COMPARAQAO DA AGILIDADE ENTRE PRATICANTES E NAO...
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Lucas Emmanuel de Oliveira
COMPARAQAO DA AGILIDADE ENTRE PRATICANTES E
NAO PRATICANTES DE FUTSAL FEMININO
COM IDADE ENTRE 14 E 16 ANOS
Curitiba
2006
Lucas Emmanuel de Oliveira
COMPARACAO DA AGILIDADE ENTRE PRATICANTES E
NAO PRATICANTES DE FUTSAL FEMININO
COM IDADE ENTRE 14 E 16 ANOS
Trabalho de Conclusao de Curso deEducac;:aoFfsica da Faculdade de CienciasBiol6gicas e da Saude da Universidade Tuiulido Parana na disciplina de TOCC - TrabalhoOrienlado de Conclusao de Curso.
Orienlador: Professor Ooulor Candido SimoesPires Nelo.
Curitiba
2006
TERMO DE APROVAr;Ao
COMPARAr;Ao DA AGILIDADE ENTRE PRATICANTES E
NAo PRATICANTES DE FUTSAL FEMININO COM IDADE
ENTRE 14 E 16 ANOS
ELABORADO POR:
Lucas Emmanuel de Oliveira
COMO RESGISTRO PARA OBTENyAO DE LlCENCIADO EM EDUCAyAO
FfsICA, APROFUNDAMENTO EM RECREAyAO E LAZER
/ /2006
COMISSAO EXAMINADORA
PI Prof. Mestre Ney de Lucca Mecking - Coordenador do Curso
Prof. Doutor Candido Simoes Pires Neto - Orientador
Pmf. o~ K'"9 - ead2e TOee
DIDICATORIA
Dedico este estudo ao meu Pai e a Minha mae,
pessoas importantes, que fizeram de tudo
para tomar tudo isto posslvel.
AGRADECIMENTOS
Agradeyo ao Professor Doutor Candido Simoes Pires Neto,
pela orientayao na elaborayao deste estudo.
A amiga Liliana Herrera que atenciosamente colaborou
com a bibliografia deste trabalho.
Ao amigo Gustavo Galvao que ajudou
na execuyao deste estudo.
SUMARIO
1 INTRODU<;:AO 09
1.1 JUSTIFICATIVA 09
1.2 PROBLEMA .. 10
1.3 OBJ ETIVOS .. 10
1.3.1 Objetivo Geral 10
1.3.2 Objetivo Especifico 10
2 REVISAO DE LlTERATURA 11
2.1 HISTORIA DO FUTSAL 11
2.1.1 Futsal Feminino no Brasil 14
2.1.2 Futsal Feminino no Parana 16
2.20 CRESCIMENTO DO FUTSAL FEMININO 17
2.3 REGRAS BASICAS 18
2.3.1 Quadra de Jogo . 18
2.3.2 Equipamentos 19
2.3.3 Bola em Jogo e Fora de Jogo 20
2.3.4 Contagem de Tentos 21
2.4 MULHER NO ESPORTE 22
2.4.1 Diferen~as Anatomico-Fisiologicas Especificas do Sexo 22
2.4.2 Diferen~as Constitucionais .. 23
2.4.3 Tecido Adiposo e Musculatura 26
2.4.4 Medidas Cardio-Circulatorias 28
2.4.5 Fun~ao Respiratoria e Esgotamento de Oxigenio 28
2.4.6 Metabolismo Basal.. 29
2.4.7 Regula~ao de Calor 30
2.4.8 Esporte e Menstrua~ao 31
2.5 CAPACIDADES FISICAS 33
2.5.1 Resistencia 33
2.5.2 For~a 34
2.5.3 Velocidade 36
2.5.4 Mobilidade ou Flexibilidade 37
2.5.5 Agilidade 38
3 METODOLOGIA 40
3.1 TIPO DE PESQUISA 40
3.2 POPULAyAO E AMOSTRA 40
3.2.1 Populac;:ao 40
3.2.2 Amostra 40
3.3 INSTRUMENTO 41
3.4 MATERIAlS 41
3.5 COLETA E ANALISE DE DADOS 41
3.6 LlMITAyOES 42
4 APRESENT A9AO E DlSCUSSAO DE RESULTADOS.. 43
5 CONCLUSOES E SUGESTOES . 48
REFERENCIAS 50
APENDICES 51
RESUMO
COMPARA<;AO DA AGILIDADE ENTRE PARTICANTES E
NAO PRATICANTES DE FUTSAL FEMININO COM IDADE
ENTRE 14 E 16 ANOS
Autor Lucas Emmanuel de OliveiraOrientador Prof. Doutor Candido Simoes Pires Neto
Curso de EducaC;;aoFisicaUniversidade Tuiuti do Parana
Este estudo teve como objetivo investigar 0 tempo obtido no teste de agilidadepor praticantes e nao praticantes de Futsal. A pesquisa se caracterizou comodo tipo descritiva comparativa. Onde foi utilizado 0 teste "Shuttle Run" combase no protocolo de Johnson & Nelson, obtidos atraves de Marins, (1998). Estefoi aplicado em uma amostra de 10 praticantes de Futsal Feminino, com nominima 2 anos de pratica, e 10 nao praticantes, sendo todas do sexofeminino. A realizaC;;ao do teste se deu em um dia de treinamento naspraticantes e nas nao praticantes durante a aula de EducaC;;ao Fisica docolegio. Os resultados observados foram de uma diferenc;;a significativa entreos tempos de pratica no grupo das praticantes de Futsal, chegando a quase 1segundo. Conseguimos observar tambem nessa pesquisa a influencia que 0treinamento esportivo tem sobre a agilidade, isso se comprovou nao s6 nadiferenc;;a de 1,56 segundo na media geral entre os tempos das praticantes enao praticantes de Futsal, como tambem entre as nao praticantes de Futsalque praticavam outra modalidade esportiva e as que nao praticavam, estachegando a aproximadamente 1 segundo. Este estudo contribui para 0 FutsalFeminino, um esporte que vem crescendo cada vez mais no passar dos anos,alem de ser um estudo referente a uma capacidade ffsica pouco estudada,principal mente relacionada a pratica do Futsal.
Palavras-chave: Futsal feminino, agilidade, beneffcios.
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1 INTRODU9AO
COMPARA9AO DA AGILIDADE ENTRE PRATICANTES E
NAO PRATICANTES DE FUTSAL FEMININO
COMIDADEENTRE14E16ANOS
1.1 JUSTIFICATIVA
Segundo a CBFS, (2006), 0 Futebol de Salao surgiu nos anos 30 de uma
necessidade dos professores de Educar;:ao Fisica em encontrar campos de Futebol
para a pratica do mesmo e com 0 tempo passou a ser chamado de Futsal. Desde
entao 0 esporte foi crescendo e hoje e conhecido mundialmente.
Com 0 passar dos anos 0 esporte foi despertando 0 interesse das mulheres
ganhando 0 mundo e chegando em um nivel profissional. 0 numero de meninas
praticantes de Futsal foi crescendo, e nao para de crescer, com a divulgar;:ao e a
diminuir;:ao do preconceito da pratica pelo sexo feminino. Hoje em dia os pais ja
aceitam que suas filhas pratiquem 0 esporte, e nao s6 isso, incentivam fazendo com
que elas levem a serio. Hoje a pratica deste esporte nas escolas e grande, as
escolas oferecem escolinhas tanto para 0 sexo masculino quanto para 0 sexo
feminino.
Este e um esporte nipido e dinamico que exige do seu praticante uma boa
preparar;:ao fisica.
10
A agilidade e uma capacidade ffsica de grande importancia no Futsal, pois
permite a execu~ao de fintas e dribles, fundamentos essenciais para a transposi~ao
de um adversario.
Segundo Bompa, (2002), a maioria dos atletas praticantes de esportes
coletivos tem grande beneficia com a melhora na agilidade.
1.2 PROBLEMA
Ha diferen~a entre os tempos do teste de agilidade entre praticantes e nao
praticantes de Futsal Feminino com idade entre 14 e 16 an os?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Investigar 0 tempo no teste de agilidade entre praticantes e nao praticantes de
Futsal Feminino com idade entre 14 e 16 anos.
1.3.2 Objetivo especffico
Tra~ar 0 perfil das avaliadas;
Avaliar 0 tempo de deslocamento no teste de Agilidade;
Comparar 0 tempo de Agilidade entre as praticantes e nao praticantes de Futsal;
Comparar a rela~ao entre tempo de pratica e 0 tempo no teste de Agilidade;
II
2 REVISAO DE LlTERATURA
2.1 HISTORIA DO FUTSAL
Segundo Santana, (2006), 0 Futebol de Salao tem duas vers6es sobre 0 seu
surgimento, como em outros esportes ha divergencias quanto a sua origem.
Tem aqueles que defendem que 0 Futebol de Salao foi inventado em 1931 na
Associa<;:ao Crista de Mo<;:os de Montevideu/Uruguai, pelo professor Juan Carlos
Ceriani, que chamou este novo esporte de "Indoor-Foot-Ball". Estes sustentam que
alguns jovens brasileiros foram ate la e, quando retornaram, trouxeram as regras.
Qutros defendem que 0 Futebol de Salao surgiu no Brasil, no final de 1930, na
ACM (SP) on de era praticado por jovens a titulo de recrea<;:ao, esses jovens estavam
enfrentando dificuldades para encontrar campos de futebol, entao come<;:aram a
jogar "peladas" nas quadras de basquete e hoquei, aproveitando as traves que eram
usadas na pratica do hoquei, essa posi<;:ao e a defend ida pel a Confedera<;:ao
Brasileira de Futsal (http://www.cbfs.com.br). Estes mesmos jovens admitem que se
jogava futebol em quadra tambem no Uruguai, mas que coube ao Brasil as primeiras
normas e regulamenta<;:6es.
Eo considerado autor aquele que primeiro organiza e regulamenta a modalidade
esportiva permitindo a pratica uniforme do esporte.
Rapidamente a modalidade come<;:a a crescer , na decada de quarenta 0
esporte come<;:a a ser divulgado entre as ACMs do Rio de Janeiro e de Sao Paulo.
Apos essa divulga<;:ao ocorre na decada de cinquenta 0 reconhecimento e
regulariza~ao, surgem entao varias Federa~oes Estaduais. A primeira competi98.0
12
oficial ocorre em 1955, organizado pela Federa<;:ao Carioca, tendo 0 nome de
"Torneio de Apresenta<;:ao".
Em 1956 Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes lan<;:aa 1a regra oficial do futebol
de salao do mundo, esta que foi adotada posteriormente pela FIFUSA. Porem ate
1959 Sao Paulo e Rio de Janeiro nao entravam em acordo quanto as regras
utilizadas havendo assim uma disputa entre esses 2 estados pela primazia do novo
esporte, tentando impor os seus ideais.
o Futebol de Salao jil havia alcan<;:ado grande visibilidade, com isso em mar<;:o
de 1958 a Confedera<;:ao Brasileira de Desportos (CBD) decide oficializar a pratica
do Futebol de Sa lao, filiando as Federa<;:6es Estaduais e uniformizando as regras. A
oficiliaza<;:ao permite a realiza<;:ao de campeonatos de ambito nacional como 0 10
Campeonato Brasileiro de Sele<;:6es que ocorreu em Sao Paulo em 1959.
Na decada de sessenta 0 Futebol de Salao se expande por toda a America
Latina quando em 1969 ocorre 0 surgimento da Confedera<;:ao Sui Americana de
Futebol de Salao. Com isso os primeiros campeonatos Sul-Americanos de clubes e
sele<;:6es come<;:am a acontecer.
Em 1971 0 Futebol de Salao surge oficialmente para 0 mundo com a funda<;:ao
da Federa<;:ao Internacional de Futebol de Salao (FIFUSA), no Rio de Janeiro tendo
como 10 presidente Joao Havelange. Com 0 crescimento do Futebol de Salao a FIFA
come<;:a a se interessar por tal modalidade, chegando a procurar a FIFUSA para
absorver 0 esporte, mas nao obtendo sucesso.
A Confedera<;:ao Brasileira de Desportos (CBD) e extinta surgindo em
15/06/1979 a Confedera<;:ao Brasileira de Futebol de Salao (CBFS), tendo sua sede
fixada em Fortaleza (CE) como 10 presidente Aecio de Borba Vasconcelos.
13
Na decada de oitenta a FIFUSA tem sua sede transferida para Sao Paulo. Sao
organizados os 1os. Campeonatos Pan-Americanos (1980) e Mundiais (1982) de
Clubes e de Sele'ioes, a FIFUSA promove mais 2 campeonatos Mundiais, 0 2°
Campeonato Mundial que e sediado pela Espanha em 1985 e 0 3° Campeonato
Mundial sediado pela Australia em 1988.
Em janeiro de 1989, a FIFA promove 0 1° Campeonato Mundial (1a Copa do
Mundo) de Futsal, sendo esta realizada na Holanda.
Em tres reunioes realizadas em Zurich (SUI), entre janeiro e setembro de 1989
fica decidido que a modalidade passaria a ser reg ida em nivel mundial pela FIFA,
deixando de chamar a modalidade de Futebol de Salao ou Futebol de Cinco, para
ser chamado de Futsal. Foi decidido tambem a FIFUSA se dissolveria e a FIFA
responderia pelo Futsal.
No final de 1989 0 Brasil afilia-se oficialmente a FIFA atraves da CBF
(Confedera'iao Brasileira de Futebol), passando a ter uma Comissao responsavel
pelo Futsal na entidade suprema do Futebol. Em 1990 0 Brasil afasta-se oficialmente
da FIFUSA.
A FIFA tem hoje mais de 130 paises filiados, nos tres u!timos Campeonatos
Mundiais, que foram disputados na Espanha (1996), na Guatemala (2000) e na
China (2004), podemos ver uma demonstra'iao da penetra'iao da FIFA, mostrando
todo seu poder de divulga'iao do esporte, tendo no ultimo mundial a participa'iao de
16 sele'ioes (paises) representando os cinco continentes. Com a ajuda da FIFA 0
Futsal foi incluido no Pan-americano de 2007, no Rio de Janeiro, e se aproxima
cad a vez mais do seu maior objetivo, 0 de se tomar um esporte Olimpico.
I~
2.1.1 Futsal Feminino no Brasil
Segundo Sanches e Borim, (2006), em janeiro de 1983 0 Conselho Nacional
de Desportos (CND), liberou a pratica do Futebol e Futebol de Salao para 0 sexo
feminino. Desde entao os campeonatos comelfaram a ser organizados em varios
estados. Porem, antes desse decreta ja havia estados com seus campeonatos locais
e metropolitanos.
o fato de ter que aumentar os paises praticantes de Futsal Feminino para que
o Futsal fosse incluido tanto no masculino como no feminino nas Olimpiadas fez com
que 0 Futsal Feminino fosse expandido no Brasil e no Mundo.
Para 0 Futsal evoluir no feminino era necessario 0 surgimento de competilfoes
oficiais. Em janeiro de 1992 a CBFS organiza em Mairinque-SP 0 primeiro
campeonato oficial organizado por ela, a I TAC;;A BRASIL DE CLUBES, que contou
com a participalfaO de 10 equipes que foram indicadas por suas Federalfoes, por
nao haver campeonatos estaduais organizados pelas federalfoes.
Os estaduais comelfaram a surgir a partir de 1992 em quase todos os estados
brasileiros onde os campeoes de cad a estado tin ham sua vaga garantida para a
Talfa Brasil do ana seguinte.
A partir de 1995 Sao Paulo mostra ser um estado forte no Futsal Feminino
com a equipe da Marvel de Santos e posteriormente com a Associalfao Sabesp de
Sao Paulo.
Os outros estados vinham melhorando com 0 tempo e 0 nivel tatico de suas
equipes estavava cad a vez melhor, trazendo certa amea9a a hegemonia do estado
de Sao Paulo.
15
Em 2003, quem passa a dominar 0 cenario nacional e 0 Rio Grande do Sui
com a equipe do Chimarrao de Estancia Velha. Come<;:am tambem a surgir boas
equipes em Santa Catarina ate que em 2005 0 titulo brasileiro vai para 0
Kindermann de Ca<;:ador.
o Parana corria por fora sempre com boas participa<;:6es nos campeonatos
nacionais, destacando-se as equipes Maringa Seleto e a equipe da
Unopar/Londrina/Gremio que em 2004 chegou ao primeiro titulo nacional na
categoria Sub-15 e no ana seguinte a categoria Sub-20 conquistou seu segundo
titulo nacional fazendo com que 0 Parana fosse considerado junto com Sao Paulo,
Rio Grande do Sui e Santa Catarina uma das principais for<;:as do Futsal Feminino
brasileiro.
Estados como Parana e Santa Catarina acreditavam no processo de
renova<;:ao com a cria<;:ao de competi<;:6es para categorias de base, onde ocorria um
nivelamento tecnico nos campeonatos 0 que causava um maior interesse pela
pratica do Futsal Feminino. Em 2003 surge a Ta<;:a Brasil de Clubes Sub-20, tendo
como cam pea a equipe da Ass. Sabesp (SP).
Com 0 sucesso foram criadas a Ta<;:aBrasil de Clubes Sub-15 (2004) e Ta<;:a
Brasil de Clubes Sub-17(2005).
o Campeonato Brasileiro de Sele<;:6es foi acrescentado na categoria feminino
em 2002 com muito sucesso, sen do 0 adulto realizado nos an os pares e 0 Sub-20
nos anos rmpares
o Futsal feminino teve sua 1a convaca<;:ao para a Sele<;:ao Brasileira de Futsal
em dezembro de 2001, para 0 Desafio Internacional contra 0 Paraguai, esta
convoca<;:ao foi um passo importante para 0 crescimento do Futsal Feminino no pars.
16
Em 2005 veio a 2a convoca9ao, esta para amistosos com a Espanha, equipe
considerada como uma das melhores seleQoes do mundo assim como no masculino.
Depois dos amistosos vieram os campeonatos, a sele9ao Brasileira teve pela
frente 0 I Sui Americano realizado em Barueri/SP, que contou com a participagao de
paises como Paraguai, Uruguai, Argentina, Peru e Equador.
Apes a cria9ao do departamento feminino da CBFS, 0 Futsal Feminino
ganhou um impulso. Outra grande conquista foi a I LlGA FEMININA DE FUTSAL que
teve 10 equipes participantes, estas divididas em 03 grupos. Os jogos aconteceram
entre setembro e dezembro de 2005 tendo como cam pea a Chimarrao/Bender/Dal
Ponte do Rio Grande do SuI.
2.1.2 Futsal Feminino no Parana
Devido a necessidade de ser enviado um representante para a Ta9a Brasil,
criada recentemente, a FPFS criou em 1992 a 1a Ta9a Parana de Clubes, (Sanches
e Borim, 2006).
CompetiQao muito importante para 0 Futsal Feminino do estado teve como
sede a cidade de Londrina, e contou com 0 apoio do Gremio Londrinense sendo
organizada pela FPFS e executada pelos professores Nelson Zaminelli e Vanda
Cristina Sanches. Essa competiQao serviu de impulso fundamental para que 0 Futsal
Feminino crescesse no Parana.
Uma prova desse crescimento e devido a ele 0 Parana esta hoje entre os
estados com 0 maior numero de competi90es oficiais no Futsal feminino.
Competi90es como os Jogos Escolares categoria A e B, Jogos da Juventude, Jogos
Abertos, Ta9a Parana Sub-15, Sub-17, Sub-20 e Adulto.
17
Em 2001 foi a estreia do Futsal Feminino nos Jogos da Juventude sendo uma
modalidade opt at iva e em 2002 teve oficialmente a sua inclusao nos Jogos da
Juventude (Sub-17) enos Jogos Abertos do Parana, alcanyando um numero
expressivo de participantes nas suas fases regionais perdendo apenas para 0 Futsal
masculino.
2.20 CRESCI MENTO DO FUTSAL FEMININO
Alguns aspectos tiveram grande influencia no visivel crescimento do Futsal
Feminino no Brasil, um deles foi 0 aumento do numero de equipes e competiyoes no
territ6rio nacional. Outro aspecto foi a grande evoluyao tecnica das equipes, grayas
ao aumento de escolinhas de iniciayao e a queda dos preconceitos tanto da familia
quando das escolas em relayao a pratica do Futsal e Futebol pelo sexo feminino. Os
treinamentos comeyaram a ser planejados trazendo assim uma evoluyao tatica e
tecnica das equipes, tecnicos comeyam a despertar interesse pela modalidade 0 que
melhora 0 nivel dos treinadores.
18
2.3 REGRAS BASICAS
2.3.1 Quadra de jogo
Dimens6es
A quadra de jogo sera um retangulo com 0 comprimento maximo de 42
metros e 0 minima de 25 metros, tendo a largura maxima de 22 metros e a minima
de 15 metros.
a. As linhas demarcatorias da quadra, na lateral e no lundo, deverao estar
alastadas 1(um) metro de qualquer obstaculo (rede de proteyao, tela, grade ou
parede).
b. Para partidas oliciais nacionais a quadra devera ter um comprimento
minima de 30 metros e uma largura minima de 17 metros.
c. Para partidas oliciais intemacionais a quadra devera ter um comprimento
entre 38 e 42 metros e uma largura entre 18 e 22 metros.
Metas
No meio de cad a area e sobre a linha de meta serao colocadas as metas,
lormadas por dois postes verticais separados em 3 (tres) metros entre eles (medida
interior) e ligados por um travessao horizontal cuja medida livre interior estara a 2
(dois) metros do solo.
19
a. A largura e espessura dos postes e do travessao serao de 8 (oito)
centimetros e quando roli<;:osterao 0 diametro de 8 (oito) centimetros.
b. Os postes e travessao, poderao ser confeccionados em madeira, plastico,
ferro ou material similar e pintados de cor contrastante com 0 fundo da
quadra, de preferencia que nao sejam fixados ao solo. Os postes e
travessao deverao ter a mesma largura e espessura.
c. Serao colocadas redes por tras das metas e obrigatoriamente presas aos
postes, travessao e ao solo. Deverao estar convenientemente sustentadas
e colocadas de modo a nao perturbar ou dificultar a a<;:ao do goleiro. As
redes serao de corda, em material resistente e malhas de pequena
abertura para nao permitir a passagem da bola. As metas nao devem
possuir ferro ligando 0 travessao ao suporte de sustentac;:ao.
2.3.2 Equipamentos
Dos atletas
o equipamento dos atletas comp6e-se de camisa de manga curta, ou manga
comprida, calc;:ao curto, meias de cano longo, caneleiras, tenis confeccionados com
lona, pelica ou couro macio, com solado e revestimento lateral de borracha ou
material similar, ficando terminantemente proibido 0 usc de camisa sem manga e de
sapatos com solado de couro ou pneu, ou que contenham travas. As caneleiras
20
deverao estar completamente cobertas pelas meias e serem confeccionadas em
material apropriado que oferec;:a protec;:ao ao atleta (borracha, plastico, poliuretano
ou material similar). 0 capitao da equipe devera usar uma brac;:adeira em um dos
brac;:os para identifica-Io. Os atletas poderao usar tornozeleiras de qualquer cor, por
dentro ou por fora das meias.
o goleiro usara uniforme com camisa de cor diferente dos atletas de linha de
ambas as equipes, sendo-Ihe permitido, com exclusividade, para fins de protec;:ao, 0
uso de calc;:ade agasalho.
2.3.3 Bola em jogo e fora de jogo
Bola fora de jogo
A bola estara fora de jogo quando:
a. Atravessar completamente, quer pelo solo, quer pelo alto, as linhas laterais
ou de meta.
b. A partida for interrompida pelo arbitro.
c. Jogada a partida em quadra coberta e a bola bater no teto, a partida sera
reiniciada com a cobranc;:a de tiro lateral a favor da equipe adversaria a do
atleta que desferiu 0 chute, na direc;:ao e do lade onde a bola bateu no teto.
Quando a bola bater em equipamentos de outros desportos colocados nos
limites da quadra de jogo, sera reiniciada com arremesso de meta, quando
21
o ultimo atleta a tocar na bola for atacante e com tiro de canto, quando 0
ultimo at leta a tocar for defensor.
Bola em jogo
A bola estara em jogo em todas as outras ocasioes, desde 0 comevo ate 0
termino da partida, inclusive:
a. Se tocar nos arbitros colocados dentro da quadra de jogo.
b. Enquanto nao se adota uma decisao por suposta infravao as regras do
jogo.
2.3.4 Contagem de tentos
Respeitadas as disposivoes em contrario referidas nesta regra, sera valido 0
tento quando a bola ultrapassar inteiramente a linha de meta entre os postes de
meta e sob 0 travessao, contanto que nao tenha side arremessada, carregada ou
impulsionada com a mao ou bravo de atleta atacante.
Nao sera valido 0 tento resultante de tiro livre indireto, a menos que a bola,
em sua trajetoria, toque ou seja tocada por qualquer outr~ atleta, inclusive 0 goleiro,
colocados dentro ou fora de sua area de meta.
Sera nulo 0 tento originado de qualquer arremesso do goleiro adversario ou
de arremesso de meta por ele executado com as maos, salvo se a bola, em sua
trajetoria, tocar ou for tocada par qualquer atleta que nao seja 0 goleiro. Se a bola
22
penetrar diretamente ou tocar no goleiro, dentro ou fora da sua area de meta, sera
executado arremesso de meta.
Se, ao segurar ou arremessar a bola, ou dar um munheca90 na mesma, 0
goleiro permitir que a bola entre e ultrapasse inteiramente a linha de meta, entre os
postes e sob 0 travessao de meta, 0 tento sera considerado valido.
2.4 MULHER NO ESPORTE
2.4.1 Diferenlias anatomico-fisiol6gicas especificas do sexo
Segundo Weineck, (2000), a diferen9a entre homens e mulheres nao esta
apenas nas suas caracteristicas sexuais primarias e secundarias, mais tambem no
que se refere as suas grandezas constitucionais, anat6micas e fisiologicas.
A diversidade entre os sexos nao significa que um e superior ou inferior ao
outro, e sim que a natureza designou tarefas especiais para que fosse assegurada a
manuten9ao da especie.
Se compararmos a capacidade de desempenho esportivo entre os sex~s,
surgem as correspondentes diferen9as especificas do sexo, que em sua grande
maioria esta ligada as diferen9as geneticas da constitui9ao corporal e da fun9ao
organica, mas nao podemos nos esquecer a convic9ao socio-politicas. No inicio das
Olimpiadas as mulheres nao podiam participar, po is segundo Pierre de Coubertin a
pratica do esporte pelo sexo feminino infringia a lei da natureza. Conforme 0 tempo
foi passando e os direitos entre homens e mulheres se igualando, abriram-se novas
possibilidades para a mulher praticar esporte sendo esse competitivo. Uma prova
desta mudan9a social e a incrivel melhora do desempenho da mulher, que conforme
23
os anos passam expressa uma menor diferen<;:a em rela<;:ao ao desempenho dos
homens.
"A rapida melhora, ocorrida nos ultimos anos, do desempenho da mulher,
portanto, toma nitido 0 fato de que uma parte das diferen<;:as sexuais e divida a
influencias tradicionais", (Weineck, 2000).
2.4.2 Diferen9as constitucionais
Neumann & Buhl, apud Weineck, (2000), diz que em media, as mulheres sao
de 10cm a 15cm menores e sao de 10kg a 20kg mais leves que os homens.
A menor estatura da mulher esta diretamente relacionada a rapida matura<;:ao
do esqueleto e ao fechamento precoce dos discos de crescimento, (Weineck, 2000).
Pesquisas ja mostraram que as meninas, desde 0 nascimento, mesmo com
menor peso, apresentam em media um adiantamento de 2 seman as em rela<;:ao aos
meninos, referindo-se ao desenvolvimento osseo. As meninas aumentam a dianteira
nos anos seguintes chegando a alcan<;:ar 2 anos de diferen<;:a devido a puberdade,
correspondente ao periodo de tempo em que a puberdade chaga antes- nas
meninas.
o maior desenvolvimento e a mais intensa atividade secretora dos ovarios
femininos no periodo de pre-puberdade, se compararmos com os testiculos
masculinos, parece ser a causa deste adiantamento. A aparente causa tanto para
uma matura<;:ao mais rapida do esqueleto quanto um inicio mais precoce da
puberdade esta na produ<;:ao de menores quantidades de estrogeno durante a fase
de desenvolvimento pre-puberal do sexo feminin~, (Thomas, apud Weineck, 2000).
1-1
Para Weineck. (2000). de modo geral, em comparagao ao homem, pode-se
afirmar que a mulher possui uma formagao 6ssea mais leve - "0 esqueleto feminino
e mais gracioso e, em media. 25% mais leve que 0 masculino", (Prokop. apud
Weineck, 2000). Tambem a estrutura dos grandes ossos e mais fraca.
Podemos observar nas mulheres uma acentuagao tipica do tronco. enquanlo
que nos homens essa acentuagao ocorre nas exlremidades, (Weineck, 2000).
o comprimento do lronco na mulher equivale cerca de 38% do comprimenlo
do corpo, enquanto que no homem equivale cerca d 36%. Estas diferengas de
proporgao especificas do sexo, na mulher. causam um deslocamento do centro de
gravidade do corpo para baixo, tendo uma influencia negativa no esporte
especial mente na corrida e sail os.
A mulher possui ombros mais estreitos que 0 homem. A largura dos ombros,
em media. excede apenas em cerca de 3 cm a largura dos quadris nas mulheres.
enquanto que nos homens. a diferenga e cerca de 15 cm.
Figura 1: Diferen~as constitucionais entre os sexosem rela~ao it altura, largura de ombros e quadris,assim como posi~6es de pernas e bra~os.
Existe uma angula<;:ao em forma de x enlre 0 bra<;:oe 0 anlebra<;:o da mulher,
e uma super-exlengao (figura 2). Esta maior mobilidade que ai e alcangada e uma
2S
vantagem principalmente nas modalidades esportivas de expressao (ginastica
ritmica desportiva, ginastica de solo). Por outro lade nas provas de arremesso e
lan9amento do atletismo, esta angula9ao em forma de x prejudica 0 desempenho.
Esta posi9ao em x dos bra90s tambem age negativamente nos exercicios de
apoio. Este tambem e um motivo pelo qual as mulheres fazem ginastica em
paralelas assimetricas e nao nas simetricas. Segundo Klaus & Noack, apud
Weineck, (2000), a coloca9ao mais afastada das barras, e necessaria devido a
que dificultaria ainda mais 0 apoio.
largura dos quadris, sendo que a largura dos ombros e relativamente pequena, 0
homens e mulheres aparecem (figura 3).
Weineck, (2000), diz que e na bacia 6ssea onde as maiores diferen9as entre
Figura 2: Valores extremos domembro superior, com 0 antebra~ocompletamente estendido e emsupina~ao de 178' no homem e 154'na mulher, (Braus, em Tittel & Wutschrk,apud Weineck, 2000).
a)
c) d)
Figura 3: Diferen~as no formato entre as baciasmasculina (a.b) e feminina (c.d).(Rohen. apud Weineck. 2000).
Na mulher, a largura do quadril equivale a 54% do comprimento do tronco, no
homem 56 a 50%, (Sch6nholzer, apud Weineck, 2000). Por isso, tambem se pode
descrever 0 esqueleto do tronco da mulher como a largura dos quadris. A mulher
26
apresenta uma bacia mais larga e menos ingreme que 0 homem. A entrada na bacia
e transversal e oval na mulher, enquanto que no homem e em forma de corac;:ao. Na
mulher os ramos do pubio formam um angulo de 90-1000, no homem este angulo e
de 70-750, (Weineck, 2000).
Devido a maior largura dos quadris, ocorre na mulher a formac;:ao
compensatoria de uma posic;:ao fisiologica das pernas em x, isso tambem acaba
favorecendo 0 deslocamento do centro de gravidade do corpo para baixo.
2.4.3 Tecido adiposo e musculatura
Segundo Wei neck, 2000, existem diferenc;:as acentuadas entre homens e
mulheres se tratando de tecido adiposo e musculatura.
Em relac;:ao ao deposito de gorduras, principalmente no tecido conjuntivo
sUbcutaneo (Iocalizado abaixo da pele), a mulher apresenta 1,75 vezes mais gordura
que 0 homem. A mulher mostra um maior deposito de gordura na massa corporal
total fazendo com que ela possua uma parcela de gordura cerca de 10% maior que
o hornem.
Uma estrutura ossea em media mais leve combinada com uma maior
quantidade de gordura faz com que as mulheres disponham de uma menor
densidade corporal, e juntamente com 0 tronco mais cheio, faz com que as mulheres
ten ham uma boa impulsao. Pernas curtas e mais leves comparadas ados homens,
posic;:ao mais baixa do centro de gravidade e 0 comprimento relativamente maior do
tronco proporcionam boas condic;:6es para a natac;:ao.
27
Weineck, (2000), diz que em relayao a musculatura, a mulher disp5e de uma
menor massa muscular que ° homem, sendo essa massa tanto de forma relativa
quando absoluta.
Devido a menor massa muscular a mulher mostra uma menor forya maxima
que 0 homem.
Quanto a treinabilidade da musculatura se deve partir de cada grupo
muscular, pois nos musculos do tronco e da regiao abdominal, por exemplo, 0 efeito
do treinamento e praticamente igual nos dois sexos. Ja nas extremidades a
musculatura dos homens e melhor treinavel, (Hettinger, apud Weineck, 2000).
A musculatura com funyao essencialmente dinamica, ou seja, fibras rapidas,
apresentam diferenyas especificas do sexo, enquanto que os grupos musculares
com funyao estatica, ou seja, fibras lentas sao identicas no homem e na mulher, no
que se refere a treinabilidade. Sendo assim podemos atribuir a diferente
treinabilidade do homem e da mulher as fibras rapidas, (Weineck, 2000).
A diferente acentuayao da musculatura, ou da treinabilidade especifica do
sexo, da mulher e do homem, tem como causa a maior presenya de testosterona no
homem, que possui um efeito anab61ico sobre as proteinas.
Ate a entrada na puberdade as taxas de testosterona quase nao diferem entre
meninos e meninas, atraves do impulso hormonal da puberdade a taxa desse
hormonio cresce cerca de 10 vezes nos meninos, enquanto que nas meninas 0
crescimento e minimo.
Eo interessante colocar que a taxa de testosterona end6gena pode ser alterada
atraves de treinamento. Quanto maior ° desempenho, maior a taxa de testosterona.
28
2.4.4 Medidas cardio-circulatorias
As medidas do cora<;:ao e da circula<;:ao assim como a menor massa
muscular e corporal total sao menores na mulher do que no homem. Em todas as
idades os valores tanto absolutos quanto relativos do peso do cora<;:ao da mulher
estao abaixo dos do homem.
Este menor tamanho do cora<;:aoda mulher leva a ela, sob carga, a regular a
maior necessidade de oxigenio principalmente at raves de um aumento nao
economico da frequencia cardiaca. Alem do menor parametro da capacidade
cardiaca, a mulher apresenta tambem menores valores de sangue, eritrocitos e
hemoglobina que 0 homem, (Wei neck, 2000).
2.4.5 Fun~ao respiratoria e esgotamento de oxigenio
No campo da fun<;:ao respiratoria, podemos encontrar, em parte, diferen<;:as
consideraveis nas medidas de homens e mulheres. Aqui principalmente os fatores
constitucionais entram em jogo.
De maneira geral, pode-se dizer que na mulher, as vias respiratorias, fossas
nasais, traqueia e bronquios, sao menores, assim como 0 pulmao, tanto no peso
quanto no seu tamanho, (Schonholzer, apud Weineck, 2000).
Para Wei neck, (2000), assim como nas medidas cardiacas, as pulmonares
apresentam tambem valores absolutos e relativos menores na mulher do que no
homem.
Em se tratando de esgotamento e aproveitamento periferico de oxigenio, a
mulher esta em desvantagem em rala<;:aoao homem. Segundo Neumann & Buhl,
29
apud Weineck, (2000), essa desvantagem e devido a menor massa muscular e apior capilariza<;:ao do musculo nao treinado da mulher.
A capacidade de metabolismo aerobico na mulher e diminufda devido ao
menor numero e tamanho das mitoc6ndrias. A absor<;:ao maxima de oxigenio esta
correlacionada com a densidade de volume das mitocondrias, centralmente
localizadas, que e cerca de 20% menor nas mulheres, (Wei neck, 2000).
Neumann & Buhl, apud Weineck, (2000), diz que existem tambem entre
mulher e hom em diferen<;:as a nfvel dos depositos celulares de energia. Na mulher
encontra-se intra-celularmente, em depositos semelhantes de glicogenio, que sob
carga de resistencia, se manifesta at raves de uma mobiliza<;:ao de gordura maior.
Segundo Wei neck, (2000), a absor<;:ao maxima de oxigenio, como criterio
bruto da capacidade de resistencia, e mais baixa na mulher tanto absoluta quanto
relativamente.
2.4.6 Metabolismo basal
o metabolismo basal da mulher se comparado com 0 do homem e cerca de
10% menor.
Por um lade a melhor isola<;:ao termica, devido ao maior tecido adiposo
subcutaneo, 0 que leva a uma menor perda de calor e uma das raz6es para 0
menor metabolismo basal da mulher. Por outro lado, as diferentes parcelas de
gordura/musculo. Tanner, apud Weineck, (2000), coloca que como a musculatura,
gasta mais oxigenio que 0 tecido adiposo, tanto em repouso quanto em atividade, a
menor porcentagem de massa muscular da mulher necessita de menor quantidade
de energia. Alem disso aparentemente os estero ides androgenos ainda provocam
30
um estimulo especifico sobre 0 metabolismo basal, podendo ajudar a explicar seu
aumento no homem.
2.4.7 Regula~aode calor
Eo basicamente menor a tolerancia ao calor nas mulheres e a possibilidade de
termorregulayao e biologicamente men os acentuada que nos homens. No geral, a
reayao a estimulos de calor e menos favoravel nas mulheres que nos homens e a
sua capacidade de desempenho atinge mais cedo 0 limite, sob carga de calor,
(Weineck,2000).
Nao se pode observar nas mulheres temperaturas tao altas quanto nos
homens em situayoes onde 0 ha excesso de produyao end6gena de calor, como e 0
caso por exemplo de cargas esportivas.
As mulheres sob uma mesma carga que os homens, mostram devido a uma
menor disposiyao de glandulas sudoriparas, uma taxa de transpirayao menor que os
homens. As mulheres comeyam a secretar suor a uma temperatura mais alta que os
homens. Isto indica que frente a um aumento da produyao~de calor as mulheres
reagem mais forte primeiro com a dilatayao dos vasos, ou seja, com adaptayoes
vasomotoras, (Hollmann & Mader, apud Weineck, 2000).
Segundo Israel, apud Weineck, (2000), os homens sao mais tolerantes que
as mulheres em relayao a perda de agua, causada pela transpirayao, pois ja em um
grau menor de desidratayao as mulheres mostram sinais de esgotamento. Mesmo
as mulheres adaptadas ao calor reagem a uma exposiyao da mesma forma que
homens nao treinados ou nao climatizados.
31
2.4.8 Esporte e menstruay8.o
Para Weineck, (2000), 0 cicio menstrual e composto por uma sequencia, que
sempre se repete, a menstruayao, lase prolilerativa e lase do corpo amarelo ou
Corpus luteum.
A entrada da primeira menstruayao e dependente do desenvolvimento do teor
de gordura. Em geral se a parcela atingir 17% da substancia corporal, ocorre na
men ina a primeira menstruayao.
o cicio menstrual, em media, dura 28 dias, sendo que a ovulayao,
normalmente, ocorre no 14° dia.
Biickler (em Pahlke & Smitka), apud Weineck, (2000), divide 0 cicio menstrual
em lase da menstruayao que vai do 1° ao 4° dia, lase pos-menstrual do 5° ao 11°
dia, lase intermentrual do 12° ao 22° dia e lase pre-menstrual do 23° ao 28° dia.
Nas mulheres 0 desempenho ideal e em sua maioria alcanyado na lase pos-
menstrual, e imagina-se que isso seja causado pela crescente taxa de estrogeno e a
ativayao do cortex da supra-renal, que paralelamente ocorre, provocando maior
secreyao de noradrenalina, (Biickler, apud Weineck, 2000). Aiem disso, a coiocayao
parassimpatica do sistema nervoso vegetativo estimula a posiyao inicial lavoravel.
Para Pahlke & Smitka, apud Weineck, (2000), enquanto a lase intermenstrual
e considerada uma lase relevante para a avaliayao da capacidade de desempenho,
pois somente a epoca em tome da ovulayao pode levar a determinados disturbios, a
lase pre-menstrual, que solre inlluencia da progesterona, especial mente os dias
imediatamente antes da menstruayao, e considerada como a lase de capacidade de
desempenho reduzida. Keul et aI., apud Weineck, (2000), coloca que neste perfodo,
a capacidade de concentrayao e reduzida, assim como ladiga muscular e nervosa
32
mais rapida. Pemoll et al. (em Israel, 1979), apud Wei neck, (2000), citam 0 efeito da
progesterona sobre 0 centro respiratorio como causador da hiperventila9ao, com
piora do equivalente respiratorio.
A maio ria das mulheres atinge um desempenho igual ou ate mesmo melhor
durante a menstrua9ao, a minoria sofre uma diminui9ao do desempenho, mesmo
essa tendo propor90es reduzidas, (Noecker, apud Wei neck, 2000). Principalmente
nos desempenhos de longa dura9ao ocorre diminui9ao. Nos desempenhos de
velocidade, observa-se uma melhora esporadica, que deve ser atribufda a maior
sensibilidade do sistema nervoso vegetativo aos estfmulos neste periodo,
(Bausenwein; Findeisen, Linke & Pickenhain, apud Wei neck, 2000).
Deve-se admitir, que para os parametros psicologicos, durante a
menstrua9ao, maiores prejuizos, pelo tato do sangramento ser geralmente
percebido como inibidor do desempenho, (Pahlke & Smitka, apud Weineck, 2000).
Mesmo sa ben do, segundo Israel, apud Weineck, (2000), que a perda de sangue
durante a menstrua9ao nao influencie na capacidade de desempenho.
o esporte tem influencia sobre a menstrua9ao dependendo do tipo de
treinamento, de sua intensidade e do grau de pratica da atividade esportiva. As
mulheres que praticam regularmente algum esporte queixam-se menos de
disturbios que as nao esportistas, (Weineck, 2000).
o esporte nao influencia a menstrua9ao, em cerca de tres quartos das
mulheres. Porem, aconselha-se tomar cuidado ou mesmo limitar a carga esportiva,
no caso de surgimento de dores menstruais mais fortes.
33
2.5 CAPACIDADES FISICAS
2.5.1 Resistencia
Capacidade de executar um movimento durante um longo periodo, sem que
ocorra perda aparente da efetividade do movimento. A qualidade da resistencia e
determinada pelo sistema cardiorrespiratorio, pelo metabolismo, pelo sistema
nervoso, pelo sistema organico, pela coordena<;:ao dos movimentos e pelos
componentes psiquicos, (Grosser, apud Barbanti, 1986).
Weineck, (2004), define resistencia como a capacidade geral psicoffsica de
tolerar a fadiga em sobrecargas de longa dura<;:ao, assim como a capacidade de se
obter uma rapida recupera<;:ao apos estas sobrecargas.
Resistencia ffsica e a capacidade de todo 0 organismo, bem como de cad a
sistema parcial, de resistir a fadiga. Resistencia psiquica compreende a capacidade
do esportista resistir, durante 0 maior tempo possivel, a um estfmulo que exige q
uma carga seja interrompida, (Frey, apud Wei neck, 2000).
Para Barbanti, (2003), resistencia e a capacidade de sustentar uma
determinada carga de trabalho 0 maior tempo possivel sem fadiga. Tambem e a
capacidade dos seres humanos de resistir a fadiga decorrente de um stress ffsico
ate 0 final da tarefa e em alguns casos ate a exaustao.
Tanto Barbanti como Weineck dividem a resistencia em, Resistencia Aerobica
e Resistencia Anaerobica, alem das resistencias especificas.
Resist€mcia na Mulher
A mulher, comparada ao homem, possui uma menor capacidade de
resistencia, isto devido as menores medidas cardiopulmonares. No entanto, a mulher
nao se torna menos capaz de suportar cargas de resistencias que 0 homem,
(Weineck, 2000).
Segundo Hollmann & Mader, apud Weineck, (2000), a mulher mesmo
possuindo uma menor capacidade cardiopulmonar maxima, con segue ser tao capaz
como 0 homem em suportar carga.
Weineck, (2000), coloca que a mulher apresenta uma boa capacidade de
suportar cargas aer6bicas e apresenta, tambem, uma alta capacidade anaer6bica.
Com 0 aumento da capacidade de resistencia, 0 numero de mulheres com
disturbios no cicio menstrual (amenorreia) aumenta.
A diminuic;:ao da gordura do corpo, que e condicionada ao treinamento esta
diretamente relacionado a ocorrencia de amenorreia. Se 0 teor de gordura for menor
que 12,11 %, a menstruac;:ao na mulher cessara. Isto nao e uma doenc;:a e sim um
fenomeno de adaptac;:ao.
Ocorrendo a reduc;:ao do volume de treinamento e alcanc;:ando um percentual
do teor de gordura maior, a menstruac;:ao volta a ocorrer, (Jokl, apud Weineck, 2000).
2.5.2 Forc;:a
Para Barbanti, (2003), forc;:a e a capacidade de exercer ten sao contra uma
resistencia, ocorrendo por meio de diferentes al(oes musculares.
Caracterfstica humana com a qual se move uma massa, sendo essa 0 seu
proprio corpo ou um implemento esportivo, habilidade em dominar ou reagir atraves
da a<{ao muscular uma resistencia, (Meusel, apud Barbanti, 1986).
Barbanti, (1986), coloca for<{a de tres formas diferentes: for<{a maxima,
potencia e resistencia de for<{a.
Fon;:a na Mulher
Segundo Weineck, (2000), ate aproximadamente os 12 anos de idade, quase
nao existe diferen<{a entre meninos e meninas no que se refere a for<{a maxima.
Apos a entrada na puberdade e consequentemente do impulso hormonal especifico
do sexo, as diferen<{as aumentam muito, sendo assim no inicio da idade adulta, as
mulheres alcan<{am apenas dois ter<{os da forc;:amaxima dos homens.
Em todas as caracterfsticas de forc;:a as mulheres se mostram infinitamente
inferiores aos homens. Letzelter, apud Weineck, (2000), diz que a maior diferen<{a
esta na forc;:amaxima e na forc;:ade sprint e menor.
Devido a maior formac;:ao de tecido adiposo em relac;:ao ao peso do corpo na
mulher ocorre uma relac;:ao carga-forc;:a desfavoravel, que, bem como as diferentes
propor<{oes de alavanca e 0 menor desenvolvimento da musculatura condicionado
pel os hormonios, havendo uma contribuic;:ao nas diferenc;:as de forc;:a entre os sex~s,
(Weineck, 2000).
36
2.5.3 Velocidade
Entende-se por velocidade a capacidade de executar a<;:6es motoras sob
exigencias dadas em um minima espa<;:o de tempo, (Zaciorsky, apud Barbanti,
1986).
Para Frey, apud Wei neck, (2000), com base na mobilidade dos processos do
sistema nervo-musculo e da capacidade de desenvolvimento da for<;:a muscular,
velocidade e a capacidade de completar a<;:6es motoras, sob determinadas
condi<;:6es, no tempo minimo.
Segundo Hollmann, apud Barbanti, (1986), velocidade e "a maxima rapidez de
movimento que pode ser alcan<;:ada".
A velocidade se manifesta, segundo Weineck, (2000), como velocidade de
rea<;:ao, velocidade aciclica, velocidade ciclica e velocidade de deslocamento. Ja
Barbanti, (1986), diferencia os tipos de velocidade em: velocidade de movimentos
aciclicos, velocidade de locomo<;:ao, velocidade de for<;:ae velocidade especifica do
jogo.
Velocidade na mulher
Weineck, (2000), diz que na velocidade aciclica e ciclica a mulher se mostra
inferior em rela<;:aoao homem.
A menor capacidade de desempenho absoluta da mulher nao esta
relacionada a componentes psicomotores coordenativos da velocidade, devido 0
tempo de rea<;:ao e a frequencia de movimentos, como expressao da atua<;:ao
37
neuromuscular sao semelhantes nos hom ens e nas mulheres. 0 que influencia sao
as medidas que depend em da for~a, (Letzelter et aI., apud Weineck, 2000).
o fato de a mulher possuir uma taxa reduzida de testosterona e 0 principal
fator limitante da velocidade, assim como a for~a, (Weineck, 2000).
Sob exigencias de velocidade, nao referentes exclusivamente a velocidade
como caracteristica coordenativa e nao a formas de manifesta~6es de pen dentes de
for~a, nao se observa diferen~as especificas entre os sexos.
2.5.4 Mobilidade OU Flexibilidade
Para Barbanti, (2003), flexibilidade e a capacidade de realizar movimentos
com apropriada amplitude de movimento em certas articula~6es.
Capacidade e caracteristica do esportista realizar movimentos com grande
amplitude, sozinho ou com influencia de for~as externas em uma ou mais
articula~6es, (Weineck, 2000).
Zaciorsky, apud Barbanti, (1986), se denomina flexibilidade a capacidade
humana de com grande amplitude de oscila~ao numa determinada articula~ao
executar movimentos.
Os tipos de mobilidade ou flexibilidade sao diferenciados, segundo Weineck,
(2000), entre mobilidade geral e especial, ativa e pass iva.
"Em situa~6es praticas ha distin~ao entre flexibilidade estatica, flexibilidade
pass iva e flexibilidade ativa", (Barbanti, 2003).
Mabilidade au Flexibilidade na mulher
Weineck, (2000), coloca que devido a menor densidade dos tecidos, os
ligamentos e musculos da sao mais elasticos e flexiveis nas mulheres do que nos
homens. Sendo assim, segundo Israel, apud Weineck, (2000), as mulheres
possuem, na maioria das articula90es, uma maior amplitude nos movimentos.
A mobilidade da mulher sob influencia posit iva da melhor e mais rapida
capacidade de descontra9ao do musculo, bem como da posi9ao dos ossos dos
membros em forma de x e da col una vertebral 10mbar ser relativamente mais longa,
que aumentam a mobilidade nestas regioes, (Wei neck, 2000).
2.5.5 Agilidade
Capacidade de "executar movimentos rapidos, ligeiros com mudan9as de
dire90es", (Barbanti, 2003).
Grosser, apud Barbanti, (1986), cita a agilidade como velocidade de
movimentos aciciicos, que 13 a rapidez de execu9ao de movimentos com mudan9as
de dire9ao.
Agilidade "13 uma variavel neuro-motora que se caracteriza pela capacidade
de realizar tracas rapidas de dire9ao, senti do e deslocamento da altura do centra de
gravidade de todo 0 corpo ou parte dele", (Stanziola & Prado, citado por Matsudo,
1983, apud Marins, 1998).
Weineck, (2000), relaciona motricidade geral com agilidade. Coloca tambem
agilidade como um sin6nimo de habilidades coordenativas, utilizado na teo ria de
treinamento.
Segundo Bompa, (2002), a capacidade do atleta mudar de dire<;:ao de forma
rapida e eficaz, facilidade em se mover no campo ou enganar 0 adversario na sua
frente com a<;:6es fingidas, denomina-se agilidade. Esta capacidade fisica em sua
maioria e determinada pela genetica, porem ela pode ser treinada.
Niveis elevados de for<;:a (principalmente no que diz respeito a potencia ou
for<;:a rapida), velocidade, coordena<;:ao e resistencia, facilitam 0 desenvolvimento da
agilidade.
A melhora da agilidade beneficiara bastante a maioria dos atletas,
principalmente os praticantes de esportes complexos, como os coletivos.
Para Barbanti, (1986), a for<;:a rapida, a mobilidade articular, a elasticidade
muscular e 0 aperfei<;:oamento do processo nervoso (coordena<;:ao), sao importantes
para a agilidade.
Agilidade na Mulher
Analisando 0 que foi colocado aqui sobre agilidade, percebemos a influencia
de outras capacidades fisica. Partindo deste principio podemos dizer que na mulher
os niveis de agilidade e inferior em rela<;:ao ao homem pois, segundo Weineck,
(2000), as mulheres apresentam uma menor capacidade de resistencia, uma
inferioridade nas caracteristicas de for<;:ae na velocidade (principalmente a acfclica).
40
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
Esse trabalho se caracteriza como sendo uma pesquisa descritiva
comparativa conforme Thomas e Nelson (2002). Onde os problemas podem ser
resolvidos e as praticas melhoradas por meio da observa9ao, analise e descri9ao
objetivas e complexas, alem de comparar dois grupos distintos ou nao.
3.2 POPULA9AO E AMOSTRA
3.2.1 Popular;ao
A popula9ao desse trabalho e composta por atletas praticantes de Futsal dos
Colegios Decisivo Cristo Rei e Martinus, alem de nao praticantes de Futsal do
Colegio Decisivo Cristo Rei, sendo todas do sexo feminino com idade compreendida
entre 14 e 16 anos.
3.2.2 Amostra
Foram analisadas 10 atletas praticantes de Futsal, do sexo feminino, com 0
minima de 2(dois) anos de treinamento, escolhidos intencionalmente e 10 nao
praticantes de Futsal.
41
3.3 INSTRUMENTO
o instrumento utilizado nesse trabalho loi 0 teste denominado "Shuttle Run"
(Johnson & Nelson, apud Marins, 1998), sendo realizada algumas adapta<;:6es em
rela<;:ao ao protocolo citado no livro. As altera<;:6es loram: uso de cones vazados no
lugar dos blocos de madeira e utiliza<;:ao da distancia de 9 metros (Pires Neto, 1988).
3.4 MATERIAlS
Cone vazado com 23cm de altura da marca Sany
Balan<;:a com medidor de altura da marca Filizole
Cron6metro Timex, modelo TI5G811 N (centesimal)
Trena Vonder plus
Fichas Praticantes de Futsal (apendice 1)
Fichas Nao Praticantes de Futsal (apendice 1)
3.5 COLETA E ANALISE DE DADOS
Houve coleta de dados antropometricos da massa corporal (kg) e estatura
(cm), conlorme a padroniza<;:ao de Gordon et al (1988). Os tempos das
praticantes de Futsal foram coletados em dia de treinamento e os tempos das nao
praticantes coletados durante a aula de Educa<;:ao Ffsica do colegio, sendo
utilizado para coleta dos tempos 0 teste de agilidade "Shuttle Run" com base no
protocolo pre-estabelecido, para uma analise posterior dos dados obtidos.
42
Para a analise dos dados, loi utilizada a estatistica descritiva, interpretativa e
o teste t independente de Student, sendo p< 0,05.
3.6 LlMITA<;6ES
Nao loi possivel aplicar 0 teste no mesmo dia, horario e local, devido a
normas e horarios estabelecidos pelos colegios.
Devido 0 teste ter side aplicado, nas nao praticantes de Futsal, durante a aula
de Educa<;:ao Fisica, nao houve como solicitar 0 usa de vestimenta igual a das
praticantes. Sendo assim algumas alunas estavam vestidas de cal<;:a de unilorme,
enquanto as praticantes estavam de cal<;:ao.
Nao foi observado 0 mesmo empenho e interesse em todas as avaliadas,
portanto alguns tempos poderiam ter side melhores em todos os grupos avaliados.
Nao houve acompanhamento dos treinamentos das atletas, 0 que limita a
avalia<;:ao, baseando-se apenas nos resultados obtidos e nao em uma analise mais
aprofundada da real inlluencia do treinamento do Futsal na agilidade.
43
4 APRESENT AC;Ao E DISCUssAo DOS RESULTADOS
Os quadros mostram os dados coletados no dia em que foram realizados os
testes. Podemos observar no Ouadro 1, que existe diferen<;:a no tempo de pratica
das atletas variando de 2 a 7 anos de pratica, podemos perceber tambem que no
Ouadro 2, existem 2 subgrupos 0 das que praticam algum outro tipo de esporte e 0
das que nao praticam nenhum tipo de esporte.
Quadro 1 - Dados coletados das praticantes de Futsal.
Nome Idade Pe50 (kg) Altura (m) Temp. Temp. 1 Temp. 2 Media
Pratic. (5eg) (5eg) (5eg)
AIIet. 1 16 58,5 1,62 2 10,8 11,2 11,0
AIIet. 2 14 53,2 1,61 2 11,2 10,6 10,9
AIIet. 3 16 53 1,68 2 11,5 10,6 11,05
AIIet. 4 14 69,8 1,59 2 11,6 11,6 11,6
AIIet. 5 16 53,2 1,64 3 10,6 10,4 10,5
AIIet. 6 15 48,4 1,60 3 10,8 10,6 10,7
AIIet. 7 16 56 1,65 4 10,3 9,9 10,1
AIIet. 8 16 52,4 1,63 7 10,4 9,8 10,1
AIIet. 9 16 45,5 1,48 7 10,2 9,7 9,95
AIIet. 10 15 52 1,61 7 10,8 10,2 10,5
Quadro 2 - Dados coletados das nao praticantes de Futsal.
Nome Idade Pe50 (kg) Altura (m) Pratic. Temp. 1 Temp. 2 Media
E5porte (5eg) (5eg) (5eg)
1 16 55,5 1,67 Handebol 11,6 11,6 11,6
2 16 56 1,68 Voleibol 11,1 11,7 11,4
3 16 58 1,66 Basquete 12,2 11,8 12,0
4 16 54 1,61 Nata,ao 11,3 11,6 11,45
5 16 45 1,57 Nao 12,8 12,5 12,65
6 16 46 1,61 Nao 13,6 13,0 13,3
7 16 51,5 1,63 Nao 12,3 12,5 12,4
8 16 52 1,67 Nao 11,6 11,9 11,75
9 16 55,8 1,73 Nao 13,7 12,4 13,05
10 16 60,5 1,63 Nao 12,6 12,2 12,4
o melhor tempo no teste obtido pelas avaliadas, em sua maio ria, foi
alcanc;:ado na segunda tentativa. Pod em os dizer que isso se deve ao fato de que na
segunda passagem as avaliadas ja conheciam 0 teste, divido 0 mesmo ter sido
executado uma vez.
Nenhuma das avaliadas se encontrava em periodo menstrual.
Com base nos dad os contidos nos Quadros 1 e 2, foram realizados calculos
estatisticos demonstrados nas tabelas a seguir.
Tabela 1 - Estatlstica descritiva das praticantes de Futsal.
Idade MC Est. IMC Test. Agilid. Test. Agilid. .1:do test. de
(Kg) (m) (Kg/m2) 1 (seg) 2 (seg) Agilid. (seg)
Media 15,40 54,20 1,61 20,90 10,82 10,46 10.64
Desvio padrao 0,84 6,54 0,05 2,56 0,48 0,60 0,51
VarianCfa 0,71 42,88 0,003 6,56 0,23 0,36 0,26
Amplitude 2,0 24,30 0,20 8,83 1,40 1,90 1,65
Minimo 14,0 45,50 1,48 18,78 10,20 9,70 9,95
Maximo 16,0 69,80 1,68 27,61 11,60 11,60 11,60
x = media
A media do tempo de pratica das atletas praticantes de Futsal encontra-se em
3,9 anos tendo como maximo de 7 anos de pratica e minima de 2 an os e que as
avaliadas possuem uma idade media de 15,4 anos. E considerando que as atletas
avaliadas possuem uma estatura media de 1,62 (m). com massa corporal media de
54,20 (Kg). A media do indice de massa corporal das praticantes encontra-se dentro
dos padroes considerados bons.
Podemos observar que 0 melhor tempo obtido no teste de agilidade pelas
praticantes de Futsal e de 9,70 seg. eo pior e de 11,60 seg ..
45
Tabela 2 - Estatistica descritiva das nao praticantes de Futsal.
Idade MC Est. IMC Test. Agilid. Test. Agilid. :r do test. de
(Kg) (m) (Kg/m') 1 (seg) 2 (seg) Agilid. (seg)
Media 16,0 53,43 1,64 19,70 12,28 12,12 12,20
Desvio padriio 0,0 4,94 0,04 1,52 0,90 0,47 0,66
Varian'fa 0,0 24,41 0,002 2,31 0,82 0,22 0,44
Amplitude 0,0 15,50 0,16 5,02 2,60 1,40 1,90
Minimo 16,0 45,0 1,57 17,75 11,10 11,60 11,40
Maximo 16,0 60,50 1,73 22,77 13,70 13,0 13,30
.-x ~media
Podemos observar que nao houve diferen~a na idade das avaliadas, que
possuem uma estatura media de 1,64 (m) e uma massa corporal media de 53,43
(Kg). Com base nesses dados podemos dizer que 0 grupo das nao praticantes de
Futsal encontra-se em media com 0 [ndice de massa corporal um pouco abaixo do
que e considerado bom.
A media do tempo obtido no teste de agilidade pelas nao praticantes de Futsal
e de 12,20 seg., sendo 11,10 seg. 0 melhor tempo e 13,70 seg. 0 pior.
Tabela 3 - Teste t de Student para grupos independentes para 0 teste de
agilidade entre 0 grupo de praticantes e nao praticantes de Futsal.
Variaveis de T calc GL Probabilidade Diieren'fa Media
Estudo Entre os Testes
Idade -2,25 18 0,03' -0,60
Massa Corporal 0,29 18 0,77 0,77
Estatura -1,58 18 0,13 -0,3
IMC 1,26 18 0,22 1,19
Teste Agilidade 1 -4,49 18 0,001' -1,46
Teste Agilidade 2 -6,82 18 0,001' -1,66
X do Teste de -5,84 18 0,001' -1,56
Agilidade
- p<0,05
Os dados da analise estatfstica, pelo teste t independente, demonstram que,
existe diferen~a significativa entre as idades, resultados do Teste1, resultados do
Teste 2 e conseqOentemente na media do teste de agilidade.
Tempo Medio das Praticantes de Futsal
7co
"..,'coC.Q) 3-4"<J)0c:«
2
9,6 9,8 10 10,2 10,4 10,6 10,8 11 11,2
Tempo media (seg)
G"ifico 1 - Tempo Medio dos Praticantes de Futsal em Rela9ao aos Anos de Pratica.
Podemos observar neste grafico que as atletas com 2 anos de pratica
obtiveram um tempo medio de 11,14 seg., as com 3-4 anos de pratica 10,44 e as
com 7 anos de pratica conseguiram obter 10,18 seg .. Com base nesses resultados
podemos dizer que quanto maior 0 tempo de pratica menor e 0 seu tempo no Teste
de Agilidade.
Tempo Medio das Nao Praticantes de Futsal
Pralicanles deoulros esportes
Nao pralicanles
11 11,5 12 12,5
Tempo Media (seg)
Grafico 2 - Tempo Medio dos Nao Praticantes de Futsal, Comparando as que Praticam Outros Esportes eas que Nao Praticam.
46
13
47
Neste grafico observamos que 0 Tempo medio das avaliadas que nao
praticam nenhum tipo de esporte e de 12,59 seg., enquanto que as que praticam
algum tipo de esporte obtiveram 11,61 seg .. Mostrando assim que a pratica esportiva
tem inlluencia no tempo do Teste de Agilidade, provavelmente isto se deve ao
treinamento que e leito quando se pratica qualquer tipo de esporte. Pois como ja
visto neste trabalho varias capaGidades fisicas inlluenciam no desenvolvimento da
agilidade.
Compara9ao Entre Pratcantes e Nao Praticantes de Futsal
Praticantes deFutsal
o Media Teste 1
o Media Teste 2
• Media GeralNao Praticantes
de Futsal
9,5 10 10,5 11 11,5 12 12,5
Tempo (seg) I------------------------ -------------------------~
Grafico 3 - ComparaC;8o dos Tempos Obtidos no Teste Entre Praticantes e Nao Praticantes de Futsal.
Neste grafico podemos perceber que em todas as medias dos tempos obtidos
no Teste de Agilidade as praticantes de Futsal demonstraram que possuem uma
melhor agilidade que as nao praticantes de Futsal.
48
5 CONCLUSOES E SUGESTOES
o objetivo geral de Investigar 0 tempo no teste de agilidade entre praticantes
e nao praticantes de Futsal Feminino com idade entre 14 e 16 anos, foi atingido,
mesmo com as limita<;:oes encontradas, sendo satisfatorio os resultados obtidos.
Com base nos resultados deste estudo podemos concluir que a pratica
esportiva desenvolve uma melhor agilidade se compararmos com aquelas pessoas
que nao praticam nenhum tipo de esporte.
Foram determinados objetivos especfficos para essa pesquisa, sendo todos
eles concretizados com 0 decorrer do trabalho.
Atraves da coleta de dados antropometricos e de perguntas, foi possivel
tra<;:ar0 perfil das avaliadas. Atraves das perguntas pode-se saber a idade, tempo de
pr<i.tica, se pratica algum outro esporte e se estava em perfodo menstrual.
o objetivo de avaliar 0 tempo de deslocamento no teste de agilidade, foi
alcan<;:ado atraves do teste "Shuttle run", sendo satisfatorio os resultados
encontrados.
Os resultados obtidos em rela<;:ao ao objetivo deste trabalho, 0 de comparar 0
tempo de agilidade entre as praticantes e nao praticantes de Futsal, permitiram a
conclusao de que as praticantes de Futsal possuem de forma significativa um melhor
tempo de agilidade que as nao praticantes.
Como ultimo objetivo, de comparar a rela<;:ao entre tempo de pratica e 0
tempo no teste de agilidade, vemos que quanto maior 0 tempo de pratica, melhor eo
seu tempo de agilidade.
49
Sugiro que este trabalho seja aprofundado observando 0 desenvolvimento de
praticantes de Futsal antes, durante e depois, um plano de treinamento. Sugiro
tambem que se analise 0 desenvolvimento da agilidade nas nao praticantes
interessadas em praticar este esporte, podendo assim comprovar com maior
precisao a influencia do Futsal no nfvel de agilidade.
50
Referencias
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__ , Diciomirio de Educa~ao Fisica e Esporte. 2. ed. Barueri: Manole, 2003.
BOMPA, T. O. Treinamento Total para Jovens Campeoes. Barueri: Manole, 2002.
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FERRETTI FUTSAL, http://www.ferrettifutsal.com/ Acesso em: 04 Set 2006
MARINS, J. C. B. Avalia~ao e Prescri~ao de Atividade Ffsica: Guia Pratico. 2 ed.Rio de Janeiro: Shape, 1998.
PEDAGOGIA DO FUTSAL. Regras do Esporte.Disponivel em: http://www.pedagogiadofutsal.com.br/regras.phpAcesso em: 04 set 2006
SANCHES, V. D. e BORIM, J. M. Historia e Evolur;;ao do Futsal Feminino no Parana.Disponivel em: http://www.pedagogiadofutsal.com.br/outras_palavras_024.phpAcesso em: 04 set 2006
SANCHES, V. D. e BORIM, J. M. Historia e Evolur;;ao do Futsal Feminino no Brasil.Disponivel em: http://www.pedagogiadofutsal.com.br/outras_palavras_023.phpAcesso em: 04 set 2006
SANTANA, W. C. Contextualizar;;ao Hist6rica do Futsal.Disponivel em: http://www.pedagogiadofutsal.com.br/historia.phpAcesso em: 04 set 2006
THOMAS, J.R.; NELSON, J.K. Metodos e Pesquisa em Educa~ao Fisica. 3 ed.Porto Alegre: Artmed, 2002.
WEI NECK, J. Biologia do Esporte. Sao Paulo: Manole, 2000.
__ , Futebol Total: 0 Treinamento Fisico no Futebol. Guarulhos: Phorte, 2004.
51
Apendices
52
Ap€mdice 1.
PRATICANTES
NOME:
IDADE: IPESO: IALTURA:ANOS PRATICA:
IESTA EM PERIODO MENSTRUAL?
( )SIM ( )NAO
TESTE TEMPO OBSERVA90ES
NAo PRATICANTES
NOME:
IDADE: I PESO: IALTURA:PRATICA ALGUM ESPORTE?
IJA PRATICOU?
IQUAL?
( )SIM ( )NAO ( )SIM ( )NAO
POR QUANTO TEMPO? ESTA EM PERIODO MENSTRUAL?
( )SIM ( )NAO
TESTE TEMPO OBSERVA90ES