Platelmintos e Nematelmintos Principais Características e Ciclos das Verminoses.
CONTROLE DE DOENÇAS E VERMINOSES EM OVINOS … · dos Caprinos e Ovinos ... local seco por 2 horas...
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Prof. Paulo Francisco DominguesDepartamento de Higiene Veterinária e Saúde PúblicaFMVZ – UNESP – Botucatu e-mail: [email protected] site: www.fmvz.unesp.br/paulodomingues
CONTROLE DE DOENÇAS E VERMINOSES EM OVINOS
ASSOCIADAS A DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO
FEIPECUS/2006 São Carlos/SP
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1. Fatores físicos:
Temperatura
Calor
Umidade
Topografia
Solo
CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE
2. Fatores biológicos:
Artrópodes
Roedores
Reservatórios
Animais susceptíveis
Hospedeiros intermediários
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Estado de São Paulo
Clima:Tropical
Estações:Primavera: Setembro a NovembroVerão: Dezembro a FevereiroOutono: Março a MaioInverno: Junho a Agosto
Região de São Carlos:
Estação chuvosa: outubro a março
Estação seca: abril a setembro
Unidades Geomorfológicas
Fonte: http://www.rc.unesp.br/igce/pet/relevosp.jpg
Relevo do Estado de São Paulo
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Umidade relativa do ar e seus efeitos
Clima externo
Abrigo de animaisDoenças
Ambiente
Clima interno Ambiente estrutural
Ambiente social
NutriçãoAvaliação da ventilação
• conversão alimentar• crescimento• mortalidade
Ideal: UR 30 a 70%
INSTALAÇÕESPa
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Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos – PNSCO
Instrução Normativa No 87 -SDA, 10/12/2004, Regulamento Técnico.
Controle e erradicação das doenças.
Ações sanitárias e de vigilância epidemiológica.
Cadastro de propriedades e estabelecimentos (p. ex. abate).
Controle de trânsito de animais.
Certificação de estabelecimentos.
Cadastramento de Médicos Veterinários.
Credenciamento de Laboratórios/Diagnósticos.
SAÚDE ANIMAL
Programa Estadual de Sanidade de Caprinos e Ovinos – PESCO
Fonte: www.cda.sp.gov.br/www/programas
Estado de São Paulo
PRINCIPAIS DOENÇAS DOS OVINOSDoenças causadas por vírus
Febre aftosa
Raiva
Maedi-Visna
Ectima contagioso
Doenças causadas por bactérias
Linfadenite caseosa
Ceratoconjuntivite infecciosa
Tétano
Salmonelose
Mastite
Pododermatite (Foot-rot, Podridão dos cascos)
Colibacilose
Enterotoxemia
Brucelose (Epididimite ovina)
Pasteurelose
Manqueira (Carbúnculo sintomático) – “Clostridioses”
Doenças causadas por endoparasitasVerminoseCoccidiose (Eimeriose)
Doenças causadas por ectoparasitasSarnaPiolhosMiíases (bicheira)
PRINCIPAIS DOENÇAS DOS OVINOS
CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSACERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA
DefiniDefiniçção:ão:enfermidade infecto-contagiosa
bovinos, ovinos e caprinos
reação inflamatória de caráter agudo, subagudo ou crônico da conjuntiva
uni ou bilateral
lacrimejamento intenso (epífora)
ceratite
CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA
Córnea edematosa e opacaInchaço da conjuntiva
Fotos: Linklater & Smith (1993) – Diseases and disorders of the sheep and goat.
Etiologia: Branhamella ovis (Moraxella ovis)Mycoplasma spp, Chlamydophila spp, Moraxella bovis, Staphylococcus aureus.
CERATOCONJUNTIVITE INFECCIOSA
Mycoplasma conjunctivaeFonte de infecção
Fotos: Linklater & Smith (1993) – Diseases and disorders of the sheep and goat.
Secreção
FATORES PREDISPONENTESFATORES PREDISPONENTES
Traumatismos ocularesTraumatismos oculares
MoscasMoscas
Raios solaresRaios solares
GenGenééticos (pigmentaticos (pigmentaçção ocular)ão ocular)
Pastos altosPastos altos
VentoVento
Poeira (estradas, estPoeira (estradas, estáábulos, bulos, trituradorestrituradores de capim)de capim)
Hipovitaminose AHipovitaminose A
Confinamento / ambientes fechadosConfinamento / ambientes fechados
Mão (tosquia) / cordaMão (tosquia) / corda
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
Animais sadios podem albergar os agentes na secreção ocular e conjuntiva
TRANSMISSÃO:TRANSMISSÃO:
Contato direto
Moscas
Contaminação ambiental / aerossóis: poeira, feno, rações, sementes, cama dos animais.
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
DistribuiDistribuiçção:ão: mundial
Ocorrência:Ocorrência: maior nos meses mais secos do ano e em períodos de alta proliferação de moscas.
Musca domestica
Musca autumnalis
FATORES PREDISPONENTES/EPIDEMIOLOGIAFATORES PREDISPONENTES/EPIDEMIOLOGIA
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SINAIS CLSINAIS CLÍÍNICOSNICOS (uni ou bilaterais)(uni ou bilaterais)
Hiperemia e congestão de conjuntiva
Lacrimejamento
Fotofobia
Opacidade corneana (parcial ou completa)
Úlceras
Cegueira
Hiperemia e Hiperemia e congestão de congestão de conjuntivaconjuntiva
Lacrimejamento
Fotofobia
Opacidade corneana (parcial ou completa)
Úlceras
Cegueira
Sinais clínicosExame microbiológico
DIAGNDIAGNÓÓSTICOSTICOPa
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Parenteral
Oxitetraciclina (20 mg/Kg) – IM (LA)
Brasil:
Tetraciclina (10 mg/Kg, 12 horas, IV, 10 dias)
Outros:
Cloxacilina benzatina, estreptomicina, gentamicina, tilosina, eritromicina, cefalosporinas
(região subconjuntival)
Tópico (pomadas)
Neomicina
Cirúrgico (graves): sutura de terceira pálpebra
TRATAMENTOTRATAMENTO
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Antibiograma
Controle de moscas.
Diminuir poeira em estábulos.
Isolar e tratar animais doentes.
Sombreamento.
Evitar ambientes excessivamente fechados.
Evitar pastos altos.
Evitar presença de aves (silvestres) e gatos.
CONTROLE/PROFILAXIACONTROLE/PROFILAXIA
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Vacinação: Bacterina comercial
Moraxella bovis (15 fímbrias)
IndicaIndicaçção (ovinos/caprinos):ão (ovinos/caprinos):
2 ml
Animais acima de 4 meses. Reforço com 21 a 30 dias. Revacinações semestrais ou anuais.
Auto-vacina (autógena)
CONTROLE/PROFILAXIACONTROLE/PROFILAXIA
• Contagiosa
• Crônica
• Necrosante
• Afeta a epiderme interdigital e matriz do casco
• Manqueira
PODODERMATITE
(Foot-rot, Podridão dos cascos)PODODERMATITE
(Foot-Rot, Podridão dos Cascos)
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Dichelobacter nodosus (Bacteroides nodosus)
+
Fusobacterium necrophorum – invasão inicial e superficial – lesão leve da epiderme.
Maior ocorrência: período das chuvas.
ETIOLOGIA
Pastos em baixadas úmidas favorecem o aparecimento de “podridão dos cascos”.
Foto: Bayer/Dr. Maurício Garcia
• Manqueira
• Perda de peso
• Casos graves: lesões nos cascos dos membros anteriores – pastejo ajoelhado.
Foto: Rodrigues et al. (2001) - Rev. Educação Continuada, v.4, p.12-18.
Foto: Linklater & Smith (1993) – Diseases and disorders of the sheep and goat.
SINAIS CLÍNICOS
Fotos: Linklater & Smith (1993) – Diseases and disorders of the sheep and goat.
Necrose
Casco: caindo, perda
Exame minucioso e apara de cascos (casqueamento)
• Após o exameDividir em dois grupos:Grupo infectadoGrupo não infectado (sadio)
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• Grupo sadio:pedilúvio –pastagem livre de ovinos por 14 dias ou mais.
• Grupo infectado:pedilúvio 1 vez/semana, durante 4 semanas + isolamento
Foto: Rodrigues et al. (2001) - Rev. Educação Continuada, v.4, p.12-18.
Manter os animais em local seco por 2
horas após passagem no
pedilúvio.Preventivo: 1 a 2 vezes ao ano.
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Soluções indicadas para pedilúvio:• Formol a 5%• Sulfato de zinco a 10%
Vacinação:1a. DOSE: AGOSTO 2a.DOSE: SETEMBRO
REVACINAÇÃO: MARÇO E ABRIL
Antibiótico (Florfenicol ou tetraciclina + pedilúvio
aumenta a eficácia do tratamento para 90%).
Tratamento:
•Ação hematófaga: anemia e hipoproteinemiaUm parasita: consome 0,05ml de sangue/dia – L4 e adultosInfecções graves: 6% a 25% de perda de hemácias/dia.• Contaminação das pastagens: fêmea = 5.000 ovos/dia.
Haemonchus spp
Haemonchus Anemia
Epidemiologia
Figura 1. Contagem de ovos por grama de fezes (OPG) em ovelhas e contagem de larvas infectantes de Haemonchus e Trchostrongylus (L3/Kg M.S.). Valores médios mensais (jan/1989 a dez/1995). Botucatu/SP.
Fonte: Amarante e Barbosa, 1995
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Epidemiologia
Figura 2. Valores médios mensais de precipitação pluviométrica de jan/1989 a dez/1991.
Fonte: Amarante e Barbosa, 1995
VERMINOSEControle:• Anti-helmínticos (exclusivamente).• Anti-helmínticos + manejo = redução do no de larvas nas pastagens.• Método Famacha: exame da mucosa ocular.
Aplicação de anti-helmínticos:• Dosificações estratégicas.• Dosificações táticas: fatores climáticos.• Dosificações curativas: sinais clínicos.
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Dosificações estratégicas
Cordeiros: no desmame:• Largo espectro ou closantel ou disofenol• Avermectinas, milbemicinas.Dosificar 60 dias após o desmame.• Monitoramento mensal OPG: 10% dos animais do rebanho.
• Ovelhas: desmame + pré-acasalamento + pré-parto (30/40 dias antes do parto).
ROTAÇÃO DE PIQUETE
(Descontaminação de pastagem)
- Ovinos 6 meses após o início do pastejo: transferidos p/ piquete B.
- Bovinos p/ piquete A.Fonte: Amarante, 2006 (Disponível em: www.fmvz.unesp.br/ovinos)
VERMINOSE• Ovelhas no pré-parto e cordeiros desmamados –colocar em pastagens livres de vermes – pastejadas por bovinos adultos – por 4-6 meses ou restevas.
Avaliar: resistência aos anti-helmínticos.
Pastejo consorciado
Fonte: Rev. Globo Rural
Serviços J F M A M J J A S O N D Observações
Vacina/clostridioses (enterotoxemia, manqueira e gangrena gasosa)
X X X X X X X X Fêmeas gestantes: 1 mês antes do parto.Cordeiros: 15 dias pré e 15 dias pós-desmame.
Parição X X X X X X X X
Tosquia (tosa ou esquila) X X X Todo o rebanho
Banho/ectoparasitas Todo o rebanho, 1 mês após a tosquia.
Controle de verminose (OPG ou vermifugação/desverminação)
X X X X X X X X X X X X Exame de fezes (OPG) e/ou controle estratégico
Aparar cascos e tratamento contra foot-rot X X X X X X X Pedilúvio: formol a 5% ou sulfato de zinco a 10%.
Tosquia da lã do úbere, olhos e entrepernas(cascarreio e desolhe)
Antes do parto, para facilitar o aleitamento.
Desmame No máximo aos 4 meses de idade.
Vacinas: Febre aftosa, Raiva, Linfadenite Caseosa, Foot-rot, Ceratoconjuntivite.
Seguir a recomendação oficial (MAPA) e/ou de acordo com a necessidade.
CALENDÁRIO ZOOSANITÁRIO
Prof. Paulo Francisco DominguesProf. Paulo Francisco DominguesFMVZFMVZ--UNESP/BotucatuUNESP/Botucatu--SPSP
www.fmvz.unesp.br/paulodomingueswww.fmvz.unesp.br/paulodominguesEE--mail: mail: [email protected]@fmvz.unesp.br
Obrigado!