Contratação de Obras - Draft 2
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MEMÓRIAS DESCRITIVAS 1. ANTECEDENTES
O Edifício de apartamentos "Dispensário" do PNUD em Maputo foi construído
há 25 anos como um edifício residencial (alugado) para a equipe da ONU.
O edifício consiste em estrutura de alvenaria de tijolos, com 3 pisos com
colunas e vigas em betão armado, com dois blocos / edifícios distintos
ligados entre si em forma de U e conectados, formando um recinto com
passarelas e jardins.
O levantamento efectuado a propriedade está em uma área de parcelada
que cobre uma área bruta de 4.290,00 m2; a área construída – edifício
principal de 3 pisos (2.467,50 m2), e perfaz 19,17 % de área útil construída,
pátio descoberto (237,25 m2), área verde exterior (1.974,00 m2). Os restantes
1.688,68 m2 (80,82 %) de terreno perfazem acessos, cobertura vegetal e área
pavimentada.
O conjunto possui um total 8 Flats, sendo 2 Flats do Tipo 3 e 6 Flats do Tipo 2.
No Rés do Chão originalmente no Bloco frontal a Rua C, funcionava como
salas de convívio, enquanto que o Bloco posterior tem 8 garagens
correspondendo ao número total de Flats.
A localização deste edifício levantado é nobre e situa-se na área de serviços
administrativos de algumas agências e residências na cidade de Maputo,
na Rua C (Rua C), Nº 90, Bairro Coop, sendo a sua arquitectura remota.
Foto 1 – imagem da localização do edifício do projecto
O edifício já não é usado como uma propriedade residencial e o PNUD
deseja renovar a instalação para ser usado como seu novo escritório. Para a
execução do Projecto de requalificação e Construção, o PNUD, em
Novembro de 2015, obteve do Município de Maputo, a autorização
necessária com um prazo de 12 meses. Contudo foi solicitado para submeter
o projecto executivo das especialidads a fim de obter a Licença de
Construção. Essas licenças são necessárias antes da execução de qualquer
trabalho.
Enquanto o processo para planificar e renovar a propriedade está em
andamento, o PNUD deve se mudar para novas instalações do escritório. A
opção preferida - se é rentável – consiste em construir uma instalação pré-
fabricada na mesma propriedade, investir no requisito de perímetro e
requisitos de segurança do site e transferir o PNUD para as instalações
temporárias enquanto ocorre a renovação do edifício principal.
Em julho de 2016, o PNUD encomendou uma nova avaliação de segurança
da propriedade, que foi realizada pelo assessor de segurança regional do
PNUD e as recomendações desse relatório precisam ser incorporadas no
projeto de renovação.
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DO PROJETO DE ARQUITECTURA
1. INTRODUÇÃO
1.1. Informações Gerais O PNUD pretende levar a efeito o desenho de projecto de Requalificação e
renovação do edifício que actualmente funciona como "Dispensário" do
PNUD em Maputo baptizado com o nome de Sérgio Vieira de Mello (SVM).
Com este projecto pretende-se criar melhores condições de trabalho para
os funcionários tendo em conta a actual situação que se encontram a
trabalhar.
A presente Memória Descritiva e Justificativa refere-se ao projecto de Construção de Muro de vedação, duas Guaritas e Casa para Motoristas, do projecto de RENOVAÇÃO e REQUALIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO SÉRGIO VIERA DE MELLO.
À proposta de beneficiação de muros de vedação que delimitam o recinto
do espaço das futuras instalações dos escritórios do PNUD, composto pelo
edifício principal de três pisos, duas guaritas, casa para os motoristas,
cafetaria e casa do gerador, compreendendo a demolição de muros
existentes em alvenaria, a substituição por muros em betão armado da
vedação perimetral e portões de acesso, sob previsão de materiais menos
perecíveis à corrosão, demarcando o desincentivo às ações de intrusão,
visando, assim, dotar de melhores condições de funcionamento, segurança
e estética.
2. CARATERIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO (OBRAS A REALIZAR) Deverão ser empregues materiais de boa qualidade em toda a obra,
seguindo-se as normas de construção em vigor no regulamento de
edificações urbanas. 2.1. Alvenarias Todas as paredes, exteriores e interiores, serão executadas em blocos
vazados de cimento e areia, de 40 cm de comprimento, 20 cm de altura e
15 cm de espessu-ra, que serão assentes com argamassa de cimento e
areia. O pé direito em todas as salas terá 3 metros.
As paredes internas e externas serão totalmente rebocadas. Sendo assim,
todas paredes devem estar bem aprumadas, perfeitamente executadas e
ásperas de modo a receberem bem o reboco, que será colocado em
forma de argamassa de areia e cimento ao traço 1:5 para todas faces
interiores e 1:4 para as faces exteriores. 2.2. Pavimento A caixa de pavimento deverá ser muita bem regada e compactada. Sobre
esta camada será aplicado um produto anti-térmite e só depois executada
uma laje de pavimento. Todo pavimento será revestido por uma argamassa
simples de cimento e areia, e posteriormente queimada a colher. 2.3. Caixilharias (portas e janelas) 2.3.1. Portas
As portas deverão ser de madeira maciça, de boa qualidade e isenta de
nós, sde-vendo a sua caixilharia ser também do mesmo tipo de madeira. Os
aros serão chumbados na alvenaria durante a fase de assentamento dos
blocos. O vão es-trutural das portas terá 2.70 m de altura, tendo o aro da
porta 2.10 m e o seu respectivo espelho 0.65 m. Todos os detalhes das portas
são apresentados nas peças desenhadas. Deve-se à partida escavar com o devido cuidado, evitando ao máximo as
ru-gosidades nos mesmos. A geometria das fundações está indicada nas
peças desenhadas.
2.3.2. Janelas As janelas serão de madeira maciça, de boa qualidade e isenta de nós,
devendo a sua caixilharia ser do mesmo material. Os aros serão chumbados
na alvenaria durante a fase de assentamento dos blocos. O vão estrutural
das janelas terá 1.50 m de altura, sendo a altura do aro da janela 0.75 m e a
do espelho 0.55 m. Todos os detalhes das janelas são apresentados nas
peças desenhadas. 2.4. Pinturas Todas as paredes serão pintadas interior e exteriormente a três demãos de
tinta de emulsão plástica do tipo PVA.
A pintura exterior com a emulsão plástica será feita sobre uma demão de
isolante.
As caixilharias de madeira e as suas respectivas peças (portas e janelas)
serão pintadas com tinta esmalte sobre sub-capa.
A madeira de suporte da cobertura será pintado a carbolíneo, de modo
para pro-teger a madeira de parasitas. 2.5. Cobertura O bloco de salas de aula será coberto por chapas IBR de aço galvanizado
com a espessura de 0.6 mm, fixadas em asnas de madeira que por sua vez
estarão assentes na alvenaria. 2.6. Ferragens As ferragens e dobradiças das portas deverão ser de boa qualidade. As
portas le-varão trancas de aço, preferencialmente galvanizadas com
cadeado no exterior e um trinco simples no interior. 3. CONCEPÇÃO DA ESTRUTURA 3.1. Fundações
Sob as paredes interiores e exteriores deverão ser construídas sapatas
corridas em betão simples. Estas devem ter a profundidade máxima de 0.80
m.
As sapatas isoladas serão feitas para os pilares da estrutura. As armaduras,
quer longitudinais, quer transversais destas, serão de aço da classe A400,
conforme definido no REBAP, sendo uma malha de Ø[email protected].
As sapatas não serão cofradas, aproveitando-se em sua substituição os
paramen-tos das escavações. 3.2. Laje de pavimento A laje de pavimento dos sanitários deverá ser em betão armado - betão B20
e aço A400, e acabamento deverá ser feito em betonilha queimada à
colher.
Os recobrimentos deverão ser de 2 cm de espessura para garantir uma
adequa-da protecção contra a corrosão das armaduras. É obrigatório o uso
de bloquetes ou espaçadores. 3.3. Pilares
Os pilares devem ser em betão armado - betão B25 e aço A400, com
secção 0.20 x 0.20 [m2] com armadura longitudinal igual a 4Ø10 e
transversal igual a Ø6@15cm. As faces exteriores serão posteriormente
rebocadas. 3.4. Vigas As vigas devem ser em betão armado - betão B25 e aço A400, com secção
0.20 x 0.20 [m2] com armadura longitudinal igual a 4Ø10 e transversal igual a
Ø6@20cm. As faces exteriores serão posteriormente rebocadas.
4. TRABALHOS PRELIMINARES Todos os trabalhos de beneficiação de muros e vedações previstos serão
antecedidos pela remoção integral de vedação existente com 1.8m altura
nas laterais, e 1.1m nas duas fachadas frontal e posterior, ancoradas a
elementos metálicos.
A reconfiguração física do muro de vedação de delimitação do recinto
contíguo com as vias públicas passará pelo seu alteamento em 0.3m,
perfazendo 2.1m de altura, tendo 25cm total de espessura, e sendo de
betão armado, incluirá trabalhos de limpeza e preparação da superfície de
apoio.
Os portões de acesso previstos serão sustentados lateralmente através de
estruturas de apoio em betão armado, com sapata de fundação em betão
armado, conferindo, em simultâneo, a ancoragem de prumo vertical. 4.1. Limpeza do terreno de construção Deverá ser feita a limpeza do local destinado à construção, para remoção
de to-dos os entulhos, arbustos e capim, procedendo-se em seguida a
regularização do terreno para que possa atingir os níveis indicados no
projecto.
4.2. Implantação da obra A demarcação das partes de obra a construir será feita com ajuda de fita
métrica, tomando como base a planta geral de implantação e as medidas
nela contidas. Este processo deverá ser feito na presença do Fiscal da Obra. 4.3. Construção do cangalho Será feita a construção de uma estrutura auxiliar de madeira periférica e
exterior aos caboucos para demarcação dos eixos de alvenaria, fundações
e marcação de cotas de projecto.
4.4. Movimento de terras Deverão ser feitas as escavações de caboucos para fundações. As
fundações se-rão executadas conforme as indicações dos desenhos de
projecto.
Por uma questão de conveniência, o tempo que se leva entre a abertura
dos caboucos ou valas e o seu enchimento deverá ser reduzido, de modo a
evitar o desmoronamento ou desagregação dos paramentos das trincheiras
e o alaga-mento demorado destas.
4.5. Compactação a maço do leito dos caboucos e pavimentos interiores O leito das fundações deverá ser regularizado com a colocação e
espalhamento de uma camada de aterro de areia limpa, regada e batida
a maço manual ou mecânico sobre um enrocamento de pedra.
A compactação dos solos deverá ser bem-feita de modo a evitar futuros
assentamentos que possam causar deformação das lajes das latrinas ou das
fossas sépticas.
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA ESTRUTURA
1. Introdução
A presente Memória Descritiva e Justificativa trata-se do projecto estrutural
para construção do Muro de vedação, duas Guaritas e Casa para Motoristas, do projecto de RENOVAÇÃO e REQUALIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO SÉRGIO VIERA DE MELLO.
Concepção Estrutural
A concepção estrutural foi efectuada com base na arquitectura, tomando
em consideração os seguintes aspectos:
• O edifício é constituído por uma estrutura monolítica interligada por
vigas, pilares, lajes maciças vigadas e fungiformes.
• A solução estrutural adoptada, é constituída por uma malha ortogonal
de pilares em betão armado nos quais se apoiam lajes vigadas.
• A localização e a dimensão dos pilares respeitam na íntegra a solução
arquitectónica preconizada.
• A solução adoptada para as fundações è de fundações directas com
uma carga admissível de 200KN/m2.
No caso de se verificarem situações de incompatibilidade entre as peças
desenhadas e a realidade da obra, estas devem ser comunicadas à equipa
projectista.
Em toda a concepção foram tidos em consideração os aspectos técnicos e
económicos.
2. Generalidades
O PNUD pretende levar a efeito o desenho de projecto de Requalificação e
renovação do edifício que actualmente funciona como "Dispensário" do
PNUD em Maputo baptizado com o nome de Sérgio Vieira de Mello (SVM).
Com este projecto pretende-se criar melhores condições de trabalho para
os funcionários tendo em conta a actual situação que se encontram a
trabalhar.
3. Materiais
Os materiais a utilizar deverá da melhor qualidade e os mais adequados ao
fim a que se destinam. Assim, o betão será B30 para fundações, B30 para a
laje térrea e B30 para todos os restantes elementos estruturais interiores ou
exteriores quando protegidos; O aço em armaduras será A400NR (varões).
Em virtude de não existirem análises à agressividade dos solos “Ambientes
Húmidos”. Esta premissa deverá ser confirmada no início da obra.
Nas zonas enterradas deverá ser utilizado produto com propriedades
hidrofogantes para se obter uma protecção eficaz contra a corrosão das
armaduras, devendo ainda executar-se uma pintura asfáltica das suas
superfícies (duas demãos cruzadas).
4. Quantificação de Acções – Critérios Gerais
4.1. Peso Próprio da Estrutura
Para a quantificação do peso próprio dos elementos estruturais são utilizados
para elementos em betão armado 25kN/m3.
As cargas das paredes divisórias foram quantificadas de acordo com o
pressuposto no artigo 15º do RSA aplicando um coeficiente de 30% ao peso
de uma faixa de parede com comprimento de 1m de parede em toda a
sua altura
4.2. Acções Permanentes
São acções que assumem valores constantes, ou com pequena variação
em torno do seu valor médio, durante toda ou praticamente toda a vida útil
da estrutura. A sua determinação foi efectuada tendo em conta, as
características geométricas dos elementos não estruturais e os seus pesos
volúmicos, os tipos de revestimentos utilizados, a distribuição das paredes
divisórias, etc.
4.3. Acção do Sismo
Os valores característicos da acção do sismo foram quantificados em
função da sismicidade da zona, e para este caso considerou se Zona D de
acordo com o RSA.
4.4. Acção do Vento
Para a quantificação da acção do vento, aplicou-se o regulamento
nacional adequado a implantação do Edifício. Assim, considerou-se que o
edifício esta localizado (Zona A), que esta numa zona urbana (Rugosidade
tipo I).
4.5. Regulamentação
Todo o estudo se baseia nas teorias de Resistências dos Materiais,
obedecendo aos regulamentos em vigor e Eurocódigos, nomeadamente:
- Regulamento de Segurança e Acções em Edifícios e Pontes (RSA)
- Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado
(REBAP)
- Eurocódigos, EC2, EC3
5. Verificação da Segurança - Critérios Gerais
5.1. Generalidades
A verificação da segurança, em termos de estados limites, foi feita de
acordo com os critérios gerais referidos no artigo 3º do RSA:
Comparando os valores dos parâmetros por meio dos quais são definidos
esses estados com os valores que tais parâmetros assumem devido ás
acções aplicadas (na verificação relativamente ao estado limite de
deformação e fendilhação).
Em termos de grandezas relacionáveis com as acções, comparando os
valores que tais grandezas assumem quando obtidos a partir das acções
com os valores que assumem quando obtidos a partir dos valores dos
parâmetros que definem os estados limites; as grandezas escolhidas foram
esforços (verificação relativamente aos estados limites últimos de
resistência).
5.2. Verificação da Segurança em Relação ao Estado Limite Último de
Resistência
A verificação de segurança relativamente ao estado limite último de
resistência foi efectuada em termos de esforços respeitando a condição:
Sd ≤ Rd
em que :
Sd – valor de cálculo do esforço actuante;
Rd – valor de cálculo do esforço resistente.
5.3. Verificação da Segurança em Relação ao Estados Limites de Utilização
A verificação da segurança relativamente aos estados limites de utilização
foi efectuada:
Garantindo que as deformações não excedem os valores limites
regulamentares (l/400) e cumprindo as disposições construtivas definidas no
capítulo X do REBAP que permitem a dispensar a verificação relativamente
ao do estado limite de fendilhação.
5.4. Combinações Acções
Para a verificação de segurança em relação aos diversos estados limites
foram consideradas as combinações de acções cuja actuação simultânea
é considerada verosímil e que produzem na estrutura os efeitos mais
desfavoráveis.
No dimensionamento dos elementos estruturais os valores de cálculo dos
esforços actuantes foram obtidos para combinações fundamentais de
acções tendo em conta as regras de combinação definidas no Artigo 9.2.a
do RSA.
A verificação da segurança da estrutura relativamente ao estado limite de
deformação e fendilhação foi feita para combinações frequentes de
acções de acordo com as regras de combinação definidas no Artigo 12.b
do RSA.
5.5. Metodologia de Análise e Verificação da Segurança
Em conformidade com a regulamentação atrás citada, os esforços
actuantes nas estruturas foram determinados admitindo comportamento
elástico - linear para os materiais, vindo os correspondentes esforços
resistentes definidos de acordo com as teorias de comportamento
estabelecidas regulamentarmente para os materiais, nomeadamente no
REBAP, R.E.A.E., EC2, EC3.
O dimensionamento e verificação da segurança dos vários elementos
estruturais foram efectuados por via analítica recorrendo ao programa de
cálculo automático “CYPECAD”.
6. Análise e dimensionamento
6.1. Opções de Cálculo
Devido a regularidade da estrutura, as condições locais para execução e
optimização de utilização de material, na pormenorização foram tomadas
as seguintes decisões:
• Uniformização das geometrias e armaduras por local de aplicação da
obra;
• Optimização, sempre que possível, dos comprimentos das armaduras
em múltiplos inteiros;
• Paredes laterais que permitirão a degradação progressiva das cargas
ao longo da sua altura atingindo a fundação com uma uniformidade
que favorece a execução das estacas de uma forma mais distribuída;
MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DE HIDRÁULICA
1. INTRODUÇÃO
A presente Memória Descritiva e Justificativa trata-se do projecto hidráulico
para construção do Muro de vedação, duas Guaritas e Casa para Motoristas, do projecto de RENOVAÇÃO e REQUALIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO SÉRGIO VIERA DE MELLO.
Uma rede interna e externa de abastecimento de água fria;
Uma rede interna de abastecimento de água Quente;
Uma rede interna de drenagem de águas residuais domésticas;
2. CONCEPÇÃO
A concepção do presente projecto tem como objectivo a sua resolução
numa perspectiva técnica coordenada com a arquitectura e a estrutura,
com os requisitos necessários para o bom funcionamento das redes, e com
a rigorosa observância das normas e regulamentos aplicáveis no país.
3. REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 3.1. DESCRIÇÃO DO SISTEMA
O sistema foi dimensionado, tal que sejam garantidas, a vazão requerida
bem como as pressões mínimas de funcionamento (pressões mínimas de
serviço) nas instalações através do reservatório em betão enterrado e o
reservatório elevado do tipo plastex com 2.4 m3 e 2.0 m3 de capacidade.
Em ambos reservatórios serão instaladas bombas que ficarão adjacentes e
estas, por sua vez, irão garantir a distribuição da água através dos ramais
externos e sub-ramais internos de distribuição até aos pontos de consumos
em quantidades e pressão suficientes.
A tomada de água para o edifício vem com ligação à rede geral de
distribuição de abastecimento de água existente no bairro, descendo para
fazer a distribuição de água através dos sub-ramais internos de distribuição
para os dispositivos de utilização previstos na especialidade de arquitectura.
4. REDE EXTERIOR
O complexo está equipado com um contador de água devidamente
calibrado, cabendo à gestão pública a leitura e cobrança mensal dos
consumos do edifício.
A rede exterior que abastece ao edifício é alimentado pelo reservatório
elevado.
5. REDE INTERIOR
5.1. Considerações Gerais
A rede de água das instalações terá como origem o ramal de entrada
presurisada proveniente do reservatório elevado, seguindo por prumada do
ramal interno de distribuição e, segue embutida na parede até aos
despositivos de utilização.
Foi prevista a montagem de torneiras de segurança em cada sanitário, para
que reparações a eventuais avarias não comprometam o normal
abastecimento das instalações sanitárias do edificio.
No interior das instalações sanitárias, serão instaladas torneiras de segurança
a montante dos autoclismos, prevenindo eventuais avarias daqueles
dispositivos. Estas torneiras serão da mesma série e tipo das torneiras
instaladas nos restantes aparelhos.
5.2. Material e Acessórios
Para a canalização da água fria, deverão ser aplicados tubos e acessórios
em PPR ou PVC nos ramais e sub-ramais internos e externos de distribuição,
devendo submeter-se a instalação a uma pressão mínima de 10.00 kg/cm2
aquando do ensaio de carga. Os diâmetros de cálculo da tubagem estão
indicados nas respectivas peças desenhadas.
A rede está provida de acessórios de segurança e funcionais como válvulas
de seccionamento, nas entradas e antes dos aparelhos sanitários, serão
montadas válvulas de cunha/passagem para permitir recondicionamento
da canalização em casos de avarias.
As tubagens interiores serão embebidas nas paredes.
6. DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS
Foram considerados os seguintes caudais instantâneos, de acordo com o
projecto, regulamento e considerando o coeficiente de simultaneidade
para a obtenção dos caudais de cálculo:
Bacia de Retrete com Autoclismo 0.10 [l/s]
Lavatório Individual 0.10 [l/s]
Pia Lava-louça 0.20 [l/s]
Lava - Roupa 0.30 [l/s]
Os coeficientes de simultaneidade foram extraídos dos ábacos constantes
do mesmo projecto.
A partir destes dados, foi calculado o caudal máximo previsível em cada
troço.
Os diâmetros adoptados após o cálculo tiveram em conta o intervalo
admissível da velocidade de escoamento (0,5 a 2 m/s) bem como a
necessidade de minimizar a perdas de carga ao longo das condutas.
A rede de distribuição com os respectivos diâmetros é apresentada nos
desenhos da especialidade em anexo, com a indicação da localização dos
elementos hidráulicos assim como os detalhes dos diversos pormenores de
projecto.
Toda a tubagem instalada tanto no interior como no exterior do edifício
deverá ser devidamente ensaiada antes de serem feitos os aterros ou
fechados os roços nas paredes.
7. TESTES
Serão realizados ensaios de pressão a todas as tubagens destinadas a
funcionar sobre pressão, sendo a pressão mínima admissível de 10Kg/cm²
para o ensaio de Carga.
O ensaio incluirá os seguintes passos:
a) A tubagem deverá ser enchida com água, depois de todas as
extremidades terem sido devidamente fechadas por intermédio de
bujões ou franjes secas;
a) Deve-se retirar todo o ar contido na canalização;
b) A bomba deverá ser colocada o mais próximo possível do troço a
ensaiar, e deverá ser munida de manómetro de capacidade superior
à pressão exigida para o teste;
c) Num ponto da tubagem deverá ser introduzido um adaptador para
ligação da bomba ao troço a ser testado, este ponto deve ser mais
próximo possível da bomba;
d) A pressão do teste para as distribuições interiores será de duas (2)
vezes a pressão do serviço
e) A pressão de prova considera-se aprovada, caso não exista um
decaimento na pressão superior a √(p/5), sendo (p) a pressão de teste;
f) Deverão ser preenchidas fichas de registo para cada troço ensaiado,
devendo estas ser reconhecidas pela fiscalização e ficar em posse
desta;
g) Depois de aprovado o teste, poderá então proceder-se ao fecho dos
roços;
h) A duração do ensaio será de 1 hora.
8. CÁLCULO HIDRÁULICO
O resumo do cálculo hidráulico das redes de abastecimento de água fria é
apresentado nas peças desenhadas, com indicação dos diâmetros obtidos
relativos aos ramais internos de distribuição do Edifício.
9. REDE DE ESGOTOS E DRENAGEM DAS ÁGUAS PLUVIAIS
9.1. GENERALIDADES
Os princípios gerais orientadores deste projecto da rede de drenagem de
águas residuais são:
A rede será do tipo separativa, isto é, o sistema será constituído por duas
tubagens separadas, sendo uma de águas negras (águas proveniente da
sanita) que serão encaminhadas ao tratamento numa fossa séptica, uma
vez cheia a fossa, as águas tratadas serão conduzidas para o dreno de
infiltração também. A outra tubagem de águas brancas (águas
provenientes de lavatórios, lava-louça), será ligada ao dreno de infiltração
existente e adjacente a fossa séptica.
Dada a distribuição dos aparelhos de utilização, serão colocadas caixas de
visita, cuja localização é mostrada nos desenhos em anexo e estão previstas
duas fossas para minimizar as disntancias;
A concepção e traçados são feitos de acordo com as recomendações,
tabelas e ábacos do Regulamento de Águas e Esgotos, posturas e normas
em vigor.
10. DESCRIÇÃO DO SISTEMA
As canalizações dos esgotos foram dimensionadas de tal forma a escoarem
os esgotos a partir das diversas peças sanitárias de modo rápido e silencioso,
com o mínimo de risco para a saúde dos utentes.
As águas residuais serão recolhidas dos diferentes pontos para as caixas de
visita a serem construídas de acordo com os pormenores dos desenhos.
A drenagem será efectuada por gravidade através de condutas e caixas de
visita da rede predial da agência até à fossa séptica.
Todos os esgotos domésticos provenientes das instalações de pisos acima
terão evacuação gravítica.
Na rede horizontal o escoamento será feito a meio da secção;
A localização e dimensionamento de toda a rede estão representados
graficamente nas peças desenhadas que acompanham esta memória
descritiva.
As caixas de visita serão construídas ao nível do piso térreo para fazer a
transição e ligação dos trechos horizontais, a ligação a caixa seguinte
deverá ser separada a uma distância não superior a 15 metros e ligadas em
condutas de PVC, com as secções e inclinações indicadas nas partes
desenhadas.
11. DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento foi efectuado, considerando:
Os caudais de cálculo obtidos a partir dos caudais acumulados dos
dispositivos de utilização e com base no somatório dos caudais de descarga
confluentes para a tubagem considerada;
As inclinações das tubagens;
A rugosidade do material;
Os diâmetros foram obtidos pela fórmula de MANNING-STRICKLER para os
ramais de descarga não individuais e colectores prediais funcionando a
meia secção.
11.1. Caudais de Cálculo
Os caudais de cálculo foram obtidos em função do somatório dos caudais
de descarga atribuídos aos aparelhos sanitários que confluem para a
tubagem a dimensionar, afectados de um coeficiente de simultaneidade.
Os caudais de cálculo e diâmetros dos tubos de descarga foram
dimensionados em função dos caudais de descarga dos aparelhos
sanitários:
Lavatório individual 30 [l/s]
Pia Lava-loiça 30 [l/s]
Sanita 90 [l/s]
As sanitas serão drenadas directamente para a caixa de visita de águas
negras mais próxima por meio de tubos de descarga em PVC rígidos de 110
mm, desta caixa encaminhadas através de tubos do mesmo material e
diâmetro de 110 mm até ao afluente da fossa séptica existente. Por sua vez,
os restantes aparelhos sanitários serão ligados à caixa de visita
correspondente, mais próxima, por meio de tubos de descarga em PVC
rígidos de 50 mm para posterior ligação à caixa seguinte ou ao dreno
através de tubos do mesmo material e diâmetro de 110 mm.
Os ramais interiores e exteriores das águas negras deverão ter uma
inclinação de 2% e 1% para as águas brancas.
12. CAIXAS DE VISITA
As caixas de visita serão construídas no local, em betão ou blocos de
cimento e areia, e colocadas em todas mudanças de direcção, em linha
recta com espaçamentos máximos de 10 m e deverão ter uma secção útil
mínima em planta de 0.50x0.50 m2 e dispostas de acordo com a indicação
dos desenhos. A profundidade mínima das caixas de montante não deve
ser inferior a 0.40 m e o fundo deverá ser construído em forma de meia cana
como se pode ver nos desenhos anexos. Os ramais exteriores ligando as
caixas deverão ter uma inclinação de 2% se tratar-se de águas negras e 1%
para as águas brancas.
As tampas das caixas deverão ser de betão ligeiramente armado com
malha de aço A400 de Ǿ6@10cm, com aro metálico fixo e equipada com a
devida vedação hidráulica de forma a garantir estanquidade e resistência,
com rebaixo para permitir o acabamento do pavimento onde estão
inseridas, como se ilustra nos pormenores dos desenhos. A resistência da
tampa deve adaptar-se ao piso em que se insere.
13. TESTES
Quer a tubagem interna quer a tubagem exterior de esgoto, deverá ser
testada antes de se proceder ao fecho de valas.
A tubagem interna será testada antes do fecho de roços mediante um
ensaio simples de escoamento de água através dela, o que pode ser feito
introduzindo água na mesma e verificando com cuidado cada uma das
ligações, inclusive sifões dos aparelhos, caixas de pavimento e outros
acessórios.
Para ensaio da tubagem exterior de esgoto proceder-se-á ao
prolongamento da tubagem em cada um dos extremos do troço da
tubagem a ensaiar. Este prolongamento será feito na vertical.
Posteriormente, enche-se completamente a tubagem de forma a obter em
cada extremo 1 m.c.a. Deixar-se-á o troço submetido a ensaio durante 2
horas e verificar-se-á a existência de fugas ao longo do troço em ensaio.
Instalada a tubagem e os respectivos acessórios, a rede de drenagem deve
ser submetida a um ensaio hidráulico que comprove que ela é
absolutamente estanque.
14. MATERIAIS
Nas instalações das redes de águas domésticas e águas pluviais, utilizar-se-á
tubagem de plástico rígido (PVC) da classe PN06, incluindo todos os
acessórios necessários para equipamentos.
A tubagem da ventilação será de plástico PVC rígido, da classe PN06,
incluindo os acessórios à sua instalação.
As juntas de vedação para as tubagens plásticas serão em porcelana
vitrificada com sifão de pavimento, à excepção das sanitas que terão sifão
individual. Nas cozinhas, os ramais de descarga dos lava-loiças e das
máquinas de lavar serão em tubagem metálica resistente à corrosão,
providas de sifão de pavimento.
As câmaras de visita de todos os esgotos serão em alvenaria de tijolo ou
betão, sendo rebocadas e afagadas interiormente. O acesso a essas caixas
far-se-á através de tampas de betão com a devida vedação hidráulica.
15. CONDIÇÕES TÉCNICAS
Relativamente aos tubos de PVC deverá haver especial cuidado na sua
ligação às caixas de visita executadas em betão, devendo ser seguidas as
instruções do fabricante. A ponta do PVC a ser enfiada no cimento deve
estar provida de uma cabeça de acoplamento com anel de borracha,
devendo, na zona a ligar, ser revestida com cola e polvilhada com areia
fina e seca.
Os tubos e acessórios de PVC devem ser assentes e alinhados de modo a
não ficarem sujeitos a tensões; as massas de envolvimento dos tubos
deverão ser pobres, tendo o cuidado de não fazer incidir operações que
possam provocar a vibração directamente sobre o tubo.
A ligação entre tubos deverá ser executada através de anéis de neoprene;
limpa-se a cabeça de abocardamento, o anel de neoprene e a ponta
macho do tubo ou acessório a ligar. Aplica-se uma ligeira camada de
vaselina sólida ou de outro óleo vegetal sobre o bordo chanfrado da ponta
macho a inserir. Procede-se ao enfiamento da ponta macho até sentir que
faz batente. Seguidamente alivia-se alguns milímetros, a fim de permitir
futuros movimentos de contracção ou dilatação de origem térmica.
16. DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
16.1. Descrição
Para a Drenagem destas águas, estão previstos pendentes no pavimento da
cobertura que encaminharão as águas até aos ralos, que terão a função de
direccionar as águas aos tubos de queda.
17. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Pora tudo o omisso seguir-se-ão as melhores regras da arte de bem construir,
aplicando-se materiais de boa qualidade compotiveis com
Regulamentação vigente no País.
MEMORIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DO PROJETO ELÉTRICO
1. GENERALIDADES
1.1. A presente Memoria Descritiva e Justificativa, tem por objectivo
especificar detalhes construtivos para execução do projecto eléctrico
de construção do Muro de vedação, duas Guaritas e Casa para
Motoristas, do projecto de RENOVAÇÃO e REQUALIFICAÇÃO DO EDIFÍCIO
SÉRGIO VIERA DE MELLO.
1.2. Toda e qualquer alteração do projecto durante a obra deverão ser
feitas mediante consulta prévia do projectista que produzirá um ofício
aprovando a execução.
1.3. Ao final da execução deverá ser entregue um projecto eléctrico AS-
BUILT, considerando todas as modificações que foram realizadas no
projecto e um diagrama unifilar actualizado.
1.4. Ficará a critério do órgão fiscalizador impugnar qualquer serviço
executado que não satisfaça as condições aqui prescritas.
2. COMPOSIÇÃO DO PROJETO
2.1. Além da presente Memoria Descritiva, os seguintes elementos técnicos
compõem o projecto:
2.2. Desenhos de Esquema unifilar dos circuitos de:
✓ Iluminação; e
✓ Alimentação ao edifício..
3. NORMAS E DETERMINAÇÕES
3.1. As seguintes normas nortearam este projecto e devem ser seguidas
durante a execução da obra:
Norma Origem
NP Norma Portuguesa
IEC Norma Internacional
BR Norma Brasileira
ISO Norma Internacional
NEMA Norma Americana
NF Norma Francesa
DIN Norma Alemã
CEI Norma Italiana
3.2. Os itens descritos abaixo, tais como, tomadas, disjuntores etc. tem suas
Normas e citados aquando da descrição dos mesmos.
3.3. Além das normas e regulamento acima mencionados, também serviu
de base para este projecto as indicações do Projecto Arquitectónico.
4. ENTRADA DE ENERGIA E MEDIÇÃO
4.1. O abastecimento de BT será em 231 V a partir da quadro geral da
escola sita no edifício da administração da escola, que por sua vez é
alimentada a partir de uma rede secundária de energia existente na
parte periférica, esta opção poderá ser alterada mediante a sugestão
da concessionária se assim lhes convir, podendo no entanto ser
directamente da rede, e que não faz parte do presente projecto.
4.2. Para todos os efeitos, a entrada será subterrânea desde quadro geral
até o quadro parcial sita no edifício do sanitário.
4.3. O cabo de alimentação será composto por três condutores, de seção
recta de 4.0 mm² para condutores de fase, neutro e terra
devidamente protegidos a PVC com a exclusão do condutor de terra
que será em condutor nú. Recomenda-se u uso do cabo do tipo VAV
3x4.0 mm2.
4.4. A medição será do tipo directa, em quadro padronizado da
Concessionária, localizado conforme indicação em planta.
4.5. Após o medidor, será instalado o disjuntor geral, no Quadro Geral de
Baixa Tensão, tipo termomagnético, tetrapolar, corrente nominal de 25
A, capacidade de ruptura mínima de 6 kA para a protecção do cabo
que alimentara o sanitário, de igual modo no quadro parcial sita no
edifício do sanitários haverá um corte geral de 20 A.
Distribuição Secção do Cabo VAV
Carga a Alimentar
De Para
QGBT
(Administração
QP
(Sanitários) 3 x 4.0mm2 342 W
5. ALIMENTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
5.1. 5.1 O quadros de distribuição ( QP) será instalado conforme indicado
na planta eléctrica.
5.2. O Quadro de distribuição de energia eléctrica, será fixado na parede,
construído em material metálico ou termoplástico embutido em
paredes, o quadro será do tipo isolante auto-extinguível segundo NF C
20-455, com porta transparente com chave, tampa espelho removível
por desengate com local para fixação de etiquetas identificadoras
dos circuitos recortadas de modo a permitir o accionamento das
chaves e disjuntores sem perigo de toque acidental nas partes
energizadas, protecção IP40 ou superior. Deve ter classe de isolação II
e tensão nominal de 400/231V a 50/60 Hz, conforme a norma NBR IEC
60439-3. Trilho para fixação dos disjuntores.
5.3. O barramento do condutor de protecção será electricamente ligado
ao terminal de aterramento principal (TAP), e o barramento de neutro
isolado do mesmo.
5.4. A saída dos condutores deste Quadro (QP), até diversos pontos
terminais será em condutos do tipo V, 3x1,5mm2, devendo todas as
luminárias com partes metálicas ser ligadas a terra de protecção.
6. CARGA ELECTRICA
6.1. CARGA NOMINAL INSTALADA E DEMANDA
Consta no quadro de carga dos QPs (Quadro Parciais), conforme indicado
em cálculos e conforme resumo que segue:
Carga Instalada
Item Tipo de Carga
Potência Instalada (W)
1 Iluminação 302
Total 302
6.2. POTENCIA A CONTRATAR
O valor da potência obtida no parágrafo acima, reflecte a soma de todas
as luminárias a serem instaladas no edifício, portanto, tomando em
consideração que será acrescida mais 302 W, esta variação será
considerada se for a constituir um acréscimo fora da potencia previamente
contratada pela escola. (Vide a tabela de distribuição de cargas – anexo 2).
7. SEGURANÇA E ATERRAMENTO
7.1. É previsto um condutor de terra para todas as tomadas e para a
carcaça das luminárias que contém reactores para lâmpadas
fluorescentes.
7.2. O condutor terra deverá partir do CP, desde o barramento de
protecção do mesmo, configurando o sistema de aterramento tipo TN-
S, conforme previsão da Norma NBR-5410.
7.3. O aterramento geral deverá ser executado na área externa ao prédio,
junto à entrada de serviço, em caixas de alvenaria de
0,30x0,30x0,30m, com tampa de inspecção, de modo que seja
possível fazer a manutenção do sistema sempre que necessário.
7.4. As hastes de aterramento deverão ser do tipo copperweld, diâmetro
15mm, com no mínimo, 1,80 m de comprimento, enterradas
verticalmente no solo.
7.5. A conexão do cabo de terra com a haste deverá ficar exposta dentro
da caixa, de modo a facilitar a manutenção.
7.6. A resistência de terra não deverá ultrapassar 20 ohm, em qualquer
época do ano, sendo que a mesma deverá ser medida na entrega
da obra, presente a fiscalização.
7.7. Caso não seja possível atender ao nível de resistência de terra acima,
deverão ser cravadas um maior número de hastes, distanciadas entre
si de, no mínimo, 3 m.
7.8. Caso, ainda assim, não seja atingido o nível requerido de resistência
de aterramento, deverão ser utilizados processos químicos de
tratamento do solo para resolver o problema, tais como criação de
camadas intercalares de carvão e sal com alturas de 20cm no
mínimo.
8. CIRCUITOS TERMINAIS
8.1. Os circuitos terminais serão todos a três fios (FNT ou FFT) e tem suas
seções indicadas no quadro de cargas.
8.2. Deve ser tomado especial cuidado no aterramento de carcaça de
reactores e luminárias da iluminação fluorescente.
8.3. A protecção mecânica dos circuitos terminais será feita por
eletrodutos de PVC rígido roscável.
9. ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS
9.1. Caixas de Passagem
9.1.1. Serão em ferro, em chapa tratada contra corrosão, estampadas,
dimensões internas mínimas 100 x 100 mm, quando rectangulares ou
octogonais de teto (fundo móvel), e 80 x 80 mm, quando em parede
(fundo fixo).
9.1.2. Externamente, deverão ser em alvenaria, com dimensões mínimas de
0,80 x 0,80 x 0,80 mm para eléctrica e tipo R1 (0,60 x 0,35 x 0,50 m) para
telefonia.
9.2. Eletrodutos
9.2.1. Eletroduto de Poli Cloreto de Vinila (PVC) Rígido e ou flexível, Duto de
PVC antichama, rígido de seção circular de ¾” (25mm) de diâmetro e
de 16 mm, 20mm e 50mm de diâmetro para entrada de energia,
fornecido rolos de comprimento igual 100 metros lineares para os
primeiros dois tipos e 50 metros lineares para o ultimo, de cor externa
cinzenta, identificado de forma legível e indelével, para protecção de
cabos contra danos mecânicos, com as respectivas curvas onde
necessárias.
9.2.2. Eletroduto de Poli Cloreto de Vinila (PVC) Corrugado
Duto corrugado de PVC antichama, flexível de seção circular, fornecido em
rolos em lances padronizados, cor externa amarela, identificado de forma
legível e indelével, para protecção de cabos embutidos contra danos
mecânicos, fornecido com arame guia revestido em PVC já passado e com
acessórios para conexão com as caixas de embutir ou luminárias.
Todos as saídas e entradas para interruptores e tomadas, além da toda a
parte embutida, será feito com estes eletrodutos.
9.2.3. Os eletrodutos de PVC deverão ser de classe B (espessura mínima de
parede de 2,3 mm).
9.2.4. As luvas e curvas deverão ser do mesmo material do eletroduto
correspondente.
9.3. Canaleta
9.3.1. Canaleta de alumínio extrudado, com encaixe rápido, na cor natural,
com os acessórios necessários para atender ao projecto eléctrico. A
terminação da canaleta deve ser uma tomada TUE, conforme
descrito abaixo.
9.3.2. Os trechos correspondentes às paredes dos Balcões de Higienização
serão percorridos por estas canaletas, distando de 1” das bordas
desta paredes, devendo serem firmemente fixas.
9.4. Condutores
9.4.1. Deverão ser em cobre eletrolítico, pureza mínima 99,9 %.
9.4.2. O isolamento deverá ser constituído de composto termoplástico de
PVC, com características para não-propagação e auto-extinção do
fogo, tipo BWF.
9.4.3. A tensão do isolamento deverá ser 450/1000 V (ou indicada).
9.4.4. As temperaturas máximas admissíveis para o condutor deverão ser:
• 70 graus ºC para serviço contínuo
• 100 graus ºC em sobrecarga
• 160 graus ºC em curto-circuito
9.4.5. Código de cores a observar (no caso dos circuitos terminais):
• Fase: preto, vermelho e branco
• Neutro: azul-claro
• Retorno: amarelo
• Terra: verde e amarelo misturado rígidos e secções superiores a
10mm2 em condutores multifilares
9.5. Interruptores, tomadas e placas
9.5.1. As tomadas de parede para luz e força serão, normalmente, do tipo
pesado, com contacto de bronze fosforoso, “tomback” ou, de
preferência, em liga de cobre.
9.5.2. As placas ou espelhos para interruptores e tomadas serão em
termoplástico auto-extinguível e, eventualmente, dotadas de
plaqueta frontal em alumínio escovado e anodizado. As placas ou
espelhos para áreas externas serão em termoplástico com protecção
contra a acção do sol (raios ultravioleta), para que não escureçam
nem desbotem com o tempo.
9.5.3. Os interruptores terão as marcações exigidas pelas normas da ABNT,
especialmente o nome do fabricante, a intensidade (A) e a tensão
(V).
9.5.4. Fabricantes:
• Legrand;
• Hager;
• Siemens;
9.6. Lâmpadas, Luminárias e Acessórios
9.6.1. Luminárias
Os aparelhos para luminárias - incandescentes ou fluorescentes - deverão ter
invólucro que abrigue todos os condutores de corrente, condutos, porta-
lâmpadas e lâmpadas permitindo-se, porém, a fixação de lâmpadas e
“starters” na face externa do aparelho.
Aparelhos destinados a funcionar expostos ao tempo ou em locais húmidos
serão construídos de forma a impedir a penetração de humidade em
eletrodutos, porta-lâmpadas e demais partes eléctricas. É vedado o
emprego de materiais absorventes nesses aparelhos.
Fabricantes:
• Philips;
• Osram
9.6.2. Lâmpadas
As lâmpadas incandescentes e fluorescentes terão os bulbos isentos de
impurezas, manchas ou defeitos que prejudiquem o seu desempenho.
Apresentarão, pelo menos, as seguintes marcações legíveis no bulbo ou na
base:
• Tensão nominal (V);
• Potência nominal (W);
• Nome do fabricante ou marca registrada;
Fabricantes:
• Osram;
• Philips;
• Sylvania;
9.6.3. Reatores e Acessórios diversos
Deverão possuir características de funcionamento de acordo com suas
Normas específicas e se integrarem e complementarem as luminárias.
Fabricantes:
• Philips
9.6.4. Quadros de Distribuição
9.6.5. Os quadros de distribuição são próprios para o uso como quadros de
luz e energia, podendo ser equipados com disjuntores
termomagnéticos monofásicos, bifásicos, trifásicos, padrão europeu,
com montagem em trilhos de engate rápido de 35mm (conforme DIN
EM 50022). Deverão ser de embutir e possuir barramentos
dimensionados pelas Normas DIN 43671 e NBR 6808/198L para mínimo
de 100A, conforme especificação do projecto de Instalações
Eléctricas.
9.6.6. Deverão apresentar placa de montagem removível, com sistema de
engate rápido e seguro de disjuntores. Terão estrutura montada, com
parafusos para fixação da placa de montagem e apresentar tostões
estampados na parte superior e inferior para passagem de eletrodutos
de diversas dimensões. Serão providos de moldura, espelho e porta
com fechadura de fácil accionamento.
Fabricantes:
• Cemar;
• Internacional;
• Efapel;
9.6.7. 10.7.1 Lâmpada fluorescente compacta integrada em “U”, com
tensão de 230 V; com Potência não superior a 20 W; base E27;
temperatura de com entre 6.000 E 6.500 K, fluxo luminoso superior a
1.100 Lumens, vida útil igual ou superior a 7.500 horas e eficiência
luminosa superior a 61 lumens por watt (lm/W). A lâmpada fornecida
deve ter a eficiência energética, segundo o INMETRO e a PROCEL,
classificada como “A”.
9.6.8. Estas lâmpadas devem estar em conformidades com as normas
referidas na presente memória descritiva.
9.7. Quadro de Medição
9.7.1. A caixa de medição, tipo CLE (Caixa Lacrável Externa) 2A, deve ser
confeccionada em chapa de aço oleada ou zincada, com chapas
com espessura mínima de 18USG para o fundo, contorno, porta e face
superior, pintadas com tinta antiferruginosa na cor branca; com
marcas para a furação, sendo duas estampas, uma com 2,6 cm
circundada por outra de 4,6 cm de diâmetro para passagem dos
electrodutos. Para o fio terra somente uma com 2,2 cm de diâmetro.
9.7.2. O fundo da caixa deve ser revestido, internamente, de compensado
resinado, painel de tiras orientadas (OSB).
9.7.3. A caixa deve ser instalada de maneira que a parte superior da face
frontal fique a uma altura mínima de 1,60m com uma tolerância de
+/- 0,15m em relação ao piso acabado.
9.8. Disjuntores
9.8.1. Deverão ser em caixa moldada, tipo termomagnético:
• Disjuntor unipolar termomagnético em caixa moldada, tensão nominal 230
V, corrente nominal de 10A, 16A e 20A a 30ºC, frequência nominal 50Hz,
faixa de actuação instantânea categoria “C”, capacidade de interrupção
nominal superior a 6kA, de acordo com a NBR IEC 60898.
9.8.2. Este disjuntor será usado para as TUG e para a iluminação.
• Disjuntor bipolar termomagnético em caixa moldada, tensão nominal
230 V, corrente nominal de 25A e 32A a 30ºC, frequência nominal
50Hz, faixa de actuação instantânea categoria “C”, capacidade de
interrupção nominal superior a 6 kA, de acordo com a NBR IEC 60898.
Este disjuntor será usado para as TUE.
• Disjuntor tripolar termomagnético em caixa moldada, tensão nominal
380 V, corrente nominal de 40A e 50 A a 30ºC, frequência nominal
50/60 Hz, faixa de actuação instantânea categoria “C”, capacidade
de interrupção nominal superior a 3 kA, de acordo com a NBR IEC
60898. Este disjuntor será usado no Quadro Geral de Baixa Tensão do
Edificio.
• Disjuntor tetrapolar termomagnético em caixa moldada, tensão
nominal 380 V, corrente nominal de 32A, 40A, 50ª, 63A e 160A A a
30ºC, frequência nominal 50/60 Hz, faixa de actuação instantânea
categoria “C”, capacidade de interrupção nominal superior a 3 kA,
de acordo com a NBR IEC 60898. Este disjuntor será usado no Quadro
Geral de Baixa Tensão do Edificio.
9.8.3. Deverão ter uma vida média de, pelo menos, 20 mil manobras
mecânicas e/ou eléctricas com corrente nominal.
9.8.4. Deverão atender as normas prescritas no presente documento.
9.8.5. O disparo, em caso de curto-circuito, deverá se dar entre 7 e 10 x In.
9.8.6. A fixação deverá ser pela base, por engate rápido sobre trilhos.
9.9. Quadro Parcial
9.9.1. Quadro de distribuição de energia eléctrica, embutido na parede,
todo construído em material metálico com isolamento por tinta auto-
extinguível segundo NF C 20-455, com porta transparente com chave,
tampa espelho removível por desengate com local para fixação de
etiquetas identificadoras dos circuitos recortada de modo a permitir o
accionamento das chaves e disjuntores sem perigo de toque
acidental nas partes energizadas, protecção IP40 ou superior. Deve ter
classe de isolação II e tensão nominal de 400/231 V a 50Hz, conforme
a norma prescritas na presente memória descritiva. Trilho para fixação
dos disjuntores.
9.9.2. O barramento do condutor de protecção será electricamente ligado
ao terminal de aterramento principal (TAP), e o barramento de neutro
isolado do mesmo.
9.9.3. A saída dos condutores deste Quadro até o eletroduto no teto será
feito por meio eletrodutos de PVC flexível (Tubo isogrish), com
distribuição de circuitos conforme desenho das plantas.
9.9.4. Quando a distância entre barras ou entre barra e massa for menor do
que 6 cm, as barras deverão ser protegidas por material isolante,
flexível, não combustível e que mantenha suas características até a
temperatura de 150 graus Celsius.
9.9.5. Os barramentos principais do quadro deverão ser em cobre chato
electrolítico, para as três fases, neutro e terra.
9.9.6. 11.10.6 Os isoladores dos barramentos deverão ser em epoxi reforçado
e em condições de resistir a uma corrente de curto-circuito de, no
mínimo, 18 kA.
10. RECOMENDAÇÕES PARA EXECUÇÃO
10.1. Deverão ser obedecidas rigorosamente as maneiras de instalação
recomendadas pelos fabricantes dos materiais. Particularmente
deverá ser observado o seguinte:
10.1.1. Quanto à Instalação de Caixas e Eletrodutos
• As tubulações deverão ser fixadas rigidamente, sempre de maneira a
não interferir na estética ou funcionalidade do local.
• A conexão dos eletrodutos com as caixas deverá ser feita com bucins
e arruelas, com acabamento absolutamente sem saliências ou
rebarbas.
• A mudança de alinhamento dos dutos deverá ser feita
preferencialmente com caixas; será admitida, entretanto, a utilização
de curvas, desde que, no máximo, duas no mesmo plano e não
reversas, em cada trecho entre caixas.
• Deverá ser observada rigorosamente a continuidade do sistema de
tubulação e caixas.
• A fixação das caixas deverá ser feita pelo fundo, de modo que as
tampas possam ser abertas pela frente.
• A montagem dos quadros deverá ser feita de maneira organizada,
com os condutores unidos através de braçadeiras plásticas ou cintas
se necessário.
• O quadro de distribuição será identificado com etiqueta em acrílico
preto com letras brancas gravadas por trás da placa, em baixo relevo.
• Os circuitos deverão ser todos identificados através de etiquetas
apropriadas, de modo a se ter uma indicação inequívoca da
localização das cargas vinculadas.
10.1.2. Quanto aos Condutores Eléctricos
• Deverão apresentar, após a enfiação, perfeita integridade da
isolação;
• Para facilitar a enfiação, poderá ser utilizada a guia ou talco industrial
apropriado.
• Não serão admitidas emendas desnecessárias, bem como fora das
caixas de passagem em distâncias curtas (10metros) sem maior
número de curvas.
• As emendas necessárias deverão ser em caixas apropriadas através
de placas de bornes de boa qualidade sendo que as pontas deverão
ser estanhadas.
• A conexão dos condutores com barramentos e disjuntores deverá ser
feita com terminais pré-isolados, tipo garfo, olhal ou pino, soldados.
10.1.3. Quanto ao Acabamento
• O interior das caixas deve ser deixado perfeitamente limpo, sem restos
de barramentos, parafusos ou qualquer outro material.
• O padrão geral de qualidade da obra deve ser irrepreensível,
devendo ser seguidas, além do aqui exposto, as recomendações das
normas técnicas pertinentes, especialmente a Norma supracitadas.
• O acabamento condizente com os demais serviços da obra.
ANEXOS
Item Símbolo Descrição
1 Quadro Geral em PVC
2 Portinhola (Metálica)
3 Célula Fotoeléctrica
4 Comutador de escada
5 Comutador de escada duplo
6 Interruptor simples
7 Comutador de lustre
8 Inversor de grupo
9 Tomada monofásica reforçada
10 Tomada trifásica reforçada
11 Candeeiro duplo fluorescente 2x20w
12 Candeeiro duplo fluorescente 2x40w
13 Candeeiro simples fluorescente 2x20w
14 Candeeiro simples fluorescente 2x40w
15 Caixa de derivação
16 Candeeiro de parede (Aplique)
17 Projector
18 Olho-de-boi
19 Lâmpada incandescente
20
Candeeiro com três lâmpadas
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 1. DOCUMENTOS
1.1. Interpretação dos Documentos
Os Documentos serão interpretados por um representante do empreiteiro
de nível académico mínimo, Técnico Médio de Construção Civil. Todos
os trabalhos serão executados por pessoal qualificado na especialidade
relevante. Os traços nos desenhos não deverão ser medidos para a
implementação da obra. As cotas nos desenhos deverão ser verificadas
na obra antes de se começar a construir. Qualquer dúvida sobre os
desenhos deverá ser dirigida a fiscalização.
2. PRELIMINARES
2.1. Placa da Obra
A placa da obra deve ser de pelo menos 1500 x 2000 mm com os
detalhes de todos os intervenientes que será fornecida, montada no
início e retirada na conclusão da obra pelo empreiteiro. Um desenho da
Placa da Obra será distribuída pela fiscalização depois de assinar o
contrato.
2.2. Estaleiro
Um estaleiro bem seguro será fornecido, montado e retirado na
conclusão da obra pelo empreiteiro. As condições deverão incluir uma
área apropriada para arquivar todos os documentos do contrato e uma
mesa e cadeiras para acomodar as reuniões de obra.
Por outro lado o empreiteiro deverá assegurar um gabinete para a
fiscalização com condições de trabalho com 1 (uma) mesa secretária e
2 (duas) cadeiras com uma área apropriada para arquivos.
3. MOVIMENTO DE TERRAS 3.1. Classificação dos materiais
A seguinte classificação dos materiais a serem escavados deve ser
tomada como guia para o estabelecimento do seu grau de dureza.
O Empreteiro deve certificar-se, por exame directo, da natureza dos
materiais a escavar. Não serão satisfeitos quaisquer pagamentos extras
que resultem da falta de consideração e negligência deste ponto.
A. Material de classe “C”
São relativos ao granito, quartzite ou rocha de dureza semelhante ou
maior, à penedos e calhaus acima de 0,03m3 que, na opinião do
Arquitecto, necessitam de meios mecânicos de remoção, furação ou
utilização de explosivos.
B. Material de classe “B”
São relativos a rochas não descritas na classe “C”, acima, que requeiram
equipamento pneumático para a sua remoção eficiente.
C. Material de classe “A”
Inclui todos os materiais que possam ser escavados sem meios mecânicos,
não incluidos nas classes “B” e ”C”, acima referidos, e bem como aterros,
lamas argilas e detritos.
3.2. Pagamento por escavação em materiais da classe “B” e ”C”
Caso o Empreteiro considere que qualquer parte da escavação a
efectuar seja em material de classe “B” ou “C” ele deve notificar
imediatamente disso, ao Arquitecto e/ou ao Medidor, por escrito, para
obter o seu consentimento; caso não o faça a escavação será sempre,
realce-se, será sempre executada em material da classe “A” e será
medida e avaliada como tal.
3.3. Desabamento ou aluímentos sobre as escavações ou caboucos
Caso haja desabamentos ou aluímentos em terreno junto à escavação
para lá do necessário à abertura desta, o material deslocado não será
pago como escavação e deve ser retirado e depositado no local,
removido ou reutilizado e compactado como para tal for indicado pelo
Arquitecto.
Onde haja aluímentos ou onde a escavação exceda em profundidade
as cotas previstas e necessárias, em posições onde o terreno deveria
suportar estruturalmente a construção, o Empreteiro deve proceder ao
enchimento e correcção de níveis em betão maciço (classe “E”) à sua
custa.
3.4. Medições e escavações
As escavações foram medidas considerando as dimensões acabadas
dos alicerces em betão e de qualquer outro elemento enterrado. Ao
medir as escavações será estritamente considerada esta regra e não
haverá pagamento de qualquer custo extra se as escavações ou
caboucos não forem com maior largura ou profundidade, qulquer que
seja o material em que tenham sido executadas.
Todas as escavações devem ter comprimentos, larguras e profundidades
do projecto ou como indicado para que se assegure uma fundação
sólida.
Qualquer escavação mais profunda que o nível do projecto será
compensado, isto é cheia pelo Empreteiro, a sua custa, em betão
maciço (classe”E”).
Na medição da escavação presume-se que o terreno será nivelado à
cota necessária à betonagem dos pavimentos, sapatas, bases, etc.,
antes do seu enchimento. Este método de medição será seguido em
todos os ajustes ou novas medições das escavações,
independentemente de qualquer método que tenha sido usado pelo
Empreteiro.
3.5. Aviso ao Arquitecto
O Empreteiro avisará ao Arquitecto quando as escavações ou caboucos
estiverem prontos para receber as fundações e não encherá qualquer
escavação até que tenha sido inspencionada e aprovada pelo
Arquitecto para tal.
3.6. Aviso ao Medidor
O Empreteiro deve avisar o medidor quando as escavações, ou parte
delas, estiverem completadas, ou antes de qualquer enchimento, de
forma a permitir a sua medição.
3.7. Aterros
Os aterros à volta e por cima das fundações, por baixo de pavimentos
sólidos e no terreno livre, serão limpos, sem argila, detritos, material
vegetal e orgânico ou outros materiais putrescíveis, e serão realizados em
camadas, como adiante descrito, e bem compactados. Qualquer dano
causado por assentamento resultante da consolidação e compactação
defeituosa será corrigido pelo Empreteiro e à sua custa.
3.8. Empolamento
Em elementos tais como o enchimento ou remoção de material
excedente, etc, será apenas medido o volume consolidado.
O Empreteiro deverá contar com o empolamento nos seus preços.
3.9. Protecção contra térmitas
Será executada uma protecção contra térmitas (vulgo muchem), sob
todas as fundações, pela aspersão uniforme de todas as superfícies com
veneno do tipo: ”Coopex-Termite Control” aplicado estritamente
segundo as instruções do fabricante.
Alternativamente, a protecçao contra térmites poderá ser executada
por uma firma especializada que ofereça uma garantia de pelo menos
de 10 anos.
3.10. Preços
Os preços para todas as escavações incluem os nivelamentos e
formação dos níveis exteriores do terreno, curvas, etc, acertos de bermas
e passeios, nivelamentos, regas e compactação dos fundos dos
caboucos para aprovação do Arquitecto; e consideram-se ainda todos
os faseamentos e remoções, carregamentos e transporte á distância até
100 m do perímetro da obra e deposição em montes para reutilização e
espalhamento e nivelamento como for necessário. 4. DEMOLIÇÕES
4.1. Aspectos Gerais
Os trabalhos de demolição deverão ser feitos de maneira a causar o menor
distúrbio aos ocupantes do edifício. Os níveis de barulho deverão ser
mantidos o mais baixo possível e os entulhos deverão ser aguados durante o
curso do dia para evitar poeira. Na eventualidade de o aguamento dos
entulhos não se mostrar efectivo no controle da emissão da poeira, o
empreiteiro deverá providenciar o erguimento de barreiras em rede, chapa
ou qualquer outro material que efectivamente evite o empoeiramento de
áreas estranhas ao local dos trabalhos.
4.2. Protecção e Precauções
O empreiteiro não poderá executar qualquer demolição, ou qualquer
outro trabalho reclacionado com a demolição, que possa causar
rachaduras ou defeitos a estruturas vizinhas, sem tomar as precauções
adequadas. No caso do empreiteiro executar os trabalhos de maneira
que cause rachaduras ou colapso de estruturas existentes, o mesmo
deverá proceder a reparação dos danos causados por sua própria
conta. O empreiteiro deverá instalar escoramentos nas existentes
conforme necessário para que possa executar as demolições com
segurança.
4.3. Limpeza do local da obra
Toda a extensão do terreno na qual serão erguidas as estruturas, deverá
ser limpa e todo o lixo, entulho, resíduos, etc deverá ser removido.
5. BETÕES
5.1. Supervisão e controle
Um encarregado de obras competente deverá manter controle de
quantidade de betão produzido, as respectivas classes, data, hora e local
onde o mesmo é vazado.
5.2. Verificação
O empreiteiro deverá verificar as dimensões, cotas e posições das cofragens
em relação ás plantas do projecto. O mesmo deverá ser feito em relação a
luvas, aberturas, recessos, etc a serem incorpados ao betão. Caso haja
alguma dúvida com relação á posição, cota e/ou dimensão, a Fiscalização
deverá ser consultada antes do lançamento do betão.
5.3. Cimento
O cimento a ser utilizado deverá ser do tipo PORTLAND de fabricação
nacional.
5.4. Areia
A areia deverá ser de granulometria uniforme, de fino a grosso, com
particulas não maiores do que 5 mm, livre de poeira, argila ou material
orgânico. A areia deverá ainda ser lavada e peneirada conforme as
necessidades.
5.5. Pedra
A pedra deverá ser de granulometria uniforme com partículas mínimas de 5
mm com a categoria de cada betão, livre de poeira, argila ou material
ôrganico.
5.6. Água
A água deverá ser potável, livre de impurezas visíveis a olho nú e outros
elementos químicos que possam comprometer a qualidade e
durabilidade do betão.
5.7. Consistência do betão
O betão deverá ter um slump, medido de acordo com o método 862 da
SABS, dentro dos limites abaixo:
• Fundações, lajes, vigas, colunas, etc – Máximo de 80 e mínimo de 30
• Pavimentos – Máximo de 80 e mínimo de 50
5.8. Lançamento do betão
Antes do laçamento do betão, as cofragens deverão estar absolutamente
limpas e deverão ser mantidas molhadas durante o lançamento do betão. A
posição da cofragem e da armação deverá ser mantida rigorosamente em
posição.
O betão deverá ser transportado do local onde for confeccionado para
o local do lançamento o mais rápido possível, mas de maneira a evitar
segregação e perda dos ingredientes, bem como contaminação por
elementos estranhos á mistura. O uso de tubos, bombas ou outros meios
especiais de lançamento do betão deverá ser executado somente com
autorização da Fiscalização. O betão não poderá ser lançado de uma
altura superior à 3.0 metros.
Caso o betão seja transportado através de uma correia transportadora
inclinada, esta o deverá transportar de maneira a garantir um fluxo
contínuo, sem a utilização excessiva de água e sem permitir segregação
dos agregados. A correita transportadora deverá ser limpa após o
término de cada operaçãao de lançamento de betão e as sobras
deverão ser inutilizadas.
5.9. Armação
Os varões de aço deverão ser estocados cuidadosamente sobre estrados e
não poderão estar em contacto com o solo.
Os varões deverão ser cortados e dobrados de acordo com as plantas
do projecto. O dobramento deverá ser a frio de maneira contínua. É
vedado o uso de martelos para auxiliar o dobramento. Os diâmetros das
barras, posições, etc, deverão estar rigorosamente de acordo com as
plantas do projecto. Emendas nas barras somente serão permitidas nos
pontos indicados no projecto.
Antes da colocação dos varões em suas respectivas posições, os
mesmos deverão estar isentos de graxa, material betuminoso, ferrugem e
quaisquer outras substâncias que possam comprometer a adesão do
varão ao betão.
A não ser que devidamente exposto em contrário, todas as emendas de
barras deverão ser feitas com arame doce com diâmetro de 1.25 mm.
Varões em lajes deverão ser fixados uns aos outros nas intersecções
alternadamente. Armações para fundações de colunas, colunas e
paredes deverão ser fixadas umas às outras a cada intersecção.
5.10. Protecção e Cura
O betão deverá ser protegido dos efeitos solares, vento, baixas
temperaturas, água corrente e choques por um período de 7 dias.
Durante este período, todas as superfícies do betão (à exceção dos
pavimentos externos) deverá ser mantidas húmidas, quer seja por meio
de sacos de pano molhados ou outro material adequado para este fim.
Aguamento das superfícies com mangueira não será permitido.
Cofragem laterais mantida na posição será considerado como sendo
suficiente para proteger o betão durante a cura do mesmo.
Os pavimentos externos deverão ser protegidos durante o perído de cura
com a aplicação de produtos químicos de reconhecida qualidade,
conforme plantas do projecto.
5.11. Carregamento de fundações e vigas
A excepção de onde devidamente indicado em contrário, o levantamento
das paredes de alvenaria não poderá iniciar antes de 03 dias após o
lançamento do betão no caso das fundações, 07 dias para o caso de vigas
cujo escoramento ainda se encontra em posição e 28 dias para as vigas
cujo escoramento tenha sido removido.
5.12. Cofragem
As cofragens deverão ser de construção rígida, em esquadro e
contraventada de maneira a garantir a estabilidade e alinhamento da
mesma a quando do lançamento do betão. As cofragens deverão ser
capazes de resistir, sem deformações excessivas, às cargas a elas
importadas pelo peso próprio do betão, vento e sobrecargas inerentes
ao processo construtivo. Em todos os casos as juntas das diversas peças
da cofragem deverão ser vedadas para impedir o vazamento de nata
de cimento.
A não ser que devidamente indicado em contrário, o período no qual a
cofragem deverá ser mantida em posição será de:
• Faces laterais de vigas, paredes e colunas sem carga: Mínimo 01
dia
• Face inferior de lajes, com escoramento em posição: Mínimo 03
dias
• Face inferior de vigas, com escoramento em posição: Mínimo 07
dias
• Escoramentos: Mínimo 14 dias
Para a retirada dos escoramentos em 14 dias, uma resitência de pelo
menos 75% da resistência especificada em projecto deverá ser obtida no
rompimento dos corpos de prova.
Vigas e lajes somente poderão ser submetidas à sobrecarga após um
período de 28 dias ou quando a resistência especificada seja obtida
pelo rompimento de um corpo de prova. Vigas e lajes, não poderão em
hipótese alguma ser submetidas a sobrecargas superiores áquelas para
as quais foram projectadas.
5.13. Critério de Medição
O betão utilizado em fundações, colunas, vigas, etc será medido por metro
cúbico. A medição incluirá o volume total do betão, não descontando
qualquer orifício de passagem de canalizações, tubagens, ventilações, etc.
No fornecimento do betão deverá estar incluso:
a. O fornecimento e execução dos moldes, quando necessários,
incluíndo escoramento, cofragem e descofragem.
b. O fornecimento do betão e sua colocação em obra.
c. O fornecimento e colocação de peças especiais de cofragem
perdida, nas zonas indicadas para passagem de tubagens, etc.
d. Os ensaioos de controlo de betão.
O ferro para betão será medido por peso de ferro efectivamente
utilizado. Não serão computados cavaletes, perdas, etc. Será
considerado como incluso no preço do ferro o fornecimento, corte,
dobragem e colocação da armação dentro ds cofragens.
6. ALVENARIAS 6.1. Cimento
O cimento a ser utilizado no levantamento das alvenarias deverá ser
cimento PORTLAND de fabricação nacional no local da obra em Estado
seco e mantido armazenado em local protegido de humidade.
A argamassa de assentamento das alvenarias deverá ter um consumo
mínimo de cimento de 320 quilos por metro cúbico.
6.2. Areia
A areia deverá ser de granulometria uniforme, com partículas que
passem em uma peneira de malha de 2.5 mm, isenta de poeira, argila e
material orgânico. A areia deverá ser lavada e peneirada conforme
necessidades.
6.3. Cal
Poderá ser utilizado cal dentro dos limites normais para melhorar as
condições de utilização da argamassa. Para tanto, os mesmos cuidados
dispensados ao cimento deverão ser dispensados ao cal.
6.4. Água
A água deverá ser potável, isenta de particulas sólicas visíveis a olho nú e
quaisquer outros elementos químicos que possam comprometer a
qualidade da argamassa.
6.5. Lajetas de argila de betão
Poderá ser utilizado lajetas de argila ou blocos de betão na execução das
alvenarias. A combinação dos dois tipos não será permitida, caso o projecto
se refira ao mesmo.
6.6. Requisitos mínimos para blocos de betão
Os blocos de betão deverão ser manufacturados de acordo com as normas
internacionais reconhecidamente aceitáveis e ainda ter os seguintes
requisitos:
a. Terem textura uniforme
b. Apresentarem tensões de rotura à compressão igual ou
superior a 20 kg/cm2
c. Estarem isentos de quaisquer corpos estranhos
d. Terem côr uniforme
e. Terem absorção de água em 24 horas inferior a 1/5 do seu
volume cheio
f. Terem sido curados durante 07 dias através de imersão em
água ou rega extensiva
6.7. Critério de medição
A medição das alvenarias será por metro quadrado. Deverá estar
compreendido no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos
necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se os seguintes:
a. O fornecimento dos blocos e o respectivo assentamento
b. A ligaçãao do pano à estrutura lateral ou à estrutura
superior, conforme o caso
c. Os tacos para fixação dos rodapés ou aduelas.
7. REVESTIMENTOS 7.1. Geral
O revestimento das paredes deverá ser feitos por operários de
reconhecida capacidade técnica. 7.2. Argamassa de revestimento
A argamassa de reboco deverá ser de cimento e areia ao traço de 1:4. A
areia a ser utilizada deverá ser aquela que passa por uma peneira de
abertura máxima de 1.6 mm e que apresente uma granulometria uniforme.
Não será permitido a utilização de areia excessivamente fina ou com traços
de salinidade. As recomendações constantes no item relativo a Alvenarias
são aplicáveis.
7.3. Critério de medição
A medição será por metro quadrado. Encontram-se compreedidos no preço
deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa
execução e aplicação, salientando-se os seguintes:
a. O fornecimento, montagem e desmontagem dos andaímes
necessários para a execução do trabalho.
b. O fornecimento e aplicação da argamassa de
revestimento propriamente dito.
c. O acabamento final do revestimento conforme
especificado para cada caso.
6. CARPINTARIA E MARCENARIAS
6.1. Madeira dura
A madeira para portas, janelas, armários, mata-juntas, rodapés, etc, será
de madeira local, seca ao teor de humidade correcta para a zona de
implantação da obra (ver projecto), sem bornes ou nós soltos, empenas
ou outros defeitos, bem esquadriada e nos comprimentos necessários
para evitar juntas; serrada e preparada nas dimensões correctas para se
obterem peças, acabadas ás dimensões indicadas nos desenhos de
pormenor.
6.2. Aglomerado de madeira
No caso de vir a ser autorizada a sua aplicação, os aglomerados de
madeira, serão sempre do tipo resistente à humidade preparado com
cola de melanina, onde indicado, será utilizado aglomerado de madeira
revestido nas duas faces a melanina branca.
6.3. Contraplacados
Serão da melhor qualidade, colados à pressão com colas resistentes à
humidade para o trabalho no interior e resistentes à água para o
trabalho exterior.
6.4. Acabamento da madeira de esquadria e marcenarias
Todas as esquadria e marcenarias acabadas deverão apresentar
superfícies bem lisas e afagadas, com arestas ligeiramente boleadas,
sendo o mesmo na ordem de 2 a 6 mm de raio conforme indicação dos
desenhos ou do Arquitecto para cada caso. Elas deverão ser
completamente livres de marcas de máquinas ou ferramentas manuais.
6.5. Tratamento das madeiras
Todas as marcenarias interiores serão tratadas à óleo de linhaça fervido
durante pelo menos 1 (uma) hora, à lume brando e no qual se misturem
80 a 100 gramas por litro de fezes de ouro (litargírio de chumbo), a meia
fervura.
Todas marcenarias serão protegidas, depois de assentadas, para se
evitarem estragos, manchas de cimento ou tinta, etc, nas arestas e nas
superfícies.
6.6. Carpintarias e marcenarias
As peças de marcenaria devem ser preparadas imediatamente após a
sua encomenda, mas não serão coladas ou sembladas até ao momento
do seu assentamento na obra.
As marcenarias devem ser armazenadas em local sêco a aprovar pelo
Arquitecto.
6.7. Protecção das marcenarias
Todas as peças de carpintarias e marcenarias sujeitas a estragos durante
a construção serão protegidas por tábuas ou outro qualquer processo e
método que satisfaça o Arquitecto.
6.8. Critério de medição
Porta e aros:
A medição ser por unidade assente. Encontram-se, compreendido no
preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua
execução e aplicação, salientando-se os seguintes:
a. O fornecimento e assentamento dos aros e batentes.
b. O fornecimento e assentamento da folha almofadada.
c. O fornecimento das ferragens e sua aplicação.
d. O fornecimento da fechadura e sua aplicação.
e. O fornecimento e colocação de uma borracha de espera
da porta.
f. O fornecimento e aplicação de três chapas de
identificação na fechadura e das respectivas chaves.
g. O fornecimento e aplicação dos acessórios para fixação
dos aros.
h. A pintura das portas e aros conforme instruções da
Fiscalização.
Rodapés, bites, etc:
Serão medidos por metro linear e incluirá o fornecimento, instalação e
pintura onde indicado.
7. SERRALHARIA
Todo o aço macio a utilizar em geral deve poder suportar as tensões de
segurança estabelecidas como mínimas no Regulamento de Estruturas
de Aço para Edifícios (R.E.A.E.) em vigor na República de Moçambique.
7.2. Trabalho de aço em estruturas
Toda a estrutura em aço será executada por uma firma especializada,
reconhecida e aprovada pelo Dono da Obra.
7.3. Ligações soldadas
Serão executadas nas condições descritas no R.E.A.E. 32ºartigo ao
37ºartigo.
7.4. Desenhos de execução e responsabilidade
O Engenheiro fornercerá todos os desenhos do projecto necessários à
compreensão do arranjo geral dos elementos estruturais e dos
pormenores de execução. No caso do Engenheiro requerer desenhos de
execução, o Empreteiro prepará-los-á e submetê-los-á, em duas cópias,
ao Engenheiro para aprovação, antes de começar a fabricação. O
Empreteiro será responsável pela conferência e precisão das dimensões,
quer as gerais quer as parciais, e por todos os detalhes de execução e a
sua aprovação pelo Engenheiro não retira ao Empreteiro a sua
responsabilidade.
7.5. Substituição de perfis
No caso de impossibilidade de se conseguir, dentro de um prazo
razoável que ponha em causa o prosseguimento da obra, o
fornecimento de qualquer perfil, a sua substituição poderá ser
considerada quer para aumento quer para diminuição das secções, mas
tal substituição deverá sempre ser aprovada por escrito pelo Engenheiro.
As substituições aprovadas serão consideradas variações ao contrato
original.
7.6. Preços unitários
Os preços unitários para trabalhos de serralharia devem incluir tudo o
necessário para que se cumpram as especificações atrás definidas e
para qualquer corte em comprimento, elevação e montagem em
posição, perfurações, soldadura, etc, como descritos.
7.7. Ligações em peças galvanizadas
As ligações em peças galvanizadas serão por aparafusamento, e
somente em casos excepcionais serão aceites soldaduras na obra,
carecendo as mesmas de aprovação pelo Engenheiro, e sendo o
acabamento conforme o indicado.
7.8. Trabalhos de serralharia em grades de protecção e portões metálicos
Nas posições indicadas serão colocadas grades em barra de ferro, com
acabamento a tinta de esmalte sobre primário adequado à base
metálica, pintadas e acabadas antes de colocadas em posição.
Apenas será pemitido fazer pequenos retoques após a montagem.
Serão executados, segundo os desenhos de pormenor, tendo
acabamento a tinta de esmalte nas mesmas condições que as grades
de protecção.
8. OBRA DE VIDRACEIRO
Todo o vidro a utilizar na obra será liso, sem defeitos, do tipo “FLOAT
GLASS”, nas espessuras indicadas nos mapas de vãos, sendo a espessura
mínima de 4mm.
8.1. Vidro transparente
Será instalado vidro transparente de 4 mm de espessura, em todas as
janelas de abrir ou não, onde a área seja menor que 2m2 e de 6mm em
superfícies superiores, em conformidade com especificado nos detalhes
e mapas de vãos.
8.2. Rede mosquiteira
A rede mosquiteira a ser colocada em batentes de janelas e em portas,
conforme o mapa de vãos deverá ser em aço inox ou do tipo fosforada,
caso o projecto assim indique. Será esticada de forma a passar os
parâmetros fixados pelo vão, pregada com tachas, de seguida pregada
a ripa de sobreposição e por fim cortada rente a ripa.
8.3. Critério de medição
A medição será por metro quadrado. Encontra-se, compreendido o
preço de todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua execução
e aplicação, salientando-se os seguintes:
a. O fornecimento e assentamento de vidros e redes.
b. O fornecimento de acessórios e sua aplicação.
9. FERRAGENS
Todas as ferragens a utilizar na obra serão do tipo, dimensões e
acabamentos descritos nestas especificações, mapas de acabamentos
e desenhos.
9.1. Chaves e chaveiro
Todas as fechaduras serão fornecidas com duas chaves, exceptuando
as que dão acesso ao exterior (entrada principal, secundária, etc) que
serão três.
Todas as chaves e fechaduras serão gravadas com os respectivos
números e numerados consecutivamente.
9.2. Fechaduras e cadeados
Todas as fechaduras e cadeados serão indicados nos desenhos ou
medições ou similar, adequadas ao tipo de mecanismo e ao tipo de
abertura pretendida, sendo assentes segundo as recomendações do
fabricante e indicações nos desenhos.
9.3. Ferragens de portas e janelas
O empreteiro deverá fornecer e montar nas posições respectivas, todas
as ferragens que se descrevem nos mapas de portas, janelas,
acabamentos e outros desenhos, tais como fechaduras, manípulos,
dobradiças para portas e janelas, tranquetas e reguladores para janelas,
fechaduras para armários, toalheiros e varão para chuveiro, etc.
As ferragens a usar são da marca indicada, adequadas ao tipo de
mecanismo e ao tipo de abertura pretendida, sendo assentes segundo
as recomendações do fabricante e indicações nos desenhos.
9.4. Dobradiças em portas e janelas
Todas as portas e janelas serão equipadas com dobradiças em latão
maciço, segundo as indicações.
9.5. Critério de medição
A medição será por metro quadrado. Encontra-se, compreendido o
preço de todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua execução
e aplicação, salientando-se os seguintes:
a. O fornecimento e assentamento de parafusos, porcas,
anilhas, etc.
b. O fornecimento de acessórios e sua aplicação.
10. COBERTURA
10.1. Inclinação
Toda cobertura deverá ter sua inclinação conforme o projecto. A
execução da estrutura dos telhados e assentamento das telhas deverá
ser feita de acordo com as especificações dos respectivos fabricantes.
Todos os vazamentos deverão ser sanados tão logo assim que
identificados. Quaisquer outros materiais ou trabalhos danificados devido
a vazamento no telhado deverá ser reparado às custas do empreiteiro.
10.2. Chapas do tipo “IBR”
Conforme for a previsão do projecto, quando se assente chapa
canelada em zinco do tipo “IBR”, a mesma terá inclinação mínima de 2%
sendo fixa de acordo com os desenhos de pormenor e segundo as
especificações do fabricante e com a onda de sobreposição lateral
oposto à direcção dos ventos predominantes.
10.3. Estrutura de cobertura metálica ou em madeira aparelhada
A estrutura de sustentação da cobertura deverá ser feita ou em estrutura
metálica ou em madeira da melhor qualidade tratada, fornecida e
assente nas secções indicadas no projecto. As peças deverão ser
uniformes, resistentes e sujeitas a aprovação pela Fiscalização.
O metal a usar serão varões, barras, cantoneiras, perfis, etc, nas
dimensões e secções conforme os desenhos de pormenor, sendo as
ligações muito bem feitas e feitas de acordo com o regulamentado para
a área.
10.4. Canaletes e testas de protecção
Os canaletes e as testas de protecção deverão ser feitas em chapa de
aço galvanizado com espessura mínima de 1.0 mm (recomeda-se o uso
da chapa de 3mm de espessura ou próxima), com o menor número de
emendas possível. Todas as emendas deverão ser completamente
estancadas. Serão sustentadas pela estrutura da cobertura, metalica ou
em madeira e ou sobre empenas, conforme indicado em detalhes.
10.5. Critério de medição
Vigas em metal e madeira:
A medição será por metro linear de vigamento realmente assente.
Encontram-se compreendidas no preço deste artigo todos os trabalhos e
fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação,
salientando-se os seguintes:
a. O fornecimento dos vigamentos da estrutura constituíndo
varas, madres, fileiras, frechas e vigas.
b. O assentamento dos vigamentos.
c. As sambladuras e ferragens de ligação.
d. O tratamento do metal e madeira.
e. O aparelhamento e aplainamento da madeira.
f. Todos os cortes e remates necessários.
Telhas e chapas de cobertura
A medição será por metro quadrado de cobertura realmente assente.
Encontra-se compreendido no preço destes artigos todos os trabalhos e
fornecimentos necessários à sua execução e aplicação, bem como o
fornecimento e instalação de todos os acessórios tais como ripas, pregos,
chapas de vedação, etc.
11. PINTURAS
11.1. Pintura a tinta de água
A tinta a aplicar será de base aquosa, própria para aplicação sobre
reboco de cimento, e resistente ás intempéries e aos impermeabilizantes
de fabrico de reconhecida qualidade. A tinta deverá dar entrada na
obra em embalagens de origens e será de cor a escolher pela
Fiscalização antes do início do trabalho.
11.2. Pintura a tinta esmalte
A tinta esmalte a aplicar deverá ser de base oleoginosa, resistente a
intempéries e de fabrico de reconhecida qualidade. A tinta deverá dar
entrada na obra em embalagens de origem e será da cor a escolher
pela Fiscalização. O esquema de aplicação dos produtos de base e da
tinta será fornecido pela Fiscalização antes do início dos trabalhos.
11.3. Pintura em superfície metálica
A superfície deverá estar limpa, isenta de focos de corrosão, partes
soltas, etc. aplicar a tinta primária logo após o término da preparação
da superfície de maneira que a espessura final da câmada primária seja
da ordem de 20 microns. Após a secagem do primário, aplica-se uma
camada de tinta intermediária específica para superfícies metálicas
com espessura da ordem de 40 microns. A câmada final deverá ser
aplicada em duas demãos conforme instruções do fabricante da tinta.
As cores serão definidas pela Fiscalização.
11.4. Critério de medição
A medição será por metro quadrado de superfície acabada, para o caso de
paredes. A pintura de portas e janelas deverá estar inclusa no preço do
fornecimento das mesmas. Encontram-se compreendidos no preço deste
artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e
aplicação, salientando-se os seguintes:
a. O fornecimento do material de isolamento e da tinta.
b. A aplicação do isolamento sobre a superfície a pintar.
c. A aplicação da tinta, nas demãos necessárias, qualquer
que seja a natureza e aspereza da superfície a pintar.
d. A execução das amostras para a afinação das cores.
12. TIJOLEIRAS, MOSAICOS E AZULEJOS 12.1. Geral
As tijoleiras, os mosaicos e azulejos deverão ser do tipo e cor conforme
estabelecido nas plantas do projecto, com dimensões exactas,
perfeitamente planoa, isentas de rachaduras ou outros defeitos e com
coloração uniforme.
12.2. Preparação da superfície
As tijoleiras e mosaícos deverão ser assentados sobre argamassa de
regularização bem seca, com no mínimo 21 dias de idade. A superfície
deverá estar isenta de graxa, poeira, partes soltas e quaisquer outros
elementos que possam comprometer a adesão do cimento cola.
12.3. Assentamento
As tijoleiras, os mosaicos e azulejos cerâmicos deverão ser assentados peça
por peça, utilizando cimento adesivo na marca a ser aprovada pela
Fiscalização. O assentamento deverá seguir rigorosamente as instruções
constantes em cada saco de cimento adesivo.
NB: Seguir instruções do fornecedor.
12.4. Limpeza e protecção das superfícies
Uma vez decorrido 24 horas após o rejuntamento das tijoleiras e dos
mosaicos, os pisos deverão ser cuidadosamente lavados com água e sabão.
Nos pontos onde tenha sido formado uma camada de cimento, deve-se
lavar com uma solução de ácido hidroclorídrico e água na proporção de
1:10. Antes da aplicação desta mistura ácida, as juntas deverão ser
protegidas através do ensopamento das mesmas com uma solução de
água limpa com sabão.
12.5. Critério de medição
A medição será por metro quadrado. Encontram-se compreendidos no
preço destes artigos todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua
boa execução e aplicação, salientando-se os seguintes de entre os
trabalhos e fornecimentos a efectuar, os que abaixo se indicam:
a. O fornecimento de tijoleiras, azulejos e mosaicos.
b. O assentamento das peças conforme indicação do
projecto e da Fiscalização.
c. Os cortes e remates necessários.
d. A aplicação da argamassa de nivelamento e regularização
por sobre os pisos de betão para aplicação dos mosaicos.
13. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
13.1. Sanita sifônica com autoclismo baixo em porcelana
Único deverão ser assentes de acordo com indicações do fornecedor,
e/ou fabricante.
13.2. Lavatório de porcelana
Único deverão ser assentes de acordo com indicações do fornecedor,
e/ou fabricante. 13.3. Sanita Turca com autoclismo baixo em porcelana
Único deverão ser assentes de acordo com indicações do fornecedor,
e/ou fabricante. Vaso sanitário estilo turco disposto próximo do nível do
chão. Seu nome, também conhecido como alaturka, deriva da sua
grande utilização na Turquia mas também é utilizado em banheiros
públicos.
13.4. Medição
Sanitas, lavatórios, urinóis, porta rolos, porta sabões, secadores de mão,
etc.
A medição será por unidade assente ligada ao esgoto. Encontram-se
compreendidos, no preço destes artigos os trabalhos e fornecimentos
necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se os
seguintes:
A medição será feita por unidade assente e funcionando.
14. ABASTECIMENTO E ESGOTOS DE ÁGUA 14.1. Geral
Todo o serviço de tubagem deverá ser executado de acordo com o
projecto e por operários experientes neste tipo de serviço. Os roços em
paredes, pisos, tectos falsos, etc, deverm ser arrematados após a fixação
dos tubos. Tubos expostos deverão ser fixados com capricho, com um
mínimo de 12 mm de folga em relação à parede acabada, em linha
recta, paralelos uns aos outros, com todos os acessórios correctamente
instalados.
14.2. Tubagem de ferro galvanizado
Tubagem de água em ferro galvanizado deverá ser da melhor
qualidade, rosquedos, galvanizados externa e internamente. O
fornecimento da tubagem deverá ser completa, incluíndo todas as
curvas, joelhos, três, etc. Tubagem externa deverá ser fixada às paredes
com braçadeiras metálicas maleáveis numa distância máxima de 1.2 m
para tubos de até 50 mm de diâmetro e 1.8 m para tubos maiores que 50
mm de diâmetro.
14.3. Válvula de cunha em latão
As válvulas de cunha serão em latão e instaladas nos locais indicados
nos desenhos de pormenor e terá o diâmetro da tubagem em que se
inserta.
14.4. Electrobombas
Será instalada de acordo com indicações do hidraúlico e de inido no
locala da obra.
14.5. Tanques de Água
Será instalado de acordo com as instruções do Engenheiro civil,
hidráulico ou o Fiscal da obra
14.6. Critério de medição
14.6.1. Tubabem de ferro galvanizado
A medição será por metro linear de tubagem. Encontram-se
compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos
necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se os
seguintes:
a. A abertura e o tapamento de roços e atravessamentos em
elementos de betão armado.
b. A abertura e o tapamento de valas e transporte dos
produtos sobrantes para vazadouro.
c. O fornecimento e assentamento de tubagem de série
reforçada para água sob pressão.
d. Os dispositivos de fixação da tubagem quando esta não se
encontra tapada.
e. Todos os acessórios e todas as ligações a torneiras ou
elementos.
14.6.2. Torneiras e válvulas
A medição será por unidade instalada e funcionando. Encontram-se
compreendios no preço destes artigos todos os trabalhos e
fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação,
salientando-se os seguintes:
a. A abertura de caixas para as torneiras e válvulas e o
respectivo tapamento.
b. O fornecimento e assentamento da torneira.
c. A ligação da torneira ao ramal de abastecimento.
d. Os trabalhos complementares necessários.
14.6.3. Bombas de água
A medição será por unidade. Deverá estar incluso o fornecimento e
instalação. Inclui também o fornecimento e instalação dos dispositivos
eléctricos para medição de nível de água e acionamento da bomba
(bóia eléctrica).
15. INSTALAÇÃO ELÉCTRICA
15.1. Geral
A instalação eléctrica faz parte do contrato, sendo obrigação do
Empreteiro assegurar-se de que os trabalhos de abertura e fechamento
de roços nas paredes ou outros elementos são feitos antepadamente.
15.2. Responsabilidade e coordenação
O Empreteiro é responsável pela coordenação dos trabalhos se tal for
feito em regime de sub-empreitada. Não poderá, portanto, recusar-se a
corrigir qualquer defeito que aquela sub-contratada venha a produzir ou
causar.
15.3. Medição
A medição será por unidade instalada ou metro linear conforme o caso.
Deve compreender preços de todos artigos, trabalhos e fornecimentos
necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se os
seguintes:
a. A abertura de roços para a tubagem e o respectivo
tapamento.
b. O fornecimento e assentamento de vário material e aparelhos.
c. A ligação dos enfiamentos e aprelhos aos respectivos circuitos.
d. Os trabalhos complementares necessários.
16. PAISAGISMO E ARRANJOS EXTERIORES
Os trabalhos de paisagismo serão na área de jardinagem com
fornecimento e assentamento de relva, plantas e vasos, conforme
especifica o projecto e revestimento do piso com bloco do tipo pave e
tijoleira ceramica.
O Empreteiro coordenará o trabalho de paisagismo e assistirá a sub-
contratada, se assim for, na execução do seu trabalho no que diz respeito
a arrumação de ferragens e materiais, regas diárias até à entrega da
obra (segundo indicações técnicas da sub-contratada), remoção de
andaimes, equipamento, etc, e asseguramento que o pessoal não
danificará o trabalho de jardinagem executado ou em progresso.
17. DISPOSIÇÕES FINAIS
Em tudo omisso no presente documento, observar-se-á o disposto na
Portaria 555/71 de 12 de Outubro e Decreto Lei nº 48871 de 19 de
Fevereiro de 1969, bem como restante legislação aplicável relativa à
construção, serviços e instalações públicos, pessoal, segurança social,
trabalho higiene e medicina no trabalho, em vigor na República de
Moçambique.
MAPAS DE QUANTIDADES
CATÁLOGOS