CONSORCIO PIONEIRO Erasmus em estágio...CONSORCIO PIONEIRO Erasmus em estágio JOÃO FILIPE QUEIRÓ...
Transcript of CONSORCIO PIONEIRO Erasmus em estágio...CONSORCIO PIONEIRO Erasmus em estágio JOÃO FILIPE QUEIRÓ...
CONSORCIO PIONEIRO
Erasmus em estágio
JOÃO FILIPEQUEIRÓ ESTEVE NA
APRESENTAÇÃO DO
ERASMUS CENTRO
¦ 0 Consórcio Erasmus
Centro, um projecto
pioneiro cuja missão é
promover estágios pro-fissionais em países eu-
ropeus aos alunos dos
politécnicos, foi apre-sentado esta semanaem Coimbra."É um incentivo nummomento em que qua-se só se fala de dificul-
dades", sublinhou João
Filipe Queiró, secretário
de Estado do Ensino Su-
perior.0 Erasmus Centro reú-
ne os institutos politéc-nicos de Castelo Bran-
co, Coimbra, Guarda,
Leiria, Aveiro, Portalegree Santarém, bem comovárias empresas.!
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) anunciou que recebeu 1.628contributos para a Revisão da Estrutura Curricular do Ensino Básico e
Secundário, cujo período de discussão pública terminou na terça-feira.Segundo o MEC, o número de contributos recebidos atingiu "o seu piconos últimos dias", somando 1.628 contributos de 843 pessoas a títuloindividual e de 342 entidades. Destes contributos recebidos, já foramanalisadas 1.118 propostas. A versão final será anunciada em Março.
Proposta de Revisão Curricular recebeuno total 1.628 contributos
EDUCAÇÃO
Universidade
paga 30 eurospara ver pomo¦ A Universidade de Aveiro
(UA) paga 30 euros a estu-dantes, entre os 18 e 40 anos,
para verem pornografia du-rante 90 minutos, numa ses-são em laboratório. O objec-tivo do estudo, a cargo doSexLab da UA, é comparar as
reacções de homens com dis -função eréctil de outros semeste problema. A sessão de-corre numa sala, sem obser-vação dos investigadores,sendo garantida privacidadee confidencialidade. A reac-ção dos estudantes será me-dida com recurso ao inovadorsoftware rVlewX. ¦ B.L
REVISÃO CURRICULAR
1628 contributos
¦ 0 Ministério da Educaçãoe Ciência recebeu 1628 con-tributos para a revisão da
estrutura curricular. A ver-são final é conhecida em
Março.
PRESIDENTE DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA
Porta de emprego_^ iscute-sefrequen-\ temente quais são
las característicasJ diferenciadoras do
w^S ensino superiorpolitécnico. Pois bem, re-sumem - se numa palavra :
empregabilidade. O con-ceito de empregabilidadetem que ver com o conjuntode competências com queuma determinada forma-ção habilita os seus diplo -mados, com o objectivo delhes garantir uma melhor e
mais fácil inserção nomundo do trabalho.
O ensino superior poli-técnico foi criado com o
propósito de qualificar as
pessoas com um nível de
formação superior, masclaramente orientada para odesenvolvimento de com-petências profissionais.Quer isto dizer que um cur-so do ensino politécnico,além de garantir uma sólida
formação científica de ín-dole teórica e prática, temtambém de satisfazer re-quisitos de aplicação desseconhecimento no exercíciodas funções que se esperaque uma pessoa com for-mação superior venha a de -
sempenhar, no âmbito dasua actividade profissional.
No Politécnico de Leiria,esta tem sido uma apostaganha. O facto de estarmosinseridos no seio de um
meio empresarial especial-mente dinâmico, com umaelevada taxa de indústriasde base tecnológica, onde é
exigida formação científica,técnica e profissional domais alto nível, tem-nospermitido o desenvolvi-mento de práticas de for-mação especialmenteorientadas para esse fim.
Outra aposta do nossoInstituto é a cooperação en-tre instituições de ensino
superior, como é exemplo a
áiO ENSINO POLI-TÉCNICO FOI
CRIADO PARA
QUALIFICAR AS
PESSOAS COM UMNÍVEL DE FORMA-
ÇÃOSUPERIOR
Associação Politécnica, quereúne oito politécnicos da
zona centro; e, indo mais
longe, a cooperação compolitécnicos, autarquias,associações empresariais e
empresas, concretizada""com o Consórcio Erasmus*'Centro, que permite colocarestudantes portugueses emestágios no estrangeiro e
trazer estudantes de outrospaíses europeus para as em-presas portuguesas.
A Universidade de Coimbra (UC)
apresenta hoje um medicamento
para o diagnóstico do cancro quepoderá satisfazer as necessidades
do País e evitar o gasto anual de
cinco milhões de euros na sua
importação de Espanha. O
primeiro radio fármaco
produzido por uma universidade
portuguesa chega também ao
mercado a cerca de metade do
custo actual, revelou à agênciaLusa o investigador Antera
Abrunhosa. Além do diagnóstico
do cancro, uma parte desta
tecnologia pode ser utilizada no
desenvolvimento de novos
medicamentos, para avaliar a sua
eficácia
e segurança.
Novo remédio parao cancro ajuda apoupar 5 milhões
AVEIRO R 8
Há mais 15 miluniversitáriossem bolsa
Falta deapoio social pode conduzir ao abandono do Ensino Superior por parte de muitos alunos
Há 41 miluniversitáriossem bolsaSão mais IS mil estudantes sem apoio
social em relação ao anopassado
_ NUNO CERQUEIRA_ [email protected]
Há 41 mil alunos do Ensino Superior
que não receberão bolsa neste ano lec-
tivo, mais 15 mil que no ano passado, o
que representa um aumento da ordem
dos 57%. Uma situação que poderáconduzir ao abandono dos estudos pormuitos estudantes universitários.
A fase especial de candidatura a
bolsas, só para alunos de primeiramatrícula, que decorreu de 16 a 31
de Janeiro, apenas concorreram
4700 estudantes. Ao facto não es-tará alheio o desconhecimento donovo período de inscrição que de-correu durante a época de exames."Houve muita falta de informação,apesar dos esforços das academiasem tentar alertar os alunos paraesta situação", destacou HélderCastro, presidente da AssociaçãoAcadémica da Univeridade do Mi-nho. No seu entender, o verdadei-ro problema está no regulamentoda atribuição de bolsas. "Estes nú-
meros demonstram que o regula-mento não está adaptado à real si-
tuação dos alunos carenciados" ,
diz Hélder Castro. E aponta exem-plos: "um aluno que tenha um fa-miliar directo com uma dívida an-tiga às finanças que fica logo defora do sistema de bolsas". "Tere-mos que ver qual é o verdadeiroimpacto de mais 15 mil estudantessem bolsa", alerta. Ao que o JNconseguiu apurar, muitos estudan-
tes, que tinham candidatura aber-tas e pré-validadas na plataformada Direcção Geral do Ensino Supe-rior (DGES), não receberam oSMS de aviso para a situação emque se encontravam, contrariandoassim o que havia anunciado no re-gulamento da fase extraordinária.
Este ano candidataram-se cercade 91 mil alunos a bolsa, 86 milnuma primeira fase (23 mil não fo-ram aceites por não cumprirem os
requisitos) e mais 4700 na fase es-
pecial que decorreu em Janeiropassado. Comparando com o ano
passado 2010/2011, de todos os ci-clos de estudo são menos 15 mil es-tudantes que não vão obter bolsasde estudos este ano lectivo. Dos140 milhões de euros destinados à
Acção Social para atribuição debolsas de estudos, a DGES aplica-rá 97. 5 milhões de euros. ¦
Mais de 40 milno superior combolsa recusada
Bolsas de estudo recusadas a mais de 40 mil estudantesSamuel Silva
Balanço final apontapara menos 15 mil alunosno ensino superior comapoio do Estado. Alunosdo primeiro ano são os maisafectados• Mais de 40 mil estudantes que secandidataram a bolsas de estudo noensino superior viram o seu pedidorecusado. A taxa de indeferimentodos processos aumentou para 45%devido às novas regras de atribui-ção dos apoios do Estado. No total,há menos 15 mil bolseiros neste anolectivo, uma quebra que afecta so-bretudo os estudantes do primeiroano.
Os resultados da candidatura a bol-sas de estudo deste ano lectivo mos-tram que há cerca de 50 mil bolseirosno ensino superior em Portugal, fal-tando apenas apurar o número defi-nitivo em função dos resultados finaisda fase de candidatura especial para
alunos de primeiro ano, que termi-nou na terça-feira. Este valor significaque há 15 mil estudantes a menos do
que no passado no sistema de acçãosocial e quase menos 25 mil quando a
comparação é feita com o ano lectivode 2009/10.
Face a estes números, o Governovai gastar com as bolsas de estudomenos dinheiro do que o previstono Orçamento do Estado. Os 50 milbolseiros vão custar 97,5 milhões deeuros durante este ano lectivo, umvalor substancialmente inferior aos122 milhões gastos no ano passadoe ao nível das verbas despendidasem 2005/06 e 2006/07. 0 Ministérioda Educação e Ciência (MEC) previagastar 148 milhões de euros, o que,com os valores médios das bolsas pa-
gas este ano, permitiria apoiar pertode 75 mil estudantes.
Novas regrasA responsabilidade desta quebraprende-se com as novas regras de
atribuição de bolsas de estudo, queimplicaram um aumento das taxasde indeferimento das candidaturas.
A nível nacional, a média de proces-sos não aprovados situa-se nos 45%,mas há casos em que esse número é
superior. A Universidade de Évora é
aquela em que essa taxa é maior - alinão foram aceites 70% dos proces-sos de candidatura -, ao passo quea Universidade de Aveiro indeferiu
60% dos pedidos de bolsa de estudoapresentados pelos estudantes.
Aos indeferimentos juntam-se ain-da os problemas com os estudantesdo primeiro ano. As dificuldades deacesso a bolsas para os novos alunosdo ensino superior mantiveram-se,apesar de o MEC ter aberto, no úl-timo mês, uma fase extraordináriade candidatura aos apoios. Os dadosdos Serviços de Acção Social (SAS)das universidades apontam para per-to de 18 mil alunos do primeiro anoque ficaram definitivamente afasta-dos do sistema.
Alunos por contactarDos cerca de 23 mil alunos que, emDezembro, tinham candidaturas"abertas" ou "pré-validadas" na pla-taforma digital da Direcção-Geral doEnsino Superior, apenas 4700 con-correram na nova fase de candidatu-ra a bolsa de estudo. Há instituições,como o Politécnico de Beja, o Insti-tuto Superior de Ciências do Traba-lho e da Empresa (ISCTE) e a Uni-versidade de Trás-os-Montes e AltoDouro, onde apenas 40 estudantes
apresentaram candidatura no últimomês. 0 número é considerado "mui-
to baixo" pelos responsáveis dos SAS
das instituições de ensino superiorcontactadas pelo PÚBLICO.
Face ao que tem sido normal nosúltimos anos, os administradoresdos SAS afirmam que o númerode alunos de primeiro ano que de-veriam ter concorrido a bolsas deestudo rondaria os 65% dos alunoscolocados, mas este não ultrapas-sa metade dos novos estudantes do
superior."A DGES não avisou por SMS os
estudantes que tinham candidatu-ras abertas e pré-validadas", acusaum responsável dos SAS de uma dasmaiores universidades nacionais.Outros administradores contactadospelo PÚBLICO explicam que há casosem que a informação não chegou aosestudantes através das instituiçõesde ensino, mas admitem tambémque uma parte dos estudantes que jánão se candidataram agora a bolsas
possa ter, entretanto, desistido doensino superior, face às crescentesdificuldades financeiras vividas.
Inovação Projecto iniciado há 16 anos em Coimbra vê finalmente a luz do dia
Acabou a dependência de Espanhapara exames de diagnóstico do cancroPrimeiro fármaco produzido numa universidade portuguesa é hoje lançado com pompae circunstância. A sua produção fará cair para metade a despesa do país com este produtoGraça Barbosa Ribeiro
• A história do primeiro fármacoproduzido numa universidade por-tuguesa - que hoje é lançado compompa e circunstância na presençade ministros e secretários de Estado- é também o resultado de uma "lutade muitos anos".
"Acho que 16, é incrível...", diz JoãoJosé Pedroso de Lima, a fazer contasde cabeça. Actualmente jubilado, este
professor da Faculdade de Medicinada Universidade de Coimbra assiste,"finalmente", à prova da viabilidadeeconómica do Instituto de CiênciasNucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS)e ao fim da dependência de Espanhapara a produção de um fármaco es-sencial no diagnóstico do cancro.
A simples produção no país daFluodesoxiglucose 18F (FDG UC) farácair para metade a despesa nacionalcom este medicamento - actualmen-te cerca de cinco milhões de euros,dos quais 3,5 milhões no ServiçoNacional de Saúde. Isto, sem custosacrescidos para o ICNAS.
"O mesmo equipamento que é uti-lizado há dois anos na produção dofármaco para a realização de examesno próprio instituto e para a inves-
tigação é suficiente, sem acréscimode custos, para abastecer os 12 to-mógrafos existentes em Portugal,que fazem cerca de 70 exames pordia", sublinham Antero Abrunhosae Francisco Alves, dois dos investiga-dores responsáveis pela produção doprimeiro medicamento de marca UC(Universidade de Coimbra).
Um professor "visionário""Demorou 16 anos", confirma o an-tigo professor, depois de alguns se-
gundos de reflexão. Faz as contas a
partir do momento em que foi cha-mado à Secretaria de Estado da Ci-
ência, na qualidade de especialistaem engenharia nuclear, em 1994,
para colaborar na candidatura doprojecto de criação do Instituto deCiências Nucleares Aplicadas à Saúde
a fundos do Praxis XXI. Os passos àfrente e atrás do processo - entre os
quais, "a reavaliação do projecto pe-lo ministro Correia de Campos, quedurou quatro anos, quando tudo jáestava decidido" - fizeram com queo instituto fosse inaugurado apenasem 2009.
"À espera tinha os melhores téc-nicos europeus neste domínio, e
digo-lhe: o meu maior susto era queos centros internacionais que entre-tanto iam nascendo me levassemtoda a equipa", diz agora o antigoprofessor.
Aconteceu com um, a única mulher
Francisco Alves, Nuno
Ferreira e Antero Abrunhosa
eram há 16 anos "os alunos
mais brilhantes" do mestrado
em Engenharia Biomédica da
UC. Foram desde aíformados
para o projecto. Hoje são
essenciais na produção
dofármacodo grupo, que se cansou de esperar.Os restantes três - "os alunos maisbrilhantes" do mestrado em Enge-nharia Biomédica, que Pedroso deLima leccionava em 1994 - são hojeelementos-chave no centro e na pro-dução do fármaco.
"Foi um visionário - até na inicia-tiva de nos mandar para os quatrocentros mais avançados da Europa,para fazermos os respectivos douto-ramentos em áreas diferentes mascomplementares", diz Antero Abru-nhosa acerca de Pedroso de Lima.
Abrunhosa, Francisco Alves e Nu-no Ferreira, que foram formados pa-
ra a equipa, sublinham que o fármaconão é novo, apesar de o processo deprodução ser inovador. A moléculaexiste desde os anos 1970 e a sua uti-lização no diagnóstico do cancro temperto de duas décadas. A relevânciada produção do Fluodesoxiglucose18F, pelo ICNAS, para Portugal, pren-de-se com uma particularidade doradiofármaco, actualmente impor-tado de Espanha: a perda de radio-actividade.
Em termos simples, pode dizer-se
que o produto resulta da síntese deuma molécula modificada da glicosecom um átomo de flúor 18, radioacti-vo. Esse fármaco, depois de injectadono corpo do paciente, concentra-senas células com maior consumo de
energia (ou de glicose, neste caso),nomeadamente nas células tumorais.Através de exames PET (Tomografiapor Emissão de Positrões), torna-sepossível detectar e traduzir em ima-
gens os sinais emitidos pelos átomosradioactivos. E, assim, detectar as cé-lulas cancerígenas, mesmo antes deexistir massa tumoral, o que permi-te um maior controlo do estado da
doença e a escolha mais rigorosa da
terapêutica.
Preservar a radioactividadeA particularidade do fármaco - quefaz aumentar os custos de importaçãoe impede a exportação - está no factode a radioactividade decair para me-tade a cada cerca de duas horas. Isto
significa que, para uma concentraçãofixa, um doente que faça a PET no IC-NAS, em Coimbra, necessita de umadose do produto; outro que esteja aduas horas de distância, em Lisboa,terá de ser injectado com o equiva-lente a duas doses; e se o fármaco forimportado de Espanha e levar seishoras a chegar ao local onde está ins-talado o tomógrafo, o paciente teráde receber - e a instituição de saúde
de pagar - dez doses.
5 milhões deeuros é quantoPortugal gastapor ano com estemedicamento.Mais de metadesão custos paraoSNS
"A eficácia, em termos de diagnós-tico, é precisamente a mesma. Mas a
igual quantidade de produto que ac-
tualmente é importada dará para umnúmero incomparavelmente maiorde exames", reforça o vice-presidentedo Infarmed, Hélder Mota Filipe.
Através do gabinete de impren-sa, o Ministério da Saúde informouque não era possível indicar, ontem,quando é que o SNS passará a utilizaro FDG UC. Dependerá do termo doscontratos firmados com empresasespanholas, algumas das quais têm80% do mercado em Portugal.
O fármaco, contudo, já está a serutilizado por várias entidades pri-vadas do país há precisamente trêssemanas. Isto porque quando con-seguiu a licença de introdução nomercado do FDG UC (concedida pe-lo Infarmed em apenas um mês), o
ICNAS já tinha terminado o processode selecção da empresa que comer-cializa o produto e que nasceu no Ins-tituto Pedro Nunes, uma incubadorada Universidade de Coimbra.