Comunicare UFABC

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Informativo interno nº 101 março de 2012 Universidade Federal do ABC Fórum Mundial da Ciência O leitor já deve ter ouvido falar de Davos, a cidadezinha suíça que ficou mundialmente famosa por sediar o Fórum Econômico Mundial, um evento anual que reúne elites empresariais e acadêmicas para discutir a condição da humanidade sob a ótica dos mercados. A ele se contrapôs, a partir de Porto Alegre em 2001, o Fórum Social Mundial, que agora percorre o mundo para examinar a mesma conjuntura, mas sob a perspectiva da própria humanidade, representada pelos seus movimentos sociais. Menos conhecido mas não menos importante é o Fórum Mundial da Ciência (World Science Forum, ou WSF), que pretende abordar a mesma problemática, mas sob a ótica da ciência. Ele vem se reunindo desde 2003 a cada dois anos, sempre na cidade de Budapest, na Hungria. Em novembro de 2013, porém, ele vai sair da Hungria pela primeira vez, para acontecer no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. O WSF resultou de uma parceria da Academia Húngara de Ciências com a UNESCO e o Conselho Científico para a Ciência (ICSU), uma organização internacional que congrega entidades científicas nacionais de mais de cem países, entre as quais a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A vinda do WSF ao Brasil oferece uma oportunidade singular de: avançar, fortalecer e aprofundar o compromisso do País com a ciência; projetar esse compromisso no cenário mundial, colando-o em nossa imagem; comprometer a agenda da ciência com os grandes temas que confrontam o Brasil e a América Latina; e disseminar a ciência e seus valores para a nossa sociedade, com um foco especial sobre o sistema educacional em todos os níveis. Pensando nisso, a SBPC está buscando as universidades, entre as quais a UFABC, para envolvê-las em debates preliminares, que devem começar com reuniões regionais ainda em 2012, iniciando uma preparação para o evento mundial de novembro/2013 no Rio. O projeto da UFABC aposta na centralidade da ciência para dar resposta aos grandes desafios do século XXI. Assim sendo, vemos a vinda do WSF ao Brasil como uma oportunidade de valorizar o nosso projeto e associá-lo a propostas concretas para uma vida melhor sob a égide da ciência. Mantenhamo-nos, portanto, atentos a esta oportunidade. Helio Waldman

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Informativo interno - Março/2012

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Informativo interno • nº 101 • março de 2012

Universidade Federal do ABC

Fórum Mundial da CiênciaO leitor já deve ter ouvido falar de Davos, a

cidadezinha suíça que ficou mundialmente famosa por sediar o Fórum Econômico Mundial, um evento anual que reúne elites empresariais e

acadêmicas para discutir a condição da humanidade sob a ótica dos mercados. A ele se contrapôs, a partir de Porto Alegre em 2001, o Fórum Social Mundial, que agora percorre o mundo para examinar a mesma conjuntura, mas sob a perspectiva da própria humanidade, representada pelos seus movimentos sociais.

Menos conhecido mas não menos importante é o Fórum Mundial da Ciência (World Science Forum, ou WSF), que pretende abordar a mesma problemática, mas sob a ótica da ciência. Ele vem se reunindo desde 2003 a cada dois anos, sempre na cidade de Budapest, na Hungria. Em novembro de 2013, porém, ele vai sair da Hungria pela primeira vez, para acontecer no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. O WSF resultou de uma parceria da Academia Húngara de Ciências com a UNESCO e o Conselho Científico para a Ciência (ICSU), uma organização internacional que congrega entidades científicas nacionais de mais de cem países, entre as quais a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A vinda do WSF ao Brasil oferece uma oportunidade singular de: avançar, fortalecer e aprofundar o compromisso do País com a ciência; projetar esse compromisso no cenário mundial, colando-o em nossa imagem; comprometer a agenda da ciência com os grandes temas que confrontam o Brasil e a América Latina; e disseminar a ciência e seus valores para a nossa sociedade, com um foco especial sobre o sistema educacional em todos os níveis. Pensando nisso, a SBPC está buscando as universidades, entre as quais a UFABC, para envolvê-las em debates preliminares, que devem começar com reuniões regionais ainda em 2012, iniciando uma preparação para o evento mundial de novembro/2013 no Rio.

O projeto da UFABC aposta na centralidade da ciência para dar resposta aos grandes desafios do século XXI. Assim sendo, vemos a vinda do WSF ao Brasil como uma oportunidade de valorizar o nosso projeto e associá-lo a propostas concretas para uma vida melhor sob a égide da ciência. Mantenhamo-nos, portanto, atentos a esta oportunidade.

Helio Waldman

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Eles eram mais de 170. Todos em suas indefectíveis becas e capelo na cabeça, lotando com suas famílias o teatro do Cenforpe,

sede impecável da sexta colação de grau dos alunos da UFABC. Tomaram seus assentos à frente da fileira central do teatro ainda como estudantes e, cerca de duas horas depois, compunham o mais novo contingente de graduados da Universidade. Quando, ao final da cerimônia, o reitor os declarou formados, novos engenheiros, bacharéis e licenciados estavam formalmente autorizados a dar vazão aos seus sonhos profissionais e acadêmicos.

Antes desse desenlace, porém, Naomi Akiba, da Engenharia Ambiental e Urbana, uma das quatro engenharias e duas licenciaturas que formavam seus primeiros alunos naquela noite, explicava a abordagem inovadora do curso. Um dos pioneiros na implantação de uma graduação que enfrente a paradoxal relação entre meio ambiente e urbanismo, o curso encantou a aluna justamente pelo dualismo de sua abordagem . “Aqui vemos

como ambas se completam. Entendemos como o meio ambiente afeta as áreas urbanas e vice-versa”, contou Akiba, que se tornou bacharel em Química na mesma noite.

A infraestrutura do Cenforpe deu à cerimônia um tom de requinte bastante adequado ao novo patamar dos cursos da UFABC. Se antes a missão era torná-los conhecidos, agora o desafio é ampliar a consolidação das graduações tanto no radar dos aspirantes a uma vaga na Universidade como no conceito do mercado de trabalho. Tudo sem perder de vista a aposta na formação interdisciplinar dos estudantes e a inserção no panorama acadêmico nacional e internacional.

“Começamos agora a trabalhar em regime ao mesmo tempo em que temos o desafio de ampliar o escopo cognitivo e a estrutura física da Universidade. Agora contamos com uma compreensão maior da região sobre a nossa missão. Estamos no ABC não apenas para atender à sua vocação econômica, mas também para criar outras vocações quando necessário”, disse o reitor Helio Waldman.

Novos formandos, nova sede de formatura, novos sonhos e os mesmos ideais

UFABC forma mais de 170 alunos e número de diplomados já passa de 500

Já contabilizado o número de alunos que receberam o canudo no dia 20, a UFABC atingiu a marca de mais de 500 formandos. Eles são as primeiras caras que a Universidade apresenta ao mundo e também a realização dos sonhos implícitos no coração de seus idealizadores mesmo antes da primeira massa de concreto ser erguida em Santo André. Depois deles, virão ainda centenas de outros, inclusive egressos do BC&H e seus cursos específicos, filhos caçulas da UFABC que, pelo pouco tempo de existência, ainda não se lançaram ao mundo. “O show ‘tá’ começando”, dizia o sucesso do Rappa nas caixas de som do teatro ao fim da cerimônia. Nem precisava avisar.

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A plataforma eletrônica Lattes, que traz currículos e atividades de 1,8 milhões de pesquisadores,

vai passar a permitir que os cadastros dos acadêmicos informem também as entrevistas concedidas a meios de comunicação. A meta do CNPq, que administra a plataforma, é incentivar cientistas a divulgar o resultado de pesquisas a um público mais amplo. “No século 21, o cientista reconhece seu papel de engajamento na sociedade. Ele sabe que está sendo pago e financiado e que deve prestação de contas sobre o que faz”, disse à Agência Brasil o presidente do CNPq, Glaucius Oliveira.

Além do contato com a imprensa, os pesquisadores poderão informar ao Lattes a organização de feira de ciências e a promoção de palestras em escolas, consideradas pelo CNPq como eventos de divulgação e educação científica. Outra possibilidade da reconfiguração do Lattes será a oportunidade de informar a inovação obtida com o trabalho de pesquisa desenvolvido pelo cadastrado.

Os novos dados servirão de base para a avaliação dos comitês do CNPq responsáveis pela concessão de bolsas. Antes as decisões do órgão avaliavam apenas a divulgação de artigos em publicações científicas. Como a submissão das propostas de pesquisa é feita eletronicamente e o acesso a ela está aberto, o Lattes virou também um banco de dados dos mais relevantes trabalhos científicos do país. Assim, a ciência entrou para o dia a dia de jornalistas, estudantes, aspirantes a pesquisador ou curiosos interessados no progresso da ciência no Brasil.

A Assessoria de Comunicação e Imprensa da UFABC respalda o trabalho de professores interessados em divulgar o resultado de pesquisas à imprensa ou participar de eventos que apresentem a Universidade a alunos de Ensino Médio. No caso de sugestões de pauta para jornais, revistas, tevê ou rádio, a aplicabilidade da pesquisa, relevância para a sociedade e ineditismo do estudo são alguns dos pontos que geram mais interesse dos meios de comunicação. Mensalmente, a Comunicação também promove visitas a escolas para explicar aos alunos a estrutura dos cursos e tirar dúvidas sobre a rotina acadêmica e a forma de entrar na UFABC.

Os professores interessados em participar das visitas ou enviar material para divulgação à imprensa devem entrar em contato com a Comunicação pelo e-mail comunicaçã[email protected] ou pelo telefone 4437-8498.

O “Mapeamento de Processos” iniciou sua segunda fase, cujo objetivo é homologar cinco processos pilotos escolhidos durante a capacitação dos servidores selecionados para o projeto. A capacitação foi no final de 2011 em parceria com a Fundação Carlos Vanzolini.

Para conclusão desta fase estão sendo realizados ajustes aos processos mapeados por meio de sessões de análise e refinamento dos fluxos apre-sentados, buscando aplicação da técnica aliada à demons-tração clara de como ocorrem atualmente as atividades que sustentam estes processos.

Tais sessões acontecem com a participação do grupo responsável pelo mapeamento de processo juntamente com a equipe coordenadora do Projeto que, após alcançar a condição de validação do mapeamento, promoverá ampla discussão entre os integrantes de cada um dos processos.

As reuniões objetivarão a homologação desses processos, ou seja, a partir dos processos validados serão incorporadas as melhorias sugeridas desde o início dos trabalhos até os debates com os integrantes e participantes do processo. O resultado final da homologação é a ampla divulgação desses processos mapeados.

Mapeamento de Processos entra na segunda fase

Professor e pesquisador que concederem entrevista terão mais chance de obter bolsa

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Expediente: ProduçãoAssessoria de Comunicação e Imprensa

Edição, Redação e Revisão:Alessandra de Castilho • Denilson R. de Oliveira - MTb: 54421 • Maria Eunice R. do Nascimento • Mariana Almeida Lopes • Vanessa do CarmoEditoração: Edna Atsué Watanabe •Leandro Ferreira de Lima • Sandra Felix Santos

A Prefeitura Universitária da UFABC ganha um novo site a partir de hoje, dia 29/03. O portal oferece informações e novidades sobre o setor, que é responsável pela infraestrutura dos câmpus e por obras e serviços na Universidade.

O objetivo da P.U. é utilizar o site como um canal de comunicação com a comunidade acadêmica, principalmente entre alunos e funcionários que desconhecem as principais atividades do setor.

A nova página da Prefeitura Universitária possui uma seção com respostas para as dúvidas mais frequentes da comunidade, assim como disponibiliza links para obter informações sobre seus principais serviços, como transporte, manutenção, malote, entre outros, que deverão ser solicitados através dos formulários lá disponíveis.

Para conhecer o site da Prefeitura Universitária, acesse o endereço http://pu.ufabc.edu.br. O portal também está disponível na página da UFABC (www.ufabc.edu.br), por meio dos itens “Administração – Setores da UFABC – Prefeitura Universitária”. Sugestões e dicas para melhorar o novo canal da P.U. podem ser enviadas para o e-mail [email protected].

Os notívagos e insones terão de perdoar: dormir é fundamental. Mas não apenas abandonar o estado de vigília por muitas horas. É preciso dormir com qualidade. O sono ideal é aquele em que as pessoas passam por todas as suas fases durante a noite. São cinco estágios, que vão da transição entre vigília e sono até o ciclo dos sonhos.

O número de horas ideal para dormir varia conforme a idade. No início da vida, precisamos de muito tempo, adicionando cochilos vespertinos ao sono noturno. Os idosos, por outro lado, dormem menos, embora também recorram a sonecas.

Um sono ruim incide negativamente sobre a qualidade de vida das pessoas. A insônia, por exemplo, ao impedir a restauração das energias perdidas no dia anterior, leva à fadiga mental e física. A apneia do sono, distúrbio em que a respiração para durante o sono, causa constantes despertares noturnos e pode levar à morte. Outros distúrbios têm relação direta com problemas emocionais, como o terror noturno. Independentemente da causa, os distúrbios do sono devem ser acompanhados por especialistas para que viver não se torne um pesadelo.

Prefeitura Universitária lança novo portal

A Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC) lançou o livro sobre Criptografia escrito pelo professor Antonio Cândido Faleiros, do Centro de Matemática, Computação e Cognição da UFABC.

A publicação faz parte da coleção “Notas em Matemática Aplicada”, uma série criada para comemorar os 25 anos de fundação da SBMAC com textos de interesse dos membros da Sociedade.

O primeiro capítulo do trabalho de Faleiros aborda técnicas de interesse histórico, descrevendo os principais tipos de criptografia da era que antecedeu o advento do computador. O texto se divide em três capítulos sobre criptografia clássica, simétrica e de chave-pública, sendo esta última categoria a base dos certificados e assinaturas digitais utilizados atualmente.

“Criptografia” é uma leitura indicada para iniciantes neste tipo de estudo e pessoas que tenham interesse no tema. A publicação também pode ser um ponto de partida para quem está se aprofundando nesse ramo da ciência.

O livro do professor Antonio Cândido Faleiros está disponível gratuitamente no site da SBMAC, pelo endereço www.sbmac.org.br/arquivos/notas/livro_52.pdf.

Professor da UFABC lança livro sobre Criptografia

Fuja do pesadelo de passar a

nOite em clarO

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