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Construa o Seu Sistema de Rega CONSTRUIR UM SISTEMA DE REGA NO MEU JARDIM Quando falamos em sistema de rega automático ou manual, pensamos em algo que nos vai retirar trabalho e até poupar euros no futuro, porque não duvidem que um sistema de rega automático bem construído reduz o consumo de agua comparando com a mesma “rega” manual que se iria fazer. Posso dar o exemplo da senhora que só deixava de regar a relva com a mangueira quando sentia o chapinar da água, ou o senhor que colocava um “chuveiro” que mandava uns jactos rotativos para o ar e ficava tantas vezes esquecido durante a noite ou durante o jogo da selecção. Para começar temos de ter a certeza que temos o essencial – ÁGUA – porque sem ela nada feito. De seguida saber o caudal, a pressão e a qualidade, porque nos dias de hoje com tantos crimes ambientais temos de ter muito cuidado. Para sabermos o caudal é só colocar um balde que saibamos a capacidade e medir numa torneira o mais próximo do contador ou da bomba o tempo que demora a encher e depois calcular o número de litros por hora. A pressão pode ser consultada no manómetro da bomba, a qualidade é que é mais difícil, mas só é necessária se a captação for de poço ou lagoa duvidosa. PROJECTO: Material; papel milimétrico, lápis, régua, compasso, fita métrica e calculadora. Passa para o papel milimétrico a planta do seu jardim. O desenho deve ter uma escala que cada quadrícula corresponde a uma medida no jardim, assinalando as áreas de relva, canteiros, lago, piscina, caminhos… Depois de consultar a tabela do material de reg, vai usar as distâncias de rega que cada emissor faz e com a ajuda de um compasso faz-se círculos que se cruzem entre eles, mas tem de ter atenção aos obstáculos que poderão estar de frente ao emissor. Se as distancias a regar forem até 4m, deve-se usar pulverizadores mas se forem superiores 1 / 5

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Construa o Seu Sistema de Rega

CONSTRUIR UM SISTEMA DE REGA NO MEU JARDIM

Quando falamos em sistema de rega automático ou manual, pensamos em algo que nos vairetirar trabalho e até poupar euros no futuro, porque não duvidem que um sistema de regaautomático bem construído reduz o consumo de agua comparando com a mesma “rega”manual que se iria fazer. Posso dar o exemplo da senhora que só deixava de regar a relva coma mangueira quando sentia o chapinar da água, ou o senhor que colocava um “chuveiro” quemandava uns jactos rotativos para o ar e ficava tantas vezes esquecido durante a noite oudurante o jogo da selecção.

Para começar temos de ter a certeza que temos o essencial – ÁGUA – porque sem ela nadafeito. De seguida saber o caudal, a pressão e a qualidade, porque nos dias de hoje com tantoscrimes ambientais temos de ter muito cuidado.

Para sabermos o caudal é só colocar um balde que saibamos a capacidade e medir numatorneira o mais próximo do contador ou da bomba o tempo que demora a encher e depoiscalcular o número de litros por hora. A pressão pode ser consultada no manómetro da bomba,a qualidade é que é mais difícil, mas só é necessária se a captação for de poço ou lagoaduvidosa.

PROJECTO:

Material; papel milimétrico, lápis, régua, compasso, fita métrica e calculadora.

Passa para o papel milimétrico a planta do seu jardim. O desenho deve ter uma escala quecada quadrícula corresponde a uma medida no jardim, assinalando as áreas de relva,canteiros, lago, piscina, caminhos…Depois de consultar a tabela do material de reg, vai usar as distâncias de rega que cadaemissor faz e com a ajuda de um compasso faz-se círculos que se cruzem entre eles, mas temde ter atenção aos obstáculos que poderão estar de frente ao emissor. Se as distancias a regar forem até 4m, deve-se usar pulverizadores mas se forem superiores

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devemos usar aspersores.Na execução deste projecto podemos calcular se necessário a colocação de rega localizada,para canteiros, pomar e vasos. Depois de escolher o tipo de emissor que vai usar em cada sitio especifico, faz-se aimplantação dos emissores com a ajuda de um compasso, isto é, coloca-se o bico docompasso no sitio onde fica o emissor, abre-se o compasso com o raio correspondente ádistancia do emissor ideal para o local.Agora tem de fazer um pequeno calculo, que é somar o débito de cada emissor, tendo atençãoque, distancias e ângulos diferentes têm débitos diferentes, De seguida divide os emissores emgrupos de maneira que a soma do debito de cada um dos emissores não seja superior aocaudal disponível. Volto a lembrar que os pulverizadores devem ficar em sectores diferentes,tal como a rega localizada, que os canteiros e as floreiras devem ser separadas do pomar.Cada sector deve corresponder a um grupo de emissores de uma determinada área, porquequando regar vai regar por grupos, por exemplo:Sector 1 – Relva frente da casa.Sector 2 – Canteiros zona da garagem.Sector 3 – Relva da área da piscina.Sector 4 – Canteiros zona do lago.Sector 5 – Arvores de fruto.

Por meio de linhas de cores diferentes marca-se no projecto cada um dos 5 sectores,começando pelo colector das electrovalvulas até ao final do sector passando por cada um dosemissores, para que na altura de abrir as valas se saiba o local correcto de cada uma dasvalas.

Depois de calcular todos os sectores é altura de escolher o programador mais adequado aocaso, tendo em consideração se existe energia eléctrica para alimentação do transformador,porque se não houver, teremos de colocar um equipamento accionado a pilhas ou energiasolar, mas é claro que estas opções vão encarecer o projecto. Ter atenção se é necessário queo programador tenha mais sectores do que os necessários para suportar uma eventualexpansão do jardim, porque com um pequeno esforço no início na compra de um programadorcom mais estações, no futuro reduz custos.

Abertura das valas:

Este é o trabalho menos agradável e mais trabalhoso, mas tem de ser feito.As valas terão de ter uma profundidade razoável para que a tubagem não fique muito ásuperfície mas com o bom senso de não fazer uma vala tipo sepultura para uma tubagem de

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um relvado ou um pequeno rego numa tubagem de um pomar. Nos locais onde irão passarcargas os tubos devem ficar protegidos por outros mais largos e mais resistentes, ou emalternativa colocá-los um pouco mais fundos. Nos locais de passagem por sítios cimentados énecessário a abertura de valas no cimento com material apropriado e voltar a tapar ereconstruir, mas se a passagem tiver pouca largura é possível construir um túnel para passar atubagem sem danificar o chão.

Ligação da tubagem:

Normalmente a primeira ligação a fazer é na saída da alimentação seguindo a vala até áprimeira electruvalvula, ou ao colector de electrovalvulas. Ter sempre atenção que cadaelectrovalvula deverá ter uma válvula de segurança na entrada. De seguida vamos colocar otubo de um sector e com a ajuda do projecto vamos colocar os emissores no sítio correcto.Para fazer as rampas dos emissores, usa-se abraçadeiras plásticas que são apertadas contrao tubo e depois furadas com uma broca. Usando um tubo vamos montar uma ligação articuladapara a ligação do emissor, nunca devemos deixar essa ligação em grande tenção porquepodemos provocar fracturas em algum dos acessórios. Estes passos serão repetidos por todos os sectores.

Ligação eléctrica:

O programador escolhido deve ser montado tal como as recomendações do fabricante. Teratenção que as ligações eléctricas no exterior obedecem a normas e o seu incumprimentopode provocar avarias ou acidentes. Usando as valas que foram feitas para a tubagem vamoscolocar o cabo eléctrico de sinal para as electrovalvulas, que seja certificado e especifico paraser enterrado (por ex. cabo de telefone não serve). O cabo deverá ter mais um condutor do quea soma dos sectores do projecto que será o condutor comum a todos os sectores. Em sítiosonde o cabo poderá sofrer cortes, de ser colocado dentro de um tubo para que fique protegido.

Lavagem da tubagem:

Depois de se ter montado, furado todas as abraçadeiras e montado todas as rampas, deve-seproceder á lavagem de toda a tubagem para tirar todo o lixo que esteja dentro do tubo.

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Caixa de elctrovalvulas

A caixa ou caixas (se forem muitos sectores) são importantes porque permitem o acesso rápidoao equipamento e esteticamente são agradáveis de ver, porque têm uma tampa verde que seenquadra bem com o meio envolvente. A caixa deve ficar a mais nivelada possível com a terra,para que as maquinas não a destruam e em solos com má drenagem deve ser colocado nofundo da caixa um dreno feito com gravilha ou outro material semelhante. Ter atenção para queo corpo da caixa não fique a fazer pressão contra a tubagem.

Ligação dos emissores:

Qualquer que seja o tipo de emissor que estejamos a usar devemos ter em conta que nãodevemos nunca os devemos montar em acessórios de latão e devem no final ficar niveladoscom a terra para que não sejam estragados pelas máquinas ou até pelas pessoas. Os bicosdos emissores podem ser montados depois de se ter efectuado mais uma limpeza e de se tertamponado o final de cada tubo.

Ligação dos cabos ás electrovalvulas:

Seguindo o esquema do programador podemos efectuar as ligações eléctricas (não tenhamedo de choques eléctricos porque a saída do sinal tem baixa amperagem) começando noprogramador e continuando por cada um dos sectores. No final devemos isolar as ligaçõesdentro das caixas com ligadores específicos para estarem com humidade ou submersos emcaso de uma eventual rotura.

Tapar as valas:

Depois de termos efectuado um ensaio a todos os componentes de ligação e estes estarembem montados não apresentando qualquer fuga (mesmo pequena) podemos tapar as valas,tendo atenção não colocar pedras contra a tubagem e compactando a terra dentro da vala.

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Ligar o programador:

Agora efectua-se a montagem do pluviómetro e efectua-se a programação do programador.Começa-se por acertar a hora actual, depois as horas de rega e no final é só programar ostempos de rega para cada um dos sectores de rega.Com a rega ligada faz as ultimas afinações aos emissores e depois é só desfrutar o trabalhorealizado.

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