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TCPO Modelatto | Coeficientes | Atualizações | Funcionalidades | Conceitos | Referências | Como Assinar Compartilhe | Buscar... Sumário | Painel de Mercado | Rota de Negócios | Entrevista | Lançamentos | Obras | Link | Em Off Artigos Artigo: BIM e as universidades Formação de recursos humanos devidamente familiarizados com os novos paradigmas que o BIM pressupõe é essencial e urgente Eduardo Toledo Santos e Maria Bernardete Barison Muito se tem falado e escrito sobre a Modelagem da Informação da Construção ou BIM (Building Information Modeling), e não sem razão. O BIM representa um enorme salto para a Construção Civil no uso da Tecnologia da Informação, permitindo que recupere décadas de atraso nesse campo. Tecnologias e processos ligados ao BIM permitem o registro de todas as informações de uma edificação, desde a concepção até a demolição, e serve a todos os participantes e disciplinas do empreendimento. Toda essa informação, incluindo a geometria 3D e especificações dos componentes, é armazenada num modelo digital parametrizado. A disponibilidade de informação integrada e consistente facilita e fomenta o uso de aplicativos de simulação e análise, a colaboração e o uso de novas formas de gestão do empreendimento, como o IPD (Integrated Project Delivery). O BIM pressupõe a criação colaborativa de um modelo digital do edifício, em que cada profissional agrega ao modelo as informações específicas de sua disciplina. As ferramentas BIM permitem a automatização de tarefas como documentação e detecção de interferências, mas a grande contribuição é o fomento ao projeto integrado, em que os aportes de cada profissional surgem com muito mais antecedência que no processo tradicional. Com a recuperação econômica da Construção no Brasil, o BIM é visto como uma tecnologia estratégica para o crescimento sustentado do setor, já que a melhora no planejamento e no projeto reduz erros, prazos e desperdícios; amplia a capacidade dos projetistas e otimiza o trabalho da mão de obra no canteiro - todos recursos escassos face à demanda observada. Entretanto, para que um empreendimento possa se beneficiar do BIM, é necessário que disponha de mão de obra, especialmente a de nível superior, devidamente educada sobre os novos conceitos e tecnologias que representa. Para isso, a experiência profissional adquirida no próprio mercado seria de grande valia, porém ainda são poucos os escritórios e construtoras que adotaram o BIM como ferramenta de rotina. Dessa forma, o papel da universidade na formação de recursos humanos devidamente familiarizados com os novos paradigmas que o BIM pressupõe é essencial e urgente. Experiências internacionais Existem hoje importantes experiências de utilização da Modelagem da Informação da Construção no ensino de Arquitetura e de Engenharia Civil, especialmente em países onde o BIM está mais difundido. Em 2008, ao relatar sua experiência com o ensino de BIM na California State University, o professor William Kymmell citou as possíveis limitações e obstáculos que um curso enfrentaria ao introduzir BIM no currículo. Esses problemas incluem dificuldades na Login Senha cadastre-se grátis esqueci a senha Edição 115 Janeiro/2011 + notícias 31/03/2011 Primeira fase do metrô de Curitiba deverá custar R$ 2,25 bilhões 31/03/2011 Infraero opta por módulos provisórios 30/03/2011 Minha Casa, Minha Vida para até três salários mínimos será retomado somente no segundo semestre 30/03/2011 Inpar muda nome para Viver Construtora contrata técnico em engenharia civil com experiência em planejamento de empreendimentos residenciais, São Paulo - SP. Construtora contrata engenheiro civil com experiência em obras de edifícios comerciais e residenciais de alto padrão, Curitiba - PR. NOTICIÁRIO REVISTAS TCPO LIVROS SOFTWARE EVENTOS PINI ENGENHARIA GUIA DA CONSTRUÇÃO PINI EMPREGOS Construção Mercado | Artigo: BIM e as universidades - Formação de re... http://revista.construcaomercado.com.br/negocios-incorporacao-constr... 1 de 3 31/03/2011 21:19

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Artigos

Artigo: BIM e as universidadesFormação de recursos humanos devidamente familiarizados com os novos

paradigmas que o BIM pressupõe é essencial e urgente

Eduardo Toledo Santos e Maria Bernardete Barison

Muito se tem falado e escrito sobre a Modelagem da Informação da Construção ou BIM

(Building Information Modeling), e não sem razão. O BIM representa um enorme salto

para a Construção Civil no uso da Tecnologia da Informação, permitindo que recupere

décadas de atraso nesse campo.

Tecnologias e processos ligados ao BIM permitem o registro de todas as informações

de uma edificação, desde a concepção até a demolição, e serve a todos os

participantes e disciplinas do empreendimento. Toda essa informação, incluindo a

geometria 3D e especificações dos componentes, é armazenada num modelo digital

parametrizado. A disponibilidade de informação integrada e consistente facilita e

fomenta o uso de aplicativos de simulação e análise, a colaboração e o uso de novas

formas de gestão do empreendimento, como o IPD (Integrated Project Delivery).

O BIM pressupõe a criação colaborativa de um modelo digital do edifício, em que cada

profissional agrega ao modelo as informações específicas de sua disciplina. As

ferramentas BIM permitem a automatização de tarefas como documentação e

detecção de interferências, mas a grande contribuição é o fomento ao projeto

integrado, em que os aportes de cada profissional surgem com muito mais

antecedência que no processo tradicional.

Com a recuperação econômica da Construção no Brasil, o BIM é visto como uma

tecnologia estratégica para o crescimento sustentado do setor, já que a melhora no

planejamento e no projeto reduz erros, prazos e desperdícios; amplia a capacidade

dos projetistas e otimiza o trabalho da mão de obra no canteiro - todos recursos

escassos face à demanda observada.

Entretanto, para que um empreendimento possa se beneficiar do BIM, é necessário

que disponha de mão de obra, especialmente a de nível superior, devidamente

educada sobre os novos conceitos e tecnologias que representa. Para isso, a

experiência profissional adquirida no próprio mercado seria de grande valia, porém

ainda são poucos os escritórios e construtoras que adotaram o BIM como ferramenta

de rotina. Dessa forma, o papel da universidade na formação de recursos humanos

devidamente familiarizados com os novos paradigmas que o BIM pressupõe é

essencial e urgente.

Experiências internacionais

Existem hoje importantes experiências de utilização da Modelagem da Informação da

Construção no ensino de Arquitetura e de Engenharia Civil, especialmente em países onde

o BIM está mais difundido.

Em 2008, ao relatar sua experiência com o ensino de BIM na California State University, o

professor William Kymmell citou as possíveis limitações e obstáculos que um curso

enfrentaria ao introduzir BIM no currículo. Esses problemas incluem dificuldades na

Login Senha

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Edição 115

Janeiro/2011

+ notícias

31/03/2011

Primeira fase do metrô de Curitiba deverá custarR$ 2,25 bilhões

31/03/2011

Infraero opta por módulos provisórios

30/03/2011

Minha Casa, Minha Vida para até três saláriosmínimos será retomado somente no segundosemestre

30/03/2011

Inpar muda nome para Viver

Construtora contrata técnico em engenharia

civil com experiência em planejamento de

empreendimentos residenciais, São Paulo - SP.

Construtora contrata engenheiro civil com

experiência em obras de edifícios comerciais e

residenciais de alto padrão, Curitiba - PR.

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Avaliação em Massa de Imóveis

Urbanos - para cálculo de IPTU e

ITBI

R$73,00

utilização e aprendizagem das ferramentas BIM, incompreensão dos conceitos de BIM e as

circunstâncias do ambiente acadêmico, entre os quais estão a falta de "espaço" no

currículo, a rápida evolução das novas tecnologias, a escassez de professores

especializados, a disponibilidade de recursos, entre outros.

No Brasil, a situação não é diferente. Aqui também a maioria dos professores dos cursos

ligados à Construção é de uma geração desacostumada ao uso da TI - a mesma que dirige

o mercado hoje - e tem dificuldade para absorver essas novas tecnologias, integrando-as

ao currículo. Os programas dos cursos de arquitetura, engenharia e administração

raramente se intersectam, e o relacionamento curricular entre gerenciamento da

construção e projeto em geral praticamente não existe. Esta situação é inadequada para a

formação profissional, mesmo para as práticas e tecnologias atuais e, muito pior, se forem

considerados os pressupostos do BIM.

Algumas universidades internacionais que superaram esses obstáculos são hoje

identificadas como líderes no ensino de BIM. Suas estratégias de introdução de BIM no

currículo foram, essencialmente, de quatro tipos: disciplinas isoladas, colaboração

intracursos, colaboração interdisciplinar e colaboração à distância.

A primeira estratégia, o oferecimento de disciplinas especializadas, é a menos

recomendada, dada a própria essência colaborativa do BIM. No entanto, presta-se bem

para o contato com ferramentas e compreensão dos conceitos mais técnicos do BIM. Pode

se dar também através da incorporação de novos conteúdos em matérias já existentes.

A colaboração intracursos é um modelo de ensino em que se pode ensinar a criar,

desenvolver e analisar modelos BIM ou até ensinar conceitos BIM mais subjetivos e

simular a colaboração em um empreendimento real, mas sempre com estudantes de um

mesmo curso, por exemplo, Engenharia Civil ou Arquitetura.

A partir de 2007, algumas universidades começam a ensinar BIM em Atelier de Projeto

Integrado/Interdisciplinar em que alunos de Arquitetura, de Engenharia e de

Gerenciamento da Construção trabalham colaborativamente no desenvolvimento de um

projeto. Esse modelo de atelier é estruturado em torno do conceito de que os alunos

formam uma equipe de projeto integrado. Neste modelo de ensino, denominado

"Colaboração Interdisciplinar", estudantes de dois ou mais cursos na mesma universidade

aprendem conceitos BIM e simulam uma colaboração real, vivenciando situações práticas.

Uma variação desta estratégia, especialmente adotada por universidades que possuem

apenas o curso de Arquitetura ou o de Engenharia Civil, é a "Colaboração à Distância"

entre estudantes de diferentes universidades. Nesse modelo, estudantes de duas ou mais

universidades interagem e, como bônus, os alunos são expostos a situações e tecnologias

típicas da colaboração à distância, cada vez mais importantes no cenário atual de

globalização.

Considerando-se a abordagem internacional de introdução de BIM nos currículos, a

predominância é introduzir BIM em atelier de projeto, mas há casos em que o atelier é

integrado com outra matéria, geralmente para ensinar as ferramentas BIM. Outra

abordagem é ensinar BIM em Representação Gráfica Digital, Gerenciamento, Tecnologia

da Construção, Estágio e Trabalho Final de Graduação.

Multidisciplinaridade no ensino

O processo de implantação do BIM nas universidades revela que não se trata de apenas

criar matérias no currículo. BIM tem potencial para ser introduzido ao longo de todo o

programa. Os cursos deveriam explorar as aplicações BIM específicas de sua disciplina e

depois investir na integração com outros cursos, mantendo os pontos fortes do ensino

tradicional baseado em disciplinas e ao mesmo tempo tornando-se multidisciplinares.

Assim, os princípios de BIM podem ser introduzidos primeiro em um curso e depois entre

cursos.

Nos dois primeiros anos do currículo poderiam ser desenvolvidas as habilidades individuais

de modelagem e análise do modelo, ou seja, ensinar ferramentas e aplicativos BIM em

matérias de Representação Gráfica Digital. Os anos posteriores poderiam se concentrar

mais no trabalho em equipe através do desenvolvimento de um projeto que integrasse

duas ou mais matérias do curso, como por exemplo, Atelier de Projeto, Sistemas

Estruturais, Instalações Prediais e Conforto. O último ano poderia se concentrar no

trabalho em equipe multidisciplinar através do desenvolvimento de projetos de construção

reais em Atelier de Projeto Integrado/Interdisciplinar e em colaboração com empresas

locais.

Empresa contrata engenheiro civil de

planejamento com pós-graduação, Belo

Horizonte - MG.

Empresa contrata engenheiro civil sênior II

para área de projetos, Belo Horizonte - BH.

PDCA Engenharia contrata engenheiro civil

para gerente de planejamento e controle de

obras, Uberlândia - MG.

Empresa contrata arquiteto trainee com

experiência em acompanhamento de obras

comerciais, São Paulo - SP.

Recrutadora seleciona engenheiro civil para

coordenação, com experiência em orçamento e

custo, Campinas - SP.

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Como Qualificar a Mão de Obra

na Construção Civil

R$70,00

As universidades brasileiras que pretendem introduzir BIM no ensino como exposto acima,

provavelmente enfrentarão vários problemas como, por exemplo, a falta de professores

treinados no BIM e a de referências sobre BIM em língua portuguesa. Outro problema são

as ferramentas BIM que trabalham com bibliotecas que seguem padrões que às vezes não

refletem a realidade regional onde são utilizados. Mas provavelmente, o maior deles será

promover a integração entre as diversas áreas do currículo e encontrar cursos de outros

departamentos, ou até mesmo de outras universidades que estejam dispostos a promover

a integração e colaboração. Além disso, as universidades precisam do apoio da indústria e

fornecedores para achar uma solução para as lacunas e carências profissionais em BIM,

mas no Brasil ainda não existe contato organizado da indústria da Construção com as

universidades.

Outra forma de introduzir essas mudanças é adequar os Planos Político-Pedagógicos das

universidades a esta realidade, incluindo incentivos à promoção de modelos de

colaboração e à integração de cursos.

Quanto a experiências brasileiras, sabe-se apenas da adoção de ferramentas BIM em

alguns cursos de Arquitetura, e de disciplinas especializadas no tema, em nível de

pós-graduação.

Na medida em que a indústria da construção civil tornar-se mais integrada, influenciará na

educação de futuros profissionais, com currículos que refletirão a "união" cada vez maior

entre projeto e construção.

Eduardo Toledo Santos, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Maria Bernardete Barison, professora da Universidade Estadual de Londrina

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ABNT arquitetura BIM CEF concurso construção FGV

IBGE imóveis Infraero Infraestrutura Licitação Mão de

obra Mercado imobiliário Minha Casa obras públicas Rio de

Janeiro Secovi-SP Sinduscon-SP Vagas

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