CONSTRANGIMENTOS EXISTENTES NAS EMPRESAS DO …
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PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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CONSTRANGIMENTOS
EXISTENTES NAS EMPRESAS DO
SETOR AGROALIMENTAR PORTUGUÊS
AO NÍVEL DA INTERNACIONALIZAÇÃO
Novembro de 2018
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de agradecer a todas as pessoas e empresas que generosamente se
disponibilizaram para reunir com a SPI e a fornecer informação, no sentido de permitir a
elaboração do documento “Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar
português ao nível da internacionalização”, contribuindo para o levantamento, sistematização e
análise dos constrangimentos do setor agroalimentar nacional no âmbito da
internacionalização.
Porto, novembro de 2018
A Sociedade Portuguesa de Inovação, S.A.
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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CONTEÚDOS
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 2
BARREIRAS À INTERNACIONALIZAÇÃO NO SETOR AGROALIMENTAR PORTUGUÊS ................................ 6
BARREIRAS POLÍTICAS E LEGAIS ......................................................................................................................... 6
BARREIRAS MONETÁRIAS E ALFANDEGÁRIAS ....................................................................................................... 9
BARREIRAS SOCIOCULTURAIS .......................................................................................................................... 12
BARREIRAS À PROSPEÇÃO E PROMOÇÃO INTERNACIONAL .................................................................................... 14
BARREIRAS DE GESTÃO ................................................................................................................................. 18
BARREIRAS DE MERCADO .............................................................................................................................. 21
CONCLUSÕES ....................................................................................................................................... 25
ANEXOS ............................................................................................................................................... 27
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Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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INTRODUÇÃO
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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INTRODUÇÃO
O projeto “Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agroalimentar” tem
como objetivo a capacitação do tecido empresarial do setor agroalimentar português para a
internacionalização, através da implementação de iniciativas que contribuam para a criação e
partilha de conhecimentos e para a promoção do setor e da marca PORTUGALFOODS HUB
em mercados externos.
No âmbito do projeto, a PortugalFoods tem vindo a desenvolver uma série de atividades que
visam apoiar o setor agroalimentar e as respetivas empresas a destacar-se a nível
internacional e melhorar os seus processos de internacionalização, nomeadamente:
desenvolvimento de uma estratégia de internacionalização para o setor agroalimentar
português, análise e vigilância de mercados, capacitação do setor agroalimentar para a
internacionalização, promoção internacional do setor agroalimentar português, entre outras.
Neste sentido, a PortugalFoods identificou a necessidade de realizar um levantamento de
constrangimentos do setor agroalimentar nacional, ao nível da internacionalização, por forma a
identificar, analisar e sistematizar informação relevante que ofereça contributos para o
desenvolvimento de futuras ações de apoio às empresas.
O referido levantamento de constrangimentos foi efetuado através da realização de um
questionário online, disponibilizado pela PortugalFoods no seu website, tendo-se obtido
respostas de um total de 30 empresas (Anexo 1: D1. Questionário).
Foram ainda realizadas entrevistas presenciais a 9 empresas de diferentes fileiras do setor
agroalimentar, as quais ofereceram visões mais detalhadas das dificuldades e
constrangimentos com se têm vindo a deparar no âmbito dos seus processos de
internacionalização (Anexo 2: D2. Guião de entrevista).
Com a informação recolhida e analisada, pretende-se inferir as principais dificuldades sentidas
pelas empresas do setor agroalimentar nacional no âmbito da internacionalização. Esta
informação poderá ser utilizada pela PortugalFoods na definição de atividades futuras,
nomeadamente na conceção de um ciclo de workshops de apoio às empresas, previstos no
âmbito do projeto “Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor
A seleção das empresas entrevistadas no âmbito do presente relatório teve por base um
conjunto de critérios pré-definidos, procurando incluir na amostra os diferentes contextos
nacionais do setor agroalimentar. Neste sentido, foram consideradas empresas de diferentes
dimensões, volume de negócios internacional e regiões.
Neste sentido, foram entrevistadas as seguintes empresas do setor agroalimentar nacional:
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EMPRESA CAE NUTS3
AGROAGUIAR 103 - Preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas
Alto Tâmega
AMENDOURO 103 - Preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas
Terras de Trás-os-Montes
DECORGEL 103 - Preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas
Área Metropolitana do Porto
DUBOIS DE LA ROCHE
107 - Fabricação de produtos de padaria e outros produtos à base de farinha
Área Metropolitana do Porto
FABRIDOCE 472 - Comércio a retalho de produtos alimentares, bebidas e tabaco, em estabelecimentos especializados
Região de Aveiro
GELCAMPO 463 - Comércio por grosso de produtos alimentares, bebidas e tabaco
Região de Aveiro
PANICONGELADOS 107 - Fabricação de produtos de padaria e outros produtos à base de farinha
Região de Leiria
RAMIREZ 102 - Preparação e conservação de peixes, crustáceos e moluscos
Área Metropolitana do Porto
REAL SABOR 101 - Abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne
Área Metropolitana do Porto
Refira-se que as empresas que responderam ao inquérito no âmbito do projeto enquadram-se
em diferentes subsetores de atividade, tendo sido abrangidos os seguintes CAE a 3 dígitos:
015 - Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca;
101 - Abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de
carne;
102 - Preparação e conservação de peixes, crustáceos e moluscos;
103 - Preparação e conservação de frutos e de produtos hortícolas;
104 - Produção de óleos e gorduras animais e vegetais;
105 - Indústria de lacticínios;
107 - Fabricação de produtos de padaria e outros produtos à base de farinha;
108 - Fabricação de outros produtos alimentares;
109 - Fabricação de alimentos para animais;
110 - Indústria das bebidas;
461 - Agentes do comércio por grosso;
462 - Comércio por grosso de produtos agrícolas brutos e animais vivos;
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463 - Comércio por grosso de produtos alimentares, bebidas e tabaco;
522 - Atividades auxiliares dos transportes;
749 - Atividades de consultoria científica.
Além do capítulo que constitui a presente introdução, o documento apresenta mais dois
capítulos:
Barreiras à internacionalização no setor agroalimentar português: neste capítulo
são identificadas e analisadas uma série de barreiras à internacionalização apontadas
como relevantes pelo universo de empresas participantes no presente projeto,
nomeadamente:
Barreiras políticas e legais;
Barreiras monetárias e alfandegárias;
Barreiras socioculturais;
Barreiras à prospeção e promoção internacional;
Barreiras de gestão;
Barreiras de mercado.
Conclusões: neste capítulo é feita uma sistematização das barreiras à
internacionalização consideradas mais relevantes após a análise à informação obtida
nos inquéritos e entrevistas às empresas.
Refira-se, ainda, que o presente documento apresenta em anexo uma versão do questionário
online disponibilizado às empresas e o guião de entrevista utilizado no âmbito das entrevistas
presenciais às empresas.
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BARREIRAS À INTERNACIONALIZAÇÃO
NO SETOR AGROALIMENTAR
PORTUGUÊS
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BARREIRAS À INTERNACIONALIZAÇÃO NO SETOR
AGROALIMENTAR PORTUGUÊS
Barreiras Políticas e Legais
As barreiras políticas e legais constituem dificuldades que se podem apresentar bastante
relevantes em alguns mercados internacionais. Entre este tipo de barreiras salientam-se
constrangimentos que podem ser verificados nos países de destino, como é caso de situações
de instabilidade política e/ ou económica, imposição de tarifas à importação ou a existência de
legislação complexa e exigente. Por outro lado, também é possível observar barreiras do lado
do país exportador, nomeadamente a falta de apoio governamental para a internacionalização.
A Figura 1 apresenta a relevância de uma série de barreiras politicas e legais, previamente
identificadas, para o universo de empresas inquiridas.
Figura 1. Distribuição da relevância das barreiras políticas e legais para o universo de empresas inquiridas.
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Falta de apoio governamental
Legislação complexa e exigente
Tarifas à importação
Instabilidade política/ económica
Nada relevante
Pouco relevante
Relevante
Muito Relevante
Extremamente Relevante
NA
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A barreira “Legislação complexa e exigente” foi identificada por 11 empresas como
“extremamente relevante” e por 10 empresas como “muito relevante”, pelo que cerca de 70%
das empresas inquiridas consideram este fator um constrangimento significativo aos seus
esforços de internacionalização.
A legislação específica em mercados de destino é um fator complicado, sendo
difícil ter conhecimentos sobre as formalidades legais de cada país.
Alguns entrevistados destacaram o caso da China, referindo a existência de várias diferenças
legais entre regiões, sendo necessários diferentes tipos de documentação para a importação
do mesmo produto dentro de um só país. Também o caso do Brasil foi mencionado, sendo
referido que existem várias dificuldades burocráticas e diferenças entre estados. Por forma a
contornar esta situação, algumas das entidades entrevistadas referiram que vendem os seus
produtos a importadores, que posteriormente colocam o produto em diversos clientes,
perdendo parte da margem que teriam se vendessem diretamente às cadeias de distribuição e
retalho. Uma das empresas entrevistadas indicou, ainda, que vende apenas a clientes com
grande experiência na importação e com conhecimentos da legislação do seu país, por forma a
contornar esta barreira. Refira-se que grande parte dos inquiridos que não consideraram este
constrangimento importante desenvolvem as suas atividades comerciais apenas em países
pertencentes à União Europeia.
No caso dos constrangimentos associados às “Tarifas à importação”, 9 empresas consideram
este um problema “extremamente relevante” e 7 empresas classificam-no como “muito
relevante”, sendo esta uma barreira de alta relevância para 53% das empresas inquiridas.
Várias entrevistadas apontaram a dificuldade de colocação de produtos no Brasil e no Médio
Oriente, mercados nos quais necessitam de competir com concorrentes provenientes de países
aos quais estas tarifas não são impostas e, como tal, reúnem a preferência dos clientes. Foi
inclusivamente indicado por parte de algumas empresas que a existência deste tipo de tarifas
tem vindo a impedir a sua entrada no Brasil, apesar de considerarem que os seus produtos
apresentam um elevado potencial no mercado em questão.
Por fim, refira-se que 46% das empresas consideraram “Falta de apoio governamental” e
“Instabilidade política/ económica” como constrangimentos “extremamente relevantes” ou
“muito relevantes”, salientando-se que a “Falta de apoio governamental” foi considerada
“extremamente relevante” por um total de 10 PME.
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Os apoios estatais não são devidamente canalizados, falta apoio
especializado em áreas como a legislação internacional em todos os mercados
emergentes.
Várias das empresas inquiridas consideraram existir falta de apoio estatal para a obtenção de
licenciamento de determinados produtos alimentares, que permita a sua exportação para
mercados específicos.
Adicionalmente, foi referido por uma empresa do CAE 102 (Preparação e conservação de peixes,
crustáceos e moluscos) que o apoio governamental, ao nível do financiamento, que recebe para
atividades de internacionalização é praticamente nulo, uma vez que a sua atividade é tutelada
pelo Ministério do Mar. De facto, este fator constitui um constrangimento relevante para todas
as empresas cuja atividade se desenvolve sob esse CAE, uma vez que lhes é prestado um
menor apoio à internacionalização quando comparado com outras empresas do setor
agroalimentar.
Por fim, refira-se questões relacionadas com a incapacidade do estado português para
conseguir o levantamento de embargos a determinados produtos do setor agroalimentar, em
particular nos produtos de carne e á base de carne.
No que diz respeito à “Instabilidade política/ económica”, 47% das empresas inquiridas
consideraram este constrangimento significativo, tendo 7 PME classificado esta barreira como
“Extremamente relevante” e outras 7 como “Muito relevante”.
No Brasil deparamo-nos com muita instabilidade política e fiscal,
associadas a problemas de inflação. Apesar de querermos posicionar-nos pela
qualidade do nosso produto, fomos forçados a competir pelo preço.
Um dos mercados visados no âmbito do constrangimento associado à instabilidade política
e/ou económica foi Angola, tendo sido identificados problemas associados à retenção de
divisas no país, que atrasaram os esforços de internacionalização de algumas das empresas
entrevistadas. Também o Brasil foi identificado como problemático, em particular nos últimos
anos, existindo volatilidade a nível de preços e muita instabilidade política. Refira-se, no
entanto, que uma parte significativa das empresas entrevistadas indicou que não exporta para
países com instabilidade política e/ou financeira.
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Barreiras Monetárias e Alfandegárias
As barreiras monetárias e alfandegárias constituem, naturalmente, potenciais constrangimentos
aos esforços de internacionalização das empresas. Entre este tipo de barreiras, identificou-se a
burocracia alfandegária, a dificuldade na realização de pagamentos/ recebimentos
internacionais e a flutuação de taxas de câmbio, particularmente importante no caso de
negócios fora da União Europeia.
A Figura 2 apresenta a relevância das barreiras monetárias e alfandegárias identificadas para o
universo de empresas inquiridas.
Figura 2. Distribuição da relevância das barreiras monetárias e alfandegárias para o universo de empresas inquiridas.
Verifica-se que a “Burocracia alfandegária” é considerada pelas PME inquiridas a mais
importante barreira monetária e alfandegária, tendo 6 empresas considerado este
constrangimento “Extremamente importante” e 14 empresas considerado “Muito importante”.
Assim, cerca de 67% das entidades participantes referem esta barreira como um fator de
importância significativa na sua estratégia de internacionalização.
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Flutuação de taxas de câmbio
Dificuldade pagamentos/recebimentos
Burocracia alfandegária
Nada relevante
Pouco relevante
Relevante
Muito Relevante
Extremamente Relevante
NA
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É muito difícil ter conhecimento sobre todas as barreiras e burocracias
alfandegárias existentes nos vários mercados para onde exportamos, em
particular fora da Europa.
Os constrangimentos identificados pelas empresas entrevistadas, a nível de burocracia
alfandegária, foram semelhantes aos já indicados no caso da barreira política e legal associada
à legislação complexa e exigente. Foi referido, mais uma vez, que este tipo de problema é
significativo no mercado brasileiro, existindo mesmo diferentes formalidades e exigências
documentais em diferentes estados deste país. Também o mercado chinês foi referido como
problemático a nível de burocracias alfandegárias e a diferenças das mesmas entre regiões.
Várias empresas referiram que seria importante que existisse uma entidade em Portugal com
capacidade para a recolha de informação sobre as necessidades legais e burocráticas dos
diferentes países, por forma a apoiar as PME do setor com menor experiência em exportação.
A nível de “Flutuação de taxas de câmbio” e “Dificuldade nos pagamentos/ recebimentos
internacionais", ainda que sejam fatores considerados relevantes, foi-lhes dado um menor
destaque por parte das empresas participantes.
No caso da “Dificuldade nos pagamentos/ recebimentos internacionais", 7 empresas avaliaram
esta barreira como “Extremamente relevante” e 5 como “Muito relevante”, pelo que 40% das
empresas inquiridas consideraram a relevância deste constrangimento significativa.
Nos mercados europeus não há qualquer constrangimento a nível de
recebimentos dos clientes. Nos mercados asiáticos e africanos não
concedemos créditos por haver uma maior instabilidade.
A maior parte das empresas entrevistadas considera não ter problemas a nível de
recebimentos por parte de clientes internacionais, não concedendo créditos a clientes mais
recentes e/ ou utilizando seguro de crédito. No caso das empresas que utilizam este tipo de
seguro, existiu a indicação de que o mesmo pode ser considerado um constrangimento, uma
vez que o seu valor acaba por ser transferido para o preço dos produtos, retirando
competitividade à empresa no mercado de destino. Foi também referido por uma empresa que,
por forma a contornar possíveis situações críticas de falta de pagamento, exige 50% do mesmo
antes da expedição da mercadoria.
Também no caso da “Flutuação de taxas de câmbio”, 40% das empresas participantes
consideraram este constrangimento significativo, tendo 4 PME avaliado o mesmo como
“Extremamente relevante” e 8 como “Muito relevante”.
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Na altura da venda fixamos a taxa de câmbio por forma a contornar possíveis
flutuações que prejudiquem a empresa no momento do recebimento.
Por forma a contornar o risco de “Flutuação de taxas de câmbio”, a maior parte das empresas
indicou que apenas realiza negócios em euros, tanto em mercados europeus como fora da
Europa. Houve também casos de empresas que indicaram que é prática comum a fixação de
taxas de câmbio na altura da venda, por forma a não correr qualquer risco associado à sua
possível flutuação.
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Barreiras Socioculturais
Entre as principais barreiras socioculturais mais significativas em processos de
internacionalização, destacam-se as diferenças culturais, a barreira linguística e a dificuldade
na comunicação com clientes.
A Figura 3 apresenta a relevância das barreiras socioculturais identificadas para o universo de
empresas inquiridas.
Figura 3. Distribuição da relevância das barreiras socioculturais para o universo de empresas inquiridas.
As “Diferenças culturais” foram consideradas pelas empresas inquiridas como a mais
importante barreira sociocultural, com 2 empresas a indicarem que este constrangimento é
“Extremamente relevante” e 7 empresas a indicarem que é “Muito relevante. Assim, no total,
30% das empresas indicaram que esta barreira constitui um constrangimento significativo.
As empresas entrevistadas referiram os mercados asiáticos e as comunidades árabes como
mais problemáticos, por se tratarem de culturas bastante tradicionais e com costumes
diferentes da europeia. No entanto, a maior parte das empresas considera que este fator não é
um entrave à internacionalização.
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Comunicação com clientes
Barreira linguística
Diferenças culturais
Nada relevante
Pouco relevante
Relevante
Muito Relevante
Extremamente Relevante
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A barreira associada à “Comunicação com clientes” foi considerada “Extremamente relevante”
por 1 empresa e “Muito relevante” por 6 empresas, configurando uma percentagem de 23%
das empresas inquiridas a indicar este constrangimento como significativo. Por seu lado,
apenas 3% das empresas inquiridas consideraram a “Barreira linguística” um constrangimento
significativo, com uma a classificar esta barreira como “Muito relevante”.
As diferenças horárias entre Portugal e os mercados asiáticos são as
principais barreiras socioculturais.
A nível de “Comunicação com clientes”, foi mencionado que a diferença horária entre Portugal
e os mercados asiáticos constitui um dos principais entraves nas estratégias de
internacionalização de empresas portuguesas para estes mercados. A articulação com os
clientes é dificultada por este fator, que muitas vezes impede a resolução imediata e/ou
atempada de problemas que possam surgir.
A “Barreira linguística” foi a que se demonstrou menos relevante no âmbito do presente estudo.
A utilização de carateres em mandarim em textos ou cartões-de-visita pode
ser um fator problemático.
De entre as empresas entrevistadas, a maior parte considerou que a língua inglesa é suficiente
para a comunicação com clientes e importadores, sendo a maior dificuldade a comunicação
escrita com clientes em mercados asiáticos.
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Barreiras à Prospeção e Promoção Internacional
As barreiras à prospeção e promoção internacional podem constituir um constrangimento
significativo à estratégia de internacionalização das PME do setor agroalimentar. Entre este
tipo de barreiras, identificou-se a dificuldade no desenvolvimento de campanhas de marketing
digital, a dificuldade no desenvolvimento de atividades de prospeção/ promoção, a dificuldade
em identificar/ contactar clientes, a dificuldade no acesso à informação e a escassez de
informação sobre mercados internacionais.
A Figura 4 apresenta a relevância das barreiras à prospeção e promoção internacional
identificadas para o universo de empresas inquiridas.
Figura 4. Distribuição da relevância das barreiras à prospeção e promoção internacional para o universo de
empresas inquiridas.
A barreira à prospeção e promoção internacional considerada mais significativa pelo grupo de
empresas inquiridas foi a “Dificuldade no desenvolvimento de atividades de prospeção/
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Informação disponível insuficiente
Dificuldade no acesso à informação
Dificuldade em identificar/ contactarpotenciais clientes
Dificuldade no desenvolvimento deatividades de prospeção/ promoção
Dificuldade no desenvolvimento decampanhas de marketing digital
Nada relevante
Pouco relevante
Relevante
Muito Relevante
Extremamente Relevante
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promoção”, com 2 empresas a considerarem este constrangimento “Extremamente relevante” e
18 empresas a classificarem-no como “Muito relevante”. Assim, 67% das empresas
participantes apontaram este tipo de barreira como um constrangimento significativo no âmbito
dos seus processos de internacionalização.
Falta uma cultura de promoção ativa de Portugal e dos produtos portugueses
nas delegações fora de Portugal.
Uma das principais dificuldades associada ao desenvolvimento de atividades de promoção e
prospeção internacional é o facto de não existir, a nível nacional, um esforço concertado
governamental para a promoção da marca Portugal. Neste sentido, a PortugalFoods tem
procurado desenvolver este tipo de trabalho, fomentando novas dinâmicas e sinergias entre as
empresas do setor agroalimentar através da participação em feiras internacionais com grandes
comitivas de empresas portuguesas, que acabam por promover todo o setor agroalimentar
português no exterior.
As feiras internacionais são locais onde encontramos contactos, fornecedores
e clientes, adquirimos conhecimentos sobre o setor e o mercado e desenvolvemos
sinergias.
Refira-se, por outro lado, que uma parte das empresas entrevistadas afirmou marcar presença
regular em feiras internacionais do setor, tanto através de participações conjuntas promovidas
pela PortugalFoods, como através de projetos de internacionalização individuais financiados.
De facto, as empresas em questão consideram estes eventos um ponto de encontro relevante
e um meio de contacto com potenciais clientes e de criação de sinergias com outras empresas
do setor.
Neste âmbito, as empresas entrevistadas foram ainda questionadas quanto à relevância do
desenvolvimento de uma feira internacional agroalimentar em Portugal, que oferecesse em
paralelo um espaço para mostra/ promoção de produtos e um espaço dedicado à realização de
workshops sobre temáticas relevantes.
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No que diz respeito à “Dificuldade em identificar/ contactar potenciais clientes”, saliente-se que
75% das empresas inquiridas indicaram a existência de constrangimentos significativos, tendo
6 PME considerado esta barreira “Extremamente relevante” e 11 PME “Muito relevante.”
É complicado encontrar informação relevante sobre potenciais clientes, é
necessário conseguir mobilizar os escritórios da AICEP nos vários mercados alvo.
Face à dificuldade na identificação de potenciais clientes, as empresas entrevistadas referiram
identificar e contactar novos clientes principalmente através da participação em feiras e, em
alguns casos, através do desenvolvimento de ações de prospeção internacional.
No que diz respeito a constrangimentos associados ao acesso à informação sobre mercados
internacionais, 50% das empresas inquiridas consideraram significativa a barreira “Informação
disponível insuficiente”, com 5 empresas a classificarem este constrangimento “Extremamente
relevante” e 10 empresas como “Muito relevante”. Por seu lado, a barreira “Dificuldade no
acesso à informação" foi considerada “Extremamente relevante” por 1 empresa e “Muito
relevante” por 8 empresas, configurando cerca de 30% do universo de empresas inquiridas.
Um dos pontos que as empresas consideram mais relevantes para o sucesso de uma
potencial nova feira em Portugal é a diferenciação, tendo sido mencionado que é
importante que esta feira se destaque das já existentes (e.g. SISAB, Alimentaria). Foram
dadas algumas sugestões, salientando-se:
Realização de missões inversas no âmbito da feira;
Realização de showcookings.
Um segundo aspeto digno de relevo foi a indicação de que para uma parte significativa
das empresas, atualmente, não compensa participar em eventos deste género em
Portugal, uma vez que os custos se assemelham à participação financiada em grandes
feiras internacionais, como é o caso da SIAL ou da ANUGA. Neste sentido, para que as
empresas pudessem considerar a participação neste evento, os preços teriam que ser
inferiores aos de outras feiras semelhantes que decorrem atualmente em Portugal.
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A prospeção é difícil e cara, a informação existente é pouca e de baixa
qualidade.
Algumas empresas referiram contornar a escassez de informação e respetiva dificuldade de
acesso através da realização de missões de prospeção aos mercados, por considerarem ser
essa a forma mais eficaz de obter conhecimentos relevantes sobre canais de distribuição,
potenciais clientes e tendências de consumo nos mercados alvo. No entanto, a maior parte das
empresas indicou utilizar estudos de mercado e macroeconómicos realizados pela
PortugalFoods ou AICEP por forma a procurar informação sobre mercados internacionais e
manter-se informada sobre novas tendências e a atualidade económica nos países em que
atua.
A nível de constrangimentos associados com a “Dificuldade no desenvolvimento de campanhas
de marketing digital”, 43% das empresas inquiridas indicou que se trata de uma barreira à
internacionalização significativa, com 3 empresas a considerarem este fator “Extremamente
relevante” e 10 PME a classificarem-no como “Muito relevante”.
Atualmente desenvolvemos campanhas de marketing digital em vários
mercados, estratégia que tem vindo a dar resultados.
Algumas das empresas entrevistadas referiram realizar atividades associadas ao marketing
digital, dando particular atenção ao desenvolvimento de material informativo e promocional,
como infografias e ao envio periódico de newsletters. Não obstante, refira-se que uma parte
significativa dos entrevistados afirmou não realizar campanhas de marketing digital por não
considerar necessário, uma vez que não vendem ao cliente final, mas sim a importadores ou
distribuidores nos mercados alvo.
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Barreiras de Gestão
As barreiras de gestão podem constituir constrangimentos internos significativos, que impedem
ou dificultam a formalização de uma estratégia de internacionalização das empresas. Entre
este tipo de barreiras, foram identificadas dificuldades no acesso ao financiamento, escassez
de meios financeiros para afetar à internacionalização, dificuldade em encontrar representação
em mercados alvo, equipa inadequada ou inexperiente ou falta de tempo.
A Figura 5 apresenta a relevância das barreiras de gestão identificadas para o universo de
empresas inquiridas.
Figura 5. Distribuição da relevância das barreiras de gestão para o universo de empresas
inquiridas.
A “Dificuldade em encontrar representação em mercados alvo” foi considerada a barreira mais
significativa por parte das empresas inquiridas, tendo 7 empresas classificado estre
constrangimento como “Extremamente relevante” e 13 empresas como “Muito relevante”.
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5
4
2
4
0
2
2
0 2 4 6 8 10 12 14
Falta de tempo
Equipa inadequada/ inexperiente
Dificuldade em encontrar representaçãoem mercados alvo
Escassez de meios financeiros
Dificuldades no acesso ao financiamento
Nada relevante
Pouco relevante
Relevante
Muito Relevante
Extremamente Relevante
NA
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
19
Assim, cerca de 67% das empresas participantes indicaram que este fator se reflete de forma
negativa na sua estratégia de internacionalização.
Procuramos formar e acompanhar de perto os nossos representantes nos
mercados alvo.
A dificuldade em encontrar representares em mercados alvo pode constituir um
constrangimento significativo, sendo muito complicado desenvolver atividades de
internacionalização em determinados mercados sem a contratação de um representante. Uma
das empresas entrevistadas referiu que necessitou de contratar um colaborador em Portugal
para fazer o trabalho inicial de representação da empresa num mercado internacional. Após um
período de 2 anos, e face a uma maior visibilidade da empresa no mercado em questão, foi,
então, possível encontrar um novo representante oriundo desse país.
As “Dificuldades no acesso ao financiamento” constituem a segunda barreira de gestão mais
significativa, tenso sido classificada como “Extremamente relevante” por 10 empresas e “Muito
relevante” por 9 empresas, num total de 63% da amostra de empresas participantes. Já no
caso da “Escassez de meios financeiros” 60% das empresas consideraram esta barreira um
fator decisivo na sua estratégia, tendo sido classificada por 8 PME como “Extremamente
relevante” e por 10 PME como “Muito relevante”.
Não estamos dependentes do financiamento para a internacionalização,
mas procuramos aproveitar as oportunidades existentes.
Refira-se que, não obstante os resultados do inquérito online, que apontam a dificuldade das
empresas no acesso ao financiamento, no caso das empresas entrevistadas grande parte
referiu obter financiamento para participação em feiras internacionais sem grandes
constrangimentos. Esta participação é feita tanto através da sua inclusão em projetos conjuntos
da PortugalFoods, como através de projetos individuais de internacionalização financiados pelo
Portugal 2020. O principal constrangimento identificado no âmbito das entrevistas presenciais
foi a complexidade e duração dos processos de candidatura ao Portugal 2020. No que diz
respeito à escassez de meios financeiros, as empresas referiram resolver esse problema
através da obtenção de financiamento.
As barreiras “Equipa inadequada/ inexperiente” e “Falta de tempo” foram consideradas
significativas por 50% e 40% das empresas inquiridas, respetivamente. No primeiro caso,
“Equipa inadequada/ inexperiente”, 3 empresas classificaram o constrangimento como
“Extremamente relevante” e 12 empresas como “Muito relevante”. Já no que diz respeito à
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
20
“Falta de tempo”, este fator foi considerado “Extremamente relevante” por 5 empresas e “Muito
relevante” por 7 empresas.
Muitas empresas procuram afetar Recursos Humanos que já possuem nos seus
quadros a outras tarefas, no entanto consideramos que é importante ter
colaboradores especializados na internacionalização, com qualificações
e perfil para o cargo.
Grande parte das empresas referiu possuir uma equipa afeta à internacionalização composta,
no mínimo, por 1 Recurso Humano. A nível de falta de tempo para afetar à internacionalização,
não obstante os resultados obtidos no inquérito online, as empresas entrevistadas diretamente
não apresentaram qualquer preocupação em relação a este fator.
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
21
Barreiras de Mercado
A existência de barreiras de mercado pode constituir um constrangimento significativo no
processo de internacionalização das empresas. Em particular, é possível identificar barreiras
como elevados custos de transporte, dificuldades logísticas, dificuldades na oferta de serviços
pós-venda, complexidade das cadeias de distribuição nos mercados alvo, dificuldade na
obtenção de certificação de produtos, dificuldade em alcançar exigências qualitativas dos
mercados alvo e dificuldade em adaptar os produtos aos mercados alvo.
A Figura 6 apresenta a relevância das barreiras de mercado identificadas para o universo de
empresas inquiridas.
Figura 6. Distribuição da relevância das barreiras de mercado para o universo de empresas inquiridas.
1
0
0
1
2
0
1
4
2
5
1
3
5
9
7
5
7
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8
11
15
9
9
7
11
10
8
4
5
9
7
4
5
5
1
4
5
4
0
2
1
0
0 5 10 15 20
Dificuldades em adaptar o produtoaos mercados alvo
Dificuldade em alcançarexigências qualitativas dos
mercados alvo
Dificuldade na obtenção decertificação de produtos
Complexidade das cadeias dedistribuição nos mercados alvo
Dificuldade na oferta de serviçospós-venda
Dificuldades logísticas
Elevados custos de transporte
Nada relevante
Pouco relevante
Relevante
Muito Relevante
Extremamente Relevante
NA
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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Os “Elevados custos de transporte” são a barreira de mercado considerada mais problemática
pelas empresas inquiridas, tendo 9 empresas classificado este constrangimento como
“Extremamente relevante” e 15 empresas como “Muito relevante”. Assim, 80% das empresas
consideraram este um fator significativo no âmbito do seu processo de internacionalização. Por
outro lado, as “dificuldades logísticas” mostraram-se significativas para 53% das empresas
participantes, tendo sido consideradas “Extremamente relevantes” por 5 empresas e “Muito
relevantes” por 11. Refira-se que estes fatores configuram os constrangimentos mais
relevantes associados às Barreiras de Mercado.
Portugal encontra-se na periferia da Europa e, como tal, é menos competitivo a
fornecer países da Europa Central, que têm menos custos de transporte se
realizarem negócios entre eles.
Várias empresas referiram que a localização do país é um constrangimento que prejudica as
empresas nos custos e na duração do transporte de mercadorias em casos de exportação para
a Europa Central, do Norte e de Leste. Adicionalmente, a nível logístico, as empresas
entrevistadas indicaram que em Portugal é bastante complicado proceder a transportes de
grupagem, uma vez que a recolha de mercadoria se encontra muito centralizada no Porto ou
em Lisboa, aumentando os tempos de viagem em 1 ou 2 dias e prejudicando o prazo de
entrega ao cliente. Também o deficiente acondicionamento de produtos em transportes de
grupagem foi considerado um constrangimento importante, havendo por vezes produtos que
chegam ao seu destino em condições impróprias para consumo.
A “complexidade das cadeias de distribuição nos mercados alvo” foi considerada um fator
significativo por cerca de 47% das empresas inquiridas, tendo sido classificado como
“Extremamente relevante” por 1 PME e “Muito relevante” por 13.
Neste sentido, é importante destacar que a falta de conhecimento das empresas em relação às
cadeias de distribuição e sua complexidade pode constituir um constrangimento significativo,
sendo muitas vezes pertinente a realização de trabalhos de prospeção prévios, que permitam
uma abordagem mais informada aos mercados alvo.
Por sua vez, 40% das empresas inquiridas consideraram uma barreira de importância
significativa a “Dificuldade na obtenção de certificação de produtos”. Neste âmbito, empresas
consideraram este constrangimento “Extremamente relevante” e 7 classificaram-no como
“Muito relevante”.
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
23
Além das certificações mais comuns, consideramos importante apresentar
produtos com certificado biológico por forma a fornecer segmentos de maior
qualidade.
Grande parte das empresas entrevistadas considerou os custos de certificação problemáticos.
Não obstante, quase todas apresentam as certificações necessárias para a comercialização
dos seus produtos nos mercados para os quais exportam, como é o caso das certificações IFS,
BRC, Kosher e Halal.
As barreiras associadas a “Dificuldades em adaptar o produto a mercados alvo” e “Dificuldades
em alcançar as exigências qualitativas dos mercados alvo” foram consideradas significativas
por 37% e 23% das empresas inquiridas, respetivamente. No primeiro caso, “Dificuldades em
adaptar o produto a mercados alvo”, 4 empresas classificaram o constrangimento como
“Extremamente relevante” e 7 empresas como “Muito relevante”. Já no que diz respeito à
“Dificuldades em alcançar as exigências qualitativas dos mercados alvo”, este fator foi
considerado “Extremamente relevante” por 2 empresas e “Muito relevante” por 5 empresas.
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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CONCLUSÕES
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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CONCLUSÕES
Os constrangimentos identificados e analisados ao longo do presente documento configuram
uma amostra significativa das principais dificuldades encontradas pelas empresas do setor
agroalimentar português ao nível da internacionalização. No presente capítulo, é feita uma
sistematização das barreiras à internacionalização consideradas mais relevantes após a
análise à informação obtida por meio de inquéritos online e entrevistas presenciais a um total
de 39 empresas.
BARREIRAS POLÍTICAS E LEGAIS
A legislação complexa e exigente em mercados de destino foi considerada, de longe, a mais
importante barreira política e legal pelo universo de empresas inquiridas no âmbito do presente
trabalho. As empresas apontam uma grande dificuldade no acesso a informações relevantes
orientadas para cada um dos mercados em que operam ou pretendem operar, sendo
importante para o setor a existência de uma base de dados com informação política e legal de
diversos países sistematizada.
BARREIRAS MONETÁRIAS E ALFANDEGÁRIAS
A burocracia alfandegária foi apontada como a maior dificuldade das empresas do setor
agroalimentar no que diz respeito a barreiras monetárias e alfandegárias. De facto, à
semelhança daquilo que acontece ao nível político e legal, também a falta de informação
acerca das burocracias alfandegárias de cada mercado constitui um constrangimento
relevante, dificultando o processo de exportação das empresas do setor para os seus
mercados alvo.
BARREIRAS SOCIOCULTURAIS
As empresas participantes, tanto através de inquérito online como através de entrevista
presencial, consideraram as barreiras socioculturais pouco relevantes, apontando apenas
algumas dificuldades na comunicação - maioritariamente a nível escrito - com clientes/
potenciais clientes em mercados asiáticos.
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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BARREIRAS À PROSPEÇÃO E PROMOÇÃO INTERNACIONAL
Ao nível das barreiras à prospeção e promoção internacional, as empresas inquiridas apontam
como principal constrangimento a dificuldade no desenvolvimento de atividades de prospeção/
promoção. De facto, neste contexto, muitas das empresas participantes ressalvaram a
importância de desenvolver, a nível nacional, um esforço concertado de promoção da marca
Portugal.
BARREIRAS DE GESTÃO
A principal barreira de gestão identificada pelo universo de empresas participantes foi a
dificuldade na obtenção de representação em mercados alvo, tendo sido inclusivamente
referido que existe maior facilidade em contratar colaboradores portugueses e colocá-los em
outros países do que encontrar o representante ideal nos mercados de destino. Foi ainda dado
destaque às dificuldades no acesso ao financiamento pelas empresas participantes no
inquérito online.
BARREIRAS DE MERCADO
As empresas inquiridas apontam os custos de transporte e as dificuldades a nível logístico
como as principais barreiras de mercado. Face à importância que o transporte e a logística
apresentam no contexto da internacionalização, grande parte das empresas participantes
mostraram particular preocupação neste tipo de constrangimento, em particular no que diz
respeito às dificuldades que podem surgir ao nível dos transportes de grupagem.
PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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ANEXOS
ANEXOS
Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D1. Questionário
CONSTRANGIMENTOS DO SETOR
AGROALIMENTAR AO NÍVEL DA
INTERNACIONALIZAÇÃO
D1. QUESTIONÁRIO
Setembro de 2018
Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D1. Questionário
NOTA INTRODUTÓRIA
O projeto “Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agroalimentar português” foi
aprovado no âmbito de uma candidatura ao aviso Nº 04/SIAC/2017 Sistema de apoio às ações coletivas –
Internacionalização. O projeto, que decorre entre novembro de 2017 e outubro de 2019, é promovido pela
PortugalFoods e financiado pelo COMPETE - Programa Operacional Competitividade e
Internacionalização, pelo Portugal 2020 e pela União Europeia - Fundos Europeus de Desenvolvimento
Regional.
O “Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agroalimentar” tem como objetivo a
capacitação do tecido empresarial do setor agroalimentar português para a internacionalização, através da
implementação de iniciativas que contribuam para a criação e partilha de conhecimentos e para a promoção
do setor e da marca PORTUGALFOODS HUB em mercados externos.
O presente questionário surge da necessidade de se realizar um levantamento dos constrangimentos das
empresas do setor agroalimentar nacional no âmbito da internacionalização. Pretende-se com este
questionário adquirir informação de natureza qualitativa e quantitativa que, posteriormente, permita
identificar, analisar e sistematizar os atuais constrangimentos com que as empresas do setor se deparam.
Este trabalho tem como objetivo oferecer contributos que permitam à PortugalFoods organizar e dinamizar
iniciativas que promovam a criação e partilha de conhecimentos nas empresas, nomeadamente através de
workshops, conferências e fóruns de discussão sobre temáticas relevantes para a promoção da
internacionalização do setor.
Assim, este questionário é realizado no âmbito do projeto “Portugal Excecional – Estratégia de
Internacionalização do setor agroalimentar português”, aprovado no âmbito de uma candidatura ao aviso
Nº 04/SIAC/2017 Sistema de apoio às ações coletivas – Internacionalização. O projeto é promovido pela
PortugalFoods e financiado pelo COMPETE - Programa Operacional Competitividade e
Internacionalização, pelo Portugal 2020 e pela União Europeia - Fundos Europeus de Desenvolvimento
Regional.
Os dados pessoais recolhidos e fornecidos pela entidade serão processados e armazenados
informaticamente, destinando-se a ser utilizados pela Associação Integralar – Intervenção de Excelência
no Setor Agro-Alimentar para efeitos de análise no âmbito do referido projeto, para marketing, promoção e
divulgação de ações. Pode opor-se ao tratamento de dados a qualquer momento e por qualquer meio, sem
prejuízo do cumprimento das obrigações impostas por lei.
Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D1. Questionário
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
Caraterização da empresa
1. Nome da empresa: ________________________________________________________
2. CAE principal da empresa (CAE a 4 dígitos):_____________________________________
Nas secções subsequentes, procurar-se-á determinar a importância de uma série de fatores para o
processo de internacionalização da empresa. Para cada item é apresentada uma escala de 1 a 5, sendo
que a nota mínima corresponde a “apresenta pouco impacto para a estratégia de internacionalização da
empresa” e a nota máxima a “apresenta muito impacto para a estratégia de internacionalização da
empresa”. Caso algum destes fatores não se aplique à realidade da empresa, por favor, escolha a opção
“NA”.
Barreiras políticas e legais
1 2 3 4 5 NA
Falta de apoio governamental
Legislação complexa e exigente em mercados alvo
Tarifas à importação nos mercados alvo
Instabilidade política nos mercados alvo
Barreiras monetárias e alfandegárias
1 2 3 4 5 NA
Flutuação de taxas de câmbio
Dificuldade em realizar pagamentos/ recebimentos internacionais
Demasiada burocracia alfandegária
Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D1. Questionário
Barreiras socioculturais
1 2 3 4 5 NA
Dificuldade de comunicação com clientes em mercados-alvo
Barreira linguística
Diferenças culturais
Barreiras à prospeção e promoção internacional
1 2 3 4 5 NA
Informação insuficiente acerca dos mercados alvo
Dificuldade no acesso à informação macroeconómica, cultural, de mercado, etc.
Dificuldade em identificar e contactar potenciais clientes
Dificuldades no desenvolvimento de actividades de prospeção e promoção internacional
Dificuldade no desenvolvimento de campanhas de marketing digital
Barreiras de gestão
1 2 3 4 5 NA
Falta de tempo para afetar à internacionalização
Equipa de internacionalização inadequada/ inexperiente
Dificuldade em encontrar representação em mercados alvo
Escassez de meios financeiros para financiar a internacionalização
Dificuldade no acesso ao financiamento (e.g. Portugal 2020)
Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D1. Questionário
Barreiras de mercado
1 2 3 4 5 NA
Dificuldade em adaptar o produto aos mercados alvo
Dificuldade em alcançar as exigências qualitativas dos mercados alvo
Dificuldade na certificação dos produtos
Complexidade das cadeias de distribuição nos mercados alvo
Dificuldades em oferecer serviços pós-venda adequados nos mercados alvo
Dificuldades logísticas
Elevados custos de transporte
Evento nacional
Considera que a realização de um evento nacional que oferecesse em paralelo um espaço para mostra/
promoção de produtos e um espaço dedicado à realização de workshops sobre temáticas relevantes seria
benéfico para o setor? Em caso afirmativo, que localização consideraria a mais indicada para o evento?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Outros constrangimentos
Considera que existem constrangimentos à internacionalização que não estejam mencionados neste
documento/entrevista? Caso a resposta seja afirmativa por favor indique quais.
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Observações/ sugestões
____________________________________________________________________________________
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Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D2. Guião de entrevista
CONSTRANGIMENTOS DO SETOR
AGROALIMENTAR AO NÍVEL DA
INTERNACIONALIZAÇÃO
D2. GUIÃO DE ENTREVISTA
Setembro de 2018
Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D2. Guião de entrevista
NOTA INTRODUTÓRIA
O projeto “Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agroalimentar português” foi
aprovado no âmbito de uma candidatura ao aviso Nº 04/SIAC/2017 Sistema de apoio às ações coletivas –
Internacionalização. O projeto, que decorre entre novembro de 2017 e outubro de 2019, é promovido pela
PortugalFoods e financiado pelo COMPETE - Programa Operacional Competitividade e
Internacionalização, pelo Portugal 2020 e pela União Europeia - Fundos Europeus de Desenvolvimento
Regional.
O “Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agroalimentar” tem como objetivo a
capacitação do tecido empresarial do setor agroalimentar português para a internacionalização, através
da implementação de iniciativas que contribuam para a criação e partilha de conhecimentos e para a
promoção do setor e da marca PORTUGALFOODS HUB em mercados externos.
No âmbito do projeto, a PortugalFoods tem vindo a desenvolver uma série de atividades que visam apoiar
o setor agroalimentar e as respetivas empresas a destacar-se a nível internacional e melhorar os seus
processos de internacionalização, nomeadamente: desenvolvimento de uma estratégia de
internacionalização para o setor agroalimentar português, análise e vigilância de mercados, capacitação
do setor agroalimentar para a internacionalização, promoção internacional do setor agroalimentar
português, entre outras.
Neste sentido, a PortugalFoods identificou a necessidade de realizar um levantamento de
constrangimentos do setor agroalimentar nacional, ao nível da internacionalização, por forma a identificar,
analisar e sistematizar informação relevante que ofereça contributos para o desenvolvimento de futuras
ações de apoio às empresas. Assim, o presente documento servirá como base a entrevistas presenciais a
realizar a um conjunto de empresas de diferentes fileiras do setor agroalimentar nacional. Os resultados
destas entrevistas, em conjunto com os resultados de um questionário disponibilizado online a todas as
empresas do setor (ver documento relacionado “D1. Questionário”) apoiarão a definição de temas para
um ciclo de workshops a realizar posteriormente pela PortugalFoods.
Todas as informações recolhidas serão tratadas de modo confidencial, e destinam-se, única e
exclusivamente, à realização do relatório de levantamento de constrangimentos do setor agroalimentar ao
nível da internacionalização.
Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D2. Guião de entrevista
IDENTIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
NOME
CARGO/ FUNÇÃO
EMPRESA
DATA DA ENTREVISTA
APRESENTAÇÃO
1. Contextualize brevemente o processo de internacionalização da empresa.
BARREIRAS POLÍTICAS E LEGAIS
2. Considera existir falta de apoio governamental para empresas que procuram internacionalizar-se?
3. As tarifas à importação nos mercados de destino são um entrave significativo à exportação?
4. A legislação nos mercados de destino configura um constrangimento às exportações da empresa?
5. A empresa tem em conta possíveis instabilidades macroeconómicas quando determina novos
mercados?
BARREIRAS MONETÁRIAS E ALFANDEGÁRIAS
6. A empresa depara-se com dificuldades de acesso aos mercados relacionadas com questões
alfandegárias?
7. Como é que empresa lida com possíveis flutuações de taxas de câmbio?
8. Existem dificuldades na realização de pagamentos/ recebimentos internacionais?
BARREIRAS SOCIOCULTURAIS
9. A barreira linguística é um constrangimento relevante na abordagem a mercados internacionais?
10. Considera que existem determinados mercados nos quais o Inglês não é suficiente para manter a
comunicação com potenciais clientes?
Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D2. Guião de entrevista
11. As diferenças culturais são um entrave à internacionalização?
12. Que mercados de interesse para a sua empresa considera serem mais críticos a nível de diferenças
culturais?
BARREIRAS À PROSPEÇÃO E PROMOÇÃO INTERNACIONAL
13. A empresa acede regularmente a informações macroeconómicas sobre os mercados para os quais
exporta ou pretende exportar?
14. Considera que existe pouca informação disponível para apoiar empresas que pretendem entrar em
mercados cuja diferença cultural é mais acentuada?
15. A dificuldade de identificação de potenciais clientes em mercados internacionais é um
constrangimento à internacionalização?
16. Quais as principais dificuldades que a empresa encontra no decorrer das atividades de prospeção e
promoção?
17. É hábito da empresa o desenvolvimento de campanhas de marketing digital em mercados de destino
das exportações?
18. Considera que existem na empresa os conhecimentos para o desenvolvimento deste tipo de
conteúdos?
19. Considera que a realização de um evento nacional que oferecesse em paralelo um espaço para
mostra/ promoção de produtos e um espaço dedicado à realização de workshops sobre temáticas
relevantes seria benéfico para o setor? Em caso afirmativo, que localização consideraria a mais indicada
para o evento?
BARREIRAS DE GESTÃO
20. A empresa tem um departamento de internacionalização?
21. Considera que a empresa apresenta dificuldades organizacionais no âmbito do seu processo de
internacionalização? Que tipo de dificuldades?
22. A empresa encontra dificuldades no apoio aos colaboradores responsáveis pela internacionalização
para o desenvolvimento das suas atividades?
23. A empresa tem uma estratégia de internacionalização ou tem vindo a exportar para mercados nos
quais vão surgindo oportunidades?
24. Encontra dificuldades no acesso ao financiamento?
25. Já apresentou candidaturas ao Portugal2020 para o apoio à internacionalização? Se não, porquê?
Portugal Excecional – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
D2. Guião de entrevista
BARREIRAS DE MERCADO
26. Quando exporta para novos mercados procura adaptar o produto e/ou embalagem às tendências e
preferências do mercado de destino? (excluindo aqui a necessidade óbvia de tradução de rótulos)
27. A empresa recorre habitualmente a atividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação ou
desenvolvimento de novos produtos? Se não, porque motivo?
28. A obtenção de certificações é um constrangimento para a empresa?
29. A dificuldade em oferecer serviços pós-venda em mercados internacionais pode configurar um
obstáculo à internacionalização?
30. Que principais dificuldades logísticas encontra quando procura exportar?
31. Estas dificuldades são semelhantes para todos os mercados?
OUTROS CONSTRANGIMENTOS
Considera que existem constrangimentos à internacionalização que não estejam mencionados neste
documento/entrevista? Caso a resposta seja afirmativa por favor indique quais.
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PortugalFoods – Estratégia de internacionalização do setor agro-alimentar português
Constrangimentos existentes nas empresas do setor agroalimentar português ao nível da internacionalização
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