.22 – Gráfico de correlação entre precipitação diária e acumulada para 5 dias..

........................................................................................................................................ 97

Figura 4.23 – Gráfico de correlação entre precipitação diária e acumulada para 6 dias..

........................................................................................................................................ 98

Figura 4.24 – Gráfico de correlação entre precipitação diária e acumulada para 7 dias..

........................................................................................................................................ 98

Figura 4.25 – Curva de correlação entre precipitação diária e acumulada de 6 dias para

escorregamentos generalizados.. .................................................................................... 99

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Figura 4.26 – Curva de correlação entre precipitação diária e acumulada de 6 dias para

escorregamentos generalizados em Ouro Preto. ........................................................... 101

Figura 4.27 – Curva de correlação entre precipitação diária e acumulada de 6 dias para

escorregamentos generalizados em Mariana. ............................................................... 102

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LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Tabela 2.1 – Crescimento populacional de Ouro Preto e Mariana. .................................. 5

Tabela 2.2 – Características dos principais movimentos de encosta na dinâmica

ambiental brasileira (Augusto Filho, 1992). ................................................................... 24

Tabela 2.3 – Fatores deflagadores dos movimentos de encostas (Varnes, 1978). ......... 25

Tabela 2.4 – Agentes e causas dos escorregamentos (Guidicini & Nieble, 1976). ........ 25

Tabela 2.5 – Probabilidade de escorregamentos por zonas de precipitação (Modificado

de Kay e Chen, 1995). .................................................................................................... 34

Tabela 2.6 – Classificação dos eventos de escorregamentos por ocorrências (Almeida et

al., 1993). ........................................................................................................................ 42

Tabela 2.7 – Classes dos eventos de chuva (Modificado de d‟Orsi et al., 2000). .......... 44

Tabela 2.8 – Níveis do plano de monitoramento proposto (Salaroli, 2003). .................. 47

Tabela 2.9 – Dados dos acidentes analisados. ................................................................ 50

Tabela 2.10 – Critério de precipitação proposto (Molina et al., 2013). ......................... 54

CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Tabela 4.1 – Dados pluviométricos mensais (mm) da Novelis e Samarco para análise de

consistência. .................................................................................................................... 73

Tabela 4.2 – Ocorrências de escorregamentos da região (Ouro Preto e Mariana) nos

períodos hidrológicos. .................................................................................................... 82

Tabela 4.3 – Valor mínimo e de atenção de chuva para deflagração de escorregamentos

na sub-bacia do alto Ribeirão do Carmo (Ouro Preto e Mariana). ................................. 92

Tabela 4.4 – Valor mínimo e de atenção de chuva para deflagração de escorregamentos

no município de Ouro Preto. .......................................................................................... 96

Tabela 4.5 – Dados referentes aos pontos encontrados abaixo da curva de correlação

para acumulada de 6 dias. ............................................................................................. 101

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LISTA DE SÍMBOLOS, NOMENCLATURA E ABREVIAÇÕES

AC - Chuva acumulada

Aten.- Limite pluviométrico para Nível de Atenção

CEFET/OP - Centro Federal de Educação Tecnológica de Ouro Preto

CLOPAD - Comités Locales para la Prevención y Atención de Desastres

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDEAM - Instituto de Hidrología, Meteorología y Estudios Ambientales de Colombia

IGA - Instituto de Geociências Aplicadas

INMET - Instituto Nacional de Meteorologia

Min. - Valor Mínimo da Precipitação capaz de deflagrar escorregamentos

MinC - Ministério da Cultura

PA - Precipitação Acumulada em Seis Dias

PD - Precipitação Diária no Dia da Ocorrência

R² - Coeficiente de Determinação da Curva

SIATA - Sistema de Alerta Temprana Ambiental de la Ciudad de Medellín

SPHAN - Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

UFOP – Universidade Federal de Ouro Preto

UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

USA - United States of America

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LISTA DE ANEXOS

Anexo I – Gráficos de Dispersão para chuvas acumuladas de 2, 3, 4, 5 e 7 dias.

Anexo II – Ocorrências de escorregamentos utilizadas para análise de correlação.

Anexo III – Curvas de correlação para chuvas acumuladas de 4, 5 e 7 dias.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................... 1

1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................... 2

1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 2

1.1.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 2

1.2 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ..................................................................... 3

CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................... 5

2.1 ALTO RIBEIRÃO DO CARMO ........................................................................... 5

2.2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS ............................................................................. 7

2.1.1 Geologia .......................................................................................................... 7

2.1.1.1 Substrato Rochoso .................................................................................. 7

2.1.1.2 Depósitos de Cobertura .......................................................................... 8

2.1.2 Geomorfologia ............................................................................................... 11

2.1.3 Clima ............................................................................................................. 13

2.1.4 Hidrografia .................................................................................................... 13

2.1.5 Vegetação ...................................................................................................... 14

2.2 HISTÓRICO DA OCUPAÇÃO URBANA E PROBLEMAS DE

MOVIMENTOS DE MASSA NA ÁREA DE ESTUDO .......................................... 15

2.3 MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA E PRECIPITAÇÃO .......... 22

2.3.1 Movimentos de Massa ................................................................................... 22

2.3.2 Precipitação ................................................................................................... 26

2.3.2.1 Análise de Consistência dos Dados Pluviométricos ............................. 27

2.3.3 Precipitação versus Movimentos de Massa ................................................... 29

2.4 ESTUDOS DE CORRELAÇÃO ENTRE CHUVAS E MOVIMENTOS DE

MASSA ...................................................................................................................... 30

CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA ............................................................................. 57

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3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ................ 57

3.2 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ................................................ 58

3.2.1 Dados pluviométricos .................................................................................... 58

3.2.2 Dados sobre movimentos de massa ............................................................... 59

3.2.3. Análise de consistência dos dados pluviométricos ....................................... 62

3.2.4. Tratamento dos dados de movimentos de massa .......................................... 63

3.3 CORRELAÇÃO ENTRE PRECIPITAÇÃO E OS ESCORREGAMENTOS ..... 64

3.3.1. Análise do número de dias de chuva acumulada mais efetivo nos processos

de escorregamentos ................................................................................................ 65

3.3.2. Relação numérica entre pluviosidade e escorregamentos ............................ 66

CAPÍTULO 4 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............... 69

4.1. DADOS PLUVIOMÉTRICOS ........................................................................... 69

4.2. ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA DOS DADOS PLUVIOMÉTRICOS ............ 71

4.3. OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTOS DE MASSA ......................................... 77

4.4. CORRELAÇÃO ENTRE PRECIPITAÇÃO E OS ESCORREGAMENTOS .... 83

4.4.1. Análise do número de dias de chuva acumulada mais efetivo nos processos

de escorregamentos ................................................................................................ 84

4.4.2. Relação numérica entre pluviosidade e escorregamentos ............................ 96

4.4.3 - Discussão dos resultados ........................................................................... 102

CAPÍTULO 5 - CONCLUSÃO ................................................................................. 104

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 109

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CAPÍTULO 1

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Os movimentos gravitacionais de massa em regiões montanhosas são consequência da

própria dinâmica natural de evolução do meio físico. São os processos geodinâmicos

superficiais que mais afetam as cidades brasileiras, devido às características

geomorfológicas, geológicas, pedológicas e climáticas das mesmas. Somado a isto, a

própria atividade antrópica, por meio do uso e ocupação desordenada do solo, acelera

esse processo natural. Chuvas intensas e concentradas, encostas sem vegetação,

descontinuidades litológicas e pedológicas, assentamentos urbanos irregulares em

encostas íngremes são algumas das condições que podem acelerar os processos de

deslizamentos.

Dentro desse contexto, a precipitação tem sido o elemento climático que provoca as

transformações mais rápidas na paisagem no meio tropical e subtropical, sobretudo

durante o verão, em episódios de chuva concentrada, que ocorrem anualmente,

resultando em tragédias principalmente nas grandes cidades. No Brasil, a intensa

pluviosidade seguida de escorregamentos de encostas é frequente. Todos os anos novos

episódios se somam ao já volumoso registro histórico, que deixam como consequência

vítimas fatais, pessoas desabrigadas, danos materiais.

A relação entre movimentação de massa e chuvas intensas está associada ao aumento do

grau de saturação do solo, aumento do peso do solo ou, surgimento de pressões

hidrostáticas. A deflagração também pode ser ocasionada pelas condições que

antecedem o evento pluviométrico desencadeador, uma vez que há maior probabilidade

de ocorrência dos acidentes geológico-geotécnicos quando um forte evento chuvoso é

precedido por dias consecutivos de precipitação.

Tendo em vista que este é um problema de interesse técnico e social, em regiões de todo

o mundo, pesquisadores têm desenvolvido trabalhos sobre o tema, tentando estabelecer

uma correlação entre os índices pluviométricos e os movimentos de massa. Os métodos

desenvolvidos para estudar tal correlação, normalmente, procuram definir os limiares

pluviométricos críticos, máximos ou mínimos necessários para deflagrar os processos

de ruptura.

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Partindo do exposto, o alto do Ribeirão do Carmo, sub-bacia do alto Rio Doce, onde se

situam as cidades de Ouro Preto e Mariana, possui um vasto histórico de problemas de

estabilidade geotécnica. A região é caracterizada por um relevo acidentado, com

encostas íngremes e vales profundos e encaixados; aspectos geológicos favoráveis aos

processos de instabilização; possui um clima marcado pela alta pluviosidade, além de

sofrer com o efeito da ação antrópica. Todos esses condicionantes predispõem a área à

ocorrência de movimentos gravitacionais de massa.

Devido à gravidade desses problemas e da impossibilidade de eliminação do risco em

curto prazo, é imprescindível uma ação de convivência com os riscos através da

elaboração de planos preventivos por parte dos Órgãos competentes da região, com a

finalidade de reduzir as perdas de vidas humanas decorrentes dos acidentes. Para isto, se

fazem necessárias medidas de prevenção, por meio de acompanhamento dos parâmetros

chuva acumulada e intensidades pluviométricas diárias capazes de deflagrar os

deslizamentos. O monitoramento desses parâmetros constitui, atualmente, o melhor

método para a avaliação da probabilidade de ocorrência dos escorregamentos.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

O objetivo deste estudo é correlacionar a precipitação com a ocorrência dos movimentos

de massa nas encostas da bacia do alto Ribeirão do Carmo, com ênfase nas áreas

urbanas de Ouro Preto e Mariana, a fim de estabelecer parâmetros para a previsão de

escorregamentos decorrentes de precipitações diárias e acumuladas. A partir de então

será possível monitorar os índices pluviométricos capazes de desencadear os

escorregamentos, constituindo uma ferramenta preventiva importante capaz de

minimizar os danos provocados pelos deslizamentos.

1.1.2 Objetivos Específicos

Para alcançar o objetivo principal, serão desenvolvidas atividades e metas específicas,

apresentadas a seguir:

Levantamento histórico das ocorrências de escorregamentos em encostas;

Levantamento dos dados meteorológicos da área;

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Determinação da relação numérica entre precipitação diária e acumulada e

os movimentos de massa;

Definição dos limiares pluviométricos críticos capazes de deflagrar os

escorregamentos nas cidades de Ouro Preto e Mariana.

1.2 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

O trabalho foi desenvolvido em cinco capítulos e três anexos, que descrevem todas as

informações coletadas, os procedimentos adotados e resultados produzidos na presente

pesquisa. A estruturação deste estudo, objetivando um melhor entendimento e análise

do mesmo, se encontra resumidamente descrita a seguir.

No Capítulo 1 são apresentadas uma introdução geral do tema com a motivação e

objetivo da dissertação e uma breve explanação do conteúdo de cada capítulo deste

estudo.

O Capítulo 2 apresenta uma revisão bibliográfica dos vários assuntos relacionados à

pesquisa. Inicialmente foram descritas as características fisiográficas da área, objeto de

estudo, destacando-se aspectos de geologia, geomorfologia, clima, vegetação e

hidrografia. Também foi realizada uma narrativa sucinta sobre o histórico de

desenvolvimento da região e sua relação com os problemas enfrentados no que diz

respeito à estabilidade geotécnica. Em seguida, foi apresentada uma discussão sobre

conceitos gerais e principais terminologias aplicadas aos diferentes tipos de movimentos

gravitacionais de massa e à precipitação, e a associação entre os mesmos. Por último,

reuniram-se estudos sobre correlação entre pluviosidade e movimentos de massa,

realizados no Brasil e no mundo, objetivando entender as principais metodologias

desenvolvidas nos diversos trabalhos existentes.

O Capítulo 3 expõe a metodologia proposta de trabalho, ajustada e adaptada das

diversas metodologias abordadas previamente no contexto do Capítulo 2, sendo

descritos todos os procedimentos de aquisição de dados, tratamento e a interpretação

dos produtos da pesquisa.

O Capítulo 4 apresenta os resultados obtidos no estudo e a análise destes. Este capítulo

se dedica ao tratamento dos dados utilizados para o estudo de correlação e às análises

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entre as chuvas e os escorregamentos na área, apresentando os resultados relativos aos

limiares pluviométricos críticos da região estudada.

O Quinto Capítulo descreve as conclusões obtidas a partir dos resultados encontrados,

as sugestões para pesquisas futuras e as recomendações para a prevenção dos acidentes

relacionados aos movimentos de massa nos munícipio de Ouro Preto e Mariana.

O Anexo I apresenta os gráficos de dispersão para chuvas acumuladas de 2, 3, 4, 5 e 7

dias que não foram apresentados no Capítulo 4. Já no Anexo II consta a relação dos

dados das ocorrências utilizadas para correlação entre a pluviosidade e os

escorregamentos. O Anexo III mostra as curvas de correlação da chuva diária com a

chuva acumulada para 4, 5 e 7 dias geradas para as duas cidades simultaneamente e para

cada uma delas individualmente.

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CAPÍTULO 2

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ALTO RIBEIRÃO DO CARMO

A região de estudo, abrange as zonas urbanas das cidades de Ouro Preto e Mariana,

situadas na sub-bacia do alto Ribeirão do Carmo, um importante tributário do alto Rio

Doce. Dentre as cidades inseridas nesta bacia, Ouro Preto, declarada Patrimônio

Cultural da Humanidade pela UNESCO e Mariana, primeira capital do Estado de Minas

Gerais e Patrimônio Nacional, são consagradas mundialmente. Segundo dados do Censo

Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE os municípios de Ouro Preto e Mariana têm

uma população de 70.281 e 54.219 habitantes, respectivamente. A Tabela 2.1 mostra o

crescimento populacional para as duas cidades do período de 1991 a 2010.

Tabela 2.1 – Crescimento populacional de Ouro Preto e Mariana

Ano Ouro Preto Mariana

1991 62.514 38.180

1996 61.350 39.851

2000 66.277 46.710

2007 67.048 51.693

2010 70.281 54.219

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A bacia localiza-se na região central do estado de Minas Gerais, distando

aproximadamente 100 km da capital Belo Horizonte, na porção sudeste do Quadrilátero

Ferrífero. O acesso principal a partir da capital é feito no sentido Rio de Janeiro, RJ pela

rodovia federal BR 040 até o entroncamento com a rodovia dos Inconfidentes, BR 356

seguindo até Ouro Preto, limite oeste da área estudada. Outro percurso pode ser feito a

partir de Vitória, ES pela rodovia BR 262, até o entroncamento com a rodovia MG 262

no município de Rio Casca, MG seguindo até Mariana, limite leste da área estudada. A

área de toda a bacia é igual a 134,3 km2, tendo as malhas urbanas de Ouro Preto e

Mariana 13,9 km2 e 6,3 km

2 respectivamente. A Figura 2.1 mostra a sub-bacia do alto

Ribeirão do Carmo, com a localização das áreas urbanas, hidrografia e vias de acesso.

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Figura 2.1 – Mapa da sub-bacia do alto Ribeirão do Carmo.(Modificado de IBGE - 1:50.000, 1984 in Tavares, 2006).

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2.2 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS

2.1.1 Geologia

A sub-bacia do Alto Ribeirão do Carmo situa-se na borda leste do Quadrilátero

Ferrífero, próximo à transição para o embasamento, ocupando o flanco sul e a zona de

charneira da estrutura regional, conhecida como Anticlinal de Mariana. As litologias

caracterizam-se por apresentarem foliação metamórfica marcante, descontinuidades

planares e estando as rochas aflorantes, geralmente, muito alteradas (Tavares, 2006).

2.1.1.1 Substrato Rochoso

Os litotipos encontrados são representados por:

• Grupo Nova Lima: Representado por rochas metavulcânicas e

metassedimentares clásticas. Na borda da cidade de Mariana os xistos apresentam alto

grau de alteração e os afloramentos menos alterados ocorrem no núcleo do antiforme

(CPRM, 1993). Os xistos são muito susceptíveis a escorregamentos superficiais

(Sobreira, 2000).

• Grupo Caraça: Grupo essencialmente plataformal e marinho de águas rasas,

representado respectivamente, pelas Formações Moeda e Batatal. A Formação Moeda é

constituída quase que integralmente por quartzitos sericíticos de granulação fina a

grosseira e a Formação Batatal composta por filitos/xistos sericíticos e grafitosos (Dorr

II, 1969 in Souza, 2004). Os quartzitos tendem a apresentar xistosidade bem definida,

permitindo o desmonte sob a forma de placas. Os filitos constituem feições limitadas,

mas relevantes no contexto geológico-geotécnico da área por se tratar de formações

praticamente impermeáveis (Fontes, 2011).

• Grupo Itabira: Representado por duas formações: Cauê e Gandarela. A

Formação Cauê é constituída de itabiritos com intensidade variável de intemperização,

sendo que, em casos extremos ocorre a formação de crosta ferruginosa. A estrutura mais

marcante nos itabiritos é a alternância de lâminas milimétricas a centimétricas de

quartzo e óxidos de ferro (hematita, magnetita, martita, limonita, etc). O contato da

Formação Cauê com a Formação Gandarela é gradacional. A Formação Gandarela é

constituída, predominantemente, por dolomitos e mármores dolomíticos de cor creme a

cinza escuro, muitas vezes bandados e localmente intercalados com níveis de óxidos de

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ferro. Quando alterado, o mármore resulta em uma rocha castanho escuro possibilitando

a identificação de falhas e fraturas, as quais permitem a atuação de agentes

intempéricos, promovendo a formação de materiais de alteração ao longo das

descontinuidades (Naline, Jr 1993 in Oliveira, 2010).

• Grupo Piracicaba: Representado por quatro formações: Cercadinho, Fecho do

Funil, Taboões e Barreiro. A Formação Cercadinho, unidade basal, é caracterizada pela

presença de quartzito ferruginoso de cor cinza esbranquiçado intercalado com níveis de

filito prateado hematítico. A Formação Fecho do Funil é identificada por filitos, filitos

dolomíticos e clorita xistos em contato gradacional com a Formação Cercadinho. O

contato superior com as formações Taboões e Barreiro é abrupto. A Formação Taboões

é de expressão limitada na área, representado por um quartzito muito fino

interestratificado com a Formação Barreiro (Naline Jr., 1993 in Oliveira, 2010),

caracterizada por filito preto grafitoso, intercalado, muitas vezes, com xisto

avermelhado e sempre bastante decomposto.

• Grupo Sabará: Constituído por rochas bastante alteradas representadas por

filitos, xistos e quartzitos com a coloração variando nos tons avermelhados, amarelados

e acinzatados (Noce, 1995 in Tavares, 2006). Os xistos da Formação Sabará encontram-

se bastante fraturados e dobrados, apresentando desde pequenas dobras apertadas sem

direção preferencial a amplos arqueamentos (Sobreira, 2000). Embora alterados, tendem

a apresentar maciços com comportamento geotécnico muito favorável (Fontes, 2011).

• Grupo Itacolomi: Ocorrendo no limite sul/sudoeste da bacia e constituído por

quartzitos de granulação grossa, metaconglomerados e níveis centimétricos de filitos

(Guimarães, 1931 in Tavares, 2006), sotoposto discordantemente sobre as rochas do

Grupo Sabará.

2.1.1.2 Depósitos de Cobertura

Os depósitos sedimentares cenozóicos são representados por aluviões e colúvios com

matacões de minério de ferro e canga (Maizatto, 1993 in Tavares, 2006). Sobreira

(2000) e Souza (2004) detalharam os depósitos de coberturas, representados por

terrenos aluviais, coluviais, tálus e canga que ocorrem na bacia.

• Depósitos Aluviais: São os depósitos recentes que formam a planície de

inundação do ribeirão do Carmo e seus afluentes. São constituídos de areias, cascalhos e

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argilas, depositadas por processos fluviais e por atividades antrópicas, principalmente a

mineração. Um perfil típico do aluvião do ribeirão do Carmo é constituído da base para

o topo, por um solo argilo-arenoso, sedimentos arenosos compostos de areia média a

fina, com grande quantidade de magnetita e hematita, e cascalho, constituído por

fragmentos de quartzo e itabirito.

• Colúvios: Resultante do processo contínuo de acumulação de fragmentos

minerais trazidos das cotas mais altas por gravidade e pela água de escoamento

superficial, durante as épocas de chuvas intensas. O material apresenta textura

homogênea e cor avermelhada, às vezes com grande quantidade de fragmentos

angulosos de quartzo. São também frequentemente observadas linhas de pedras.

Geralmente recobrem os xistos do Grupo Sabará. Difere do depósito de tálus quanto à

dimensão reduzida dos fragmentos imersos na matriz homogênea de cor avermelhada.

• Tálus: O depósito de tálus marcante ocorre no sopé da Serra do Itacolomi, no

limite sul da zona urbana de Mariana, sendo resultado da acumulação de fragmentos de

rochas desprendidos da Unidade Itacolomi por efeito da gravidade. A composição

textural é bem heterogênea, com grande número de blocos rochosos de tamanhos e

litologias variadas, imersos numa matriz argilo-siltosa. Quase toda extensão desta

unidade foi ocupada e vem sendo ocupada rapidamente nos últimos anos, sendo a

principal frente de expansão da malha urbana de Mariana.

• Canga: A canga recobre as rochas das formações ferríferas. É resultado do

processo de remoção de sílica por lixiviação da unidade ferrífera com consequente

enriquecimento do solo em ferro e alumina. O acúmulo de fragmentos detríticos imersos

em uma matriz ferruginosa cria uma cobertura resistente aos processos erosivos.

O mapa da Figura 2.2 mostra a geologia da sub-bacia, representada pelo substrato

rochoso e depósitos de coberturas.

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Figura 2.2 – Mapa geológico da sub-bacia do alto Ribeirão do Carmo, com as formações indivisas. (Modificado de CPRM, 2004 in Tavares, 2006).

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2.1.2 Geomorfologia

As estruturas geológicas locais condicionam os traços do relevo. As vertentes possuem

declividades acentuadas e os vales são profundos e encaixados. As serras do Itacolomi e

a de Ouro Preto são os elementos geomorfológicos que sobressaem como divisores da

bacia. As altitudes variam de 1.400m nos topos da serra de Ouro Preto a 700m na

porção basal que se encontra no final da área, a jusante, delimitada para este estudo

(Sobreira e Fonseca, 2001). Souza (2004), adotando como referência o trabalho de

Sobreira (2000), define seis unidades principais de relevos na bacia para o município de

Mariana, descritas a seguir:

• Unidade Planícies Aluviais: Declives inferiores a 8% e altitudes próximas aos

700m, com distribuição espacial condicionada pelos principais cursos d‟água. As

planícies são as zonas de aporte de materiais provenientes dos relevos mais elevados,

comportando nesse caso, principalmente sedimentos da fração silte, areia e cascalho.

• Unidade Relevos Suaves: Possui declives suaves com gradientes de 10 a 20% e

altitudes variando de 700 a 750m. Corresponde à transição entre as planícies aluviais e

as unidades vertentes e colinas, representando muitas vezes o sopé das mesmas.

• Unidade Relevos de Rampa: Abrange declividades não muito acentuadas,

predominando gradientes entre 8 e 30%. Representada pelo depósito de tálus que forma

uma rampa coluvionar nas bordas da Serra do Itacolomi.

• Unidade Relevo de Vales Encaixados: Representa as linhas de drenagem

profundas instaladas em vales com declividades superiores aos 45%. Ocorre

disseminada na área, em altitudes e litologias variadas. Estas áreas são importantes por

comportarem, durante os períodos de chuva, um grande fluxo de água, cuja intensidade

pode vir a provocar corridas de lama e detritos, quando associados a movimentos de

massa deflagrados em suas cabeceiras e vertentes.

• Unidade Colinas: Representada por faixas de direção aproximadamente norte-sul

em transição com as unidades morfológicas planícies aluviais, relevos suaves e relevos

escarpados. As altitudes variam de 830 a 870m, com superfície ondulada ou levemente

ondulada, com o topo aplainado. Os declives se encontram na faixa de 20% a 40% e

diminuem em direção ao topo (até < 8%).

• Unidade Relevos Escarpados: Distribui-se espacialmente na porção oeste da

zona urbana abrangendo a grande estrutura antiformal e a leste, na transição entre as

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rochas que compõem o Supergrupo Minas e o Supergrupo Rio das Velhas. A oeste

ocorrem as maiores altitudes, com valores variando de 1000 aos 1200m. Quanto à

declividade, possui valores médios de 40% a 70%, podendo chegar a declives

superiores aos 100%. Esta unidade destaca-se pelos processos geodinâmicos

superficiais instalados, ocorrendo feições erosivas, ravinamentos, voçorocas pretéritas,

movimentos localizados de rastejo e, principalmente, escorregamentos.

Para o município de Ouro Preto, Fontes (2011) contextualiza a morfologia buscando

sintetizar as principais formas do relevo e delimita as cinco principais unidades,

descritas abaixo:

• Relevo de Serra: Representa as porções do território com altitudes superiores a

1400m e declividades acentuadas, geralmente superiores a 100%, com formação de

„paredões‟ rochosos que culminam em cristas ou plataformas que se destacam na

paisagem. A estruturação geológica condiciona a rede de drenagem.

• Relevo Escarpado a Montanhoso: As elevações alongadas com vertentes

íngremes e topos em crista são as feições mais marcantes. As altitudes encontram-se

entre 1200 e 1400m, com desníveis dos topos para os fundos dos vales entre 200 e

300m. As declividades ocorrem predominantemente na faixa entre 40% e 90%.

• Relevo Ondulado: Embora ocorram altitudes superiores a 1200m, na porção sul

da área urbana da cidade, os desníveis dos topos para os vales são menores que aqueles

registrados na unidade Relevo Escarpado. Os declives ocorrem na faixa de 20% a 40%

nas pendentes, assumindo valores menores em direção ao topo. O padrão de drenagem é

essencialmente dendrítico. Representa a morfologia mais marcante dentro do território

urbano da cidade de Ouro Preto, juntamente com o relevo escarpado.

• Relevo Suave-Ondulado: Predominam declives inferiores a 20%. A baixa

declividade, conseqüência de um desnivelamento entre o topo e os vales da ordem de

dezenas de metros, reflete as elevações típicas do planalto dissecado, severamente

erodido posteriormente, formando conjunções de morros com vertentes mais suaves que

as unidades anteriores. O padrão de drenagem típico é o dendrítico.

• Relevo de Planalto: Apresentam declividades inferiores a 10% e altitudes

variadas, sendo típicas dos platôs e bordas mais niveladas dos morros e alteamentos,

como resultado da exposição e manutenção de rochas mais resistentes aos processos

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erosivos (tipicamente chapadas de canga). A drenagem é rarefeita e sem um padrão

definido.

2.1.3 Clima

As características básicas são de um clima tropical de montanha, onde a baixa latitude é

compensada pela altitude e conformação orográfica regional (Carvalho, 1982).

Seguindo a classificação climática de Koppen, a região onde a bacia está inserida está

enquadrada em dois tipos climáticos, sendo estes Cwa e Cwb. Ambos são marcados

pela elevada pluviosidade, com maior concentração entre os meses de outubro e março

(IGA, 1995). O tipo Cwa predomina nas partes menos elevadas, com verões úmidos e

quentes, sendo o índice pluviométrico médio anual de 1.100 - 1.500mm, estação seca

curta e temperatura média anual entre 19,5 - 21,8ºC. O tipo Cwb predominante nas

porções mais elevadas caracteriza-se por verões brandos, temperatura média anual mais

baixa (17,4 - 19,8ºC) e média do mês mais quente próxima a 22ºC.

Segundo Castro (2006) a cidade de Ouro Preto possui alta pluviosidade, concentrada

principalmente entre os meses de outubro e março, representando 87% da precipitação

anual. O regime pluviométrico apresenta uma média anual de 1.620mm de acordo com

a série histórica de precipitação de 1988 a 2012 da estação meteorológica da Indústria

Novelis, localizada no Bairro Saramenha, em Ouro Preto. Já no munícipio de Mariana,

de acordo com Souza (2004), os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são os que

registram as maiores precipitações, com o índice médio pluviométrico anual na faixa

dos 1.800mm.

2.1.4 Hidrografia

A Serra de Ouro Preto é considerada um divisor de águas das bacias hidrográficas do rio

Doce e do São Francisco. O Ribeirão do Carmo, uma das sub-bacias e nascentes do rio

Doce, drena a região de Ouro Preto e Mariana até o município de Ponte Nova em Minas

Gerais, quando conflui com o rio Piranga para formar o rio Doce (Silva, 2013).

A sub-bacia do alto Ribeirão do Carmo estende-se desde a região a oeste de Ouro Preto,

até o distrito de Bandeirantes, em Mariana. Tem sua nascente o córrego Tripuí, a oeste

da área urbana de Ouro Preto e como principais formadores, além do Tripuí, os

córregos: Funil e Marzagão. Em seu trecho médio a bacia é bem encaixada entre as

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serras de Ouro Preto e do Itacolomi, tendo como contribuintes pequenos cursos d‟águas.

Na porção final, na região de Mariana, a bacia se espraia e tem como contribuintes os

córregos: Canelas, Matadouro, Seminário e Catete. A sub-bacia do córrego Canelas é a

de maior extensão, correndo pelo flanco norte da estrutura anticlinal (Tavares, 2006).

O padrão de drenagem é dentrítico, com alguns cursos condicionados estruturalmente.

A declividade dos cursos é mais acentuada a oeste (região de Ouro Preto e Passagem de

Mariana), sendo os cursos encaixados e sem planícies de inundação mais extensas. Na

região de Mariana os declives dos cursos são mais suaves e os vales são mais abertos,

com o ribeirão formando uma grande planície, já totalmente ocupada pela malha urbana

(Tavares, 2006).

De acordo com Corrêa (2006), grande parte da vegetação na área foi devastada pela

mineração e pela construção de ferrovias. Ao longo do curso do Ribeirão do Carmo

encontram-se vários garimpos que, juntamente, com os depósitos antigos de rejeitos de

mineração, vem assoreando e modificando o ribeirão e formando áreas degradadas. A

contaminação natural ou antrópica de suas águas por metais pesados como o arsênio é

um assunto de grande importância pública.

2.1.5 Vegetação

A cobertura vegetal nativa da região insere-se nos domínios da Floresta Pluvial

Montana e dos Campos Quartzitícos (campo rupestre) (Rizzini, 1997). Segundo Corrêa

(2006), as florestas pluviais montanas revestem as serras entre 800 e 1700m de altitude

e encontram-se sobre a paisagem caracteristicamente formada por morros de contorno

hemisférico. Os campos quartizíticos são próprios dos afloramentos rochosos e

apresentam uma vegetação herbácea e arbustiva típica com algumas espécies formando

habitats marginais onde formações arbóreas baixas, dominadas por uma ou duas

espécies parecem corresponder a uma comunidade vegetacional limitada por condições

edáficas, e de característica transicional entre os campos e as matas.

É comum a presença de áreas desmatadas, resultantes de diversas atividades, como

instalações de minerações, implantação de núcleos urbanos e obras de engenharia de

grande porte (barragens, pontes, etc.). Algumas destas áreas foram reflorestadas, em

geral por eucaliptos e não por vegetação nativa (Souza, 1996). De acordo com Souza

(2004), o plantio de eucalipto estende-se pelos municípios de Mariana e Ouro Preto com

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a finalidade principal de recuperação de áreas degradadas pela mineração, sendo

utilizada, também, para produção de carvão vegetal, comum na região de Bento

Rodrigues.

2.2 HISTÓRICO DA OCUPAÇÃO URBANA E PROBLEMAS DE

MOVIMENTOS DE MASSA NA ÁREA DE ESTUDO

A história da ocupação das cidades de Ouro Preto e Mariana está relacionada à

descoberta de ouro no final do século XVII. As cidades localizadas nos contrafortes da

Serra de Ouro Preto foram fundadas e se desenvolveram a partir da descoberta de

abundantes depósitos de ouro aluvionar nesse mesmo período (Tavares, 2006).

Mariana, inicialmente conhecida como Ribeirão do Carmo, foi a primeira cidade

surgida por efeito das expedições de bandeirantes em busca do ouro em Minas Gerais.

Acampados às margens do ribeirão do Carmo, os bandeirantes perceberam ser o mesmo

riquíssimo em ouro aluvionar, tomando posse e nele iniciando a mineração. Neste local,

com o crescente movimento da mineração, surgiu o Arraial do Carmo, sede do governo

que se consolidou e em abril de 1711 foi elevado à categoria de vila, qualificando-o

como principal centro urbano da província. Mais tarde, em 1745 a vila foi elevada a

categoria de cidade, ganhando o nome de Mariana.

O descobrimento do sítio em que surgiu a Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto constitui

acontecimento igualmente ligado ao descobrimento das minas de ouro no córrego do

Tripuí. O início do povoamento se deu com a formação de vilarejos e arraiais que foram

agrupados e elevados a categoria de Vila Rica em julho de 1711, sendo escolhida como

capital de Minas Gerais. Em 1823, Vila Rica passa para a categoria de cidade,

recebendo o nome de Ouro Preto.

O auge da corrida do ouro ocorreu durante os primeiros quartéis do século XVIII, com

intensas atividades mineradoras subterrâneas e a céu aberto, em vales e encostas,

principalmente na Serra de Ouro Preto (Sobreira e Fonseca, 2001). No auge do ciclo do

ouro, instalou-se um rico conjunto arquitetônico, de forma geral corretamente

implantado no meio físico. Entretanto, nas encostas adjacentes, iniciavam-se processos

de ocupações simultaneamente desordenadas, oriundos da extração de ouro e da

instalação da população de baixa renda (Souza, 1996).

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No final do século XVIII a produção do ouro entra em declínio e a posterior

transferência da capital do estado para Belo Horizonte acarreta numa estagnação do

desenvolvimento da região, sendo retomado apenas em 1950 com as atividades de

mineração de ferro e outros minérios, além da implantação de algumas indústrias na

região.

Segundo Sobreira e Fonseca (2001), no final da década de 60, devido à retomada do

desenvolvimento da região pela atividade mineira, o crescimento da população e a

consequente necessidade de criação de novas áreas urbanas não foram acompanhadas

por planejamento prévio adequado, originando uma expansão caótica da malha urbana.

Em função disto, vários locais onde se desenvolveram atividades de mineração no

passado, com características morfológicas e geotécnicas desfavoráveis, foram ocupadas,

gerando assim um quadro problemático no que se refere à segurança da população e das

estruturas.

Na década de 80, a cidade de Mariana retomou o crescimento acelerado, após a

instalação das mineradoras CVRD, SAMARCO e SAMITRE, tendo o número de sua

população triplicado. As atividades ligadas ao turismo também ganharam força se

tornando uma importante fonte de renda para o município. Em Ouro Preto também

ocorreu um crescimento populacional considerável, devido ao crescimento das

indústrias siderúrgicas e mineradoras da região.

Na década de 1990 o crescimento populacional foi menos expressivo, no entanto, o

desenvolvimento gerado pela industrialização, turismo e a expansão dos centros

acadêmicos, continuaram a favorecer processos de ocupação das áreas periféricas, e

consequentemente desencadeando problemas geológicos-geotécnicos provenientes da

ocupação desordenada que perduram até os dias de hoje

Oliveira (2010) cartografou as direções dos movimentos populacionais em Ouro Preto a

partir de 1950 até 2004. A cidade, centro político, econômico e educacional evoluiu

sobre condições físicas de relevo muito especiais, vales encaixados e encostas íngremes,

rochas bastante alteradas. A ocupação sem planejamento resultou na inobservância dos

métodos técnicos de construção e de utilização adequada do meio físico. Os

procedimentos utilizados indicaram dez áreas com tendências a expansão urbana na

cidade, que foram posteriormente analisadas utilizando informações geológicas,

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geomorfológicas e geotécnicas. Identificaram-se setores aptos a expansão enquanto

outros onde essa expansão deve ser controlada ou mesmo proibida.

Para Souza (2004), as modificações hidrológicas, hidrogeológicas e geomorfológicas,

em especial aquelas decorrentes da ocupação e/ou urbanização, são muitas vezes as

principais causas da ativação dos processos geodinâmicos, acelerando e ampliando os

processos de instabilização. Afirma ainda que, quanto mais recente é a ocupação, mais

sujeita estará a problemas provenientes do risco geológico, devido à falta de

investimento em contenções, impermeabilizações, etc, pelos moradores, e pela

precariedade de infraestrutura instalada.

Devido ao número expressivo de movimentos de massa decorrentes da ocupação

predatória dos terrenos ao longo da história, diversos estudos foram realizados na região

abordando a relação entre a ocupação desordenada da área e os problemas de

instabilidade geológica-geotécnica.

Segundo Pinheiro et al. (2004), o primeiro plano de crescimento de que se tem notícia

na região foi elaborado e proposto pelo arquiteto português Viana de Lima para Ouro

Preto e propunha o crescimento fora da área urbana existente, no entanto, o mesmo

nunca foi implementado. Ainda segundo os autores em 1975, a Fundação João Pinheiro

elaborou o Plano de Conservação, Valorização e Desenvolvimento de Ouro Preto e

Mariana, documento este que contou com a participação de vários especialistas

reconhecidos nacionalmente, mas que novamente não foi seguido.

A Tecnosolo (1979) foi responsável pela produção de um inventário de movimentos de

massa ocorridos em Ouro Preto decorrentes da chuva intensa que assolou a cidade no

mesmo ano e provocou grandes perdas como destruição de muitas casas, obstrução de

ruas e danos a monumentos históricos. Juntamente com o inventário, foram executados

diversos estudos e obras de contenção.

Após as chuvas de 1979, um importante trabalho de ordenamento territorial da cidade

foi elaborado por Carvalho (1982). A Carta Geotécnica de Ouro Preto aborda as

características geológico-geotécnicas locais de forma qualitativa. A combinação da

qualidade do terreno obtida por meio da análise da situação geológica-geomorfológica,

estado de alteração e estrutura geológica, com as declividades existentes produziu um

mapa de risco com três classes distintas (baixo, moderado e alto risco). Apesar de

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completo, este documento importante foi pouco utilizado e o crescimento desordenado

da cidade continuou sem levar em consideração as recomendações da Carta.

Sobreira (1989) aponta os pontos críticos da cidade de Ouro Preto em termos de

estabilidade geotécnica e destaca a relação entre os movimentos de massa e as

características geológicas, geomorfológicas e climáticas. No trabalho são apontados

alguns bairros com necessidade de estudos mais detalhados, sendo estes o Veloso (atual

São Cristóvão), São João, Piedade, Alto da Cruz e Padre Faria. No mesmo ano, a

população da cidade volta a sofrer as consequências da falta de planejamento e é afetada

por novas ocorrências de movimentos de massa deflagrados pela elevada precipitação

no período.

Novos estudos são então desenvolvidos devido à necessidade do levantamento das áreas

mais instáveis e afetadas pelas fortes chuvas. O convênio firmado ente a UFOP e o

MinC/SPHAN resultou em dois relatórios que abordaram a questão das áreas de risco

geológico e as soluções estruturais para contenção de encostas da cidade (Sobreira,

1990; Sobreira et al., 1990).

Sobreira (1990) descrevendo a situação da cidade após as chuvas de 89 divide a mesma

em domínios distintos a partir de critérios morfológicos e, em segundo plano,

geológicos, e analisa os problemas de cada um desses domínios. De acordo com o autor,

as condicionantes geológicas, geomorfológicas e climáticas desfavoráveis somam-se

aos problemas da má utilização do meio, originando os acidentes. Os principais

problemas identificados na cidade foram: ocupação de áreas de risco geológico,

ocupação inadequada e predatória do meio, bota fora e aterros clandestinos, desmontes e

terraplanagens clandestinos, feições e processos erosivos ativos e péssimo padrão

construtivo.

No mesmo ano Sobreira et al. (1990) definem algumas soluções estruturais para

contenção de encostas em Ouro Preto com base nas particularidades de cada área

analisada. A metodologia empregada consistiu de várias visitas de campo, das quais

resultaram anotações em cadernetas, lançamentos em mapas das ocorrências e

documentação fotográfica. No trabalho foi proposta ainda uma metodologia para

enfrentamento dos problemas das encostas da cidade que, resumidamente consistia em:

cadastramento detalhado das áreas de risco; criação de um setor de geotecnia;

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desenvolvimento de um programa de investigação do comportamento geotécnico das

litologias das encostas de Ouro Preto e definição do modelo de crescimento da cidade.

Em seu trabalho, Souza (1996) produziu documentos cartográficos para Ouro Preto

referente ao mapeamento geotécnico da cidade visando analisar a susceptibilidade aos

movimentos de massa e processos correlatos. A autora constatou que os principais

problemas concentram-se nas regiões de minerações abandonadas e de encostas

ocupadas desordenadamente. Foram gerados mapas de documentação de substrato

rochoso, de materiais inconsolidados, de feições de movimentos de massa e processos

correlatos e as cartas de declividade e zoneamento – susceptibilidade aos movimentos

de massa e processos correlatos.

Bonuccelli (1999) apresenta em seu trabalho resultados obtidos no estudo dos

movimentos gravitacionais de massa e processos correlatos na área urbana de Ouro

Preto - MG, na escala 1:10.000. A autora executou um levantamento dos diferentes

tipos de processos e os atributos que influenciaram sua ocorrência para Ouro Preto,

assim como o cadastro das ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros relacionado

a esses fenômenos para o período de 1988 a 1998. Os principais tipos de processos

registrados na área urbana foram classificados como complexos, escorregamentos e

erosões, predominantemente ativos, com profundidades inferiores a 10m. Já os

principais atributos predisponentes foram a declividade e o substrato rochoso, sendo que

o tipo de uso do solo e a pluviosidade formam os principais fatores modificadores e

deflagradores.

Sobreira (2000) abordou a suscetibilidade à ocorrência de processos geodinâmicos

superficiais e os riscos consequentes no município de Mariana, em termos qualitativos.

Utilizando cartografia e análise dos aspectos geológicos de interesse, caracterização

geotécnica dos materiais ocorrentes, análise dos aspectos geomorfológicos chegou-se a

uma carta de suscetibilidade aos processos geológicos, escorregamentos, erosões,

rastejos, corridas e inundação. A carta localiza e indica os processos que podem ocorrer

na área urbana de Mariana e adjacências. O estudo aponta a necessidade de normas

disciplinadoras da ocupação do meio físico, que levem em conta suas características,

assim como orienta medidas preventivas e mitigadoras dos problemas ocorrentes.

Sobreira e Fonseca (2001) abordam os impactos físicos e sociais das antigas atividades

de mineração em Ouro Preto. Apesar da frequência de situações de riscos geológicos na

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área urbana da cidade, o trabalho se concentrou em zonas mais críticas com maior

incidência de atividades mineradoras, sendo estas: Veloso, Santana, Taquaral, Morro da

Queimada, Piedade e Volta do Córrego. Segundo os autores os problemas quase sempre

são associados à ocupação de antigos locais de lavra de ouro, a utilização de terrenos

com fortes declives, de zonas de passagem de águas pluviais e locais de estabilidade

duvidosa.

No que diz respeito à Mariana, Souza (2004) menciona que o município foi assolado

por intensas chuvas que ocasionaram acidentes geológicos e geológicos-geotécnicos,

provocando inúmeros danos aos sistemas de drenagem pluvial, às vias públicas,

equipamentos urbanos e a domicílios particulares. Conforme o autor, no período de

1997 a 2003 a cidade declarou Estado de Emergência por duas vezes, dada a gravidade

dos problemas instalados.

Em seu trabalho, Souza (2004) abordou o estudo do meio físico da cidade de Mariana

enfocando os aspectos geológicos e ambientais, com o objetivo de fornecer subsídios

para o ordenamento territorial. A partir da análise de documentos cartográficos do

território municipal, foram avaliadas as características gerais dos terrenos, os conflitos

de usos e os impactos existentes, visando definir a capacidade das unidades de território,

para acolher os diversos usos. No âmbito da área urbana, foram detalhados os trabalhos

de cartografia geotécnica existentes, enfocando os principais problemas relacionados ao

meio físico e seu uso, e elaborado um cadastro geral de ocorrências de processos

geodinâmicos. Com os elementos obtidos nas etapas anteriores, cartas temáticas foram

elaboradas (carta de risco a processos geológicos, carta de recomendação de uso do

solo, etc.) para análise final do meio físico e a proposição de medidas mais adequadas

em relação ao uso e ocupação territorial.

Um estudo realizado pelo Ministério das Cidades (Nogueira et al., 2005) incluiu a

cidade de Ouro Preto na lista dos municípios brasileiros com maior probabilidade atual

de ocorrência de acidentes associados a movimentos de encostas em assentamentos

precários. Este trabalho destinou-se a subsidiar a Coordenadoria de Prevenção de Riscos

na elaboração de propostas de apoio aos programas municipais preventivos de gestão de

riscos em encostas urbanas. Para a seleção dos municípios brasileiros mais suscetíveis a

escorregamentos em encostas urbanas, três indicadores fundamentais foram

considerados: a) o histórico de acidentes com vítimas; b) a suscetibilidade do meio

físico marcado por relevos mais acidentados dos planaltos do leste brasileiro e c) a

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presença das áreas de ocupação subnormal em encostas, com condições precárias de

qualidade construtiva, urbana e ambiental, sinalizando condições propícias a acidentes

associados a escorregamentos induzidos de solo, rocha e depósitos artificiais de encosta.

Castro (2006) estudou a relação da precipitação com os escorregamentos em Ouro

Preto, com base em um cadastro dos movimentos ocorridos, através dos boletins de

ocorrência do Corpo de Bombeiros, e o resgate dos dados pluviométricos diários

registrados em uma estação dentro do município. Com base no cadastro, a autora

realizou ainda um mapeamento das áreas mais críticas da cidade, classificando-as em

áreas de risco alto, médio ou baixo. Ao final do trabalho foram propostas diretrizes para

a elaboração de um plano preventivo de defesa civil para Ouro Preto.

Tavares (2006) identificou áreas que foram ou estão sendo local de extrações minerais

na bacia do alto Ribeirão do Carmo (Ouro Preto e Mariana) e analisou o impacto, o

histórico, a evolução dos processos morfodinâmicos no tempo e as intervenções

posteriores, fornecendo subsídios para a proposição de diretrizes mitigadoras dos

problemas existentes. Foram avaliados os processos ocorrentes nesses locais, suas

causas e possíveis consequências, além da atualização das informações obtidas na

interpretação de imagens. As áreas foram agrupadas por atividades congêneres e

contemporaneidade, visando sistematizar as classes de impactos e assim permitiu

analisar os processos e listar os efeitos das explorações de bens minerais

correlacionando aos impactos e passivos ambientais nos meios físico, bióticos e

antrópicos.

Recentemente, Fontes (2011) aplicou os princípios e as bases conceituais das análises

de risco a escorregamentos ao sítio urbano de Ouro Preto, visando contribuir para a

prevenção/mitigação dos riscos e para a gestão político-ambiental deste espaço. Os

atributos e parâmetros admitidos como potencialmente indutores dos mecanismos de

escorregamentos foram declividade, forma das encostas e litologia. Os resultados foram

sistematizados em um mapa de suscetibilidade a escorregamentos e um mapa de perigo

a escorregamentos, sendo que o primeiro traduz a predisposição do espaço físico induzir

movimentos de massa e o segundo representa a probabilidade da ocorrência destes

processos e suas consequências em termos de danos físicos e patrimoniais, além de

perdas de vidas humanas. O trabalho incluiu ainda os estudos e resultados obtidos com

programa de controle e monitoramento dos terrenos, por meio de inspeções in situ e

instalação de inclinômetros em áreas críticas. Tais procedimentos, integrados aos

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estudos dos condicionantes geológico-geotécnicos locais, propiciaram a definição do

zoneamento de áreas de risco da área estudada, levando-se em consideração a influência

direta das ocorrências registradas ao longo do tempo.

Outros trabalhos também foram desenvolvidos ao longo desses anos, como Sobreira

(1991), Sobreira (1992a), Sobreira (1992b), Sobreira e Araújo (1992), IGA (1995),

Sobreira e Fonseca (1998), Gomes et al. (1998), Fernandes (2000), Carvalho (2001),

Fernandes et al. (2002), Pinheiro et al. (2003) e Ferreira (2004) entre outros.

2.3 MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA E PRECIPITAÇÃO

2.3.1 Movimentos de Massa

Os principais fenômenos relacionados a desastres naturais no Brasil são os movimentos

de massa em encostas naturais ou taludes artificiais. Estes processos produzem grandes

perdas econômicas e impactos relevantes na saúde pública, além de gerar número

significativo de vítimas fatais. Por esta razão, a ocorrência desses fenômenos em áreas

urbanas ou mesmo em áreas não habitadas, precisa ser monitorado preventivamente, o

que justifica a implantação de políticas públicas para gestão de riscos.

De acordo com Bonuccelli (1999), o levantamento, entendimento e minimização dos

problemas relacionados à ocorrência dos movimentos gravitacionais de massa e

processos correlatos passam necessariamente pelas seguintes etapas: levantamento dos

processos e dos atributos que neles influenciam; análise da relação entre processos e

atributos; zoneamento ou hierarquização das áreas sujeitas a ocorrência desses

fenômenos; levantamento e hierarquização dos danos que podem ser produzidos pela

deflagração de novos processos ou reativação de antigos; planejamento de ações e

intervenções que permitam gerenciar e minimizar os possíveis danos.

As propostas mais usuais para descrição e classificação dos movimentos de massa

incluem os trabalhos de Terzaghi (1950), Varnes (1978), Guidicini e Nieble (1976),

Hutchinson (1988) e Augusto Filho (1992). A classificação proposta por Varnes (1978),

uma das mais utilizadas em todo mundo, se baseou no tipo de movimento e no material

transportado e identificou seis categorias principais de movimentos que estão

sucintamente relacionadas a seguir.

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Queda (¨Falls¨): movimento que acontece quando uma massa de material de

qualquer tamanho se desloca de um talude íngreme ou escarpa, ao longo de uma

superfície com pouco ou nenhuma ocorrência de cisalhamento. A massa do material

sofre queda livre, saltos ou rolamentos gravitacionais; os movimentos são muito a

extremamente rápidos com velocidades entre 0,3 a 30m/s, podendo ter ou não pequenos

movimentos anteriores à ruptura.

Tombamentos (¨Topples¨): movimento de rotação de uma ou mais unidades em

torno de um ponto situado abaixo das mesmas, sob a ação da gravidade e forças

externas aplicadas através das unidades adjacentes, ou por fluidos presentes nas

descontinuidades.

Escorregamentos (¨Slides¨): são os movimentos ao longo da encosta e podem

ocorrer através das deformações cisalhantes e dos deslocamentos ao longo de uma ou

várias superfícies facilmente observáveis. Podem ser divididos em rotacionais e

translacionais.

Expansão Lateral (¨Lateral Spread¨): expansão lateral acomodada por

cisalhamento ou fraturas de tração, da qual pode-se distinguir dois tipos: os movimentos

distribuídos, resultados da expansão lateral externa, mas sem o controle definido da

superfície de cisalhamento basal, ou da zona de fluxo plástico; e os movimentos que

envolvem fraturamento e expansão lateral de materiais coesos, constituídos por rochas,

detritos e solos finos, originados da liquefação ou do fluxo plástico do material

subjacente.

Escoamentos (¨Flows¨): são deformações ou movimentos contínuos com a

superfície de ruptura definida ou não, e esses escoamentos podem ser rápidos ou lentos,

úmidos ou secos; ocorrem na rocha e principalmente em materiais inconsolidados

(detritos e solos finos).

Complexos: combinação de um ou vários dos principais tipos de movimentos

descritos anteriormente.

Augusto Filho (1992) classifica movimentos de massa que ocorrem com mais

frequência no Brasil, relativos à dinâmica de ambientes tropicais. A Tabela 2.2

apresenta as principais características desses movimentos de massa

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Tabela 2.2 – Características dos principais movimentos de encosta na dinâmica ambiental

brasileira (Augusto Filho, 1992)

PROCESSOS CARACTERÍSTICAS DO MOVIMENTO, MATERIAL E

GEOMETRIA

Rastejo (creep)

Vários planos de deslocamento (internos) Velocidades muito baixas (cm/ano) a baixas e decrescentes com a

profundidade Movimentos constantes, sazonais ou intermitentes Solo, depósitos, rocha alterada/fraturada Geometria indefinida

Escorregamentos (slides)

Poucos planos de deslocamento (externos) Velocidades médias (m/h) a altas (m/s) Pequenos a grandes volumes de material Geometria e materiais variáveis Planares – solos pouco espessos, solos e rochas com um plano de

fraqueza Circulares – solos espessos homogêneos e rochas muito fraturadas Em cunha – solos e rochas com dois planos de fraqueza

Quedas (falls)

Sem planos de deslocamento Movimentos tipo queda livre ou em plano inclinado Velocidades muito altas (vários m/s) Material rochoso Pequenos a médios volumes Geometria variável: lascas, placas, blocos, etc. Rolamento de matacão Tombamento

Corridas (flows)

Muitas superfícies de deslocamento (internas e externas à massa em

movimentação) Movimento semelhante ao de um líquido viscoso Desenvolvimento ao longo das drenagens Velocidades médias a altas Mobilização de solo, rocha, detritos e água Grandes volume de material Extenso raio de alcance, mesmo em áreas planas

Alguns fatores influenciam no desencadeamento dos movimentos de massa, sendo eles

climáticos, hidrológicos, geológicos e geomorfológicos, pela vegetação e também pela

ação antrópica. Normalmente, estes processos ocorrem devido à ação de mais de um

desses fatores. Para Varnes (1978), os principais condicionantes e mecanismos de

deflagração dos escorregamentos são os fatores que aumentam as solicitações e os que

diminuem a resistência dos terrenos, com os respectivos fenômenos naturais e

antrópicos associados (Tabela 2.3). Guidicini e Nieble (1976) discutiram as

condicionantes desses fenômenos, utilizando as terminologias agentes e causas de

instabilização, onde causa está relacionada ao modo de atuação de um determinado agente

na ruptura de um talude ou uma encosta (Tabela 2.4).

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Tabela 2.3 – Fatores deflagradores dos movimentos de encostas (Varnes, 1978).

AÇÃO FATORES FENÔMENOS NATURAIS/ANTRÓPICOS

Remoção de massa (lateral ou da

base)

Erosão, escorregamentos

Cortes

Peso da água de chuva, neve, granizo, etc.

Acúmulo natural de material (depósitos)

Aumento da

solicitação

Sobrecarga Peso da vegetação

Construção de estruturas, aterros, etc.

Terremotos, ondas, vulcões, etc.

Solicitações dinâmicas Explosões, tráfego, sismos induzidos

Pressões laterais Água em trincas, congelamento, material expansivo,

etc.

Características

inerentes ao

material

Textura,

estrutura,

geometria, etc.

Características geomecânicas do material, estado de

tensões iniciais

Redução da

resistência

Mudanças ou

fatores

variáveis

Mudanças nas

características

do material

Intemperismo, redução da coesão, ângulo de atrito

Elevação do nível d'água

Outras causas Enfraquecimento devido ao rastejo progressivo

Ação das raízes das árvores e buracos de animais

Tabela 2.4 – Agentes e causas dos escorregamentos (Guidicini e Nieble, 1976)

AGENTES CAUSAS

Predisponentes Efetivos

Internas Externas Intermediárias Preparatórios Imediatos

Complexo geológico,

complexo

morfológico, climato-

hidrológico,

gravidade, calor solar,

tipo de vegetação

Pluviosidade,

erosão pela

água e vento,

congelamento e

degelo, variação

da temperatura,

dissolução

química, ação

de fontes e

mananciais,

oscilação do

freático, ação de

animais e

antrópica

Chuvas

intensas,

fusão do gelo

e neves,

erosão,

terremoto,

ondas, vento,

ação do

homem

Efeito das

oscilações

térmicas;

Redução dos

parâmetros

de resistência

por

intemperismo

Mudanças na

geometria do

sistema;

Efeitos de

vibrações;

Mudanças

naturais na

inclinação das

camadas

Elevação do nível

piezométrico em

massas

¨homogêneas¨;

Elevação da

coluna de água em

descotinuidades;

Rebaixamento

rápido do lençol

freático. Erosão

subterrânea

retrogressiva

(piping);

Diminuição do

efeito de coesão

aparente

Carvalho e Galvão (2006) afirmam que nas cidades brasileiras, marcadas pela exclusão

socioespacial, os fatores que aumentam ainda mais a frequência dos deslizamentos são a

ocupação das encostas por assentamentos precários, favelas, vilas e loteamentos

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irregulares; remoção da vegetação; execução de cortes e aterros instáveis para

construção de moradias e vias de acesso; deposição de lixo nas encostas; ausência de

sistemas de drenagem de águas pluviais e coleta de esgotos; elevada densidade

populacional e a fragilidade das moradias que aumentam tanto a frequência das

ocorrências como a magnitude dos acidentes.

2.3.2 Precipitação

A precipitação é entendida em hidrologia como toda água proveniente do meio

atmosférico que atinge a superfície terrestre. A determinação da intensidade da

precipitação é importante para o controle de inundação e a erosão do solo. Por sua

capacidade para produzir escoamento, a chuva é o tipo de precipitação mais importante

para hidrologia (Tucci, 2002). Para o escopo deste trabalho sempre que for utilizado o

termo precipitação será considerado que o mesmo é equivalente a chuva.

Segundo Tucci (2002), as características principais da precipitação são o seu total,

duração, e distribuições temporal e espacial. O total precipitado não tem significado se

não estiver ligado a uma duração. A ocorrência da precipitação é um processo aleatório

que não permite uma previsão determinística com grande antecedência. O tratamento

dos dados de precipitação para a grande maioria dos problemas hidrológicos é

estatístico.

As grandezas que caracterizam uma chuva são:

Altura pluviométrica: é a espessura média da lâmina de água precipitada que

recobriria a região atingida pela precipitação, admitindo-se que essa água não se

infiltrasse, não se evaporasse, nem se escoasse para fora dos limites da região. A

unidade de medição habitual é o milímetro de chuva, definido como a quantidade de

precipitação correspondente ao volume de 1 litro por metro quadrado de superfície;

Duração: é o período de tempo durante o qual a chuva cai. As unidades

normalmente utilizadas são o minuto ou a hora;

Intensidade: é a precipitação por unidade de tempo. Expressa-se normalmente

em mm/h ou mm/min. A intensidade de uma precipitação apresenta variabilidade

temporal, mas, para análise dos processos hidrológicos, geralmente são definidos

intervalos de tempo nos quais é considerado constante;

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Frequência de probabilidade e tempo de recorrência: a precipitação é um

fenômeno de tipo aleatório. Na análise de alturas pluviométricas (ou intensidades)

máximas, o tempo de recorrência é interpretado como o número médio de anos durante

o qual espera-se que a precipitação analisada seja igualada ou superada. O seu inverso é

a probabilidade de um fenômeno igual ou superior ao analisado, ocorrer em um ano

qualquer (probabilidade anual).

Os equipamentos utilizados na coleta da precipitação são os pluviômetros para medidas

diárias, os pluviógrafos para medidas no tempo e o radar que mede no tempo e no

espaço. O pluviômetro é um aparelho totalizador que marca a altura de chuva total

acumulada num dado período de tempo. Este aparelho é mais utilizado para totalizar a

precipitação diária, sendo monitorado por um operador que mora nas proximidades do

aparelho. O pluviógrafo é um aparelho que registra automaticamente as variações da

precipitação ao longo do tempo. Este aparelho pode ser gráfico ou digital e é visitado

periodicamente por um observador ou equipe que controla a rede de aparelhos.

2.3.2.1 Análise de Consistência dos Dados Pluviométricos

O que se espera de um posto de medição de chuvas é que este forneça uma série

contínua dos dados de precipitação ao longo dos anos. No entanto, é comum a

ocorrência de períodos sem informações ou mesmo com falhas nas observações em

muitas estações, principalmente em longas séries históricas. Portanto, se faz necessário

que os dados coletados sejam submetidos a uma análise de consistência antes de serem

utilizados, visando a caracterização do regime de chuvas e a preparação dos dados para

desenvolvimento de qualquer tipo de estudo.

As causas mais comuns de erros grosseiros nas observações são: a) preenchimento

errado do valor na caderneta de campo; b) soma errada do número de provetas, quando

a precipitação é alta; c) valor estimado pelo observador, por não se encontrar no local no

dia da amostragem; d) crescimento de vegetação ou outra obstrução próxima ao posto

de observação; e) danificação do aparelho; f) problemas mecânicos no registrador

gráfico (Tucci, 2002).

Para analisar a consistência dos dados de chuva coletados é necessário compará-los com

dados de estações vizinhas e verificar a homogeneidade entre os mesmos. O método da

Dupla Massa, desenvolvido pelo Geological Survey (USA), é uma prática comum

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adotada no Brasil, utilizada para séries mensais e anuais. O método consiste em

selecionar os postos de uma região, acumular para cada um deles os valores mensais ou

anuais, e plotar num gráfico cartesiano os valores acumulados correspondentes ao posto

a consistir (nas ordenadas) e da média de outros postos adotados como base de

comparação (nas abscissas). Se os valores do posto a consistir são proporcionais aos

observados na base de comparação, os pontos devem se alinhar segundo uma única reta

(Figura 2.3.A). A declividade da reta determina o fator de proporcionalidade entre

ambas as séries. Nos casos em que não ocorre essa proporcionalidade, os pontos podem

apresentar diferentes comportamentos sendo estes exemplificados na Figura 2.3 e

descritos a seguir:

Figura 2.3 – Casos típicos relativos à aplicação da Análise de Dupla Massa – (A) Dados sem

inconsistência; (B) Dados com mudança de tendência; (C) Dados com erros de transcrição e (D)

Dados de postos com diferentes regimes pluviométricos. (Tucci, 2002)

Mudança na declividade (duas ou mais retas): Constitui o exemplo típico

derivado da presença de erros sistemáticos, mudanças nas condições de observação ou a

existência de uma causa física real, como alterações climáticas no local provocadas pela

presença de reservatórios artificiais (Figura 2.3.B);

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Alinhamento dos pontos em retas paralelas: Ocorre quando existem erros de

transcrição de um ou mais dados ou pela presença de anos extremos em uma das séries

plotadas. A ocorrência de alinhamentos, segundo duas ou mais retas aproximadamente

horizontais ou verticais, pode ser a evidência da comparação de postos com diferentes

regimes pluviométricos (Figura 2.3.C);

Distribuição errática dos pontos: Geralmente é resultado da comparação de

postos com diferentes regimes pluviométricos, sendo incorreta toda associação que se

deseje fazer entre os dados dos postos plotados (Figura 2.3.D).

2.3.3 Precipitação versus Movimentos de Massa

Eventos extremos de precipitação ou mesmo baixos índices pluviométricos com

registros elevados de chuvas acumuladas nos dias anteriores são responsáveis por

desencadear e/ou potencializar os movimentos de massa. Compreender o

comportamento da chuva auxilia no diagnóstico da evolução desses fenômenos, como

também serve de instrumento na previsão e prevenção dos desastres.

A maioria dos casos de escorregamento em encostas ocorre na época de chuvas, sendo

que grande parte no final da estação. A partir disso é comum apresentar a hipótese de

que o mecanismo de escorregamento está relacionado com o aparecimento de

poropressões positivas, provenientes da formação de nível d‟água na superfície da

encosta ou nas proximidades da mesma (Castro, 2006).

De acordo com Tatizana et al. (1987a) e Delmanaco et al. (1995), a influência da

precipitação nos movimentos de massa decorrem dos seguintes processos:

Alteração dos parâmetros de resistência dos materiais: diminuição da coesão

aparente, eliminação das tensões capilares, dissolução da cimentação;

Aumento da solicitação externa: aumento do peso específico dos materiais que

formam a encosta;

Avanço da frente de saturação no maciço, provocando o desenvolvimento de

poropressões positivas nos solos, subpressões nas descontinuidades rochosas e forças de

percolação;

Alteração do perfil da encosta por erosão de materiais.

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Para Augusto Filho e Virgili (1998), as chuvas relacionam-se diretamente com a

dinâmica das águas de superfície e subsuperfície, influenciando a deflagração dos

processos de instabilização de taludes e encostas. De acordo com os autores, os índices

pluviométricos críticos para a deflagração dos escorregamentos variam com o regime de

infiltração no terreno, a dinâmica das águas subterrâneas no maciço e o tipo de

instabilização.

Os escorregamentos em rocha tendem a ser mais suscetíveis a chuvas concentradas,

enquanto os processos em solo dependem também dos índices pluviométricos

acumulados nos dias anteriores. Processos do tipo corrida estão associados a índices

pluviométricos muito intensos, enquanto que as rupturas em áreas modificadas pelo

homem com desmatamentos, cortes, aterros, etc. (escorregamentos induzidos), podem

ocorrer com valores de precipitação considerados normais (Augusto Filho e Virgili,

1998).

A associação entre os escorregamentos e a pluviosidade tem levado alguns

pesquisadores a tentarem estabelecer correlações empíricas, probabilísticas ou físico-

matemáticas entre os mesmos, com o intuito de tentar se antecipar à deflagração dos

escorregamentos, a partir do monitoramento dos índices pluviométricos de uma

determinada região.

Apesar da correlação entre precipitação e movimento de massa apresentar limitações e

imprecisões decorrentes da complexidade dos fatores associados a este tipo de

fenômeno, tais como características geológico-geotécnicas e a ação antrópica, este tipo

de medida preventiva se mostra mais barata e fácil em relação ao monitoramento do

nível d‟água e grau de saturação dos taludes e encostas, principalmente em grandes

áreas urbanas.

2.4 ESTUDOS DE CORRELAÇÃO ENTRE CHUVAS E MOVIMENTOS DE

MASSA

A chuva tem sido considerada o principal agente deflagrador dos movimentos de massa

por contribuir diretamente para a instabilização de encostas devido ao aumento de

pressão de água no solo. Tendo em vista que este é um problema de interesse técnico e

social, é grande o número de pesquisadores tentando estabelecer os níveis

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pluviométricos capazes de desencadear os diferentes tipos de movimentos de massa em

encostas naturais e taludes.

As metodologias utilizadas nos estudos de correlação entre chuva e escorregamentos,

buscam definir um índice mínimo ou máximo representativo de chuva crítica, a partir do

qual tais processos são deflagrados. Segundo Guzzetti et al. (2007), estes limiares

podem ser determinados tanto por modelos baseados em processos físicos ou

empiricamente a partir de séries históricas de precipitação e/ou bases estatísticas,

apresentando cada uma dessas metodologias suas vantagens e desvantagens.

A utilização de modelos de bases físicas para determinação de limiares pluviométricos

críticos incorporam os modelos de infiltração às modelagens de estabilidade de taludes

como, por exemplo, modelo de talude infinito. Estes métodos preveem a ruptura a partir

da medição da precipitação e cálculo das taxas de infiltração das águas das chuvas. No

entanto, apresentam limitações, uma vez que requerem informações detalhadas sobre as

características hidrológicas, litológicas, morfológicas, e do solo de grandes áreas,

raramente disponíveis e caras de se obter, bem como a necessidade de calibrações

utilizando eventos de precipitação reais ocorridos na área objeto de estudo. Além disso,

os modelos de base física têm melhor desempenho quando tentam prever deslizamentos

rasos, sendo menos eficientes na previsão de escorregamentos profundos.

Ainda de acordo com Guzzetti et al. (2007), nos modelos empíricos os limiares de

precipitação são determinados por meio do estudo de eventos de chuvas que resultaram

em movimentos de massa. Estes limiares correspondem à linha traçada abaixo dos

pontos que representam condições de precipitação que resultaram em deslizamentos,

plotados em coordenadas cartesianas, semilogarítmicas, ou logarítmicas. Em casos onde

estão disponíveis dados de precipitação que não resultaram em escorregamentos, os

limiares são definidos como a melhor separação das condições pluviométricas que

resultaram e não resultaram em instabilidade da encosta. O número de escorregamentos

desencadeados pode também ser considerado para a construção de um limiar.

Segundo os autores (op. cit.), a chave para a construção do modelo empírico é a

definição da intensidade da chuva, ou seja, a quantidade de precipitação acumulada em

um período geralmente medido em milímetros (ou polegadas) por hora. Dependendo da

duração do período de observação, a intensidade de precipitação pode representar uma

medida instantânea da taxa de precipitação ou um valor médio de precipitação ao longo

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de horas (intensidade horária), dia (intensidade diária), ou períodos mais longos. Para

períodos longos a intensidade da chuva representa um valor médio que subestima a taxa

de precipitação de pico (máximo) ocorrida durante o período de observação. Assim, a

intensidade da precipitação medida durante períodos curtos e longos têm significados

físicos diferentes.

Dentro dos modelos empíricos, os limiares pluviométricos podem ser definidos como

globais, regionais, ou locais. Um limiar global tenta estabelecer um nível mínimo geral

abaixo do qual não ocorrem deslizamentos, independente dos aspectos morfológicos,

litológicos, de uso do solo e do regime local ou regional de chuvas. Os limiares

regionais são muito frequentes na literatura e são definidos para áreas que se estendem

de poucos a muitos milhares de quilômetros quadrados com características

meteorológicas, climáticas e fisiográficas semelhantes; são potencialmente adequados

para sistemas de alerta de deslizamentos. Já os limiares locais consideram uma

configuração geomorfológica e um regime climático específicos, e são aplicáveis a

escorregamentos individuais ou para um grupo de escorregamentos em áreas de

extensão de poucos quilômetros quadrados. Tanto os limiares regionais como os locais

funcionam bem na área onde foram desenvolvidos, entretanto, não são facilmente

exportados para áreas vizinhas. Os limiares globais são importantes em lugares onde os

limiares locais ou regionais não estão disponíveis, mas podem resultar em previsões de

deslizamentos que não ocorrem.

Muitos trabalhos dentro desta temática foram publicados no Brasil e no mundo mais

intensamente a partir da década de 70, com Hong Kong se destacando como importante

centro no desenvolvimento de estudos pioneiros sobre o tema, devido aos eventos

catastróficos ocorridos na região em 1972. Lumb (1975) foi o primeiro a investigar mais

profundamente as correlações entre chuvas e escorregamentos no território de Hong

Kong.

Segundo Pedrosa (1994), o estudo de Lumb pela primeira vez indicou a relevância da

chuva antecedente para a estabilidade de taludes e encontrou boa correlação entre a

pluviometria nas 24 horas do dia do evento e a acumulada nos 15 dias antecedentes,

após analisar a precipitação e a ocorrência de escorregamentos no período entre 1950 e

1973. Este autor propôs ainda uma classificação, agrupando os eventos de acordo com a

quantidade de movimentos de massa ocorridos, sendo estes: desastroso (>50), severo

(10-50), menor ou secundário (<10) e evento isolado. Segundo Lumb (op. cit.), eventos

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severos e desastrosos ocorriam quando a pluviometria acumulada em 15 dias

ultrapassava 200 e 350mm respectivamente, sendo a pluviometria diária necessária para

a ocorrência destes mesmos eventos superiores a 100mm. A Figura 2.4 ilustra a

proposta de Lumb (1975).

Figura 2.4 - Gráfico de correlação entre a precipitação acumulada em 15 dias e a precipitação

diária na região de Hong Kong (Modificado de Lumb, 1975).

Outros investigadores continuaram os estudos de correlação entre chuvas e

escorregamentos em Hong Kong. Brand et al. (1984) e Brand (1989) contestaram a

influência da chuva antecedente na deflagração de escorregamentos na região, proposta

por Lumb, e consideraram que os picos de precipitação horária e a precipitação em 24

horas antes do evento são os principais deflagradores dos processos de instabilização.

Os autores propuseram duas categorias de risco com base na pluviometria em 1 hora e

24 horas e o número de escorregamentos: principal (“major”) para mais de 10

deslizamentos em 1 dia e secundário (“minor”) para menos de 10 deslizamentos em 1

dia. De acordo com Pedrosa (1994), Brand enfatiza a importância da infiltração e o

consequente efeito na redução das tensões de sucção do solo, entretanto, não considera a

possibilidade desse processo ocorrer de modo gradual pelo efeito da chuva acumulada e

sim ao fato de Hong Kong possuir solos residuais com características de alta

permeabilidade e modo de ruptura rápido dos escorregamentos.

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Dando continuidade aos estudos realizados por Lumb e Brand na região de Hong Kong,

Kay e Chen (1995) realizaram um estudo onde foram avaliadas todas as ocorrências de

precipitação diária superiores a 50mm, incluindo aquelas em que não foram registrados

escorregamentos. Estabelecendo uma correlação entre precipitação horária e

precipitação acumulada em 24 horas com registros de movimentos de massa, os autores

definiram zonas de probabilidade de eventos de escorregamentos severos (Tabela 2.5 e

Figura 2.5).

Tabela 2.5 - Probabilidade de escorregamento por zonas de precipitação (Modificado de Kay e

Chen, 1995)

Zona Probabilidade de ocorrências de escorregamentos

1 Desprezível para ocorrências de escorregamento severas

2 5 – 25% para ocorrências de escorregamento severas

3 25 – 45% para ocorrências de escorregamento severas

4 45 – 75% para ocorrências de escorregamento severas

5 75 – 95% para ocorrências de escorregamento severas

6 70 – 90% para ocorrências de escorregamento severas

Figura 2.5 - Correlação entre o Pico da Precipitação Horária x Precipitação Diária para Hong

Kong. (Modificada de Kay & Chen, 1995)

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O estudo de Corominas e Moya (1999), realizado na região dos Pirineus, Espanha,

considerou relatórios técnicos, reconhecimento de campo e análise

dendrogeomorfológicas para o levantamento dos escorregamentos. A fim de analisar o

efeito global da precipitação na reativação de deslizamentos, um gráfico da chuva

acumulada versus duração da chuva foi gerado utilizando eventos de precipitação, com

e sem ocorrências de escorregamentos, superiores a 40mm em 24 horas, registrados

entre 1958 e 1996. Foi então traçada a linha que divide as chuvas que estão associadas à

reativação de deslizamento daquelas que não estão, representada pela seguinte equação:

AC = 32 x D + 133, onde AC equivale a chuva acumulada e D duração do evento

pluviométrico. A Figura 2.6 apresenta o resultado obtido pelos autores.

Figura 2.6 – Curva de Chuva Acumulada x Duração do Evento para Espanha. (Modificado de

Corominas & Moya, 1999)

No mesmo ano, Flageollet et al. (1999) estudaram os escorregamentos e as condições

climáticas em duas bacias nos Alpes Franceses do Sul. Os resultados obtidos mostraram

que a precipitação é um dos elementos do sistema que acelera ou desencadeia

deslizamentos de terra, juntamente com outros fatores, tais como o uso da terra.

Entretanto, concluíram que as correlações entre os movimentos de massa e o clima são,

por vezes, imprecisas e complexas, necessitando examinar a confiabilidade e a

qualidade das relações estabelecidas entre os mesmos.

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Zhou et al. (2002) investigaram a relação entre deslizamentos de terra e seus fatores

causais na Ilha Lantau, localizada na porção sudoeste de Hong Kong, a partir de uma

tempestade severa que assolou a região nos dia 4 e 5 de novembro de 1993, provocando

mais de 900 deslizamentos em terreno natural, e mais de 250 deslizamentos em encostas

artificiais. Os fatores analisados e considerados como causadores dos eventos foram

topografia, chuva, uso do solo e vegetação. Os autores utilizaram uma abordagem

estatística para estudar a relação espacial entre deslizamentos de terra e seus fatores

causais. O estudo do evento de 1993 indicou que a intensidade de chuva e a migração

do centro da tempestade influenciam muito na ocorrência de deslizamentos de terra na

ilha. Em relação à topografia, foi constatado que a maioria dos deslizamentos de terra

ocorreu em encostas com declividade entre 25-35°. O tipo de vegetação, em certa

medida, também desempenhou um papel na formação da distribuição espacial dos

deslizamentos, ocorrendo principalmente nas áreas de terra nua, coberturas arbustivas e

nas zonas de transição entre diferentes tipos de vegetação.

Dykes (2002) realizou uma pesquisa sobre escorregamentos rasos provocados por

precipitação na Reserva Florestal Batu Apoi no Distrito Temburong de Brunei

Darussalam, a noroeste de Bornéu, por meio da realização de uma modelagem

hidrológica e análises de estabilidade das encostas. O autor identificou as características

topográficas da área e as características físicas e hidrológicas dos perfis de solo residual

das encostas; identificou o padrão de chuva por meio de dados registrados em duas

estações meteorológicas; e fez retroanálise de um movimento de massa superficial

utilizando o modelo de talude infinito e os dados laboratoriais obtidos a partir das

análises de amostras coletadas em campo.

A modelagem demonstrou que as chuvas acionaram movimentos de massa superficiais

em encostas nas partes mais baixas do vale. A aplicação do modelo de taludes infinitos

demonstrou que para qualquer gradiente de inclinação, há uma profundidade limite

mínima de material intemperizado abaixo do qual os Fatores de Segurança > 1,0 e

deslizamentos não seriam, portanto, possíveis de ocorrer. Usando as taxas estimadas de

processos químicos intempéricos e desnudamento, sugeriu-se que, se ocorrer uma

ruptura numa encosta, haverá um intervalo maior ou igual a 10 mil anos antes do

intemperismo ter produzido profundidade de solo residual suficiente para romper

novamente. Assim, ao longo da área de estudo em um determinado momento, haverá

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apenas uma proporção pequena das encostas que podem ter uma profundidade

suficiente de solo residual susceptíveis a deslizamentos provocados pela chuva.

No estudo realizado por Quinta Ferreira et al. (2005) foram analisados os dados de

precipitação em conjunto com os registos de deslizamentos ocorridos em Coimbra. Os

dados relativos aos deslizamentos foram obtidos a partir de artigos em jornais da região,

já os dados relativos à precipitação, por sua vez, foram conseguidos nos registos do

Instituto Geofísico da Universidade de Coimbra, ambos abrangendo intervalo de tempo

de 1864 a 2003. Os resultados obtidos permitiram concluir que os deslizamentos

ocorrem quando a precipitação é consideravelmente superior aos valores médios e que

os picos de precipitação são de extrema importância como mecanismo deflagrador de

instabilizações. Os autores determinaram ainda o intervalo médio de recorrência para os

anos com precipitação acumulada mais elevada, geralmente associada a um maior

número de casos de instabilizações.

Outros investigadores realizaram estudos de correlação entre chuvas e escorregamentos

no vale de Aburrá, na Colômbia. Segundo Aristizábal et al. (2010), desde o ano 2008

vem sendo utilizado um sistema de alerta para movimentos de massa induzidos por

precipitação baseado em limiares empíricos de chuva no vale.

Para a implementação do sistema, os níveis de alerta foram definidos utilizando os

limiares propostos por Moreno et al. (2006) apud Aristizábal et al. (2010) para o

Departamento de Antioquia (75mm/3 dias e 150mm/15 dias), uma vez que não existiam

limiares críticos de precipitação para as condições particulares do vale. Os autores

propuseram a existência de quatro regiões representativas de chuva antecedente para

movimentos de massa, chamadas regiões A, B, C, e D. Para essas regiões foram

associadas cores que representam estados de alerta de acordo com os níveis definidos

pelo Instituto de Hidrología, Meteorología y Estudios Ambientales de Colombia

(IDEAM).

Para região A foi atribuído a cor verde (estado sem alteração), período em que o sistema

de alerta da cidade de Medellin (SIATA - Sistema de Alerta Temprana Ambiental de la

Ciudad de Medellín) fornece informações dentro das faixas normais e informa sobre a

dinâmica das condições hidrometeorológicas. As regiões B e C foram agrupadas no

nível amarelo (estado de preparação), período no qual o SIATA emite boletins que

indicam a formação progressiva de condições de susceptibilidade suficientes para que

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um evento ocorra. A região D corresponde à cor laranja (estado de prontidão), no qual

os avisos são emitidos, exigindo a prestação de 24 horas de comissão técnica e

operacional que integra os Comités Locales para la Prevención y Atención de Desastres

(CLOPAD). Ele também deve preparar o alistamento de recursos e a definição de um

sistema de rastreamento em campo constante, tomando medidas de evacuação no caso

de qualquer sinal de campo adicional. Por fim, se considerou um estado de alerta

vermelho (estado de atenção), que não corresponde propriamente a uma região de

limites definidos, mas representa que o evento ocorreu, está em andamento ou é

iminente sua ocorrência. (Figura 2.7).

Figura 2.7 – Limiares empíricos de chuva (Modificado de Moreno et al., 2006, in Aristizábal et

al., 2010).

Neste sentido, os investigadores continuaram os estudos na região do vale de Aburrá e

Aristizábal et al. (2011) propuseram novos limiares críticos de precipitação acumulada

para previsão dos escorregamentos, a partir de um banco de dados completo de

movimentos de massa registrados nas últimas duas décadas e registos de precipitação

das estações pertencentes às Empresas Públicas de Medellín (EPM) com resolução

temporal de 15 minutos, a fim de incorporá-los ao SIATA.

Aristizábal et al. (2011) apresentaram as possíveis combinações de chuva acumulada

(chuva de curto prazo) (LA) (1, 3, 5 e 7 dias) e chuva acumulada antecedente (chuva de

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longo prazo) (LAA) (5, 10, 15, 30, 60 e 90 dias) para 332 escorregamentos. Os

resultados obtidos pelos autores mostraram que o maior condicionante para a ocorrência

de movimentos de massa no vale de Aburrá é a chuva acumulada antecedente (LAA),

ou seja, o elemento fundamental desencadeador de movimentos de massa parece ser as

chuvas sazonais. Os dados indicaram que os eventos utilizados para a análise ocorreram

para LAA superiores a 60mm em 30 dias, 160mm em 60 dias e a 200mm em 90 dias.

Para a aplicação do sistema de alerta, o território do Vale do Aburrá foi dividido em

regiões correspondentes às estações de chuva, onde cada uma das regiões é representada

pela chuva que registra a estação designada. Portanto, todos os dias são avaliados para

cada região as chuvas antecedentes e seu estado de alerta correspondente. Esta

informação é enviada via internet para cada CLOPAD e outros órgãos de prevenção

através de Boletim Hidrometeorológico publicado pelo SIATA.

Na literatura técnica nacional, o trabalho de Guidicini e Iwasa (1976) apresenta grande

relevância dentre as primeiras pesquisas sobre a relação entre precipitação e

escorregamentos. Os autores utilizaram registros pluviométricos e ocorrências de

escorregamentos de diferentes regiões do Brasil, sendo estas Caraguatatuba (SP),

Baixada Santista (SP), Rodovia dos Imigrantes (SP), Rodovia Anchieta (SP), Serra de

Maranguape (CE), Rio de Janeiro (RJ), Serra das Araras (RJ), Sul de Minas (MG) e

Vale do Tubarão (SC). Foi possível verificar nesse estudo que quando a pluviometria

total do evento excede a 12% da precipitação média anual, escorregamentos ocorrem

independentemente das condições pluviométricas antecedentes ao evento; porém se a

pluviometria total do evento se encontra entre 8 e 12% da precipitação média anual,

escorregamentos ocorrem dependendo do histórico pluviométrico; episódios superiores

a 20% da mesma pluviosidade tendem a adquirir as dimensões de catástrofes.

Para a análise, os autores procuraram avaliar a importância dos últimos 3, 7, 15, 30, 60,

90 e 120 dias anteriores aos episódios de chuva intensa. Além disso, foram introduzidos

coeficientes capazes de correlacionar os dados pertencentes às diferentes áreas sendo

estes:

Coeficiente de ciclo (Cc): razão entre o registro pluviométrico acumulado

até a data do episódio e a média anual de pluviosidade;

Coeficiente do episódio (Ce): razão entre o registro pluviométrico do

episódio e a média anual de pluviosidade;

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Coeficiente final (Cf): soma dos dois coeficientes anteriores (Cc + Ce).

Guidicini e Iwasa (1976) sugeriram as faixas de risco A, B, C e D, com base no

coeficiente Cf correspondentes às porcentagens de ocorrência de escorregamentos de

100, 85, 33 e 0%, respectivamente. Da mesma forma, utilizando os valores de Cc

estabeleceram as zonas de influência das chuvas antecedentes A, B, C e D,

correspondentes às probabilidades de 100, 67, 31 e 0%. Assim sendo, os autores

consideraram estes dados como ponto chave da investigação, permitindo uma previsão

do nível de periculosidade a que as áreas estudadas estariam sujeitas no futuro.

Foram elaboradas as cartas de periculosidade para cada uma das áreas estudadas, dando

um cunho de praticidade à pesquisa. Cada carta mostra a curva acumulada média anual

de pluviosidade, associada às faixas de risco. A Figura 2.8 apresenta a carta de

periculosidade para o Rio de Janeiro.

Figura 2.8 – Carta de Periculosidade para o Rio de Janeiro (Guidicini e Iwasa, 1976 in d‟Orsi,

2011).

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O trabalho de Tatizana et al. (1987a,b) na Serra do Mar, município de Cubatão – SP,

verificou a suscetibilidade a escorregamentos com base em condicionantes como

geologia; geomorfologia; declividade; cobertura vegetal; regime pluviométrico e

posição da encosta. O comportamento dos eventos ocorridos num período de 30 anos

foi analisado por setores na Serra do Mar.

A partir do estudo dos eventos de alta pluviosidade e da chuva acumulada nos dias

anteriores, os autores analisaram a correlação entre pluviometria e escorregamentos. Foi

desenvolvida uma relação numérica entre a intensidade da precipitação e chuva

acumulada de 4 dias, baseados na análise de 35 eventos de chuva. A função

representativa do modelo proposto pelos autores foi: I (Ac) = K.Ac-0.933

, sendo I a

intensidade horária para deflagração de escorregamentos; AC a acumulada de chuvas

nos 4 dias anteriores e K a constante dependente das condições geotécnicas das encostas

e da intensidade de escorregamentos (Figura 2.9).

Figura 2.9 – Envoltória de deslizamentos (Tatizana et al., 1987)

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Os valores de K variam de acordo com os modelos de ruptura assumindo os valores de

2.603, 3.579, 5.466 e 10.646 para escorregamentos induzidos, escorregamentos

esparsos, escorregamentos generalizados e corridas de lama, respectivamente. Foi

estabelecida a envoltória do modelo para escorregamentos induzidos e as demais

envoltórias para os outros modelos de ruptura seguiram a mesma forma da curva para

escorregamentos induzidos, devido à limitação dos dados.

Tatizana et al. (1987a) definiram ainda o Coeficiente de Precipitação Crítica (CPC), um

índice adimensional de susceptibilidade a deslizamentos frente a eventos chuvosos, que

permite o acompanhamento dos volumes de precipitação e prevenção de

escorregamentos. O CPC é definido como intensidade de precipitação horária (Ii) pela

intensidade crítica para deflagração de escorregamentos induzidos (Ici).

Na década de 90, Elbachá et al. (1992) desenvolveram um estudo sobre a temática para

a Bacia do Camarajipe, na cidade de Salvador, Bahia; no período de 1980 a 1990. Os

autores não encontraram uma relação satisfatória entre a precipitação diária e os

escorregamentos, possivelmente por conta do cadastro de movimentos de massa.

Entretanto, foi possível definir como 4 dias o melhor intervalo de chuva acumulada que

influencia nos processos.

Almeida et al. (1993) estudaram a relação entre chuvas e escorregamentos no município

de Petrópolis, RJ entre 1976 e 1989. A análise da correlação tratou de definir um valor

de chuva que deflagrasse os escorregamentos e a intensidade da mesma. Os autores

classificaram os eventos de escorregamentos em 5 tipos (Tabela 2.6).

Tabela 2.6 - Classificação dos eventos de escorregamentos por ocorrências. (Almeida et al.,

1993).

TIPO DE EVENTO DE

ESCORREGAMENTO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS DE

ESCORREGAMENTOS

A 1

B 2 a 5

C 6 a 15

D 16 a 30

E Acima de 30

Foram então confrontados períodos de acumulada de chuvas de 1 até 5 dias, sendo as

curvas de 4 dias as de configuração mais coerente. Ficaram estabelecidos 3 estados

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crescentes de alerta ao risco de escorregamentos, ativados através de valores de

pluviosidade acumulados em 4 dias:

Estado 1: chuva acumulada de 30 a 40mm, caracterizando risco a

escorregamentos isolados a esparsos em regiões mais suscetíveis;

Estado 2: chuva acumulada entre 60 e 90mm, caracterizado por ser um

estado preparatório para eventos de maior porte;

Estado 3: chuva acumulada entre 130 e 150mm, caracterizando a existência

de risco de eventos de maior porte, com possibilidade de eventos

catastróficos.

Xavier (1996), estudando escorregamentos em Belo Horizonte entre os anos de 1990 e

1995, mostrou que estes ocorrem no período de outubro a março, meses com maior

precipitação. O autor concluiu que os movimentos são mais suscetíveis quando os

volumes de chuva superam 30mm em 24 horas e aumentam ainda mais quando ocorrem

50mm em 48 horas.

A implantação do Sistema Alerta Rio, em 1996, pela Prefeitura da cidade do Rio de

Janeiro com apoio da Fundação Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro

(GEORIO) foi um grande avanço para os estudos de correlação entre chuvas e

escorregamentos. O sistema de alerta consiste no monitoramento automático e

ininterrupto dos índices pluviométricos em estações com intervalos de 15 minutos.

Além de monitorar os níveis de precipitação, a GEORIO realiza todos os registros de

movimentos de massa que acontecem dentro dos limites da cidade. Para realizar os

estudos sobre as relações entre chuvas e movimentos de massa a Fundação baseou-se no

trabalho desenvolvido por d‟Orsi et al. (1997).

Desde o início da operação do Sistema Alerta Rio, os melhores ajustes dos níveis

críticos de precipitação para os movimentos de massa sempre foram uma grande

preocupação. A equipe de geólogos e engenheiros responsáveis utilizou a envoltória de

escorregamentos induzidos apresentada por Tatizana et al. (1987) e introduziu algumas

modificações para adaptação às condições da cidade do Rio de Janeiro, discutidas em

d‟Orsi et al. (1997). A proposta da equipe incluiu a precipitação da hora atual e adotou a

intensidade de 50mm/h como nível máximo de precipitação independente da acumulada

de 96 horas.

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A análise dos dados feita com 15 minutos de precisão trouxe a necessidade de se

estabelecer novos critérios e metodologia para o estudo. A equipe do GEORIO teve de

estabelecer um critério para definir o evento de chuva que levaria em consideração, a

sua configuração na rede de estações telepluviométricas e os níveis de precipitação

críticos para movimentos de massa. Outro problema comum era saber exatamente o

momento em que o movimento de massa ocorreu, além de identificar qual dado de

chuva utilizar quando o movimento de massa ocorrer em um ponto aproximadamente a

mesma distância de duas ou mais estações. Nestes casos, o critério adotado foi o de

utilizar os dados das estações que apresentarem as maiores intensidades horárias. A

equipe também encontrou a necessidade de subdividir tipologias de movimentos de

massa para que pudesse encaixar melhor com os acidentes de encostas ocorridos no

município do Rio de Janeiro. Após a análise dos 466 laudos técnicos de 1998 a 1999,

foi possível reunir todos os acidentes registrados em 13 tipos diferentes de movimento

de massa.

d‟Orsi et al. (2000) estudaram duas temporadas de chuvas (novembro-março) no

período de 1997 a 1999 utilizando dados dos relatórios técnicos da GEORIO e

estabeleceram quatro categorias principais de eventos de chuva com base no número de

movimentos de massa associados, como mostra a Tabela 2.7.

Tabela 2.7 – Classes dos eventos de chuva (Modificado de d‟Orsi et al., 2000) .

Categoria do Evento de

Chuva Número de Acidentes

Geotécnicos

Fraco Até 25

Moderado 25 a 125

Forte 125 a 250

Catastrófico Mais que 250

Os eventos de chuva foram plotados em gráficos (Figuras 2.10 e 2.11) e as análises dos

mesmos mostraram que a maioria dos acontecimentos se referia à categoria mais baixa,

não havendo nenhum evento catastrófico no período. Ainda, como resultado destas

análises, foi modificada a taxa inicial para o nível de precipitação diária crítico de

117mm/24h presente no d'Orsi et al. (1997) para 175mm/24h.

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Figura 2.10 – Gráfico da chuva horária pela chuva acumulada de 96h para cada tipo de

movimento de massa. (Modificada de d‟Orsi et al., 2000).

Figura 211 – Gráfico da chuva diária pela chuva acumulada de 96h para cada tipo de

movimento de massa. (Modificada de d‟Orsi et al., 2000).

Feijó et al. (2001) resumiram as conclusões da equipe do Sistema Alerta Rio, a partir da

análise das chuvas e dos escorregamentos no município do Rio de Janeiro no triênio

1998/2000, identificando as áreas com maior probabilidade de ocorrência de

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movimentos de massa, a tipologia mais frequente e os índices críticos de precipitação

que deflagram esses movimentos com base nos registros das 30 estações pluviométricas

e nos 542 laudos técnicos de vistorias da GEORIO. Os estudos indicaram níveis médios

de precipitação relacionados a movimentos de massa de 26,1mm/h, 67,6mm/24h e

99,6mm/96h, sendo a tipologia de acidentes geotécnicos mais frequentes os

escorregamentos de solo em taludes de corte (ES/tc), as rupturas de estruturas de

contenção (REC) e escorregamentos de lixo e entulho (EL/E), representando 70,3% de

todas as ocorrências de escorregamentos na cidade do Rio de Janeiro. A GEORIO

desenvolveu ainda um programa computacional para previsão do número estimado de

vistorias (NEV) em função da precipitação pluviométrica, definindo uma curva dada

pela expressão: NEV = 2,14e0,032Mp24h

, onde NEV é o número estimado de vistorias e

Mp24h a precipitação média ponderada em 24 horas.

A partir do monitoramento de morros em Olinda, entre 1985 e 1986, Alheiros et al.

(2003) estabeleceram uma relação entre precipitação e instabilidade de encostas, com

base em níveis piezométricos, identificando um parâmetro para a relação: R= Pac . Ii,

onde R indica a relação entre os níveis piezométricos e a precipitação (mm²), Pac a

precipitação acumulada desde o início da estação chuvosa (mm) e Ii a altura da chuva

em 24 horas (mm). O valor limite encontrado para ocorrência de deslizamentos em

Olinda foi R = 60.000mm2, representando o nível d‟água máximo suportado, em

condições de estabilidade. Este procedimento, entretanto, tem seu custo onerado devido

o monitoramento de níveis piezométricos.

O trabalho de Salaroli (2003), no município de Vitória (ES), utilizou dados

pluviométricos e de movimentos de massa para o período de 1999 a 2001. A autora

norteou sua análise para verificação de associações entre as acumuladas diárias e as

chuvas antecedentes de até sete dias. Na primeira fase do trabalho, Salaroli concluiu que

os movimentos de massa tendem a ocorrer para índices de pluviosidade acima de

150mm da pluviosidade média anual e que chuvas contínuas acima de 106,9mm são

altamente favoráveis à deflagração de movimentos de massa na cidade. Na etapa

seguinte foi definido o número de dias de chuva que apresentam influência efetiva nas

ocorrências de movimentos de massa no município, sendo o diagrama com acumulada

de 4 dias o que apresentou a melhor correlação. A partir da análise dos episódios de

chuva, foi possível definir três classes com diferentes níveis de periculosidade como

mostra a Tabela 2.8.

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Tabela 2.8 – Níveis do plano de monitoramento proposto. (Salaroli, 2003).

Classe Índice 4 dias (mm) Nível do Plano

Classe 1 0 – 36,0mm Observação

Classe 2 36,0 – 86,7mm Atenção

Classe 3 Acima de 86,7mm Alerta

No ano seguinte, Vieira (2004) realizou um trabalho visando compreender os

movimentos de massa, a partir dos aspectos naturais e sociais na Sub-bacia do Ribeirão

Araranguá na região de Blumenau – SC. O estudo da correlação entre precipitação e

deslizamentos mostrou a relevância da quantidade de chuva para o aumento do risco de

escorregamentos e revelou uma tendência maior na influência dos eventos com chuvas a

partir de 50mm com acumuladas de 3 a 4 dias, predominantemente nos meses de março

e outubro.

Ide (2005) propôs um roteiro de investigação dos aspectos meteorológicos associados

aos processos de escorregamentos em uma área-piloto de Campinas – SP. Para esta

investigação, a autora seguiu etapas que consistiam basicamente no diagnóstico dos

sistemas meteorológicos relacionados aos movimentos de massa; no levantamento das

ocorrências de escorregamentos e das informações meteorológicas; e a análise da

relação numérica entre os mesmos.

Os resultados das correlações utilizando dados diários de precipitação para o período de

1997 a 2004, mostraram a importância da análise da chuva nos 7 dias antecedentes para

o monitoramento e previsão de riscos de escorregamentos. O total pluviométrico

encontrado para os dias de chuva antecedente foi de 50mm em 7 dias. Entretanto,

segundo a autora, os resultados não foram satisfatórios. Resultados mais conclusivos

foram obtidos com análise separada dos casos de acordo com a litologia do terreno. Para

áreas de rochas cristalinas o melhor resultado foi obtido para totais pluviométricos de

78mm acumulados em 7 dias. Já a investigação em áreas de rochas sedimentares se

revelou insatisfatória.

A proposta do trabalho realizado por Tavares et al. (2005) na Baixada Santista, Estado

de São Paulo, objetivou apresentar uma análise dos totais de chuva de 131 ocorrências

de movimentos de massa, associada ao estudo pluviométrico da área ao longo de 14

anos (1991 e 2004), visando a obtenção de dados que pudessem subsidiar a Defesa Civil

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Estadual e prefeituras municipais. A área objeto do estudo abrangeu os municípios de

São Vicente, Santos, Cubatão e Guarujá.

Dos registros de movimentos de massa, 82% ocorreram sob chuva acumulada igual ou

superior a 100mm em 72 horas, 10% ocorreram entre 80 e 100mm em 72 horas e 8%

abaixo de 80mm/72h. As ocorrências registradas sob totais baixos de chuva acumulada

se deram por sequência chuvosa intensa anterior ao período de 72h ou por evento

pluvial com alta intensidade horária em 24h, que não necessariamente acumularam total

acima de 100mm em 72h. Portanto, constatou-se que o índice deflagrador de ações

específicas previstas no PPDC – Plano Preventivo de Defesa Civil, representado pela

chuva acumulada de 100mm em 72 horas, mostrou-se bastante adequado.

Outro fato considerado no estudo foi o aumento progressivo do número de movimentos

de massa do começo ao final do verão, apontando para uma possível influência da

saturação hídrica do solo, entendido como um componente de aumento da

suscetibilidade natural do terreno, destacando a importância da chuva antecedente. Os

autores ainda ressaltaram as diferenças de padrões e regimes pluviais entre as áreas de

risco do município de Cubatão e as planícies e baixas vertentes dos outros municípios

da Baixada. A cidade de Cubatão apresentou totais pluviais mais elevados, decorrentes

do efeito orográfico, além de possuir frequência de chuva intensa maior para os totais

mais elevados durante o verão (acima de 150mm), comparado a faixa inferior, de 100 a

150mm, tornando a área ainda mais suscetível aos movimentos de massa.

Soares (2006) estudou a relação entre precipitação diária e deslizamentos na região de

Angra dos Reis a partir de uma série pluviométrica de 25 anos (1980-2004). Foi

definido o limiar pluviométrico a partir do qual os deslizamentos ocorrem, com base em

gráficos temporais de acumulados de precipitação e histórico de movimentos de massa.

No entanto, a autora não conseguiu identificar valores de precipitação bem definidos

para o desencadeamento dos escorregamentos. Os gráficos que melhor representaram

uma divisão com e sem deslizamentos foram os acumulados de 2 e 3 dias de

precipitação.

Castro (2006) determinou os limiares pluviométricos críticos da região de Ouro Preto -

MG, a partir da investigação de 415 ocorrências de escorregamentos verificadas num

período de 17 anos (1988 – 2004). Foi possível determinar que as chuvas acumuladas

nos 5 dias antecedentes são as que mais influenciam na deflagração dos

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escorregamentos. Os valores pluviométricos desencadeantes dos eventos generalizados

(mais de um acidente no mesmo dia) foram da ordem de 129mm de chuva acumulada

em cinco dias com chuvas diárias de 55mm. A Figura 2.12 mostra a curva de correlação

entre precipitação diária e acumulada para escorregamentos generalizados.

Figura 2.12 – Curva de correlação entre precipitação diária e acumulada de cinco dias para

escorregamentos generalizados (Castro, 2006).

No mesmo ano, Pedrosa (2006) estabeleceu uma relação numérica entre pluviosidade e

movimento gravitacional de massa para a área urbana de Mariana, MG e definiu as

áreas de maior risco associado aos escorregamentos. O geoprocessamento foi uma

ferramenta utilizada para análise dos dados de escorregamento e possibilitou a

identificação das áreas que possuem maiores problemas. A equação encontrada pelo

autor para possibilidade de escorregamentos baseado na precipitação acumulada de 6

dias foi PA = 128569 x PD-2,1433

, onde PD é a precipitação diária e PA a precipitação

acumulada.

Utilizando um método diferenciado da maioria dos outros trabalhos, Ogura et al. (2008)

fizeram uma retroanálise de eventos de escorregamentos e suas correlações com eventos

chuvosos, na região da Serra do Mar no Estado de São Paulo. Os diversos cenários de

risco de escorregamentos avaliados na região estavam relacionados com atividades

humanas: núcleos habitacionais, rodovias, dutovias, sistemas de captação e

Curva de Correlação para Acumulada de 5 Dias

y = 6386,6x-1,3847

R2 = 0,9819

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

110,0

120,0

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150

Precipitação Acumulada - PA (mm)

Pre

cip

itação D

iária -

PD

(m

m)

Com registros

Sem registros

Envoltória

Acumulada de 5 dias

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abastecimento de água, linhas de transmissão de energia elétrica, ferrovias, plantas

industriais, etc. A Tabela 2.9 mostra os quatro acidentes analisados no estudo sob o

conceito de evento extremo, considerando os índices de chuva deflagradores, porte e

abrangência espacial dos processos geológicos e repercussões sociais e econômicas.

Tabela 2.9 – Dados dos acidentes analisados.

MUNICÍPIO LOCAL DATA mm/h PROCESSOS

Caraguatatuba Bacia do rio Santo

Antonio, Vale do

Caxeta e Camburu 1967 586mm/48h

Escorregamentos

generalizados, corridas

de massa e inundações.

Cubatão Escarpas da Serra

do Mar 1985 379,4mm/48h

Escorregamentos

generalizados, corridas

de massa, enchentes e

inundações.

Cubatão Bacia do rio das

Pedras 1994 248mm/24h

Escorregamentos

generalizados, corridas

de massa e inundações.

Cubatão Bacia do rio

Pilões 1999 200mm/48h

Escorregamentos

localizado,

profundo/estruturado,

corrida de massa.

Sob a ótica de eventos extremos, foram observadas as diferentes condições de

precipitação, considerando acumuladas diárias e intensidades horárias, e envolvendo

eventos de caráter regional e local em termos de domínio espacial das chuvas, as

diferentes manifestações dos movimentos de massa nas encostas e a gama de cenários

de risco e respectivos danos associados.

O trabalho de Parizzi et al. (2010) correlacionou taxas de precipitação e

escorregamentos em Belo Horizonte, MG; durante dois períodos chuvosos, relativos aos

anos de 2006/2007 e 2007/2008. Foram utilizados pluviógrafos, instalados em

diferentes regiões de Belo Horizonte, caracterizadas por terrenos instáveis e susceptíveis

aos processos de escorregamentos. Segundo os autores, as numerosas ocorrências de

escorregamento estão relacionadas, predominantemente, a eventos de chuva

excepcionais associados às características geológicas e geotécnicas dos solos e rochas

do município, uma vez que em Belo Horizonte predominam solos residuais de gnaisse,

xistos, filitos e depósitos de tálus.

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Para os períodos analisados as precipitações acumuladas em 3 dias iguais ou superiores

a 100mm e chuvas diárias e intensas superiores a 70mm desencadearam maior número

de processos; já números iguais ou superiores a 6 escorregamentos/dia estavam

relacionadas a chuvas diárias intensas associadas ou não com chuvas acumuladas de 3

dias. Números inferiores a 6 escorregamentos tinham relação com chuvas acumuladas

entre 10 a 50mm, levando também em consideração as práticas incorretas de uso e

ocupação do solo.

O estudo realizado por Bandeira (2010), na Região Metropolitana de Recife, utilizou

informações como base de dados das ocorrências de deslizamentos de encostas; estudos

geológico-geotécnicos dos materiais presentes na área; e registros de índices

pluviométricos. Os estudos geológico-geotécnicos buscaram analisar as características

dos diversos materiais presentes nas encostas ocupadas da área, com o objetivo de

caracterizá-las para auxiliar o entendimento dos mecanismos de escorregamentos.

Da base de dados dos movimentos de massa ocorridos nos municípios, verificou-se que

historicamente o mês de junho possui os maiores números de deslizamentos de encostas

na Região Metropolitana do Recife, o que está fortemente relacionado ao mês em que

ocorrem os máximos índices pluviométricos mensais.

Através dos registros dos índices pluviométricos, a autora concluiu que as chuvas em

intervalos menores que 24 horas são importantes para definição de parâmetros técnicos

e auxílio às ações de defesa civil, sendo necessário registrar a duração de uma chuva

concentrada para ajustes de parâmetros técnicos e direcionamento de ações preventivas.

Também ficou evidenciado que além dos índices críticos de acumulado de chuva em

72h e longo prazo, as chuvas diárias de 30mm também causam deslizamentos na Região

Metropolitana de Recife.

d‟Orsi (2011) estudou a ocorrência de movimentos de massa no trecho da Serra dos

Órgãos da Rodovia Federal BR 116 RJ, entre os quilômetros 86 e 104. Os resultados

obtidos nas correlações entre a pluviometria e os escorregamentos demonstraram que a

utilização da intensidade pluviométrica horária (mm/h) com a acumulada nas últimas 24

horas apresentou os melhores resultados na definição de um limiar pluviométrico crítico

para deflagração dos eventos.

Segundo o autor, este fato pode ser explicado pelas características geológicas das

encostas que margeiam a Rodovia no trecho estudado, uma vez que estas apresentam

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altas declividades e alto grau de fraturamento do maciço rochoso, dificultando o

desenvolvimento de espessas camadas de solo e contribuindo para o aumento da

velocidade das percolações superficiais e subsuperficiais, facilitando assim a

deflagração dos escorregamentos. A linha de tendência da correlação entre pluviometria

(mm/h x mm/24h) e os escorregamentos obtida pelo autor definiu a equação da curva y

= 620,77x-0,718

, onde “y” representa a intensidade horária (mm/h) e “x” a acumulada

diária (mm/24h), representada na Figura 2.13.

Figura 2.13 – Gráfico de correlação entre „mm/h‟ e „mm/24h‟ (d‟Orsi, 2011).

Recentemente, o Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ), por meio

do Núcleo de Análise e Diagnóstico de Escorregamentos - NADE/DRM-RJ, vem

executando trabalhos que analisam a correlação chuvas versus escorregamentos no

estado do Rio de Janeiro. Os relatórios técnicos mensais emitidos desde 2011 no

período das chuvas pela equipe técnica do NADE/DRM-RJ fazem diversas

considerações sobre os escorregamentos registrados em diversas cidades fluminenses e

os índices de chuva deflagradores dos mesmos. O objetivo de tais relatórios é contribuir

não só para o correto entendimento da tipologia e dos mecanismos de ruptura, como

também permitir a discussão sobre os índices pluviométricos críticos de acionamento do

alerta máximo nas diversas regiões. Estes trabalhos utilizam como base vistorias de

campo e dados pluviométricos do Instituto Estadual do Ambiente – INEA, do Sistema

de Meteorologia do Estado do Rio de Janeiro – SIMERJ e do Instituto Nacional de

Meteorologia – INMET. Com os avanços destes estudos desenvolvidos pelo DRM já foi

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possível sugerir ajustes dos antigos índices adotados para emissão de alerta e

acionamento de sirenes, de modo a torná-los mais operacionais para o DRM e a Defesa

Civil.

Salles e Amaral (2013) apresentam um exemplo da atuação do DRM em estudo

realizado na região serrana do Rio de Janeiro, mais especificamente nos municípios de

Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Os autores realizaram tentativas de correlação

utilizando os seguintes pares de pontos: 1h versus 24h, 1h versus 96h e 1h versus 30

dias. A correlação com o melhor ajuste foi a curva de 1h versus 24h, apresentada na

Figura 2.14.

Figura 2.14 – Curva pluviométrica crítica para Região Serrana do Rio de Janeiro (Salles e

Amaral, 2013).

O método aplicado, já adaptado, permite definir cenários em função do número de

ocorrências de escorregamentos, dos quais os mais notáveis são:

Cenário A: Escorregamentos ocasionais, com expectativa de ocorrência de

até 5 escorregamentos por município. Este cenário está relacionado ao

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domínio abaixo da curva amarela, com exigência de chuvas horárias muito

fortes, acima de 55mm/h, ou de chuvas diárias acima de 120mm/24h;

Cenário B: Escorregamentos esparsos, com expectativa de ocorrência de 5 a

25 escorregamentos por município. Este cenário está relacionado ao

domínio acima da curva amarela, com exigência de uma combinação de

chuvas da ordem de 30mm/h, 100mm/24h, 115mm/96h e 270mm/mês;

Cenário C: Escorregamentos generalizados, com expectativa de ocorrência

de mais de 25 escorregamentos por município. Este cenário está relacionado

ao domínio acima da curva vermelha, com exigência de uma combinação de

chuvas da ordem de 50mm/h, 120mm/24h, 130mm/96h e 300mm/mês.

Por fim, cabe citar o trabalho realizado por Molina et al. (2013), que utilizou dados

históricos de precipitação e dados diários de ocorrências de movimentos de massa,

ambos no período de 2003 a 2012, para investigar a relação entre os mesmos em alguns

bairros da cidade de São Bernardo do Campo, São Paulo. Após o tratamento dos dados

de precipitação e escorregamentos, foi aplicada a metodologia dos gráficos de

envoltórias, conjugando os valores de precipitação diária e precipitação acumulada nos

dias antecedentes, sendo considerado o acumulado de dois e três dias consecutivos.

Foram estabelecidos limiares de precipitação que, abaixo dos quais, os eventos de

deslizamentos não foram considerados na análise (Tabela 2.10).

Tabela 2.10 – Critério de precipitação proposto (Molina et al., 2013).

Aplicando cada um dos critérios considerados, os autores geraram os gráficos das

envoltórias. Através dos valores de R2 e da visualização das curvas ajustadas, foi

detectado o terceiro critério para acumulado de três dias consecutivos como o melhor

ajuste para o caso estudado, com R2 de 0,52 (Figura 2.15). A curva que se mostrou mais

adequada para previsão de deslizamentos no município foi representada pela equação

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abaixo, y = 143, 72.e -0,022x

, sendo y a precipitação diária e x a precipitação acumulada

em 3 dias.

Figura 2.15 – Envoltória de precipitação acumulada de 3 dias antecedentes com a precipitação

acumulada de 1 dia para o critério 3 (Molina et al., 2013).

Partindo do exposto, fica evidente que o número de trabalhos correlacionando

precipitação e movimentos de massa vêm crescendo consideravelmente, apesar das

dificuldades encontradas pelos pesquisadores, próprias deste tipo de estudo. Cada vez

mais trabalhos vêm procurando monitorar áreas de risco através do acompanhamento da

pluviosidade em redes de estações meteorológicas mais densas em intervalos de tempo

menores. Cabe ressaltar que não existe um intervalo de tempo ideal para caracterizar as

condições pluviométricas em que são prováveis as ocorrências de escorregamentos,

tendo cada região seu intervalo de tempo ótimo, tornando difícil a comparação entre os

limiares pluviométricos.

Atualmente, a GeoRio através do Sistema Alerta Rio, vem se destacando como órgão

geotécnico de excelência a nível mundial, com suas 33 estações pluviométricas

espalhadas pela cidade e um radar meteorológico que analisam as condições

meteorológicas em intervalos de 15 minutos e monitoram áreas cada vez menores,

emitindo alertas à população em casos de possibilidade de escorregamento e aos órgãos

municipais responsáveis pela retirada das famílias dos locais e outras ações preventivas.

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Apesar dos inconvenientes esse tipo de estudo constitui uma ferramenta importante no

gerenciamento de riscos, uma vez que fornece ferramentas técnicas para a defesa civil

dos municípios ou outras instituições no monitoramento das áreas críticas em relação

aos movimentos de massa ao longo do tempo a partir da análise da influência da

pluviosidade.

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CAPÍTULO 3

METODOLOGIA

O desenvolvimento da pesquisa foi dividido basicamente em três etapas, sendo a

primeira correspondente à revisão bibliográfica e caracterização da área estudada; a

segunda ao levantamento de dados pluviométricos, registros de movimentos de massa e

análises desses dados; e a terceira às tentativas de correlação, apresentação dos

resultados, conclusões e devidas recomendações para pesquisas futuras. Cada etapa será

descrita com detalhes nos itens seguintes.

3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

A revisão bibliográfica se concentrou na recuperação de trabalhos realizados em nível

nacional e internacional, especificamente sobre a correlação entre pluviometria e

movimentos de massa. Atualmente, muitos pesquisadores vêm estabelecendo tal

correlação com o propósito de encontrar valores limites de precipitação capazes de

deflagrar os diferentes tipos de movimentos de massa, tornando, deste modo, o tema

bastante difundido.

Esta etapa foi de suma importância para o desenvolvimento da metodologia deste

trabalho, uma vez que não existe um método padrão adequado para todas as situações,

dependendo este da disponibilidade de dados pluviométricos, registros de ocorrências

de movimentos de massa, além das características do meio físico da área estudada. Uma

boa metodologia estará sempre condicionada à quantidade e à qualidade dos dados,

podendo ser aperfeiçoada a partir da aquisição de um banco de dados maior e utilização

de novas tecnologias, favorecendo a obtenção de resultados mais satisfatórios.

Em seguida, a caracterização da área teve início com um levantamento, na bibliografia

existente, das principais características fisiográficas da região estudada com o objetivo

de se obter um melhor conhecimento do meio físico, no que diz respeito aos aspectos

climatológicos, geológicos e geomorfológicos, à vegetação e hidrografia. Também foi

realizado um estudo sobre o contexto histórico da região no que diz respeito ao processo

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58

de ocupação urbana e sua relação com os problemas de instabilidade geológico-

geotécnica.

3.2 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

Uma vez concluída a fase de pesquisa bibliográfica, os esforços foram concentrados nos

levantamentos dos dados pluviométricos e nos dados sobre as ocorrências de

movimentos de massa na sub-bacia do alto Ribeirão do Carmo, especificamente nas

áreas urbanas de Ouro Preto e Mariana, para o período entre 1988 e 2012. A maior parte

dos registros foi obtida a partir da compilação de dados contidos nas dissertações de

mestrado de Castro (2006) e Souza (2004).

Em seu trabalho, Castro (2006) preparou um cadastro referente tanto às ocorrências de

movimentos de massa registrados pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Ouro

Preto, quanto os dados de precipitação cedidos pela indústria local Novelis, entre os

anos de 1988 a 2004. Já o trabalho de Souza (2004) por sua vez, elaborou um cadastro

de ocorrências do município de Mariana, a partir da avaliação dos laudos expedidos

pelo Corpo de Bombeiros Voluntários, pela Guarda Municipal, Polícia Militar,

Prefeitura Municipal e Comissão Municipal de Defesa Civil (CONDEC). Em seguida

foi realizado o complemento dos cadastros de Castro e Souza até o ano de 2012

utilizando os dados das ocorrências de movimentos de massa disponibilizados pela

Defesa Civil de Ouro Preto e Mariana e os dados pluviométricos cedidos pela indústria

Novelis.

Uma vez concluído o levantamento de dados, foi realizada a análise destes registros.

Para os dados pluviométricos foi necessária uma análise de consistência, no sentido de

corrigir possíveis falhas e/ou erros de leitura ou digitação presentes na série histórica.

Em relação aos dados de movimentos de massa, uma triagem inicial das ocorrências foi

necessária para descartar todos os acidentes que não estavam relacionados diretamente

ao objetivo desta pesquisa.

3.2.1 Dados pluviométricos

Os dados de precipitação devem ser considerados de forma que sejam representativos de

toda a área em estudo, utilizando para isso, uma rede de pluviômetros capaz de coletar

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registros em vários pontos distintos. No entanto, no caso da região estudada não há

disponibilidade de uma rede de pluviômetros capaz de representar fidedignamente a

pluviosidade local. Apesar do inconveniente, a opção de aquisição dos dados para esta

pesquisa foi da estação meteorológica da Indústria Novelis compilados do trabalho

realizado por Castro (2006) para o período de 1988 até 2004 e completado até o ano de

2012 com dados fornecidos pela própria indústria, localizada no Bairro Saramenha em

Ouro Preto.

A Novelis, antiga Alcan, possui uma estação meteorológica na área objeto de estudo da

dissertação, cujas medidas diárias de pluviometria se iniciaram no ano de 1978. Este

posto de medição de chuvas possui uma boa série de precipitações ao longo dos anos,

com a existência de poucos períodos sem informações ou com falhas nas observações.

Os arquivos desta estação apenas dispunham de registros pluviométricos diários, ou

seja, milímetros acumulados em 24 horas, uma vez que as leituras são provenientes de

um pluviômetro que totaliza a chuva acumulada no dia anterior.

Para obtenção da correlação entre pluviosidade e movimentos de massa, o período de

dados de precipitação coletado foi idêntico ao período de cadastro de escorregamentos,

sendo utilizada uma série do período de 1988 a 2012. Foram então calculadas as médias

mensais e anuais, de modo a entender a disponibilidade de precipitação na área ao longo

dos anos e dessa forma, a sua relação com os fenômenos de deslizamentos registrados.

3.2.2 Dados sobre movimentos de massa

Os dados sobre os movimentos de massa foram obtidos inicialmente a partir do cadastro

já existente nos trabalhos de Castro (2006) e Souza (2004) para Ouro Preto e Mariana

respectivamente e complementados com dados fornecidos pelas Defesas Civis e Corpo

de Bombeiros de ambas as cidades para os anos seguintes. Também foi realizada uma

consulta na dissertação de Fontes (2011), onde consta uma relação de ocorrências de

movimentos de massa da cidade de Ouro Preto, no entanto esses registros já faziam

parte do banco de dados do trabalho de Castro (2006).

O levantamento de dados realizado por Souza (op. cit.), através das ocorrências

atendidas em Mariana, teve como objetivo fornecer subsídios para o ordenamento

territorial do município e agregar informações sobre o seu meio físico. Apesar do

objetivo desta dissertação diferir do trabalho de Souza, os procedimentos para o

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cadastramento das ocorrências foram os mesmos, podendo assim dar continuidade e

favorecer da utilização do cadastro já existente.

Todos os arquivos disponíveis registravam apenas informações dos anos de 1997, 2000,

2001, 2002 e 2003, uma vez que a Prefeitura de Mariana na época do referido trabalho

não possuía em sua estrutura administrativa e técnica um Órgão ou Secretaria

devidamente preparado para a avaliação e registro de eventuais acidentes geológico-

geotécnicos.

Já o trabalho de Castro (op. cit.) buscou entender a influência da precipitação no

desencadeamento de movimentos nas encostas urbanas de Ouro Preto, objetivo este

similar ao do presente trabalho, tornando possível a utilização do cadastro realizado pela

autora. Para Ouro Preto foram compilados dados do período de 1988 a 2004. O início

do cadastro de escorregamentos em 1988 se deve a não existência de registro das

ocorrências anteriores a esta data pelo Batalhão do Corpo de Bombeiros.

Após estes períodos, o inventário dos escorregamentos foi realizado com base no

levantamento das ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de

Ouro Preto e Mariana até o ano de 2012. A coleta dos dados para o cadastro foi

realizada verificando as datas e locais das mesmas para certificação que foram atendidas

nas áreas urbanas destas cidades. Os dados levantados foram organizados em planilhas

eletrônicas, segundo uma estruturação funcional que considerou a cidade, o bairro, a rua

e o número da casa onde ocorreu o problema; o ano, mês e dia da avaliação; e a

tipologia do movimento de massa, facilitando as análises e permitindo a construção de

gráficos (Figura 3.1).

Em alguns casos, com grandes volumes de chuva e elevado número de ocorrências de

movimentos de massa, o volume de informações, apesar de grande, apresentava

incertezas associadas e informações pouco aprofundadas por motivos como:

Solicitação realizada pelos moradores ou atendida pelo Corpo de Bombeiros

ou Defesa Civil no dia posterior ao ocorrido, não sendo possível identificar

esta falha de data na ocorrência;

Dificuldade no entendimento de qual fenômeno realmente ocorreu através

do boletim de ocorrência, devido à utilização de termos populares confusos

e generalizados que comprometem a confiabilidade dos dados.

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Figura 3.1 – Planilha eletrônica com os dados dos laudos de vistoria das áreas onde foram

registrados os movimentos de massa, com representação parcial do cadastro.

Os escorregamentos não foram analisados a partir do horário em que ocorreram, e sim

pelo dia em que foi feito o boletim de ocorrência, uma vez que no mesmo não é

mencionado o horário exato do evento, normalmente devido à falta de testemunhas

oculares com preocupação específica em registrar a hora e o minuto da deflagração do

movimento.

Cabe ainda mencionar os movimentos de massa que provavelmente não foram

registrados e, portanto, não foram computados nessa pesquisa, por ocorrerem nas áreas

urbanas, porém sem atingir locais habitados. Dessa forma, a Defesa Civil ou o Corpo de

Bombeiros não foram solicitados pela população para registrarem essas ocorrências.

Em seguida, foi realizada uma breve análise estatística das informações sobre as

ocorrências dos movimentos de massa objetivando um melhor entendimento da

distribuição das mesmas no tempo e no espaço, e, portanto, da suscetibilidade em

relação a estes fenômenos. Estas informações foram organizadas em gráficos e tabelas

de modo a facilitar o seu entendimento geral.

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3.2.3. Análise de consistência dos dados pluviométricos

De posse da série histórica de precipitação da estação meteorológica da Indústria

Novelis, foi necessário analisar sua consistência dentro de uma visão regional, para

comprovar o grau de homogeneidade dos dados em relação às observações registradas

em postos vizinhos e confirmar a possibilidade de utilização destes dados para toda a

área objeto de estudo (Ouro Preto e Mariana).

A série histórica completa utilizada neste trabalho contemplou os anos de 1988 a 2012.

Para os dados dos anos de 1988 a 2004, compilados do trabalho de Castro (2006), não

foi necessária a realização desta análise, uma vez que a autora já o tinha feito em sua

pesquisa. Para esta análise, a autora procurou outros dados na região que pudessem ser

comparados aos dados da Estação da Novelis, encontrando apenas dois postos de

medição de chuvas que pudessem ser utilizados. Os postos pluviométricos mais

próximos aproveitados para análise foram a estação administrada pelo INMET,

implantada no Campus do CEFET-OP e desativada em 1993, e a estação da Barragem

do Germano da Samarco Minerações S/A, onde há leituras diárias das chuvas.

Castro (2006) realizou a análise de consistência em duas partes, inicialmente

comparando os dados da Novelis com os dados do INMET, de 1989 a 1992, e em

seguida comparando os dados da Novelis com os da Samarco, no período de 1995 a

2004, uma vez que os dados da Samarco são mais recentes, a partir de 1995.

A análise de consistência do período de 2005 a 2012 foi realizada utilizando os dados da

Samarco, única estação presente na região passível de comparação com os dados da

Novelis. Foram comparadas apenas as precipitações mensais e anuais no período entre

essas duas estações, uma vez que no banco de dados da Samarco faltaram alguns

registros de chuvas diárias, impossibilitando esta análise entre os dois postos.

Gráficos de colunas foram elaborados em planilhas eletrônicas comparando as médias

mensais das duas estações, para avaliar se a tendência coincide. Em seguida gráficos de

dispersão foram preparados para analisar a correlação das médias mensais dos dois

postos e a correlação dos valores acumulados anuais, objetivando conhecer a relação

entre os valores coletados em pontos diferentes. A correlação se mostra satisfatória

quando o R² da linha de tendência dos pontos do gráfico se aproximar do valor unitário.

Apesar da análise de consistência realizada por Castro (2006), gráficos de colunas e de

dispersão foram gerados tanto para o período de 2005 a 2012, como para toda a série

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histórica de dados disponível da Samarco (1995 a 2012), com o intuito de observar o

comportamento geral dessa série em relação à série da Novelis.

3.2.4. Tratamento dos dados de movimentos de massa

Uma vez reunidos todos os dados sobre os eventos registrados na região estudada,

iniciou-se o tratamento dos mesmos para adequação aos objetivos do trabalho. No

cadastro cedido por Souza (op. cit.) foram considerados registros de possibilidade de

ocorrência e número de ocorrências propriamente ditas de problemas como

escorregamento de solo, movimentação de blocos, inundações, trincas em solo e em

residências. No entanto, a falta de informações suficientes para entendimento dos

registros de possibilidade de ocorrências, fez com que os estes fossem excluídos do

cadastro final, assim como as ocorrências referentes a inundações e trincas que não

interessam para o objetivo desta pesquisa. Já o cadastro final produzido por Castro (op.

cit.) foi utilizado sem nenhuma restrição, uma vez que a autora considerou apenas as

ocorrências relacionadas aos movimentos de massa para o desenvolvimento da

metodologia de sua dissertação.

No que diz respeito aos boletins de ocorrências cedidos pela Defesa Civil e pelo Corpo

de Bombeiros das cidades de Ouro Preto e Mariana, foi realizada uma triagem inicial

considerando apenas ocorrências referentes a movimentos de massa, descartando todas

as ocorrências relativas à inundação, erosão e possibilidade de ocorrência de

escorregamentos. Também foram eliminadas todas aquelas não relacionadas

diretamente à pluviosidade. Normalmente nestes casos, o rompimento estava associado

à ocupação das encostas por assentamentos precários que foram penalizados pelo

rompimento de tubulações de água e esgoto, falhas na construção civil, execução de

corte e aterros instáveis, deposição de lixo nas encostas, entre outros.

Uma última triagem foi realizada deixando somente os escorregamentos no cadastro

final utilizado para a correlação entre pluviosidade e movimentos de massa, devido a

maior influência da precipitação nestes fenômenos e obtenção de melhores resultados

nas análises.

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3.3 CORRELAÇÃO ENTRE PRECIPITAÇÃO E OS ESCORREGAMENTOS

Após a análise dos dados de chuva e a filtragem criteriosa dos casos de

escorregamentos, o desenvolvimento da pesquisa prosseguiu com a execução de estudos

numéricos e gráficos que verificaram a possibilidade de se determinar a correlação entre

estes dados para os municípios de Ouro Preto e Mariana. O estudo de correlação foi

realizado por meio da comparação entre os valores de precipitação que causaram

escorregamentos e os que não causaram com o objetivo de se determinar uma relação

numérica entre estes dois parâmetros, possibilitando a prevenção de riscos de

escorregamentos por meio do monitoramento e da previsão dos índices de precipitação.

Inicialmente, foi analisada a quantidade de dias de chuva acumulada que influenciam

nos movimentos de massa, devido à importância desse parâmetro para a saturação dos

solos e consequente deflagração dos escorregamentos. Posteriormente, foram

elaborados gráficos da chuva diária pela chuva acumulada, onde foram lançados todos

os pontos com e sem escorregamentos, definindo uma curva que mostra a melhor

separação desses pontos. Esta curva representa a relação numérica entre a quantidade de

chuva acumulada nos dias antecedentes e a chuva ocorrida no dia do evento. A equação

que melhor se ajustou a esta curva definiu a relação numérica entre as duas variáveis.

Para os estudos dessa correlação, foram selecionados alguns anos específicos em que a

quantidade de ocorrências de movimentos de massa foi mais significativa. A análise foi

realizada levando em consideração o período hidrológico considerado de outubro a

março, de modo a representar melhor o período das chuvas e suas consequências.

Portanto a análise se deu considerando o final de um ano e o início do outro.

A análise dos dados e as tentativas de correlações foram realizadas de duas maneiras

distintas visando encontrar o resultado que melhor representasse a realidade local.

Inicialmente se procedeu a verificação do nível de precipitação capaz de desencadear os

escorregamentos para ambas as cidades. Em seguida, as mesmas foram analisadas

separadamente, para a validação ou não da análise anterior.

Como as análises foram realizadas para ambas as cidades e em seguida separadamente,

os anos escolhidos para o estudo da correlação não coincidiram devido à

disponibilidade de dados destes munícipios. Para a análise da área urbana da sub-bacia

do alto Ribeirão do Carmo (Ouro Preto e Mariana) os anos hidrológicos considerados

foram 1989/1990, 1990/1991, 1991/1992, 1995/1996, 1996/1997, 1999/2000,

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2001/2002, 2002/2003, 2005/2006, 2006/2007, 2010/2011 e 2011/2012. Analisando

apenas os registros de Ouro Preto os anos utilizados foram 1989/1990, 1990/1991,

1991/1992, 1995/1996, 1996/1997, 2001/2002, 2002/2003, 2005/2006, 2006/2007 e

2011/2012. Já para Mariana, os dados disponíveis foram dos anos de 1996/1997,

1999/2000, 2001/2002, 2002/2003, 2010/2011 e 2011/2012.

3.3.1. Análise do número de dias de chuva acumulada mais efetivo nos processos de

escorregamentos

O método utilizado para análise do número de dias de chuva acumulada de influência

mais efetiva nos processos de movimentos de massa foi a construção de diagramas de

dispersão dos valores acumulados de chuva com a indicação dos dias em que houve

ocorrência de escorregamento.

Foram experimentados os valores acumulados de 2, 3, 4, 5, 6, e 7 dias para verificação

da melhor distribuição, com o objetivo de determinar o menor número de dias a partir

do qual existe uma separação entre os eventos de chuva acumulada com e sem

escorregamento. Um número grande de dias, de 15 ou 30 dias, pode ser testado, no

entanto, isto não foi feito, uma vez que o ideal é que se estabeleça o menor número de

dias possível, tendo um intervalo grande perda da sua aplicabilidade devido à falta de

confiabilidade no prognóstico.

Para a construção dos diagramas, foram plotados os pontos com e sem escorregamentos

pela data de sua ocorrência para cada ano escolhido para análise de correlação. Através

destes diagramas tentou-se estabelecer um valor limite de precipitação que inicia o

processo de movimentação e o menor número de dias de chuva acumulada que

influencia no desencadeamento dos escorregamentos para todos os anos e para cada

período separadamente. Como mencionado anteriormente, a construção dos diagramas

de dispersão foi realizada para ambas as cidades e, em seguida, analisando cada uma

separadamente, com o intuito de verificar se a quantidade de dias de chuva acumulada

coincidia em ambos os casos.

A Figura 3.2 exemplifica um diagrama de dispersão, onde a linha vermelha indica a

quantidade de precipitação acumulada de N dias a partir da qual começam ocorrer os

escorregamentos.

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Figura 3.2 – Exemplo de um diagrama de dispersão.

Para obtenção de resultados mais satisfatórios esta análise foi realizada levando em

consideração os dados pluviométricos dos períodos hidrológicos dos mesmos anos

utilizados para correlação. Assim sendo, foram excluídos os registros de

escorregamentos em datas fora destes períodos, além dos registros em dias sem nenhum

evento de chuva na data do ocorrido e nos dias antecedentes a ele. No que se refere aos

dados pluviométricos que não causaram escorregamentos, também foi considerado o

mesmo período adotado para os dados de escorregamentos, restringido somente aos

períodos chuvosos.

3.3.2. Relação numérica entre pluviosidade e escorregamentos

A partir do conhecimento prévio do número de dias de chuva acumulada que mais

influencia nos processos de movimentos de massa, foi determinada a relação

matemática entre a quantidade de precipitação e os escorregamentos, através da

construção de um gráfico da chuva acumulada pela chuva diária do dia da ocorrência.

Para este tipo de gráfico, utilizou-se o valor da chuva em 1 dia correlacionando-o com a

chuva acumulada em N dias, excluindo-se o valor da precipitação do dia da ocorrência.

Essa relação expressa quantitativamente o grau de suscetibilidade aos processos.

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Para a elaboração do gráfico de correlação foram utilizadas planilhas eletrônicas do

programa Microsoft Excel 2010, onde constam todos os dados de escorregamentos dos

anos escolhidos para as análises. Inicialmente, foram feitos gráficos utilizando todas as

ocorrências registradas, ou seja, escorregamentos isolados ou generalizados, sendo

respectivamente, uma única ocorrência no dia e mais de uma ocorrência em um mesmo

dia. Em seguida, gráficos apenas com registros de escorregamentos generalizados foram

gerados objetivando melhorar os resultados das correlações.

Nos gráficos foram lançados todos os pares de pontos pluviométricos com registro de

ocorrências e sem registros associados. Em seguida, uma curva que mostrou a melhor

separação entre estes pontos foi traçada, ou seja, uma linha de tendência foi desenhada

tangenciando o maior número de pares de pontos pluviométricos referentes a

escorregamentos que apresentassem os valores mais baixos e, ao mesmo tempo,

evitando-se o maior número de par de pontos pluviométricos sem registros de

ocorrências associados, como exemplificado na Figura 3.3.

Uma vez traçada esta curva, foi estabelecida a sua equação representativa. Esta equação

demonstra a relação numérica entre as variáveis precipitação acumulada e precipitação

diária para deflagração de movimentos de massa. Este procedimento foi realizado tanto

para as duas cidades, como feito para cada uma separadamente.

Figura 3.3 – Exemplo de um gráfico de correlação entre precipitação e escorregamentos.

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Uma vez finalizada a etapa de correlação, os consequentes resultados foram avaliados e

as conclusões da pesquisa e recomendações relativas à utilização dos resultados foram

sintetizadas no capítulo final da Dissertação.

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CAPÍTULO 4

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1. DADOS PLUVIOMÉTRICOS

Para conhecimento da pluviometria na área estudada foram utilizados dados da estação

pluviométrica da Indústria Novelis localizada no bairro Saramenha, em Ouro Preto. Esta

estação fornece dados diários, desde o ano de 1978, proporcionando um maior número

de ocorrências de movimentos de massa registrados com sua pluviometria medida. No

entanto, o fato destes registros serem apenas diários pode comprometer a confiabilidade,

devido às discrepâncias entre à hora exata das ocorrências e a hora das medições de

precipitação.

O total anual de precipitação medido neste posto, para o período de 1988 a 2012, variou

de 1.005,05 a 2.512,4mm com uma média de 1620mm. A Figura 4.1 mostra a variação

da precipitação anual ao longo da série.

Figura 4.1 – Precipitação anual no período de 1988 a 2012.

É possível notar na Figura 4.1 que alguns anos apresentaram índices pluviométricos

acima da média registrada ou bem próximos deste valor. Não por acaso, a grande

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Pre

cipit

ação

(m

m)

Anos

Índices Pluviométricos Anuais (1988 - 2012)

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maioria destes anos foram utilizados para o estudo de correlação entre movimentos de

massa e precipitação, posto que o número de ocorrências registradas foi maior. No

entanto, para as análises de correlação o intervalo de interesse são os meses de maior

precipitação (outubro a março) sendo este período considerado neste trabalho como ano

hidrológico. Os anos hidrológicos escolhidos foram 1989/1990, 1990/1991, 1991/1992,

1995/1996, 1996/1997, 1999/2000, 2001/2002, 2002/2003, 2005/2006, 2006/2007,

2010/2011 e 2011/2012.

Apesar dos elevados índices de chuva registrados nos anos de 2004, 2008 e 2009, estes

não fizeram parte do estudo de correlação, uma vez que não foi possível ter acesso às

ocorrências de 2004, devido um alagamento nas instalações do Corpo de Bombeiros de

Ouro Preto e os anos de 2008 e 2009 terem registrados poucos acidentes geotécnicos. Já

para Mariana, a Prefeitura da cidade apenas tinha disponível dados dos anos de 1997,

2000, 2001, 2002, 2003, 2010, 2011, 2012.

Levando em consideração o período de chuvas dos anos escolhidos para correlação, o

total de precipitação medido na estação da Indústria Novelis variou de 1880mm em

1996/1997 a 1205,7mm em 2005/2006 com uma média de 1519,5mm (Figura 4.2).

Figura 4.2 – Precipitação dos anos hidrológicos utilizados para correlação entre pluviosidade e

escorregamentos.

Tomando como base a variação da precipitação média mensal, confirma-se na Figura

4.3 que a estação seca, vai de abril a setembro e a estação chuvosa, de outubro a março.

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1000

1500

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Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Ano Hidrológico

Índices Pluviométricos para Anos Hidrológicos

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Os dados levantados demonstram que o trimestre de dezembro, janeiro e fevereiro,

correspondente ao verão, concentra aproximadamente 51,2% do total médio anual de

precipitação, seguindo da primavera (26,9%), do outono (19,8%) e inverno (2,1%).

Figura 4.3 – Precipitação média mensal no período de 1988 a 2012.

4.2. ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA DOS DADOS PLUVIOMÉTRICOS

A análise de consistência foi realizada para a determinação da homogeneidade das

cidades de Ouro Preto e Mariana quanto à pluviosidade, e deste modo, possibilitar a

utilização dos dados de chuva da estação meteorológica da Indústria Novelis, situada

em Ouro Preto, para análise de correlação entre escorregamentos e precipitação nos dois

municípios.

Da série histórica utilizada para o estudo da correlação (1988 a 2012), a análise de

consistência dos dados compilados do trabalho realizado por Castro (2006) (período de

1988 a 2004) não se fez necessária, pois a autora já havia realizado tal análise utilizando

dados da estação do INMET, implantada no Campus do CEFET-OP, para os anos de

1989 a 1992, e da estação da Barragem do Germano da Samarco Minerações S/A, para

os anos de 1995 a 2004.

Segundo a autora, a análise de consistência dos dados pluviométricos da Novelis em

relação aos do INMET e da Samarco obtiveram resultados satisfatórios, podendo ser

considerados homogêneos em termos de chuvas totais com médias mensais. Em termos

de chuvas diárias, a correlação entre as estações não foi satisfatória, no entanto os

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350JA

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ação

(m

m)

Média Mensal de Precipitação (mm)

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registros da Novelis foram utilizados para este estudo, uma vez que a região não

disponibiliza de uma rede de estações capaz de representar de forma confiável a

pluviosidade local e pela localização mais centralizada deste posto de medição na área

de estudo.

Para o período seguinte ao do trabalho de Castro (2005 a 2012), os índices

pluviométricos da estação da Samarco foram utilizados para verificar a consistência dos

dados coletados na Novelis. Nenhuma outra estação foi encontrada na área para

realização desta análise.

Cabe aqui mencionar que, apesar da análise ter sido feita por Castro (2006) para o

intervalo de 1995 a 2004, a mesma foi refeita utilizando todos os dados do intervalo de

tempo disponível da Samarco (1995 a 2012), com o objetivo de se ter uma visão geral

do comportamento dessa série em relação à da Novelis. Os dados disponibilizados e

utilizados para a análise de consistência estão apresentados na Tabela 4.1.

As medidas pluviométricas diárias da estação meteorológica da Samarco para a maior

parte do período não são conhecidas, tornando assim impraticável a comparação entre

esses valores para as duas estações.

Em relação às médias mensais foi elaborado um gráfico de colunas para analisar se as

tendências dos postos da Novelis e Samarco correspondem. Na Figura 4.4 é possível

notar que os comportamentos das médias são equivalentes para as duas estações

meteorológicas, coincidindo os meses mais chuvosos, assim como os meses mais secos.

Observando o gráfico se percebem, porém, diferenças significativas entre as médias de

alguns meses. As maiores diferenças se encontram nos meses de fevereiro, setembro,

outubro e dezembro, sendo neste último a mais expressiva. Em geral, as médias mensais

de precipitação da Samarco foram maiores do que as médias da Novelis.

Através do gráfico de correlação entre os postos, mostrado na Figura 4.5, se visualiza

uma relação satisfatória, confirmada pelo valor do R2 da linha de tendência, adicionada

aos pontos, igual a 0,9852. Esse valor próximo ao valor unitário significa que os dois

postos de coleta de dados pluviométricos possuem uma boa correlação. O ponto mais

afastado da linha de tendência equivale ao mês de dezembro, já mencionado

anteriormente.

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Tabela 4.1 – Dados pluviométricos mensais (mm) da Novelis e Samarco para análise de consistência.

NOVELIS SAMARCO

ANO Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

1995 152,1 188,5 225,1 64,7 24,3 4,5 1,7 0 15,7 178,3 198,3 514,5 1567,7 153,7 103,9 236,1 79,2 9,4 0 0,1 0 70,3 135,3 145,9 509,2 1443

1996 148 275,3 167,4 51,6 49,4 0 0 5,6 96,5 153,2 407,3 400,5 1754,8 73,5 191,9 101,1 95,1 43,9 1 3,2 14,6 126,1 198,6 402,8 363,7 1616

1997 572,9 138,1 208 96,5 20,8 0 0 3,1 90,6 194,3 189 165,6 1678,9 402,4 122,9 163 100,3 32,7 16,5 0 2,5 152,4 134,4 305,2 531,3 1964

1998 322,4 299,3 114,9 70 70,5 0,7 3,2 41,4 18,8 164,3 233,5 166,7 1505,7 345,7 418,9 90,2 58,9 98,7 3,9 2,2 70,8 19,9 266,9 324,6 214,1 1915

1999 152,9 120,2 336 23 1,5 3,9 0,1 0 37,8 87,6 298,6 252,8 1314,4 103,6 119,4 182,9 8,4 7,4 1 11,6 0 90,4 144,8 300,8 461,2 1432

2000 490,5 131,9 179,4 20,4 4 0 12,3 29,7 75,9 77,2 337,1 272,5 1630,9 649,3 163,6 287,6 36,6 4,1 6,7 7,2 36,7 188,3 53,7 215,2 338,9 1988

2001 251,9 75,4 188,8 24 38,9 0 2,5 16,2 60,8 114,2 341,2 347,7 1461,6 243,7 33,9 127,2 37,9 54,1 1,2 12,5 41 72,9 127,3 329,4 348,4 1430

2002 343,6 280,1 112,3 25,8 71,5 0 1 44,5 127,4 30,6 368,3 449,1 1854,2 681,1 379,9 103,1 22,9 59,3 0 2,6 4,6 137,3 56,3 386,5 500,5 2334

2003 502,1 59 158 61,6 15,8 0 1,4 33,5 22,4 70,1 279,1 265,5 1468,5 511,8 77,3 278,2 61 10,5 0 6,2 47,8 37 60,3 307,8 398,2 1796

2004 261,4 318 241,7 149,6 50,3 21,6 43,4 0 0 68,9 221,7 390,9 1767,5 372,0 422,6 187,8 324,0 63,7 33,8 61,8 0,0 0,0 142,7 185,6 425,2 2219

2005 284,3 220,2 383,1 112,3 71,1 19,4 15,6 21,8 77,8 51,5 249,9 301,4 1808,4 381,1 303,7 320,7 80,1 29,1 13,5 33,6 4,1 106,8 104,9 380,9 594,7 2353

2006 140,5 105,5 356,9 63,9 17,8 8,1 1,3 16,8 60,4 192,9 254,8 374,1 1593 123,1 202,7 404,7 63,7 0,0 11,0 6,1 14,3 110,1 243,4 349,8 474,7 2004

2007 341,6 149,3 60,6 42,7 16,8 0 8,8 0 33,1 104,8 123,1 147 1027,8 336,9 196,4 50,3 193,7 13,4 3,8 13,1 0,0 23,0 165,6 226,6 261,2 1484

2008 267,2 138,3 227,8 126,3 0 6,7 0 26,9 103,4 62,4 278,1 471,6 1708,7 338,9 178,4 414,2 141,0 5,1 3,9 0,7 53,7 98,4 59,6 292,3 638,2 2224

2009 465,7 319,6 271,6 81 13,4 28,5 17,4 25,1 85,3 140 276 336,5 2060,1 565,1 346,4 329,5 120,3 17,0 41,6 12,8 28,0 100,8 345,3 156,9 342,8 2406

2010 143,4 71,1 316,8 142,5 37,1 6,4 0 0 33,9 148,81 356,6 356,6 1613,2 128,0 99,1 250,1 74,6 36,5 3,4 9,1 2,2 64,9 164,0 317,6 325,0 1475

2011 266,6 82,7 268,4 85,8 0 15,6 0 0 3,9 155 413,4 565,9 1857,3 108,0 232,2 431,7 67,6 12,6 21,7 0,0 1,5 11,8 158,1 557,4 699,5 2302

2012 455,5 63,3 151,9 47,7 57 49,4 0 9,2 17,3 88,7 300,3 218,8 1459,1 395,4 186,9 273,6 66,9 56,2 11,0 1,1 6,1 7,9 64,4 338,7 48,1 1456

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Figura 4.4 – Comparação das médias mensais dos dados da Novelis e Samarco de 1995 a 2012.

Figura 4.5 – Gráfico de correlação entre as médias mensais de precipitação das estações da

Novelis e Samarco.

Também foi utilizado o método da dupla massa para a análise de consistência dos dados

de chuva. Os valores anuais de precipitação foram acumulados para os dois postos e

plotados num gráfico cartesiano, sendo os valores acumulados correspondentes ao posto

a validar (Novelis) nas ordenadas e o outro posto adotado como base de comparação

(Samarco) nas abscissas. Por esse método foi possível identificar a consistência entre os

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Méd

ia d

as P

reci

pit

ações

(m

m)

Comparação entre Médias Mensais

Samarco

Novelis

y = 0,8771x - 2,5507

R² = 0,9852

0

50

100

150

200

250

300

350

400

0 100 200 300 400 500

Pre

cip

itaç

ão N

ov

elis

(m

m)

Precipitação Samarco (mm)

Análise de Correlação

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dados, uma vez que não houve mudança de declividade ou tendência da linha traçada

entre os pontos. O gráfico pode ser visualizado na Figura 4.6.

Cabe aqui mencionar que a análise de consistência, no período de 1989 a 1992,

realizada por Castro (2006), utilizando como base de comparação um posto de medição

de chuva dentro da cidade de Ouro Preto, não compromete a confiabilidade da

correlação em função dos dados de Mariana. Esta cidade só possui registros de

escorregamentos a partir do ano de 1997, ano em que os dados da Samarco já eram

disponíveis para comparação da semelhança quanto à pluviosidade de Ouro Preto e

Mariana.

Figura 4.6 – Método de Dupla Massa utilizado para as estações da Novelis e Samarco.

Por último, a inexistência de estações meteorológicas próximas à área estudada

impossibilitou a realização de uma análise de consistência mais satisfatória. É

incontestável a distância existente entre as duas estações pluviométricas e entre a

estação da Samarco e a cidade de Mariana, em adição às diferenças fisiográficas

existentes entre os pontos, ou sejam altimetria, regime diferenciado dos ventos e do

clima em geral. Ouro Preto possui clima mais ameno, topografia mais acentuada e mais

sujeita a chuvas orográficas, já Mariana possui uma topografia suave, com regime de

ventos possivelmente mais intenso. Todos esses fatores pressupõem que a pluviometria

entre as duas cidades seja diferente (Figura 4.7).

y = 0,8333x + 250,78

R² = 0,9989

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

0 10000 20000 30000 40000

Pre

cip

itaç

ão A

cum

ula

da

Nov

elis

(m

m)

Precipitação Acumulada Samarco (mm)

Análise de Consistência

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Figura 4.7 – Localização dos municípios de Ouro Preto e Mariana e das estações meteorológicas

da Novelis e Samarco (Fonte: Google Earth).

No entanto, apesar da distância entre os postos da Novelis e Samarco, os resultados

obtidos demonstraram que os dados dessas estações possuem certa consistência,

podendo ser considerados homogêneos em termos de médias mensais. Deste modo, se

confirma a possibilidade de utilização dos registros da Novelis como fonte para a

pesquisa de correlação entre escorregamentos e precipitação na região estudada, já que

não há disponibilidade de dados de outras estações pluviométricas na região.

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4.3. OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTOS DE MASSA

O cadastro final dos movimentos de massa desta pesquisa consta das ocorrências de

Castro (2006) e Souza (2004) para Ouro Preto e Mariana respectivamente, acrescidas

das ocorrências levantadas junto a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros destas cidades.

A triagem inicial do cadastro foi realizada com exclusão de todos os registros de

inundação, erosão e possibilidade de escorregamentos, restando 769 ocorrências de

diversos tipos de movimentos, entre escorregamentos, início de escorregamentos, queda

e rolamento de blocos, corrida de lama e solapamento. Muitos desses acidentes se

deram de forma complexa ocorrendo mais de um tipo de movimento ao mesmo tempo.

Das ocorrências restantes foram retiradas ainda aquelas referentes aos outros tipos de

movimentos que não fossem os escorregamentos e aquelas em que o processo não

estava diretamente ligado à pluviosidade, ou seja, sem precipitação no dia do desastre e

nos últimos 30 dias antecedentes. Restaram, portanto, 622 ocorrências para o cadastro

final, sendo 435 de Ouro Preto e 187 de Mariana. As distribuições mensal e anual das

ocorrências analisadas na região podem ser visualizadas nas Figuras 4.8 e 4.9,

respectivamente.

Figura 4.8 - Distribuição mensal do número de ocorrências de escorregamentos entre os anos de

1989 e 2012 nas cidades de Ouro Preto e Mariana.

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

329

44 15 4 1 0 0 0 2

17

59

151

Distribuição Mensal das Ocorrências de Escorregamentos

(1988-2012)

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Figura 4.9 - Distribuição anual do número de ocorrências de escorregamentos nas cidades de

Ouro Preto e Mariana.

Observa-se que nos meses de novembro a fevereiro foram registradas mais de 40

ocorrências mensais, fato associado ao período de chuva concentrado exatamente nestes

meses. Janeiro foi o mês que historicamente apresentou maior número de ocorrências na

região, com um total de 329 acidentes (aproximadamente 53%), seguido de dezembro

com 151 (24%). No período hidrológico (outubro a março), foram registrados 98,9% do

total de ocorrências para o período considerado (1989 a 2012).

A análise da distribuição anual dos eventos selecionados indicou 19,3% das ocorrências

no ano de 1997, seguido de 2003 com 12,7% e 2011 e 1992 com 8 e 7,7%

respectivamente.

Para o munícipio de Ouro Preto, após todas as triagens realizadas, os dados do ano de

1988 foram descartados por se encaixarem nos critérios de eliminação citados

anteriormente. Já o ano de 1999 não fez parte por não ter sido registrada nenhuma

ocorrência. Por último, 2004 não pôde ser incluído na pesquisa, uma vez que seus

boletins de ocorrências foram perdidos devido um alagamento na instalações do Corpo

de Bombeiros, como mencionado anteriormente. No que diz respeito à cidade de

Mariana, a Prefeitura apenas tinha disponível dados dos anos de 1997, 2000, 2001,

2002, 2003, 2010, 2011, 2012.

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

2000

2001

2002

2003

2005

2006

2007

2008

2009

20

10

2011

2012

22

1

22

48

7 1

36 31

120

7

24 20

33

79

18 27

10 10 10 11

50

35

Distribuição Anual das Ocorrências de Escorregamentos

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Esta análise foi ainda discretizada para as duas cidades, uma vez que os períodos

analisados das mesmas não coincidem. Os resultados para Ouro Preto e Mariana estão

respectivamente apresentados nas Figuras 4.10 e 4.11.

Figura 4.10 - Distribuição anual do número de ocorrências de escorregamentos em Ouro Preto.

Figura 4.11 - Distribuição anual do número de ocorrências de escorregamentos em Mariana.

Para Ouro Preto a análise da distribuição anual dos escorregamentos indicou 14,9%,

11%, 9,7% e 8,3% das ocorrências nos anos de 1997, 1992, 2003 e 1995

respectivamente. Já para Mariana a análise mostrou 29,4% das ocorrências no ano de

1997, seguido de 21,4% em 2011, 19,8% em 2003 e o ano de 2000 com 10,7%.

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

2000

2001

2002

2003

2005

20

06

2007

2008

2009

2010

2011

2012

22

1

22

48

7 1

36 31

65

7 4

15 21

42

18

27

10 10 10

1

10

27

Distribuição Anual das Ocorrências de Escorregamentos

(Ouro Preto)

1997 2000 2001 2002 2003 2010 2011 2012

55

20

5

12

37

10

40

8

Distribuição Anual das Ocorrências de Escorregamentos (Mariana)

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A análise dos dados levantados na região permitiu ainda, identificar as localidades com

maiores números de deslizamentos, possibilitando ter indicações sobre áreas mais

susceptíveis aos processos. As Figuras 4.12 e 4.13 apresentam as localidades dos 622

registros de movimentos de massa ocorridos no período analisado, em Ouro Preto e

Mariana respectivamente.

Em Ouro Preto, observam-se cinco bairros (Alto da Cruz, Santo Cristóvão, Santa Cruz,

Padre Faria e Piedade) somando 43% das ocorrências de movimentos de massa,

indicando as principais áreas susceptíveis aos processos de instabilização de encostas.

Em seu trabalho, Castro (2006) classifica estes bairros como sendo de alto risco, a partir

de um zoneamento das áreas críticas da cidade, de acordo com a quantidade de registros

de ocorrências, tamanho da área afetada e as condições locais. Já em Mariana têm-se os

bairros do Rosário, Santo Antônio e São Gonçalo com um registro histórico de 91

escorregamentos (aproximadamente 49% do total) indicando as áreas de elevada

susceptibilidade aos processos nessa cidade.

Nos gráficos, os itens outros equivalem a 39 ocorrências distribuídas em 19 bairros na

cidade de Ouro Preto e 37 movimentos de massa em 16 bairros do município de

Mariana.

Figura 4.12 - Distribuição das ocorrências por bairros em Ouro Preto.

Alt

o d

a C

ruz

Água

Lim

pa

Antô

nio

Dia

s

Bar

ra

Bau

xit

a

Cab

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Cen

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na

N.

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o

Pad

re F

aria

Pie

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e

Rosá

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San

tana

São

Cri

stovão

São

Fra

nci

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Sar

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ha

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Taq

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al

Tom

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ouro

Vil

a A

legre

Vil

a A

par

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a

Volt

a do C

órr

ego

Outr

os

51

14 19

12 13 10 12

8 10

32 27

10

18

40

6

19

38

18

9 7

16

7

39

Distribuição das Ocorrências por Bairro - Ouro Preto

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Figura 4.13 - Distribuição das ocorrências por bairros em Mariana.

Pode ser observado que os bairros mais atingidos pelas ocorrências na cidade de Ouro

Preto estão localizados na Serra de Ouro Preto. De acordo com Sobreira (1990), as

encostas da cidade nesta serra foram intensamente trabalhadas por ocasião das

atividades de extração de Ouro no século XVIII, deixando como herança grandes áreas

instáveis. No que diz respeito aos bairros mais afetados da cidade de Mariana, segundo

Sobreira (2000), os problemas existentes nos mesmos são decorrentes da expansão

desordenada da malha urbana em conjunto com as características geológicas e

geomorfológicas, que tornam o meio físico do município bastante heterogêneo e

complexo.

Para a correlação, propriamente dita, entre pluviosidade e escorregamentos, foram ainda

excluídas as ocorrências registradas em anos que não foram utilizados para a análise e

aquelas que não ocorreram exatamente dentro do período hidrológico (outubro a

março). Esta restrição foi necessária, para melhorar os resultados, devido a maior

influência do período das chuvas na deflagração dos acidentes geotécnicos. Com essa

restrição o número total de ocorrências na região utilizado para a análise foi de 563.

A análise da distribuição dos eventos apenas nos anos hidrológicos escolhidos para

estudo de correlação indicou 23,5% das ocorrências no ano de 1996/1997, seguido de

Cab

anas

Cac

ho

eira

do

Bru

mad

o

Car

tuch

a

Cen

tro

Ro

sari

o

São

Cri

stov

ao

São

Go

nça

lo

São

Seb

asti

ão

Sta

Rit

a d

e C

ássi

a

Sto

. A

ntô

nio

Ou

tors

12

6

11

6

36

7

23

10 7

32

37

Distribuição das Ocorrências por Bairro - Mariana

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2002/2003 com 14,8% e 2011/2012 com 11,3%, conforme mostra a Tabela 4.2 e Figura

4.14.

A partir de então foram realizados duas análises, primeiro levando em consideração

todas as ocorrências de escorregamentos cadastradas (totalizando 563) e, em seguida,

considerando as ocorrências de escorregamentos generalizados, ou seja, mais de um

escorregamento no dia, excluindo as ocorrências isoladas. Para esta última análise

foram consideradas 459 ocorrências. Este procedimento também foi realizado para

estudo de correlação dos dois municípios separadamente. Ouro Preto apresentou 374

ocorrências com 281 generalizadas. Já Mariana totalizou 181 registros e 162 ocorrências

generalizadas.

Com esta separação, resultados mais satisfatórios foram obtidos, possibilitando a

eliminação de possíveis acidentes não relacionados diretamente à pluviosidade. No que

diz respeito à análise individual de cada cidade, foi possível validar os resultados

obtidos do estudo da área como um todo. A relação dos registros de escorregamentos e

os dados de precipitação utilizados para a correlação se encontram no Anexo II.

Tabela 4.2 – Ocorrências de escorregamentos da região (Ouro Preto e Mariana) nos períodos

hidrológicos.

Ano Hidrológico OUT NOV DEZ JAN FEV MAR TOTAL %

1989/1990 2 4 15 0 0 0 21 3,4

1990/1991 0 0 0 22 0 0 22 3,5

1991/1992 0 0 0 30 14 0 44 7,1

1995/1996 0 0 36 0 0 0 36 5,8

1996/1997 1 22 4 117 2 0 146 23,5

1999/2000 0 0 0 9 12 0 21 3,4

2001/2002 0 10 6 12 6 1 35 5,6

2002/2003 0 4 9 75 0 4 92 14,8

2005/2006 0 3 14 0 1 3 21 3,4

2006/2007 9 3 11 9 0 0 32 5,1

2010/2011 0 3 7 13 0 0 23 3,7

2011/2012 0 0 36 25 3 6 70 11,3

TOTAL 12 49 138 312 38 14 563 90,5

% 1,9 7,9 22,2 50,2 6,1 2,3

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83

Figura 4.14 - Distribuição das ocorrências de escorregamentos para os períodos hidrológicos

utilizados na correlação.

4.4. CORRELAÇÃO ENTRE PRECIPITAÇÃO E OS ESCORREGAMENTOS

O estudo da correlação entre precipitação e escorregamentos se deu de acordo com a

metodologia descrita no Capítulo 3. Deste modo, gráficos de dispersão foram

elaborados com o objetivo de estabelecer a quantidade de dias de chuva acumulada que

mais influencia na deflagração dos movimentos de massa.

Em seguida várias possibilidades de combinação entre acumuladas pluviométricas e

precipitações diárias foram testadas, objetivando a definição de resultados coerentes que

permitissem o desenvolvimento de análises mais aprofundadas e posterior definição da

relação matemática que correlaciona os escorregamentos e a chuva acumulada.

Os métodos de correlação mais adequados e utilizados para esta pesquisa foram aqueles

que relacionaram os valores de precipitação diária e os valores de precipitação

acumulada dos dias anteriores, uma vez que a aplicação de metodologias que utilizam

correlações da intensidade da chuva no momento do escorregamento foi impossibilitada

pela ausência da informação da hora da deflagração dos eventos e a inexistência de

registros pluviográficos de chuva.

21 22

44 36

146

21

35

92

21 32

23

70

Distribuição das Ocorrências de Escorregamentos por Ano

Hidrológico

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84

Esses passos foram efetuados considerando toda a região e, em seguida, analisando as

cidades de Ouro Preto e Mariana individualmente. Os resultados destas etapas do estudo

serão detalhados nos itens seguintes.

4.4.1. Análise do número de dias de chuva acumulada mais efetivo nos processos de

escorregamentos

Para definição do número de dias de chuva que influencia efetivamente nos

deslizamentos nas áreas urbanas de Ouro Preto e Mariana, gráficos de dispersão foram

elaborados para valores acumulados de precipitação de 2 a 7 dias. Para isto, foi efetuado

o cruzamento das datas das ocorrências com o valor da chuva acumulada de n dias

antecedentes em conjunto com os dados pluviométricos acumulados que não causaram

escorregamentos. A finalidade foi estabelecer o número de dias, com separação mais

nítida dos pontos com e sem escorregamentos, como representativo da quantidade de

dias de chuva acumulada mais efetiva no desencadeamento dos acidentes.

Os gráficos de dispersão foram baseados na metodologia de Tatizana et al. (1987),

também utilizada por, Elbachá et al. (1992), Vieira (2004), Ide (2005) e Castro (2006).

No trabalho de Castro (op. cit.) foram utilizados os dados de precipitações diárias acima

de 3,0mm que causaram escorregamentos, na elaboração dos gráficos. Neste estudo

foram utilizados todos os dados de chuva com registros de escorregamentos.

O intervalo de chuva acumulada de 2 a 7 dias antecedentes ao evento foi utilizado para

o estudo, posto que o objetivo foi definir exatamente o menor número de dias com

separação entre os eventos de chuva acumulada com e sem escorregamentos, tendo um

número de dias maior perda da sua aplicabilidade. Este fato pode ser confirmado

tomando como base os resultados obtidos por Tatizana et al. (op. cit.), Elbachá et al.

(op. cit.), Vieira (op. cit.), Ide (op. cit.) e Castro (op. cit.).

Para esta análise foram selecionados os dados referentes aos anos hidrológicos com

ocorrências concentradas mais significativas (1989/1990, 1990/1991, 1991/1992,

1995/1996, 1996/1997, 1999/2000, 2001/2002, 2002/2003, 2005/2006, 2006/2007,

2010/2011 e 2011/2012). O período considerado em cada ano variou de acordo com os

meses com maior número de ocorrências dentro do período hidrológico (outubro a

março). As Figuras 4.15 e 4.16 mostram os gráficos para todos os números de dias

testados nestes anos, para as duas cidades.

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85

Figura 4.15 - Gráficos de dispersão de precipitação acumulada (2, 3 e 4 dias).

0

50

100

150

200

250

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 11 12

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Anos

Acumulada de 2 dias

Com registros

Sem registros

0

50

100

150

200

250

300

350

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 11 12

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Anos

Acumulada de 3 dias

Com registros

Sem registros

0

50

100

150

200

250

300

350

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 11 12

Pre

cipit

ação

(m

m)

Anos

Acumulada de 4 dias

Com registros

Sem registros

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86

Figura 4.16 - Gráficos de dispersão de precipitação acumulada (5, 6 e 7 dias).

0

50

100

150

200

250

300

350

400

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 11 12

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Anos

Acumulada de 5 dias

Com registros

Sem registros

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 11 12

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Anos

Acumulada de 6 dias

Com registros

Sem registros

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 11 12

Pre

cipit

ação

(m

m)

Anos

Acumulada de 7 dias

Com registros

Sem registros

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87

A partir da análise dos gráficos apresentados, se observa grande dispersão dos eventos

de escorregamento em todos os dias de chuva acumulada analisados, com muitos destes

associados a valores próximos de zero milímetros de precipitação. Há uma

predominância da ocorrência de pontos com e sem registros para valores menores de

chuva acumulada, ficando evidente a separação dos pontos com escorregamentos

apenas, a partir de valores elevados de precipitação. Para o estabelecimento de um valor

limite a partir do qual os acidentes iniciam foi necessário a análise de cada ano

separadamente.

A partir da análise individual, fica evidente que em nenhum dos anos houve uma

separação nítida e satisfatória dos pontos com e sem escorregamentos. Foi possível

perceber que, no geral, ocorreram faixas sem registros de escorregamentos, outras onde

os pontos com e sem registros de escorregamentos ocorreram concomitantemente e por

último, faixas onde os pontos com registros de ocorrências foram predominantes.

A separação dessas faixas foi distinta em cada ano com relação ao número de dias de

chuva acumulada e nem sempre ocorreram todas três no mesmo gráfico. Em alguns

deles a grande dispersão dos dados não permitiu a definição das mesmas, prejudicando a

análise. No entanto, para todos os gráficos verificados em todos os anos, a partir de seis

dias de chuva acumuladas fica mais evidente a separação dessas faixas, com alguns anos

sendo possível essa verificação antes dos seis dias.

As Figuras 4.17 a 4.20 mostram os gráficos de seis dias de chuva acumulada para todos

os anos hidrológicos utilizados na análise com suas respectivas faixas de separação dos

pontos. Os gráficos para 2, 3, 4, 5 e 7 dias de precipitação acumulada são apresentados

no Anexo I.

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88

Figura 4.17 – Gráfico de dispersão de seis dias de chuvas acumuladas para os anos de

1989/1990, 1990/1991 e 1991/1992.

0

50

100

150

200

250

300

350

01-out-89 16-out-89 31-out-89 15-nov-89 30-nov-89 15-dez-89 30-dez-89

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 6 dias - 1989/1990

Com registros

Sem registros

0

50

100

150

200

250

01-jan-91 07-jan-91 13-jan-91 19-jan-91 25-jan-91 31-jan-91

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 6 dias - 1990/1991

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

280

320

01-jan-92 11-jan-92 21-jan-92 31-jan-92 10-fev-92 20-fev-92 01-mar-92

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 6 dias - 1991/1992

Com registros

Sem registros

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89

Figura 4.18 – Gráfico de dispersão de seis dias de chuvas acumuladas para os anos de

1995/1996, 1996/1997 e 1999/2000.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

01-dez-95 07-dez-95 13-dez-95 19-dez-95 25-dez-95 31-dez-95

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 6 dias - 1995/1996

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

280

320

360

400

440

01-out-96 26-out-96 20-nov-96 15-dez-96 09-jan-97 03-fev-97 28-fev-97

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 6 dias - 1996/1997

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

280

01-jan-00 15-jan-00 29-jan-00 12-fev-00 26-fev-00

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 6 dias - 1999/2000

Com registros

Sem registros

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90

Figura 4.19 – Gráfico de dispersão de seis dias de chuvas acumuladas para os anos de

2001/2002, 2002/2003 e 2005/2006.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

01-nov-01 26-nov-01 21-dez-01 15-jan-02 09-fev-02 06-mar-02 31-mar-02

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 6 dias - 2001/2002

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

01-nov-02 26-nov-02 21-dez-02 15-jan-03 09-fev-03 06-mar-03 31-mar-03

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 6 dias - 2002/2003

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

01-nov-05 26-nov-05 21-dez-05 15-jan-06 09-fev-06 06-mar-06 31-mar-06

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 6 dias - 2005/2006

Com registros

Sem registros

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91

Figura 4.20 – Gráfico de dispersão de seis dias de chuvas acumuladas para os anos de

2006/2007, 2010/2011 e 2011/2012.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-out-06 25-out-06 18-nov-06 12-dez-06 05-jan-07 29-jan-07

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 6 dias - 2006/2007

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-nov-10 19-nov-10 07-dez-10 25-dez-10 12-jan-11 30-jan-11

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 6 dias - 2010/2011

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

280

01-dez-11 25-dez-11 18-jan-12 11-fev-12 06-mar-12 30-mar-12

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 6 dias - 2011/2012

Com registros

Sem registros

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92

Conforme a metodologia aplicada por Castro (2006), a partir da separação de faixas em

cada ano analisado, foram estimados o valor mínimo de precipitação para deflagração

dos acidentes geotécnicos (Mín.) e o valor limite de chuva acumulada a partir do qual há

uma predominância de registros de escorregamentos, denominado nível de atenção

(Aten.).

O critério utilizado para definição de tais valores foi visual, uma vez que a utilização de

um critério matemático foi impossibilitada devido à irregularidade de comportamento

dos eventos de escorregamentos em cada ano. Isto pode ser explicado pelo fato dos

acidentes não estarem exclusivamente condicionados ao fator precipitação. Este tipo de

estudo envolve diversos fatores, que inevitavelmente, conferem certa subjetividade na

análise. Os acidentes geológico-geotécnicos são condicionados, além da chuva, pelos

fatores geologia, geomorfologia, pedologia e ação antrópica, sendo este último de

influência bastante relevante para a aceleração dos processos.

Os valores mínimos e de atenção foram definidos para todos os anos utilizados na

análise, sendo que em alguns deles foi impossível determinar o nível de atenção devido

a grande dispersão dos dados. Os mesmos podem ser visualizados na Tabela 4.3.

Tabela 4.3 - Valor mínimo e de atenção de chuva para deflagração de escorregamentos na sub-

bacia do alto Ribeirão do Carmo (Ouro Preto e Mariana).

2 dias 3 dias 4 dias 5 dias 6 dias 7 dias

Ano Mín. Aten. Mín. Aten. Mín. Aten. Mín. Aten. Mín. Aten. Mín. Aten.

1989/1990 2,5 - 18,5 - 18,5 - 28 - 29,5 - 29,5 -

1990/1991 36,2 76,3 86,6 126 97,2 142,2 102,9 169,2 103,6 176,9 125,6 180,7

1991/1992 8,7 72,7 15,5 87,6 16,8 101,2 30,5 131,7 79,7 139,8 114,3 192,7

1995/1996 11,6 41 19,1 74,6 32,5 105,4 35,3 108,9 35,3 138,4 35,3 151,2

1996/1997 3,3 75,2 6,4 111,2 14,8 127 22,7 147 29,1 172,9 29,1 176,7

1999/2000 44,9 74,5 49,4 88,4 52,8 100,3 66 - 66,5 - 77,3 -

2001/2002 19,4 - 19,4 - 38,1 - 38,9 - 38,9 - 54,7 -

2002/2003 2,3 58,6 2,3 74,3 2,3 105,6 13,2 111,2 13,2 95,4 25,6 182,9

2005/2006 5,9 63,4 8,9 89 15 102,4 15 123,4 46,7 104,4 17,3 130,2

2006/2007 9,2 - 9,4 - 16,1 - 33,9 - 48,1 - 48,1 135,4

2010/2011 12,9 - 16,3 82,6 33 82,6 45,6 102,7 59,3 116,7 68,9 136,7

2011/2012 3 45,3 9,5 64,9 9,5 70,2 12 84,5 28,7 87,6 37,6 90,6

Média 13,3 63,4 21,8 88,7 28,9 104,1 37,0 122,3 48,2 129 55,3 153,0

Mínimo 2,3 41 2,3 64,9 2,3 70,2 12 84,5 13,2 87,6 17,3 90,6

Máximo 44,9 76,3 86,6 126 97,2 142,2 102,9 169,2 103,6 176,9 125,6 192,7

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93

A grande variação dos valores encontrados pode ser explicada pelo histórico de chuvas

anterior aos acidentes geotécnicos nos anos estudados, comprovando a importância da

precipitação acumulada no desencadeamento dos escorregamentos.

A partir da determinação de seis como o número de dias de chuvas antecedentes que

têm influência direta sobre os escorregamentos, o valor mínimo de chuva encontrado foi

de 13,2mm e a média para todos os anos foi de 48,2mm. Deste modo o valor utilizado

como parâmetro para início da ocorrência de deslizamentos foi de 48,2mm/6 dias.

Neste caso deve ser levado em consideração o fato de que os valores acumulados de

chuva muito baixos normalmente estão associados a escorregamentos circunstanciais

onde a precipitação provavelmente não é o principal agente desencadeador. Este tipo de

ocorrência refere-se a registros de escorregamentos ocorridos em condições

pluviométricas muito baixas, não compatíveis com os processos mais usuais de

instabilização associados às chuvas, tais como os desenvolvimentos de processos

erosivos superficiais e os avanços de frentes de saturação.

O limite estabelecido para o nível de atenção também foi estimado a partir dos valores

encontrados nos gráficos, sendo o valor mínimo igual a 87,6mm/6 dias e a média

129mm/6 dias. Ficou estabelecido como 129mm/6 dias o nível de atenção.

Analisando separadamente cada um dos anos hidrológicos escolhidos para o estudo, é

possível constatar que em 1989/1990 o volume de chuva acumulada em seis dias capaz

de deflagrar escorregamentos foi baixa (29,5mm), porém a média da chuva diária com

registros de acidentes foi alta, atingindo 28,1mm, validando a hipótese que os mesmos

ocorrem para baixos valores de precipitação acumulada quando se registra um alto valor

de precipitação diária.

No gráfico de 1990/1991 o valor inicial de chuva que causa escorregamentos foi o mais

elevado dos anos analisados (103,6mm), fato justificado pela necessidade de saturação

do solo para seu desencadeamento, tendo em vista que o ano de 1990 foi o de menor

índice pluviométrico de toda a série histórica (1005,1mm), com o mês de dezembro com

apenas 159,2mm de precipitação. O valor encontrado para o nível de atenção foi de

176,9mm.

O ano de 1991/1992 registrou um elevado índice pluviométrico (1640,6mm) com 44

acidentes apenas nos meses de janeiro e fevereiro. Seu gráfico mostra a separação das

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94

três faixas mencionadas anteriormente, com o valor mínimo para início dos

escorregamentos igual a 79,7mm e o valor do nível de atenção igual a 139,8mm.

Já em 1995/1996, o valor mínimo de chuva acumulada com escorregamentos foi de

35,3mm. No entanto, a segunda faixa (com e sem registros de ocorrências) apresentou

poucos pares de pontos pluviométricos associados aos escorregamentos, sendo a

maioria destes com precipitações acima de 123,1mm, valor próximo ao definido como

nível de atenção (138,4mm). Para cada um destes pontos foram registrados acima de 3

acidentes no dia.

O gráfico de 1996/1997 mostra claramente a presença das três faixas, separando a

primeira em que não ocorrem escorregamentos (abaixo de 29,1mm/6 dias), a faixa em

que ocorrem os pontos simultaneamente e a terceira com a maioria dos pontos de

escorregamentos (acima de 172,9mm/6 dias). O período hidrológico (outubro de 1996 a

março de 1997) registrou o maior índice pluviométrico entre os anos escolhidos com

1880mm.

Apesar da pequena quantidade de ocorrências ao longo do ano de 1999/2000, o mesmo

foi levado em consideração devido o número relevante de escorregamentos na cidade de

Mariana e o elevado índice de precipitação registrado no mês de janeiro de 2000

(490,5mm). O valor mínimo para início dos escorregamentos foi igual a 66,5mm, não

sendo possível definir o valor para nível de atenção.

Para o período de 2001/2002 o valor mínimo de chuva com acidentes foi de 38,9mm.

No gráfico só foi possível identificar a faixa sem registros e a faixa em que os pontos

com e sem registros ocorrem simultaneamente. No gráfico de 2002/2003 ocorrem as

três faixas com a quantidade de chuva acumulada em seis dias, capaz de deflagrar

escorregamentos, igual a 13,2mm, e o valor do nível de atenção igual a 95,4mm.

Em 2005/2006 apesar de haver um registro de escorregamento para chuva acumulada de

15mm/6 dias o valor mínimo considerado como capaz de desencadear rupturas foi de

46,7mm/6 dias, uma vez que a partir deste valor que começam a ocorrer os acidentes

com mais frequência. Já o valor definido como de atenção foi de 104,4mm. Já no

gráfico de 2006/2007 a dispersão dos dados possibilitou a definição apenas da faixa sem

registros e da faixa com e sem registros de escorregamentos simultaneamente. O valor

inicial de chuva que causa escorregamentos foi de 48,1mm.

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95

Para 2010/2011 foram definidas as três faixas de separação, com o valor mínimo de

deflagração dos escorregamentos igual a 59,3mm e o valor limite de chuva acumulada a

partir do qual há uma predominância de ocorrências igual a 116,7mm. Em 2011/2012 os

escorregamentos se iniciam com precipitações acumuladas de 28,7mm/6dias e o nível

de atenção ocorre a partir de 87,6mm. Neste ano hidrológico o índice de precipitação

total foi igual a 1805mm, tendo um número considerável de escorregamentos

registrados.

Realizando a mesma análise para as duas cidades separadamente, constatou-se que os

valores mínimos e valores de atenção estimados para a cidade de Ouro Preto não

variaram tanto em relação à análise anterior, com valores médios próximos. No geral os

valores encontrados foram maiores para Ouro Preto.

Este fato pode estar relacionado com o grau de incerteza associado aos reais índices

pluviométricos registrados na bacia como um todo, principalmente em Mariana, que se

encontra mais afastada da estação pluviométrica de onde foram utilizados os dados de

chuva; e a consequente deflagração de escorregamentos neste município, que teve seus

acidentes associados a índices menores de precipitação.

Entretanto, o crescimento populacional mais acelerado na cidade de Mariana em relação

a Ouro Preto nos últimos 20 anos (42% contra 12,4%), em conjunto com a expansão

desordenada da malha urbana em direção às áreas de risco geológico-geotécnico no

município, podem ter relação com a fato dos seus acidentes estarem associados a índices

menores de precipitação. A ocupação da unidade tálus é um exemplo, uma vez que vem

sendo uma das principais frentes de expansão da malha urbana nos últimos anos.

No caso de Ouro Preto também ficou evidente que a partir de seis dias de chuva

acumuladas fica mais clara separação das faixas. Os valores mínimos e de atenção

encontrados para a cidade de Ouro Preto foram 54,1mm/6 dias e 151,4mm/6 dias

respectivamente e podem ser visualizados na Tabela 4.4.

Os gráficos de dispersão produzidos para a cidade de Mariana não apresentaram uma

separação minimamente satisfatória de faixas com predominância de pontos com ou

sem registro de escorregamento. Neste caso, foi necessária a análise a partir dos gráficos

da correlação entre precipitação diária e acumulada de 4 a 7 dias para identificação do

número de dias com separação mais aceitável desses pontos.

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96

Tabela 4.4 - Valor mínimo e de atenção de chuva para deflagração de escorregamentos no

município de Ouro Preto.

2 dias 3 dias 4 dias 5 dias 6 dias 7 dias

Ano Mín. Aten. Mín. Aten. Mín. Aten. Mín. Aten. Mín. Aten. Mín. Aten.

1989/1990 2,5 - 18,5 - 18,5 - 28 - 29,5 - 29,5 -

1990/1991 36,2 76,3 86,6 126 97,2 142,2 102,9 169,2 103,6 176,9 125,6 180,7

1991/1992 8,7 72,7 15,5 87,6 16,8 101,2 30,5 131,7 79,7 139,8 114,3 192,7

1995/1996 11,6 41 19,1 74,6 32,5 105,4 35,3 108,9 35,3 138,4 35,3 151,2

1996/1997 3,3 75,2 6,4 111,2 14,8 127 22,7 147 29,1 172,9 29,1 176,7

2001/2002 33,3 63 46,7 - 52,7 - 52,7 - 76,4 - 76,4 -

2002/2003 3,8 58,6 25,9 74,3 36,4 105,6 36,4 111,2 63,8 150,1 66,6 182,9

2005/2006 5,9 63,4 8,9 89 15 102,4 15 123,4 46,7 104,4 17,3 130,2

2006/2007 9,2 69,9 9,4 - 16,1 - 33,9 - 48,1 - 48,1 135,4

2011/2012 3 45,3 15,4 96,2 18,3 146,3 27,3 - 28,8 177 37,6 250,3

Média 11,8 62,8 25,2 94,1 31,8 118,6 38,2 131,9 54,1 151,4 58,3 175,0

Mínimo 2,5 41 6,4 74,3 14,8 101,2 15 108,9 28,8 104,4 17,3 130,2

Máximo 36,2 76,3 86,6 126 97,2 146,3 102,9 169,2 103,6 177 125,6 250,3

4.4.2. Relação numérica entre pluviosidade e escorregamentos

Para definição da relação entre pluviosidade e escorregamentos, algumas possibilidades

de combinação entre precipitações diárias e chuvas acumuladas foram avaliadas. Os

gráficos foram elaborados para chuva acumulada de quatro, cinco, seis e sete dias

antecedentes aos acidentes.

Nestes gráficos foram lançados todos os pares de pontos pluviométricos com registro de

ocorrências e sem registros associados dos anos escolhidos para o estudo. Em seguida,

tentou-se identificar o gráfico de n dias de chuva acumulada onde estes pontos

apresentasse uma separação mais nítida e consequentemente possibilitasse a definição

de uma relação numérica através de uma linha tendência traçada entre os pontos,

confirmando o valor encontrado nos gráficos de dispersão.

As Figuras 4.21 a 4.24 mostram os gráficos gerados para todos os registros de

escorregamentos em Ouro Preto e Mariana. Estes gráficos apresentaram uma grande

dispersão dos dados com movimentos de massa, sem um comportamento satisfatório da

relação da precipitação dos dias com e sem ocorrências, impossibilitando a definição de

uma curva de separação e sua respectiva relação matemática. Os problemas associados

aos resultados desta análise provavelmente são decorrentes da inexistência de um banco

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97

de dados de escorregamentos consistente e ininterruptos dos anos anteriores, falta de

pluviômetros dispostos de forma a contemplar toda a área estudada demonstrando a

pluviosidade real e erros na datação dos registros das ocorrências.

Figura 4.21 – Gráfico de correlação entre precipitação diária e acumulada para 4 dias.

Figura 4.22 – Gráfico de correlação entre precipitação diária e acumulada para 5 dias.

0

20

40

60

80

100

120

0 20 40 60 80 100 120 140

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Correlação para Acumulada de 4 dias

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

0 20 40 60 80 100 120 140

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Correlação para Acumulada de 5 dias

Com registros

Sem registros

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98

Figura 4.23 – Gráfico de correlação entre precipitação diária e acumulada para 6 dias.

Figura 4.24 – Gráfico de correlação entre precipitação diária e acumulada para 7 dias.

Uma vez que os gráficos não indicaram uma separação nítida dos pontos de precipitação

com e sem escorregamento, foi necessária uma triagem dos dados considerando apenas

as datas em que houve mais de um evento no dia. Os gráficos de chuva acumulada de N

dias pela chuva diária foram repetidos utilizando apenas estes registros. Estas

ocorrências utilizadas para a análise de correlação podem ser visualizadas no Anexo II.

0

20

40

60

80

100

120

0 50 100 150 200

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Correlação para Acumulada de 6 dias

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

0 50 100 150 200

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Correlação para Acumulada de 7 dias

Com registros

Sem registros

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99

O estudo dos casos de mais de uma ocorrência por dia resultou em um padrão mais

claro de separação de dias de precipitação com e sem escorregamento. Para os novos

gráficos gerados ainda foi percebido certa dispersão dos dados com escorregamento até

4 dias, começando a ser observado um distanciamento destes pontos dos pontos sem

escorregamentos, a partir de 5 dias. No entanto, este padrão de separação fica mais

satisfatório para 6 dias. A partir de 7 dias, os pontos com escorregamento não mudam

tanto o comportamento. A Figura 4.25 mostra o gráfico de precipitação acumulada de 6

dias x 1 dia. Os demais gráficos gerados para 4, 5 e 7 dias de chuva acumulada pela

chuva diária são apresentadas no Anexo III.

Figura 4.25 – Curva de correlação entre precipitação diária e acumulada de 6 dias para

escorregamentos generalizados.

A equação que demonstrou melhor ajuste aos pontos com escorregamento foi do tipo

potência e representada por PD = 11280PA-1,535

, sendo PD a precipitação diária no dia

do acidente e PA a precipitação acumulada em 6 dias antecedentes a ocorrência. A

análise da equação mostra que o aumento dos totais acumulados nos dias antecedentes

diminui a quantidade de precipitação necessária para o desencadeamento dos

escorregamentos.

PD = 11280PA-1,535

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 6 dias

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)

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100

Como mostra a Figura 4.25, a separação definida pela linha de tendência não é exata,

sendo possível notar pontos abaixo da curva associados aos escorregamentos e pontos

acima não associados. No entanto, a maior parte dos dados de precipitação relacionados

com os movimentos de massa localiza-se na área superior a curva, a qual pode ser

atribuída uma suscetibilidade maior a escorregamentos na região estudada.

Os pares de pontos pluviométricos que se encontram abaixo da curva representam

aproximadamente 12,9% do total apenas, com 59 ocorrências associadas. Destas

ocorrências, 35 foram registradas na cidade de Mariana, fato este que associa certa

incerteza aos reais valores de precipitação considerados devido à distância da estação

meteorológica da qual foram utilizados os dados como base para a pesquisa. Já os 24

escorregamentos ocorridos em Ouro Preto podem ser justificados por quantidade

pequena de chuva acumulada e uma chuva diária alta, ou o inverso, com chuva

acumulada razoável e baixa chuva diária. Por fim, cabe ainda mencionar que para cada

um destes pontos referentes à Ouro Preto foram registradas no máximo 3 ocorrências

Ouro Preto, demonstrando a possibilidade de prováveis escorregamentos

circunstanciais, onde a chuva pode não ter sido o principal agente deflagrador. Os dados

de todos os pontos podem ser visualizados na Tabela 4.5.

Com o objetivo de validar a análise anterior, as tentativas de correlação também foram

realizadas para as cidades de Ouro Preto e Mariana separadamente. Para os novos

gráficos gerados foi percebido um comportamento similar aos dos gráficos de ambos os

municípios. Houve grande dispersão dos dados com escorregamento até 4 dias. A partir

de 5 dias começa ocorrer um distanciamento destes pontos daqueles sem

escorregamentos associados. O padrão de separação fica mais aceitável para 6 dias e a

partir de 7 dias, os pontos com escorregamento não alteram consideravelmente o

comportamento.

É possível notar que os pontos com registro de escorregamento se ajustaram melhor à

curva para a cidade de Ouro Preto. Os resultados encontrados para Mariana

provavelmente, foram afetados pela distância do posto de coleta dos dados

pluviométricos da sua área urbana. As Figuras 4.26 e 4.27 mostram os gráficos para

chuva acumulada de seis dias das duas cidades com suas curvas e equações

representativas.

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101

Tabela 4.5 – Dados referentes aos pontos encontrados abaixo da curva de correlação para

acumulada de 6 dias.

Data Chuva

(mm) Ac. 6 dias

(mm) Ocorrências Cidade Processo

11/12/89 24,4 5,1 2 Ouro Preto Início de Escorregamento

04/12/95 11,6 23,7 2 Ouro Preto Escorregamento

16/01/97 5,5 23,6 1 Ouro Preto Início de Escorregamento

16/01/97 5,5 23,6 2 Ouro Preto Escorregamento

26/01/00 31,4 35,1 2 Mariana Escorregamento

19/11/01 1,3 99,6 1 Ouro Preto Início de Escorregamento

19/11/01 1,3 99,6 3 Ouro Preto Escorregamento

16/01/02 19,6 35,1 5 Mariana Escorregamento

13/01/03 7,3 101 7 Mariana Escorregamento

20/01/03 3,2 138,6 1 Ouro Preto Escorregamento

20/01/03 3,2 138,6 1 Mariana Escorregamento

29/01/03 2,3 10,9 4 Mariana Escorregamento

31/01/03 4,0 27,5 2 Mariana Escorregamento

24/10/06 6,7 69,1 2 Ouro Preto Escorregamento

13/12/06 1,8 110,3 2 Ouro Preto Escorregamento

31/12/06 2,5 98,7 2 Ouro Preto Escorregamento

27/12/10 11 48,3 2 Mariana Escorregamento

07/12/11 2,5 31 4 Mariana Escorregamento

12/12/11 1,0 44,8 1 Ouro Preto Escorregamento

12/12/11 1,0 44,8 4 Mariana Escorregamento

28/12/11 15,5 32,7 4 Mariana Escorregamento

16/03/12 49,5 25,7 3 Ouro Preto Escorregamento

26/03/12 7,3 21,5 2 Ouro Preto Escorregamento

Figura 4.26 – Curva de correlação entre precipitação diária e acumulada de 6 dias para

escorregamentos generalizados em Ouro Preto.

PD = 14076PA-1,565

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

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0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180

Pre

cipit

ação

Diá

ria

(mm

)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 6 dias

Ouro Preto

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)

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102

Figura 4.27 – Curva de correlação entre precipitação diária e acumulada de 6 dias para

escorregamentos generalizados em Mariana.

4.4.3 - Discussão dos resultados

Testes realizados utilizando registros de ocorrências de escorregamentos de Ouro Preto

e Mariana mostraram a importância da chuva acumulada nos últimos 6 dias no

monitoramento e previsão de riscos geológicos-geotécnicos. O valor mínimo de

precipitação acumulada capaz de desencadear os processos foi igual a 48,2mm/ 6 dias.

Já o valor pluviométrico em que a probabilidade dos escorregamentos se torna maior,

definido como nível de atenção, foi de 129mm/6 dias.

A mesma análise realizada para as cidades de Ouro Preto e Mariana separadamente não

mostrou resultados significativos para esta última, uma vez que os gráficos de dispersão

apresentaram grande dispersão dos dados. No caso de Ouro Preto o valor mínimo

encontrado foi de 54,1mm/6 dias e o valor onde a possibilidade de escorregamento

parece ser maior foi a partir de totais pluviométricos de 151,4mm acumulados em 6

dias.

Cabe aqui fazer um paralelo com os valores encontrados por Castro (op. cit.) para Ouro

Preto. De acordo com a autora o número de dias de chuva acumulada mais efetivo no

desencadeamento dos processos geodinâmicos foi cinco, sendo neste trabalho

determinado como seis. Comparando os limiares críticos estabelecidos anteriormente

com os limiares dessa pesquisa, para o município de Ouro Preto, é possível notar

PD = 30327PA-1,805

0

20

40

60

80

100

120

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 6 dias

(Mariana)

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)

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103

estimativas próximas para nível de atenção tanto para cinco quanto para seis dias de

chuva acumulada, sendo os valores encontrados aqui iguais a 131,9mm/5 dias e

151,4mm/6 dias, estando pouco acima das médias encontradas por Castro (128mm/5

dias e 142,7mm/6 dias).

Os limiares mínimos definidos (38,2mm/5 dias e 51,4mm/6 dias) foram maiores que

aqueles determinados pela autora (22,7mm/5 dias e 29,1mm/6 dias). Este fato pode ser

justificado, posto que os valores utilizados nesta pesquisa foram as médias dos valores

encontrados para todos os anos utilizados na correlação, ao contrário de Castro que

definiu o limiar como o menor valor encontrado em toda a série, sendo os valores

médios definidos pela autora (45,7mm/5 dias e 64,1mm/6 dias) próximos dos definidos

aqui.

A opção pela utilização dos valores médios neste trabalho está relacionada à utilização

desses limiares pela Defesa Civil no Sistema de Alerta de escorregamentos. Valores

muito baixos de precipitação com registros de deslizamentos, provavelmente estão

associados a eventos circunstancias, não diretamente deflagrados pela precipitação e a

definição de um limiar para um estado de alerta envolve custos para Defesa Civil que

poderia se mobilizar para possibilidade de acidentes que não aconteceriam.

A equação encontrada para correlação entre a chuva diária e a chuva acumulada de 6

dias para as duas cidades foi PD = 11280PA-1,535

sendo “PD” a intensidade

pluviométrica diária e “PA” a acumulada pluviométrica. A análise individual das

cidades definiu a equação PD = 14076PA-1,565

para Ouro Preto e PD = 30327PA-1,805

para Mariana.

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104

CAPÍTULO 5

CONCLUSÃO

Esta pesquisa possibilitou analisar a influência da precipitação no desencadeamento dos

escorregamentos nas cidades de Ouro Preto e Mariana (sub-bacia do alto Ribeirão do

Carmo), atualizando resultados encontrados em trabalhos anteriores com base em um

banco de dados maior, e fornecendo ferramentas para a defesa civil desses municípios

em relação à aplicação de medidas de prevenção e tomadas de decisões nas áreas de

risco geológico-geotécnico.

A análise da distribuição dos movimentos de massa na área de estudo demonstrou que

os meses de dezembro e janeiro possuem a maior frequência de ocorrências desses

acidentes, sendo registrados aproximadamente 77% do total no período de análise de

1989 a 2012. No período hidrológico ou período de chuvas, considerado de outubro a

março, foram registradas 98,9% das ocorrências, confirmando a teoria de que a

precipitação é o desencadeador imediato destes processos.

A análise desses mesmos dados permitiu ainda identificar as localidades de cada

município mais susceptíveis aos escorregamentos com base no número de ocorrências

registradas no período. Os bairros mais afetados foram aqueles com características

geológicas e geomorfológicas desfavoráveis que sofreram com o processo de ocupação

desordenada. Este resultado possibilita a intensificação de ações nestas áreas,

minimizando os danos causados pelos processos geodinâmicos

Os estudos de correlação entre pluviosidade e escorregamentos confirmaram a

importância da chuva acumulada na deflagração deste tipo de movimento de massa. O

valor da chuva acumulada e o número de dias mais efetivo no processo de instabilização

variaram de um ano para o outro devido o histórico de precipitação no ano, mês ou dias

antecedentes ao período chuvoso estudado. No entanto, a partir da análise dos gráficos

de dispersão, ficou estabelecido como seis, o número de dias de chuva acumulada que

mais influencia na deflagração dos escorregamentos.

O valor mínimo de precipitação acumulada necessária para provocar os acidentes

geológicos-geotécnicos na região foi estimado pelas análises em 48,2mm em 6 dias. O

valor definido como nível de atenção, ou valor com maior probabilidade de ocorrências

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105

de escorregamentos, foi de 129mm/6 dias. Na análise individual das cidades, não foi

possível chegar a uma conclusão a partir dos gráficos de dispersão para Mariana. Para

Ouro Preto foram considerados os valores 54,1mm/6 dias e 151,4mm/6 dias como

valores mínimos e de atenção.

Com base nos resultados encontrados a partir do refinamento do cadastro de

movimentos de massa produzido nesta pesquisa, ficou evidente que os escorregamentos

generalizados (mais de um evento no mesmo dia) apresentam uma melhor relação com

a precipitação, sendo os eventos isolados (um escorregamento por dia) uma pequena

porcentagem, normalmente associados à ação antrópica como ocupação de encostas por

assentamentos precários, execução de cortes e aterros instáveis, deposição de lixo nas

encostas, a ausência de sistemas de drenagem de águas pluviais e coleta de esgotos e

elevada densidade populacional.

A investigação da correlação entre a pluviosidade e os escorregamentos em geral

(generalizados e isolados) mostrou-se pouco conclusiva, com grande dispersão dos

dados, possivelmente pelo fato de muitos dos eventos desta amostra estarem

relacionados a processos de outra natureza decorrentes dos problemas mencionados

anteriormente.

Já a análise dos gráficos de correlação entre a pluviometria e os escorregamentos

generalizados na sub-bacia do alto Ribeirão do Carmo permitiu determinar um limiar

pluviométrico crítico a partir do qual é alta a probabilidade de ocorrência de

escorregamentos nas áreas urbanas de Ouro Preto e Mariana. O limiar pluviométrico

definido para a região, combinando a intensidade pluviométrica diária (mm/dia) com a

pluviometria acumulada nos 6 dias antecedentes (mm/6d), definiu uma curva com a

equação PD = 11280PA-1,535

onde “PD” é a intensidade pluviométrica diária e “PA” a

acumulada pluviométrica nos 6 dias antecedentes. Esta curva estabelece a separação

entre índices pluviométricos sem possibilidade de registros de escorregamentos dos

índices com elevada probabilidade de ocorrência desses acidentes.

A partir da análise individual das cidades novos limiares pluviométricos foram

definidos, porém confirmando a influência mais efetiva da chuva acumulada de 6 dias

na deflagração dos escorregamentos. Para Ouro Preto a equação representativa da curva

de separação dos pares de pontos pluviométricos foi PD = 14076PA-1,565

. Já Mariana a

equação foi PD = 30327PA-1,805

.

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106

Apesar da grande quantidade de fatores que influenciam nos processos de

escorregamentos, a definição de relações numéricas a partir da variável precipitação,

por meio da retroanálise de eventos passados de escorregamentos generalizados,

mostrou resultados satisfatórios na região estudada, sendo os limiares pluviométricos

obtidos coerentes com os encontrados em estudos realizados anteriormente. Este

método tem uma aplicação prática no monitoramento de áreas de risco pela Defesa

Civil, sendo uma técnica amplamente utilizada em outras regiões.

No entanto, cabem destacar os problemas encontrados ao longo do desenvolvimento

deste estudo que acarretam incertezas aos limiares pluviométricos críticos definidos

aqui, uma vez que se considera a possibilidade de utilização prática da pluviometria

como parâmetro para planos preventivos de defesa civil e sistemas de alerta nas cidades

de Ouro Preto e Mariana.

No presente trabalho não foi possível levar em consideração na análise de correlação a

litologia local, uma vez que o banco de dados dos movimentos de massa utilizado para

pesquisa não apresentavam esses dados.

Os valores pluviométricos críticos aqui apresentados foram definidos com base em

dados de chuva de uma única estação pluviométrica localizada na cidade de Ouro Preto,

distante dos locais onde ocorreram muitos acidentes, principalmente no que diz respeito

aos registrados na cidade de Mariana. A análise de consistência dos dados

pluviométricos realizada apresentou um bom resultado, no entanto, a comparação entre

valores diários de precipitação foi impossibilitada pela ausência de registros em alguns

dias na estação meteorológica utilizada como base de comparação (Samarco), além da

distância e das diferenças fisiográficas incontestáveis entre os dois postos de medição.

Além destas dificuldades encontradas, os registros de chuva eram provenientes de um

pluviômetro, aparelho totalizador da precipitação no dia anterior à leitura, não sendo

possível obter os dados pluviométricos horários no momento em que foi registrado o

movimento de massa. Outro fato diz respeito ao grau de incerteza existente, face ao

relativamente pequeno volume de dados disponíveis nos boletins de ocorrências e à

dificuldade de um melhor refinamento das informações, principalmente em relação ao

horário exato e a data real do escorregamento, uma vez que a solicitação dos moradores

ou atendimento pelo corpo de bombeiros e Defesa Civil muitas vezes se dá no dia

posterior ao ocorrido.

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107

Com base nessas considerações, a adoção de algumas medidas é importante para

execução de trabalhos futuros e possíveis calibrações dos limiares pluviométricos aqui

estabelecidos:

Implantação de uma rede de postos pluviométricos em pontos distintos da

região para monitoramento da precipitação de forma mais representativa;

Utilização de estações automáticas, capaz de ler registros de chuvas a cada

15 minutos, ou pelo menos a cada hora. Uma estação pluviométrica

automática de razoável qualidade pode ser obtida por um custo

relativamente baixo (menos de US$ 2000), sem custo de manutenção

elevado, trazendo inúmeros benefícios diretos e indiretos às pesquisas

acadêmicas e ao próprio dia a dia das cidades de Ouro Preto e Mariana.

Cabe lembrar que este já é o segundo trabalho de correlação entre

pluviometria e movimentos de massa, utilizando pluviômetros com leituras

diárias, quando se sabe que chuvas registradas em poucas horas são, muitas

vezes, as principais responsáveis pela deflagração de escorregamentos;

Inclusão de informações mais precisas nos boletins de ocorrências do Corpo

de Bombeiro e da Defesa Civil, como horário provável e tipo do movimento

de massa, de modo a facilitar o desenvolvimento de futuros estudos;

Análise das ocorrências registradas considerando a geologia, fazendo deste

modo um paralelo dos efeitos da precipitação com a litologia local de cada

escorregamento e;

Coleta sistemática dos dados pluviométricos e das informações relativas às

ocorrências, organizando os mesmos em banco de dados que facilite a

realização dos futuros estudos, possibilitando a calibração anual da

pluviometria crítica. Por tratar-se de um resultado empírico, a qualidade da

aplicação das equações depende da amostra dos dados utilizados, sendo

recomendável realizar atualizações, inserindo novos casos de

escorregamentos e ampliando a amostra de dados pluviométricos a cada

estação chuvosa.

Vale ressaltar que a Prefeitura Municipal de Ouro Preto já vem tomando providências

neste sentido com a instalação de 35 pluviógrafos na cidade. A aquisição dos

equipamentos foi feita por meio de um acordo entre Prefeitura de Ouro Preto e o

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Governo Federal, por intermédio do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e

Alertas de Desastres Naturais).

Os equipamentos realizam de forma automática a medida e o armazenamento dos

valores de intensidade e do acumulado de precipitação que ocorre sobre o local. A

leitura destes valores é realizada diretamente em um visor digital (ou display), sendo

que o sistema de armazenamento de dados (datalogger) apresenta funcionalidades que

permitem a conexão de um dispositivo externo para a retirada dos dados armazenados,

os quais são enviados para o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres

Naturais (CEMADEN).

Tais medidas permitirão aos Órgãos competentes maior previsibilidade dos movimentos

de massa nas encostas das cidades de Ouro Preto, a partir da implantação de um plano

de contingência para atendimento à população, priorizando as áreas afetadas por um

volume maior de chuva, e assim, garantindo a segurança dos habitantes expostos a

situações de risco; além de possibilitar o desenvolvimento de trabalhos futuros.

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ANEXOS

Anexo I: Gráficos de Dispersão para chuvas acumuladas de 2, 3, 4, 5 e 7 dias.

Figura A.I.1 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 2 dias dos anos de 1989/1990,

1990/1991 e 1991/1992.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-out-89 16-out-89 31-out-89 15-nov-89 30-nov-89 15-dez-89 30-dez-89

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 2 dias - 1989/1990

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

01-jan-91 07-jan-91 13-jan-91 19-jan-91 25-jan-91 31-jan-91

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 2 dias - 1990/1991

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

01-jan-92 11-jan-92 21-jan-92 31-jan-92 10-fev-92 20-fev-92 01-mar-92

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 2 dias - 1991/1992

Com registros

Sem registros

Page 133: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.2 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 2 dias dos anos de 1995/1996,

1996/1997 e 1999/2000.

0

20

40

60

80

100

120

140

01-dez-95 07-dez-95 13-dez-95 19-dez-95 25-dez-95 31-dez-95

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 2 dias - 1995/1996

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

01-out-96 26-out-96 20-nov-96 15-dez-96 09-jan-97 03-fev-97 28-fev-97

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 2 dias - 1996/1997

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

01-jan-00 15-jan-00 29-jan-00 12-fev-00 26-fev-00

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 2 dias - 1999/2000

Com registros

Sem registros

Page 134: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.3 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 2 dias dos anos de 2001/2002,

2002/2003 e 2005/2006.

0

20

40

60

80

100

120

01-nov-01 26-nov-01 21-dez-01 15-jan-02 09-fev-02 06-mar-02 31-mar-02

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 2 dias - 2001/2002

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

01-nov-02 26-nov-02 21-dez-02 15-jan-03 09-fev-03 06-mar-03 31-mar-03

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 2 dias - 2002/2003

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

01-nov-05 26-nov-05 21-dez-05 15-jan-06 09-fev-06 06-mar-06 31-mar-06

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 2 dias - 2005/2006

Com registros

Sem registros

Page 135: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.4 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 2 dias dos anos de 2006/2007,

2010/2011 e 2011/2012.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

01-out-06 25-out-06 18-nov-06 12-dez-06 05-jan-07 29-jan-07

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 2 dias - 2006/2007

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

01-nov-10 19-nov-10 07-dez-10 25-dez-10 12-jan-11 30-jan-11

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 2 dias - 2010/2011

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-dez-11 25-dez-11 18-jan-12 11-fev-12 06-mar-12 30-mar-12

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 2 dias - 2011/2012

Com registros

Sem registros

Page 136: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.5 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 3 dias dos anos de 1989/1990,

1990/1991 e 1991/1992.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

01-out-89 16-out-89 31-out-89 15-nov-89 30-nov-89 15-dez-89 30-dez-89

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 3 dias - 1989/1990

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-jan-91 07-jan-91 13-jan-91 19-jan-91 25-jan-91 31-jan-91

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 3 dias - 1990/1991

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

01-jan-92 11-jan-92 21-jan-92 31-jan-92 10-fev-92 20-fev-92 01-mar-92

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 3 dias - 1991/1992

Com registros

Sem registros

Page 137: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.6 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 3 dias dos anos de 1995/1996,

1996/1997 e 1999/2000.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-dez-95 07-dez-95 13-dez-95 19-dez-95 25-dez-95 31-dez-95

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 3 dias -1995/1996

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

280

320

01-out-96 26-out-96 20-nov-96 15-dez-96 09-jan-97 03-fev-97 28-fev-97

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 3 dias - 1996/1997

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

01-jan-00 15-jan-00 29-jan-00 12-fev-00 26-fev-00

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 3 dias - 1999/2000

Com registros

Sem registros

Page 138: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.7 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 3 dias dos anos de 2001/2002,

2002/2003 e 2005/2006.

0

20

40

60

80

100

120

01-nov-01 26-nov-01 21-dez-01 15-jan-02 09-fev-02 06-mar-02 31-mar-02

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 3 dias - 2001/2002

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-nov-02 26-nov-02 21-dez-02 15-jan-03 09-fev-03 06-mar-03 31-mar-03

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 3 dias - 2002/2003

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-nov-05 26-nov-05 21-dez-05 15-jan-06 09-fev-06 06-mar-06 31-mar-06

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 3 dias - 2005/2006

Com registros

Sem registros

Page 139: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.8 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 3 dias dos anos de 2006/2007,

2010/2011 e 2011/2012.

0

20

40

60

80

100

120

01-out-06 25-out-06 18-nov-06 12-dez-06 05-jan-07 29-jan-07

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 3 dias - 2006/2007

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

01-nov-10 19-nov-10 07-dez-10 25-dez-10 12-jan-11 30-jan-11

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 3 dias - 2010/2011

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

01-dez-11 25-dez-11 18-jan-12 11-fev-12 06-mar-12 30-mar-12

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 3 dias - 2011/2012

Com registros

Sem registros

Page 140: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.9 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 4 dias dos anos de 1989/1990,

1990/1991 e 1991/1992.

020406080

100120140160180200220240260

01-out-89 16-out-89 31-out-89 15-nov-89 30-nov-89 15-dez-89 30-dez-89

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 4 dias - 1989/1990

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

01-jan-91 07-jan-91 13-jan-91 19-jan-91 25-jan-91 31-jan-91

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 4 dias - 1990/1991

Com registro

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

01-jan-92 11-jan-92 21-jan-92 31-jan-92 10-fev-92 20-fev-92 01-mar-92

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 4 dias - 1991/1992

Com registros

Sem registros

Page 141: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.10 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 4 dias dos anos de 1995/1996,

1996/1997 e 1999/2000.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

01-dez-95 07-dez-95 13-dez-95 19-dez-95 25-dez-95 31-dez-95

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 4 dias - 1995/1996

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

280

320

360

01-out-96 26-out-96 20-nov-96 15-dez-96 09-jan-97 03-fev-97 28-fev-97

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 4 dias - 1996/1997

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

220

01-jan-00 15-jan-00 29-jan-00 12-fev-00 26-fev-00

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 4 dias - 1999/2000

Com registros

Sem registros

Page 142: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.11 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 4 dias dos anos de 2001/2002,

2002/2003 e 2005/2006.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-nov-01 26-nov-01 21-dez-01 15-jan-02 09-fev-02 06-mar-02 31-mar-02

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 4 dias - 2001/2002

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

01-nov-02 26-nov-02 21-dez-02 15-jan-03 09-fev-03 06-mar-03 31-mar-03

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 4 dias - 2002/2003

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-nov-05 26-nov-05 21-dez-05 15-jan-06 09-fev-06 06-mar-06 31-mar-06

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 4 dias - 2005/2006

Com registros

Sem registros

Page 143: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.12 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 4 dias dos anos de 2006/2007,

2010/2011 e 2011/2012.

0

20

40

60

80

100

120

01-out-06 25-out-06 18-nov-06 12-dez-06 05-jan-07 29-jan-07

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 4 dias - 2006/2007

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

01-nov-10 19-nov-10 07-dez-10 25-dez-10 12-jan-11 30-jan-11

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 4 dias - 2010/2011

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

01-dez-11 25-dez-11 18-jan-12 11-fev-12 06-mar-12 30-mar-12

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 4 dias - 2011/2012

Com registros

Sem registros

Page 144: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.13 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 5 dias dos anos de 1989/1990,

1990/1991 e 1991/1992.

0

50

100

150

200

250

300

01-out-89 16-out-89 31-out-89 15-nov-89 30-nov-89 15-dez-89 30-dez-89

Pre

cip

ota

ção

(m

m)

Data

Acumulad de 5 dias - 1989/1990

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

01-jan-91 07-jan-91 13-jan-91 19-jan-91 25-jan-91 31-jan-91

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 5 dias - 1990/1991

Com registros

Sem registros

0

50

100

150

200

250

300

01-jan-92 11-jan-92 21-jan-92 31-jan-92 10-fev-92 20-fev-92 01-mar-92

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 5 dias - 1991/1992

Com registros

Sem registros

Page 145: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.14 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 5 dias dos anos de 1995/1996,

1996/1997 e 1999/2000.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

01-dez-95 07-dez-95 13-dez-95 19-dez-95 25-dez-95 31-dez-95

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 5 dias - 1995/1996

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

280

320

360

400

01-out-96 26-out-96 20-nov-96 15-dez-96 09-jan-97 03-fev-97 28-fev-97

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 5 dias - 1996/1997

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

01-jan-00 15-jan-00 29-jan-00 12-fev-00 26-fev-00

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 5 dias - 1999/2000

Com registros

Sem registros

Page 146: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.15 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 5 dias dos anos de 2001/2002,

2002/2003 e 2005/2006.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-nov-01 26-nov-01 21-dez-01 15-jan-02 09-fev-02 06-mar-02 31-mar-02

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 5 dias - 2001/2002

Com registros

Sem registros

0

20

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01-nov-02 26-nov-02 21-dez-02 15-jan-03 09-fev-03 06-mar-03 31-mar-03

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 5 dias - 2002/2003

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

01-nov-05 26-nov-05 21-dez-05 15-jan-06 09-fev-06 06-mar-06 31-mar-06

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 5 dias - 2005/2006

Com registros

Sem registros

Page 147: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.16 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 5 dias dos anos de 2006/2007,

2010/2011 e 2011/2012.

0

20

40

60

80

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120

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01-out-06 25-out-06 18-nov-06 12-dez-06 05-jan-07 29-jan-07

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 5 dias - 2006/2007

Com registros

Sem registros

0

20

40

60

80

100

120

140

160

01-nov-10 19-nov-10 07-dez-10 25-dez-10 12-jan-11 30-jan-11

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 5 dias - 2010/2011

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

280

01-dez-11 25-dez-11 18-jan-12 11-fev-12 06-mar-12 30-mar-12

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 5 dias - 2011/2012

Com registros

Sem registros

Page 148: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.17 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 7 dias dos anos de 1989/1990,

1990/1991 e 1991/1992.

0

40

80

120

160

200

240

280

320

360

01-out-89 16-out-89 31-out-89 15-nov-89 30-nov-89 15-dez-89 30-dez-89

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 7 dias - 1989/1990

Com registros

Sem registros

0

50

100

150

200

250

300

01-jan-91 07-jan-91 13-jan-91 19-jan-91 25-jan-91 31-jan-91

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 7 dias - 1990/1991

Com registros

Sem registros

0

40

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160

200

240

280

320

01-jan-92 11-jan-92 21-jan-92 31-jan-92 10-fev-92 20-fev-92 01-mar-92

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 7 dias - 1991/1992

Com registros

Sem registros

Page 149: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.18 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 7 dias dos anos de 1995/1996,

1996/1997 e 1999/2000.

0

20

40

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80

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200

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01-dez-95 07-dez-95 13-dez-95 19-dez-95 25-dez-95 31-dez-95

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 7 dias - 1995/1996

Com registros

Sem registros

0

40

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120

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200

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320

360

400

440

01-out-96 26-out-96 20-nov-96 15-dez-96 09-jan-97 03-fev-97 28-fev-97

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 7 dias - 1996/1997

Com registros

Sem registros

0

40

80

120

160

200

240

280

01-jan-00 15-jan-00 29-jan-00 12-fev-00 26-fev-00

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 7 dias - 1999/2000

Com registros

Sem registros

Page 150: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.19 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 7 dias dos anos de 2001/2002,

2002/2003 e 2005/2006.

0

20

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100

120

140

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01-nov-01 26-nov-01 21-dez-01 15-jan-02 09-fev-02 06-mar-02 31-mar-02

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 7 dias - 2001/2002

Com registros

Sem registros

0

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200

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01-nov-02 26-nov-02 21-dez-02 15-jan-03 09-fev-03 06-mar-03 31-mar-03

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 7 dias - 2002/2003

Com registros

Sem registros

0

20

40

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200

01-nov-05 26-nov-05 21-dez-05 15-jan-06 09-fev-06 06-mar-06 31-mar-06

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 7 dias - 2005/2006

Com registros

Sem registros

Page 151: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.I.20 - Gráfico de dispersão para chuvas acumuladas de 7 dias dos anos de 2006/2007,

2010/2011 e 2011/2012.

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01-out-06 25-out-06 18-nov-06 12-dez-06 05-jan-07 29-jan-07

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 7 dias - 2006/2007

Com registros

Sem registros

0

20

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01-nov-10 19-nov-10 07-dez-10 25-dez-10 12-jan-11 30-jan-11

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Data

Acumulada de 7 dias - 2010/2011

Com registros

Sem registros

0

50

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01-dez-11 25-dez-11 18-jan-12 11-fev-12 06-mar-12 30-mar-12

Pre

cipit

ação

(m

m)

Data

Acumulada de 7 dias - 2011/2012

Com registros

Sem registros

Page 152: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Anexo II: Ocorrências de escorregamentos utilizadas para análise de correlação.

Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

1 13/10/89 Ouro Preto Piedade Ladeira da Piedade, 170 9,5 29,6 29,6 46,3 46,3 62,3 62,3

2 17/10/89 Ouro Preto Padre Faria Rua Desidério de Matos, 248 (Alto da Cruz) 18,5 18,5 18,5 18,5 28,0 48,1 48,1

3 13/11/89 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 43 (Santa Efigênia) 32,6 44,4 62,8 64,1 64,1 64,1 65,2

4 14/11/89 Ouro Preto Santana Rua 15 de Agosto, 60 (Logradouro) 12,0 44,6 56,4 74,8 76,1 76,1 76,1

5 23/11/89 Ouro Preto Padre Faria Rua Desíderio de Matos, 355 (Alto da Cruz) 19,6 30,6 34,4 36,6 53,4 55,6 55,6

6 30/11/89 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 68A 16,8 17,5 37,7 37,7 37,7 73,1 73,1

7 11/12/89 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 142 24,4 24,4 24,4 24,4 29,5 29,5 29,5

8 11/12/89 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 889 24,4 24,4 24,4 24,4 29,5 29,5 29,5

9 13/12/89 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 328 49,0 84,0 108,4 108,4 108,4 108,4 113,5

10 13/12/89 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 44 49,0 84,0 108,4 108,4 108,4 108,4 113,5

11 13/12/89 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 58 49,0 84,0 108,4 108,4 108,4 108,4 113,5

12 14/12/89 Ouro Preto Centro Rua Salvador Trópia, 210 78,5 127,5 162,5 186,9 186,9 186,9 186,9

13 14/12/89 Ouro Preto São Cristóvão Rua Candeias, 15D 78,5 127,5 162,5 186,9 186,9 186,9 186,9

14 14/12/89 Ouro Preto São Cristóvão Rua Manganês, 1079 78,5 127,5 162,5 186,9 186,9 186,9 186,9

15 14/12/89 Ouro Preto São Cristóvão Rua Pirita, 5 78,5 127,5 162,5 186,9 186,9 186,9 186,9

16 14/12/89 Ouro Preto São Cristóvão Rua Professor Alberto Barbosa, 84 78,5 127,5 162,5 186,9 186,9 186,9 186,9

17 14/12/89 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 182 78,5 127,5 162,5 186,9 186,9 186,9 186,9

18 16/12/89 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, S/N 46,0 124,5 203,0 252,0 287,0 311,4 311,4

19 16/12/89 Ouro Preto Padre Faria Rua Desidério de Matos, 750 (Alto da Cruz) 46,0 124,5 203,0 252,0 287,0 311,4 311,4

20 16/12/89 Ouro Preto Padre Faria Rua Desidério de Matos, ao lado 750 (Alto da Cruz) 46,0 124,5 203,0 252,0 287,0 311,4 311,4

21 23/12/89 Ouro Preto Cabeças Rau Alvarenga, 400 2,5 2,5 106,1 156,7 169,5 176,4 210,6

22 12/01/91 Ouro Preto Piedade Ladeira da Piedade, 174 50,4 86,3 97,0 97,2 102,9 103,6 125,6

23 14/01/91 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Rodrigo Silva, 410 15,8 36,2 86,6 122,5 133,2 133,4 139,1

24 15/01/91 Ouro Preto Cabeças Rua Alvarenga, 219 50,7 66,5 86,9 137,3 173,2 183,9 184,1

25 15/01/91 Ouro Preto Padre Faria Rua Desiderio de Matos, 668 50,7 66,5 86,9 137,3 173,2 183,9 184,1

26 15/01/91 Ouro Preto Piedade Rua da Abolição, 369/384 50,7 66,5 86,9 137,3 173,2 183,9 184,1

27 16/01/91 Ouro Preto Santa Cruz Rua 07, 115 (Santa Efigênia) 20,5 71,2 87,0 107,4 157,8 193,7 204,4

28 17/01/91 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 383 16,2 36,7 87,4 103,2 123,6 174,0 209,9

29 17/01/91 Ouro Preto Antônio Dias Rua Carlos Tomás, 120 16,2 36,7 87,4 103,2 123,6 174,0 209,9

30 17/01/91 Ouro Preto Antônio Dias Rua Conselheiro Quintiliano, 760 (Alto da Cruz) 16,2 36,7 87,4 103,2 123,6 174,0 209,9

31 17/01/91 Ouro Preto Centro Rua Padre Rolim, s/n (próximo ao Educandário) 16,2 36,7 87,4 103,2 123,6 174,0 209,9

Page 153: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

32 17/01/91 Ouro Preto Santa Cruz Rua Projetada Três, 221 (Santa Efigênia) 16,2 36,7 87,4 103,2 123,6 174,0 209,9

33 17/01/91 Ouro Preto Santa Cruz Rua Projetada Três, 251 (Santa Efigênia) 16,2 36,7 87,4 103,2 123,6 174,0 209,9

34 17/01/91 Ouro Preto São Cristóvão Rua São Miguel Arcanjo, 320 16,2 36,7 87,4 103,2 123,6 174,0 209,9

35 17/01/91 Ouro Preto Volta do Córrego Rua Padre Rolim, 58 (Logradouro, 236) 16,2 36,7 87,4 103,2 123,6 174,0 209,9

36 18/01/91 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Doutor João Veloso, 249 115,2 131,4 151,9 202,6 218,4 238,8 289,2

37 18/01/91 Ouro Preto Alto da Cruz Logradouro, 198 115,2 131,4 151,9 202,6 218,4 238,8 289,2

38 18/01/91 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Faria, 274 115,2 131,4 151,9 202,6 218,4 238,8 289,2

39 18/01/91 Ouro Preto Padre Faria Rua Vereador José Teixeira, 312/314 (Santa Efigênia) 115,2 131,4 151,9 202,6 218,4 238,8 289,2

40 18/01/91 Ouro Preto Santana Rua José Moreira Junior, 532 115,2 131,4 151,9 202,6 218,4 238,8 289,2

41 18/01/91 Ouro Preto Santana Rua São Pedro, 151 115,2 131,4 151,9 202,6 218,4 238,8 289,2

42 19/01/91 Ouro Preto Rosário Rua Getúlio Vargas, S/N 8,2 123,4 139,6 160,1 210,8 226,6 247,0

43 19/01/91 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Rodrigo Silva, 373 8,2 123,4 139,6 160,1 210,8 226,6 247,0

44 04/01/92 Ouro Preto Volta do Córrego Rua Padre Rolim, S/N 25,0 26,4 33,4 79,4 79,4 79,7 121,7

45 10/01/92 Ouro Preto Padre Faria Rua Desiderio de Matos, 670A 35,5 39,3 39,3 39,3 71,3 99,5 124,5

46 15/01/92 Ouro Preto Santana Travessa Santa Rita, 65A 6,6 48,8 79,3 79,3 79,3 114,8 118,6

47 16/01/92 Ouro Preto Saramenha Rua Américo René Gianetti, 1877 18,6 25,2 67,4 97,9 97,9 97,9 133,4

48 20/01/92 Ouro Preto São Cristóvão Rua Platina, 116 81,0 90,1 98,2 132,0 150,6 157,2 199,4

49 21/01/92 Ouro Preto Água Limpa Rua Professor Antônio de Paula Ribas, 282 19,8 100,8 109,9 118,0 151,8 170,4 177,0

50 22/01/92 Ouro Preto Água Limpa Rua Augusto Correia de Magalhães, 143 19,6 39,4 120,4 129,5 137,6 171,4 190,0

51 23/01/92 Ouro Preto Água Limpa Rua Elisa Gramigna Ferrari (São Cristóvão) 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

52 23/01/92 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 1 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

53 23/01/92 Ouro Preto Antônio Dias Travessa das Lajes, 173 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

54 23/01/92 Ouro Preto Cabeças Rua Franklin Amâncio dos Santos, 120 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

55 23/01/92 Ouro Preto Padre Faria Rua Desiderio de Matos, 668 (Caminho da Fábrica) 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

56 23/01/92 Ouro Preto Padre Faria Ruas Vereador José Teixeira, 1 e Pe Martins, 151 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

57 23/01/92 Ouro Preto Piedade Rua da Abolição, 177 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

58 23/01/92 Ouro Preto Piedade Ladeira da Piedade, 136 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

59 23/01/92 Ouro Preto Santana Rua 15 de Agosto, 608 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

60 23/01/92 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 1029 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

61 23/01/92 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 74 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

62 23/01/92 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas (Logradouro 06-85), 120 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

63 23/01/92 Ouro Preto Tombadouro Rua Geraldo Jesus Gonçalves, 155 (Caminho da Fábrica) 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

64 23/01/92 Ouro Preto Volta do Córrego Rua Padre Rolim, S/N 56,5 76,1 95,9 176,9 186,0 194,1 227,9

Page 154: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

65 24/01/92 Ouro Preto Bauxita Rua Perimetral, 464 106,8 163,3 182,9 202,7 283,7 292,8 300,9

66 24/01/92 Ouro Preto N. Sra. do Carmo Rua 4, 163 106,8 163,3 182,9 202,7 283,7 292,8 300,9

67 24/01/92 Ouro Preto Pilar Rua do Pilar, 86B 106,8 163,3 182,9 202,7 283,7 292,8 300,9

68 24/01/92 Ouro Preto São Cristóvão Rua Platina, 110 106,8 163,3 182,9 202,7 283,7 292,8 300,9

69 24/01/92 Ouro Preto Saramenha Rua Lima Júnior, 1542 106,8 163,3 182,9 202,7 283,7 292,8 300,9

70 25/01/92 Ouro Preto Rosário Rua Gabriel Santos, 200 13,7 120,5 177,0 196,6 216,4 297,4 306,5

71 25/01/92 Ouro Preto Santa Cruz Rua Projetada 3, 270 (Alto da Cruz) 13,7 120,5 177,0 196,6 216,4 297,4 306,5

72 26/01/92 Ouro Preto Alto da Cruz Escadaria da Encardideira, 68 1,3 15,0 121,8 178,3 197,9 217,7 298,7

73 29/01/92 Ouro Preto N. Sra. do Carmo Rua 04 de Maio, 60 8,5 8,7 15,5 16,8 30,5 137,3 193,8

74 02/02/92 Ouro Preto Antônio Dias Rua Chico Rei, 214 11,2 46,6 91,8 98,8 107,3 107,5 114,3

75 02/02/92 Ouro Preto Centro Rua Padre Rolim, S/N (Igreja das Mercês de cima) 11,2 46,6 91,8 98,8 107,3 107,5 114,3

76 02/02/92 Ouro Preto Volta do Córrego Volta do Córrego, S/N 11,2 46,6 91,8 98,8 107,3 107,5 114,3

77 03/02/92 Ouro Preto Água Limpa Rua Joaquim Fortes, 80 60,0 71,2 106,6 151,8 158,8 167,3 167,5

78 03/02/92 Ouro Preto Centro Praça Tiradentes, S/N; Beco do Pilão (próx. IBPC e CAEM) 60,0 71,2 106,6 151,8 158,8 167,3 167,5

79 03/02/92 Ouro Preto Padre Faria Rua Desidério de Matos, 980 60,0 71,2 106,6 151,8 158,8 167,3 167,5

80 03/02/92 Ouro Preto Santana Rua 15 de Agosto, 17 (Logradouro 5877) 60,0 71,2 106,6 151,8 158,8 167,3 167,5

81 05/02/92 Ouro Preto Alto da Cruz Rua 13 de Maio, 827 27,6 53,0 113,0 124,2 159,6 204,8 211,8

82 05/02/92 Ouro Preto Taquaral Rodovia dos Inconfidentes (Motel Sunny-day) 27,6 53,0 113,0 124,2 159,6 204,8 211,8

83 06/02/92 Ouro Preto Alto da Cruz Rua 13 de Maio, 757 42,3 69,9 95,3 155,3 166,5 201,9 247,1

84 06/02/92 Ouro Preto Piedade Rua José Anastácio 42,3 69,9 95,3 155,3 166,5 201,9 247,1

85 06/02/92 Ouro Preto Piedade Taquaral, S/N 42,3 69,9 95,3 155,3 166,5 201,9 247,1

86 07/02/92 Ouro Preto Santa Cruz Rua Projetada, S/N (Santa Efigênia) 8,0 50,3 77,9 103,3 163,3 174,5 209,9

87 08/02/92 Ouro Preto Vila São José Rua Doutor Albino Sartori, 265 18,3 26,3 68,6 96,2 121,6 181,6 192,8

88 04/12/95 Ouro Preto Padre Faria Rua Santa Rita, 820 11,6 11,6 19,1 32,5 35,3 35,3 35,3

89 04/12/95 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Amarantina, 160 11,6 11,6 19,1 32,5 35,3 35,3 35,3

90 14/12/95 Ouro Preto Alto da Cruz Ruas Doutor João Veloso, 118 e Santa Efigênia, 309 97,9 127,4 127,4 127,4 127,4 128,0 138,5

91 14/12/95 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 293 97,9 127,4 127,4 127,4 127,4 128,0 138,5

92 14/12/95 Ouro Preto Barra Beco da Mãe Chica, S/N 97,9 127,4 127,4 127,4 127,4 128,0 138,5

93 14/12/95 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Orquídeas, S/N (a 100m da rua dos Girassois) 97,9 127,4 127,4 127,4 127,4 128,0 138,5

94 14/12/95 Ouro Preto Santa Cruz Rua dos Girassóis, S/N 97,9 127,4 127,4 127,4 127,4 128,0 138,5

95 14/12/95 Ouro Preto Santana Rua José Moreira Junior, 750 97,9 127,4 127,4 127,4 127,4 128,0 138,5

96 14/12/95 Ouro Preto São Cristóvão Rua Padre Rolim, 06 97,9 127,4 127,4 127,4 127,4 128,0 138,5

97 14/12/95 Ouro Preto Tombadouro Rua Geraldo Jesus Gonçalves, 748 (Alto da Cruz) 97,9 127,4 127,4 127,4 127,4 128,0 138,5

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

98 15/12/95 Ouro Preto Antônio Dias Rua José Diogo dos Santos, 58 7,0 104,9 134,4 134,4 134,4 134,4 135,0

99 15/12/95 Ouro Preto Dores Rua Doutor Antonio Ibrahim, 55 7,0 104,9 134,4 134,4 134,4 134,4 135,0

100 15/12/95 Ouro Preto Padre Faria Rua Desidério de Matos, 668 7,0 104,9 134,4 134,4 134,4 134,4 135,0

101 15/12/95 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Orquídeas, S/N 7,0 104,9 134,4 134,4 134,4 134,4 135,0

102 15/12/95 Ouro Preto Santana Rua 24 de Junho, 519 7,0 104,9 134,4 134,4 134,4 134,4 135,0

103 15/12/95 Ouro Preto Santana Rua 24 de Junho, 596 7,0 104,9 134,4 134,4 134,4 134,4 135,0

104 15/12/95 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 48 7,0 104,9 134,4 134,4 134,4 134,4 135,0

105 21/12/95 Ouro Preto Piedade Rua José Anastácio, 215 16,5 23,4 36,2 39,7 40,2 40,2 47,2

106 25/12/95 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 68A 37,1 70,8 75,2 99,7 116,2 123,1 135,9

107 25/12/95 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 68B 37,1 70,8 75,2 99,7 116,2 123,1 135,9

108 25/12/95 Ouro Preto Tombadouro Rua Anacleto Faria, 22 (Santa Efigênia) 37,1 70,8 75,2 99,7 116,2 123,1 135,9

109 25/12/95 Ouro Preto Tombadouro Rua Anacleto Farias, 24 (Santa Efigênia) 37,1 70,8 75,2 99,7 116,2 123,1 135,9

110 26/12/95 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 240 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

111 26/12/95 Ouro Preto Barra Beco da Mãe Chica, S/N 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

112 26/12/95 Ouro Preto Bauxita Rua Perimetral, 464 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

113 26/12/95 Ouro Preto Centro Rua Valentin Policarpo de Lima, 136 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

114 26/12/95 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 51 (Alto da Cruz) 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

115 26/12/95 Ouro Preto Padre Faria Rua Santa Rita, 236 (Alto da Cruz) 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

116 26/12/95 Ouro Preto Santana Rua 15 de Agosto, 608 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

117 26/12/95 Ouro Preto São Cristóvão Rua Padre Rolim, 47 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

118 26/12/95 Ouro Preto Saramenha Rua Américo René Gianetti, 1846 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

119 26/12/95 Ouro Preto Tombadouro Rua Anacleto Faria, 23 (Alto da Cruz) 78,5 115,6 149,3 153,7 178,2 194,7 201,6

120 27/12/95 Ouro Preto Antônio Dias Travessa das Lajes, 154 15,8 94,3 131,4 165,1 169,5 194,0 210,5

121 27/12/95 Ouro Preto Rosário Rua Gabriel Santos, 60 15,8 94,3 131,4 165,1 169,5 194,0 210,5

122 28/12/95 Ouro Preto São Cristóvão Rua Abelardo Braga, 256 13,0 28,8 107,3 144,4 178,1 182,5 207,0

123 30/12/95 Ouro Preto Água Limpa Rua Professor Antonio de Paula Ribas, 161B 8,4 24,8 37,8 53,6 132,1 169,2 202,9

124 01/10/96 Ouro Preto São Cristóvão Rua João XXIII, 99 20,7 20,7 20,7 20,7 20,7 32,1 32,1

125 03/11/96 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 151 (Tombadouro) 18,0 44,5 66,0 66,0 66,0 66,6 107,3

126 18/11/96 Ouro Preto Santa Cruz Rua 1 (das Orquídeas), 23 (Alto da Cruz) 72,3 80,1 87,5 101,1 101,1 101,1 103,9

127 19/11/96 Ouro Preto Bauxita Acesso campus UFOP, 461 (Morro do Cruzeiro) 49,1 121,4 129,2 136,6 150,2 150,2 150,2

128 19/11/96 Ouro Preto Piedade Rua da Abolição, 383 e Logradouro 14174 - n. 37 49,1 121,4 129,2 136,6 150,2 150,2 150,2

129 19/11/96 Ouro Preto Tombadouro Rua Anacleto Farias, 22 (Caminho da Fábrica) 49,1 121,4 129,2 136,6 150,2 150,2 150,2

130 20/11/96 Ouro Preto São Cristóvão Rua José Feliciano de Meira, 236 11,8 60,9 133,2 141,0 148,4 162,0 162,0

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

131 21/11/96 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 1 50,4 62,2 111,3 183,6 191,4 198,8 212,4

132 21/11/96 Ouro Preto Antônio Dias Rua Chico Rei, 286B (Alto da Cruz) 50,4 62,2 111,3 183,6 191,4 198,8 212,4

133 21/11/96 Ouro Preto Padre Faria Rua Cristo Operário, 41 (Alto da Cruz) 50,4 62,2 111,3 183,6 191,4 198,8 212,4

134 21/11/96 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 143 50,4 62,2 111,3 183,6 191,4 198,8 212,4

135 21/11/96 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 155 50,4 62,2 111,3 183,6 191,4 198,8 212,4

136 21/11/96 Ouro Preto Piedade Rua da Abolição, 384 50,4 62,2 111,3 183,6 191,4 198,8 212,4

137 21/11/96 Ouro Preto Santa Cruz Rua dos Girassóis, 120 50,4 62,2 111,3 183,6 191,4 198,8 212,4

138 21/11/96 Ouro Preto Santa Cruz Rua dos Ipês, 50 50,4 62,2 111,3 183,6 191,4 198,8 212,4

139 21/11/96 Ouro Preto Tombadouro Rua Geraldo Jesus Gonçalves, 43 50,4 62,2 111,3 183,6 191,4 198,8 212,4

140 22/11/96 Ouro Preto Bauxita Lagoa do Gambá, S/N (próx. n. 1070) 54,2 104,6 116,4 165,5 237,8 245,6 253,0

141 22/11/96 Ouro Preto Cabeças Rua Alvarenga, 58 54,2 104,6 116,4 165,5 237,8 245,6 253,0

142 22/11/96 Ouro Preto Centro Rua Teixeira Amaral, 24 (Restaurante) 54,2 104,6 116,4 165,5 237,8 245,6 253,0

143 22/11/96 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 151 (Caminho da Fábrica) 54,2 104,6 116,4 165,5 237,8 245,6 253,0

144 22/11/96 Ouro Preto Santa Cruz Rua dos Ipês, 94 54,2 104,6 116,4 165,5 237,8 245,6 253,0

145 24/11/96 Ouro Preto Barra Beco da Mãe Chica, S/N 3,6 39,0 93,2 143,6 155,4 204,5 276,8

146 24/11/96 Ouro Preto Tombadouro Rua José Moreira Dias, 173 (Caminho da Fábrica) 3,6 39,0 93,2 143,6 155,4 204,5 276,8

147 12/12/96 Ouro Preto Alto da Cruz Rua do Cruzeiro, 64 21,2 21,2 21,2 36,1 51,4 53,1 53,1

148 19/12/96 Ouro Preto Santana Rua 15 de Agosto, 388A 1,4 8,4 22,0 40,5 81,5 85,3 100,7

149 23/12/96 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Flores, 141 15,8 35,8 61,7 109,5 110,9 117,9 131,5

150 30/12/96 Ouro Preto Saramenha Rua José da Silva Mendes, 91 3,3 3,3 11,0 14,8 80,0 90,0 126,0

151 02/01/97 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 315 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

152 02/01/97 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 80 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

153 02/01/97 Ouro Preto Antônio Dias Rua Padre Antonio Gabriel Carvalho, 89 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

154 02/01/97 Ouro Preto Barra Rua Argemiro Sana, 122 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

155 02/01/97 Ouro Preto Bauxita Rua Perimetral, 464 (proximidades) 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

156 02/01/97 Ouro Preto Dores Rua Doutor Antônio Ibrahim, 55 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

157 02/01/97 Ouro Preto Dores Rua Doutor Antônio Ibrahim, 66 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

158 02/01/97 Ouro Preto N. Sra. do Carmo Rua 4, 163 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

159 02/01/97 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 151/142 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

160 02/01/97 Ouro Preto São Cristóvão Rua Manganês, 193 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

161 02/01/97 Ouro Preto São Cristóvão Rua Manganês, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

162 02/01/97 Ouro Preto Saramenha Rua Lima Júnior 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

163 02/01/97 Ouro Preto Saramenha Rua Lima Júnior, 1582 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

164 02/01/97 Ouro Preto Saramenha Rodovia Rodrigo Mello Franco de Andrade 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

165 02/01/97 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 1021/1029 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

166 02/01/97 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 891 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

167 02/01/97 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 925 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

168 02/01/97 Mariana Cabanas Rua Lafaiete, 120 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

169 02/01/97 Mariana Cabanas Rua Lavras, 91 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

170 02/01/97 Mariana Cabanas Rua Lavras, 119 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

171 02/01/97 Mariana Cabanas Rua Rio Casca, 121 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

172 02/01/97 Mariana Cartucha Rua São Geraldo, 231 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

173 02/01/97 Mariana Cartucha Travessa da Cartucha, 68 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

174 02/01/97 Mariana Cartucha Travessa da Cartucha, 256 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

175 02/01/97 Mariana Rosário Rua Cerejeira, 101 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

176 02/01/97 Mariana Rosário Rua Ipê, 40 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

177 02/01/97 Mariana Rosário Rua Ipê, 40A 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

178 02/01/97 Mariana Rosário Rua Mogno, 50 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

179 02/01/97 Mariana Rosário Rua Perimetral Sucupira, 41 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

180 02/01/97 Mariana Rosário Rua Perimetral Sucupira, 256 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

181 02/01/97 Mariana Rosário Rua Perimetral Sucupira, 430 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

182 02/01/97 Mariana Rosário Rua Perimetral Sucupira, 475A 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

183 02/01/97 Mariana Rosário Rua Perimetral Sucupira, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

184 02/01/97 Mariana Rosário Rua Perimetral Sucupira, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

185 02/01/97 Mariana Rosário Rua Perimetral Sucupira, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

186 02/01/97 Mariana Rosário Rua Pinho, 530 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

187 02/01/97 Mariana Rosário Rua Vinhático, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

188 02/01/97 Mariana Santana Rua Alfredo de Moraes, 154 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

189 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Beco Santo Antônio, 156 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

190 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 10, 39 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

191 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 10, 49 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

192 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 10, 80 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

193 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 11, 11 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

194 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 11, 31 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

195 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 11, 41 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

196 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 11, 61 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

197 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 11, 70 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

198 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 11, 80 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

199 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua 3, 53 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

200 02/01/97 Mariana Sto. Antônio Rua Santo Antônio, 51 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

201 02/01/97 Mariana São Cristóvão Rua das Rosas, 491 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

202 02/01/97 Mariana São Cristóvão Rua das Rosas, 501 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

203 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua Pref. Daniel Carlos Gomes, 30 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

204 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua Pref. João Sampaio, 189 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

205 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua Pref. João Sampaio, 240 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

206 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, 309 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

207 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, 330 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

208 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, 427 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

209 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, 439 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

210 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

211 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

212 02/01/97 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

213 02/01/97 Mariana São Gonçalo Travessa São Gonçalo, 206 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

214 02/01/97 Mariana São Pedro Rua Prof. Lauro de Moraes, 136 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

215 02/01/97 Mariana São Pedro Rua Prof. Lauro de Moraes, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

216 02/01/97 Mariana São Pedro Rua Prof. Lauro de Moraes, S/N 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

217 02/01/97 Mariana São Sebastião Rua Acre, 89 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

218 02/01/97 Mariana São Sebastião Rua Amâncio Arinos de Queiroz, 52 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

219 02/01/97 Mariana São Sebastião Rua Amazonas, 82 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

220 02/01/97 Mariana São Sebastião Rua Rubi, 208 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

221 02/01/97 Mariana São Sebastião Rua Topázio,7 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

222 02/01/97 Mariana Vila Mata d'Ouro Rua Luci de Moraes, 478fn 89,6 109,8 109,8 113,1 113,1 120,8 124,6

223 03/01/97 Ouro Preto Água Limpa Rua Tomé Afonso, 355 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

224 03/01/97 Ouro Preto Bauxita Rua Perimetral, 512 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

225 03/01/97 Ouro Preto Cabeças Rua Professor Honório Esteves, 240 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

226 03/01/97 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 71A (Caminho da Fábrica) 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

227 03/01/97 Ouro Preto Rosário Rua Gabriel Santos, 78 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

228 03/01/97 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Flores, 141 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

229 03/01/97 Ouro Preto São Cristóvão Mecânico José Português 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

Page 159: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

230 03/01/97 Ouro Preto São Cristóvão Rua Manganês, 55 (Logradouro) 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

231 03/01/97 Ouro Preto São Cristóvão Rua Professor Brito Machado, 83A 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

232 03/01/97 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Alterosa, 47 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

233 03/01/97 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Rodrigo Silva, 424 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

234 03/01/97 Ouro Preto Volta do Córrego Rua Vereador Miguel Alves Pereira, S/N 114,2 203,8 224,0 224,0 227,3 227,3 235,0

235 04/01/97 Ouro Preto Antônio Dias Rua Dom Silvério, 258 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

236 04/01/97 Ouro Preto Barra Rua Pandiá Calógeras, 146 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

237 04/01/97 Ouro Preto N. Sra. do Carmo Rua 4, 163A 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

238 04/01/97 Ouro Preto Piedade Logradouro 5.007, n. 25 e n.45 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

239 04/01/97 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Violetas, 197 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

240 04/01/97 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Violetas, 256 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

241 04/01/97 Ouro Preto São Cristóvão Rua São Miguel Arcanjo, 227 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

242 04/01/97 Ouro Preto Saramenha Rua Adelaide Ansaloni, 341 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

243 04/01/97 Ouro Preto Saramenha Rua Manoel Rioga, 97 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

244 04/01/97 Ouro Preto Tombadouro Rua Anacleto Faria, 41 (Pe Faria) 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

245 04/01/97 Ouro Preto Volta do Córrego Rua Vereador Miguel Alves Pereira, 650 110,2 224,4 314,0 334,2 334,2 337,5 337,5

246 05/01/97 Ouro Preto Barra Rua Othon Guimarães, 01 27,3 137,5 251,7 341,3 361,5 361,5 364,8

247 05/01/97 Ouro Preto Pilar Rua Benedito Valadares, 241 27,3 137,5 251,7 341,3 361,5 361,5 364,8

248 05/01/97 Ouro Preto São Cristóvão Rua José Araujo Dias, 185C 27,3 137,5 251,7 341,3 361,5 361,5 364,8

249 05/01/97 Ouro Preto São Cristóvão Rua Tomás Brandão, 180 27,3 137,5 251,7 341,3 361,5 361,5 364,8

250 05/01/97 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Amarantina, 245 27,3 137,5 251,7 341,3 361,5 361,5 364,8

251 05/01/97 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Rodrigo Silva, 478 27,3 137,5 251,7 341,3 361,5 361,5 364,8

252 06/01/97 Ouro Preto Cabeças Rua Franklin Amâncio dos Santos, 128 44,2 71,5 181,7 295,9 385,5 405,7 405,7

253 06/01/97 Ouro Preto Cabeças Rua Franklin Amâncio dos Santos, 81 44,2 71,5 181,7 295,9 385,5 405,7 405,7

254 06/01/97 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Mangabeiras, 260 44,2 71,5 181,7 295,9 385,5 405,7 405,7

255 06/01/97 Ouro Preto Saramenha Rua José da Silva Mendes, 176 44,2 71,5 181,7 295,9 385,5 405,7 405,7

256 06/01/97 Ouro Preto Saramenha Rua Manoel Rioga, 07 (ou 57?) 44,2 71,5 181,7 295,9 385,5 405,7 405,7

257 06/01/97 Ouro Preto Vila São José Rua Doutor Albino Sartori, 279 44,2 71,5 181,7 295,9 385,5 405,7 405,7

258 08/01/97 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 1 6,7 6,7 50,9 78,2 188,4 302,6 392,2

259 08/01/97 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 173 6,7 6,7 50,9 78,2 188,4 302,6 392,2

260 08/01/97 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 179 6,7 6,7 50,9 78,2 188,4 302,6 392,2

261 08/01/97 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 237 (ou 357) 6,7 6,7 50,9 78,2 188,4 302,6 392,2

262 08/01/97 Ouro Preto Rosário Rua Getúlio Vargas, 180 6,7 6,7 50,9 78,2 188,4 302,6 392,2

Page 160: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

263 13/01/97 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Cachoeira do Campo, 229 22,7 22,7 22,7 22,7 22,7 29,4 29,4

264 16/01/97 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Flores, 92/104 5,5 5,5 6,4 29,1 29,1 29,1 29,1

265 16/01/97 Ouro Preto Saramenha Rua Itacolomi, 814 5,5 5,5 6,4 29,1 29,1 29,1 29,1

266 16/01/97 Ouro Preto Volta do Córrego Rua Vereador Miguel Alves Pereira, 67 (Centro) 5,5 5,5 6,4 29,1 29,1 29,1 29,1

267 17/01/97 Ouro Preto Antônio Dias Rua Dom Silvério, 258 16,3 21,8 21,8 22,7 45,4 45,4 45,4

268 01/02/97 Ouro Preto Santa Cruz Rua dos Girassóis, 03 28,0 77,5 77,7 77,7 77,7 77,7 77,7

269 24/02/97 Ouro Preto Antônio Dias Rua Dom Silvério, 258 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0 6,0

270 26/01/00 Mariana Rosário Rua Epsilon, 32 31,4 44,9 49,4 52,8 66,0 66,5 77,3

271 26/01/00 Mariana Rosário Rua Gameleira, 41 31,4 44,9 49,4 52,8 66,0 66,5 77,3

272 27/01/00 Mariana Galego Rua A, 91 18,4 49,8 63,3 67,8 71,2 84,4 84,9

273 27/01/00 Mariana Rosário Rua Gameleira, S/N 18,4 49,8 63,3 67,8 71,2 84,4 84,9

274 27/01/00 Mariana Rosário Rua Pau - Brasil, S/N 18,4 49,8 63,3 67,8 71,2 84,4 84,9

275 27/01/00 Ouro Preto Bauxita Rodovia dos Inconfidentes 18,4 49,8 63,3 67,8 71,2 84,4 84,9

276 28/01/00 Mariana Rosário Rua Perimetral Sucupira, 215 114,3 132,7 164,1 177,6 182,1 185,5 198,7

277 28/01/00 Mariana Sto. Antônio Rua 11, 80 114,3 132,7 164,1 177,6 182,1 185,5 198,7

278 29/01/00 Mariana Sto. Antônio Rua 10, 49 47,0 161,3 179,7 211,1 224,6 229,1 232,5

279 09/02/00 Mariana Cartucha Rua Cartucha, 310 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

280 09/02/00 Mariana Centro Rua do Catete, S/N 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

281 09/02/00 Mariana Centro Rua Dom Silvério, cemt 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

282 09/02/00 Mariana Galego Rua Alfredo de Moraes, 6 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

283 09/02/00 Mariana Rosário Rua Gameleira, 22 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

284 09/02/00 Mariana Rosário Rua Gameleira, 28 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

285 09/02/00 Mariana Sto. Antônio Rua 10, S/N 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

286 09/02/00 Mariana Sto. Antônio Rua 11, 11 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

287 09/02/00 Mariana São Gonçalo Rua Pref. Daniel Carlos Gomes, 40 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

288 09/02/00 Mariana São Gonçalo Rua Pref. João Sampaio, 207 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

289 09/02/00 Mariana São Gonçalo Rua Pref. João Sampaio, 211 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

290 09/02/00 Mariana São Sebastião Rua Amazonas, 666 17,8 47,3 77,8 78,7 78,7 78,7 79,2

291 18/11/01 Ouro Preto Alto da Cruz Rua 13 de maio, 864A 45,8 65,8 83,6 83,6 99,6 146,6 154,3

292 18/11/01 Ouro Preto Piedade Rua José Anastacio, 215 45,8 65,8 83,6 83,6 99,6 146,6 154,3

293 18/11/01 Ouro Preto Padre Faria Rua Santa Rita, 677 45,8 65,8 83,6 83,6 99,6 146,6 154,3

294 18/11/01 Ouro Preto Alto da Cruz Rua 15 de Agosto, 712A 45,8 65,8 83,6 83,6 99,6 146,6 154,3

295 18/11/01 Ouro Preto Alto da Cruz Rua 13 de maio, 455 45,8 65,8 83,6 83,6 99,6 146,6 154,3

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

296 18/11/01 Ouro Preto Santana Rua 24 de junho, 557 45,8 65,8 83,6 83,6 99,6 146,6 154,3

297 19/11/01 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Palmas, 650 1,3 47,1 67,1 84,9 84,9 100,9 147,9

298 19/11/01 Ouro Preto Água Limpa Rua Irmãos Kennedy, S/N 1,3 47,1 67,1 84,9 84,9 100,9 147,9

299 19/11/01 Ouro Preto Veloso Rua Tomé de Vasconcelos, 369 1,3 47,1 67,1 84,9 84,9 100,9 147,9

300 19/11/01 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Margaridas, 57B 1,3 47,1 67,1 84,9 84,9 100,9 147,9

301 01/12/01 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Rodrigo Silva, 36 66,0 69,4 97,4 97,4 102,2 108,6 108,9

302 15/12/01 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Juvêncio Pinto, 72 17,4 17,4 17,4 17,4 17,4 17,4 17,4

303 18/12/01 Ouro Preto Piedade Rua José Anastacio, S/N 18,6 77,9 88,5 105,9 105,9 105,9 105,9

304 28/12/01 Mariana São Gonçalo Travessa São Gonçalo, 59 2,3 24,8 37,4 38,1 38,9 38,9 66,9

305 30/12/01 Ouro Preto Morro São João Ladeira João de Paiva, 800 35,5 44,4 46,7 69,2 81,8 82,5 83,3

306 31/12/01 Ouro Preto Bauxita Av. JK , 24 23,4 58,9 67,8 70,1 92,6 105,2 105,9

307 04/01/02 Mariana Cabanas Rua Pitangui, 360 14,7 19,4 19,4 47,4 70,8 106,3 115,2

308 04/01/02 Mariana Cartucha Travessa da Cartucha, 63 14,7 19,4 19,4 47,4 70,8 106,3 115,2

309 04/01/02 Mariana Sto. Antônio Rua A, 105 14,7 19,4 19,4 47,4 70,8 106,3 115,2

310 06/01/02 Ouro Preto Padre Faria Rua Padre Martins, 147 6,1 33,3 48,0 52,7 52,7 80,7 104,1

311 16/01/02 Mariana Rosário Rua Ébano, 267 19,6 33,6 51,9 51,9 51,9 54,7 54,7

312 16/01/02 Mariana Rosário Rua Pau - Brasil, 11 19,6 33,6 51,9 51,9 51,9 54,7 54,7

313 16/01/02 Mariana Sto. Antônio Rua 10, 49 19,6 33,6 51,9 51,9 51,9 54,7 54,7

314 16/01/02 Mariana São Cristóvão Rua das Rosas, 471 19,6 33,6 51,9 51,9 51,9 54,7 54,7

315 16/01/02 Mariana São Cristóvão Rua das Rosas, 481 19,6 33,6 51,9 51,9 51,9 54,7 54,7

316 18/01/02 Mariana Centro Rua Mestre Vicente, 38A 57,0 58,6 78,2 92,2 110,5 110,5 110,5

317 18/01/02 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, 454 57,0 58,6 78,2 92,2 110,5 110,5 110,5

318 19/01/02 Ouro Preto Cruzeiro Rua do Cruzeiro, S/N 30,2 87,2 88,8 108,4 122,4 140,7 140,7

319 18/02/02 Ouro Preto Centro Rua Xavier da Veiga, 506 29,0 73,3 75,5 76,4 76,4 76,4 76,4

320 18/02/02 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Flores, 138 29,0 73,3 75,5 76,4 76,4 76,4 76,4

321 19/02/02 Mariana São Cristóvão Rua das Rosas (7 casas) 21,3 50,3 94,6 96,8 97,7 97,7 97,7

322 19/02/02 Mariana Vila do Carmo Av. Nossa Senhora do Carmo, 742 21,3 50,3 94,6 96,8 97,7 97,7 97,7

323 20/02/02 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 833 17,1 38,4 67,4 111,7 113,9 114,8 114,8

324 20/02/02 Ouro Preto Pilar Rua José Alexandre da Silva, 108E 17,1 38,4 67,4 111,7 113,9 114,8 114,8

325 06/03/02 Ouro Preto Santa Cruz Rua dos Cravos, 209 19,7 19,7 19,7 19,7 19,7 21,7 22,3

326 17/11/02 Ouro Preto São Cristovão Rua Padre Rolim, 1129 26,8 66,2 66,2 66,2 87,7 124,8 124,8

327 18/11/02 Ouro Preto Água Limpa Rua Tomé de Vasconcelos, 270 59,8 86,6 126,0 126,0 126,0 147,5 184,6

328 19/11/02 Ouro Preto Pocinho Rod. Rodrigo Melo Franco Andrade, S/N 1,0 60,8 87,6 127,0 127,0 127,0 148,5

Page 162: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

329 25/11/02 Ouro Preto Centro Rua Manoel I. de Carvalho, 77 1,4 3,8 36,2 36,4 36,4 83,0 84,0

330 11/12/02 Ouro Preto Caminho da Fábrica Travessa Padre Martins, 166 29,4 45,4 50,6 69,2 91,0 100,0 100,0

331 11/12/02 Ouro Preto Padre Faria Rua Geraldo Jesus Gonçalves, 96 29,4 45,4 50,6 69,2 91,0 100,0 100,0

332 12/12/02 Ouro Preto Vila São José Rua Dr. Afonso Baeta, 102 62,8 92,2 108,2 113,4 132,0 153,8 162,8

333 12/12/02 Ouro Preto Água Limpa Rua Benjamim Machado, 298 62,8 92,2 108,2 113,4 132,0 153,8 162,8

334 13/12/02 Ouro Preto São Francisco Rua Vereador Miguel Alves Pereira, 441B 47,6 110,4 139,8 155,8 161,0 179,6 201,4

335 13/12/02 Ouro Preto São Cristovão Rua Professor Brito Machado, 49 47,6 110,4 139,8 155,8 161,0 179,6 201,4

336 14/12/02 Ouro Preto Alto da Cruz Rua do Cruzeiro, 205 5,7 53,3 116,1 145,5 161,5 166,7 185,3

337 18/12/02 Ouro Preto São Cristovão Rua Mecânico José Português, 89 9,6 22,1 25,9 42,1 47,8 95,4 158,2

338 26/12/02 Ouro Preto Alto da Cruz Rua 13 de maio, 365 69,7 69,7 88,7 106,9 115,4 115,4 115,4

339 05/01/03 Ouro Preto São Cristovão Rua José Pedro de Meira, 30 17,0 32,2 73,8 74,2 90,8 112,2 141,2

340 06/01/03 Mariana São Sebastião Rua Acre, 89 15,3 32,3 47,5 89,1 89,5 106,1 127,5

341 07/01/03 Ouro Preto Caminho da Fábrica Rua Anacleto Faria, 18 33,7 49,0 66,0 81,2 122,8 123,2 139,8

342 07/01/03 Ouro Preto Saramenha Rua Felícia Mendes, 190 33,7 49,0 66,0 81,2 122,8 123,2 139,8

343 07/01/03 Ouro Preto Cabeças Rua Franklin Amâncio dos Santos, 120 33,7 49,0 66,0 81,2 122,8 123,2 139,8

344 07/01/03 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Chico Rei, 286C 33,7 49,0 66,0 81,2 122,8 123,2 139,8

345 07/01/03 Ouro Preto São Cristovão Logradouro 235, 75 33,7 49,0 66,0 81,2 122,8 123,2 139,8

346 07/01/03 Ouro Preto Passa Dez Rua João Custódio, S/N 33,7 49,0 66,0 81,2 122,8 123,2 139,8

347 07/01/03 Ouro Preto Pocinho Rodovia Rodrigo Melo Franco de Andrade, S/N 33,7 49,0 66,0 81,2 122,8 123,2 139,8

348 07/01/03 Ouro Preto Alto da Cruz Rua do Cruzeiro, 263 33,7 49,0 66,0 81,2 122,8 123,2 139,8

349 13/01/03 Mariana Cartucha Rua Capitão Lúcio, 305 7,3 7,7 36,4 39,4 41,0 108,3 142,0

350 13/01/03 Mariana Cartucha Rua Cartucha, 220 7,3 7,7 36,4 39,4 41,0 108,3 142,0

351 13/01/03 Mariana Rosário Rua Bom Sucesso, 199 7,3 7,7 36,4 39,4 41,0 108,3 142,0

352 13/01/03 Mariana Rosário Rua Perimetral Sucupira, 171 7,3 7,7 36,4 39,4 41,0 108,3 142,0

353 13/01/03 Mariana Sto. Antônio Beco Santo Antônio, 125C 7,3 7,7 36,4 39,4 41,0 108,3 142,0

354 13/01/03 Mariana Sto. Antônio Beco Santo Antônio, 156 7,3 7,7 36,4 39,4 41,0 108,3 142,0

355 13/01/03 Mariana Cartucha Travessa da Cartucha, 68 7,3 7,7 36,4 39,4 41,0 108,3 142,0

356 15/01/03 Mariana São José Rua A, 45 14,6 16,8 24,1 24,5 53,2 56,2 57,8

357 16/01/03 Mariana Centro Rua Dom Silvério, 426B 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

358 16/01/03 Mariana Rosário Rua Bom Sucesso, 57 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

359 16/01/03 Mariana Rosário Rua Bom Sucesso, 115 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

360 16/01/03 Mariana Rosário Rua Gameleira, 39 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

361 16/01/03 Mariana Rosário Rua Gameleira, 41 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

Page 163: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

362 16/01/03 Mariana Rosário Rua Pau - Brasil, 53 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

363 16/01/03 Mariana Rosário Rua Pau - Brasil, 131 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

364 16/01/03 Mariana Sta. Rita de Cássia Rua Sumidouro, S/N 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

365 16/01/03 Mariana Sto. Antônio Rua A, 115 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

366 16/01/03 Mariana São Gonçalo Rua Pref. Daniel Carlos Gomes, 40 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

367 16/01/03 Mariana São Gonçalo Rua Pref. João Sampaio, 189 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

368 16/01/03 Mariana São Gonçalo Travessa São Gonçalo, 40 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

369 16/01/03 Mariana São Gonçalo Travessa São Gonçalo, 221 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

370 16/01/03 Mariana São Sebastião Rua Amâncio Arinos de Queiroz, 284 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

371 16/01/03 Mariana Vila Mata d'Ouro Rua Luci de Moraes, 546 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

372 16/01/03 Mariana Vila Mata d'Ouro Rua Luci de Moraes, 560 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

373 16/01/03 Ouro Preto Taquaral Rua Farmacêutico Duilo Passos, 1499 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

374 16/01/03 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Rodrigo Silva, 32 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

375 16/01/03 Ouro Preto Antônio Dias Rua Padre Tobias, 75 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

376 16/01/03 Ouro Preto Água Limpa Rua Professor Antônio de Paulo Ribas, 259 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

377 16/01/03 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 62 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

378 16/01/03 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 74 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

379 16/01/03 Ouro Preto Santana Rua Santa Marta, 86 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

380 16/01/03 Ouro Preto Santana Rua Uberlândia, 35 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

381 16/01/03 Ouro Preto Bauxita Rua Perimetral, 464 66,4 81,0 83,2 90,5 90,9 119,6 122,6

382 17/01/03 Mariana Sto. Antônio Rua 11, 80A 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

383 17/01/03 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 188 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

384 17/01/03 Ouro Preto Santana Rua Santa Marta, 10 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

385 17/01/03 Ouro Preto Barra Rua dos Inconfidentes, 67 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

386 17/01/03 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 165 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

387 17/01/03 Ouro Preto Barra Rua dos Inconfidentes, 30 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

388 17/01/03 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 01 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

389 17/01/03 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 36 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

390 17/01/03 Ouro Preto Piedade Rua da Abolição, 390 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

391 17/01/03 Ouro Preto Santana Rua 15 de Agosto, 265 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

392 17/01/03 Ouro Preto Córrego Seco Rua Uberlândia, 2058 16,7 83,1 97,7 99,9 107,2 107,6 136,3

393 18/01/03 Ouro Preto Água Limpa Rua Professor Antônio de Paulo Ribas, 229 15,4 32,1 98,5 113,1 115,3 122,6 123,0

394 18/01/03 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Flores, 106 15,4 32,1 98,5 113,1 115,3 122,6 123,0

Page 164: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

395 19/01/03 Ouro Preto Caminho da Fábrica Travessa Padre Martins, 35 25,5 40,9 57,6 124,0 138,6 140,8 148,1

396 19/01/03 Ouro Preto Alto das Dores Rua Jair Afonso Inácio, 123 25,5 40,9 57,6 124,0 138,6 140,8 148,1

397 19/01/03 Ouro Preto Antônio Dias Rua Dr. João Veloso, 45 25,5 40,9 57,6 124,0 138,6 140,8 148,1

398 19/01/03 Ouro Preto Saramenha Rua Euclides Mapa, 124 25,5 40,9 57,6 124,0 138,6 140,8 148,1

399 19/01/03 Ouro Preto São Cristovão Rua Vereador Miguel Alves Pereira, 368 25,5 40,9 57,6 124,0 138,6 140,8 148,1

400 20/01/03 Mariana Vila Mata d'Ouro Rua Luci de Moraes, 596 3,2 28,7 44,1 60,8 127,2 141,8 144,0

401 20/01/03 Ouro Preto Antônio Dias Rua Padre Gabriel Carvalho, 61 3,2 28,7 44,1 60,8 127,2 141,8 144,0

402 21/01/03 Mariana Sta. Rita de Cássia Rua Ribeirão do Carmo, 227 11,0 14,2 39,7 55,1 71,8 138,2 152,8

403 21/01/03 Mariana Vila do Carmo Av. Nossa Senhora do Carmo, S/N 11,0 14,2 39,7 55,1 71,8 138,2 152,8

404 22/01/03 Ouro Preto N. Sra. do Carmo Rua da Lagoa, 1135A 37,3 48,3 51,5 77,0 92,4 109,1 175,5

405 22/01/03 Ouro Preto São Cristovão Rua Padre Carmelho, 100 37,3 48,3 51,5 77,0 92,4 109,1 175,5

406 23/01/03 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Rosas, 35 19,3 56,6 67,6 70,8 96,3 111,7 128,4

407 23/01/03 Ouro Preto Santa Cruz Rua dos Girassóis, 85 19,3 56,6 67,6 70,8 96,3 111,7 128,4

408 29/01/03 Mariana Estrela do Sul Rua Rouxinol, 132 2,3 2,3 2,3 2,3 13,2 13,2 32,5

409 29/01/03 Mariana Estrela do Sul Rua Rouxinol, 135 2,3 2,3 2,3 2,3 13,2 13,2 32,5

410 29/01/03 Mariana Estrela do Sul Rua Rouxinol, 142 2,3 2,3 2,3 2,3 13,2 13,2 32,5

411 29/01/03 Mariana São Sebastião Rua Acre, 211B 2,3 2,3 2,3 2,3 13,2 13,2 32,5

412 31/01/03 Mariana Cartucha Rua Cartucha, 121 fn 4,0 29,2 31,5 31,5 31,5 31,5 42,4

413 31/01/03 Mariana Sto. Antônio Rua A, 105B 4,0 29,2 31,5 31,5 31,5 31,5 42,4

414 11/03/03 Ouro Preto Piedade Travessa 13 de maio, 375 1,3 3,4 23,6 23,6 23,6 23,6 25,6

415 20/03/03 Ouro Preto Pilar Epominas, S/N 17,3 23,3 28,8 43,6 48,4 63,8 66,6

416 22/03/03 Mariana Cabanas Rua Pitangui, 360 35,2 35,2 52,5 58,5 64,0 78,8 83,6

417 22/03/03 Mariana Sta. Rita de Cássia Rua Ribeirão do Carmo, 225 35,2 35,2 52,5 58,5 64,0 78,8 83,6

418 19/11/05 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Miguel Burnier, 90 4,4 11,6 15 15 15 15 17,3

419 24/11/05 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Mangabeiras, 337 5,7 5,9 8,9 17,5 44,2 48,6 55,8

420 29/11/05 Ouro Preto Padre Faria Trav. 8 de Setembro, 86 5 6 16 39 41 46,7 46,9

421 11/12/05 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Maestro Joaquim, 251 58,2 58,2 62,2 62,7 94,2 94,2 94,2

422 11/12/05 Ouro Preto Caminho da Fábrica Rua Padre Martins, 145 58,2 58,2 62,2 62,7 94,2 94,2 94,2

423 11/12/05 Ouro Preto Morro da Queimada Rua XV de Agosto, 771 58,2 58,2 62,2 62,7 94,2 94,2 94,2

424 11/12/05 Ouro Preto Morro Queimado Rua Nossa Senhora da Glória, 19 58,2 58,2 62,2 62,7 94,2 94,2 94,2

425 11/12/05 Ouro Preto Morro Santana Rua XV de Agosto, 303/771 58,2 58,2 62,2 62,7 94,2 94,2 94,2

426 11/12/05 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Flores, 108 58,2 58,2 62,2 62,7 94,2 94,2 94,2

427 11/12/05 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Margaridas, 57D 58,2 58,2 62,2 62,7 94,2 94,2 94,2

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

428 11/12/05 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Palmas, 650 58,2 58,2 62,2 62,7 94,2 94,2 94,2

429 11/12/05 Ouro Preto Vila São José Rua Dr. Orlando Ramos, 204 58,2 58,2 62,2 62,7 94,2 94,2 94,2

430 12/12/05 Ouro Preto Morro São Sebastião Rua Rio Negro, 53 48,7 106,9 106,9 110,9 111,4 142,9 142,9

431 13/12/05 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 60 34,8 83,5 141,7 141,7 145,7 146,2 177,7

432 15/12/05 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Chico Rei, 286 27,5 33 67,8 116,5 174,7 174,7 178,7

433 15/12/05 Ouro Preto Piedade Rua José Anastácio, 217A 27,5 33 67,8 116,5 174,7 174,7 178,7

434 20/12/05 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Engenheiro Gouveia, 420 30 42,9 42,9 42,9 49,4 76,9 82,4

435 12/02/06 Ouro Preto São Cristóvão Rua Perita, 151 39 44 45,5 63 63 63 63

436 10/03/06 Ouro Preto Saramenha Rua Teófilo Mendes, 146 20 22,8 23,3 38,9 75,9 76,9 76,9

437 16/03/06 Ouro Preto São Cristóvão Rua Manganês, 260 58,5 98,5 100,9 100,9 102,9 117,9 137,9

438 19/03/06 Ouro Preto São Cristóvão Rua Professor Alberto Barbosa, 136 61,4 61,4 62,9 121,4 161,4 163,8 163,8

439 09/10/06 Ouro Preto Alto das Dores Rua Professor Jair Pena, 232 1,5 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5 6,5

440 18/10/06 Ouro Preto Alto da Cruz Rua 13 de Maio, 307 36,8 36,8 36,8 46,2 48,6 84,5 84,5

441 18/10/06 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Geraldo Galdino, 81A 36,8 36,8 36,8 46,2 48,6 84,5 84,5

442 18/10/06 Ouro Preto Dores Rua Dr. Antônio Ibraim, 52 36,8 36,8 36,8 46,2 48,6 84,5 84,5

443 18/10/06 Ouro Preto Piedade Rua da Abolição, 24 36,8 36,8 36,8 46,2 48,6 84,5 84,5

444 18/10/06 Ouro Preto São Francisco Rua Miguel Alves de Pereira, 431 36,8 36,8 36,8 46,2 48,6 84,5 84,5

445 23/10/06 Ouro Preto Piedade Rua da Abolição, 124 9,2 9,2 9,4 63,4 69,1 105,9 105,9

446 24/10/06 Ouro Preto São Cristóvão Rua Padre Rolim (Logradouro 235), 1063 6,7 15,9 15,9 16,1 70,1 75,8 112,6

447 24/10/06 Ouro Preto Ruas Serra Negra - Perita - Padre Rolim, 150/16/152 6,7 15,9 15,9 16,1 70,1 75,8 112,6

448 02/11/06 Ouro Preto Pocinho Ruas Salinas - Nossa Senhora do Carmo, 172 34,1 48,1 48,1 48,1 48,1 48,1 48,1

449 15/11/06 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Santa Rita, 854 21,6 28,6 30,8 34,5 61,5 63,5 63,5

450 20/11/06 Ouro Preto Centro Beco do Pilão, S/N 16 38,8 38,8 38,8 45,1 66,7 73,7

451 01/12/06 Ouro Preto Barra Rua Othon Guimarães, 33C 56 60,4 63,9 71 76,9 76,9 76,9

452 06/12/06 Ouro Preto Piedade Ladeira da Piedade, 7 38 38 38 38 38 94 98,4

453 11/12/06 Ouro Preto Morro São Sebastião Ladeira João de Paiva, 831 19,3 41 45,2 101,2 115,1 153,1 153,1

454 13/12/06 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 336 1,8 10,9 30,2 51,9 56,1 112,1 126

455 13/12/06 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Amarantina, 210 1,8 10,9 30,2 51,9 56,1 112,1 126

456 30/12/06 Ouro Preto Centro Rua Valentim Policarpo de Lima, 136 37,2 77,6 85,6 94,7 98,7 103,4 111,6

457 30/12/06 Ouro Preto Piedade Rua 18 de Maio, 891 37,2 77,6 85,6 94,7 98,7 103,4 111,6

458 30/12/06 Ouro Preto Santa Cruz Rua dos Jasmins, 263 37,2 77,6 85,6 94,7 98,7 103,4 111,6

459 30/12/06 Ouro Preto São Francisco Rua José do Patrocínio Martins, 570F 37,2 77,6 85,6 94,7 98,7 103,4 111,6

460 31/12/06 Ouro Preto Piedade Rua 13 de Maio, 871 2,5 39,7 80,1 88,1 97,2 101,2 105,9

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

461 31/12/06 Ouro Preto Rosário Trav. Domingos Vidal, 69 2,5 39,7 80,1 88,1 97,2 101,2 105,9

462 02/01/07 Ouro Preto São Cristóvão Rua Padre Rolim, 2003 9,2 14,4 16,9 54,1 94,5 102,5 111,6

463 03/01/07 Ouro Preto Rancharia Av. Nossa Senhora Aparecida, 78 19,8 29 34,2 36,7 73,9 114,3 122,3

464 04/01/07 Ouro Preto Saramenha Rua Manoel Rioga, 157A 11,9 31,7 40,9 46,1 48,6 85,8 126,2

465 05/01/07 Ouro Preto Rosário Trav. Domingos Vidal, 83 16,4 28,3 48,1 57,3 62,5 65 102,2

466 11/01/07 Ouro Preto Morro Santana Rua XV de Agosto, 2058B 6 37 37 37,5 49,5 54,8 71,2

467 15/01/07 Ouro Preto Piedade Rua da Abolição, 309 5,3 16,9 16,9 27,9 33,9 64,9 64,9

468 17/01/07 Ouro Preto São Cristóvão Rua Valdomiro Félix de Mattos, 142 22,5 33,6 38,9 50,5 50,5 61,5 67,5

469 24/01/07 Ouro Preto Liberdade Rua Dona Maria Áustria, 161 30,5 45,8 59,3 60,1 63,7 69,8 69,8

470 28/01/07 Ouro Preto São Cristóvão Rua Platina, 6 41 82,2 83,8 85,3 115,8 131,1 144,6

471 12/11/10 Mariana Sto. Antônio Beira Rio, 231 12,6 33,6 45,6 45,6 45,6 73 130,1

472 22/11/10 Mariana Sta. Rita de Cássia Ribeirao do Carmo, 237 3,4 56 56 56 56 106,1 120,1

473 24/11/10 Mariana São Jose Jose Gomes Sobrinho, 168 9,5 12,9 16,3 68,9 68,9 68,9 68,9

474 06/12/10 Mariana Cachoeira do Brumado Beco das Flores, 102A 57,1 57,1 57,1 57,1 99,7 99,7 99,7

475 06/12/10 Mariana Cachoeira do Brumado São Geraldo, 231 57,1 57,1 57,1 57,1 99,7 99,7 99,7

476 07/12/10 Mariana São Cristovao Das Rosas, 545 27,4 84,5 84,5 84,5 84,5 127,1 127,1

477 11/12/10 Mariana Rosario Perimetral Sucupira, 662 21 33 33 33 60,4 117,5 117,5

478 11/12/10 Mariana Rosario Perimetral Sucupira, 525 21 33 33 33 60,4 117,5 117,5

479 27/12/10 Mariana Sta. Rita de Cássia Campinas, 32 11 27 43 52,5 55,9 59,3 111,9

480 27/12/10 Mariana São Gonçalo Trav São Gonçalo, 36 11 27 43 52,5 55,9 59,3 111,9

481 03/01/11 Ouro Preto Bauxita Av. Perimetral, 492 25,5 43 108,1 108,1 108,1 108,1 108,1

482 04/01/11 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Francisco Isaac, 196 15,5 41 58,5 123,6 123,6 123,6 123,6

483 04/01/11 Ouro Preto Morro Santana Rua Santa Marta, 15 15,5 41 58,5 123,6 123,6 123,6 123,6

484 04/01/11 Ouro Preto Piedade Rua Treze de Maio, 341 15,5 41 58,5 123,6 123,6 123,6 123,6

485 04/01/11 Ouro Preto São Francisco Rua José Pedro de Meira, 54 15,5 41 58,5 123,6 123,6 123,6 123,6

486 04/01/11 Mariana Passagem de Mariana Av. José Bernardo, 105 15,5 41 58,5 123,6 123,6 123,6 123,6

487 04/01/11 Mariana Sto. Antônio Rua Nove, 15 15,5 41 58,5 123,6 123,6 123,6 123,6

488 05/01/11 Mariana Cabanas Rua Araguari, 140 17,2 32,7 58,2 75,7 140,8 140,8 140,8

489 05/01/11 Mariana Cachoeira do Brumado Tombadouro, 41 17,2 32,7 58,2 75,7 140,8 140,8 140,8

490 05/01/11 Mariana Chácara Rua Albertina Benício Santos, 1 17,2 32,7 58,2 75,7 140,8 140,8 140,8

491 05/01/11 Mariana Rosário Rua Cajazeira, 250 17,2 32,7 58,2 75,7 140,8 140,8 140,8

492 05/01/11 Ouro Preto Água Limpa Rua Tomé de Vasconcelos, 303 17,2 32,7 58,2 75,7 140,8 140,8 140,8

493 06/01/11 Ouro Preto Rosário Largo do Rosário, 23 7,8 25 40,5 66 83,5 148,6 148,6

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

494 02/12/11 Ouro Preto Morro Santana Rua Campinas, 41 21,5 52 54 82 133 224 268,4

495 02/12/11 Mariana Monsenhor Horta Rua Fernando B. Macedo, 255 21,5 52 54 82 133 224 268,4

496 07/12/11 Mariana Sto. Antônio Rua Bom Sucesso, 44 2,5 9,5 9,5 9,5 12 33,5 64

497 07/12/11 Mariana Sto. Antônio Rua Onze, 141 2,5 9,5 9,5 9,5 12 33,5 64

498 07/12/11 Mariana Sto. Antônio Rua Rosário Velho, 105 2,5 9,5 9,5 9,5 12 33,5 64

499 07/12/11 Mariana Vila Maquiné Rua Oito de Março, 219 2,5 9,5 9,5 9,5 12 33,5 64

500 11/12/11 Mariana Cachoeira do Brumado Beco das Flores, 214 10,5 14,4 17,3 42,3 44,8 51,8 51,8

501 12/12/11 Ouro Preto Morro Santana Rua XV de Agosto, 1337 1 11,5 15,4 18,3 43,3 45,8 52,8

502 12/12/11 Mariana Cachoeira do Brumado Tombadouro, 47 1 11,5 15,4 18,3 43,3 45,8 52,8

503 12/12/11 Mariana Colina Rua Amancio Arino Queiroz, 312 1 11,5 15,4 18,3 43,3 45,8 52,8

504 12/12/11 Mariana Colina Rua Bahia, 11 1 11,5 15,4 18,3 43,3 45,8 52,8

505 12/12/11 Mariana Rosário Rua Cajazeira, S/N 1 11,5 15,4 18,3 43,3 45,8 52,8

506 13/12/11 Mariana Cabanas Rua Santa Bárbara, 213 2,6 3,6 14,1 18 20,9 45,9 48,4

507 14/12/11 Mariana Sta. Rita de Cássia Rua Caetano Pinto, 372 10,5 13,1 14,1 24,6 28,5 31,4 56,4

508 15/12/11 Mariana Cartucha Rua A, 35 70 80,5 83,1 84,1 94,6 98,5 101,4

509 15/12/11 Mariana Sto. Antônio Rua A, 115 70 80,5 83,1 84,1 94,6 98,5 101,4

510 15/12/11 Mariana Sto. Antônio Rua A, 125 70 80,5 83,1 84,1 94,6 98,5 101,4

511 15/12/11 Mariana Sto. Antônio Rua A, 136 70 80,5 83,1 84,1 94,6 98,5 101,4

512 15/12/11 Mariana Sto. Antônio Rua Onze, 161 70 80,5 83,1 84,1 94,6 98,5 101,4

513 16/12/11 Mariana Cabanas Trav. Araguari, 161 70 140 150,5 153,1 154,1 164,6 168,5

514 16/12/11 Mariana Cabanas Trav. Araguari, 181 70 140 150,5 153,1 154,1 164,6 168,5

515 16/12/11 Mariana Centro Rua Araguaia, 101 70 140 150,5 153,1 154,1 164,6 168,5

516 19/12/11 Mariana Passagem de Mariana Rua da Praia, 181 16,3 45,3 108,3 178,3 248,3 258,8 261,4

517 21/12/11 Ouro Preto Água Limpa Rua Francisco Nunes, 75 30 59 75,3 104,3 167,3 237,3 307,3

518 26/12/11 Mariana Cachoeira do Brumado Beco das Flores, 165 16,2 16,2 16,2 16,2 16,2 46,2 75,2

519 28/12/11 Mariana Cartucha Rua da Cartucha, 140 15,5 32 48,2 48,2 48,2 48,2 48,2

520 28/12/11 Mariana Vale Verde Rua Olávo Bilac, 130 15,5 32 48,2 48,2 48,2 48,2 48,2

521 28/12/11 Mariana Vale Verde Rua Olávo Bilac, 150 15,5 32 48,2 48,2 48,2 48,2 48,2

522 28/12/11 Mariana Colina Rua Turqueza, 32 15,5 32 48,2 48,2 48,2 48,2 48,2

523 29/12/11 Mariana Rosário Rua Alemanha, S/N 59 74,5 91 107,2 107,2 107,2 107,2

524 29/12/11 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, 494 59 74,5 91 107,2 107,2 107,2 107,2

525 30/12/11 Mariana Centro/Santana Rua Alfredo de Morais, 189 28 87 102,5 119 135,2 135,2 135,2

526 30/12/11 Mariana São Pedro Rua Antônio Pacheco, 310 28 87 102,5 119 135,2 135,2 135,2

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

527 30/12/11 Mariana Centro/Santana Rua Alfredo de Morais, 171 28 87 102,5 119 135,2 135,2 135,2

528 30/12/11 Mariana Av. Inconfidentes (Posto Raul), 36 28 87 102,5 119 135,2 135,2 135,2

529 30/12/11 Mariana Av. Nossa Senhora do Carmo, 742 28 87 102,5 119 135,2 135,2 135,2

530 01/01/12 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Desidério de Matos, 668 13,1 16,1 44,1 103,1 118,6 135,1 151,3

531 02/01/12 Mariana Vale Verde Rua Érico Veríssimo, 161 66,2 79,3 82,3 110,3 169,3 184,8 201,3

532 03/01/12 Mariana Furquim Rua Bom Fim, 754 65,5 131,7 144,8 147,8 175,8 234,8 250,3

533 03/01/12 Mariana N. Sra. Aparecida Rua Praia da Tijuca, 78 65,5 131,7 144,8 147,8 175,8 234,8 250,3

534 03/01/12 Mariana Rosário Rua Pau Brasil, 165 65,5 131,7 144,8 147,8 175,8 234,8 250,3

535 03/01/12 Mariana Sta. Rita de Cássia Rua Caetano Pinto, 55 65,5 131,7 144,8 147,8 175,8 234,8 250,3

536 04/01/12 Ouro Preto Água Limpa Rua Professor Antônio Paulo Ribas, 249 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

537 04/01/12 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Maciel, 83D 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

538 04/01/12 Ouro Preto Lagoa Rua da Lagoa, 1048 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

539 04/01/12 Ouro Preto N. Sra. de Lourdes Rua Afonso Gustavo Figueiredo, 69 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

540 04/01/12 Ouro Preto Piedade Rua José Anastácio, 209 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

541 04/01/12 Ouro Preto Rosário Vila Guilherme Peret, 60 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

542 04/01/12 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 135 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

543 04/01/12 Ouro Preto Vila Aparecida Rua Rodrigo Silva, 6 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

544 04/01/12 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Desidério de Matos, 630A 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

545 04/01/12 Ouro Preto Alto da Cruz Rua Desidério de Matos, 680 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

546 04/01/12 Ouro Preto Barra Rua Pandiá Calógeras, 68 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

547 04/01/12 Ouro Preto Morro Santana Rua São Geraldo, 120 45,5 111 177,2 190,3 193,3 221,3 280,3

548 05/01/12 Mariana São Gonçalo Rua São Gonçalo, 437 59,8 105,3 170,8 237 250,1 253,1 281,1

549 05/01/12 Ouro Preto Santa Cruz Rua das Hortênsias, 123 59,8 105,3 170,8 237 250,1 253,1 281,1

550 07/01/12 Mariana Centro Rua Santana, 158 21 21 80,8 126,3 191,8 258 271,1

551 07/01/12 Ouro Preto Padre Faria Rua Desidério de Matos, 600 21 21 80,8 126,3 191,8 258 271,1

552 09/01/12 Ouro Preto N. Sra. de Lourdes Beco da Olaria, S/N 6,6 72,1 93,1 93,1 152,9 198,4 263,9

553 09/01/12 Ouro Preto N. Sra. de Lourdes Rua Presidente Castelo Branco, 129 6,6 72,1 93,1 93,1 152,9 198,4 263,9

554 16/01/12 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 101 13,2 13,2 13,2 13,2 13,2 28,7 52,8

555 01/02/12 Ouro Preto Taquaral Rua Águas Férreas, 11 3 3 26,5 29,6 54 62,5 62,5

556 13/02/12 Ouro Preto Jardim Alvorada Rua Presidente Antônio Carlos, 29 6,8 43,4 46,2 47,1 47,1 48,9 48,9

557 14/02/12 Ouro Preto Morro Santana Rua São Geraldo, 187 4 10,8 47,4 50,2 51,1 51,1 52,9

558 16/03/12 Ouro Preto Vila Alegre Rua Um, 101 49,5 54,7 57,8 62 75,2 75,2 75,2

559 16/03/12 Ouro Preto Vila do Cruzeiro Rua Projeto 29, 811 49,5 54,7 57,8 62 75,2 75,2 75,2

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Nº Data Cidade Bairro Logradouro Chuva

(mm) AC2 AC3 AC4 AC5 AC6 AC7

560 16/03/12 Ouro Preto Vila do Cruzeiro Rua Projeto 29, 799 49,5 54,7 57,8 62 75,2 75,2 75,2

561 26/03/12 Ouro Preto Saramenha Av. Américo Rene Giannetti, 1410 7,3 7,3 28,8 28,8 28,8 28,8 37,6

562 26/03/12 Ouro Preto Taquaral Rua Nossa Senhora de Fátima, 67 7,3 7,3 28,8 28,8 28,8 28,8 37,6

563 29/03/12 Ouro Preto Catete Rua Nossa Senhora da Conceição, 177 20 20 20 27,3 27,3 48,8 48,8

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Anexo III: Curvas de correlação para chuvas acumuladas de 4, 5 e 7 dias.

Figura A.III.1 – Curva de Correlação da Chuva Diária com a Chuva Acumulada para Bacia do

Alto Ribeirão do Carmo (Ouro Preto e Mariana).

y = 194,47x-0,763

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 4 dias

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)

y = 3707,5x-1,324

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 5 dias

Com registro

Sem registro

Potência (Envoltória)

y = 4589,9x-1,353

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280

Pre

cipit

ação

Diá

ria

(mm

)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 7 dias

Com registro

Sem registro

Potência (Envoltória)

Page 171: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.III.2 – Curva de Correlação da Chuva Diária com a Chuva Acumulada para Ouro

Preto.

y = 15191x-1,704

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 4 dias - Ouro Preto

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)

y = 6791,9x-1,456

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 5 dias - Ouro Preto

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)

y = 909,08x-0,921

0

20

40

60

80

100

120

0 50 100 150 200 250

Pre

cipit

ação

Diá

ria

(mm

)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 7 dias - Ouro Preto

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)

Page 172: CORRELAÇÃO ENTRE PLUVIOSIDADE E MOVIMENTOS …§ão... · Aos meus pais, Aparecido e Deusa, pelo apoio, confiança e paciência, ... Ao professor Frederico Garcia Sobreira, pela

Figura A.III.3 – Curva de Correlação da Chuva Diária com a Chuva Acumulada para Mariana.

y = 6696,9x-1,738

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 4 dias - Mariana

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)

y = 8549,4x-1,571

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150

Pre

cip

itaç

ão D

iári

a (m

m)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 5 dias - Mariana

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)

y = 10313x-1,494

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

120

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

Pre

cipit

ação

Diá

ria

(mm

)

Precipitação Acumulada (mm)

Curva de Correlação para Acumulada de 7 dias - Mariana

Com registros

Sem registros

Potência (Envoltória)