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6 – 28 JULHO PATRICK DICKIE Teatro Nacional de São Carlos PAULO RIBEIRO Companhia Nacional de Bailado DIREÇÃO ARTÍSTICA

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6 ­– 28­JULHO

PATRICK DICKIETeatro­Nacional­de­São­Carlos

PAULO RIBEIROCompanhia­Nacional­de­Bailado

DIREÇÃO ARTÍSTICA

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Na edição do Festival ao Largo deste ano,a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) celebra os seus 25 anos de atividade com quatro grandes concertos que integram uma programação repleta de acontecimentos musicais.

Espero que encontrem muito boas razões para aproveitar estas noites de julho, desde a monumentalidade de Carmina Burana de Carl Orff aos prazeres da Quinta Sinfonia de Tchaikovski. Bach, Wagner e Richard Strauss formam um imponente triunvirato alemão para o segundo fim de semana. A terminar, propomos uma viagem colossal por obras de alguns dos maiores compositores russos.

Este ano contamos também com algunsdos melhores e mais entusiasmantes agrupamentos da área metropolitana de Lisboa: L.U.M.E – Lisbon Underground Music Ensemble, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do CRAM – Conservatório Regional de Artes do Montijo, Coro Juvenil de Lisboa e Solistas de Lisboa.

O Festival ao Largo é uma das maiores realizações da OSP e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, um marco no calendário musical de Lisboa. Junte-se a nós!

Patrick­DickieDiretor Artístico do Teatro Nacional de São Carlos

FESTIVAL AO LARGO 2018

Há uns anos a Clara Andermatt coreografou para a Companhia Nacional uma obra cujo título era Dance Bailarina Dance. Não podia ser mais apropriado recuperar esse título, enquanto mote, para este grande momento de reencontro com o público que é o Festival ao Largo, e adaptá-lo para Dancem Bailarinos Dancem. E eles vão fazê-lo de forma consensual, de Petipa a Forsythe até a Ambra Senatore. Vão dançar como quase todos gostam de ver, como anjos que farão do Festival ao Largo um jardim das delícias.

Paulo­RibeiroDiretor Artístico da Companhia Nacional de Bailado

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CARMINA BURANAMÚSICA

sexta-feira­e­sábado6 – 7­JULHO

QUINTA DE TCHAIKOVSKIMÚSICA

terça-feira10­JULHO

DO RIO À BROADWAY MÚSICA

quarta-feira11­JULHO

ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA

MÚSICA

quinta-feira12­JULHO

WAGNER, BACH E STRAUSSMÚSICA

sexta-feira­e­sábado13 – 14­JULHO

Soprano CARLA CARAMUJO Tenor CARLOS CARDOSOBarítono CHRISTIAN LUJÁNCoro Juvenil de LisboaCoro do Teatro Nacional de São CarlosOrquestra Sinfónica PortuguesaDireção Musical DOMENICO LONGO

Flauta ANABELA MALARRANHAOrquestra Sinfónica PortuguesaDireção Musical ANDREA SANGUINETI

Coro Juvenil de LisboaDireção Musical NUNO MARGARIDO LOPES

Oboé SALLY DEANDireção Musical PEDRO AMARAL

Violino XUAN DU, KLÁRA ERDEI Orquestra Sinfónica PortuguesaDireção Musical JOHANNES STERT

ÓPERAS E VALSASMÚSICA

terça-feira17­JULHO

SOLISTAS DE LISBOAMÚSICA

18­JULHO

NOITES RUSSASMÚSICA

sexta-feira­e­sábado20 – 21­JULHO

L.U.M.E. MÚSICA

quinta-feira19­JULHO

Soprano ANA COSMETenor JOÃO RODRIGUESBarítono JOÃO MERINOOrquestra do Conservatório Regional de Artes do MontijoDireção Musical CECILIU ISFAN

Lisbon Underground Music Ensemble

quarta-feira

Violino PEDRO MEIRELESCoro do Teatro Nacional de São CarlosOrquestra Sinfónica Portuguesa Direção Musical EMIL TABAKOV

COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO

DANÇA

quinta-feira,­sexta-feira­e­sábado26 – 27 – 28­JULHO

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MÚSICA 21:30

FESTIVAL AO LARGO 2018 4

Estreada na Ópera de Frankfurt a 8 de junho de 1937, a cantata cénica Carmina Burana faz parte da trilogia de Carl Orff (1895-1982) que inclui Catulli Carmina e Trionfo di Afrodite. Inspirada em 24 poemas escritos em latim medieval dos séculos XII e XIII, a obra de Orff fala-nos da efemeridade da riqueza e da vida, dos prazeres do jogo, da bebida e da alegria sentida pelo regresso da primavera. Logo após a estreia, Carmina Burana tornou-se uma peça muito popular, que começa e termina com O fortuna, um tema instantaneamente reconhecido em todo o mundo.

CARMINABURANA

Soprano Carla Caramujo

Tenor Carlos Cardoso

Barítono Christian Luján

Direção musical Domenico Longo

Coro Juvenil de Lisboa

Maestro titular Nuno Margarido Lopes

Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Maestro titular Giovanni Andreoli

Orquestra Sinfónica Portuguesa

Maestrina titular Joana Carneiro

PROGRAMA

Carmina Burana

Carl Orff (1895-1982)

Parceria

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FESTIVAL AO LARGO 2018 5

Flauta Anabela Malarranha

Direção musical Andrea Sanguineti

Orquestra Sinfónica Portuguesa

Maestrina titular Joana Carneiro

PROGRAMA

Concerto para Flauta (1.º andamento)

Aram Khachaturian (1903-1978)

Sinfonia n.º 5

Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893)

Aram Khachaturian (1903-1978) escreveu concertos para violino, piano e violoncelo, mas nenhum para flauta. O Concerto para Flauta é na verdade uma transcrição do seu Concerto para Violino em Ré menor, composto em 1940. Em 1968 e encorajado pelo próprio compositor, o ilustre flautista francês Jean-Pierre Rampal transcreveu para flauta o concerto para violino permanecendo fiel à composição original. Os três andamentos desta obra, que denotam um certo estilo francês, são de uma extrema dificuldade técnica, criando ao longo da sua execução uma atmosfera exótica e quase mística.

A Sinfonia n.º 5 em Mi menor, op.64 de Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893), escrita entre maio e agosto de 1888, estreou-se em novembro desse ano em São Petersburgo. Apesar da confiança abalada devido ao insucesso da sua Sinfonia n.º 4, Tchaikovski logrou escrever, dez anos mais tarde, uma sinfonia de quatro andamentos que prima pela segurança técnica e por um surpreendente equilíbrio estrutural.

QUINTA DE TCHAIKOVSKI

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MÚSICA 21:30

FESTIVAL AO LARGO 2018 6

Quase cem anos separam duas canções que ouviremos neste programa: Tea for two e A garota de Ipanema. A primeira foi escrita por Vincent Youmans em 1925 para o musical da No, no, Nanette, e a segunda com música de António Carlos Jobim e letra do grande poeta brasileiro Vinicius de Morais ainda hoje é campeã de vendas discográficas. Durante o século passado, outros compositores, sobretudo norte-americanos, escreveram canções que fizeram história no cinema ou nos inúmeros palcos nova-iorquinos da Broadway e que ainda hoje permanecem grandes clássicos: Irving Berlin com Puttin’ on the Ritz (1927), Cole Porter com Night and Day (1932), George Gershwin com ‘S Wonderful (1927) ou Nacio Herb Brown com o grande clássico Singing in the Rain (1929) souberam recriar com as suas melodias uma época que, ainda hoje, trauteamos com gosto e alguma nostalgia.

DO RIO À BROADWAY

Contrabaixo Pedro Sousa

Percussão Pedro Araújo e Silva

Coro Juvenil de Lisboa

Maestro titular Nuno Margarido Lopes

PROGRAMA

Sing, sing, sing!

Louis Prima (1910-1978)

Let’s do it (Let’s fall in love)

Cole Porter (1891-1964)

‘S Wonderful

George Gershwin (1898-1937)

Tea for Two

Vincent Youmans (1898-1946)

Mack the Knife

Kurt Weill (1900-1950)

Bei mir bist du schön

Sholom Secunda (1894-1974)

All of Me

Gerald Marks (1900-1997), Seymour

Simons (1896-1949)

Garota de Ipanema

Tom Jobim (1927-1994)

Night and Day

Cole Porter (1891-1964)

Singin’ in the Rain

Nacio Herb Brown (1896-1964)

Puttin’ On the Ritz

Irving Berlin (1888-1989)

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FESTIVAL AO LARGO 2018 7

Durante a primavera e o verão de 1777, Wolfgang Amadeus Mozart (1756–1791) ocupou-se com a escrita do Concerto para Oboé em Dó maior, K. 314 que ofereceu ao famoso oboísta italiano Giuseppe Ferlendis. Com três andamentos cuja duração não excede 20 minutos, este concerto, um dos mais importantes no repertório de oboé, foi dado como perdido durante quase 150 anos, tendo sido redescoberto em 1920 pelo maestro Bernhard Paumgartner.

A Sinfonia n.º 9 em Mi menor, op.95, mais popularmente conhecida por Sinfonia do Novo Mundo, foi composta por Antonín Dvořák (1841-1904) em 1892 durante a sua estadia nos Estados Unidos, quando o compositor foi convidado a fundar o Conservatório Nacional de Música, precursor da atual Juilliard School of Music. Esta sinfonia com quatro andamentos, a última de Dvořák, foi estreada com estrondoso sucesso no Carnegie Hall de Nova Iorque em 1893. As críticas, altamente elogiosas, definiram a obra como sendo uma nobre composição de proporções heróicas, inspirada na beleza dos espirituais negros e em canções das plantações. Contudo, e segundo palavras do próprio compositor, a sua intenção foi apenas escrevê-la de acordo com o espírito das melodias nacionais norte- -americanas.

Oboé Sally Dean

Direção musical Pedro Amaral

Orquestra Metropolitana de Lisboa

PROGRAMA

Concerto para Oboé e Orquestra

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)

Sinfonia n.º 9 (“Novo Mundo”)

Antonín Dvořák (1841-1904)

ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA

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MÚSICA 21:30

FESTIVAL AO LARGO 2018 8

Die Meistersinger, ópera cómica em três atos de Richard Wagner (1813-1883), estreou-se no Königliches Hoftheater em Munique em junho de 1868, dirigida por Hans von Bülow. A história desenrola-se em Nuremberga no século XVI e gira em torno da vida real dos Mestres Cantores, uma associação de poetas e músicos amadores, sendo Hans Sachs a personagem principal. Der Rosenkavalier Suite terá sido, muito provavelmente, orquestrada pelo maestro Artur Rodzinski que a dirigiu na estreia em outubro de 1944. Com temas da ópera Der Rosenkavalier que Richard Strauss (1864-1949) estreou em Dresden em 1911, a Suite evoca o amor da Marschallin por Octavian que, muito em breve, a trocará por Sophie, uma mulher bem mais jovem. O Duplo Concerto para Violino em Ré menor BWV 1043, o único concerto para dois violinos composto por Johann Sebastian Bach (1685-1750), é porventura uma das suas obras mais conhecidas do grande público, sendo considerada um dos melhores exemplos do período barroco tardio.

A Fosun apoia a vinda do músico chinês Xuan Du a Lisboa para participar na edição do Festival ao Largo do corrente ano, contribuindo assim para a promoção da música e cultura chinesa junto do público local. A Fosun alegra-se pelo estabelecimento desta parceria com o OPART e, através do seu know-how e experiência, continuará a apoiar iniciativas que promovam uma proximidade artística e cultural entre Portugal e a China.

Violino Xuan Du

Violino Klára Erdei

Direção musical Johannes Stert

Orquestra Sinfónica Portuguesa

Maestrina titular Joana Carneiro

PROGRAMA

Die Meistersinger von

Nürnberg - Abertura

Richard Wagner (1813-1883)

Concerto para Dois Violinos

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Der Rosenkavalier Suite

Richard Strauss (1864-1949)

Apoio

WAGNER, BACH ESTRAUSS

13 – 14­JULHO

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MÚSICA 21:30

FESTIVAL AO LARGO 2018 9

Este concerto convida-nos a uma

viagem musical pela Europa dos

séculos XVIII, XIX e primeira

metade do século XX com valsas

dos irmãos vienenses Johann e

Joseph Strauss, de outro genial

vienense que é Wolfgang Amadeus

Mozart com uma ária da sua ópera

Don Giovanni escrita para a Ópera

de Praga e estreada em 1787, árias

das óperas Il barbiere di Siviglia

(1813) e L’ elisir d’amore (1832)

dos italianos Gioachino Rossini e

Gaetano Donizetti, respetivamente,

uma ária da opereta Die lustige

witwe (A Viúva Alegre, 1905)

escrita pelo austro-húngaro Franz

Léhar, e uma intrigante Valsa n.º 2

pelo russo Dmitri Shostakovich,

composta em 1938 e popularizada

graças ao filme Eyes Wide Shut

de Stanley Kubrik (1999). Para

terminar, ouviremos três canções

populares de três compositores

napolitanos: Luigi Denza (Funiculì,

Funiculà, 1880), Eduardo di Capua

(O sole mio, 1898) e Ernesto de

Curtis (Non ti scordar di me, 1912).

Soprano Ana Cosme

Tenor João Rodrigues

Barítono João Merino

Direção musical Ceciliu Isfan

Orquestra do Conservatório Regional

de Artes do Montijo

ÓPERASE VALSAS

17­JULHO

PROGRAMA

Venetianer-Galopp

Johann Strauss (1825-1899)

Sempre libera – La traviata

Giuseppe Verdi (1813-1901)

Pizzicato Polka

Johann Strauss (1825-1899)

Una furtiva lagrima – L’elisir d’amore

Gaetano Donizetti (1797-1848)

Im Krapfenwaldl

Johann Strauss (1825-1899)

La Calunnia – Il barbiere di Siviglia

Gioachino Rossini (1792-1868)

Valsa n.º 2

Dmitri Shostakovich (1906-1975)

Feuerfest

Josef Strauss (1827-1870)

Lippen Schweigen – Die lustige witwe

Franz Lehár (1870-1948)

Deh vieni alla finestra – Don Giovanni

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)

Non ti scordar di me

Ernesto de Curtis (1875-1937)

Wildfeuer

Josef Strauss (1827-1870)

Funiculì, Funiculà

Luigi Denza (1846-1922)

O sole mio

Eduardo di Capua (1865-1917)

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MÚSICA 21:30

FESTIVAL AO LARGO 2018 10

Violinos Pedro Meireles,

Ana Pereira Francisco Lima,

António Figueiredo

Violas Samvel Barsegian,

Joana Cipriano

Violoncelos Irene Lima,

Marco Pereira

PROGRAMA

Duas peças para octeto de cordas

Dmitri Shostakovich (1906-1975)

Octeto

Felix Mendelssohn (1809-1847)

Dmitri Shostakovich (1906-1975) iniciou a composição das Duas peças para octeto de cordas, op. 11 em 1924, quando frequentava ainda o Conservatório de Leninegrado e trabalhava na sua admiravelmente precoce 1.ª Sinfonia. Os dois andamentos do octeto – Adagio e Scherzo – extremamente rítmicos e de um discreto lirismo, são exemplos de um jovem compositor modernista que revela já uma decisiva estrutura formal que iria caracterizar toda a sua obra posterior. Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847) escreveu o seu Octeto em Mi bemol maior, op.20 no outono de 1825 quando tinha apenas 16 anos e dedicou-o como presente de aniversário ao seu amigo e violinista Eduard Ritz. O octeto é considerado um marco do génio de Mendelssohn nos seus anos de mocidade. A peça foi revista em 1836 antes da sua estreia pública e, seguindo as instruções do compositor, deve ser tocada ao estilo de uma sinfonia.

SOLISTASDE LISBOA

18­JULHO

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MÚSICA 21:30

FESTIVAL AO LARGO 2018 11

O Lisbon Underground Music Ensemble (L.U.M.E.) é um projeto criado e dirigido por Marco Barroso. O ensemble de 15 instrumentistas é composto por alguns dos mais experientes músicos de jazz e música erudita em Portugal e inspira-se na tradição da big band, mas atualiza esse discurso de forma inteligente e irónica. A música de L.U.M.E. combina a composição escrita com improvisação e viaja entre universos aparentemente tão distintos como o funk e a música textural, o boogie woogie e ambientes impressionistas… com requintes Zappianos!

L.U.M.E.

Lisbon Underground Music Ensemble

Composição, Direção, Piano

Marco Barroso

Flauta Manuel Luís Cochofel

Clarinete Soprano Paulo Gaspar

Saxofone Soprano João Pedro Silva

Saxofone Alto Ricardo Toscano

Saxofone Tenor José Menezes

Saxofone Barítono Rita Nunes

Trompetes Jorge Almeida,

Gonçalo Marques, Pedro Monteiro

Trombones Ruben Santos,

Eduardo Lála, Pedro Canhoto

Baixo Elétrico Miguel Amado

Bateria Vicky Marques

PROGRAMA

Mimi

Astromassa

(...)

Leptons from Hell

Sandesblast

Festa

Pólen

Festa

Xuxu

Freestyle Boogie

Lux

L.U.M.E.

19­JULHO

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FESTIVAL AO LARGO 2018 12

21:30

NOITESRUSSAS

Violino Pedro Meireles

Direção musical Emil Tabakov

Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Maestro titular Giovanni Andreoli

Orquestra Sinfónica Portuguesa

Maestrina titular Joana Carneiro

PROGRAMA

Russlan e Ludmila – Abertura

Uma vida pelo Czar – Coro final

Mikhail Glinka (1804-1857)

Boris Godunov – Coro de abertura

Modest Mussorgski (1839-1881)

Eugene Onegin – Coro dos

camponeses e Valsa

Piotr Ilitch Tchaikovski (1840-1893)

Concerto para violino

Aleksandr Glazunov (1865-1946)

A Lenda do Czar Saltan – O Vôo

do Moscardo

Nikolai Rimski-Korsakov (1844-1908)

O amor das três laranjas – Marcha

Serguei Prokofiev (1891-1953)

Príncipe Igor – Danças guerreiras

Aleksandr Borodin (1833-1887)

DANÇA

A música russa atravessou um longo período histórico que se iniciou pelas canções rituais e folclóricas e música sacra. É durante o século XIX e início do século XX que surgem compositores russos de música clássica cujas obras concertísticas e operáticas mereceram justa admiração mundial. Esta noite de música russa traz-nos excertos de óperas populares compostas por nomes de primeiríssima grandeza tais como Glinka (1804-1857) e a sua ópera Russlan e Ludmila, Príncipe Igor de Borodin (1833-1887), Boris Godunov de Mussorgski (1839-1881) ou Eugene Oneguin de Tchaikovski (1840-1893). Prokofiev (1891-1953) será recordado com excertos de duas óperas: O amor das três laranjas e Guerra e Paz, ambas escritas no início do século XX. O Concerto para Violino em Lá menor, op.82 foi composto por Alexander Glazunov (1865-1946) em 1904 e dedicado ao eminente violinista Leopold Auer, que o estreou em São Petersburgo em fevereiro de 1905. Sem pausas nem secções numeradas, o concerto é de considerável dificuldade técnica, muito representativa do estilo brilhante deste compositor.

20 – 21­JULHO

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FESTIVAL AO LARGO 2018 13

22:00

COMPANHIANACIONAL DEBAILADO

TOCCATA­E­FUGA

Coreografia Ambra Senatore

Desenho de Luz Fausto Bonvini

Conceção de Som Jonathan Seilman

e Marc Lacourt

Estreia Absoluta

Lisboa, Teatro Camões

18 de maio de 2018

DANÇA 26 – 27 – 28­JULHO

HERMAN­SCHMERMAN

Coreografia, Espaço Cénico

e Desenho de Luz

William Forsythe

Música Thom Willems

Figurinos Gianni Versace

e William Forsythe

Remontagem

Maurice Causey

Estreia Absoluta

Frankfurt, Opernhaus,

Ballet de Frankfut,

26 de setembro de 1992

Estreia na CNB

Porto, Teatro Municipal do Porto Rivoli,

29 de janeiro de 2016

RAYMONDA­(III­ATO)

Coreografia Marius Petipa

Música Aleksandr Glazunov

Figurinos Da Silva Nunes

Estreia Absoluta

São Petersburgo, Teatro Mariinsky

7 de janeiro de 1898

Estreia na CNB (integral)

Lisboa, São Luiz Teatro Municipal,

10 de junho de 1982

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FESTIVAL AO LARGO 2018 14

TOCCATA­E­FUGA

A convite de Paulo Ribeiro, Ambra

Senatore cria Toccata e Fuga para 18

bailarinos da CNB. As questões da

partilha e do encontro constituem,

para Ambra Senatore, elementos

importantes do espetáculo ao vivo.

O humano atravessa todas as suas

peças e a dança parte ao encontro

das pessoas, deixando espaço à

fragilidade, à dúvida, ao sentido

crítico, à partilha e ao humor. Solos,

peças de grupo ou performances,

as criações de Ambra Senatore

inspiram-se na vida. A sua dança

pede emprestado “gestos simples

e movimentos do quotidiano”

transpostos para um universo

surrealista e alterado. Em cena, 18

indivíduos cruzam-se e alguns entram

em relação. Os seus movimentos

despistam os sentimentos que os

impulsionam. A partir desta relação

entre o individual e o coletivo, Ambra

Senatore retrata meticulosamente

a humanidade e as suas falhas.

Obstinação, dúvida, inconstância...

tudo é observado à lupa. A coreógrafa

chama a nossa atenção para os gestos

quotidianos que revelam muita coisa.

22:00DANÇA

HERMANSCHMERMAN

Herman Schmerman estreou em 1992

no Ballet da cidade de Nova Iorque,

coreografado para cinco bailarinos.

Quatro meses mais tarde, para o Ballet

de Frankfurt, Forsythe criou um dueto

adicional a este bailado. Desde então

é apresentado em diversas

companhias no mundo, tanto a versão

completa como apenas o dueto.

Esta é uma aparente competição

homem–mulher. Para o coreógrafo

é uma simples peça sobre dança.

RAYMONDA(III­ATO)

Muitos dos bailados do século XIX

terminavam num ato de grande

apoteose sustentando um final feliz

ao enredo e onde todos os elementos,

desde os bailarinos principais ao

corpo de baile, se apresentavam no

seu expoente máximo performativo.

A estreia absoluta de Raymonda

verificou-se a 7 de janeiro de 1898

no Teatro Mariinsky de São

Petersburgo e conservou-se até

aos nossos dias no seu repertório,

tendo sido revisitado por diversos

coreógrafos. Neste ato celebra-se

o casamento de Raymonda com o

cavaleiro Jean de Brienne após o

regresso deste das Cruzadas e de um

convidado surpresa, Abderrakhman,

um emir sarraceno, tentar raptar

Raymonda.

26 – 27 – 28­JULHO

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BIOGRAFIAS

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FESTIVAL AO LARGO 2018 16

BIOGRAFIA

Natural de Évora, iniciou os seus estudos

musicais em Évora, onde completou os

estudos académicos na Academia de

Música Eborense e na Escola Profissional

de Música de Évora com o professor

Nuno Ivo Cruz. Licenciou-se na Academia

Nacional Superior de Orquestra em

1998. Em 2001 concluiu o Mestrado no

Conservatório Real de Haia na Holanda

com os professores Rien de Reede, Thies

Roorda e Emily Beynon. Frequentou master

classes com William Bennett, Patrick

Gallois, Peter-Lukas Graf, Aurèle Nicolet,

Carlos Brunnel, Konrad Hünteler, Patrícia

Morris e Vincent Cortvrint (piccolo) e

Jeanne Baxtreasser. Foi laureada com o 1.º

prémio no Concurso da Juventude Musical

Portuguesa em 1990 e 1992. Atuou como

solista com várias orquestras nacionais,

destacando-se a Orquestra Metropolitana

de Lisboa e a Orquestra das Beiras. Das

suas apresentações em recitais a solo e

música de câmara, destaca-se o recital no

Concertgebouw, em Amesterdão, incluído

na programação do Curso Holland Music

Sessions. Foi primeira flauta na Orquestra

Anabela­ValverdeMalarranha

Metropolitana de Lisboa entre 2000 e

2005. Lecionou na Academia Nacional

Superior de Orquestra, Escola Profissional

Metropolitana, Conservatório de Música da

Metropolitana, Escola Superior de Música

de Lisboa, Escola Profissional de Música

de Évora, Academia de Música Eborense

e Universidade de Évora. Tem orientado

diversos master classes em Portugal

desde 2000. Integra a Orquestra Sinfónica

Portuguesa desde 2005.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 17

BIOGRAFIA

Nasceu no Bombarral, tendo iniciado

os seus estudos musicais no Círculo

de Cultura Musical Bombarralense.

Estudou com José Carlos Xavier na

EMCN, com Ana Paula Russo, com

Elsa Saque e Sílvia Mateus na ESML

onde obteve a licenciatura, tendo

continuado a aperfeiçoar-se com

a cantora Sílvia Mateus. É membro

do Coro do Teatro Nacional de São

Carlos. Como solista, participou na

Cantata O Conquistador de Jorge

Salgueiro, na Misa Cubana de José

Maria Vitier, Stabat Mater de Pergolesi

e Requiem de Fauré. Em recital,

apresentou-se com os pianistas Anna

Tomasik, Nuno Lopes, Francisco

Sassetti, Nuno Vieira de Almeida,

João Vale e João Paulo Santos.

Integrou o elenco das óperas: Die

Lustige Vitwe de Léhar; A Raposinha

Matreira de Janáček; Albert Herring

de Britten; O Achamento do Brasil de

Jorge Salgueiro; Orpheu e Eurídice

de Gluck; A Vingança da Cigana de

Leal Moreira; Bataclan de Offenbach;

Ana­Cosme

A Bela Adormecida de Respighi;

Le nozze di Figaro de Mozart;

e Kátìa Kabanová de Janáček.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 18

BIOGRAFIA

Aplaudido pela crítica e pelo público e

considerado pelos especialistas como

um dos maestros mais promissores

da sua geração, Andrea Sanguineti

foi muito recentemente denominado

de “génio” pelo programa de rádio

Deutschlandradio-Kultur, por ocasião

da produção de The Dead City de

Korngold. É atualmente Diretor Geral

Musical de G. Hauptmann Theater

Görlitz-Zittau e Maestro Titular da

Neue Lausitzer Philharmonie. É muito

solicitado como maestro convidado por

alguns importantes teatros, festivais

e orquestras, como a Oper Graz, Oper

Leipzig, Nationaltheater Mannheim,

Enescu Philharmonie em Bucareste,

RSO Radio Symphony Orchestra em

Viena e Teatro Massimo Bellini na

Catânia. O seu vasto repertório varia

entre operetas vienenses e óperas

alemãs, tais como Tristan und Isolde

ou Tannhäuser, sem descurar os

estilos francês e italiano e a ópera

contemporânea. Carmen, L’ Africaine,

La traviata, Il trovatore,

La Cenerentola, Il viaggio a Reims,

La forza del destino, Macbeth e Powder

Her Face foram algumas das óperas

que dirigiu recentemente, com solistas

como Annette Dasch, Lucio Gallo,

Stefania Bonfadelli, Silvia Tro Santafé,

Simone Alaimo, Franco Farina e Albert

Pesendorfer. No campo concertístico,

Andrea Sanguineti expande o seu

repertório principal, abrangendo desde

as sinfonias de Beethoven e Brahms

até às composições mais vanguardistas

como Turangalîla-Symphonie de Olivier

Messiaen, Prométhée de Skrjabin ou

o Concerto para Orquestra (de Marco

Polo) de Tan Dun.

AndreaSanguineti

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BIOGRAFIA

AmbraSenatore

Coreógrafa e performer italiana,

Ambra Senatore é a diretora do Centre

Chorégraphique National de Nantes

(França) desde 2016. No seu trabalho,

a vida do dia a dia é examinada,

criando discrepâncias que conduzem

a uma ficção dos gestos e a uma

dramatização da dança. No centro da

questão, se o corpo e o movimento

questionam o enquadramento e os

limites da narração, também acabam

por ser abstratos e esbabelecer

os limites entre as disciplinas e os

géneros. Amante das surpresas e

de inesperados pontos de vista,

Ambra Senatore rearranja o real e o

imaginário aos seus bailarinos, assim

como para o público. A coreógrafa

italiana gosta também de evocar

o cinema, onde a composição,

detalhes e sequências acabam por se

transformar em ferramentas. Após ter

criado peças a solo como EDA –Solo,

Mercê, Maglie, e Altro Piccolo Progetto

Domestico, Ambra Senatore voltou-se

para peças de grupo com o intuito de

abordar o coletivo e criar laços entre

as pessoas e os corpos que habitam

o palco: Passo (2010), A Posto (2011),

John (2012), Aringa Rossa (2014), e

mais recentemente Quante Storie,

Pièces (2016), e Scena Madre, para o

Festival de Avignon (2017).

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FESTIVAL AO LARGO 2018 20

BIOGRAFIA

Diplomada pelas Guildhall School

of Music and Drama e Royal

Conservatoire of Scotland, venceu os

Concursos Luísa Todi, Musikförderpreis

der Hans-Sachs-Loge, Dewar Award,

Chevron Excellence e Ye Cronies

Awards. Apresentou-se com a London

Sinfonietta, Royal Scottish Symphony

Orchestra, Orquestras do Norte,

Metropolitana, Yucatán, Córdoba,

Sinfónica Portuguesa e Gulbenkian,

Músicos do Tejo e Ensemble de los

Buenos Aires, sob a direção de Diego

Licciardi, Julia Jones, João P. Santos,

José Esandi, Johannes Stert, Nicholas

Kraemer, Marc Tardue, A. Polyanichko,

Pedro Amaral, Pedro Carneiro, nas

salas de Heidelberg, Smetana (Praga),

Sage Gateshead (Newcastle), Barbican

(Londres), Gulbenkian, CCB, Teatros

Péon Contreras (Mérida), Traverse

(Edimburgo), San Martin (Córdoba),

SODRE (Montevideu), Usina del Arte

(Buenos Aires) entre vários festivais.

Em ópera, destacou-se enquanto

Contessa di Folleville em Il viaggio a

Reims, Gilda em Rigoletto, Violetta em

La traviata, D. Anna em Don Giovanni,

Rainha da noite em Die Zauberflöte,

Fiordiligi em Così fan tutte, Herz em

Der Schauspieldirektor, Adele em Die

Fledermaus, Lisette em La rondine,

Adina em L’elisir d’amore, Armida em

Rinaldo, Controller em Flight (Dove),

Salomé em O sonho, Soprano em

Lady Sarashina (Eötvös) e Iara em

Onheama (Ripper).

CarlaCaramujo

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BIOGRAFIA

Natural de Tarouquela, estudou

na Universidade da Beira Interior

com o Maestro Ferreira. Venceu o

1.º Prémio do Concurso Luísa Todi,

o 3.º Prémio no Concurso Magda

Olivero, 1.º Prémio no Concurso de

Canto dos Rotários, em Lisboa, 2.º

Prémio no Concurso Internacional

Rubini em Romano di Lombardia,

onde se estreou como Ernesto em

Don Pasquale. Entre 2010 e 2011 foi

membro do Estúdio de Ópera do

Teatro Nacional de São Carlos e

entre 2011 e 2013 da Accademia del

Teatro alla Scala, em Milão. Com

a Accademia apresentou-se em

concertos por Itália, bem como

em Un giorno di Regno no Teatro

Filarmónico de Verona, em La Scala

di Seta e em Don Carlo como Conde

de Lerma no Teatro alla Scala. Outras

estreias incluíram Edgardo em Lucia di

Lammermoor na Dutch National Opera

Amesterdam, Conte di Libenskof em

Il viaggio a Reims no Rossini Opera

Festival em Bad Wildbad, Fernando

em La Favorita no Liceu de Barcelona

(em versão de concerto) e Don Ramiro

em La Cenerentola no Teatro alla

Scala. Destacam-se dos compromissos

recentes: Il viaggio a Reims na

Dutch National Opera Amsterdam;

La Cenerentola no Teatro alla Scala;

Duque de Mântua em Rigoletto para o

Festival Verdiano 2015, no Teatro Verdi

de Busseto; Duque em Rigoletto (cover

de V. Grigolo) no Teatro alla Scala;

Adriana Lecouvreur no Teatro de la

Monnaie, Bruxelas; Don Narciso em

Il Turco in Italia na Landestheater em

Salzburgo; e, mais uma vez, Duque de

Mântua em Rigoletto em Busseto.

Carlos­Cardoso

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BIOGRAFIA

CeciliuIsfan

direção de orquestra do maestro

Jean Sebastian Bereau.

Membro dos grupos Lautari, Belle

Epoque Ensemble, Vianna de Motta,

entre outros.

Os seus recitais e as suas atuações

na Europa, América do Norte e Ásia

receberam uma estrondosa receção

por parte do público e da crítica.

Nasceu em Deva, Roménia, onde

começou os seus estudos de violino

com apenas seis anos de idade. Em

Bucareste, frequenta o Conservatório na

classe do Professor Mugar Popovici com

quem estuda viola de arco. Enquanto

estudante do Conservatório, desloca-se

anualmente a Itália, a fim de participar

nos “Corsi Estivi di Perfezionamente

Orchestrale Fedella Febarolli”.

Foi aluno na Academia George Dima,

Cluj-Napoca, Roménia, onde obteve

o seu diploma com as classificações

máximas. Na Roménia ganha conse-

cutivamente o 1.º prémio Nacional de

Viola de Arco desde 1983 a 1988.

Com o seu quarteto Quod Libet ganha

vários primeiros prémios, não só

na Roménia como noutros países

europeus.

Entre 1990 e 1992 ocupa o lugar

solista no naipe das violas de arco na

Folkwang Kammer Orchester de Essen

na Alemanha. No mesmo período,

trabalha como assistente de Vladimir

Mendelssohn. Especializou-se em

música de câmara tendo tocado em

vários quartetos na Roménia, França,

Itália, Alemanha, Holanda, entre outros.

Integrou a Orquestra Metropolitana de

Lisboa em 1992 como solista no naipe

das violas de arco, sendo, igualmente,

professor na Academia Nacional

Superior de Música.

Atualmente, integra a Orquestra

Sinfónica Portuguesa como

coordenador de naipe adjunto.

Dá aulas de violino, viola de arco,

música de câmara e orquestra na

Escola Alemã de Lisboa (desde 1994)

e no Conservatório Regional de Artes

do Montijo (desde 2011).

Como maestro da orquestra sinfónica

do Conservatório Regional de Artes do

Montijo apresentou diversos programas

como barroco, galas de ópera, músicas

de filme, entre outras obras.

Participou em vários cursos e master

classes em direção de orquestra e

música de câmara em Tirgu-Mures,

Cluj-Napoca e Craiova, Roménia.

Desde 2016, participa nos cursos de

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BIOGRAFIA

Nasceu na Colômbia. Iniciou os seus

estudos no Instituto das Belas Artes,

em Medellin, estudando Guitarra

Clássica. Em Portugal frequenta o

Curso de Musicologia na FCSH da

Universidade Nova de Lisboa e o

Curso de Música (Canto Lírico) na

Escola de Música do Conservatório

Nacional. Em 2012, continua os

seus estudos no Flanders Opera

Studio em Gent. Pós-graduado pela

International Opera Academy, em

2015, sob a direção de Guy Joosten.

Trabalhou com encenadores como

Peter Konwitscny, Guy Joosten,

Vincent Van den Elshout, e Benoit

De Leersnyder; com maestros como

René Jacobs, Pietro Rizzo e Yannis

Pouspurikas; com cantores como Jose

van Dam, Natalie Dessay, Sir Thomas

Allen, Ann Murray, Dietrich Henschel,

Susan Waters, e pianistas como

Malcolm Martineau e Hein Boterberg.

Tem interpretado papéis como Albert

(Werther), Leporello (Don Giovanni),

Guglielmo (Così fan tutte), Dr. Grenvil

(La traviata), O Carcereiro (Dialogues

des Carmélites), Varsonofjev

(Khovanshchina), Charles Edward

(Candide), Papageno (Die Zauberflöte),

K. Mauricio (A Morte do Palhaço

de Mário Branco), Pinellino (Gianni

Schicchi), Father (Romy Schneider

Opera de Joris Blanckaert), Lodovico/

Montano (Otello), Vermummte Herr e

Otto em Frühlings Erwachen (Flagey,

Vlaamse Opera e outros teatros na

Bélgica), Publio (La clemenza di Tito),

entre outros.

ChristianLuján

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BIOGRAFIA

Companhia Nacional de Bailado [CNB]

foi criada por iniciativa do Governo

de Portugal, em 1977. Ao longo das

quatro décadas de existência tem

apresentado obras de referência

do reportório internacional, quer as

incontornáveis do dito clássico, quanto

as de coreógrafos como Balanchine,

De Keersmaeker, Duato, Forsythe,

Joos, Kylian, Limon, Naharin, Van

Manen ou Spöerli. Paralelamente tem

apostado em encomendas geradoras

de uma identidade própria, com

especial destaque nos convites a

autores portugueses como Armando

Jorge, Clara Andermatt, Fernando

Duarte, Olga Roriz, Paulo Ribeiro,

Rui Horta, Rui Lopes Graça ou Vasco

Wellenkamp. A interligação com

distintas áreas da criação artística

tem sido, também, uma preocupação

de muitas dessas encomendas

envolvendo importantes nomes da

música, encenação, cinema ou artes

plásticas. O desenvolvimento de

relações com outras estruturas de

criação tem sido também privilegiado

como o provam colaborações

nomeadamente com a Orquestra

Sinfónica Portuguesa, a Orquestra

Metropolitana de Lisboa, a Orquestra

de Câmara Portuguesa, e conceituados

maestros e instrumentistas nacionais

e estrangeiros. A realização de

espetáculos abrangendo todo

o território português, a par de

digressões internacionais, tem

constituído uma das missões da CNB.

Paulo Ribeiro, que responde pela

direção artística desde 2016, sucede

no cargo a nomes como Luísa Taveira,

Vasco Wellenkamp, Mehmet Balkan,

Marc Jonkers, Jorge Salavisa, Isabel

Santa Rosa e Armando Jorge.

COMPANHIA­NACIONAL­DE­BAILADO

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BIOGRAFIA

CORO­DO­TEATRO­NACIONALDE­SÃO­CARLOS

Criado em 1943, sob a direção de Mario Pellegrini, o Coro cumpre uma fase

intensiva de assimilação do grande repertório operístico e de oratória. Entre 1962

e 1975, colaborou nas temporadas da Companhia Portuguesa de Ópera, sediada

no Teatro da Trindade, deslocando-se com a mesma à Madeira, aos Açores, a

Angola e a Oviedo (1965), a convite do Teatro Campoamor, e obtendo o Prémio

de Música Clássica conferido pela Casa da Imprensa. Participou em estreias

mundiais de autores portugueses, como Fernando Lopes-Graça (D. Duardos e

Flérida) e António Victorino d’Almeida (Canto da Ocidental Praia). Em 1980, foi

criado um primeiro núcleo coral a tempo inteiro, sendo a profissionalização do

Coro consumada em 1983, sob a direção de Antonio Brainovitch. A afirmação

artística do conjunto é creditada a Gianni Beltrami, a partir de 1985. João Paulo

Santos sucedeu-lhe e sob a sua responsabilidade registam-se vários êxitos:

Mefistofele, Blimunda e Divara, Le rossignol, Eugene Onegin, Les Troyens,

Tannhäuser e Le grand macabre, entre muitos outros. Em 1991, deslocou-se com

o Requiem de Verdi a Bruxelas. O Coro tem atuado sob a direção de maestros

como Votto, Serafin, Gui, Giulini, Fabritiis, Klemperer, Molinari-Pradelli, Ghione,

Erede, Zedda, Solti, Santi, Rescigno, Bartoletti, Bonynge, Navarro, Rennert,

Burgos, Ferraris, Conlon, Christophers, Plasson, entre outros, e também de

maestros portugueses, como Pedro de Freitas Branco. Atualmente, é dirigido

por Giovanni Andreoli.

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BIOGRAFIA

CORO­JUVENILDE­LISBOA

É coro residente no Teatro Nacional de São Carlos, com o qual tem colaborado

e estabeleceu um protocolo desde a sua formação em 2011 pelo maestro Nuno

Margarido Lopes. Este projeto estreou a 14 de maio de 2011 no Museu da

Música e no Palácio Nacional da Ajuda. Dos concertos realizados destacam-se

os seguintes artistas: Orquestra Metropolitana de Lisboa sob a direção do

maestro João Paulo Santos; Festivais de Outono com o ator João Grosso

(Teatro Aveirense); Gala Verdi 200 Anos (Grande Auditório da Culturgest);

Festival Música em São Roque com a Orquestra Damas de São Carlos; Prémio

Internacional Festival Terras Sem Sombra, concerto de homenagem a Teresa

Berganza; 25 Anos de Carreira do soprano Elisabete Matos, no Teatro Nacional

de São Carlos, com o Coro do TNSC; Orquestra Sinfónica Portuguesa; os solistas

Aquiles Machado, Juan Pons e Elisabete Matos. Desde 2012 que tem participado

anualmente no Prémio Festival Terras Sem Sombra, no Festival ao Largo e nas

temporadas do Teatro Nacional de São Carlos, destacando-se as óperas Werther,

El Gato Montés, Carmen e Pagliacci. Colabora também com a Embaixada de

França em Portugal. Em 2013, lançou o primeiro CD, com obras de Victor Palma.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 27

BIOGRAFIA

Aluno de Donato Renzetti, colaborou

com o Prémio Nobel, Dario Fo. No

Teatro Carlo Felice de Génova, dirigiu

I Capuleti ed i Montecchi. Pagliacci,

com a ICO Magna Grécia, Werther no

Teatro Pergolesi, La traviata, indicado

pelo Maestro Michele Mariotti, no

Teatro Comunale de Bolonha, e Così

fan tutte no Teatro Palma de Maiorca.

Mais recentemente, a Missa Tango de

Bacalov, Black El Payaso e Pagliacci

no Teatro la Zarzuela em Madrid, e Il

segreto di Susanna e Gianni Schicchi,

com encenação de Davide Garattini.

Dirigiu Macbeth no Teatro Nacional

de São Carlos com Elisabete Matos e

Àngel Òdena. Inaugurou a Temporada

2015–2016 do Teatro Nacional de

São Carlos com Madama Butterfly,

o concerto de encerramento dos

Dias da Música no CCB e Cavalleria

Rusticana, versão concerto, no Festival

ao Largo, edição 2016. Colabora com

a Orchestra Pomeriggi Musicali, Teatro

Petruzelli, Magna Grecia, Camera delle

Marche, Filarmonica Marchigiana,

Teatro Comunale di Bologna, Mozart

Sinfonietta, Sinfonica Pescara, OMS

de Bari, Orchestra Comunidad de

Madrid, Sinfonica Ciudad de Granada,

Orquestra Sinfónica Portuguesa e

Sinfónica Illes Balears.

DomenicoLongo

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BIOGRAFIA

Emil Tabakov, mundialmente

reconhecido como maestro, tem sido

convidado a dirigir em países como

Alemanha, Reino Unido, Dinamarca,

Suécia, Polónia, França, Itália, Rússia,

Espanha, Roménia, Aústria, Suíça,

Bélgica, Estados Unidos da América,

Austrália, Canadá, Japão, Coreia

do Sul, Singapura, Taiwan, Brasil,

Israel, Holanda, África do Sul, Cuba,

Equador e Colômbia. Já dirigiu ópera

no Teatro La Fenice e Teatro Régio de

Turim, concertos com a Orchestre

National de France, Orchestre National

d’Île-de-France, Orchestre National

de Lille,Tchaikovsky Symphony

Orchestra of Radio Moscow, Moscow

Philharmonic, New Russia Orchestra,

Neue Philharmonie Westfalen, Seoul

Philharmony, Tokyo City Philharmonic

Orchestra, Orquestra Sinfónica do

Rio de Janeiro, Orquestra Sinfónica

Nacional do México, Philharmonic

Orchestra “George Enescu”

Bucareshti, Athens Philharmonic

Orchestra, Istanbul State Symphony

EmilTabakov

Orchestra, Presidential Symphony

Orchestra Ankara, entre tantas outras.

A sua discografia inclui todas as

Sinfonias de Mahler em 15 CD, a

integral das Sinfonias de Brahms,

Aberturas, Um Requiem Alemão,

Sinfonia Alpina de Richard Strauss,

Scheherezade de Rimsky-Korsakov, as

Sinfonias de Scriabine, a integral dos

concertos para piano de Beethoven,

o Concerto para Orquestra de Bartok,

The Miraculous Mandarin, Requiem de

Verdi e excertos de óperas, bem como

peças para as etiquetas Balkanton

(Bulgária), Elan (Estados Unidos da

América), Capriccio Delta (Alemanha),

Mega-Music (Bulgária), Pentagon

(Holanda), Gega-New (Bulgária) e

EMI. Foi galardoado com o prémio

“Músico do Ano”, atribuído pela Rádio

Nacional Búlgara, em 1992, e com o

“Crystal Lyre” pela União de Músicos

da Bulgária, em 2009. Foi nomeado

“Homem do Ano”, em 1992, pelo

Centro Bibliográfico Internacional de

Cambridge. Em 2012, foi classificado

pelo Centro Biográfico Internacional

do Reino Unido como um dos 100

melhores maestros.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 29

BIOGRAFIA

Estudou Piano, Composição e Direção

Coral e de Orquestra. Colaborou com

a RAI de Milão, Arena de Verona e

Teatros La Fenice de Veneza e Carlo

Felice de Génova. Trabalhou com

os maestros Delman, Muti, Chailly,

Arena, Santi, Campori, R. Abbado

e Renzetti. Na Bienal de Música de

Veneza, estreou obras de Guarnieri,

De Pablo, Clementi e Manzoni. Dirigiu

os Carmina Burana e a Petite messe

solennelle, L’esperienza corale nel ‘900

italiano (Dallapiccola, Rota e Petrassi),

L’ elisir d’amore, Missa da coroação

(Mozart) e Missa n.º 9 (Haydn), em

São Paulo, Via crucis (Liszt), Les noces

(Stravinski), Otello (Rossini), a primeira

audição moderna da Missa amabilis e

Missa dolorosa de Caldara, Il barbiere

di Siviglia (Teatro dei Vittoriale,

Gardone-Riviera), La traviata (Teatro

Real de Copenhaga), Una cosa rara

de Soler (Teatro Goldoni) e produções

de La bohème (Teatro Grande de

Brescia com Giuseppe Sabbatini, e em

Lanciano com a Orquestra Giovanile

Internazionale). Gravou para a BMG

Ricordi, Fonit Cetra e Mondo Musica

München. De 1994 a 2004, foi o

responsável artístico pela temporada

lírica do Teatro Grande de Brescia. Em

2006, iniciou a sua colaboração com

a Companhia de Ópera Portuguesa.

Em janeiro de 2011 retomou o cargo

de maestro titular do Coro do Teatro

Nacional de São Carlos, que já

ocupara entre 2004 e 2008.

GiovanniAndreoli

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FESTIVAL AO LARGO 2018 30

BIOGRAFIA

Em 2009, foi nomeada Diretora

Musical da Orquestra Sinfónica

de Berkeley, sucedendo Kent

Nagano. É Maestrina Convidada da

Orquestra Gulbenkian. Em janeiro

de 2014, foi nomeada Diretora

Musical da Orquestra Sinfónica

Portuguesa. Compromissos recentes

e futuros incluem a BBC Symphony,

Royal Stockholm Philharmonic,

Swedish Radio Symphony, Helsinki

Philharmonic, RTE Symphony, Hong

Kong Philharmonic e Gothenburg

Symphony. Frequentemente convidada

a dirigir programas contemporâneos,

estreou-se na temporada de

2014 – 2015 na English National Opera

com a estreia mundial da versão

encenada de The Gospel According

to the Other Mary de John Adams.

Colaborou com a Royal Liverpool

Philharmonic, Royal Philharmonic

Orchestra, Orchestre Philharmonique

de Radio France, Ensemble Orchestral

de Paris, Orchestre de Bretagne,

Norrköping Symphony, Norrlands

Opera Orchestra, Residentie Orkest/

Hague, Malmo Symphony, Orquestra

Nacional de Espanha e Orquestra

Sinfónica do Teatro La Fenice na

Bienal de Veneza. Na América dirigiu

a Los Angeles Philharmonic, Toronto

Symphony, Saint Paul Chamber

Orchestra, Detroit Symphony,

Colorado Symphony, Indianapolis

Symphony, Los Angeles Chamber

Orchestra, entre outras. Dirigiu em

2010 Œdipus Rex/Symphony of

Psalms, com encenação de Peter

Sellars, premiada com um “Helpmann

Award”. Dirigiu um projeto associado

ao Festival de Nova Zelândia, em 2011,

que lhe valeu convites para colaborar

com as orquestras de Sidney e da

Nova Zelândia.

Joana­Carneiro

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BIOGRAFIA

Maestro Principal na Ópera de Colónia

e Maestro Convidado Principal

na Ópera de Graz, durante vários

anos, Johannes Stert depressa se

tornou muito requisitado pelos mais

importantes teatros de ópera de todo

o mundo. Em 2008, estreou-se no

Teatro Nacional de São Carlos, em

Lisboa, com La Clemenza di Tito,

tendo regressado no ano seguinte

com Don Giovanni e Dona Branca, em

2011. Muito recentemente, dirigiu uma

nova produção de Die Zauberflöte na

Ópera Nacional Coreana, em Seul.

Em dezembro de 2009, estreou-se na

Royal Danish Opera, em Copenhaga.

Entre as temporadas de 2009–2014,

Johannes Stert colaborou com os

teatros alemães de Magdeburg

e Staatstheater Oldenburg. Foi

convidado a colaborar em vários

festivais, tais como o Wiener

Festwochen; Triennale Köln; Festival

de Montepulciano; Festival “Dei due

Mondi”, em Spoleto; Dresdner Festival

de Música Contemporânea; Festival

de Hitzacker; Festival “Schreyaner

Autumn”; e Hamburg State Opera.

Diversos concertos e projetos

advieram da estreita colaboração

que Johannes Stert tem mantido

com importantes compositores

como Karlheinz Stickhausen, John

Cage, Manfred Trojhan, Johannes

Fritsch, Volker Staub, Detlev Glanert,

Maurizio Kagel e Hans Werner Henze.

É frequentemente convidado

para dirigir conceituados novos

agrupamentos musicais, como o

Ensemble Recherche e o Ensemble

Köln. Johannes Stert é, desde 2004,

Maestro Convidado da WDR Radio

Orchestra, de Colónia. Além de

concertos, dirigiu as gravações em CD

da, pouco conhecida, ópera Merlin de

Karl Goldmark, bem como as estreias

dos dois concertos para piano de

Friedrich von Flotow.

JohannesStert

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FESTIVAL AO LARGO 2018 32

BIOGRAFIA

Licenciado pela ESMAE na classe

de Oliveira Lopes. Como bolseiro da

Santa Casa da Misericórdia do Porto,

trabalhou com Francisco Lázaro,

em Barcelona. Apresentou-se nas

óperas: Die Zauberflöte, Le nozze di

Figaro, Così fan tutte e Don Giovanni

de Mozart; Il barbiere di Siviglia,

L’occasione fa il ladro e Il viaggio a

Reims de Rossini; Carmen de Bizet;

La traviata e Rigoletto de Verdi; Tosca

e Gianni Schicchi de Puccini; Eugene

Onegin de Tchaikovski; Hänsel und

Gretel de Humperdinck; Werther de

Massenet; Œdipus Rex de Stravinski;

El gato montés de Penella; El Gato

com Botas de Montsalvatge; Lindane

e Dalmiro de J. C. Silva; La Bella

Dormente nel Bosco de Respighi;

Maria de Buenos Aires de Piazzolla,

Il capello di paglia di Firenze de Nino

Rota; Blue Monday de Gershwin e Evil

Machines de Luís Tinoco e Terry Jones.

Em concerto: Messiah de Händel;

Magnificat e Oratória de Natal de Bach;

Criação e Petite messe solennelle

JoãoMerino

de Haydn; a integral das Missas e o

Requiem de Mozart; 9.ª Sinfonia de

Beethoven; Stabat Mater de Rossini;

Requiem de Fauré; Missa n.º 3 de

Bruckner; Carmina Burana de Orff;

Dom Quixote a Dulcineia de Ravel;

Kindertotenlieder de Mahler; Aventures

de Ligeti, entre outros. Apresentou-se

como solista em Portugal, Espanha

e Itália sob a direção de C. Costa,

C. Soler, E. Nielsen, F. Totan,

G. Andreoli, I. Cruz, J. Jones, J. Skudlik,

J. P. Santos, F. Lobo, L .Koenigs,

M. André, M. Jurowski, M. Ortega,

R. Massena, O. Hadari, P. Herreweghe,

T. Hoffman e X.Poncette. Em cena, com

encenação de A.Teodósio, A.H.Lopes,

C.Avilez, C.Gruber, C.v.Götz, E.Sagi,

G.Vick, G.Joosten, J.C.Soler,

L.M.Cintra, N.Graça-Silvestre, P.Matos,

P.Konwitschny, R.Pais, R.Carsen,

S.Medcalf, entre outros.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 33

BIOGRAFIA

Nasceu em Lisboa. Estudou canto

na EMCN com Filomena Amaro e na

ESML com Luís Madureira, Helena

Pina Manique e Elsa Saque. Realizou

aperfeiçoamento com João Lourenço.

Integrou os elencos de Porgy and

Bess (Crabman), Die Meistersinger

von Nürnberg (Aprendiz) e Parsifal

(3.º Escudeiro) no São Carlos, Le Vin

Herbé de F. Martin no Teatro Aberto,

Il matrimonio segreto (Paolino) de

Cimarosa, Così fan tutte (Ferrando),

Die Zauberflöte (Tamino) na Fundação

Gulbenkian, Susana (Carlos) de A.

Keil, A Floresta (Professor de música)

de E. Carrapatoso no Teatro São

Luiz, A Vingança da Cigana (Pierre)

de Leal Moreira, Raphael, reviens!

(Raphael) de B. Cavanna na Fundação

Gulbenkian, Francesca da Rimini

(Dante) de Rachmaninov, Salome

(4.º Judeu) no São Carlos, Bataclan

(Kekikako) de Offenbach, Jerusalém

(Hinnerck) de V. Mendonça e Paint Me

(Lee) de L. Tinoco na Culturgest, Porgy

and Bess (Sporting Life) de Gershwin

JoãoRodrigues

no Centro Cultural de Belém. Cantou

com as orquestras da Juventude

Musical Portuguesa, Conservatório

da Covilhã, Gulbenkian, de Câmara

de Cascais e Oeiras, Sinfonietta

de Lisboa, Filarmonia das Beiras,

Sinfónica Portuguesa, Metropolitana

de Lisboa, do Algarve e da ESML.

Cantou em estreia absoluta O meu

Poemário Infantil de E. Carrapatoso,

concerto com transmissão direta

para a União Europeia de Rádios e a

Oratória Popular de Nuno Côrte-Real.

Realizou no Teatro São Luiz recitais

com o pianista Nuno Vieira de Almeida

e no São Carlos com o pianista João

Paulo Santos. Participou no concerto

final da 1.ª edição do Festival ao Largo

do Teatro Nacional de São Carlos, sob

a direção do maestro David Levi.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 34

BIOGRAFIA

Violinista e professora de violino,

nascida na Hungria, iniciou os seus

estudos de violino aos sete anos,

sob a orientação de János Márffy.

Frequentou o Conservatório de

Szeged, onde foi aluna de Lájos

Várnagy. A partir de 1977, frequentou

a Academia de Música de Ferenc Liszt

de Budapeste, tendo aprendido com

os violinistas Mária Vermes, Ferenc

Szecsodi e Semyon Snitkoswsky, este

último professor no Conservatório

Tchaikovski de Moscovo. Em 1978,

atuou como primeiro violino num

quarteto que, em representação da

sua escola, venceu o concurso para

quarteto de cordas da “Jeunesse

Musicale International”, em Belgrado.

Ingressou na Orquestra Filarmónica

de Szeged, na Hungria, onde a partir

de 1984 foi concertino. Lecionou no

Conservatório de Szeged e participou

em grupos de música de câmara,

tendo também atuado como solista.

Em 1988, foi convidada para ingressar

na Orquestra Nova Filarmonia

Portuguesa. No ano seguinte, entrou

na Orquestra Sinfónica do Teatro

Nacional de S. Carlos. Também desde

1989, exerce a atividade de professora

na Academia Musical dos Amigos

das Crianças (AMAC), em Lisboa.

Participou em diversas formações

de câmara, nomeadamente no Trio

Tagus, em conjunto com Gabriela

Canavilhas e Luís Sá Pessoa. A partir

de 1991, foi membro do Quarteto

Arcus (renomeado Atalaya), com Vasco

Barbosa, Teresa Beatriz e Kenneth

Fraser. Desde 1993, é solista da

Orquestra Sinfónica Portuguesa.

KláraErdei

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BIOGRAFIA

L.U.M.E.LISBON­UNDERGROUND­MUSIC­ENSEMBLE

O L.U.M.E. - Lisbon Underground Music

ensemble é um projeto do compositor

Marco Barroso, que tem o objetivo

de criar um espaço de expressão da

sua música, num contexto orquestral

particular, com afinidades no modelo

clássico da Big Band. Constituído por

alguns dos músicos mais experientes

da cena jazz e erudita nacional, L.U.M.E.

é uma proposta verdadeiramente

original. Seja por uma dramatização

(muitas vezes irónica) das práticas e

vocabulários que passam pelo jazz, rock

ou música erudita, seja pela incursão

no experimentalismo, a música de

Marco Barroso e do L.U.M.E. reconstrói,

de forma original e pertinente, a

carga patrimonial do “bigbandismo”,

fugindo assim aos seus padrões

mais convencionais e abrindo novas

e refrescantes perspetivas estéticas.

Nascido em 2006, o L.U.M.E. lançou,

em outubro de 2010, o seu primeiro

disco, pela editora JACC Records.

Desde então tem vindo a apresentar-se

em numerosos festivais e concertos.

Em setembro de 2013 a editora

holandesa Challenge Records reeditou

o seu primeiro disco, homónimo,

distribuindo-o internacionalmente.

Mais recentemente, a formação

apresentou-se no Hot Clube de

Portugal, no Teatro Municipal da

Guarda, no Festival Jazz em Agosto

da Fundação Calouste Gulbenkian e

no ciclo Outono em Jazz da Casa da

Música. Foi ainda responsável pela

criação do concerto inaugural dos 25

anos do Guimarães Jazz. Em 2016

o L.U.M.E. realizou a sua primeira

digressão europeia, apresentando-se

na Bélgica, Holanda e num dos mais

antigos e prestigiados festivais de

Jazz da Europa, o Moers Festival, na

Alemanha. Em julho desse mesmo ano,

o segundo trabalho discográfico do

ensemble, “Xabregas 10”, foi editado e

distribuído mundialmente pela editora

Clean Feed, gerando crítica prolífica e

elogiosa por todo o mundo.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 36

BIOGRAFIA

MariusPetipa

Marius Petipa, nascido em Marselha,

em 1819, é considerado o “pai do

ballet clássico”. Inicia a sua formação

em dança, com seu pai Jean Petipa,

um bailarino e professor francês.

Estuda em Bruxelas, onde frequenta

o curso de música no conservatório

da cidade. Aos doze anos estreia-se

numa produção de seu pai de La

Dansomanie, de Pierre Gardel.

A partir dos quinze anos, o seu

percurso passa pelas cidades

francesas de Bordeús, Nantes e Paris.

É na segunda que coreografa os seus

primeiros pequenos trabalhos. Em

1845 fixa-se em Espanha. Estuda

castelhano e cria obras como Carmen

et son Torero, La Perle de Seville,

L’ Aventure d’une fille de Madrid,

La Fleur de Grenade e Depart Dour

la Course des Toureaux. Dois anos

mais tarde, com um contrato por

um ano com o Teatro Imperial de

São Petersburgo, viaja para a Rússia

onde acaba por se radicar o resto da

sua vida. Como bailarino principal

é aclamado em interpretações de

bailados como Paquita, Giselle,

O Corsário ou Fausto. Considerado

como um excelente bailarino e

partenaire, as suas interpretações,

postura em palco e pantomima viriam

a tornar-se exemplos para muitas

gerações de bailarinos. Em 1854

assume funções de pedagogo na

Escola Imperial, enquanto se mantém

como bailarino e responsável pela

reposição de obras do repertório

francês. O seu primeiro grande

sucesso, criado expressamente para

o Teatro Imperial, é A Filha do Faraó,

que lhe concede a nomeação, em

1862, como Coreógrafo Principal,

cargo que manteve ao longo de

aproximadamente cinquenta anos.

É inestimável o valor do seu talento:

coreógrafo de mais de sessenta

grandes bailados e inúmeros trabalhos

de mais curta duração, é-lhe também

atribuída responsabilidade na

fundação da escola do ballet russo.

Contudo, a nobreza do seu classicismo

e a sua formalidade acabaram por

ser considerados ultrapassados e,

em 1903, aos 84 anos de idade, Petipa

é forçado a retirar-se, na sequência

do fracasso da sua obra O Espelho

Mágico. Em 1910, morre em São

Petersburgo. Considerado um dos

mais notáveis coreógrafos de todos

os tempos, conduziu o ballet russo

à fama internacional e ergueu os

pilares para o ballet do século XX.

O seu classicismo associa a pureza

da escola francesa com o virtuosismo

italiano.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 37

BIOGRAFIA

Estudou Piano com Alexei Eremine

e Composição com Evgueni Zoudilkin.

Em 1997 inicia a colaboração com

a Orquestra Sinfónica Portuguesa

e o Teatro Nacional de São Carlos

onde se fixou e exerce atualmente

funções de maestro correpetidor

e assistente do maestro João Paulo

Santos. Apresentou-se em concerto

com Daniel Hope, Dimitra Theodossiu

e Elisabete Matos. É diretor artístico

e maestro titular do Coro Juvenil de

Lisboa desde a sua fundação em 2011.

Nuno­MargaridoLopes

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BIOGRAFIA

ORQUESTRA­DO­CONSERVATÓRIO­REGIONAL­DE­ARTES­DO­MONTIJO

O Conservatório Regional de Artes do Montijo (CRAM) é uma escola de ensino especializado de música, que surge por

iniciativa da Associação para a Formação Profissional e Desenvolvimento do Montijo (AFPDM), sua entidade titular,

colmatando, desta forma, uma lacuna no ensino oficial das Artes na região, pretendendo abranger as áreas da Música,

Dança e Teatro. O CRAM propõe-se formar músicos, criadores, professores mas também ouvintes. Na verdade, o ensino

artístico não só promove a aquisição de competências nos domínios da execução artística especializada a nível vocacional

como também ajuda a formar pessoas, desenvolvendo aprofundadamente o seu sentido estético e capacidade crítica.

O Conservatório Regional de Artes do Montijo iniciou as suas atividades letivas em 29 de setembro de 2010. Em boa hora,

rompemos com preconceitos e tabus instalados no ensino musical tradicional. Um dos contributos mais importantes e

relevantes do CRAM relaciona-se com a aprendizagem em grupo. Como escola de ensino artístico especializado, a nossa

principal vocação é o ensino. Contudo, o ensino não se resume à sala de aula, porquanto realizamos várias atividades

desde o 1.º ano, tais como audições de classe (por instrumento); concertos de final de período (Natal, Páscoa e verão),

ópera infantil, espetáculos didáticos, entre outros. É também objetivo do CRAM a realização de workshops/cursos

intensivos instrumentais e/ou vocais nas férias escolares que promovam o estudo do instrumento e estimulem os nossos

alunos por via da troca de experiências. O CRAM pretende potenciar os equipamentos culturais existentes na região,

procurando estreitar as relações com as coletividades locais, envolvendo a comunidade em geral. O CRAM hoje é uma

referência no ensino artístico na região de Setúbal. Conta com uma Orquestra Sinfónica, Orquestra de Cordas, Orquestra

de Sopros e Percussão, Orquestras de Iniciação de Sopros e Cordas, vários Grupos de Música de Câmara, Coro Infantil e

Juvenil e uma Companhia de Dança Contemporânea.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 39

BIOGRAFIA

A Orquestra Metropolitana de Lisboa mantém uma programação regular desde 1992, pelo que comemorou, em 2017,

25 anos de vida. Os seus músicos asseguram uma intensa atividade na qual a qualidade e a versatilidade têm presença

constante, permitindo abordar géneros diversos, proporcionando a criação de novos públicos e a afirmação do caráter

inovador do projeto AMEC | Metropolitana, de que esta orquestra é a face mais visível. Nos programas sinfónicos, jovens

intérpretes da Academia Nacional Superior de Orquestra juntam-se à Metropolitana, cuja constituição regular integra já

músicos formados nesta escola, sinal da vitalidade da ponte única que aqui se faz entre a prática e o ensino da música.

Este desígnio, que distingue a identidade da Metropolitana, por ser exemplo singular no panorama musical internacional,

complementa-se com a participação cívica, que se traduz na apresentação frequente em eventos públicos relevantes,

como o festival Dias da Música, que se realiza anualmente no Centro Cultural de Belém, e do qual a OML é orquestra

residente. Cabe-lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar uma programação regular junto de várias autarquias da

região centro e sul, para além de promover iniciativas de descentralização cultural por todo o país. Desde o seu início, a

Metropolitana é referência incontornável do panorama orquestral nacional. Apesar de sedeada em Lisboa, onde apresenta

uma temporada de cerca de três dezenas de concertos com orquestra e dezenas de programas de música de câmara, a

OML estende atualmente a sua área de influência a 12 dos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa e às cidades

do Porto, Coimbra, Setúbal e Leiria. Tem gravados mais de uma dezena de CD – um dos quais disco de platina – para

diferentes editoras, incluindo a EMI Classics, a Naxos e a RCA Classics. Ao longo destas duas décadas, colaborou com

inúmeros maestros e solistas de grande reputação no plano nacional e internacional, de que são exemplos os maestros

Pablo Heras-Casado, Christopher Hogwood, Theodor Guschlbauer, Michael Zilm, Emilio Pomàrico, Nicholas Kraemer,

Leonardo García Alarcón, Hans-Christoph Rademann, Victor Yampolsky, Joana Carneiro e Pedro Neves ou solistas como

Monserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, José Cura, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Maria João Pires,

Artur Pizarro, Sequeira Costa, António Rosado, Jorge Moyano, Natalia Gutman, Gerardo Ribeiro, Anabela Chaves, António

Menezes, Sol Gabetta, Michel Portal, Marlis Petersen, Dietrich Henschel e Mark Padmore, entre outros. A Direção Artística

da Orquestra Metropolitana de Lisboa é, desde julho de 2013, assegurada pelo maestro e compositor Pedro Amaral.

ORQUESTRA­METROPOLITANADE­LISBOA

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BIOGRAFIA

ORQUESTRA­SINFÓNICAPORTUGUESA

Criada em 1993, a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) é um dos corpos artísticos do Teatro Nacional de São Carlos.

Tem vindo a desenvolver uma atividade sinfónica própria, incluindo participações em festivais de música nacionais e

internacionais. Colabora com a RTP através da transmissão dos seus concertos e óperas pela Antena 2, com destaque

para a tetralogia O Anel do Nibelungo e Dialogues des Carmélites, a participação no Prémio Pedro de Freitas Branco para

Jovens Chefes de Orquestra, no Prémio Jovens Músicos-RDP e na Tribuna Internacional de Jovens Intérpretes. Tem-se

apresentado sob a direção de maestros como Rafael Frühbeck de Burgos, Alain Lombard, Nello Santi, Alberto Zedda,

Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel Plasson, Krzysztof Penderecki, Djansug Kakhidze, Jeffrey Tate, entre outros.

A discografia da OSP conta com dois CD para a etiqueta Marco Polo, com as Sinfonias n.os 1, 3, 5 e 6 de Joly Braga

Santos, as quais gravou sob a direção do seu primeiro maestro titular, Álvaro Cassuto, e Crossing borders (obras de

Wagner, Gershwin e Mendelssohn), sob a direção de Julia Jones, numa gravação ao vivo pela Antena 2. No cargo de

maestro titular, seguiram-se José Ramón Encinar (1999–2001), Zoltán Peskó (2001–2004) e Julia Jones (2008–2011);

Donato Renzetti desempenhou funções de primeiro maestro convidado entre 2005 e 2007. Atualmente, a direção musical

está a cargo de Joana Carneiro.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 41

BIOGRAFIA

Nascido em Lisboa, Pedro Amaral,

compositor e maestro, é um dos

músicos europeus mais ativos da

nova geração. Inicia os estudos em

composição como aluno privado

de Lopes-Graça, a partir de 1986, ao

mesmo tempo que prossegue a sua

formação musical geral no Instituto

Gregoriano (1989/91). Ingressa

depois na Escola Superior de Música

de Lisboa onde conclui o curso de

composição na classe do professor

Christopher Bochmann, em 1994.

Instala-se em Paris, onde estuda com

Emmanuel Nunes no Conservatório

Superior, graduando-se com o

Primeiro Prémio em Composição por

unanimidade do júri. Estuda ainda

direção de orquestra com Peter Eötvös

(Eötvös Institute, 2000) e Emilio

Pomàrico (Scuola Civica de Milão,

2001). Paralelamente à sua formação

musical prática, prossegue os estudos

universitários na École des Hautes

Études en Sciences Sociales, em Paris,

obtendo, em 1998, o Mestrado em

Musicologia Contemporânea com uma

tese sobre Gruppen de K. Stockhausen

– com quem trabalha como assistente

em diferentes projetos – e, em 2003,

um doutoramento com uma tese

sobre Momente e a problemática da

forma na música serial. Em maio

de 2010, estreou em Londres a sua

ópera O sonho, a partir de um drama

inacabado de Fernando Pessoa.

Unanimemente aplaudida pela

crítica, a obra foi interpretada por

um prestigioso elenco de cantores

portugueses acompanhados pela

London Sinfonietta sob a direção do

compositor, tendo sido apresentada

em Londres e Lisboa. Como

compositor e/ou maestro, Pedro

Amaral trabalha regularmente com

diferentes ensembles e orquestras,

nacionais e estrangeiros. Foi maestro

titular da Orquestra do Conservatório

Nacional (2008/09) e do Sond'Ar-Te

Electric Ensemble (2007/10). Desde o

ano letivo de 2007/2008, é Professor

Auxiliar da Universidade de Évora

(Composição, Orquestração e

disciplinas afins). Desde julho de 2013,

Pedro Amaral é diretor artístico da

AMEC / Metropolitana.

PedroAmaral

FESTIVAL AO LARGO 2017

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FESTIVAL AO LARGO 2018 42

BIOGRAFIA

Nasceu no Porto, tendo iniciado

os estudos de violino com a sua

mãe. Prosseguiu a sua formação

no Conservatório de Música do

Porto, terminando o curso com a

classificação máxima. Como bolseiro

da Fundação Calouste Gulbenkian,

concluiu a licenciatura e o mestrado na

Royal Academy of Music, em Londres,

tendo-lhe sido atribuído um DipRAM,

assim como o Prémio J & A Beare.

Venceu o Concurso da Juventude

Musical Portuguesa aos nove anos

de idade, tendo sido posteriormente

galardoado com primeiros lugares em

concursos como o Prémio Maestro

Silva Pereira, o Prémio Marjorie

Hayward, o Prémio Mica Comberti,

o Prémio de Viola Theodore Holland,

o Sir Arthur Bliss Memorial Prize

e o Prémio de Viola Max Gilbert.

Venceu também, por três vezes, o

Prémio Jovens Músicos da RTP, nas

modalidades de violino e viola. Como

concertista e como músico de câmara,

realizou mais de duzentos concertos

Pedro­Meireles

em algumas das mais conceituadas

salas da Europa. Em 2005, apresentou

o Stradivarius “Viotti” da coleção

da Royal Academy of Music em

concerto de gala no Victoria and

Albert Museum, em Londres. Foi

concertino e concertino adjunto das

orquestras Royal Philharmonic, Orion

Symphony, New London Orchestra,

Brandenburg Sinfonia e Ashover

Festival Orchestra. Pedro Meireles

orientou inúmeras master classes

de violino e viola e integrou o júri

dos principais concursos e prémios

de música do país. Foi professor de

violino no Conservatório Nacional,

na Academia de Música de Santa

Cecília e na Academia de Música de

Lisboa. Presentemente, ocupa o lugar

de Concertino Principal da Orquestra

Sinfónica Portuguesa e de Concertino

Auxiliar da Orquestra Gulbenkian.

Em 2016, foi agraciado como Membro

Associado da Royal Academy of Music.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 43

BIOGRAFIA

Nasceu em 1978 em Adelaide,

na Austrália. Estudou no Elder

Conservatorium da Universidade de

Adelaide com o famoso oboísta Jiri

Tancibudek, a quem Martinů dedicou

o seu Concerto para Oboé e Orquestra.

Posteriormente, continuou os seus

estudos em Londres, na prestigiada

Royal Academy of Music, onde

completou o diploma de pós-graduação

em Oboé, assim como o diploma de

professora deste instrumento. Nesta

escola, teve como professores Douglas

Boyd e Melinda Maxwell. Concluídos

os estudos em Londres, instalou-se

em Karlsruhe, na Alemanha, para

estudar na Musikhochschule com o

famoso músico e pedagogo Thomas

Indermühle, concluindo com alta

distinção o Diplom Künstlerische

Ausbildung. Foi distinguida em vários

concursos internacionais, incluindo

o Janet Craxton Prize para o melhor

aluno de Oboé da Royal Academy of

Music (2001), o 1.º Prémio no Concurso

Internacional de Oboé Lauschmann em

Mannheim (2003). Nesse mesmo ano,

foi finalista do prestigiado Concurso

Internacional para Instrumentos de

Sopro de Bayreuth, na Alemanha.

Tem-se dedicado a uma intensa

atividade como solista e em música de

câmara, tendo atuado em países como

França, Inglaterra, Alemanha, Portugal

e Austrália, onde se apresentou a solo

com a Adelaide Symphony Orchestra.

Tem sido frequentemente convidada

a desempenhar o lugar de primeiro

oboísta em várias orquestras, das quais

se destacam a Adelaide Symphony

Orchestra, Orquestra Nacional do

Porto, Kürpfalsiches Kammerorchester

Mannheim e English National Ballet

Orchestra. Em 2004, Sally Dean

integrou a Orquestra Metropolitana

de Lisboa, onde ocupa o lugar de

Solista A e chefe de naipe, assim como

professora de Oboé na Academia

Nacional Superior de Orquestra.

SallyDean

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FESTIVAL AO LARGO 2018 44

BIOGRAFIA

SOLISTAS­DE­LISBOA

A música erudita tem, nos últimos 100 anos e de uma forma mais ou menos regular, conquistado um lugar importante

na sociedade Portuguesa. Esse processo tem sido marcado pelo aparecimento de orquestras, compositores e solistas de

talento, qualidade e carreira internacional. Infelizmente o mesmo não se observa ao nível da música de câmara, forma

essencial de expressão musical que tem presença garantida nos países de grande tradição cultural ao nível da música

“clássica”. Este projecto centra-se na divulgação das grandes obras do repertório camerístico, através da sua audição em

concertos comentados e da sua transmissão radiofónica, contando com a presença de alguns dos mais conceituados

músicos membros das principais orquestras de Lisboa.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 45

BIOGRAFIA

WilliamForsythe

Mantém-se ativo, no panorama da

coreografia, há mais de 45 anos.

É reconhecido o seu trabalho na

reorientação da dança, a partir da

identificação com o reportório clássico,

rumo a uma forma artística dinâmica

e condizente com o século XXI. Iniciou

os seus estudos na Flórida, dançou

no Joffrey Ballet e depois no Ballet

de Estugarda, onde foi nomeado

coreógrafo residente, em 1976.

Ao longo dos sete anos seguintes

coreografou, ainda, para companhias

europeias e norte-americanas.

Entre 1984 e 2004 dirigiu o Ballet

de Frankfurt. No ano seguinte criou

a Companhia Forsythe que dirigiu

ao longo de dez anos. As suas mais

recentes criações foram desenvolvidas

e apresentadas exclusivamente por

esta companhia, mas o seu reportório

anterior é dançado por elencos como

os do Ballet Mariinsky, The New

York City Ballet, The San Francisco

Ballet, o Ballet Nacional do Canadá, o

Semperoper Dresden Ballet, o Royal

Ballet ou o Ballet da Ópera de Paris.

Tem sido distinguido com os mais

distintos prémios nos Estados Unidos,

Reino Unido, França, Alemanha, Itália

e Suécia. Tem recebido encomendas

para produção de instalações de

arquitetura e performance. Numerosos

museus, bienais e festivais têm

apresentado as suas instalações

e filmes. Em colaboração com

especialistas em comunicação e

pedagogos tem desenvolvido novas

abordagens à documentação da

dança, pesquisa e educação. A sua

aplicação informáticaTecnologias

da Improvisação é utilizada como

ferramenta de ensino por companhias

profissionais, conservatórios,

universidades ou programas de pós-

-graduação em arquitetura. Forsythe

é regularmente convidado para

apresentação de palestras e workshops

em universidades e instituições

culturais. Em 2015 foi nomeado

Coreógrafo Associado do Ballet da

Ópera de Paris. Artifact II, In The Middle

Somewhat Elevated e The Vertiginous

Thrill of Exactitude são criações de

Forsythe anteriormente dançadas pela

Companhia Nacional de Bailado.

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FESTIVAL AO LARGO 2018 46

BIOGRAFIA

É desde 2014 concertino da Orquestra

Sinfónica da Ópera Nacional da China,

sediada em Pequim. Nascido numa

família de músicos, iniciou os estudos

de violino aos dez anos de idade e

dois anos mais tarde apresentou-se no

seu primeiro concerto. Posteriormente,

e já com os seus estudos concluídos

foi finalista do Concurso Nacional

de Violino em Xangai. Em 1998

foi convidado a vir a Portugal pela

Fundação Oriente tendo conseguido

mais tarde o lugar de concertino

assistente da Orquestra Metropolitana

de Lisboa. Em 2006, Xuan Du tornou-

-se concertino da Orquestra Sinfónica

Portuguesa. Para além do seu trabalho

na OSP foi convidado a exercer o

cargo de concertino convidado em

orquestras como a Real Orquesta

Sinfónica de Sevilha, a Orquestra

Nacional do Porto, a BBC Philharmonic

e a Tampere Philharmonic. Em 2008,

foi convidado a ser o concertino

da Real Orquesta de Sevilha numa

digressão em Pequim, Xangai e

Shenzhen. Em 2011 mudou-se para

Londres, onde, como convidado

ou como co-concertino trabalhou

com orquestras como a London

Philharmonic, a Royal Philharmonic,

a Northern Sinfonia e a Bournemouth

Symphony Orchestra. Durante os 17

anos que permaneceu na Europa,

Xuan Du atuou como solista e como

músico de câmara em vários festivais,

tendo dado recitais na Alemanha,

Dinamarca, França, Espanha, Portugal

e Reino Unido. Xuan Du toca num

violino de Dom Nicolò Amati de 1725.

XuanDu

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6 ­– 28­JULHO

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