CONTOS BARZÍSTICOS

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CONTOS BARZÍSTICOS SARA, MEU AMOR! Guilherme Augusto Zacharias Mais uma do ‘Real Grupo do Empina Cotovelo’. Rolava um almoço de sábado na casa de um dos membros do ‘Real Grupo’, quando, pelas tantas, Belmiro Mollica, funcionário público aposentado e barbeiro nas horas vagas, um dos mais antigos membros da confraria, já chamando urubu de meu louro, deu de cara com uma vassoura de piaçaba, de ponta cabeça, encostada à parede do banheiro onde fora aliviar a bexiga.

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SARA, MEU AMOR!

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CONTOS BARZÍSTICOS

SARA, MEU AMOR!

Guilherme Augusto Zacharias

Mais uma do ‘Real Grupo do Empina Cotovelo’.

Rolava um almoço de sábado na casa de um dos membros do

‘Real Grupo’, quando, lá pelas tantas, Belmiro Mollica,

funcionário público aposentado e barbeiro nas horas vagas, um

dos mais antigos membros da confraria, já chamando urubu de

meu louro, deu de cara com uma vassoura de piaçaba, de ponta

cabeça, encostada à parede do banheiro onde fora aliviar a

bexiga.

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-Sara, meu amor!!!! – berrou Mollica, identificando na vassoura

uma antiga paixão amorosa e já se abraçando à ‘amada’.

Do banheiro, Mollica levou ‘Sara’ para dançar, o que fez durante

quase uma hora, até que alguns convivas o demovessem da ideia

de continuar com o baile particular.

Consta que, no dia seguinte, o apaixonado pé de valsa tentava se

lembra com quem havia dançado ‘a tarde toda’ na casa do

amigo.