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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714. Alfenas/MG. CEP 37130-000 Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO CONSUMO DE PAPEL A4 E DE PRODUTOS DE LIMPEZA PARA A UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS Discentes: Bárbara E. P. Mendes Camila M. Pernambuco Elisa M. Monteiro Leonardo U. da Mata

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG

Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714. Alfenas/MG. CEP 37130-000

Fone: (35) 3299-1000 . Fax: (35) 3299-1063

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO CONSUMO DE PAPEL A4 E DE PRODUTOS

DE LIMPEZA PARA A UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

Discentes:

Bárbara E. P. Mendes

Camila M. Pernambuco

Elisa M. Monteiro

Leonardo U. da Mata

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Alfenas, 2013

ÁREA DE ESTUDO

A Universidade Federal de Alfenas UNIFAL, originalmente Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas - EFOA, foi fundada no dia 03 de abril de 1914 e em 2005 foi transformada em Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL-MG. Além do campus central que se localiza na cidade de Alfenas no estado de Minas Gerais, a Universidade conta com mais três: o campus II em Alfenas, um campus em Varginha, MG e outro em Poços de Caldas, MG.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO CONSUMO DE PRODUTOS DE LIMPEZA

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

Os produtos de limpeza são componentes essenciais para o modo de vida da população atual. Mas estes causam um impacto ambiental que não é levado em conta pela maioria das pessoas. Muitos destes produtos geram resíduos que vão parar no ambiente, poluindo os corpos d’agua e o solo.

Em cidades, como Alfenas, na qual ainda não foi implantada uma estação de tratamento de esgoto, todo o esgoto é despejado em corpos d’água. Este despejo é um dos fatores de alteração do ecossistema de corpos d’água próximos de áreas urbanas (Camargo, A.F.M., Bini, L.M. e Schiavetti, 1995). Mesmo que essa falta de infraestrutura não seja culpa direta da população e das instituições, isso não muda o fato de todos contribuírem para esse impacto. Outro ponto negativo sobre a cidade é que os projetos para a recuperação das áreas degradadas pelo antigo lixão municipal, assim como para o início da adequação de um novo aterro sanitário conforme as normas da Política Nacional de Resíduos Sólidos só tiveram início em 2012.

No caso da UNIFAL, o uso de produtos de limpeza é grande devido ao seu tamanho e da quantidade de gente que circula em suas instalações, requerendo assim uma limpeza constante e aumentando a sua parcela nos impactos tanto na água quanto no solo.

De acordo com um levantamento feito na UNIFAL em 2011 foram gastos mais de R$ 129.600 com produtos de limpeza e de higienização. Já em 2012 esse gasto teve um aumento de quase 60%, subindo para R$ 207.026. Neste estudo observou-se também que do total de produtos utilizados em 2012, aproximadamente 60.118,07; 6.164 são detergentes e saponáceos. A fabricação própria deste tipo de mercadoria pode gerar uma substituição em 14% dos produtos desta linha, isso se substituirmos apenas os sabões em barra fora os detergentes e saponáceos em pó.

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Com o objetivo de sugerir a implantação de um sistema de gestão ambiental voltado aos produtos de limpeza, oito produtos foram selecionados com base em duas listas de 2011 e 2012 obtidas no Almoxarifado que dispunham o consumo estatístico mensal e a projeção anual de todos os produtos utilizados na faculdade.

2011 2012Produto Consumo

mensalProjeção Consumo

mensalProjeção

Desinfetante Pinho (frasco com 500mL)

95.11 1.141.32 87.12 1.045.48

Água Sanitária (embalagem com 21)

65.11 781.32 90.25 1.082.96

Limpa vidros (embalagem com 500 mL)

27.20 326.37 26.63 319.56

Limpador instantâneo multiuso (frasco com 500mL)

64.78 777.36 71.51 858.08

Detergente 456.59 5479.12 413.59 4963.07Sabão de barra, composição básica sais + ácidos graxos, tipo neutro

43.02 516.26 73.81 885.70

Esponja de nylon dupla-face

268.60 3.223.19 257.51 3.090.08

Saponáceo em pó (frasco com 300 g)

26.12 313.52 26.30 315.62

Tabela de produtos selecionados e seu consumo mensal e projeção de 2011 e 2012.

DESCRIÇÃO GERAL DOS PRODUTOS

Agrupamos e dividimos os produtos de acordo com o tipo de impacto mais comum em três categorias: os saponáceos (incluindo os detergentes, sabão em barra e sabão em pó), os resíduos plásticos (incluindo a esponja e as embalagens plásticas) e os desinfetantes. Delimitamos o desenvolvimento de um Sistema de Gestão direcionado para o impacto específico pela utilização desses produtos pela UNIFAL, considerando que sua redução diminuirá os diferentes impactos causado na produção de cada um.

Saponáceos.

A fabricação de sabões com gordura animal é uma prática muito antiga cujas primeiras datações citam 2.800 a.C. na Babilônia. O detergente começou a ser desenvolvido bem mais tarde, em 1890, quando o químico alemão A. Krafft descobriu que pequenas cadeias de moléculas ligadas ao álcool funcionavam como sabão.

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Os compostos que constituem a base dos detergentes são: agente umedecedor, que são os tensoativos; agente complexante e uma base para neutralizar os ácidos presentes na solução. (COSTA et. al, 2007)

Os tensoativos são o elemento base do detergente. Eles têm a propriedade de reduzir a tensão superficial dos líquidos, principalmente da água, facilitando a formação e estabilização de soluções coloidais, de emulsões e de espuma no líquido.

Outro tipo de composto muito utilizado na composição do detergente são os fosfatos inorgânicos. Eles neutralizam os íons metálicos presentes na água como cálcio ou magnésio, reduzindo a dureza da água e mantendo o meio alcalino para que a sujeira não volte a se fixar nos tecidos, facilitando o trabalho dos tensoativos. (SOUZA, CARDOSO, NETO, 2010)

Os fosfatos quando liberados no ambiente agem como nutrientes. Geralmente essa disposição está ligada aos saponáceos e detergentes em pó. Esse descarte geralmente vai para águas estagnadas de lagos ou reservatórios resultando em um crescimento excessivo de algas levando a eutrofização do ambiente. (SOUZA, CARDOSO, NETO, 2010)

Na água existem microorganismos que produzem enzimas degradantes de moléculas da cadeia carbônica linear característica dos sabões. Essas enzimas não são capazes de reconhecer as cadeias ramificadas presentes nos detergentes, por isso permanecem na água ocasionando a poluição.

A permanência desses compostos em grande quantidade na água pode gerar também os chamados “cisnes-de-espuma”. Elas impedem as trocas gasosas reduzindo o oxigênio disponível na água, afetando os organismos aeróbicos aquáticos.

Outra consequência dessa poluição é a retirada da substância oleosa presente nas penas, fabricada pelas aves através da glândula uropigiana. Essa substância tem a função de impermeabilizar as penas impedindo que a água as encharque. Quando essa substância é retirada, as penas se molham e ficam pesadas, permitindo que as aves afundem e podendo causar a morte por afogamento.

Como sabemos, em nossa cidade está sendo implantada uma estação de tratamento de esgoto pela COPASA, porém nem todo esgoto está sendo tratado atualmente. Parte do esgoto produzido pela população ainda é lançado na Represa de Furnas gerando problemas de eutrofização em determinados pontos de desague dos efluentes. Nosso objetivo é contribuir para a redução desses efluentes contaminados substituindo os produtos utilizados atualmente por produtos biodegradáveis ou menos impactantes e reduzir o uso desse tipo de produto em até 10% até 2014.

Resíduos plásticos.

O principal componente das esponjas sintéticas é a espuma de poliuretano, o material que lhe dá a leveza característica. Essa leveza é o produto de um intenso trabalho químico, obtida pela reação entre moléculas que contêm um grupo álcool e outras com grupos

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isocianato, que se ligam fortemente. Um líquido volátil é adicionado produzinho bolhas no plástico e tornando-o leve. Esses polímeros também são utilizados na fabricação de espumas que preenchem assentos de carros, em revestimento à prova de som, painéis isolantes e etc.

O descarte desse material é um problema ambiental, pois mesmo quando descartado em aterros sanitários (que não é o caso de Alfenas) levam centenas de anos para decompor-se. Por serem plásticos termorrígidos, os seus fragmentos não podem ser derretidos e fundidos novamente para serem aproveitados em um material plástico do mesmo tipo.

Assim como as embalagens plásticas dos desinfetantes, detergentes, limpa vidros, limpador multiuso, dos sabões em barra e da própria esponja, como não se degradam facilmente no meio ambiente, poluem o solo e, principalmente os oceanos, formando verdadeiros entulhos na natureza. Nos mares, a massa plástica dificulta a troca de oxigênio da atmosfera com a água, o que causa a morte de animais. Estes morrem também ao consumir pedaços de plástico por engano.

Desinfetantes e água sanitária.

Os principais componentes dos desinfetantes são os ingredientes ativos (como o orto- benzil p- clorofenol e o orto fenil fenol), formol, sabão, óleo de pinho, solvente, estabilizante, sequestrante e corante.

Sua função é eliminar bactérias, germes e fungos. Alguns desinfetantes possuem, assim como a água sanitária, possuem substâncias a base de cloro. O cloro em pó ou em pastilhas usado para desinfecção de piscinas contêm estabilizadores e outras substâncias muito prejudiciais como o mercúrio e outros metais pesados. Estes metais pesados não só contaminam a água da piscina, mas também, as águas subterrâneas, através das descargas da água de lavagem do filtro de areia, chegando aos oceanos. Outras substâncias derivadas do cloro como as cloroaminas, ou os organoclorados, além de cancerígenas, têm a capacidade de se acumular na cadeia alimentar prejudicando a fauna e podendo intoxicar os seres humanos pela ingestão de frutos do mar (Hermann, 2006).

A reação química resultante da soma dos ínumeros produtos despejados pioram a situação de poluição dos rios, lagos, mares e oceanos. Os produtos de limpeza mais comuns como detergentes, sabão em pó, amaciante, sabonetes, shampoos, cremes dentais, desinfetantes, limpa-vidros, água sanitária (com 2% de cloro ativo), amoníaco são responsáveis por uma grande parte dessa poluição. Essa combinação potencializa os impactos sobre a qualidade das águas e consequentemente sobre a fauna e flora dos ecossistemas, além de aumentar o perigo para as populações que consumirem estas águas ou consumirem esses animais aquáticos posteriormente (Branco, 1990).

A manipulação de agentes químicos como os desinfetantes no dia-a-dia tornou-se muito comum e, muitas vezes, os cuidados que deveriam ser tomados são desconsiderados, aumentando o risco de comprometimento da qualidade de vida de toda a sociedade. Além de poluir o meio ambiente, também pode causar problemas de saúde para o consumidor. A

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melhor forma de controle de produtos domésticos é aquela feita pelo próprio usuário, que deve estar motivado a agir de acordo com seus valores humanos e sociais (CORRÊA, 2005).

Outro impacto ambiental dessa categoria de produtos é a embalagem, que assim como as esponjas, constituem resíduos sólidos plásticos de difícil degradação no meio ambiente.

PLANEJAMENTO AMBIENTAL

Para fazer o planejamento ambiental, reagrupamos os produtos de acordo com os resíduos gerados e lançados pela UNIFAL, o que nos possibilitou, como vimos nas descrições anteriores, organizá-los entre aqueles que geram resíduos sólidos e aqueles que geram resíduos líquidos.

OBJETIVOS E METAS

Nosso objetivo geral é reduzir a geração e emissão de resíduos líquidos e sólidos na circunvizinhança. As metas consistem em reduzir a geração de resíduos sólidos em 20% e a emissão de resíduos líquidos contaminados em 10% até 2014.

PROGRAMAS

Nossas sugestões para alcançar as metas envolvem a elaboração de planos de treinamento de uso consciente para os funcionários da limpeza, a pesquisa por produtos menos impactantes no mercado e a substituição quando viável, além do envio de embalagens para reciclagem ou elaboração de programas de reciclagem dentro do espaço da universidade (também dependendo da viabilidade).

O treinamento dos funcionários pode ser feito através de palestras ministradas pelos estudantes de Biologia explicando a magnitude dos impactos específicos dos produtos utilizados a fim de incentivar uma efetiva consciência ambiental.

A pesquisa de mercado e o cálculo de viabilidade para substituição por produtos menos impactantes e envio das embalagens para o centro de reciclagem mais próximo poderiam ser desenvolvidos como um trabalho de disciplina nas áreas de matemática ou estatística, tanto pelos estudantes de Biologia quanto por de outros cursos dessas áreas, promovendo a interdisciplinaridade.

A implementação de programas de reciclagem na universidade pode se tornar viável pela organização de oficinas ministradas por especialistas convidados e por oficinas oferecidas pelos alunos e direcionadas para a comunidade. Em parelelo, palestras e outras campanhas sobre a conscientização dentro e fora universidade podem ser elaboradas pelos próprios alunos.

No caso dos detergentes e saponáceos, sugerimos também a implementação de um programa para incentivar a produção de sabão ecológico na e para a universidade. Várias

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oficinas de fabricação de sabão, feito a partir de óleo de cozinha doado pela população, são desenvolvidas na própria universidade pelo PET BIOLOGIA. Podem ser criados vínculos com cursos da instituição para a disponibilização de estágios nesta área como controle de qualidade e melhoramento na produção e fabricação (interdisciplinaridade).

INDICADORES

Os indicadores para conferir o desempenho estão relacionados à porcentagem de empregados treinados, o número de produtos que foram substituídos e, o principal indicador, a redução no custo anual com esses produtos.

TABELAS DO PLANEJAMENTO PARA AS CATEGORIAS DE RESÍDUOS LÍQUIDOS E SÓLIDOS

ASPECTOS IMPACTOS OBJETIVOS METAS PROGRAMAS INDICADORES

Emissão de efluentes com alto teor de fósforo

Formação de espuma branca

Reduzir a emissão desses efluentes pela

UNIFAL

Reduzir o uso desses produtos em até 10% até

2014

Elaborar planos de treinamento

de uso consciente para os funcionários

da limpeza

% de empregados

treinados

Contaminação de mananciais e lençóis freáticos

Substituir os produtos utilizados

atualmente por produtos

biodegradáveis ou menos

impactantes

Procurar no mercado

produtos com a mesma função e que sejam menos

impactantes e calcular a

possibilidade financeira de substituí-los pelos atuais

Número de produtos que

foram substituídos

Eutrofização

Redução no custo mensal com

esses produtos

CATEGORIA: RESÍDUOS LÍQUIDOS (Saponáceos, desinfetantes e água sanitária)

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ASPECTOS IMPACTOS OBJETIVOS METAS PROGRAMAS INDICADORES

Geração de resíduo sólido

Poluição de corpos de água, mares e oceanos

Reduzir a geração pela

disposição final inadequada das embalagens ou do produto em

si

Atingir 20% de redução da

geração total até 2014

Elaborar planos de treinamento

de uso consciente para os funcionários

da limpeza a fim de reduzir a

quantidade de produtos utilizada

% de empregados

Treinados

Dificulta a troca de oxigênio

entre a água e a atmosfera

Pesquisar a viabilidade de armazenar os produtos para

levá-los ao centro de

reciclagem mais próximo

Redução no custo mensal

com esses produtos

Contaminação de animais

Pesquisar a possibilidade de

uma colaboração com

os catadores locais de plástico

% de embalagens recicladas na universidade

Massas de entulho na água

e no solo

Elaborar um programa de

reciclagem não industrial na universidade que integre a

comunidade de Alfenas (escolas de ensino médio e fundamental)

CATEGORIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (Esponja de nylon e embalagens plásticas)

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SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO CONSUMO DE PAPEL A4

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

INTRODUÇÃO

Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (BRACELPA), a produção de celulose no Brasil teve um aumento de 2,8% no primeiro bimestre de 2013 se comparada com o mesmo período de 2012. Em relação ao papel propriamente dito, o crescimento foi de 1,6%. A produção de papel nesse período chegou a 1,7 milhões de toneladas e de 2,4 milhões de toneladas de celulose.

Além disso, houve aumento na taxa de exportação de 0,9% quanto comparada com o primeiro bimestre de 2012 totalizando US$ 1,1 bilhão. Foram exportadas 1,4 milhão toneladas de celulose e 298 mil toneladas de papel.

Já no mercado interno, foram comercializadas 877 mil toneladas de papel e 276 mil toneladas de celulose no período, com altas respectivas de 7% e 5,3%, em relação aos mesmos meses de 2012.

Esses dados indicam que mesmo com a era digital e informatizada em que vivemos, o consumo de papel é expressivo e sua produção tem crescido consideravelmente. Em termos econômicos os benefícios são bem vistos, mas em termos ambientais as atividades da indústria de papel e celulose geram grandes impactos.

O processo de polpação que pode ser feita química ou mecanicamente objetiva separar as fibras da maneira e melhorar suas propriedades durante a fabricação do papel. O processo de polpação predominante no mundo é o processo químico kraft, as toras de madeira são submetidos à reação com uma solução contendo hidróxido de sódio (NaOH) e sulfeto de sódio (Na2S) (Santos et al, 2001).

Devido à coloração escura da polpa, o processo de branqueamento é necessário para a fabricação de alguns tipos de papel. O processo de branqueamento da celulose consiste na retirada da lignina residual (responsável pela coloração escura. Entre um estágio de branqueamento e outro, a polpa é lavada com grande quantidade de água (Santos et al, 2001).

Além disso, essa atividade é uma das que mais utiliza água e energia. Para a fabricação de 1 tonelada de papel utiliza-se cerca de 50m3 de água (em circuito fechado) e 3.125 kW/h de energia (Super Interessante, 2007).

O papel é amplamente utilizado em todos os segmentos da sociedade, um desses segmentos são as Universidades. Nesses locais, há um uso excessivo de papel para imprimir documentos, ofícios, certificados, processos, protocolos, entre outros, sendo possível verificar, muitas vezes, desperdícios.

Assim, esse trabalho tem por objetivo avaliar o consumo de papel sulfite A4 na Universidade Federal de Alfenas – MG, visando à criação de medidas e programas que possam reduzir o consumo desse material.

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METODOLOGIA

A avaliação do consumo foi realizada no campus central da Universidade, sendo que as informações foram obtidas através de um questionário contendo três questões básicas que perguntavam sobre a média de impressões mensais (dependendo do conhecimento dos funcionários), se é costume imprimir frente e verso e se há muito desperdício de papel por conta de erros. Além disso, foi feito o levantamento dos gastos gerais com papel em 2010, 2011, 2012 e suas respectivas quantidades.

Foram escolhidos 8 locais (setores e subsetores) de maneira aleatória representados no organograma a seguiu:

RESULTADO DOS LOCAIS ANALISADOS

GASTOS GERAIS

Tabela1: Consumo anual de papel referente aos anos de 2010, 2011 e 2012.

AnoQuantidade de pacotes

com 500 folhasQuantidade

de folhasValor do pacote

em R$Valor total

em R$ (anual)

2010 2853 1.426.500 8,64 24.649,92

2011 3556 1.778.000 8,65 30.759,40

2012 3809 1.905.500 8,63 32.871, 67

Órgãos Suplementares

Organograma dos locais analisados

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Dados fornecidos pela Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Institucional.

GASTOS MENSAIS DOS SETORES ANALISADOS

Tabela 2: Dados obtidos conforme as repostas dos funcionários ao questionário.

Local Quantidade de Impressões (mensais)

Impressões frente e verso

Frequência de erros de impressão

Pró-Reitoria de Administração e Finanças

3 a 5 pacotes de 500 folhas por mês.

Somente alguns

documentos.

Baixa

Setor de Protocolos e Arquivos

1000 impressões mensais de

tamanhos variados

Não Baixa

Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Variam conforme o fluxo de serviço

Não Baixa

Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e

Desenvolvimento Institucional

3 pacotes de 500 folhas cada

Não Alta

Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas

40 pacotes de 500 folhas cada

Pouquíssimos arquivos

Baixa

Departamento de Registros Gerais e Controle

Acadêmico

15 pacotes com 500 folhas cada

Pouquíssimos arquivos

Alta

Agência de Inovação e Empreendedorismo

200 impressões mensais de

tamanhos variados,

Não Baixa

Procuradoria Jurídica 4 a 5 pacotes de 500 folhas por mês.

Somente alguns

documentos.

Baixa

CONCLUSÃO

Houve um aumento de 24,7% nas compras de papel de 2011 em relação a 2010 e de 7,1% de 2012 em relação a 2011. Essa diferença de valores pode ter acontecido em virtude do aumento do número de discentes que cresceu 50% e do número de matrículas dos alunos de pós-graduação que cresceu 122% entre os anos de 2009 e 2011 (UNIFAL).

Mesmo com o aumento do número de alunos, foi verificado que ainda há um gasto excessivo de papel. Quase todas as impressões são documentos que, muitas vezes, tem mais de 300 folhas como alguns pregões cujas impressões são feitas utilizando-se somente um lado da folha.

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Segundo o relato dos funcionários a falta de impressão frente e verso acontece porque a impressora não tem essa e seria inviável fazer isso manualmente. Outro aspecto importante é em relação ao tipo de arquivo impresso, se for um documento, há normas sobre como ele deve ser impresso e a maioria não aceita esse tipo de impressão.

Somente agora, alguns setores adquiriram impressoras com a opção de impressão frente e verso. A Pró-Reitora de Administração e Finanças informou que começaram a imprimir alguns arquivos frente e verso de um mês para cá, porém esses arquivos são minorias.

Outros locais como o DRGCA informaram que há quantidades demasiadamente grandes de erros de impressão resultando em reimpressões devido à falta de manutenção e idade das impressoras que acabam causando erros na hora de impressão.

Como uma tentativa de reduzir os desperdícios, foi observado que alguns locais como a PROPLAN reaproveitam as folhas “erradas” para a elaboração de blocos de anotação. Embora essa medida seja importante, ela é insuficiente para diminuir consideravelmente o consumo de papel.

Outro aspecto levantado foi que em nenhum local pesquisado não há o uso de papel reciclado somente papel “virgem”. A reciclagem dos papéis usados também não foi observada, pois a cidade de Alfenas não possui coleta seletiva. O encaminhamento dos papéis para locais de reciclagem por conta da Universidade, a venda ou doação de papel para os catadores de materiais recicláveis não foi determinado.

Segundo consta no relatório de Gestão da UNIFAL de 2012 referente a 2011, no quesito “a unidade adquiriu bens/produtos reciclados (ex: papel reciclado)”, a Universidade obteve avaliação 1 significando que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da Unidade Jurisdicionada (UJ). Não foram encontrados dados para saber se essa situação se alterou posteriormente, mas olhando os papéis usados nas impressões, a realidade não mudou.

Após todos esses levantamentos, fica evidente que a Universidade Federal de Alfenas necessita de programas que propiciem o uso mais eficiente do papel juntamente com a conscientização dos funcionários para que não haja tanto desperdício de papel e, assim, diminuir os impactos ambientais causados na fabricação, transporte e descarte final indevido desse material.

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PLANEJAMENTO

Dadas as conclusões do diagnóstico, a identificação dos aspectos e impactos é de extrema importância para a elaboração de objetivos e metas que permitam a implementação de programas que visem a redução do consumo exagerado de papel.

LEVANTAMENTO DOS ASPETOS E IMPACTOS

ATIVIDADE ADMINISTRATIVA/ESCRITÓRIO E FABRICAÇÃO DO PAPEL

ASPECTOS: CONSUMO EXAGERADO DE PAPEL

O consumo de papel referente às inúmeras atividades desempenhadas pela UNIFAL, como foi dito anteriormente, aumentou nos anos analisados (2010, 2011, 2012). Quando aumenta a demanda (consumo) de qualquer material, a produção deste tende a aumentar para suprir as necessidades das organizações.

A indústria de celulose e papel já possui inúmeras interações de maioria negativa com o meio ambiente. Quando a produção cresce, a intensidade das interações segue o mesmo caminho e, caso a empresa fabricante não faça um uso racional dos recursos necessários a ela, bem como o uso de tecnologias mais eficientes, o aumento do grau de severidade dessas interações vai degradar cada vez mais a qualidade do ambiente.

Dentre os impactos causados pelas interações resultante do aumento do consumo de papel, podemos destacar: o esgotamento dos recursos naturais, poluição das águas e poluição do ar.

Impacto: esgotamento de recursos naturais

Segundo a BRACELPA, 100% do papel e celulose no Brasil venham de Florestas plantadas. No entanto, essas áreas, muitas vezes, se originam a partir de desmatamentos de grandes áreas causando imensos impactos sobre a fauna e flora, muitas vezes, levando a extinção local das espécies.

Mesmo que as áreas desmatadas sejam reflorestadas, as espécies vegetais usadas para extração de celulose forma grandes blocos homogêneos diminuindo a diversidade animal e vegetal dessas áreas. Por exemplo, o eucalipto apresenta em suas folhas uma substância que impede o desenvolvimento da maioria das espécies vegetais. A maioria das espécies animais não consegue se adaptar nessas “florestas” devido à falta de recursos como alimento e abrigo (Mieli et al, sem referencia de data).

Outro recurso que se perde é a água. Entre um estágio de branqueamento e outro, a polpa é lavada com grande quantidade de água. Segundo a revista Super Interessante, para se produzir 1 Kg de papel, são necessários 540 l. Por isso, a reutilização e reciclagem da água é essencial para diminuir o consumo desse recurso vital para a sobrevivência de todos os organismos.

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Impacto: poluição das águas

O processo de polpação Kraft é responsável pela geração de efluentes com alta demanda bioquímica de oxigênio, turbidez, cor e sólidos suspensos, e baixas concentrações de oxigênio dissolvido (Peralta-Zamora et al, 1996).

Além disso, os efluentes resultantes do processo de branqueamento do papel são fortemente coloridos e contêm muitas substâncias orgânicas, principalmente fenóis clorados com alta resistência à degradação persistindo muito tempo no ambiente (Peralta-Zamora et al, 1996).

As alterações das características físico-químicas da água causadas pelo processo de fabricação do papel apresentam efeito efeitos efeito tóxico e/ou genotóxico para muitos organismos aquáticos. Além disso, a presença de sólidos em suspensão e mudança da turbidez da água diminuem a taxa de luminosidade prejudicando a fotossíntese e, consequentemente, alterando toda a produtividade do ecossistema em questão.

A diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido na água pode prejudicar todos os organismos aquáticos, principalmente as espécies mais sensíveis, causando a morte de vários indivíduos influenciando negativamente em toda a cadeia trófica.

Impacto: Poluição do ar

Na indústria de celulose e papel, a emissão de gases causam grandes transtornos à população situada no entorno devido ao forte odor derivado do enxofre e problemas à saúde humana como irritação nos olhos nariz e garganta bronquite asma etc.

Os principais conteúdos das emissões gasosas são: partículas sólidas; compostos de enxofre total reduzido; óxidos de enxofre e nitrogênio; compostos orgânicos voláteis; cloro e dióxido de cloro (Mieli et al, sem referencia de data).

ASPECTOS: DESCARTE DE PAPEL EM ATERROS E LIXÕES

Quando o papel não é reciclado, ele acaba sendo depositado em aterros ou lixões ou ainda incinerado. Na cidade de Alfenas, até o ano de 2012, não existia aterro sanitário, todo o lixo era depositado no “lixão municipal”, ou seja, todo o papel referente aos anos de 2010, 2011 e parte de 2012 era jogado sem qualquer tratamento nesse lixão.

Em 18 de Maio de 2012, foi inaugurado o aterro sanitário de Alfenas tendo suas atividades iniciadas em 30 de Abril do mesmo ano. O aterro está localizado perto da rodovia MG-179 que liga Alfenas a Pouso Alegre possuindo uma área de aproximadamente 34 hectares distante 12 Km do centro de Alfenas (Alfenas hoje, 2012).

Dentre os principais impactos temos: ocupação do aterro e lixão, aquecimento global.

Impacto: Ocupação do aterro e lixão

Com o descarte de papel indevido em aterros, ocorre um aumento da produção de resíduos sólidos que, juntamente com a falta de reciclagem, acabam por diminuir o tempo de vida útil do aterro (RIMA - Aterro Sanitário de Cuiabá, 2011). Isso também acontece nos lixões, pois são áreas geograficamente limitadas.

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Com a diminuição da vida útil dos aterros e lixões, novas áreas precisariam ser criadas. Novas de lixão implicam em maiores contaminações do solo e água por chorume e metais pesados. No caso dos aterros, a contaminação ocorre em menor escala, mas muitas vezes, é necessário o desmatamento de imensas áreas para sua implantação.

O excesso de peso sobre o solo pode causar o rebaixamento desse fazendo com que o lixo possa vir a atingir o lençol freático contaminando as águas. Se todas as folhas de papel compradas pela UNIFAL fossem jogadas no lixão ou aterro, acrescentaria uma massa de aproximadamente 24 toneladas sobre o solo.

OBS: a massa foi calculada através da equação:

Dados de dimensão e gramatura provenientes do trabalho: “EMISSÕES DE CO2 EQUIVALENTE PROVENIENTES DE ATIVIDADES LIGADAS A ESTÁGIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA” de ELTON CÉSAR DE CARVALHO.

ASPECTO: DECOMPOSIÇÃO DO PAPEL NO “LIXÃO MUNICIPAL”

A decomposição do papel na natureza varia entre três e seis meses. Geralmente, esse tempo ocorre quando o papel está exposto a variáveis ambientais de maneira direta, como nos lixões. Nos aterros, devido à ausência de ar e luz e pela compactação do papel e mistura com outros materiais, a decomposição é bastante lenta. Nos Estados Unidos foram encontrados jornais da década 50 ainda em condições de serem lidos (Papel de escritório - Compromisso Empresarial para a reciclagem).

Embora o lixo de Alfenas esteja sendo colocado em um aterro sanitário, essa atitude é relativamente recente. Devido a isso, o município ainda possui uma grande quantidade de papéis no “lixão municipal” devido à falta de coleta de seletiva. Boa parte desse papel é oriundo da UNIFAL, dada a magnitude do uso de papel.

Impacto: Aquecimento Global

O papel por ser composto por celulose, ao se decompor é fonte de formação de gases. Este material tem ligações mais fracas que outras substâncias como, por exemplo, o óleo, entre os

Dimensão (m2)

Gramatura (g/m2)

Quantidade de folhas

Peso(Kg)

2010 0,297x0,21 75 1.426.500 6.672,812011 0,297x0,21 75 1.778.000 8.320,312012 0,297x0,21 75 1.905.500 8.913,45

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átomos de carbono e os átomos de oxigénio. Quando ocorre a quebra dessas ligações, ocorre a liberação de compostos de carbono, entre eles CO, CO2 e CH4, além de água e hidrogénio (Anexo A - Dissolved Gas Analyses (DGA), Sistema de monitorização de transformadores de potências).

Os compostos de carbonos liberados são causadores do efeito estufa impedindo a dispersão da radiação infravermelha (calor) promovendo o aquecimento da atmosfera no fenômeno conhecido como aquecimento global.

De acordo com a norma IEEE std C57.104-1991, a velocidade de formação dos gases pela decomposição do papel aumenta exponencialmente com o aumento da temperatura e é diretamente proporcional ao volume (Anexo A - Dissolved Gas Analyses (DGA), Sistema de monitorização de transformadores de potências).

OBJETIVOS

Reduzir o desperdício de papel: O papel, por causar grandes impactos no meio ambiente, deve ser consumido de maneira eficiente e racional, por isso reduzir o desperdício é uma importante ferramenta de proteção aos recursos naturais.

METAS PARA O PRIMEIRO ANO DE APLICAÇÃO DOS PROGRAMAS

Reduzir o desperdício em 5%: Através da implementação dos programas, atingir a meta de redução em 5% no primeiro ano de aplicação.

Fazer a troca de 10% das impressoras: muitas das impressoras não possuem a função de imprimir frente e verso ou estão muito velhas. Com o programa Revitalização das impressoras, trocar 10% das impressoras, principalmente dos setores que mais imprimem.

Ao final do primeiro ano, avaliar o desempenho dos programas e verificar se as metas foram atingidas. Caso afirmativo, aumentar a porcentagem das metas iniciais para tentar reduzir mais o desperdício e continuar com as trocas das impressoras até que todas tenham sido trocadas. Caso negativo, incentivar mais os programas, além de criar novos e/ou alterar os existentes.

PROGRAMAS

Programa: Funcionário informado é funcionário consciente.

Conscientizar o funcionário através de:

Palestras ou seminários informando aos funcionários da UNIFAL sobre os gastos nas compras de papel e como uma economia nesses gastos poderia permitir o investimento em equipamentos mais eficientes, em infraestrutura, entre outros.

Promover palestras que mostrem as etapas de fabricação de papel desde o plantio do eucalipto ou pinus até a disposição final, evidenciando todos os impactos ambientais que ocorrem no ciclo de vida desse produto.

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Palestras que mostrem os benefícios na economia do uso de papel para o meio ambiente como a redução da poluição das águas, do ar, economia dos recursos naturais, entre outros além da apresentação de dados informativos como, por exemplo, na economia de 1 tonelada de papel cerca de 10 a 20 árvores são poupadas (USP, 2011).

Programa: Atitudes simples, grandes mudanças!

Banners nos setores que mais gastam papel com dicas como:

Evite erros de impressão com atitudes simples: Antes de imprimir algo, releia o conteúdo para verificar se está tudo conforme o

desejado; Aprenda a configurar sua impressora para evitar erros;

Economize papel com as seguintes atitudes: Imprima frente e verso ou reduzida sempre que possível; Confecção de bloquinhos de rascunho ou anotação com as folhas não mais

utilizadas; Faça anotações a lápis sempre que possível para que possam ser apagadas e o

papel reutilizado.

Programa: Informatização dos dados.

Digitalização de todos os arquivos possíveis e posterior criação de um banco de dados com um sistema de busca eficiente com todos os documentos digitalizados como processos, protocolos, pregões, licitações, ofícios, entre outros, para evitar a impressão.

Sistema online de requerimentos para os alunos a fim de evitar a utilização de fichas de papel bem como sua impressão.

Programa: Revitalização das impressoras.

Programas que visem à troca das impressoras por impressoras que possuam a função de impressão frente e verso e que gastem menos energia e tinta.

Além da troca, é necessário um programa de manutenção às impressoras para que se evitem erros de impressão por problemas relacionados a tinta ou componentes da própria impressora.

Programa: Reciclagem do papel.

Embora a cidade de Alfenas não tenha coleta seletiva, tentar uma associação (doação ou venda do papel) com catadores para que estes possam ser responsáveis por entregar parte do papel que seria descartado a locais apropriados de reciclagem.

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Firmar contratos, se possível, com usinas de reciclagem da região para que o papel descartado possa ser encaminhado até elas e ser reciclado.

Programa: Papel reciclado.

Durante o processo de licitação para a compra do papel, destinar parte dos recursos à compra de papel reciclado, nem que seja em menor quantidade que o papel “virgem”.

Programa: Papel controlado.

Fazer um controle rígido através de planilhas da quantidade de papel que entra e sai, seja por impressão bem sucedida ou erros, de todos os setores da UNIFAL.

INDICADORES

Consumo de papel anual: após a aplicação dos programas, analisar no fim do ano se houve sobra do papel comprado e, caso afirmativo, verificar o quanto sobrou e quanto foi economizado na compra para o próximo ano.

Reutilização de papel: verificar a economia no uso de papel através do número de bloquinhos confeccionados.

Número de requerimentos online: estipular o quanto de papel foi economizado através do número de requerimentos online.

Quantidade de papel reciclado: verificar a quantidade de papel encaminhado para reciclagem por catadores e/ou pela Universidade verificando os benefícios ambientais dessa quantidade.

Número de folhas desperdiçadas: Quantificar o número de folhas desperdiçadas de todos os anos para comparações entre os anos para verificação do desempenho dos programas.

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Tabela incluindo todos os aspectos, impactos, objetivos, metas para o 1º ano, programas e indicadores levantados nesse trabalho de forma conjunta.

ASPECTOS AMBIENTAIS

IMPACTOS AMBIENTAIS OBJETIVOS METAS PARA O 1º ANO

PROGRAMAS INDICADORES

Consumo de papel -Esgotamento de recursos naturais (florestas nativas, fauna, flora, água).- Poluição das águas.- Poluição do ar.

Reduzir o desperdício de

papel.

- Reduzir o desperdício em 5%.

- Fazer a troca de 10% das impressoras.

- Funcionário informado é funcionário consciente.- Atitudes simples, grandes mudanças!- Informatização dos dados.- Revitalização das impressoras.- Vamos tentar reciclar e/ou reaproveitar?-Papel reciclado.-Papel controlado.

- Consumo de papel anual;- Reutilização de papel;- número de requerimentos online.-Quantidade de papel reciclado.-Número de folhas desperdiçadas.

Descarte de papel em aterros e lixões

- Ocupação do aterro e lixão;

Decomposição do papel no lixão

- Aquecimento Global.

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REFERÊNCIAS

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Anexo A - Dissolved Gas Analyses (DGA), Sistema de monitorização de transformadores de potências. Disponível em: http://paginas.fe.up.pt/~ee01167/DGA.htm Acessado em: 07/04/2013

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