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ORQUESTRA DO FESTIVAL DE CAMPOS DO JORDÃOSIAN EDWARDS REGENTEARNALDO COHEN PIANO

EDINO KRIEGER [1928]1. Passacalha Para o Novo MilênioBR-FQ5-19-0001907:39

LUDWIG VAN BEETHOVEN [1770-1827]Concerto nº 3 Para Piano em Dó Menor, Op. 37 [1800-2]2. Allegro con BrioBR-FQ5-19-0000117:27

3. LargoBR-FQ5-19-0000209:43

4. Rondo (Allegro)BR-FQ5-19-0000310:04

EDWARD ELGAR [1857-1934]Variações Enigma, Op.36 [1898]5. Theme (Andante)BR-FQ5-19-0000401:22

6. I. C.A.E. (L’istesso tempo)BR-FQ5-19-0000501:43

7. II. H.D.S.-P. (Allegro)BR-FQ5-19-0000600:53

8. III. R.B.T. (Allegretto)BR-FQ5-19-0000701:33

9. IV. W.M.B. (Allegro di molto)BR-FQ5-19-0000800:34

10. V. R.P.A. (Moderato)BR-FQ5-19-0000902:11

11. VI. Ysobel (Andantino)BRBR-FQ5-19-0001001:14

12. VII. Troyte (Presto)BR-FQ5-19-0001101:04

13. VIII. W.N. (Allegretto)BR-FQ5-19-0001201:53

ORQUESTRA DO FESTIVAL DE CAMPOS DO JORDÃO 2018

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14. IX. Nimrod (Adagio)BR-FQ5-19-0001304:12

15. X. Intermezzo - Dorabella (Allegretto)BR-FQ5-19-0001402:51

16. XI. G.R.S. (Allegro di molto)BR-FQ5-19-0001501:06

17. XII. B.G.N. (Andante)BR-FQ5-19-0001602:37

18. XIII. Romanza xxx (Moderato)BR-FQ5-19-0001702:52

19. XIV. Finale - E.D.U. (Allegro - Presto)BR-FQ5-19-0001806:08

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Entre 30 de junho e 29 de julho de 2018, a Fundação Osesp

realizou a 49ª edição do Festival de Inverno de Campos do Jordão. O tradicional evento alia uma intensa programação pedagógica a uma gama representativa de concertos sinfônicos e de câmara – a maioria gratuita –, que contam com a participação de renomados artistas nacionais e internacionais e oferecem ao público desde música antiga, passando pelo repertório clássico, até o contemporâneo, com apresentações diárias, tanto nos palcos oficiais de Campos do Jordão (Auditório Claudio Santoro e Praça do Capivari, entre outros), como na Sala São Paulo, na capital paulista. Também gratuitamente durante todo o Festival, o público pode assistir a diversos concertos de câmara com grupos formados por alunos e professores.

A principal atração é a Orquestra do Festival. Formada exclusivamente por bolsistas, a Orquestra prepara, durante as semanas do evento, repertórios técnica e artisticamente desafiadores. Pelas suas estantes já passaram muitos dos músicos que hoje atuam profissionalmente nas principais orquestras do país e em outras mundo afora. A Orquestra representa um dos mais fortes elos entre a programação artística e a programação pedagógica do Festival.

Em 2018, a Orquestra apresentou três programas. No primeiro deles, foram ouvidas a Passacalha Para o Novo Milênio, de Edino Krieger, o Concerto Para Piano nº 3, de Beethoven (com Arnaldo Cohen), e as Variações Enigma, de Edward Elgar, sob a batuta de Sian Edwards.

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Between 30 June and 29 July 2018, the Osesp Foundation will hold

the 49th Campos do Jordão Winter Festival. This traditional event combines a challenging educational programme and a representative selection of symphonic and chamber concerts – most free of charge –, that feature renowned national and international artists and give audiences the opportunity to hear early music, the classical repertoire and contemporary music, in daily performances, both in the official venues in Campos do Jordão (the Claudio Santoro auditorium and the Praça do Capivari open-air auditorium, amongst others), and in the Sala São Paulo concert hall in the city of São Paulo. The public can also attend free of charge throughout the Festival various chamber concerts by ensembles made up of students and teachers.

The main attraction is the Festival Orchestra. Formed exclusively of scholarship holders, as the event unfolds the Orchestra perfects technically and artistically challenging repertoires. Many of the musicians who today play for the leading orchestras in Brazil and all over the world have passed through its ranks. The Orchestra represents one of the closest links between the Festival’s educational and artistic activities.

In 2018, the Orchestra performed three programmes. The first featured Edino Krieger’s Passacaglia for the New Millennium, Beethoven’s Piano Concerto No. 3 (performed by Arnaldo Cohen), and Edward Elgar’s Enigma Variations, conducted by Sian Edwards.

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EDINO KRIEGER Passacalha Para o Novo Milênio

Edino Krieger nasceu em Santa Catarina e aos 17

anos transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde realizou estudos no Conservatório Brasileiro de Música e fixou residência definitiva. Ainda jovem, participou das grandes discussões estéticas que dividiram as escolas de música erudita brasileira no século XX, sempre com posição clara nas polêmicas acerca de temas como dodecafonismo, nacionalismo, cosmopolitismo, vanguarda, influência da música popular e finalmente a pós-modernidade. Sua música reveste-se da autoridade de quem passou por todas essas etapas e hoje acumula uma bagagem que lhe permite transitar com igual fluência pela “experimentalidade, pela formalidade da erudição e pela incorporação de elementos da música popular, do choro, do samba ou do jazz.

A Passacalha para o novo Milênio foi composta em 1999 por encomenda da Osesp. A forma da “passacalha”, que foi utilizada com frequência pelos compositores barrocos (entre

eles, Bach e Händel), implica na repetição insistente de uma linha melódica, exposta inicialmente no baixo, enquanto as outras vozes superiores desenvolvem variações contrapontísticas. Eventualmente, o tema pode também se deslocar para outros registros. Krieger segue à risca o modelo formal e apresenta o tema, de caráter “pensante”, nos contrabaixos e contrafagote. A seguir realiza 12 variações, nas quais o tema se desloca, a cada episódio, um semitom acima, de modo que ao final da obra teremos percorrido toda a escala cromática.

Ressalta-se porém que o uso de uma forma pré-clássica não implica no retorno a uma linguagem verdadeiramente neo-clássica. Na verdade, a partir da sexta apresentação do tema, Krieger util iza elementos rítmico-melódicos da música popular brasileira, contrapostos à feição clássica do tema, o que garante ao resultado um teor caracteristicamente pós-moderno.

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Segundo o compositor, a mistura de elementos colhidos em fontes populares significa o transcurso do tempo, do passado para o futuro. As sugestões de brasilidade são diversas: o ritmo de marcha-rancho na frase tocada pelo oboé, o esboço de valsa na passagem em que o clarinete é acompanhado pela harpa, e após um episódio em fugato o ritmo frenético do frevo é contraposto nos metais ao tema em pedal no grave. Desta maneira, o clima festivo do final envia aos ouvintes uma mensagem de otimismo que celebra a passagem do milênio.

[2006]

RODOLFO COELHO DE SOUZA, compositor, doutor em composição

pela University of Textas at Austin e professor da Universidade de São

Paulo/USP.

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EDINO KRIEGER Passacaglia for the New Millennium

Edino Krieger was born in the southern Brazilian state of

Santa Catarina and at the age of 17 moved to Rio de Janeiro, where he studied at the Brazilian Musical Conservatoire and settled. While still a young man, he took part in aesthetic debates that divided Brazilian classical music schools in the 20th century, always maintaining a clear position in the polemics around subjects such as twelve-tone technique, nationalism, cosmopolitanism, the avant-garde, the influence of popular music and finally postmodernity. His music is infused with the authority of someone who lived through all these developments and today has a musical baggage that enables him to transit with equal fluency between “experimentalism, the formality of erudition and the incorporation of elements from popular music, ranging from the Brazilian choro, to samba or to jazz.”

The Passacaglia for the New Millennium was composed in 1999 as a commission for the Osesp. The “passacaglia” form, which

was frequently used by baroque composers (including Bach and Handel), involves the insistent repetition of a melodic line, initially heard on the bass, while other higher voices develop contrapuntal variations. The theme may also shift to other registers. Krieger follows the formal model to the letter, and presents the “thinker” theme on the double basses and the contrabassoon. This is followed by 12 variations, in which the theme shifts, with each episode, a semitone higher, such that by the end of the work the entire chromatic scale has been covered.

It should however be stressed that the use of a pre-classical form does not imply a return to a truly neo-classical language. In fact, from the sixth appearance of the theme onwards, Krieger uses rhythmic-melodic elements from Brazilian popular music, counterposed to the classical features of the theme, which gives the resulting work a characteristically postmodern quality.

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According to the composer, the mixture of elements drawn from popular sources signifies the passage of time, from the past to the future. There are various allusions to Brazilian identity: the marcha-rancho carnival rhythm in the phrase played by the oboe, the sketch of a waltz in the passage where the clarinet is accompanied by the harp, and after a fugue episode the frenetic rhythm of the frevo is counterposed on the brass section to the theme in a low pedal point. In the way, the festive mood of the finale transmits to the listener a message of optimism that celebrates the new millennium.

[2006]

RODOLFO COELHO DE SOUZA, composer, PhD in composition from

the University of Texas at Austin, and professor at the University of

São Paulo (USP).

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BEETHOVEN Concerto nº 3 Para Piano em Dó Menor, Op.37

A utilização dos elementos mais simples do sistema tonal como

temas está no âmago do estilo pessoal de Beethoven desde o início. No entanto, foi apenas gradualmente que ele se deu conta das implicações dessa opção.[…]

O desenvolvimento contínuo perceptível na carreira de Beethoven é tão importante quanto suas descontinuidades, mesmo que estas sejam mais fáceis de descrever. É apenas quando se comparam obras distantes no tempo que as descontinuidades assumem um sentido demonstrável e convincente.

O retorno de Beethoven aos princípios clássicos pode ser medido por essa descontinuidade quando se compara o Concerto Para Piano nº 3 em Dó Menor, de 1800, com o Concerto Para Piano nº 4 em Sol Maior, de 1808. Ambos baseiam-se fortemente em Mozart, mas de maneiras totalmente diferentes.

O Concerto nº 3 está cheio de reminiscências mozartianas, em especial de um concerto no mesmo tom, o nº 24 KV 491, sabidamente admirado por Beethoven. O mais impressionante é a imitação da coda do KV 491, com o seu uso excepcional do instrumento solo tocando arpejos no final do primeiro movimento. Beethoven omite um ritornelo final após a cadenza e salta diretamente para a coda; os arpejos mozartianos são feitos de modo quase melodramático, com tímpanos tocando parte do tema principal. Nessa coda de magnífico efeito, apenas os arpejos não são temáticos, e isso torna seu caráter de empréstimo ainda mais evidente.

Na seção de desenvolvimento, uma bela passagem que, curiosamente, não é temática, também se revela inspirada em Mozart, desta vez o Concerto Para Piano nº 15 em Si Bemol Maior KV 450. Mas é realmente o KV 491 que predomina nos detalhes temáticos, pelo menos no primeiro movimento.

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Não há, no entanto, nada mozartiano nesse movimento, exceto os empréstimos e as menções talvez inconscientes. O tutti orquestral que abre o movimento é interrompido por uma fermata dramática, antes da entrada do solo de piano; e é quase uma obra completa por si só, autossuficiente. Essa separação exagerada, que permite um relaxado desprendimento estrutural, tende a tornar a exposição solo uma forma ornamental do tutti, e não uma concepção nova e mais espetacular do material, como em Mozart.

[2013]

CHARLES ROSEN (1927-2012), The Classical Style (W.W. Norton, 1971).

Tradução de André Fiker.

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BEETHOVEN Piano Concerto No. 3 in C Minor, Op.37

The use of the simplest elements of the tonal system as themes

lies at the heart of Beethoven’s personal style from the very beginning. However, it was only gradually that the implications of this choice dawned on him.[…]

The continual development traceable throughout Beethoven’s career is as important as the discontinuities, even if the latter are easier to describe. It is only when we compare works distant in time that the discontinuities become demonstrable and convincing.

Beethoven’s return to classical principles can be measured by this discontinuity when we compare his Piano Concerto No. 3 in C Minor, written in 1800, with his Piano Concerto No. 4 in G Major, of 1808. Both are strongly rooted in Mozart, but in totally different ways.

The Concerto No. 3 is full of recollections of Mozart’s work, especially of a concerto of the same tone, Concerto No. 24, KV 491, known to have been admired by Beethoven. Most striking is the imitation of the coda from KV 491, with its exceptional use of the solo instrument playing arpeggios at the end of the first movement. Beethoven omits a final ritornelo after the cadenza and leaps straight into the coda; the Mozart-esque arpeggios are almost melodramatic, with kettledrums playing part of the main theme. In this magnificent coda, only the arpeggios do not belong to the theme, and this makes their borrowed nature even more obvious.

In the developmental section, a beautiful passage that, curiously, does not belong to the theme, also proves to be inspired by Mozart, in this case by his Piano Concerto No. 15 in B-flat Major, KV 450. However, it is his KV 491 that predominates as regards the thematic details, at least in the first movement.

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There is, however, nothing of a Mozart-esque nature in this movement, except the perhaps unconscious allusions and borrowings. The orchestral tutti that opens the movement is interrupted by a dramatic fermata, before the entrance of the solo piano; and it is almost a complete work in its own right, self-sufficient. The exaggerated separation, that allows for a relaxed structural detachment, tends to make the solo performance an ornamental form of tutti, and not a new, more spectacular conception of the material, as in Mozart’s work.

[2013]

CHARLES ROSEN (1927-2012), The Classical Style (W.W. Norton, 1971).

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EDWARD ELGAR Variações Enigma, Op.36

Pobre Elgar. Enterrado com muita pompa, quase não se pode

perceber, hoje, a circunstância em que se desenvolveu como compositor. Bem mais do que pela trilha sonora dos eventos da família real, ele foi o responsável pelo renascimento da música britânica após um longo silêncio de 200 anos desde Henry Purcell (1659-95).

Os alemães, entre os quais Hans Richter e Richard Strauss, foram os primeiros a reconhecer e admirar seu idioma pós-wagneriano com ecos de Brahms e Mendelssohn.

Só depois dos elogios teutônicos é que seus compatriotas passaram do descaso à adulação, fazendo-o lorde e “Mestre da Música Inglesa”, títulos que petrificaram a criatividade nostálgica do homem modesto, muito ligado às suas raízes no campo, e que devia à mulher, Alice, sua ascensão social.

Já era um quarentão quando ganhou espaço no cenário musical europeu com as Variações Enigma; e ficou marcado como compositor de obras de grandes dimensões. [...]

O título das Variações Enigma é ambíguo, pois não há propriamente mistério. O tal enigma, se é que se pode chamá-lo assim, refere-se apenas ao tema principal, e não ao todo da obra ou aos nomes das variações, apesar de alguns jornais americanos realizarem concursos de adivinhação sobre quem estaria por trás delas.

“Estou trabalhando num grupo de variações sobre um tema original. Elas me divertem porque dei apelidos de meus amigos”, escreveu Elgar ao amigo August Jaeger, da firma que editava suas partituras. “Você é ‘Nimrod’. Escrevi as variações de forma que cada uma representa o espírito de alguém da turma. Imaginei as pessoas do nosso grupo escrevendo uma variação para si. Compus, então, pensando o que cada um teria escrito se fosse burro o bastante para ser compositor. É uma ideia bizarra, e o resultado é divertido para aqueles ‘atrás das cenas’, mas que não vai afetar o prazer do ouvinte que não sabe ‘patavinas’.”

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As variações não são “retratos”, mas eventos ou ideias ligadas a uma personalidade particular que poderia tanto ser a mulher de Elgar, Alice (“C.A.E”.), como a amiga espivetada Dora Penny (“Dorabella”, personagem de Cosí Fan Tutte, de Mozart) ou o próprio compositor em “E.D.U.” (ou Edo, seu apelido familiar).

Talvez o grande enigma não seja musical, mas conceitual: a ligação profunda que reunia esses 14 amigos. Não se deixe enganar pelos bigodões edwardianos de Sir Edward, menos interessado, no fundo, em ser a voz do império onde o sol nunca se põe, e mais saudoso dos cottages rurais e um alegre brincalhão com sua “turma”.

Esse lado humano é perceptível no fato de que, após a morte de Alice, Elgar nunca mais escreveu uma linha de música. Em 1923, deprimido com a chegada do Natal e sem paciência com a alegria forçada da época, arriscou-se a viajar ao Brasil.

Ou melhor, à Amazônia (isso em 1923!), passando seis semanas em Manaus, onde conheceu o teatro Amazonas e caçou nas florestas – fatos ignorados pela maioria dos seus biógrafos.

[2013]

CARLOS HAAG é jornalista, editor-executivo da revista Pesquisa Fapesp e

apresentador do programa Concertos Osesp na Rádio Cultura FM.

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EDWARD ELGAR Enigma Variations, Op.36

Poor Elgar. Buried with great pomp, it is almost impossible

today to understand the circumstances in which this composer evolved. Much more than providing the soundtrack for events in the royal family, he was responsible for the renaissance of British music after a long 200-year silence in the wake of Henry Purcell (1659-95).

The Germans, among them Hans Richter and Richard Strauss, were the first to recognise and admire his post-Wagnerian language with echoes of Brahms and Mendelssohn.

Only after this Teutonic praise did his compatriots go from disregarding him to worshipping him, making him the lord and “Master of English Music”, titles that cemented the nostalgic creativity of this modest man, closely linked to his roots in the countryside, and who owed his upward social mobility to his wife, Alice.

He was already in his forties when he earned himself a place in the European music scene with his Enigma Variations ; and he became known as the composer of grandiose works. [...]

The title of Enigma Variations is ambiguous, since there is no mystery as such. The enigma of the title, if we can call it that, only refers to the main theme, and not to the entire work or the names of the variations, despite some American newspapers holding contests to guess who might have been behind them.

“Since I’ve been back I have sketched a set of Variations (orkestry) on an original theme: the Variations have amused me because I’ve labelled ’em with the nicknames of my particular friends – you are Nimrod. That is to say I’ve written the variations each one to represent the mood of the ‘party’ – I ’ve liked to imagine the ‘party’ writing the var: him (or her) self & have written what I think they wd. have written – if they were asses enough to compose – it’s a quaint idée & the result is amusing

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to those behind the scenes & won’t affect the hearer who ‘nose nuffin’.”

The variations are not “portraits”, but events or ideas linked to a specific personality that could be Elgar’s wife Alice (“C.A.E”.), or vivacious friend Dora Penny (“Dorabella”, the character from Mozart’s Cosí Fan Tutte) or the composer himself in “E.D.U.” (or Edo, his family nickname).

Perhaps the great enigma is not musical, but conceptual: the deep bond that brought these 14 friends together. Do not be fooled by the Sir Edward’s bushy Edwardian moustache; deep down he was less interested in being the voice of the empire where the sun never set, but more nostalgic about rural cottages and the jolly joker of his “party”.

This human side is evidenced by the fact that, after Alice’s death, Elgar never again wrote a line of music. In 1923, depressed by the approaching Christmas and unable to stand the forced cheer of the season, he hazarded a visit to Brazil.

Or more precisely, to Amazonia (in 1923!), spending six weeks in Manaus, where he visited the Amazonas theatre and hunted in the forests – facts that most of his biographer fail to mention.

[2013]

CARLOS HAAG is a journalist, executive editor of the magazine

Pesquisa Fapesp and presenter of the programme Concertos Osesp on the Rádio Cultura FM radio station.

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SIAN EDWARDS regente

Trabalhou com muitas das principais orquestras do mundo. Fez sua estreia em 1986. De 1993 a 1995 foi Diretora Musical da English National Opera. Conduziu a estréia mundial da ópera À Grega de Mark Anthony Turnage na Bienal de Munique em 1988. As gravações de Sian incluem Pedro e o Lobo, o Guia da orquestra para os jovens de Britten e a 5ª Sinfonia de Tchaikovsky, todas com a London Philharmonic Orchestra e o Blond Eckbert de Judith Weir com a English National Opera. Recentemente se apresentou com o Ensemble Modern; a Bayerische Rundfunk em Munique; a Sinfônica da rádio de Frankfurt; a Orquestra da Juventude Palestina e a London Sinfonietta; Orquestra Nacional da BBC do País de Gales; bem como no Festival Internacional de Edimburgo, além de realizar turnê pelo Reino Unido com a Royal Philharmonic Orchestra.

SIAN EDWARDS conductor

Sian Edwards has worked with many of the world’s leading orchestras. She made her debut in 1986. From 1993 to 1995 she was Musical Director of the English National Opera. She conducted the world premiere of the opera Greek by Mark-Anthony Turnage at the Munich Biennale in 1988. Sian’s recordings include Peter and the Wolf, Britten’s The Young Person’s Guide to the Orchestra and Tchaikovsky’s 5th Symphony, all with the London Philharmonic Orchestra and Judith Weir’s Blond Eckbert with the English National Opera. She has recently performed with the Ensemble Modern; the Bayerische Rundfunk in Munich; the Frankfurt Radio Symphony orchestra; the Palestine Youth Orchestra and the London Sinfonietta; the BBC National Orchestra of Wales; as well as at the Edinburgh International Festival, and on a tour of the United Kingdom with the Royal Philharmonic Orchestra.

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ARNALDO COHEN piano

Primeiro aluno na história da universidade brasileira a graduar-se em piano e violino, venceu em 1972 o Concurso Internacional de Piano Busoni. Com mais de 2.500 concertos realizados, foi solista de orquestras como a de Filadélfia e Filarmônica de Londres, atuando ao lado de regentes como Kurt Masur e Yehudi Menuhin. Professor da Universidade de Indiana, em 2019 recebeu a mais alta condecoração conferida pela academia americana, a de Distinguished Professor.

ARNALDO COHEN piano

Arnaldo Cohen was the first student to graduate from a Brazilian university with a degree in the piano and violin, and in 1972 won the Busoni International Piano Competition. He has performed more than 2,500 concerts, and been a soloist with orchestras such as the London Philharmonic and the Philadelphia Orchestra, performing alongside conductors like Kurt Masur and Yehudi Menuhin. A professor at the University of Indiana, in 2019 he received the highest accolade awarded by the U.S. academy, that of Distinguished Professor.

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SIAN EDWARDS regente /conductorKRIEGER Passacalha Para o Novo Milênio

VIOLINO / VIOLINAlexandre Pinatto de MouraAna Aline de Carvalho ValentimAparecida Luanda F de SouzaAstro RoccoBruno LunkesCamila Medeiros PicassoCleiton Carlos RibeiroDiana Leal AlvesGabriel Moreira MiraGuilherme Peres Silva OliveiraGuilherme Prado PerezGustavo Lennertz Kaori Geovana Terrones SalazarKarolayne Cavalcante SantosLeon Sacramento KeufferMarcela Macedo de OliveiraMaressa Neves de Souza PortilhoMarina Vilaça Pinho CaputoMateus De Jesus MeirelesNathalia Sousa OliveiraPatricia De Nazaré TeixeiraPaula Gabriela de Sant’anaPaulo Mariano Galvão FilhoRenan Lopes De OliveiraRocío RojasRuth De Almeida OliveiraSamara Nayanne Eduíges GadelhaUiler Moreira De SouzaValdiner Dias Rossi

VIOLA / VIOLAAnderson Vargas SantosBárbara de SouzaDaluz Sepúlveda AquevequeDenis Felipe R G MarcondesErick Das Neves AlvesGilvan Dias CalsolariGuilherme Marques CaldasIsabel Flores MansillaJoão SennaJosafá FerreiraRodrigo Nunes MendesWashington Neres CoutoYohanna Alves Pereira

VIOLONCELO / CELLOAndre C Dourado FreireCaio Soares De BritoDéverson Santos de SousaEliziel Lourenço Dos SantosHeydi M Garcia SarmientoJuan Rogers S RodriguesLucas Ryoji MuramotoMaría José Bellorin MontañoRafael V Frazzato Raphael Leal GonçalvesSalvador E Palominos

ORQUESTRA DO FESTIVAL DE CAMPOS DO JORDÃO 2018

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CONTRABAIXO / DOUBLE BASSAna Claudia Machicado Carlos Torrecilhas Giullia Assmann KnotheGustavo Molina MoscaGustavo R N QuintinoRenata Rodrigues AndradeRiverton Vilela AlvesTalita Guedes de AzevedoVenancio Rodrigues S Neto

FLAUTA / FLUTE Jean Arthur Medeiros Luciana Campanhã PozattoLucas Martins Pedro

OBOÉ / OBOEMelissa Dos AnjosDerikcson Gomes Gabriel Paes Marcaccini

CLARINETE / CLARINETThiago Sandoval De SouzaCesar Augusto MoraisLaercio Morais Da Silva

FAGOTE / BASSOON Marcos Weslley da S. MouraValter Pedro R Nascimento

TROMPA / FRENCH HORNIsaque Elias LopesAlysson Vinicyos AlvesAndré Vieira RochaLeandro Teixeira Mendonça

TROMPETE / TRUMPET Caique de Paula Sant’annaYuri Dias Bianca Ap. Silva Santos

TROMBONE / TROMBONE Cleyton Biano Das NevesIgor Bueno Da SilvaJeniffer S. S. Coresma TUBA / TUBAFábio Martins Borges

HARPA / HARP Maíni Faria Moreno

TÍMPANOS / TIMPANI Maria Fernanda Ribeiro PIANO / PIANO Leandro Isaac Motta

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SIAN EDWARDS regente /conductorARNALDO COHEN pianoBEETHOVEN Concerto Para Piano nº 3 em Dó Menor, Op.37

VIOLINO / VIOLINAlexandre Pinatto de MouraAna Aline de Carvalho ValentimAparecida Luanda F de SouzaAstro RoccoBruno LunkesCamila Medeiros PicassoCleiton Carlos RibeiroDiana Leal AlvesGabriel Moreira MiraGuilherme Peres Silva OliveiraGuilherme Prado PerezGustavo Lennertz Kaori Geovana Terrones SalazarKarolayne Cavalcante SantosLeon Sacramento KeufferMarcela Macedo de OliveiraMaressa Neves de Souza PortilhoMarina Vilaça Pinho CaputoMateus De Jesus MeirelesNathalia Sousa OliveiraPatricia De Nazaré TeixeiraPaula Gabriela de Sant’anaPaulo Mariano Galvão FilhoRenan Lopes De OliveiraRocío RojasRuth De Almeida OliveiraSamara Nayanne Eduíges GadelhaUiler Moreira De SouzaValdiner Dias Rossi

VIOLA / VIOLAAnderson Vargas SantosBárbara de SouzaDaluz Sepúlveda AquevequeDenis Felipe R G MarcondesErick Das Neves AlvesGilvan Dias CalsolariGuilherme Marques CaldasIsabel Flores MansillaJoão SennaJosafá FerreiraRodrigo Nunes MendesWashington Neres CoutoYohanna Alves Pereira

VIOLONCELO / CELLOAndre C Dourado FreireCaio Soares De BritoDéverson Santos de SousaEliziel Lourenço Dos SantosHeydi M Garcia SarmientoJuan Rogers S RodriguesLucas Ryoji MuramotoMaría José Bellorin MontañoRafael V Frazzato Raphael Leal GonçalvesSalvador E Palominos

ORQUESTRA DO FESTIVAL DE CAMPOS DO JORDÃO 2018

Page 23: Concerto nº 3 Para Piano em2 Concerto nº 3 Para Piano em ORQUESTRA DO FESTIVAL DE CAMPOS DO JORDÃO SIAN EDWARDS REGENTE ARNALDO COHEN PIANO EDINO KRIEGER [1928]1. Passacalha Para

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CONTRABAIXO / DOUBLE BASSAna Claudia Machicado Carlos Torrecilhas Giullia Assmann KnotheGustavo Molina MoscaGustavo R N QuintinoRenata Rodrigues AndradeRiverton Vilela AlvesTalita Guedes de AzevedoVenancio Rodrigues S Neto FLAUTA / FLUTE Lucas Martins PedroLincoln Sena Pinheiro OBOÉ / OBOEGabriel Paes MarcacciniMelissa Dos Anjos CLARINETE / CLARINETThiago Sandoval de SouzaGonzalo A. Guerra FAGOTE / BASSOON Vivian Meira DavidRodrigo Rodrigues

TROMPAS / FRENCH HORNFelipe Santos Freitas da SilvaMiguel G. Leon Alramirano

TROMPETES / TRUMPET Andre Luiz Falcão LacerdaMaurilio Teles TÍMPANOS / TIMPANI Kevin Montoya Calderón

PERCUSSÃO / PERCUSSION Ariel Ignacio Gonzalez Bruno Antonio de Andrade Hilvic Gonzalez Ignacio Luis Corrales Jacqueline Ferreira Dourado Kevin Montoya Calderón Maria Fernanda Ribeiro Martín Nicolás Romeira

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ORQUESTRA DO FESTIVAL DE CAMPOS DO JORDÃO 2018SIAN EDWARDS regente /conductorELGAR Variações Enigma, Op.36

VIOLINO / VIOLINAlexandre Pinatto de MouraAna Aline de Carvalho ValentimAparecida Luanda F de SouzaAstro RoccoBruno LunkesCamila Medeiros PicassoCleiton Carlos RibeiroDiana Leal AlvesGabriel Moreira MiraGuilherme Peres Silva OliveiraGuilherme Prado PerezGustavo Lennertz Kaori Geovana Terrones SalazarKarolayne Cavalcante SantosLeon Sacramento KeufferMarcela Macedo de OliveiraMaressa Neves de Souza PortilhoMarina Vilaça Pinho CaputoMateus De Jesus MeirelesNathalia Sousa OliveiraPatricia De Nazaré TeixeiraPaula Gabriela de Sant’anaPaulo Mariano Galvão FilhoRenan Lopes De OliveiraRocío RojasRuth De Almeida OliveiraSamara Nayanne Eduíges GadelhaUiler Moreira De SouzaValdiner Dias Rossi

VIOLA / VIOLAAnderson Vargas SantosBárbara de SouzaDaluz Sepúlveda AquevequeDenis Felipe R G MarcondesErick Das Neves AlvesGilvan Dias CalsolariGuilherme Marques CaldasIsabel Flores MansillaJoão SennaJosafá FerreiraRodrigo Nunes MendesWashington Neres CoutoYohanna Alves Pereira

VIOLONCELO / CELLOAndre C Dourado FreireCaio Soares De BritoDéverson Santos de SousaEliziel Lourenço Dos SantosHeydi M Garcia SarmientoJuan Rogers S RodriguesLucas Ryoji MuramotoMaría José Bellorin MontañoRafael V Frazzato Raphael Leal GonçalvesSalvador E Palominos

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CONTRABAIXO / DOUBLE BASSAna Claudia Machicado Carlos Torrecilhas Giullia Assmann KnotheGustavo Molina MoscaGustavo R N QuintinoRenata Rodrigues AndradeRiverton Vilela AlvesTalita Guedes de AzevedoVenancio Rodrigues S Neto

FLAUTA / FLUTE Oliwia KaznowskaLuciana Campanhã PozattoGiovanna Finardi di Biagio

OBOÉ / OBOELayla KöllerGabriel Paes Marcaccini CLARINETE / CLARINETLucas Ferreira da SilvaEvandro P. Machado FAGOTE / BASSOON Alan Davidson S. F. PimentaRodrigo Rodrigues

TROMPA / FRENCH HORNAndré Vieira RochaMiguel G. Leon AlramiranoFelipe Santos Freitas da SilvaAlysson Vinicyos Alves

TROMPETE / TRUMPET Michael da Silva CustódioVinícius C. do NascimentoMaurilio Teles

TROMBONE / TROMBONEBruno Celso A. de PaulaAndre L. Martins da SilvaLuana Maele da Silva TUBA / TUBAThiago Aguiar Paranagua

TÍMPANOS / TIMPANI Hilvic Gonzalez

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Tradução/translationLisa Shaw

Gravação/recording(13 de julho 2018) Guilherme Triginelli, Roberto Hatiro Nishiyama e Rodrigo Kazuo Sugo

Mixagem e masterização/mixing and masteringGuilherme Triginelli

Edição/editingAntonio Carlos Neves Pinto e Guilherme Triginelli

__FUNDAÇÃO OSESPOSESP FOUNDATION

Arthur Nestrovski Diretor Artístico / Artistic DirectorMarcelo Lopes Diretor Executivo / Executive DirectorFábio Zanon Diretor Artístico-pedagógico / Educational-Artistic DirectorMarin Alsop Consultora Artística / Artistic Consultant

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