Constru¸c˜ao de um M´odulo de e-Aprendizagem para a ...
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Vanda Alexandre Marques dos Santos
Construcao de um Modulo
de e-Aprendizagem para a Geometria
Euclidiana
Departamento de Matematica
Faculdade de Ciencias e Tecnologia
Universidade de Coimbra
2007
Dissertacao submetida para satisfacao parcial dos requisitosdo programa de Mestrado em Matematica, especializacao emMatematica para o Ensino, do Departamento de Matematica daFaculdade de Ciencias e Tecnologia da Universidade de Coimbra.
Orientada por Professor Doutor Pedro Henrique e FigueiredoQuaresma de Almeida.
Agradecimentos
No final deste trabalho quero expressar os meus sinceros agradecimentos osque de algum modo contribuıram para a concretizacao deste trabalho.
• Ao meu orientador, Professor Doutor Pedro Henrique e Figueiredo Qua-resma de Almeida, pela disponibilidade, pela motivacao, pelo incentivo,pelas suas sugestoes, comentarios e pela forma de conduzir com sabe-doria o processo de construcao desta dissertacao;
• Por fim, quero expressar o meu profundo agradecimento ao Nuno, peloamor, apoio e compreensao que sempre soube demonstrar.
Este trabalho foi apoiada pela Fundacao para a Ciencia e a Tecnologia, noambito do Programa Formacao Avancada de Recursos Humanos, com a re-ferencia SFRH/BM/34164/2006.
Resumo
A e-aprendizagem aglutina a utilizacao de novas tecnologias e processosde aprendizagem que rapidamente se transformou numa ferramenta de gestaodo conhecimento nas instituicoes. A este novo paradigma associam-se novascompetencias que devem ser desenvolvidas, nomeadamente nos conteudos pe-dagogicos. Assim, com este trabalho pretende-se contribuir para a validacaoda utilizacao de uma ferramenta, GCLC, num curso electronico de aprendi-zagem. Atraves deste ambiente virtual de uma sala de aula permite reforcaro processo de aprendizagem dos alunos/utilizadores em geometria atraves dasua implementacao numa plataforma de construcao colaborativa de conheci-mento, pois aprende-se da partilha de saberes. Este curso desenvolvido namodalidade de e-aprendizagem, recorre a varias actividades, nomeadamenteo SCORM, para estruturar de forma que a aprendizagem da geometria setorne mais atraente, nao so pela apresentacao mas tambem pelo seu conteudo.
Palavras-chave: e-aprendizagem, GCLC, SCORM, aprendizagem colabo-rativa.
ii
Conteudo
1 Introducao 11.1 Consideracoes Gerais sobre a EaD em Matematica . . . . . . . 31.2 Objectivos da Dissertacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.3 Organizacao da Dissertacao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 A Aprendizagem Electronica 52.1 Introducao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52.2 Alguns Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92.3 e-Aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3.1 Os Sistemas de e-Aprendizagem . . . . . . . . . . . . . 102.3.2 Objectos da e-Aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4 Vantagens/Desvantagens da e-Aprendizagem . . . . . . . . . . 17
3 Aprendizagem da Geometria 193.1 Programas de Geometria Dinamica . . . . . . . . . . . . . . . 193.2 Plataformas para e-Aprendizagem da Geometria . . . . . . . . 23
4 Um Curso para a Geometria Euclidiana 274.1 Introducao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274.2 GCLC para a Geometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.2.1 Primeira parte do curso . . . . . . . . . . . . . . . . . 284.2.2 Segunda parte do curso . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4.3 GCLC para a Geometria – em norma SCORM . . . . . . . . . 34
5 Conclusoes 37
A Glossario 39
B Plataformas para a e-Aprendizagem 43B.1 Plataformas Analisadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
B.1.1 Introducao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43B.1.2 Estudo Comparativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
iii
iv CONTEUDO
B.2 Tabela Comparativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
C SCORM 49C.1 Vantagens e Desvantagens do SCORM . . . . . . . . . . . . . 51
D Ferramentas de Geometria Dinamica 53
Lista de Figuras
2.1 LMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.2 LCMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.3 Objectos de Aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142.4 Sistemas de Gestao da Aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . 152.5 SCO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152.6 Circuito dos objectos de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . 16
3.1 Cinderella . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203.2 Cabri . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223.3 GeoGCLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223.4 WinGCLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.1 Pagina do curso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294.2 Glossario . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304.3 Rectas e Pontos Notaveis:Objectivos . . . . . . . . . . . . . . 314.4 Rectas e Pontos Notaveis: Circuncentro . . . . . . . . . . . . . 324.5 Bancada de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324.6 Rectas e Pontos Notaveis: Actividades . . . . . . . . . . . . . 334.7 Rectas e Pontos Notaveis: Historia . . . . . . . . . . . . . . . 334.8 Plataforma Moodle: Curso em norma SCORM . . . . . . . . . 344.9 Plataforma Claroline: Curso em norma SCORM . . . . . . . . 354.10 Plataforma Dokeos : Curso em norma SCORM . . . . . . . . . 354.11 Lista de Objectos Elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . 364.12 Lista de Construcoes Elementares . . . . . . . . . . . . . . . . 364.13 Lista de Construcoes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
C.1 SCORM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50C.2 Edicao de um OA SCORM no eXelearning . . . . . . . . . . . 51
v
vi LISTA DE FIGURAS
Lista de Tabelas
2.2 Caracterısticas principais das geracoes de inovacao tecnologicano ensino a distancia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 LMS vs LCMS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
B.1 Comparativo das Plataformas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
vii
Capıtulo 1
Introducao
A educacao deve ter por finalidade nao apenas formaras pessoas visando uma profissao determinada, massobretudo coloca-las em condicoes de se adaptar adiferentes tarefas e de se aperfeicoar continuamente,uma vez que as formas de producao e as condicoes detrabalho evoluem: ela deve tender, assim, a facilitar asreconversoes profissionais
UNESCO, 1972
“Ensino a Distancia” (EaD) e definido como uma forma de estudo quenao esteja imediata e continuamente dependente da supervisao de orientado-res, mas que, no entanto, beneficia do planeamento, orientacao e instrucaode um estabelecimento de ensino. O EaD tem uma componente de apren-dizagem independente ou autonoma, ou seja, onde cada um e responsavelpela propria aprendizagem, apoiada por sistemas de orientacao e de meiosde comunicacao, e tem vindo a adquirir reconhecimento como mais uma fer-ramenta de aprendizagem/ensino. O EaD pode ser uma mais valia para oensino, pois alem de permitir disponibilidade e ritmos de estudo diferencia-dos, elimina barreiras de espaco e tempo, fomenta a aquisicao contınua deconhecimentos e permite conciliar a aprendizagem com a actividade profis-sional. O aluno beneficara ainda de apoio tutorial permanente (assıncronoe sıncrono) por parte de professores. Encontra ao seu dispor de uma guiade aprendizagem, material de consulta (por exemplo glossario), material deapoio a utilizacao das ferramentas, ferramentas de interaccao e a possibili-dade de acompanhar o seu proprio progresso.
Podemos resumir algumas caracterısticas do EaD, que sao [22]:
• O professor e os alunos encontram-se separados no espaco e/ou no
1
2 Capıtulo 1. Introducao
tempo, e por sua vez os alunos tambem podem estar separados dorestante grupo de aprendizagem;
• A distribuicao da informacao, a comunicacao entre professores e o alunoe entre alunos e mediada por meios tecnicos, encontrando-se os inter-venientes separados no tempo e/ou no espaco. Torna-se necessario aintroducao de meios de comunicacao artificiais suportados nas Tecnolo-gias de Informacao e Comunicacao (TIC) que permitam a distribuicaoda informacao e que sustentem mecanismos de interaccao entre gruposintervenientes;
• Comunicacao massiva;
• Uma vez que os cursos estejam preparados, e possıvel, e economica-mente vantajoso, a sua utilizacao num grande numero de estudantes;
• Controlo da aprendizagem e do rumo da aprendizagem (conteudo, tempode estudo e ritmo) e decidido pelo aluno, ou seja, a responsabilidadedo controlo da aprendizagem e delegada ao aluno, sendo este quem de-cide os conteudos a estudar, o tempo a dedicar ao estudo e o ritmo deaprendizagem.
O “reverso da medalha” do EaD e que nao proporciona uma relacaoaluno/professor tıpica de uma sala de aula, obriga a uma motivacao forte eum ritmo proprio. Alem do investimento inicial exige tambem alguns conhe-cimentos tecnologicos. Nao gere reaccoes imprevistas e imediatistas. Deixade haver diferencas entre o tempo de trabalho e o tempo de repouso. Apesarde algumas desvantagens apontadas, esta forma de transmissao de saberesnao deixa de ganhar terreno a sua expansao como estrategia educacional,adoptada por organizacoes e instituicoes de ensino.
A necessidade em clarificar o significado de EaD tem vindo a aumentarde interesse.
Varios tem sido os investigadores (e autores) empenhados em operacio-nalizar e estabelecer criterios capazes de delimitar o conceito de educacaoa distancia. Um dos autores mais preocupados em clarificar este conceitofoi Desmond Keegan, que partiu de quatro definicoes distintas de ensino adistancia (definicoes de Holmberg, 1977, lei francesa 71.556, de 12 de Ju-lho de 1971, Peters, 1973 e Moore, 1973) nao com o objectivo de proporuma nova definicao ou adopcao de um novo termo, mas para indicar carac-terısticas essenciais em qualquer definicao. A partir desta analise considerouseis elementos centrais na definicao do conceito [6]:
• Separacao fısica entre o docente e o aluno, que a distingue do ensinopresencial;
1.1. Consideracoes Gerais sobre a EaD em Matematica 3
• Influencia da organizacao educacional (planeamento, sistematizacao,plano, projecto, organizacao dirigida), que a diferencia da educacaoindividual;
• Utilizacao de meios tecnicos de comunicacao, para unir o docente aoaluno de modo que este possa apropriar-se dos conteudos educativos;
• Previsao de uma comunicacao bilateral, onde o estudante beneficia deum dialogo e da possibilidade de iniciativas bilaterais;
• Possibilidade de encontros ocasionais presenciais com propositos didac-ticos e de socializacao;
• Participacao numa forma industrializada de educacao, que, se aceite,contem o germen de uma distincao radical da educacao a distancia dosoutros modos de desenvolvimento.
E bem conhecida a diferenca entre ensino e aprendizagem. O termo en-sino diz respeito ao acto de transmissao de conhecimentos pelo professor, aopasso que a aprendizagem esta relacionada com o esforco do aluno em or-ganizar o conhecimento a partir da informacao disponibilizada. Quando sefaz referencia a educacao tem-se em mente um objectivo mais alargado doque simples transmissao de informacao, nomeadamente o desenvolvimentoharmonioso do ser humano nos seus varios aspectos, intelectuais, morais efısicos, bem como a sua insercao na sociedade. Neste sentido, a educacaopode ser vista, como um processo global de ensino e aprendizagem [14].
1.1 Consideracoes Gerais sobre a EaD em Ma-
tematica
A utilizacao dos recursos tecnologicos no ensino-aprendizagem da Ma-tematica e valida, na medida em que os objectos matematicos estudadossao basicamente de caracter abstracto, sendo tambem importante conciliaro estudo com ferramentas para as representar. No entanto, essa utilizacaodeve ser encarada como uma forma nova de conceber o ensino. O professor(tutor) nao e apenas o veıculo de transmissao de conhecimento mas tambemo orientador do processo de aprendizagem. A aprendizagem em ambientesvirtuais nao vai dar lugar ao quadro de ardosia ou ao quadro branco ou aoquadro interactivo, e apenas um dos recursos mais ambiciosos da utilizacaopedagogica, pois permite auxiliar e reforcar a aprendizagem do aluno.
4 Capıtulo 1. Introducao
1.2 Objectivos da Dissertacao
Foi-me proposto um trabalho de construcao de um modulo de e-aprendi-zagem com base num Laboratorio Virtual para o estudo/exploracao em Ge-ometria Euclidiana, aplicavel aos varios nıveis de ensino. Este Laboratorio euma estrutura que agrega programas dinamicos para a geometria (DynamicGeometry Software – DGS), Geometry Constructions LATEXConverter(GC-LC) e Eukleides1, demonstradores automaticos de teoremas adaptados paraa geometria Automatic Theorem Prover(ATP), GCLCprover e CoqArea-Method, assim como um repositorio de problemas.
1.3 Organizacao da Dissertacao
A dissertacao esta organizada em cinco capıtulos, complementada comtres apendices, onde se apresentam elementos de apoio a tese. Sendo o pri-meiro capıtulo meramente introdutorio, na sua sequencia apresenta-se o se-gundo capıtulo onde a abordagem e sobre a educacao a distancia. Pretende-seuma abordagem do ensino, ao longo dos tempos, tanto a nıvel pedagogicocomo a nıvel tecnologico. Pretende-se, ainda, neste capıtulo falar de algunsconceitos da aprendizagem, passando pelos sistemas de e-aprendizagem, oCMS e o LMS, e a metafora LEGO sobre os objectos de aprendizagem, fina-lizando com as vantagens e desvantagens da aprendizagem electronica. Noterceiro capıtulo e sobre a aprendizagem da Geometria, com referencias aalguns programas de geometria dinamica e tambem sobre o programa de ge-ometria dinamica utilizado no curso, o GCLC. O quarto capıtulo e sobre aconstrucao de um curso para a e-aprendizagem para a Geometria Euclidiana.Para tal efeito experimentaram-se varias plataformas de e-aprendizagem,tendo-se optado por uma delas aquando da implementacao. Nessa plataformapretendeu-se fazer a conjuncao Geometria Euclidiana/GCLC/Plataforma –LMS. Finaliza-se o trabalho com algumas conclusoes referentes ao trabalhodesenvolvido.
1http://www.eukleides.org/
Capıtulo 2
A Aprendizagem Electronica
In our new way of thinking about learning, we cancompare our need to learn with our need to eat
H. Wayne Hodgins
2.1 Introducao
As abordagens ao processo de aprendizagem a distancia tem sido de umagrande diversidade ao longo dos tempos. Teve as suas origens em cursospor correspondencia (por volta de 1833, data do primeiro registo conhecido,de publicidade a situacoes de ensino a distancia com possibilidade de co-municacao bidireccional atraves de correio), caracterizado pelo material im-presso, a comunicacao e bidireccional e com elevado tempo de retorno. Nasegunda geracao o ensino caracteriza-se pelo recurso de cassetes de vıdeo, emtermos de distribuicao de materiais de ensino, especializava-se pelo uso dasemissoes radiofonicas e televisivas. A comunicacao professor (tutor)-alunoera sıncrona (temos o exemplo da Telescola, onde aparecem os meios audio-visuais no ensino em 1964, em Portugal). A geracao seguinte, caracteriza-sepelo recurso a suportes digitais interactivos, permitindo processos de retornoem relacao as actividades de aprendizagem. A distribuicao destes suportesera essencialmente atraves de correio postal. A quarta geracao, caracteriza-se por uma representacao de ensino estruturada sobre redes de comunicacaopor computador. O ensino a distancia representava-se em ambientes deaprendizagem virtuais com recursos distribuıdos culminando na actualidadecom a aprendizagem electronica, e num futuro nao muito longe (uma quintageracao, talvez...) havera outras formas de “limar” esta aresta que e o pro-cesso de aprendizagem, em que este processo tambem e o da aprendizagem.
5
6 Capıtulo 2. A Aprendizagem Electronica
Procuraremos sintetizar na tabela as caracterısticas principais das geracoesde inovacao tecnologica no ensino a distancia [16].
2.1. Introducao 7
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8 Capıtulo 2. A Aprendizagem Electronica
Um projecto que decorreu entre 1985 a 1994, em Portugal, foi o projectoMINERVA, com objectivo de introduzir as novas Tecnologias da Informacao eComunicacao (TIC) nas escolas do ensino nao superior em Portugal. O Pro-jecto MINERVA foi um grande projecto de ambito nacional, que envolveuUniversidades, Institutos Politecnicos, e escolas de todos os nıveis de ensino.O Projecto MINERVA, cujo nome resulta das iniciais de “Meios Informaticosno Ensino: Racionalizacao, Valorizacao, Actualizacao”, conhece tres perıodosfundamentais, que correspondem basicamente ao seu lancamento, expansao eencerramento. Nas concepcoes educativas relativamente a utilizacao do com-putador seguidas no Projecto MINERVA tiveram uma influencia decisiva asideias de Seymour Papert. Deste autor destaca-se sobretudo a perspectivadum papel activo e autonomo do aluno no desenvolvimento dos seus projectospessoais, dominando o computador a imagem e semelhanca dos profissionaisque utilizam este instrumento, que encontrou forte eco nas equipas dos polose em muitos professores participantes. A esta influencia nao sao estranhosos factos da projeccao da linguagem LOGO estar internacionalmente no seuauge e dela ter tido um papel muito importante no conjunto das activida-des desenvolvidas, nomeadamente nos primeiros anos do projecto. O grandemotor do projecto MINERVA e constituıdo pelos seus polos sediados em ins-tituicoes do ensino superior. O polo do Departamento de Educacao da Facul-dade de Ciencias da Universidade de Lisboa faz alguns pequenos programaspara a disciplina de Matematica e a aplicacao LOGO.GEOMETRIA [25].
A criacao de modelos de ensino e aprendizagem tem sido produtivas,nos ultimos tempos. O objectivo desses modelos centra-se em descobriremprocessos que tornem o ensino mais eficaz e eficiente, por um lado, e poroutro, no entendimento da forma como as pessoas aprendem algo e o queinfluencia esse processo.
Essas teorias deram origem a modelos de aprendizagem. A aprendizageme caracterizada por diferentes teorias (behaviorismo, cognitivismo, constru-tivismo) descrevendo a natureza do conhecimento e a ocorrencia da apren-dizagem, e identificando a teoria que melhor se adequa aos objectivos geraisda educacao [12].
Um dos grandes desafios da aprendizagem electronica esta na adaptacaodesses modelos de ensino para a criacao de ferramentas inerentes a um modelode ensino diferente. No novo modelo de aprendizagem, esta mais direccionadopara o aluno (e nao para o professor), o aluno deixa de ser apenas um sujeitopassivo, e-lhe exigido uma maior participacao, em vez de trabalho individualexiste trabalho de grupo, o professor e apenas um tutor, a aprendizagem emvez de ser estatica passa a ser mais dinamica com os recursos disponıveisonline e fomenta-se o aprender a aprender. A teoria construtivista estabe-lece uma relacao entre os componentes do processo ensino/aprendizagem e
2.2. Alguns Conceitos 9
uma estreita relacao interaccao entre as caracterısticas do aluno com o con-texto de aprendizagem na construcao do conhecimento. Nesta perspectiva,existe uma percurso autonomo – que se caracteriza no metodo de ensino adistancia – para que o utilizador possa aprender, respondendo as exigenciassociais apoiada numa realidade imediata de aprendizagem que favorece atransferencia dos conhecimentos diante de situacoes que o exijam. As novasestrategias educativas orientadas, considerando as potencialidades das tec-nologias, impoem um processo de ensino/aprendizagem autonomo. Uma dasestrategias e a e-aprendizagem (e-learning). A e-aprendizagem e um am-biente para a “aprendizagem com meios electronicos”, que se desenvolve adistancia, onde sao disponibilizados conteudos numa plataforma de ensinocomputacional. Esta modalidade tem uma estrutura modular, permitindoflexibilidade na aprendizagem, ou seja, mais adaptada as necessidades decada um em termos de tempo e de conteudos. A aprendizagem pode sersıncrona (por ex.: uma sala de aula virtual) ou assıncrona. Este tipo deferramentas permite trabalhar diferentes ambientes, presencial e nao pre-sencial. A e-aprendizagem e essencialmente nao presencial, a aprendizagemque permite os dois ambientes, presencial e nao presencial e denominado por“aprendizagem em ambiente misto”, ou seja, b-learning (blended). Sendoque este ultimo surgiu mais tarde. Outros ambientes tambem sao conheci-dos, tais como o m-learning (mobile), w-learning (wireless) [18], p-learning(pervasive), u-learning (ubiquity) [7] e t-learning (TV) [1] (ver apendice A).O que tem de comum todos estes ambientes de aprendizagem e o facto deque todos eles assumem um especial relevo, o pedagogico.
2.2 Alguns Conceitos
A linguagem da e-aprendizagem envolve varios conceitos baseados naaprendizagem e nao no ensino, destacando o que se aprende, ou seja, o pro-cesso nao se centraliza no professor, no simples acto de transmissao de co-nhecimentos e no sistema de ensino, mas no esforco do aluno em organizar oconhecimento a partir da informacao disponibilizada. Desta forma em vez deestarmos no sistema de ensino estaremos no sistema de aprendizagem ou demodalidades de aprendizagem. No ambiente de e-aprendizagem promove-sea colaboracao, apoio, qualidade da aprendizagem, eficacia da aprendizageme partilha. Os conceitos de e-aprendizagem vem dos seguintes termos:
• Aprendizagem com meios electronicos – o meio de aprendizagem e ocomputador;
• Aprendizagem em qualquer lugar – pode-se aceder aos modulos de e-
10 Capıtulo 2. A Aprendizagem Electronica
aprendizagem desde que haja acesso a Internet ;
• Aprendizagem pela experiencia – simulacao de situacoes reais.
A chave de algumas componentes para uma implementacao da e-aprendiza-gem com sucesso sao, os conteudos graficos, com base em imagens, animacoes,vıdeos e trabalho colaborativo. Os sistemas que implementam esta forma deaprendizagem sao os sistemas de gestao de aprendizagem (Learning Manage-ment System (LMS)).
2.3 e-Aprendizagem
2.3.1 Os Sistemas de e-Aprendizagem
O ambiente de aprendizagem desenvolvido num curso EaD tem como ob-jectivo criar ambientes de aprendizagem quase real. A escolha de um sistemade gestao da aprendizagem que va ao encontro das necessidades dos alunose de todo o processo de ensino/aprendizagem a distancia e um dos factorescrıticos. Esta ferramenta deve possibilitar a administracao, apoio pedagogico,gestao e distribuicao de conteudos aos alunos, bem como a interactividadeentre os intervenientes (professores, alunos).
Existem sistemas que permitem a gestao, os LMS, e a administracao doscursos, os Course Management System – CMS, que a superfıcie, CMS e LMSparecem ser semelhantes, mas ambos foram concebidos para usos diferentes.
O principal objectivo de um LMS e simplificar a administracao dos cur-sos, que suporta a aprendizagem. Este sistema auxilia os alunos nos seuspercursos de aprendizagem permitindo a troca de informacoes. O sistemafaz a recolha dos dados e gera relatorios sobre o progresso dos participantes.O LMS regista e grava os dados dos utilizadores.
O principal objectivo de um sistema CMS e simplificar os processos decriacao, publicacao e administracao online de conteudos de cursos, ou seja,serve para suportar um curso. Esta e uma ferramenta que permite aos ges-tores de qualquer tipo de curso gerir os conteudos do mesmo em tempo realatraves de uma ferramenta facil e intuitiva.
Segue um pequeno resumo das caracterısticas dos dois sistemas apresen-tados.
Algumas caracterısticas do sistema LMS sao [4]:
• Registo;
• Gera automaticamente a confirmacao das notas;
2.3. e-Aprendizagem 11
• Catalogo do curso;
• Gestao da lista de aprendizagem;
• Verificacao dos pre-requisitos antes de permitir o registo;
• Ligacao directa a e-aprendizagem;
• Gera automaticamente a correspondencia enviada;
• Administra os testes e questionarios;
• Transfere automaticamente a informacao completa para o registo per-manente;
• Quadro de discussao entre grupos (algumas vezes);
• Organiza o ındice em curriculos estruturados;
• Encontra facilmente o ındice;
• Compartilha o ındice entre os autores de grupos;
• Guarda e acede as classificacoes no periodo de treino.
Algumas caracterısticas do sistema CMS sao [4]:
• Suporta a entrada para a inscricao em cursos;
• Livro do grupo;
• Administra os testes e questionarios (com algumas limitacoes);
• Lugar para discussao entre grupos;
• Acede e fornece relatorios do historico dos acessos;
• Organiza o ındice em curriculos estruturados ;
• Coloca os cursos online.
A uniao do CMS e do LMS resulta no Learning Content ManagementSystem – LCMS que e utilizado para criar, publicar, armazenar e gerir osconteudos de aprendizagem. O LCMS combina a administracao e gestao dotradicional LMS com a criacao de conteudos de um CMS [21]. Neste sis-tema e possıvel conter objectos de aprendizagem que podem ser utilizadas
12 Capıtulo 2. A Aprendizagem Electronica
LMS LCMS
Colaboracao do utilizador√ √
Mantem os dados do perfildo utilizador
√
Agenda√
Mapa de competencias√ √
Capacidade de criacao deconteudos
√
Organizacao de conteudosreutilizaveis
√
Criacao e administracao deTestes
√ √
Teste de diagnosticodinamico e aprendizagemadaptada
√
Ferramentas para gestao dedo processo de criacao deconteudos
√
Entrega de conteudosatraves de menus
√
Tabela 2.4: LMS vs LCMS
de forma isoladas ou em conjunto. Um LCMS guarda objectos de aprendiza-gem num repositorio central de forma que possam ser combinados e resultarnum percurso de aprendizagem. Este sistema permite a criacao do historicode participantes e a entrega de conteudos de aprendizagem que pode ser emdiferentes formatos.
Na pratica, um LMS e um LCMS sao complementares, mas muito diferen-tes, servindo realidades diferentes. Podemos analisar ambos, por um lado oLMS tem como publico alvo gestores de cursos, administradores e instrutoresenquanto o LCMS tem gestores de projectos, designers pedagogicos e criado-res de conteudos. O LMS fornece a gestao primaria do utilizador e no LCMSo conteudo de aprendizagem. Mas existem ainda outras caracterısticas queos distinguem, tais como as que estao indicadas na tabela 2.4 [5]:
Podemos ver nas duas figuras abaixo a forma como sao organizados osobjectos de aprendizagem no sistema LMS (ver figura 2.1) e no sistema LCMS(ver figura 2.2), podemos verficar que no primeiro os objectos fazem parte
2.3. e-Aprendizagem 13
de um curso estruturado, nao sao autonomos e nao se podem reutilizar,enquanto no segundo eles sao autonomos:
Figura 2.1: LMS
Figura 2.2: LCMS
2.3.2 Objectos da e-Aprendizagem
Os objectos de aprendizagem estao na base da criacao de conteudos eagregacao no campo da aprendizagem. Estes recursos podem variar no seuformato de apresentacao e tamanho, podem ser uma imagem, um grafico, ummapa, um questionario ou uma combinacao de varios recursos, resumindo, euma coleccao de recursos que funcionam como um bloco modular, ou seja equalquer recurso digital que pode ser reutilizado para apoiar a aprendizagem.Os objectos de aprendizagem (ver figura 2.3) comparam-se a pequenas pecasde LEGO [33], unidades que podem encaixar-se de inumeras formas paraproduzir experiencias de aprendizagem dinamica, note-se que, tal como naspecas LEGO, nem todo o objecto e combinavel com qualquer outro objecto.
14 Capıtulo 2. A Aprendizagem Electronica
Figura 2.3: Objectos de Aprendizagem
Todos os objectos de aprendizagem tem certas qualidades na abordagempedagogica. A seguinte taxonomia identifica cinco tipos de objectos, quesao [34]:
• Fundamental – Recursos digitais individualizados, por exemplo umafigura em JPEG. O objectivo principal e a visualizacao de algo;
• Combinacao-fechada – Alguns recursos digitais combinados na fase dedesenho, cujos objectos de aprendizagem nao sao acessıveis para reuti-lizacao, por exemplo um vıdeo;
• Combinacao-aberta – Muitos recursos digitais combinados em temporeal, por exemplo uma pagina de Internet dinamica combinando ima-gens e vıdeo;
• Gerador de apresentacao – Varios recursos digitais do tipo fundamentalou combinacao-fechada sao combinados, o objectivo e a exibicao dealgo, por exemplo um Java applet ;
• Gerador-instrucao – Varios recursos digitais do tipo fundamental, com-binacao-fechada ou gerador de apresentacao sao combinados, para rea-lizar o objecto de aprendizagem. a principal funcao e ensinar e permitira execucao de instrucao gerada no computador, por exemplo executaruma tarefa externa, em linha de comando do sistema operativo.
Como os objectos de aprendizagem estao disponıveis e em ambientesde livre acesso torna-se necessario desenvolver algumas formas padrao deinteroperabilidade, acessibilidade e reutilizacao, assim, a norma SCORM(Sharable Content Object Reference Model) (ver apendice C) desenvolvidaspela Advanced Distributed Learning (ADL) sao especificacoes adaptadas deforma a permitir normalizar um conjunto de metadados para os conteudosde aprendizagem. Estes metadados funcionam como um caminho com umcriterio especıfico atraves do qual o LMS (ver figura 2.4) pesquisa, organizae entrega o conteudo aos utilizadores [24].
2.3. e-Aprendizagem 15
Figura 2.4: Sistemas de Gestao da Aprendizagem
O SCORM separa a aprendizagem em duas componentes, os LMS e osSharable Content Object (SCO) (ver figura 2.5).
Figura 2.5: SCO
SCO sao uma forma padronizada de objectos de aprendizagem e o LMS
16 Capıtulo 2. A Aprendizagem Electronica
(para as finalidades SCORM) um sistema ou programa de armazenamentoque permite a gestao e entrega de conteudos de aprendizagem e recursos aosutilizadores. Na figura abaixo (figura 2.6) esquematiza o modelo do AdvancedDistributed Learning (ADL) para o circuito dos objectos de aprendizagemnum SCORM [15].
Figura 2.6: Circuito dos objectos de aprendizagem
2.4. Vantagens/Desvantagens da e-Aprendizagem 17
2.4 Vantagens/Desvantagens da e-Aprendiza-
gem
A principal vantagem da aprendizagem e a racionalizacao/reducao de cus-tos, nomeadamente a nıvel de documentacao e deslocacoes (para quem viveem locais distantes, por exemplo). Outras vantagens sao apontadas, taiscomo a rapidez da disponibilizacao do material, a possibilidade de integracaode recursos multimedia. A sua flexibilidade permite que a plataforma estejasempre disponıvel (qualquer hora e lugar) e ao ritmo de cada um, em termosde tempo ele e economizado sendo a manutencao e gestao do curso optimi-zado. No fim, uma outra vantagem sera a da durabilidade da e-aprendizagem.Por oposicao ha falta de ambiente colaborativo, o contacto humano e umfactor, ainda, importante, e ainda persiste alguma resistencia cultural. Aexistencia da dependencia de tecnologia podera dificultar um acesso urgente,por exemplo problemas com a Internet (Navegador, largura de banda, etc.),o criador (gestor) do curso tera de disponibilizar mais do seu tempo na orga-nizacao dos cursos e eventualmente com custos na aquisicao de programas,apesar num futuro proximo esse tempo e investimento tecnico/pedagogicoseja compensado. E acima de tudo, a maior desvantagem podera ser a ava-liacao, pois a aprendizagem e a avaliacao sao indissociaveis, nao ha controloem como esse avaliacao e feita.
Resumindo, a aprendizagem electronica e um metodo de ensino/aprendi-zagem ao servico da estruturacao do conhecimento por parte de quem ensina.O objectivo e ensinar conhecimento conciliando tecnologia e pedagogia.
18 Capıtulo 2. A Aprendizagem Electronica
Capıtulo 3
Aprendizagem da Geometria
3.1 Programas de Geometria Dinamica
Os ambientes geometricos computacionais, em oposicao aos tradicionaisde papel e lapis, permitem um maior leque de accoes e objectos, que podemser mais facilmente manipulaveis, mas tambem permitem a realizacao de tare-fas mais complexas. As vantagens destas ferramentas de geometria dinamicasao varias, vao desde a facilidade na sua utilizacao, a possibilidade de po-der mudar as posicoes dos objectos, ao encorajamento da criatividade e aoprocesso de descoberta. Varias sao as ferramentas de geometria dinamica (in-cluindo de programas de fonte disponıvel, shareware e comercial), como apoioa aprendizagem da Matematica, temos por exemplo: GeoGebra, Cinderella,GeometerSketchpad, o C.a.R., o Cabri e o GCLC, sendo esta ultima ferra-menta utilizada para a criacao de um curso na plataforma de e-aprendizagem,apresentada no capıtulo 4 (ver apendice D).
A geometria dinamica, cujas raızes podem ja ser encontradas no gregosantigos e em outros matematicos, como por exemplo em Clairault no seculoXVIII, baseia-se na ideia de movimentar elementos de figuras para ilustrarpropriedades geometricas e demonstrar teoremas. a tecnologia dos computa-dores na decada de oitenta, no seculo XX, possibilitou o desenvolvimento deprogramas, que permitem a manipulacao por computador de objectos, comimpacto e sucesso no ensino da Geometria elementar [29].
A vantagem dos programas de Geometria Dinamica e de permitir activi-dades nao so de exploracao como tambem de pesquisa, pelo que constitui umvalioso apoio a estudantes e professores. Como estes programas sao essenci-ais no ensino da Geometria, segue uma breve descricao de duas ferramentasutilizadas no ensino, o Cinderella e o Cabri.
Cinderella e um programa de Geometria Dinamica da autoria de J. Richter-
19
20 Capıtulo 3. Aprendizagem da Geometria
Gebert e U. H. Kortenkamp. Como programa destinado a fazer geometriano computador, Cinderella (ver figura 3.1) constitui um utensılio para in-vestigar construcoes geometricas de grande qualidade. O utilizador so temde manejar o rato para interagir com o programa, que apresenta o seguinteaspecto nos primeiros momentos de utilizacao. Os botoes apresentam ima-gens sugestivas, o que permite que as suas funcoes sejam facilmente intuıdas.Para alem das utilidades habituais, ha botoes para criar pontos, rectas, cir-cunferencias, polıgonos, conicas, pontos medios, perpendiculares, paralelas,para medir comprimentos, angulos, areas, para animar, para exportar para aWWW, para criar exercıcios interactivos, para usar o compasso, etc. O Cin-derella dispoe ainda de capacidade de “reconhecer teoremas”, que consisteem assinalar fenomenos geometricos nao casuais, sempre que estes ocorram.Uma outra aplicacao desta capacidade consiste no reconhecimento da cor-reccao das resolucoes dos exercıcios exportados para a WWW [31].
Figura 3.1: Cinderella
O Cabri (CAhier BRouillon Informatique) e um programa de geome-tria dinamica da autoria de Jean-Marie Laborde e Franck Bellemain, desen-volvido na Universidade Joseph Fourier em Grenoble e no Centre Nationalde la Recherche Scientifique, no Laboratorio de Estruturas Discretas e deDidactica e na equipa Environnements Informatiques de lApprentissage Hu-
3.1. Programas de Geometria Dinamica 21
main do laboratorio Leibniz. O trabalho com o Cabri e feito a custa deobjectos iniciais e com recurso a uma serie de construcoes previamente defi-nidas. Apresenta uma zona de desenho, um menu e uma barra de botoes, quepermitem aceder a maior parte dos comandos do Cabri. O Cabri (ver figura3.2) possui um conjunto de objectos, tais como: pontos, rectas, segmentos,semi-rectas, vectores, triangulos, circunferencias, arcos e conicas, polıgonosregulares e irregulares aos quais se pode aceder com os botoes de criacao. Asconstrucoes pre-definidas, como por exemplo: construcao de uma recta per-pendicular ou paralela a uma direccao passando por um ponto dado, o pontomedio e a mediatriz de um segmento, a bissectriz de um angulo, o vectorsoma de dois vectores dados, etc, assim como as transformacoes geometricas(translacao, rotacao, simetria central, reflexao, homotetia e inversao) e asmacros acedem-se a partir dos botoes de construcao. A resposta a algumasinterrogacoes como por exemplo: saber se tres pontos sao colineares, se duasrectas sao paralelas ou perpendiculares, se um dado ponto pertence a umdado objecto, assim como informacoes sobre a distancia entre dois pontos ocomprimento de um segmento, o perımetro ou a area de um polıgono, a am-plitude de um angulo e o declive de uma recta, obtem-se a partir dos botoesde propriedades e medidas. Esta versao do Cabri permite a sua utilizacaono estudo da Geometria Analıtica. Na construcao de uma macro podem serutilizadas outras previamente definidas. Utilizam-se macros, por exemplo,para fazer pavimentacoes, fractais, simular situacoes e resolver problemas,etc [32].
22 Capıtulo 3. Aprendizagem da Geometria
Figura 3.2: Cabri
O programa utilizado para a construcao do curso para a Geometria Eucli-diana foi o GCLC (ver figura 3.3). E um programa que permite construcoescom regua e compasso. Apresenta uma zona para desenho, mas nao tem umabarra com botoes, tal foi focado nos anteriores programas, o utilizador poderecorrer a uma linguagem de especificacao de construcoes geometricas, obteros varios tipos de construcoes pretendidas.
Figura 3.3: GeoGCLC
3.2. Plataformas para e-Aprendizagem da Geometria 23
Existe uma versao do programa GCLC para o MS-Windows o WinG-CLC [19]. Este programa foi desenhado para que o GCLC tenha um interfacemais atraente. O WinGCLC (ver figura 3.4) introduz algumas caracterısticasque nao estao disponıveis na versao linha de comando (por exemplo: moverpontos, animacoes, etc.). O WinGCLC contem um editor de janela, janelade imagens, barras de ferramentas e menus e uma barra de estado. E umtipo de ambiente de desenvolvimento integrado para o GCLC.
Figura 3.4: WinGCLC
3.2 Plataformas para e-Aprendizagem da Geo-
metria
Alem da ferramenta geometrica dinamica GCLC, existem outras ferra-mentas de e-aprendizagem tais como o iGeom1, o Geometrix 2, o Geometri-agon3, que nao e um curso, mas uma aprendizagem online por modulos e oGeoThms4.
A ferramenta iGeom e um programa de geometria dinamica gratuito eescrito em linguagem Java. Com este programa alem de ser possıvel explo-
1http://www.ime.usp.br/∼leo/imatica/igeom/2http://www.mat.ua.pt/geometrix3http://www.polarprof.org/geometriagon/4http://hilbert.mat.uc.pt/GeoThms/
24 Capıtulo 3. Aprendizagem da Geometria
rar conceitos de programacao (por exemplo algoritmos geometricos) tem umconjunto de recursos que ajudam o professor, particularmente com gruposgrandes de alunos (construir e publicar exercıcios na Internet). O objec-tivo do iGeom e ajudar o aluno nas construcoes geometricas passo a passo edisponibilizar material didactico, para todos os nıveis de ensino.
Com o recurso de comunicacao, cada exercıcio realizado pelo aluno no sis-tema SAW +iGeom e armazenado em banco de dados para que o professorpossa verificar posteriormente a construcao do aluno. Actualmente, quandoo exercıcio esta incorrecto, o iGeom envia a solucao do aluno em uma confi-guracao que facilita a visualizacao do erro (contra-exemplo). Caso o exercıcioesteja correcto, e enviada a construcao inicial [30].
Geometrix e um projecto, da Universidade de Aveiro, interdisciplinaragregando matematicos, informaticos, educadores e desenhadores graficos,dirigido aos varios graus de ensino, tem por objectivo desenvolver ambientesde aprendizagem assistidos por computadores para o ensino da Matematica,com especial atencao no ensino da Geometria.
Geometriagon e um projecto, cuja base de dados de problemas e da res-ponsabilidade do Centro de Pesquisa em Didactica U. Morin de Padernodel Grappa e utiliza uma ferramenta de construcao com validacao de figurasgeometricas, esta ferramenta e o programa de geometria C.a.R. (ver apendiceD). O sıtio tem duas vertentes, a partilha e competitividade. Sendo a pri-meira a partilha de construcoes com regua e compasso com o maior numeropossıvel de pessoas e a segunda estimular os estudantes a exercitarem-se so-bre construcoes, escolhendo os problemas a resolver e controlando o exito dassuas tentativas.
O GeoThms e uma estrutura para a exploracao da geometria euclidianaque integra DGSs, ATPs, e uma base de dados de problemas (construcoes, fi-guras e provas) [27]. GeoThms disponibiliza uma bancada de trabalho para asconstrucoes geometricas, com base em duas ferramentas de DGS, o GCLC eo Euklides (ver apendice D). Estas duas ferramentas tem um interface graficoe produzem ilustracoes que correspondem a construcoes geometricas. Nestesistema e possıvel recorrer a um programa para a demonstracao de teoremasautomatico (Automated Theorem Proving – ATP). A geometria e uma areaimportante na demonstracao automatica de teoremas. A exactidao e a baseda abordagem teorica que esta presente na geometria e na beleza e eleganciada construcao geometrica e um banco de ensaios para as novas algebras eoutros metodos [20]. A demonstracao automatica de teoremas em geometriatem duas vertentes, as provas algebricas e as provas sintecticas. As pro-vas algebricas residem na conversao de problemas geometricos em problemasalgebricos. A automatizacao das provas tem o seu inıcio no metodo de eli-minacao de quantificadores de Tarski. O metodo do conjunto caracterıstico,
3.2. Plataformas para e-Aprendizagem da Geometria 25
o metodo de eliminacao, o metodo das bases de Grobner, a aproximacaoalgebrica de Clifford sao exemplos de metodos algebricos. Uma outra linhade investigacao e a das provas sintecticas. Um metodo deste tipo eficientee o metodo da area desenvolvido por Chou, Gao e Zang, o qual permite ge-rar provas legıveis [28]. Assim, o ATP que e baseado no metodo de area,obtem demonstracoes de problemas geometricos numa forma compreensıvelpelo utilizador.
26 Capıtulo 3. Aprendizagem da Geometria
Capıtulo 4
Descricao de um Curso para aGeometria Euclidiana
4.1 Introducao
Hoje em dia existe uma panoplia de ambientes virtuais que reunem umaserie de recursos para a criacao, desenvolvimento e estruturacao de cur-sos/aulas/modulos a distancia. Estes ambientes sao denominados por Sis-tema de Gestao de Aprendizagem (LMS). O principal objectivo do LMSconsiste em simplificar a administracao dos cursos, auxiliando o utilizadorno planeamento dos seus processos de aprendizagem. Alguns destes ambien-tes para a criacao e gestao destes cursos/aulas/modulos online sao o Moodle,Dokeos, Claroline, WebCt, KnowledgePresenter, etc (ver apendice B).
O nome Moodle e um acronimo do termo Modular Object Oriented De-velopmental Learning Enviroment e e um sistema de gestao de cursos (CMS)atraves da Internet. A principal vantagem advem do facto de ser uma pla-taforma gratuita e ter codigo aberto adaptavel a qualquer servidor. O prin-cipal objectivo do CMS resume-se em simplificar os processos de criacao,publicacao e administracao de conteudos de cursos. Assim, o LMS e umambiente Web de gestao de um processo de ensino-aprendizagem, sem re-curso a conteudos lectivos, o CMS e exactamente o oposto, ou seja, umaferramenta de gestao e normalizacao de conteudos de aprendizagem, massem a componente de gestao dos alunos e do processo de ensino a distancia.
Apos alguns estudos comparativos entre as plataformas Claroline, Dokeose o Moodle, optou-se por considerar o sistema de gestao de conhecimentosda plataforma de software livre e aberto Moodle, pois alem das vantagensindicadas tem ainda uma comunidade portuguesa que permite colocar algu-mas questoes sobre a usabilidade da plataforma, enquanto nas outras duas
27
28 Capıtulo 4. Um Curso para a Geometria Euclidiana
essa comunidade e, principalmente, internacional (ver apendice B). Umaoutra vantagem da plataforma Moodle e ser uma base de um projecto doMinisterio da Educacao, com objectivos de disseminacao por todo o ensinobasico e secundario1. Como esta plataforma tem por base um modelo de cons-trutivismo social a aprendizagem colaborativa destaca a participacao activae a interaccao, tanto dos alunos como dos professores. O conhecimento evisto como uma construcao social e, por isso, o processo educativo e favo-recido pela participacao social em ambientes que propiciam a interaccao e acolaboracao. Segundo Lev Vygotsky a aprendizagem e um factor de desen-volvimento e processa-se a dois nıveis, um ao nıvel socio-cultural e outro anıvel individual.
4.2 GCLC para a Geometria – implementacao
de um curso
O curso em Geometria Euclidiana tem como populacao alvo estudantesque pretendem um estudo complementar em Geometria Euclidiana, com asconstrucoes geometricas a serem efectuadas somente com o recurso ao usoda regua e compasso. O curso aborda assuntos tais como Elementos Basicos,Construcoes e alguns resultados teoricos da geometria. Como o currıculoda disciplina de Matematica tem sofrido importantes alteracoes, a nıvel danatureza das competencias matematicas, no processo de ensino/aprendiza-gem e a nıvel das novas tecnologias o processo de aprendizagem ja nao eum processo de transmissao e recepcao de informacao, mas sim um processode construcao cognitiva que se favorece mediante o estımulo de processos deinvestigacao dos alunos. A utilizacao das novas tecnologias, veio revoluci-onar o ensino e a aprendizagem da geometria. Assim, com esta actividadetenta-se fortalecer o domınio dos conceitos geometricos atraves da experi-mentacao e exploracao. Passamos a seguir a descricao do curso implemen-tado na plataforma Moodle, sendo possıvel a sua visualizacao no seguinteendereco: http://hilbert.mat.uc.pt/Moodle/course/view.php?id=8.
4.2.1 Primeira parte do curso
A primeira parte do curso e meramente introdutorio, pois introduz osconceitos e as ferramentas de construcao geometrica dinamica a usar durantetodo o curso (ver figura 4.1), ou seja, o GCLC.
1http://moodle.crie.min-edu.pt/
4.2. GCLC para a Geometria 29
Figura 4.1: Pagina do curso
30 Capıtulo 4. Um Curso para a Geometria Euclidiana
A linguagem GCLC e uma ferramenta para visualizar e ensinar geome-tria, consistindo em converter descricoes formais de construcoes geometricasem figuras. Os objectivos do GCLC baseiam-se na producao de imagens eferramenta de ensino tendo como caracterısticas principais a sua utilizacaosimples, ser gratuito e suportar expressoes simbolicas e de construcoes. Nestafase construiu-se um Glossario (ver figura 4.2), ferramenta disponıvel degrande utilidade, na plataforma. No Glossario, tal como o nome indica,pretendeu-se colocar as definicoes de alguns comandos necessarios as cons-trucoes geometricas. As regras sintacticas sao simples, a sintaxe da linguagemGCLC e bastante acessıvel tendo como objectos basicos o ponto, a recta ea circunferencia. As construcoes geometricas baseiam-se essencialmente emconstrucoes com regua e compasso da Geometria Euclideana, tendo por baseum certo paralelismo entre o modelo cartesiano e o plano euclideano.
Figura 4.2: Glossario
4.2. GCLC para a Geometria 31
4.2.2 Segunda parte do curso
O tema dos Elementos Basicos tem como objectivo principal a definicaode alguns elementos, tais como, o ponto, a recta, o segmento de recta e acircunferencia. Enquanto nos temas Primeiras Construcoes e ConstrucoesSimples, pretendeu-se construir algumas construcoes simples, que vao desdea paralela, mediatriz, divisao de um segmento de recta ate as construcoesde trilateros e quadrilateros (o curso contem o nosso proprio estudo e algu-mas actividades de outros autores [26, 9, 11]). O tema das Rectas e PontosNotaveis consiste na construcao, utilizando o GCLC, do circuncentro, do in-centro, do ortocentro e finalizando com a construcao da Recta de Euler, umresultado classico dos triangulos.
Podemos visualizar este tema em quatro fases:
• 1a fase: Objectivos do tema abordado
Figura 4.3: Rectas e Pontos Notaveis: Objectivos
32 Capıtulo 4. Um Curso para a Geometria Euclidiana
• 2a fase: Algumas construcoes
Figura 4.4: Rectas e Pontos Notaveis: Circuncentro
Com recursos a bancada de trabalho (ver figura 4.5):
Figura 4.5: Bancada de Trabalho
4.2. GCLC para a Geometria 33
• 3a fase: Actividades relacionadas com as construcoes
Figura 4.6: Rectas e Pontos Notaveis: Actividades
• 4a fase: Enquadramento historico
Figura 4.7: Rectas e Pontos Notaveis: Historia
34 Capıtulo 4. Um Curso para a Geometria Euclidiana
O curso finaliza com alguns resultados teoricos da geometria tais comoos teoremas de Ceva e de Menelaus, que permitem trabalhar problemas deconcorrencia e colinearidade. O teorema de Thales, relacao entre segmentosconcorrentes, um teorema da geometria projectiva, simplesmente conhecidopor teorema de Pappus, um teorema de Gauss sobre a geometria do plano,o teorema do ponto de Miquel, o teorema de Stewart, um resultado sobrea geometria do triangulo mais conhecido pelo teorema de Simson e um ou-tro teorema da geometria projectiva, o teorema de Desargues (criador dageometria projectiva).
4.3 GCLC para a Geometria – implementacao
de um curso em norma SCORM
Nesta fase criou-se um unico curso apenas em norma SCORM. O objec-tivo principal reside em saber como funciona o curso tendo por base umaunica actividade, que se caracteriza pela reutilizacao e construcao modulardos conteudos/recursos disponıveis. Esse mesmo curso foi disponibilizadotanto na plataforma Moodle, como no Dokeos e no Claroline. Uma primeiraconclusao, nas plataformas estudadas apenas uma permite ter um curso in-teiro SCORM, que e o Moodle, enquanto nas outras plataformas era um merorecurso a utilizar, o que se traduz numa desvantagem. Podemos verificar nasfiguras abaixo o curso em norma SCORM nas plataformas estudadas.
• Moodle
Figura 4.8: Plataforma Moodle: Curso em norma SCORM
4.3. GCLC para a Geometria – em norma SCORM 35
• Claroline
Figura 4.9: Plataforma Claroline: Curso em norma SCORM
• Dokeos
Figura 4.10: Plataforma Dokeos : Curso em norma SCORM
O curso em norma SCORM, nao tem a ferramenta Glossario disponıvel,assim a medida que o curso avanca e para colmatar esta falha, colocou-seum endereco que permite direccionar para uma pagina onde se construiuum glossario contendo uma lista de elementos basicos (definicoes) (ver figura4.11), uma lista com construcoes elementares (ver figura 4.12) e uma listade construcoes (ver figura 4.13), podemos ver as listas disponibilizadas nasfiguras abaixo.
36 Capıtulo 4. Um Curso para a Geometria Euclidiana
Figura 4.11: Lista de Objectos Elementares
Figura 4.12: Lista de Construcoes Elementares
Figura 4.13: Lista de Construcoes
Capıtulo 5
Conclusoes
Ao longo deste ano de dissertacao sobre o trabalho de construcao deum curso de e-aprendizagem com base num Laboratorio Virtual para o es-tudo/exploracao em Geometria Euclidiana, sao varias as conclusoes obtidas.
Apos a primeira abordagem sobre a e-aprendizagem, verificou-se que oconceito nao convergia para uma definicao geral desta nova ferramenta, eum tema ainda em debate. Reparamos que no dia a dia as tecnologias dainformacao e comunicacao sao utilizadas na educacao em contextos muitodiversificados. A situacao mais comum e talvez a sua utilizacao em sala deaula como suporte as actividades lectivas. O estudo em causa e mais nocontexto de um cenario nao presencial, pretendeu-se disponibilizar um e-curso para um leque alargado de utilizadores. Esta metodologia permite aoutilizador aprender ao seu ritmo, desenvolvendo as competencias individuaisque necessita, no menor tempo possıvel.
Este curso disponibiliza as ferramentas necessarias para o seu percurso,nomeadamente, glossario, bancada de trabalho, licoes, testes, wikis eSCORMs.
Depois de um processo de escolha de uma plataforma que suportasse oe-curso, a plataforma Moodle revelava ser a mais vantajosa. Como o Moodlee uma plataforma LMS, permite gerir todas as actividades de aprendizageme potencializa a oferta do curso eliminando as barreiras de espaco e tempo.Assim, e possıvel disponibilizar online varios recursos e actividades, suportaum grupo grande de utilizadores, permite fazer a gestao da aprendizageme de trabalho colaborativo. Bem, mas as outras plataformas, basicamente,tambem fazem o mesmo, mas ha aspectos que as distinguem, nomeadamentea actividade glossario, disponıvel apenas na plataforma Moodle, a possibili-dade de uma copia de seguranca do curso e permite escolher o formato docurso mais adequado. Optou-se por esta plataforma, pois era a mais ade-quada ao curso, no contexto de e-aprendizagem por permitir um ambiente
37
38 Capıtulo 5. Conclusoes
colaborativo e construtivo.Testou-se tambem a actividade SCORM, pois possibilita a integracao de
conteudos de aprendizagem de varias fontes num ambiente comum (LMS).Mas esta actividade revelou-se pouco eficaz. A aprendizagem e organizadade forma sequencial, nao permite restricoes ao percurso de aprendizagem ea informacao e disponibilizada na sua totalidade. Verficou-se ainda que estaactividade SCORM permite a construcao de um curso inteiro, o que revelaser vantajoso pois consente a reutilizacao em varias plataformas apesar deum outro aspecto menos positivo e que nao contem a actividade glossario.
O estudo tambem procurou analisar as potencialidades dos ambientesgeometricos, nomeadamente o GeoGCLC. No caso concreto da geometria,os ambientes geometricos dinamicos sao favoraveis e auxiliadores de umaaprendizagem significativa, pois desenvolvem a imaginacao e a criatividade.A construcao do e-curso com base no programa GCLC, revelou-se produtiva,permite nao so construcoes simples mas tambem mais complexas. Permitea manipulacao do objectos e a ilustracao das construcoes. E uma ferra-menta facil de manusear, apos conhecer as regras de construcao de figurasgeometricas. Mas o programa GCLC, e uma ferramenta que permite ir maisalem, permite nao so a construcao de figuras geometricas, mas tambem pro-var teoremas, com base no metodo da area, com possibilidades de exploracaofutura.
Assim, algumas conclusoes sao bem visıveis sobre o trabalho desenvolvido,a plataforma utilizada, o curso desenvolvido e a ferramenta de geometriadinamica. Para tal basta escrever o seguinte endereco no Navegador http://hilbert.mat.uc.pt/Moodle/course/view.php?id=8 e convidamos o leitora testar.
Aprender a Conhecer, Aprender a Viver Juntos, Apren-der a Fazer e Aprender a Ser...
J. Delors, 1998
Apendice A
Glossario
Aprendizagem Assıncrona – A aprendizagem em que a comunicacao en-tre o professor e o aluno ocorre em intervalos de tempo diferentes.
Aprendizagem Sıncrona – A aprendizagem em que a comunicacao entre oprofessor e o aluno ocorre em tempos iguais, ou seja, simultaneamente.
b-learning (Blended Learning)– Modelo de ensino/aprendizagem com com-ponentes presenciais e nao presenciais, ou seja, misto. Modelo queprocura fazer a ponte entre o classico ensino presencial e o ensino adistancia por intermedio da Rede mundial de computadores e de pro-gramas especıficos.
Chat – Ferramenta para a comunicacao sıncrona, atraves de pequenas men-sagens, entre professores e alunos.
CMS (Content Management System)– Sistemas de Gestao de Conteudos.
EaD (Educacao a Distancia)– Modalidade de ensino que permite que oaluno nao esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem.
e-learning (Electronic Learning)– Educacao com recurso a meios electro-nicos.
HTML (HyperText Markup Language)– Formato em que estao disponıveisos documentos visualizaveis nos Navegadores e mantidos na Rede.
Internet – Uma rede que possibilita a comunicacao global entre utilizado-res.
39
40 Capıtulo A. Glossario
Java applet – E uma linguagem de programacao orientada por objectoscom um mini-aplicativo que e dinamico na pagina Web .
JavaScript – E uma linguagem de programacao orientada por objectos emulti-plataforma e que e embutida em documentos HTML.
JPG – Formato utilizado na Web para imagem digital.
LCMS (Learning Content Management System)– Sistema de gestao deconteudos. E um programa que combina as capacidades de gestao decursos de um LMS com as capacidades de criacao e armazenamento deconteudos de um CMS.
LMS (Learning Management System)– Plataformas de gestao do ensino/a-prendizagem, para criar, armazenar, gerir e encaminhar os conteudosde aprendizagem.
MySQL (MyStructured Query Language)– E um sistema de gestao de basede dados (SGBD), de codigo fonte disponıvel.
Open Source – Programa cujo codigo fonte esta disponıvel.
PHP (Hypertext Preprocessor)– Linguagem de programacao de computa-dores para gerar conteudo dinamico na WWW.
p-learning (Pervasive Learning)– Aprendizagem difusa.
PostgrSQL – E um sistema de gestao de base de dados (SGBD), de codigofonte disponıvel.
SCO (Sharable Content Object)– Objectos de aprendizagem compatıveis.Bloco modular de conteudos para a e-aprendizagem.
SCORM (Sharable Content Object Reference Model)– Os elementos doSCORM podem ser combinados facilmente com outros elementos com-patıveis para produzir posicoes modulares de materiais para a apren-dizagem.
t-learning (TV Learning)– Aprendizagem com auxılio de meios de tele-visao digital.
u-learning (Ubiquos Learning)– Aprendizagem ubıqua.
URL (Uniform Resource Locator)– Endereco de um sıtio na Internet
41
w-learning (Wireless Learning)– Aprendizagem numa rede informaticasem fios.
WWW (World Wide Web)– Componente da Internet dedicada ao suportede informacao mantida em formato html.
42 Capıtulo A. Glossario
Apendice B
Plataformas para ae-Aprendizagem
B.1 Plataformas Analisadas
B.1.1 Introducao
Analisou-se algumas plataformas para decidir a mais adequada ao cursopretendido em Geometria Euclidiana, com o uso da ferramenta GCLC. Asplataformas em estudo foram o Moodle, o Dokeos e o Claroline. Foram anali-sadas algumas caracterısticas, tais como, a instalacao, as ferramentas de pro-dutividade, as ferramentas para os alunos, ferramentas pedagogicas, as fer-ramentas para os professores, ferramentas de desenvolvimento de conteudose detalhes das plataformas, bem como as versoes utilizadas.
B.1.2 Estudo Comparativo
O estudo teve como base duas plataformas, o Moodle (versao 1.7.1+) eo Claroline (versao 1.8.1), apesar de inicialmente tambem se ter colocado ahipotese de incluir a plataforma Dokeos (versao 1.6.5) no estudo, isso naoaconteceu porque esta e muito semelhante a plataforma Claroline. Ambasas plataformas sao open source (sob licenca de Software livre GNU PublicLicense) e LMS. Ambas as plataformas coincidem na sua origem, em projec-tos Universitarios, o Moodle na Curtin University of Technology e Clarolinede um projecto da Universite Catholique de Louvain. A diferenca principalreside nos modelos pedagogicos de cada um. A plataforma Moodle baseia-seno modelo construtivismo social e a plataforma Claroline identifica-se maiscomo um compendio de recursos didacticos - modelo de auto-aprendizagem.
43
44 Capıtulo B. Plataformas para a e-Aprendizagem
O Moodle e facil de instalar em qualquer plataforma (servidor) que su-porta o PHP 1 e um sistema de gestao de base de dados (MySQL 2 ou oPostgreSQL 3) e qualquer navegador (cliente) com suporte para o JavaS-cript 4. E simples, eficiente e compatıvel com a maioria dos browsers. Osseus pontos fortes consistem em varios aspectos, nomeadamente no inter-face apelativo permitindo uma compreensao e manuseamento mais rapido,por exemplo na criacao de um curso. Apresenta algumas funcionalidadestais como, avaliacao do curso, chat, diario, glossario, licao, questionarios,tarefas, entre outros, mantendo o interface “limpo”. Sendo estes cursos or-ganizados por topicos, semana ou social. A comunidade e bastante activa eextensa, permitindo troca de ideias. O ponto fraco desta plataforma residena obtencao da documentacao para o professor, que e limitativa em algu-mas caracterısticas mais avancadas (por ex.: SCORM). O curso no formatoSCORM tem uma desvantagem em relacao a outro tipo de curso se queira or-ganizar, nao permite uma actividade do tipo Glossario, ferramenta bastanteutil num curso.
Relativamente a segunda (e terceira) plataforma, e um sistema com osmesmos requisitos do primeiro, e de instalacao facil, com um interface in-tuitivo, o seu ponto forte reside na facilidade em a utilizar. Sem nenhumaformacao e possıvel criar cursos nesta plataforma, com possibilidade de criarcaminhos de aprendizagem, caminhos definidos pelo professor/tutor. O pro-fessor/tutor tem a possibilidade de visualizar o curso no modo aluno. Osseus pontos fracos residem numa comunidade nacional pouco significativa, ecom pouca documentacao disponıvel.
B.2 Tabela Comparativa
Existe uma grande variedade de plataformas que vao desde o Moodle, oDokeos, o Claroline, WebCt, BlackBoard, Sakai, ATutor, JoomlaLMS, Kno-wledgePresenter, etc. De seguida apresenta-se uma tabela comparativa paraum conjunto alargado de sistemas deste tipo. A tabela refere o nosso proprioestudo sobre o Moodle, o Dokeos, o Claroline, assim como outros estudoscomparativos [13].
1www.php.net2www.mysql.com3www.postgresql.org4http://javascript.internet.com/
B.2. Tabela Comparativa 45
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46 Capıtulo B. Plataformas para a e-AprendizagemC
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B.2. Tabela Comparativa 47
Com
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48 Capıtulo B. Plataformas para a e-Aprendizagem
*Bookmarks permitem aos utilizadores retomar as paginas importantes docurso.**Work offline e um conjunto de ferramentas que possibilita aos utilizadorestrabalhar nos seus cursos sem estarem ligados a Internet, de forma que osseus cursos possam serem sincronizados aquando se registarem novamente.***Diz respeito em como um produto esta conforme os padroes para a par-tilha de materiais educativos com outros sistemas de aprendizagem e outrosfactores que podem afectar a decisao da troca deste produto por outro****Caracterısticas ou extras adicionados ao produto que podem ser ou naoacrescidos ao custo.
Apendice C
SCORM
Muitas das plataformas de ensino a distancia utilizam uma actividade,denominada por SCORM, que e caracterizada pela reutilizacao e construcaomodular dos conteudos/recursos disponıveis. SCORM e um conjunto de nor-mas, especificacoes tecnicas para o desenvolvimento de conteudos de aprendi-zagem, de forma a garantir a interoperalidade, a reutilizacao, a acessibilidadee a durabilidade [23]. A interoperalidade caracteriza-se pelo intercambio deconteudos de diferentes plataformas, a reutilizacao tem a capacidade de incor-porar conteudos em multiplas aplicacoes e contextos, a acessibilidade permiteaceder remotamente a conteudos e de os distribuir por diferentes localizacoese por ultimo a durabilidade traduz-se pela capacidade de assegurar a opera-cionalidade dos conteudos quando a tecnologia muda. O SCORM resulta deum projecto do governo americano, o Advanced Distributed Learning (ADL).As suas especificacoes resultam da conjugacao de especificacoes ja existentese desenvolvidas por outras organizacoes1. As suas componentes principaissao o empacotamento dos conteudos, comunicacoes run-time e os metadadosdos cursos (arquivo) (ver figura C.1). A primeira componente e a agregacaode diferentes unidades de aprendizagem e inclui a estrutura de navegacao, osmateriais utilizados e os meta-dados associados. Esta informacao e incluıdanum ficheiro XML (eXtensible Markup Language) - “imsmanifest.xml”. Asegunda componente, descreve os metodos para a comunicacao entre o curso(conteudos) e o LMS. O SCORM descreve os metadados relativos ao curso (osobjectivos e informacao geral, no ficheiro “imsmanifest.xml”) e ao utilizador(informacao generica e progressao no curso). Esta norma teve como finali-dade definir um modelo geral para elaborar e executar cursos na Internet,alem do mais, proporciona a independencia da plataforma onde os objectosserao utilizados e tambem a migracao de cursos entre diferentes ambientes de
1http://www.ed–rom.com/?id=servicos/elearning/norma scorm
49
50 Capıtulo C. SCORM
aprendizagem. Warwick Bailey usa o paralelismo de uma cassete e um VHSpara clarificar esta ideia: tambem o SCORM ira igualmente “permitir que osautores fornecam conteudos que seja transportavel e utilizavel em ambientesvirtuais de aprendizagem que se encontrem em concordancia com o modelode referencia” [17].
Figura C.1: SCORM
Existem alguns programas para adicionar metadados aos conteudos, porexemplo, alguns gratuitos sao o Reload Editor e o Reload SCORM player2,o EClass3 e o eXelearning4, na construcao do curso de Geometria, experi-mentou-se o primeiro e o ultimo e optou-se pelo ultimo ultimo pois alem deser intuitivo oferece um grafismo visualmente mais atraente, pois aquandoda construcao de um tema/modulo/curso o resultado era de imediato visıvel,assim obtemos a imagem final pretendida (ver figura C.2). E uma ferramentaque permite a organizacao, estruturacao e empacotamento de conteudos pe-dagogicos segundo o modelo de referencia SCORM, ou seja, a criacao de umdocumento em eXelearning consiste na criacao de uma estrutura hierarquica,que normalmente vai ate tres nıveis, e em cada nıvel e possıvel adicionarpaginas de conteudos diversificados e depois exportar o pacote em formatoSCORM 1.2.
2http://www.reload.ac.uk3http://eclass.net4http://exelearning.org
C.1. Vantagens e Desvantagens do SCORM 51
Figura C.2: Edicao de um Objecto de Aprendizagem SCORM no eXelearning
C.1 Vantagens e Desvantagens do SCORM
As vantagens do SCORM, alem das referidas na introducao, permite asequenciacao de cursos, ou seja, possibilita a integracao de conteudos deaprendizagem de varias fontes num ambiente comum - LMS. Esta e a maiorvantagem do SCORM, pois permite aproveitar varios formatos de cursosnum unico LMS. Fornece um modelo de dados comum, oferece vantagens aoscursos, que podem ser desenvolvidos de forma independente do LMS a quese destinam. Dispoe de um empacotamento de conteudos normalizado, quefacilita a distribuicao dos cursos, atraves de um ficheiro “manifesto” queespecifıca como deve ser usado. As desvantagens do SCORM reside na difi-culdade de aplicacao em alguns casos, no modelo pedagogico e nas limitacoesde escala, pois o padrao ainda e relativamente imaturo (versao 1.2, a primeiraversao 1.0 surgiu em 2000), a aprendizagem ainda e de uma forma sequencial.Ha uma certa dependencia do JavaScript, no lado do cliente.
52 Capıtulo C. SCORM
Apendice D
Ferramentas de GeometriaDinamica
Existem a disposicao uma grande variedade de programas de GeometriaDinamica que permitem criar construcoes geometricas atraves de um inter-face grafico, permitindo manipular os varios objectos, tais como, pontos ourectas. Alguns pontos e rectas podem ser manipulados livremente e outrospodem ser criados para estabelecer relacoes nas construcoes. Segue-se umacaracterizacao breve de algumas ferramentas de geometria dinamica:
Nome: CabriURL: http://cabri.comTipo de distribuicao: ComercialBreve descricao: Uma ferramenta para a geometria Euclidiana e geometriaanalıtica. Possibilidade de instalar no Ms-Windows, Mac Os X.
Nome: C.a.R.URL: http://www.z-u-l.deTipo de distribuicao: E gratuitoBreve descricao: Simula construcoes com regua e compasso em Java. Pro-grama cujo codigo fonte esta disponıvel. Possibilidade de instalar no Ms-Windows, Mac Os X, Linux.
Nome: CinderellaURL: http://cinderella.de/tiki-index.phpTipo de distribuicao: ComercialBreve descricao: E um programa para construcoes geometricas em Java, coma facilidade de criar paginas na Web, incluindo animacoes e exercıcios. O pro-grama possui um suporte base para as geometrias: Euclidiana, hiperbolica,
53
54 Capıtulo D. Ferramentas de Geometria Dinamica
elıptica e projectiva. Possibilidade de instalar no Ms-Windows, Mac Os X,Linux e outras variantes de Unix.
Nome: Dr. GeoURL: http://www.ofset.org/drgeoTipo de distribuicao: LivreBreve descricao: E um programa de geometria interactiva, que permite criarfiguras geometricas com manipulacoes interactivas nessas figuras. O pro-grama e uma parte do projecto GNU. Possibilidade de instalar no Mac OsX e Linux.
Nome: EukleidesURL: http://www.eukleides.org/Tipo de distribuicao: GratuitoBreve descricao: E uma linguagem para a descricao de figuras em GeometriaEuclidiana e tambem um programa capaz de visualizar e animar as figurasdescritas. Possibilidade de instalar no Mac Os X e Linux.
Nome: EuklidURL: http://www.dynageo.com/eng/index.htmlTipo de distribuicao: Windows sharewareBreve descricao: E um programa de geometria euclidiana, que em vez doJava necessita do ActivX control para funcionar. Possibilidade de instalarno Ms-Windows
Nome: EuklidesURL: http://www.euklides.huTipo de distribuicao: SharewareBreve descricao: Constroi objectos no plano, podendo mover os pontos etoda a estrutura construıda. Possibilidade de instalar no Ms-Windows
Nome: GCLC/WinGCLCURL: http://www.matf.bg.ac.yu/ janicic/gclc/Tipo de distribuicao: E GratuitoBreve descricao: E uma ferramenta para visualizar e ensinar geometria.Fornece um suporte facil de utilizacao para varias construcoes geometricas,transformacoes isometricas, conicas e curvas parametricas. Tem uma versaopara DOS/Windows, Linux e MS-Windows.
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Nome: GeoGebraURL: http://www.geogebra.org/cmsTipo de distribuicao: LivreBreve descricao: E um programa multi-plataforma de matematica (geome-tria, algebra e calculo) dinamica. Possibilidade de instalar no Ms-Windows,Mac Os X e Linux.
Nome: GeometerSketchpad(GSP)URL: http://www.dynamicgeometry.com/index.phpTipo de distribuicao: ComercialBreve descricao: E um programa com ferramentas de construcao dinamica,de exploracao e demonstracao. Possibilidade de instalar no Mac Os X e Ms-Windows.
Nome: GeometriaURL: http://geocentral.net/geometria/Tipo de distribuicao: ComercialBreve descricao: E um programa de geometria interactiva, para geometriabi-dimensional e tri-dimensional. Possibilidade de instalar no Linux e Ms-Windows.
56 Capıtulo D. Ferramentas de Geometria Dinamica
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