Complicações do Implante Zigomático
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INSTITUTO VELASCO
Recibo/Fatura
Declaramos para devidos fins que o recebemos de
Henrique Emanuel Carvalho Damião Dias MarquesRua Cidade de Benguela, Lote 553Código Postal 1800-073Identidade 13028211NIF 222844906
a quantia deR$ 6.000,00 (seis mil reais, valor convertido do total de €2600, dois mil e seiscentos euros), referente à ao pagamento do
Curso de Formação em Implantodontiarealizado de 4 a 15 de abril de 2011, com duração de 80 horas-aula.
São Paulo, 16 de abril de 2011.
Sem mais,
Rogério Gonçalves Velasco- Diretor -
Complicações do Implante Zigomático
WASHINGTON LUIZ RIOGI KAMIMURA JÚNIOR
Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista em Implantodontia pelo Instituto Velasco/FAMOSP
Orientador: Leandro Gonçalves Velasco
www.institutovelasco.org.br
WASHINGTON LUIZ RIOGI KAMIMURA JÚNIOR
COMPLICAÇÕES DO IMPLANTE ZIGOMÁTICO
SÃO PAULO
2007
WASHINGTON LUIZ RIOGI KAMIMURA JÚNIOR
COMPLICAÇÕES DO IMPLANTE ZIGOMÁTICO
Monografia de Especialização em Implantodontia
FAMOSP
Orientador: Leandro Gonçalves Velasco
SÃO PAULO
2007
Dedicatória
À Deus e aos meus pais
“Eu aprendi que para se crescer como pessoa é preciso se cercar de gente
mais inteligente do que eu”.
William Shakespeare
Agradecimentos
Agradeço aos meus pais Ana Carolina e Washington por todos os esforços e
dedicação para que eu me torne um bom profissional e uma pessoa de
grande caráter.
Agradeço a todos os meus colegas de turma de especialização em especial
Daniel, Jorginho e Fernando Boccatto.
Agradeço ao meu parceiro Arnaldo pela ótima dupla durante todo este
tempo, por todos os momentos que dividimos na clínica e pela parceria
durante estes anos.
Agradeço a Cecília pela ajuda durante os passos desta monografia.
Agradeço a Leandro, Rogério e Pedro Velasco pela oportunidade.
"Vejo a ciência como a área do conhecimento que se apóia não num método,
mas sim na regra da repetitividade, a que eu tenho chamado de regra científica fundamental: Se em dadas condições, um determinado fenômeno,
sempre que pesquisado, se repetiu, é de se admitir que em futuras verificações o mesmo suceda”.
(MESQUITA FILHO, Alberto)
RESUMO
A atrofia óssea maxilar representa um dos principais desafios da
Odontologia atual. Os pacientes que possuem total destruição da pré-maxila e
pneumatização exacerbada do seio maxilar ou que sofreram ressecções tumorais
dificultam a instalação de implantes convencionais. O implante zigomático sem
enxerto ósseo foi desenvolvido pelo cirurgião e pesquisador sueco Doutor Per-
Ingvar Brånemark. Nesse procedimento, as fixações de titânio são ancoradas ao
osso zigomático. Brånemark possui uma taxa de sucesso de 97.6% com a
colocação de implante zigomático durante o período de 1989 a 2001. O objetivo
deste estudo foi fazer uma revisão de literatura sobre as complicações do implante
zigomático mostrando estudos de proservação de casos, seus sucessos e
insucessos. Concluindo que por ainda ser uma técnica relativamente recente mais
estudos de acompanhamento devem ser feitos para termos resultados a longo
prazo porém os resultados recentes mostram sucesso até quase 100% da técnica
de implante zigomático.
PALAVRAS-CHAVES: complicações, implante zigomático, revisão de literatura.
ABSTRACT
The maxillary bone atrophy represents one of the main challenges of the
current Dentistry. The patients that possess total destruction of the anterior
jawbone and exacerbated pneumatization of the maxillary sinus or that suffered
tumorous ressections have difficulties in inserting conventional implants. The
zygomatic implant without bone graft was developed by the surgeon and
researcher Swedish Doctor Per-Ingvar Brånemark. In that procedure, the fixations
of titanium are anchored to the zygomatic bone. Brånemark possesses a tax of
success of 97.6% with the placement of zygomatic implant during the period from
1989 to 2001. The objective of this study was to show a literature revision about
the complications of the zygomatic implant showing studies of proservation of
cases, their successes and failures. It was concluded that for this technique is
relatively recent more studies should be made in terms of long term results
however the recent results shows success of almost 100% with the zygomatic
implant technique.
WORD-KEYS: complications, zygomatic implant, literature revision.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. PROPOSIÇÃO
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 ATROFIAS
3.2 DIAGNÓSTICO
3.3 FIXAÇÕES ZIGOMÁTICAS
3.4 VARIAÇÕES DA TÉCNICA DE FIXAÇÃO ZIGOMÁTICA
3.4.1 Técnica original da fixação zigomática
3.4.2 Simplificação da técnica orignal
3.4.3 Exteriorização das fixações zigomáticas em relação ao seio maxilar
3.5 ANATOMIA DO OSSO ZIGOMÁTICO
3.6 COMPLICAÇÕES CIRURGICAS
3.7 COMPLICAÇÕES PÓS-CIRURGICAS
3.8 ESTUDOS DE ACOMPANHAMENTO
4. DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8
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12
12
13
13
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15
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17
17
19
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22
27
30
31
8
1. INTRODUÇÃO
Entre os vários casos diagnosticados diariamente nas cadeiras dos cirurgiões-
dentistas, o de maior complexidade é aquele em que o paciente apresenta perda óssea
muito grande. Aliás, esse problema é mais comum do que se pensa. A perda óssea não
acontece apenas em quem sofreu algum traumatismo ou doença grave. Ela também é
um processo natural que tem início na extração do dente. Com o passar do tempo, o
osso vai se reabsorvendo, recuando em altura e espessura. Junto ocorre a retração de
gengiva, deixando os tecidos periorais sem suporte adequado.
A atrofia óssea maxilar representa um dos principais desafios da Odontologia
atual. Os pacientes que possuem total destruição da pré-maxila e pneumatização
exacerbada para anterior do seio maxilar ou que sofreram ressecções tumorais
dificultam a instalação de implantes convencionais.
A perda dos dentes maxilares posteriores favorece a reabsorção do osso
alveolar remanescente, que geralmente é delgado e de baixa qualidade. Com o avanço
da idade, além de outros fatores, o seio maxilar pneumatiza e o seu volume ou tamanho
aumenta às expensas do osso alveolar remanescente. O osso remanescente entre a
mucosa alveolar e o seio maxilar muitas vezes apresenta apenas 1 mm de espessura
(SMALL et al., 1993).
O implante zigomático, sem utilização de enxerto ósseo, foi desenvolvido pelo
pesquisador sueco Doutor Per-Ingvar Brånemark. Nesse procedimento, as fixações de
titânio são ancoradas ao osso zigomático. Brånemark possui uma taxa de sucesso de
9
97.6% com a colocação de implante zigomático durante o período de 1989 a 2001
(BOYES-VARLEY et al., 2003).
O desenvolvimento da fixação zigomática representou uma excelente alternativa
para essas situações. Inicialmente tal recurso foi idealizado para o tratamento de
pacientes vítimas de traumas ou cirurgias ressectivas tumorais, onde existe grande
perda das estruturas maxilares. Muitos dos pacientes maxilectomizados apresentam
áreas de ancoragem apenas na região do corpo do zigoma, ou mesmo no processo
frontal do osso zigomático (JENSEN et al., 1992; WEISCHER et al., 1997). Desta forma,
os implantes convencionais tiveram seu desenho modificado quanto ao comprimento,
diâmetro e angulação para viabilizar sua instalação e reabilitação protética.
Esses implantes permitem uma ancoragem firme favorecendo a colocação de
próteses estáveis e resistentes às cargas mastigatórias, além de dispensar a parte da
prótese que fica em contato com o palato.
As fixações zigomáticas são uma alternativa aos enxertos ósseos na reabilitação
de maxilas severamente atróficas. Os implantes zigomáticos possuem comprimento três
a quatro vezes maiores que os implantes convencionais e sua colocação requer muita
habilidade e precisão cirúrgica, já que sua trajetória passa pelo interior do seio maxilar e
seu ponto de travamento é no corpo do osso zigomático. Desvios do ângulo de inserção
e erros de estimativa do comprimento do implante colocam em risco estruturas tão
nobres quanto a órbita (PENA NETO SEGUNDO, 2005).
A falha da osseointegração de um implante zigomático ou a perda de um
implante devido à perda da osseointegração ou fratura torna o implante inútil no que diz
respeito ao suporte de uma restauração protética. Este acontecimento poderá originar
10
um atraso no tratamento, procedimentos cirúrgicos adicionais e/ou uma alteração no
plano de tratamento.
11
2. PROPOSIÇÃO
O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão de literatura que relatam as
complicações mais pertinentes na instalação do implante zigomático.
12
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 ATROFIAS
Brånemark propôs duas classificações dos estágios de reabsorção da maxila. A
primeira na direção antero-posterior de I a V. Esse estreitamento da maxila, que parece
estar em uma posição posterior a mandíbula. A segunda classificação de A a e refere-
se à configuração do seio maxilar, e a evolução da pneumatização proporcional ao grau
de atrofia. (BRÅNEMARK et al., 2001).
Pacientes com pouco volume ósseo se deparam com restrições para o uso de
implantes orais. Especialmente a falta de osso maxilar posterior. Este insuficiente
volume ósseo ocorre por causa da reabsorção óssea e a pneumatização do seio ou por
causa da combinação dos dois fatores. Em qualquer caso o osso nessa região continua
imprevisível (MALAVEZ et al., 2003).
DUARTE et al., 2004.
13
Segundo Sutton et al. (2004), uma reabilitação cirúrgica e protética de pacientes
edêntulos objetiva a restauração da função oral e da forma facial. O planejamento do
tratamento requer um entendimento dos efeitos da atrofia progressiva dos maxilares, e
concomitante efeito sobre os tecidos moles da face.
3.2 DIAGNÓSTICO
Exames radiográficos, tomografia convencional ou computadorizada (normal ou
tridimensional), exames locais, enceramentos diagnósticos e confecção de guias
cirúrgicas são elementos essenciais para um bom planejamento e execução (MOLIM
JÚNIOR & CARREIRA, 1997).
Apesar de o enxerto ósseo autógeno continuar sendo o padrão ouro para a
enxertia de maxilas atróficas, diferentes tipos de materiais foram determinados para
este procedimento: osso desmineralizado de cadáveres, osso bovino e materiais
sintéticos. E apesar de muitos terem mostrado sucessos clínicos, não há dados
suficientes de investigações histológicas e histomorfológicas que possa nos dar um
guia real para estes procedimentos (MALAVEZ et al., 2003).
3.3 FIXAÇÕES ZIGOMÁTICAS
O “zygomaticus fixture” (Nobel Biocare, Gotemburgo - Suécia), assim chamado,
ao ser idealizado e desenvolvido pelo professor Brånemark, foi utilizado inicialmente no
tratamento de pacientes maxilectomizados e fissurados, com sucesso em torno de 97%
14
em mais de 200 fixações zigomáticas, entre 1989 e 2001. Logo em seguida passou a
ser utilizado como ancoragem para próteses fixas implanto-suportadas nas
reabilitações das atrofias maxilares severas. Porém apenas após o controle de dez
anos a técnica foi então divulgada (MIGLIORANÇA et al., 2006).
Em 1989, uma fixação zigomática (FZ) foi desenvolvida para a acoragem de
implantes no osso zigomático e osso alveolar da maxila. A fixação zigomática é um
implante que possui comprimento de 35 a 50 mm (dependendo do sistema) que é
ancorado no osso palatino da maxila posterior rebsorvida chegando até a parte
compacta do osso zigomático. Utilizando esta fixação o enxerto ósseo autógeno é
desnecessário e o período de tratamento é encurtado. E ainda, o osso existente pode
ser utilizado como ancoragem para fixação (KATO et al., 2005).
Os implantes zigomáticos são parafusos auto-rosqueáveis de titânio com uma
superfície bem definida. Eles são disponíveis em oito comprimentos diferentes, de 30 a
52, 5 mm. Eles possuem uma cabeça única com angulação de 45° para compensar a
angulação entre o zigoma e a maxila. A porção que engata no zigoma possui diâmetro
de 4 mm e a porção que engata no osso alveolar residual do processo maxilar possui
diâmetro de 4,5 mm. No nível maxilar a extremidade da plataforma angular do implante
oferece a possibilidade de parafusar qualquer tipo de “abutment” do sistema Brånemark
(MALAVEZ et al., 2003).
O mais importante é notar que os estudos estão demonstrando uma excelente
taxa de sucesso, o que reitera afirmar que as fixações zigomáticas são uma excelente
modalidade terapêutica, quando obedecidas as premissas básicas do seu conceito
filosófico, observadas suas indicações e respeitada a curva de aprendizagem do
15
cirurgião, protesistas e implantodontistas que desejam lançar mão dessa alternativa de
tratamento. As perspectivas futuras de melhoria no desenho das fixações zigomáticas,
bem como a possibilidade de realização desse protocolo em sistema de carga imediata,
demonstram a possibilidade de se estender esse benefício para muitos pacientes
inválidos orais (DUARTE et al., 2004).
3.4 VARIAÇÕES DA TÉCNICA DA FIXAÇÃO ZIGOMÁTICA
A relação entre a crista do rebordo, o seio maxilar e a região de inserção da
fixação no corpo do osso zigomático determina uma concavidade que pode apresentar-
se basicamente em três situações nas maxilas atróficas: Pouca concavidade;
Concavidade média; Concavidade acentuada (MIGLIORANÇA et al., 2006).
MIGLIORANÇA et al., 2006
3.4.1 Técnica original da fixação zigomática
A técnica original para fixação zigomática recomenda a instalação da fixação em
região de segundo pré-molar, transpassando internamente o seio maxilar para fixar-se
ao corpo do osso zigomático. Para orientação das perfurações é realizada antroctomia
em formato retangular, paralela ao longo eixo de inserção da fixação zigomática e, após
16
o acesso ao seio maxilar, descolamento da mucosa sinusal. O preparo ósseo é
realizado com fresas seqüenciais, iniciando com uma esférica de 2,9 mm na região
palatina do segundo pré-molar superior. Essa fresa inicial perfura o processo alveolar,
transpassa o seio maxilar e vai definir a posição de entrada no corpo do zigoma. A
próxima fresa tem o mesmo diâmetro de 2,9 mm, porém é helicoidal e atravessa o
zigoma superiormente até a emergência na região da junção do processo frontal e
temporal do osso zigomático. A seguir uma broca piloto aumenta o diâmetro da
perfuração de 2,9 mm para 3,5 mm. O preparo final é feito com a helicoidal de 3,5 mm
por todo o comprimento da perfuração. Existe ainda um escariador de 4,0 mm, usado
apenas no processo alveolar, em situações de alta densidade óssea. A irrigação com
soro fisiológico é realizada durante toda a instrumentação óssea. Terminada a
perfuração, insere-se a fixação sob baixa rotação e finaliza-se com a chave manual
(MIGLIORANÇA et al., 2006).
3.4.2 Simplificação da técnica original
Stella et al. (2000) propuseram uma variação, conhecida como simplificação da
técnica, a realização de um entalhe de orientação na região do pilar zigomático,
estendendo-se da base do zigoma a aproximadamente o assoalho do seio maxilar,
deixando 5,0 mm de osso intacto no rebordo. O restante da instrumentação é
semelhante à técnica original, com a diferença de que a membrana do seio não é
afastada e não há preocupação em manter sua integridade. Finalmente, o aspecto mais
importante destacado pelos autores é o posicionamento final das fixações, que na
técnica original emerge por palatino do rebordo residual e interfere com o desenho final
17
da prótese. O entalhe possibilita um posicionamento mais vertical em relação ao plano
coronal, com menos da metade da circunferência exposta e a plataforma próxima à
crista do rebordo na altura do primeiro molar. Desta forma, o posicionamento da fixação
zigomática é o mais próximo possível da crista do rebordo.
3.4.3 Exteriorização das fixações zigomáticas em relação ao seio maxilar
É possível e viável posicionar a plataforma da fixação zigomática próxima à crista
do rebordo alveolar, permitindo melhor emergência do parafuso protético em relação à
superfície oclusal. Porém, não necessariamente a fixação zigomática deve permanecer
parcialmente dentro do seio maxilar, como proposto pela técnica simplificada. Em
alguns casos, ao traçar uma linha imaginária do ponto de inserção eleito no rebordo até
o ponto de inserção da fixação no corpo do zigoma, verifica-se que a porção média da
fixação zigomática que estaria interna ao seio no protocolo original pode ficar
totalmente externa, devido à presença de uma concavidade típica da anatomia local em
maxilas atróficas (MIGLIORANÇA et al., 2006).
As mudanças na abordagem cirúrgica para instalação das FZs objetivam o
melhor posicionamento final das mesmas do ponto de vista protético e resultaram em
um protocolo de indicação para cada situação anatômica. O cirurgião deve ter domínio
sobre todas as abordagens técnicas, pois a situação anatômica é quem determina a
abordagem cirúrgica (MIGLIORANÇA et al., 2006).
18
3.5 ANATOMIA DO OSSO ZIGOMÁTICO
Uchida et al. em 2001, mediram a maxila e zigomático em 12 cadáveres,
observando que o ápice de um implante de 3,75 mm de diâmetro requer um zigomatico
de pelo menos 5,75 mm em densidade. Com respeito a colocação de implante,
aconselharam eles que um angulo de 43,8º ou menos aumenta o risco de perfurar a
fossa de infratemporal ou a área lateral do maxila; se a angulação é mais vertical, 50,6º
ou mais, isto aumenta o risco de perfurar o assoalho da órbita.
Nkenke et al. (2003) usaram tomografia computadorizada e histo-morphometria
para examinar 30 ossos zigomaticos humanos, o estudo revelou que o osso zigomático
consiste em osso trabecular, um parâmetro desfavorável para colocação de implante;
porém, o sucesso de implantes colocado no osso zigomático foi alcançado pelo
cruzamento de implante quatro porções de osso cortical.
Kato et al. (2005) investigaram a estrutura interna do osso edentulo zigomático
em cadáveres que usam tomografia computadorizada, achando que a presença de
trabeculado mais largo e mais grosso ao apical termina da instalação promove
estabilidade inicial.
Os implantes zigomáticos possuem comprimento três a quatro vezes maiores
que os implantes convencionais e sua colocação requer muita habilidade e precisão
cirúrgica, já que sua trajetória passa pelo interior do seio maxilar e seu ponto de
travamento é no corpo do osso zigomático. Desvios do ângulo de inserção e erros de
estimativa do comprimento do implante colocam em risco estruturas tão nobres quanto
a órbita. O objetivo no estudo de Pena Neto Segundo (2005) foi estabelecer e validar
um protocolo de exame por tomografia computadorizada que permitisse ao radiologista
19
estimar o comprimento do implante, tornando o procedimento cirúrgico mais previsível e
seguro, com o mínimo de exposição do paciente à radiação. Foram utilizados dez
crânios humanos secos com maxilas edêntulas e processos alveolares completamente
reabsorvidos. Cortes tomográficos paracoronais foram executados e os comprimentos e
ângulos horizontais de inserção foram estimados. Em seguida, os espécimes foram
submetidos a um procedimento cirúrgico para colocação de implantes zigomáticos (n =
20) e conseqüente determinação dos comprimentos real e clínico dos sítios de
implante. O estudo de correlação (Coeficiente de Pearson) revelou que as variáveis
analisadas correlacionavam-se significativamente entre si, de forma direta. O protocolo
proposto mostrou-se preciso e eficaz na determinação do comprimento de implantes
zigomáticos, o que garante ao paciente uma exposição à radiação relativamente baixa,
em função da pequena quantidade de cortes tomográficos utilizada.
3.6 COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS
A inserção de implantes do nível maxilar passando entre o seio maxilar e até o
zigomático é uma aventura desafiante. Três níveis precisam ser investigados: o nível
maxilar, o seio e o zigomático. Exame clínico não é o suficiente para esta avaliação e
exames radiográficos precisam ser considerados. Porém pode haver distorção da
informação, portanto, o exame de eleição para o tratamento é a tomografia
computadorizada helicoidal ou espiral. A tomografia computadorizada tem a capacidade
de visualizar a saúde da maxila e do seio como pólipos, sinusite, e patologias do seio
que precisam ser excluídas da cirurgia (MALAVEZ et al., 2003).
20
É também necessário que se avalie a densidade, o comprimento e o volume
ósseo, localização para inserção do implante, que pode ser reconstruída por modelos
estereográficos para facilitar na orientação durante a cirurgia para que ocorram erros
mínimos de posição e angulação (VAN STEENBEGHE et al., 2003).
A colocação do implante zigomático é um procedimento cirúrgico complexo com
um objetivo muito específico, ancorar os implantes passando pelo osso maxilar no osso
zigomático para obter uma fixação firme quando a maxila não oferece osso suficiente
para colocação de implantes convencionais, por esta razão, uma reconstrução da
maxila e do zigomático para o planejamento da cirurgia é necessário (VAN
STEENBEGHE et al., 2003).
3.7 COMPLICAÇÕES PÓS-CIRURGICAS
Normalmente, tratamento com implantes zigomáticos não necessitam de
cirurgias adicionais. No entanto, Ahlgren et al. (2006) relataram que em 2 dos 13
pacientes foi necessário fazer o enxerto ósseo para dar condições de colocar os
implantes convencionais. Nos pacientes restantes, o enxerto ósseo foi evitado.
A construção da prótese pode ser desafiadora para o protesista e o protético,
não por causa do implante zigomático em si, mas por causa das limitações anatômicas
da área (AHLGREN et al., 2006).
Ahlgren et al. (2006) também relataram que se não houver higiene satisfatória da
área há uma grande tendência de hiperplasia da área podendo haver fechamento dos
21
espaços entre a barra e o rebordo alveolar. Isto ocorre mais freqüentemente quando é
necessário a higienização com escovas interdentais.
O estudo de Al-Nawas et al. (2004) avaliou a incidência e impacto clínico de
possíveis alterações de periimplantares de implantes zigomáticos. De 1998 a 2001
foram incluídos todos os pacientes com implantes zigomáticos neste estudo (24
pacientes, 37 implantes zigomáticos). Um implante estava perdido na fase de
carregamento que dá uma taxa de sobrevivência de 97%. Quatorze pacientes com 20
implantes zigomáticos cumpriram os critérios de inclusão e estavam todo disponível
para o exame de revogação. Foram inseridos treze implantes zigomáticos em casos de
atrofia de maxilar severa, sete em casos de ressecção de tumor da maxila. Foram
executados exame clínico e análise microbiana que usam uma sonda de DNA. Os
implantes tiveram um tempo médio in situ de 598 dias (min: 326, max: 914). Resultados
mostraram colonização com patógenos peridentais foi achado em quatro dos 20
implantes. Um resultado microbiológico positivo de bolso periimplantar e o valor máximo
profundidade da bolsa à sondagem não estavam estatisticamente relacionados. Nove
dos 20 implantes mostraram sangramento ao sondar, quatro destes tiveram resultados
microbiológicos positivos. Em locais sem sangrar ao sondar só amostras
microbiológicas negativas foram achadas (p = 0.026). O média palatina e mesial de
profundidade ao sondar era 1 mm mais fundo que ao vestibular e aspecto distal. Assim
nove entre os 20 implantes mostraram sangramento à sondagem, enquanto
sangramento à sondagem e em bolsa com profundidade à sondagem de > / =5 mm
indicaram problemas de tecido mole que resultam em uma taxa de sucesso de só 55%.
A história do paciente (tumor x atrofia) ou hábitos de tabagismo pareceram não ter
influenciado a situação. Estes problemas de tecido mole deveriam ser levados em conta
22
se implantes zigomáticos são considerados como uma opção de terapia alternativa na
maxila.
Em estudo de Becktor et al. (2005) foram avaliados dezesseis pacientes
consecutivamente tratados com 31 implantes zigomáticos e 74 implantes dentais
adicionais de 1998 a 2002 retrospectivamente e seguiram usando um protocolo clínico
e radiográfico. Foram coletados dados do tempo de tratamento de implante até o último
seguimento O período de seguimento variou de 9 a 69 meses do dia de tratamento de
implante, com uma média de 46. 4 meses (3 anos, 10 meses). Três (9.7%) dos 31
implantes zigomáticos foram cirurgicamente removidos por causa de sinusite crônica.
Três (4.1%) dos 71 implantes dentais adicionais falharam ao se integrar. Foram vistas
higiene oral pobre e gengivite nos locais de implante zigomáticos (10/16). Foram
observadas infecções locais em 9 de 16 pacientes. Sinusite aconteceu em 6 pacientes.
Todos os pacientes (16/16) eventualmente receberam próteses fixas que se
mantiveram estáveis ao longo do período de observação. Os resultados mostraram um
resultado aceitável com respeito a implante e taxas de sobrevivência protéticas. Porém,
complicações pós-operatórias não se relacionaram com o implante e a estabilidade da
prótese se mostrou freqüente.
3.8 ESTUDOS DE ACOMPANHAMENTO
Schramm et al., 2001 avaliaram o uso de fixações zigomáticas depois de cirurgia
de tumor com ressecção do osso maxilar provindo reconstrução protética imediata sem
enxerto de osso adicional. A tomografia computadorizada ajudou a melhorar o
23
planejamento pré-operatório da inserção destes implantes por visualização 3D
posicionando virtualmente da instalação e facilitando o procedimento clínico guiando a
broca à posição planejada. As dimensões destas instalações de implantes zigomáticos
e devido a anatomia complexa procedimentos cirúrgicos prévios exigem tratamento
específico para uma inserção precisa e segura dos implantes. Então um caso clínico foi
executado com base de um conjunto de dados de Tomografia computadorizada espiral
axial o STN-4 navegação sistema (Leibinger/Zeiss) foi usado para planejamento pré-
operatório e intra-operatório que controlam a inserção de fixações zigomáticas depois
de maxilectomia total.
O propósito do estudo de Zwahlen, et al. (2006) foi avaliar a taxa de
sobrevivência de 34 implantes de ancoragem zigomática colocados em 18 pacientes
antes de qualquer carregamento protético. Um total de 18 pacientes (9 mulheres e 9
homens com uma idade média de 63 anos) que requereu reabilitação com uma prótese
fixa por causa de maxila severamente atrofiada (incluindo 1 paciente que tinha lábio
leporino primário e secundário e reparação do palato), perda de osso de maxilar
traumática, e procedimentos de maxilectomia receberam 1 ou 2 implantes zigomáticos
e 2 a 4 implantes maxilares convencionais dentais. A taxa de sobrevivência dos 34
implantes zigomáticos de foi investigada. Foram descobertos aspectos da técnica de
colocação ou complicações pós-operatórias relacionados provávelmente a
procedimentos cirúrgicos por afetarem a taxa de fracasso de implante. A
osseointegração foi avaliada usando o teste de torque inverso. Só 1 paciente (5.6%)
sofreu complicações clínicas pós-operatórias contínuas durante o período de avaliação
que resultou na perda de ambos os implantes zigomáticos (5.9%). Embora a
manipulação deste sistema de implante de ancoragem seja um pouco complexa,
24
poderia ser uma alternativa a procedimentos de aumento de osso mais extensos.
Porém, reabilitação de parcialmente ou completamente pacientes de edêntulos com
prótese implante-fixadas só é possível quando são colocados 2 a 4 implantes
convencionais na maxila anterior e com os implantes zigomáticos.
Nakai et al. (2003) avaliaram nove pacientes que receberam um total de 15
implantes zigomáticos. Seis a 8 meses decorreram de cicatrização antes que a cirurgia
de segundo estágio tivesse sido executada. Seis meses após o tratamento protético, as
opiniões dos pacientes foram solicitadas por meio de um questionário. Nenhum
implante foi removido na altura da cirurgia da conexão do limite protético ou durante o
período de acompanhamento. Em muitos casos, a plataforma zigomática do implante
era palatal encontrado ao ápice alveolar. Entretanto, nenhum paciente queixou-se de
todo o impedimento continuando depois da fabricação da superestrutura. As
tomografias computadorizados feitas antes da colocação do implante e 6 meses após a
colocação do implante, não mostraram nenhum sinal de sinusite em nenhum paciente.
Ahlgren et al. (2006) em estudo relatou 25 implantes zigomáticos colocados em
13 pacientes entre abril 1999 e dezembro 2001. A escala de idade dos pacientes estava
entre 49 e 73 anos, com uma idade média de 59 anos. Todos os pacientes mostraram a
reabsorção severa do osso alveolar à maxila. Dois pacientes tiveram um historia da
cirurgia de fissura congênita do palato, e 2 pacientes tinham bruxismo. O protocolo
cirúrgico recomendado padrão foi seguido, e o tratamento foi executado sob anestesia
geral. Após a cirurgia, 9 pacientes receberam overdentures barra-retentivas, e 4
pacientes receberam próteses fixas. Nenhum implante foi perdido e poucas
complicações cirúrgicas aconteceram. O período de acompanhamento foi de 11 a 49
meses. Embora os problemas cirúrgicos precipitados pela anatomia difícil em pacientes
25
com fissuras e em um paciente com acesso reduzido do interarco foram relatadas, os
resultados foram favoráveis. Fabricar uma prótese funcional e estética pode ser um
desafio. Os implantes zigomáticos fornecem uma opção do tratamento para pacientes
com a reabsorção, os defeitos, ou as situações maxilar severas onde o tratamento
precedente do implante falhou. Nesta experiência, o tratamento com implantes
zigomáticos foi um método previsível com poucas complicações, uniformes em um
grupo dos pacientes que não seriam considerados ideais para o tratamento do
implante.
O alvo do estudo de Aparício et al. (2006) foi relatar no resultado clínico o uso de
implantes zigomáticos e regulares para a reabilitação protética da maxila edêntula
severamente atrofiada. Os pacientes (69) com atrofia maxilar severa, durante um
período 5 anos foram tratadas com um total de 69 próteses reparados do arco cheio
escorados em 435 implantes. Destes, 131 foram implantes zigomáticos e 304 foram
implantes regulares. As pontes de 57 foram parafusos-retidas e 12 cimentadas. As
pontes parafuso-retidas foram removidas nas chamadas de exames e cada implante foi
testado para a mobilidade. Além disso, os implantes zigomáticos foram sujeitados às
medições de Periotest (Siemens AG, Bensheim, Germany). Os pacientes na altura
deste relatório tinham sido acompanhados por ao menos 6 meses até 5 anos após.
Dois implantes regulares falharam durante o período do estudo que dá uma taxa
cumulativa da sobrevivência de 99.0%. Nenhum dos implantes zigomáticos foi
removido. Todos os pacientes receberam e mantiveram uma ponte fixa durante o
estudo. As medidas de Periotest de implantes zigomáticos mostraram um valor
diminuído dos valores de Periotest com o tempo, indicando uma estabilidade
aumentada. Três pacientes apresentaram-se com sinusite 14-27 meses pós-operatório,
26
que foram resolvidas com antibióticos. Afrouxar dos parafusos do implante zigomático
do ouro foi feito em nove pacientes. A fratura de um parafuso de ouro assim como da
prótese ocorreu duas vezes em um paciente. A fratura dos dentes protéticos anteriores
aconteceu em quatro pacientes. Os resultados do estudo mostram que o uso de
implantes zigomáticos e regulares representa uma alternativa previsível para enxerto
ósseo na reabilitação da maxila edêntula atrófica.
Bedrossian et al. (2006) fizeram um estudo clínico que incluiu 14 pacientes com
83 implantes imediatamente carregados (28 zigomáticos bilateral e 55 implantes pré-
maxilares) apoiando uma prótese total de maxila completa convertida a uma prótese
provisória fixa que segue o imediatamente procedimento cirúrgico. Depois de 6 meses
de uso, foi fabricada uma prótese metal-apoiada fixa nova. Foram seguidos quatorze
pacientes tratados com carregamento imediato de implantes zigomáticos durante pelo
menos 12 meses. Todos os pacientes informaram minimização de dor pós-operatória e
segurança durante fala e mastigação. Nenhum fracasso aconteceu durante o período
de seguimento. Os pacientes no estudo poderiam ter sido os candidatos para enxerto
de seio. Com o conceito presente estes pacientes beneficiaram de um procedimento
menos invasivo (1 procedimento cirúrgico e nenhum enxerto) e reabilitação imediata
(prótese prendeu diretamente depois de cirurgia). A taxa de sobrevivência alta,
aumento na habilidade funcional imediata de pacientes, e redução de morbidez que
segue o procedimento cirúrgico faz deste procedimento uma opção de tratamento viável
para a maxila completamente edêntula.
27
28
4. DISCUSSÃO
No estudo de Ahlgren et al. (2006) os autores afirmam que o uso de implantes
zigomáticos provou ser previsível, com poucas complicações. Problemas protéticos e
complicações foram mais relacionados com situações de comprometimento oral dos
pacientes neste estudo ao invés de problemas relacionados com o uso deste implante.
Exames radiográficos, tomografia convencional ou computadorizada (normal ou
tridimensional), exames locais, enceramentos diagnósticos e confecção de guias
cirúrgicas são elementos essenciais para um bom planejamento e execução. Mesmo
nos casos aparentemente mais simples, o uso de guias cirúrgicos é imprescindível, pois
geralmente esses casos ocorrem com pacientes edentados parciais e, portanto, a boa
colocação do implante está diretamente relacionada com o resultado estético e
funcional. Situações mais tolerantes podemos encontrar nos casos de edentulismo
total, mas mesmo assim a guia cirúrgica é auxílio importante no momento da cirurgia
(MOLIM JÚNIOR & CARREIRA, 1997).
Esses autores confirmam o que propôs Pena Neto Segundo (2005) em um
protocolo de tomografia computadorizada que permite ao radiologista estimar o
comprimento do implante, tornando o procedimento cirúrgico mais previsível e seguro,
com o mínimo de exposição do paciente à radiação.
A falha da osseointegração de um implante zigomático ou a perda de um
implante devido a perda da osseointegração ou fratura torna o implante inútil no que
respeita ao suporte de uma restauração protética. Este acontecimento poderá originar
29
um atraso no tratamento, procedimentos cirúrgicos adicionais e/ou uma alteração no
plano de tratamento (DUARTE et al., 2004).
Outra questão considerada importante seria que tipo de reação à presença da
fixação zigomática, no interior do seio maxilar poderia causar. Respondendo a este
questionamento, o estudo de Nakai et al. (2003) relata que tomografias
computadorizadas, realizadas seis meses após a instalação de 15 fixações
zigomáticas, em nove pacientes, não mostrou nenhum sinal de sinusite.
Al-Nawas et al. (2004) mostraram que nove entre os 20 implantes mostraram
sangramento à sondagem, enquanto sangramento à sondagem e em bolsa com
profundidade à sondagem de > / =5 mm indicaram problemas de tecido mole que
resultam em uma taxa de sucesso de só 55%. A história do paciente (tumor x atrofia) ou
hábitos de tabagismo pareceram não ter influenciado a situação. Estes problemas de
tecido mole deveriam ser levados em conta se implantes zigomáticos são considerados
como uma opção de terapia alternativa na maxila.
Becktor et al. (2005) relataram que somente três (9.7%) dos 31 implantes
zigomáticos foram cirurgicamente removidos por causa de sinusite periódica. Nakai et
al. (2003) avaliaram nove pacientes receberam um total de 15 implantes zigomáticos,
no exame tomográfico mostrou nenhum sinal de sinusite em nenhum paciente.
O estudo de Aparício et al. (2006) encontrou uma taxa cumulativa da
sobrevivência de 99.0%. Porém nenhum dos implantes zigomáticos foi removido. Todos
os pacientes receberam e mantiveram uma ponte fixa durante o estudo.
Ahgren et al. (2006) relatou problemas cirúrgicos precipitados pela anatomia
difícil em pacientes com fissuras e em um paciente com acesso reduzido do interarco.
30
Nesta revisão pode-se observar que todos os estudos obtiveram sucesso de
mais de 95 %. E que esta técnica é uma técnica complicada que necessita de grande
experiência por parte do cirurgião e colaboração do paciente e é uma opção aos
pacientes que possuem maxila atrófica e não desejam fazer enxerto ósseo por ser
necessário grande enxertia na área.
As complicações mais relatadas no estudo foram: erros de posição e angulação
durante a colocação do implante, sinusite, hiperplasia da área por falta de higiene
satisfatória.
O presente autor afirma que neste apanhado de trabalhos estudados os
procedimentos que devem ser feitos são: explicar detalhadamente o tratamento ao
paciente, ter um bom conhecimento anatômico da área, fazer um bom diagnóstico
anteriormente ao tratamento, realizar a técnica com destreza e avisar o paciente das
possíveis complicações.
31
5. CONCLUSÃO
Pode-se concluir que os estudos relatados nesta monografia mostram grande
sucesso da técnica em acompanhamentos de 6 meses a 2 anos. E pelo fato desta
técnica ser muito recente, não possuir ainda dez anos de descrição clínica em
periódocos, e por este motivo mais estudos longitudinais precisam ser feitos.
As complicações por sua vez não são freqüentemente relatadas nos estudos,
mas esta técnica possui certa complexidade e necessita que o cirurgião tenha destreza
e bom conhecimento anatômico da área para que não ocorram complicações durante a
fixação zigomática.
32
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