Comparacao Da Incerteza

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Escola de Engenharia Mackenzie Comparação da Incerteza de Medição entre ensaios CBR e Mini CBR em Solos para Pavimentação Mirella Pennacchi Assali e Rita Moura Fortes Universidade Presbiteriana Mackenzie Departamento de Engenharia Civil Rua Itambé, 45 – Prédio 6 – Higienópolis 01239-902 – São Paulo – Brasil [email protected] e [email protected] Resumo Este trabalho foi idealizado com a finalidade de contribuir para a validação dos resultados de ensaio de Mini CBR (California Bearing Ratio), utilizado pela metodologia MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) que foi desenvolvida para atender as peculiaridades dos solos de clima tropical. Este ensaio tem substituído com vantagem o ensaio do CBR, desenvolvido em países de climas frios e temperados, cujos parâmetros são utilizados para o dimensionamento de pavimentos flexíveis. É apresentada uma comparação entre os dois ensaios (CBR e Mini CBR) e o desenvolvimento do cálculo de incerteza de medição para os dois métodos. Abstract This paper was idealized with the purpose to contribute for validation of Mini CBR test (California Bearing Ratio), used for MCT methodology (Miniature, Compact, Tropical) which was developed to take care of tropical soils peculiarities. This test has used with advantage instead the CBR test, developed in tempered climates, countries whose used parameter for design of asphalt pavements. The comparison between two tests (CBR and Mini CBR) is made and the measurement uncertainly is developed. 1

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16. ASSALI, Mirella Pennacchi; FORTES, Rita Moura e CYMROT, Raquel. “Comparação da Incerteza de Medição entre os ensaios CBR e Mini CBR”, 34ª Reunião Anual de Pavimentação, ABPv – Associação Brasileira de Pavimentação, Campinas – SP, Brasil, 24 a 28 de agosto de 2003.

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  • Escola de Engenharia Mackenzie

    Comparao da Incerteza de Medio entre ensaios CBR e

    Mini CBR em Solos para Pavimentao

    Mirella Pennacchi Assali e Rita Moura Fortes

    Universidade Presbiteriana Mackenzie

    Departamento de Engenharia Civil

    Rua Itamb, 45 Prdio 6 Higienpolis

    01239-902 So Paulo Brasil

    [email protected] e [email protected]

    Resumo

    Este trabalho foi idealizado com a finalidade de contribuir para a validao dos

    resultados de ensaio de Mini CBR (California Bearing Ratio), utilizado pela

    metodologia MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) que foi desenvolvida para

    atender as peculiaridades dos solos de clima tropical. Este ensaio tem substitudo com

    vantagem o ensaio do CBR, desenvolvido em pases de climas frios e temperados, cujos

    parmetros so utilizados para o dimensionamento de pavimentos flexveis.

    apresentada uma comparao entre os dois ensaios (CBR e Mini CBR) e o

    desenvolvimento do clculo de incerteza de medio para os dois mtodos.

    Abstract

    This paper was idealized with the purpose to contribute for validation of Mini

    CBR test (California Bearing Ratio), used for MCT methodology (Miniature, Compact,

    Tropical) which was developed to take care of tropical soils peculiarities. This test has

    used with advantage instead the CBR test, developed in tempered climates, countries

    whose used parameter for design of asphalt pavements. The comparison between two

    tests (CBR and Mini CBR) is made and the measurement uncertainly is developed.

    1

  • Escola de Engenharia Mackenzie 1 INTRODUO

    Os mtodos de estudo de solos para rodovias utilizados nos pases em

    desenvolvimento so geralmente aqueles originados em pases j desenvolvidos,

    principalmente de climas frios e temperados. Estes mtodos baseiam-se na

    determinao de propriedades-ndice de solos (limite de liquidez, ndice de plasticidade,

    granulometria). Geralmente, essa determinao completada pela obteno das

    caractersticas de compactao dos solos (Ensaio de Proctor) e de capacidade de suporte

    (ISC- ndice Suporte Califrnia ou CBR- California Bearing Ratio) dos solos.

    (NOGAMI, VILLIBOR, 1983)

    Uma das limitaes desses mtodos deve-se ao fato de que eles no levam em

    considerao as peculiaridades dos solos que ocorrem nas regies tropicais, tais como

    os solos laterticos e saprolticos. (NOGAMI, VILLIBOR, 1995)

    Isso faz com que, freqentemente, utilize-se inadequadamente os solos das

    regies tropicais e se adote critrios de projeto, construo e de conservao

    incompatveis com o desempenho desses solos devido s peculiaridades climticas

    inerentes das regies tropicais.

    Como os procedimentos tradicionais de construo de rodovias no levam em

    considerao tais peculiaridades, foi necessrio o desenvolvimento de uma nova

    metodologia de estudos de solos, que foi designada de MCT (Miniatura, Compactado,

    Tropical), pelo fato de se basear nas propriedades determinadas em amostras de

    dimenses reduzidas (corpos de prova de 50mm de dimetro (miniatura), ou de 26mm

    de dimetro (sub-miniatura)), compactados e adequados ao estudo de solos tropicais.

    (NOGAMI, VILLIBOR, 1983)

    2

  • Escola de Engenharia Mackenzie A metodologia MCT envolve um conjunto de ensaios e determinaes

    geotcnicas de solos (compactao, perda de massa por imerso, permeabilidade,

    soro, contrao, Mini CBR e o ensaio da pastilha, entre outros).

    O estudo da incerteza de medio desses dois ensaios, o CBR, que foi

    desenvolvido em pas de clima frio e temperado e o ensaio Mini CBR, que pertence

    metodologia desenvolvida para pases de climas tropicais, que estuda principalmente as

    fraes de solos que passam na peneira de abertura 2mm (DER M191,1988), ser

    apresentado neste trabalho.

    2 ENSAIO CBR E MINI CBR

    Para o dimensionamento da estrutura de um pavimento at a escolha dos

    materiais constituintes de suas camadas, prevalece no meio rodovirio o uso de critrios

    tradicionais (metodologia), desenvolvidos em pases de climas frios e temperados.

    Esses critrios baseiam-se na determinao dos ndices classificatrios de solos

    (limite de liquidez, ndice de plasticidade, granulometria). Geralmente essa

    determinao completada pela obteno das caractersticas de compactao, da

    capacidade de suporte CBR e expanso dos solos. (ZUPPOLINI NETO, 1997;

    NOGAMI; VILLIBOR, 1983)

    Essa metodologia adotada oficialmente por quase todos os rgos rodovirios,

    o que no recomendvel em certas regies do Brasil, que possuem clima tropical,

    fazendo com que, freqentemente, se utilize inadequadamente os solos dessas regies,

    rejeitando-se solos com bom desempenho e muitas vezes utilizando solos inadequados,

    com comportamento deficiente, que no corresponde ao comportamento esperado

    conforme a metodologia tradicional.

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  • Escola de Engenharia Mackenzie Como conseqncia da utilizao inadequada de solos tropicais, foi

    desenvolvida uma metodologia designada MCT a qual apropriada para este tipo de

    solo e envolve um conjunto de ensaios e determinaes geotcnicas tais como

    compactao, soro, perda de massa por imerso, permeabilidade, contrao, Mini

    CBR e pastilha. (NOGAMI; VILLIBOR, 1995)

    O ensaio Mini CBR, que permite a avaliao da capacidade de suporte na

    metodologia MCT, possui a vantagem em relao ao ensaio do CBR de utilizar uma

    menor quantidade de solo, pois o ensaio realizado com corpos de prova de dimenses

    reduzidas (50mm de dimetro), conforme ilustrado na Figura 1 que mostra uma

    comparao dimensional entre os moldes cilndricos para os dois ensaios e a figura 2

    que apresenta algumas caractersticas desses ensaios.

    Figura 1- Diferena de dimenses dos cilindros de CBR e Mini CBR;

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  • Escola de Engenharia Mackenzie

    Cinco camadas de solo

    Soquete grande

    Molde grande

    3 a 5 camadas de solo

    Soquete pequeno

    Molde pequeno

    (a)

    disco espaador

    Figura 2- Comparao entre corpos de prova dos ensaios Mini CBR e CBR

    respectivamente. (FORTES (a) (b), 2002)

    2.1 ENSAIO CBR

    Este ensaio pertencente metodologia proposta por Porter e introduzida no Brasil

    pelo engenheiro T. D. S. Brando em 1967. Tem por objetivo determinar o ndice

    Suporte Califrnia, onde medida a resistncia penetrao (pisto de

    aproximadamente 19,35 cm2 ou 3 pol2 que penetra o corpo de prova com a velocidade

    de 1,27mm/min ou 0,85 pol/min) de uma amostra saturada compactada segundo o

    mtodo Proctor.

    O valor da resistncia dado em porcentagem sendo que 100% o valor

    correspondente penetrao em uma amostra de brita (tomada como padro) de alta

    qualidade.

    So utilizadas amostras deformadas, no reusadas, de material que passa pela

    peneira 19mm, com um mnimo de 5 corpos de prova de aproximadamente 153mm de

    dimetro. (FORTES (a), 2002).

    2.2 . ENSAIO MINI CBR

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  • Escola de Engenharia Mackenzie O conjunto de ensaios Mini CBR e associados foram desenvolvidos pelo professor

    Nogami na dcada de 80, com a finalidade de simplificar os procedimentos de

    compactao e determinao dos ndices de capacidade de suporte e expanso,

    reduzindo a quantidade de material necessrio, exigido menor esforo na execuo,

    alm de complementar a metodologia MCT.

    Este ensaio pode ser realizado na energia normal, com 5 golpes de soquete pequeno

    por face do corpo de prova ou na energia intermediria, com 6 golpes de soquete grande

    por face do corpo de prova. (DER M192,1989)

    O procedimento adotado no caso do ensaio Mini CBR similar ao tradicional, sendo

    que o tempo de imerso que de 24 horas alm de outras adaptaes decorrentes do uso

    de corpos de prova de dimenses reduzidas. Na tabela 1 so apresentadas as principais

    caractersticas desse ensaio. (FORTES, 2002 (a); FORTES & MERIGHI, 2003)

    TABELA 1

    Ensaio de Capacidade de Suporte Mini CBR (FORTES & MERIGHI, 2003)

    APARELHAGEM CARACTERSTICAS

    APLICAES DOS

    RESULTADOS

    COMPACTADOR:

    PISTO: Mini ( 16 mm); Sub Mini ( 8 mm)

    CARGA:

    - Esttica, penetr. de 1,25

    mm/min.

    - Dinmica, 1 golpe

    soquete compactador.

    Mtodo de Ensaio

    DNER ME 254/89

    DER/SP M 192

    Dimensionamento de

    pavimentos.

    Escolha de solos para

    reforo do subleito, bases e

    acostamentos.

    SOLO SOLO

    SOBRECARGA

    PLACA POROSA

    CARGA

    RELGIO COMPARADOR

    2 EXPANSO1 PENETRAO

    PISTO

    GUA

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  • Escola de Engenharia Mackenzie 3. CONFIABILIDADE METROLGICA E CLCULO DE INCERTEZA

    DE MEDIO

    O desenvolvimento da cultura metrolgica, que resulta em ganhos de

    produtividade, qualidade dos produtos e servios, reduo de custos e eliminao de

    desperdcios, vem sendo utilizada como estratgia permanente dos laboratrios. Dentro

    desta cultura, a metrologia que abrange todos os aspectos tericos e prticos relativos s

    medies qualquer que seja a incerteza, em qualquer campo da cincia e tecnologia;

    conduz a uma maior confiabilidade das medies. (OLIVIERI, 2000; INMETRO, 2000)

    Os resultados obtidos em medies empricas estabelecidas por um dado

    equipamento ou metodologia podem ser teis em algumas situaes, porm, estes dados

    devem ser utilizados com devidas consideraes e limitaes. (OLIVIERI, 2000;

    INMETRO, 2000)

    Em geral uma medio tem imperfeies que do origem a um erro no seu

    resultado. Os dois componentes dos erros so, o aleatrio e o sistemtico. Os erros

    sistemticos significativos ocorrem devido a condies adversas do laboratrio, e erros

    devido ao operador, podendo ter origem em modificaes no permitidas na

    metodologia e/ou equipamento no calibrado e os erros aleatrios significativos que

    ocorrem devido a variabilidade dentro do laboratrio, podendo ter origem em erros

    ocasionais (erro de leitura, erro de clculo, erro de converso de valores, erro de

    transcrio de resultados etc). (BIPM, IEC, ISO et al. 1998; FORTES et al., 2001)

    O erro aleatrio se origina de variaes em observaes repetidas da grandeza a

    ser medida (mensurando). Embora no seja possvel compensar este erro de um

    resultado de medio, ele pode ser reduzido, aumentando-se o nmero de observaes.

    J o sistemtico, como o aleatrio, tambm no pode ser eliminado, mas sim reduzido,

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  • Escola de Engenharia Mackenzie principalmente se esse erro se origina de um efeito reconhecido (efeito sistemtico),

    ento, por um fator de correo, este efeito ser compensado. E supe-se que, aps esta

    correo, o valor esperado do erro provocado por tal efeito sistemtico seja zero (figura

    3). (BIPM, IEC, ISO et al. 1998)

    Figura 3- Circunferncias para definio de incerteza.

    Obtm-se ento o resultado de uma medio aps as correes dos efeitos

    sistemticos reconhecidos. Mas este resultado ainda uma estimativa do valor do

    mensurando por causa da incerteza proveniente dos efeitos aleatrios e da correo

    imperfeita do resultado para efeitos sistemticos, ento, podemos observar e relatar que

    a incerteza de uma medio no um erro. (BIPM, IEC, ISO et al. 1998)

    As medies quantitativas so sempre estimativas do valor da medida, e no o

    valor verdadeiro real. Esta estimativa envolve certo nvel de incerteza, a qual caracteriza

    a disperso dos valores que podero ser atribudos razoavelmente ao valor estimado. As

    medies devem ser realizadas de modo que os limites de incerteza possam ser

    encontrados dentro das probabilidades pr-estabelecidas. Sem a utilizao desta

    incerteza, no poder ser tomada nenhuma deciso. Pode-se determinar a incerteza,

    atravs de clculo, efetuado por programas para garantia da qualidade bem

    desenvolvidos e implementados. (OLIVIERI, 2000; COUTO,2001)

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  • Escola de Engenharia Mackenzie A garantia da qualidade (confiabilidade metrolgica) est diretamente ligada a

    incerteza de medio, pois a qualidade consiste nas caractersticas dos produtos

    (resultados) com ausncia de falhas, que atendem as necessidades dos clientes.

    (OLIVIERI, 2000)

    Para haver um Controle de Qualidade, necessita-se de um controle de

    equipamentos de inspeo (calibrao e manuteno), de medio e de ensaios.

    Quando so feitas medies, estas podem ser realizadas por diferentes

    laboratoristas,e equipamentos, sendo que estes apesar de serem calibrados possuem uma

    margem de incerteza. (OLIVIERI, 2000)

    Para se ter uma maior confiabilidade nos resultados de medies, deve-se incluir

    as incertezas dos equipamentos e do mtodo de ensaio. Estas somas de disperses de

    valores advindas de vrias causas sero demonstradas na incerteza que, nada mais que

    um desvio padro o qual acompanha os resultados de medies. (COUTO, 2001)

    Uma vez atingida a preciso destes resultados, qualquer erro sistemtico pode

    ser realmente identificado e eliminado ou compensado, de modo que os requisitos da

    qualidade dos resultados sejam alcanados. (OLIVIERI, 2000)

    A confiabilidade de um resultado avaliada com base em sua incerteza quando

    comparada com os requisitos estabelecidos para o estudo final. Os resultados so

    considerados de qualidade adequada, quando estes tem consistncia e sua incerteza for

    pequena. So ditos de qualidade inadequada, aqueles que variam excessivamente, ou o

    nvel de incerteza excede as necessidades, ou seja, a avaliao da qualidade de

    resultados considerada como qualidade adequada em uma determinada situao,

    podendo ser considerada como de qualidade inadequada em outra. (OLIVIERI, 2000)

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  • Escola de Engenharia Mackenzie Para que se possa analis*ar e comparar as medies realizadas em ensaios

    pertencentes metodologias diferentes de classificao de solos, ser necessrio

    analisar suas incertezas. Existem trs tipos de mtodos para o clculo da incerteza de

    medio: Clssico, Simulao Numrica e Relativo. O mais utilizado e complexo o

    mtodo Clssico. O da Simulao Numrica apresenta um clculo mais simplificado e o

    seu resultado se aproxima do Clssico. J o mtodo Relativo, apresenta valores de

    resultados diferentes e menos confiveis que dos outros dois.

    Para o clculo de incerteza de medio pelo mtodo Clssico, o qual ser

    utilizado neste trabalho, necessrio realizar as seguintes etapas:

    a) Definir o mensurando (y): A partir dele, possvel introduzir na incerteza do

    resultado de uma medio, um componente de incerteza que pode ou no ser

    significativo para exatido requerida da medio. Este mensurando determinado por

    "n" outras grandezas de entrada x1, x2, ..., xn, atravs de uma relao funcional. O

    mensurando no especificado por um valor, mas por uma descrio de grandeza.

    Entretanto, a princpio, um mensurando no pode ser completamente descrito sem um

    nmero infinito de informaes. (BIPM, IEC, ISO et al. 1998; COUTO, 2001)

    y=f (x1, x2, ..., xn) (1)

    b) Estimar as incertezas das grandezas de entrada (u (xi)): o mensurando na maioria dos

    casos no medido diretamente, mas determinado por outras grandezas de entrada,

    atravs de uma relao funcional. Essas grandezas, durante as suas medies, possuem

    um certo nmero de incertezas padronizadas como: incerteza da calibrao do

    equipamento de medio e da repetibilidade (grau de concordncia entre o resultado de

    medies sucessivas de uma mesma grandeza efetuadas com o mesmo mtodo, o

    mesmo operador, a mesma pea e as mesmas condies de utilizao) Estas podem ser

    10

  • Escola de Engenharia Mackenzie estimadas de duas maneiras; pela avaliao Tipo A (equao 2) que baseada num

    conjunto de observaes (repeties) atravs de um tratamento estatstico (desvio

    padro) e pela avaliao Tipo B ( equao 3) a qual se baseia atravs de outros meios

    que no dependam de um conjunto de observaes (calibraes e certificados). Unindo-

    se com a incerteza de cada grandeza obter-se- um Coeficiente de Sensibilidade, o qual

    depende do quanto o mensurando sensvel em relao a cada grandeza de entrada.

    (COUTO, 2001)

    Tipo A: n

    )x(s)x( ii =u (2)

    Tipo B: n

    )x(U)x( ii =u (3)

    Sendo U: incerteza expandida do certificado.

    c) Clculo da incerteza combinada uc(y): uma somatria quadrtica das incertezas de

    cada grandeza de entrada multiplicadas pela derivada (coeficiente de sensibilidade) da

    grandeza em relao ao mensurando (equao 4).

    )x(uxf)y(u i

    22N

    1i i

    2c

    =

    = (4)

    Onde u(xi)- incerteza padro estimada de xi, do Tipo A ou Tipo B.

    d) Definio dos graus de liberdade (eff): aps se definir o grau de liberdade (equao

    5), entrar na tabela T-student com nvel de confiana de 95,45% e obter o valor do

    coeficiente de abrangncia (k), necessrio para o clculo da incerteza expandida. O

    nvel 95,45% o mais utilizado, que resulta que o resultado obtido atravs da estimativa

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  • Escola de Engenharia Mackenzie mais ou menos a incerteza expandida contm o verdadeiro valor com probabilidade de

    95,45% e o k ser obtido em funo desta confiabilidade escolhida (equao 5).

    ==

    =

    =N

    1i i

    4i

    4c

    N

    1i i

    4i

    4c

    eff ))x(u*Ci()y(u

    )y(u)y(u

    (5)

    Onde: N o nmero de grandezas de entrada , i o grau de liberdade da grandeza xi e Ci o coeficiente de sensibilidade.

    e) Clculo da incerteza expandida (U): o respectivo coeficiente de abrangncia (k)

    multiplicado pela incerteza combinada (equao 6). (COUTO, 2001)

    )y(u*kU c= (6)

    f) Resultado da medio: o valor da incerteza dever ser declarado no mximo com dois

    algarismos significativos e se for arredondado dever ser para cima (equao 7).

    Uy (7)

    4 CLCULO DA INCERTEZA DO ENSAIO DE CBR E MINI CBR.

    Este clculo foi realizado com base nas etapas e equaes apresentadas no item 3.

    4.1 INCERTEZA DO ENSAIO CBR

    Nas tabelas 2 a 10 esto apresentadas as incertezas de medio dos equipamentos

    utilizados no ensaio de CBR.

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  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 2

    Equipamentos Utilizados no ensaio de capacidade de suporte CBR e suas incertezas.

    Equipamentos utilizados no ensaio Incerteza do Certificado

    utilizada nos clculos K

    ENSAIO CBR

    Cilindros 24, 25, 27, 48 e 94 Calibrao Interna -

    Estufa 95 Calibrao Interna -

    Termmetro 386 - -

    Soquete Proctor 94 Calibrao Interna -

    Relgio Comparador (Prensa) 202 0,002mm 2,00

    Relgio Comparador (Expanso) 152 0,002mm 2,00

    Relgio Comparador (Expanso) 249 0,002mm 2,00

    Relgio Comparador (Expanso) 267 0,002mm 2,00

    Relgio Comparador (Expanso) 438 0,002mm 2,00

    Relgio Comparador (Expanso) 440 0,002mm 2,00

    Paqumetro 296 0,032mm 2,02

    Paqumetro 555 Funo da Medida Funo da Medida

    Anel Dinamomtrico 200 Funo da Fora 4,90

    Balana 581 Funo do Peso Funo do Peso

    Balana 304 Funo do Peso Funo do Peso

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  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 3

    Incertezas dos volumes (clculos das massas especficas aparentes) das amostras de

    solo.

    Nmero do

    Cilindro

    Equipamento

    Utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    24 Paqumetro 296 Tipo A (2085,5 2,2) cm3 com 95,45% de confiana

    e k=2,09

    25 Paqumetro 555 Tipo A (2085,2 2,4) cm3 com 95,45% de confiana

    e k=2,15

    94 Paqumetro 296 Tipo A (2077,1 2,6) cm3 com 95,45% de confiana

    e k=2,13

    48 Paqumetro 555 Tipo A (2080,9 4,7) cm3 com 95,45% de confiana

    e k=2,20

    27 Paqumetro 296 Tipo A (2084,5 4,0) cm3 com 95,45% de confiana

    e k=2,17

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  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 4

    Incertezas das massas midas (clculo das massas especficas aparentes) das amostras

    de solo.

    Nmero

    do

    Cilindro

    Equipamento

    utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    24 Balana 304 Tipo B (3715,0 1,5) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    25 Balana 304 Tipo B (3881,0 1,5) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    94 Balana 304 Tipo B (4006,0 1,5) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    48 Balana 304 Tipo B (4025,0 1,5) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    27 Balana 304 Tipo B (3939,0 1,5) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    15

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 5

    Incertezas das massas midas (clculo dos teores de umidade) das amostras de solo.

    Nmero

    do

    Cilindro

    Equipamento

    utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    24 Balana 581 Tipo B (131,470 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    25 Balana 581 Tipo B (101,100 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    94 Balana 581 Tipo B (176,980 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    48 Balana 581 Tipo B (158,700 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    27 Balana 581 Tipo B (149,350 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    16

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 6

    Incertezas das massas secas (clculo dos teores de umidade) das amostras de solo.

    Nmero

    do

    Cilindro

    Equipamento

    utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    24 Balana 581 Tipo B (110,140 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    25 Balana 581 Tipo B (83,450 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    94 Balana 581 Tipo B (142,960 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    48 Balana 581 Tipo B (126,020 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    27 Balana 581 Tipo B (116,680 0,014) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    17

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 7

    Incertezas dos teores de umidade obtidos atravs do ensaio CBR.

    Nmero

    do

    Cilindro

    Equipamento

    utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    24 Balana 581 Tipo B (19,366 0,020) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    25 Balana 581 Tipo B (21,150 0,027) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    94 Balana 581 Tipo B (23,797 0,016) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    48 Balana 581 Tipo B (25,932 0,019) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    27 Balana 581 Tipo B (28,000 0,020) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    18

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 8

    Incertezas das massas especficas aparentes obtidas atravs do ensaio CBR.

    Nmero do

    Cilindro Equipamento utilizado

    Incerteza

    PredominanteResultados Calculados

    24 paqumetro 296, balana

    304 e balana 581 Tipo A

    (1,4924 0,0018) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,23

    25 paqumetro 555, balana

    304 e balana 581 Tipo A

    (1,5363 0,0020) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,23

    94 paqumetro 296, balana

    304 e balana 581 Tipo A

    (1,5579 0,0021) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,25

    48 paqumetro 555, balana

    304 e balana 581 Tipo A

    (1,5360 0,0036) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,28

    27 paqumetro 296, balana

    304 e balana 581 Tipo A

    (1,4763 0,0031) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,28

    19

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 9

    Incertezas das Expanses obtidas atravs do ensaio CBR.

    Nmero do

    Cilindro Equipamento utilizado

    Incerteza

    PredominanteResultados Calculados

    24 paqumetro 296 e relgio

    comparador 152 Tipo A

    (3,8522 0,0034) % com 95,45% de confiana e k=2,03

    25 paqumetro 555 e relgio

    comparador 249 Tipo A

    (3,6927 0,0041) % com 95,45% de confiana e k=2,09

    94 paqumetro 296 e relgio

    comparador 267 Tipo A

    (3,1321 0,0030) % com 95,45% de confiana e k=2,00

    48 paqumetro 555 e relgio

    comparador 438 Tipo A

    (1,1861 0,0028) % com 95,45% de confiana e k=2,00

    27 paqumetro 296 e relgio

    comparador 440 Tipo A

    (0,6225 0,0026) % com 95,45% de confiana e k=2,00

    20

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 10

    Incertezas dos valores da capacidade de suporte obtidos atravs do ensaio de CBR.

    Nmero do

    Cilindro Equipamento utilizado

    Incerteza

    PredominanteResultados Calculados

    24 Anel dinamomtrico 200 Tipo B (2,68 0,11) % com 95,45% de

    confiana e k=4,50

    25 Anel dinamomtrico 200 Tipo B (4,23 0,11) % com 95,45% de

    confiana e k=4,50

    94 Anel dinamomtrico 200 Tipo B (5,87 0,17) % com 95,45% de

    confiana e k=4,50

    48 Anel dinamomtrico 200 Tipo B (5,02 0,12) % com 95,45% de

    confiana e k=4,50

    27 Anel dinamomtrico 200 Tipo B (2,51 0,16) % com 95,45% de

    confiana e k=4,50

    21

  • Escola de Engenharia Mackenzie 4.2 INCERTEZA DO ENSAIO MINI CBR

    Nas tabelas 11 a 21 esto apresentadas as incertezas dos equipamentos utilizados no

    ensaio de mini CBR.

    TABELA 11

    Equipamentos Utilizados no ensaio Mini CBR e suas incertezas.

    Equipamentos utilizados no ensaio Incerteza do Certificado

    utilizada nos clculos K

    ENSAIO Mini CBR

    Cilindros 19, 20, 07, 11 e 14 Calibrao Interna -

    Estufa 95 Calibrao Interna -

    Termmetro 386 - -

    Soquete Proctor 585 Calibrao Interna -

    Relgio Comparador (Compactao) 233 0,005mm 3,31

    Relgio Comparador (Expanso) 442 0,002mm 2,00

    Relgio Comparador (Prensa) 155 - -

    Paqumetro 555 Funo da Medida Funo da Medida

    Anel Dinamomtrico 201 Funo da Fora 4,90

    Balana 588 Funo do Peso Funo do Peso

    Cilindro Padro Interna -

    22

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 12

    Incerteza da altura do conjunto (clculo dos volumes dos corpos de prova) no ensaio do

    Mini CBR.

    Equipamento utilizado Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    soquete 585, cilindro padro

    e paqumetro 555 Tipo B

    (91,790 0,019) mm com 95,45% de confiana e k=2,00

    TABELA 13

    Incertezas das alturas do solo (clculo dos volumes dos corpos de prova).

    Nmero do

    Cilindro Equipamento utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    19

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo B (49,040 0,026) mm com 95,45% de

    confiana e k=2,00

    20

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo B (50,720 0,026) mm com 95,45% de

    confiana e k=2,00

    07

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo B (50,850 0,026) mm com 95,45% de

    confiana e k=2,00

    11

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo B (49,940 0,026) mm com 95,45% de

    confiana e k=2,00

    14

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo B (49,360 0,026) mm com 95,45% de

    confiana e k=2,00

    23

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 14

    Incertezas das reas dos cilindros (clculo dos volumes dos corpos de prova) no ensaio

    Mini CBR.

    Nmero do

    Cilindro

    Equipamento

    utilizado

    Incerteza

    PredominanteResultados Calculados

    19 Paqumetro

    555 Tipo A

    (1973,7 2,2) mm2 com 95,45% de confiana e k=2,16

    20 Paqumetro

    555 Tipo B

    (1968,7 1,5) mm2 com 95,45% de confiana e k=2,00

    07 Paqumetro

    555 Tipo A

    (1982,1 2,4) mm2 com 95,45% de confiana e k=2,20

    11 Paqumetro

    555 Tipo B

    (1966,3 1,3) mm2 com 95,45% de confiana e k=2,00

    14 Paqumetro

    555 Tipo B

    (1974,8 1,6) mm2 com 95,45% de confiana e k=2,00

    24

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 15

    Incertezas dos volumes dos solos (clculo das massas especficas aparentes) obtidas

    atravs do ensaio Mini CBR.

    Nmero do

    Cilindro Equipamento utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    19

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo A (95,37 0,13) cm3 com 95,45% de

    confiana e k=2,28

    20

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo B (98,430 0,092) cm3 com 95,45% de

    confiana e k=2,00

    07

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo A (99,37 0,14) cm3 com 95,45% de

    confiana e k=2,32

    11

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo B (96,778 0,082) cm3 com 95,45% de

    confiana e k=2,00

    14

    soquete 585, cilindro

    padro e paqumetro

    555

    Tipo B (96,058 0,092) cm3 com 95,45% de

    confiana e k=2,00

    25

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 16

    Incerteza das massas midas (clculo dos teores de umidade).

    Nmero do

    Cilindro

    Equipamento

    utilizado

    Incerteza

    PredominanteResultados Calculados

    19 Balana 588 Tipo B (77,320 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    20 Balana 588 Tipo B (82,860 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    07 Balana 588 Tipo B (78,990 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    11 Balana 588 Tipo B (60,860 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    14 Balana 588 Tipo B (91,280 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    26

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 17

    Incertezas das massas secas (clculo dos teores de umidade).

    Nmero do

    Cilindro

    Equipamento

    utilizado

    Incerteza

    PredominanteResultados Calculados

    19 Balana 588 Tipo B (64,620 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    20 Balana 588 Tipo B (67,810 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    07 Balana 588 Tipo B (63,280 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    11 Balana 588 Tipo B (47,630 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    14 Balana 588 Tipo B (70,110 0, 0,015) g com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    27

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 18

    Incertezas dos teores de umidade do ensaio Mini CBR.

    Nmero do

    Cilindro

    Equipamento

    utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    19 Balana 588 Tipo B (19,653 0,035) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    20 Balana 588 Tipo B (22,194 0,033) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    07 Balana 588 Tipo B (24,826 0,036) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    11 Balana 588 Tipo B (27,777 0,049) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    14 Balana 588 Tipo B (30,195 0,034) % com 95,45% de confiana e

    k=2,00

    28

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 19

    Incertezas das massas especficas aparentes obtidas atravs do ensaio Mini CBR.

    Nmero do

    Cilindro Equipamento utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    19 paqumetro 555 e

    balana 588 Tipo A

    (1,5342 0,0023) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,43

    20 paqumetro 555 e

    balana 588 Tipo B

    (1,5387 0,0015) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,00

    07 paqumetro 555 e

    balana 588 Tipo A

    (1,5741 0,0024) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,43

    11 paqumetro 555 e

    balana 588 Tipo B

    (1,5446 0,0015) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,00

    14 paqumetro 555 e

    balana 588 Tipo B

    (1,5144 0,0015) g/cm3 com 95,45% de confiana e k=2,00

    29

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 20

    Incertezas das expanses obtidas no ensaio Mini CBR.

    Nmero do

    Cilindro Equipamento utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    19 paqumetro 555 e relgio

    comparador 442 Tipo B

    (3,4258 0,0061) % com 95,45% de confiana e k=2,00

    20 paqumetro 555 e relgio

    comparador 442 Tipo B

    (2,7997 0,0058) % com 95,45% de confiana e k=2,00

    07 paqumetro 555 e relgio

    comparador 442 Tipo B

    (1,7896 0,0057) % com 95,45% de confiana e k=2,00

    11 paqumetro 555 e relgio

    comparador 442 Tipo B

    (1,7421 0,0058) % com 95,45% de confiana e k=2,00

    14 paqumetro 555 e relgio

    comparador 442 Tipo B

    (1,2358 0,0058) % com 95,45% de confiana e k=2,00

    30

  • Escola de Engenharia Mackenzie TABELA 21

    Incerteza do ensaio de penetrao Mini CBR.

    Nmero do

    Cilindro Equipamento utilizado

    Incerteza

    Predominante Resultados Calculados

    19 Anel dinamomtrico 201 Tipo B (3,63 0,30) % com 95,45% de confiana e

    k=2,90

    20 Anel dinamomtrico 201 Tipo B (4,10 0,30) % com 95,45% de confiana e

    k=2,90

    07 Anel dinamomtrico 201 Tipo B (5,57 0,36) % com 95,45% de confiana e

    k=2,90

    11 Anel dinamomtrico 201 Tipo B (6,11 0,40) % com 95,45% de confiana e

    k=2,90

    14 Anel dinamomtrico 201 Tipo B (4,10 0,30) % com 95,45% de confiana e

    k=2,90

    5 CONCLUSO.

    Dos resultados apresentados nos clculos da incerteza de medio esto

    apresentados os grficos dos resultados dos ensaios CBR e Mini CBR (figura 4). Os

    demais resultados desenvolvidos foram utilizados no clculo dos resultados nestes

    grficos, para comparao dos valores da incerteza e qual deles possui maior ou menor

    influncia no resultado final.

    31

  • Escola de Engenharia Mackenzie

    CBR

    2,0

    2,5

    3,0

    3,5

    4,0

    4,5

    5,0

    5,5

    6,0

    6,5

    19,4 21,2 23,8 25,9 28,0

    CB

    R (%

    )

    MINI CBR

    2,0

    2,5

    3,0

    3,5

    4,0

    4,5

    5,0

    5,5

    6,0

    6,5

    7,0

    19,7 22,2 24,8 27,8 30,2

    MIN

    I CB

    R (%

    )

    0,00

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    2,50

    3,00

    3,50

    4,00

    4,50

    19,4 21,2 23,8 25,9 28,0

    EXPA

    NS

    O (%

    0,00

    0,50

    1,00

    1,50

    2,00

    2,50

    3,00

    3,50

    4,00

    19,7 22,2 24,8 27,8 30,2

    EXPA

    NS

    O (%

    )

    1,47

    1,48

    1,49

    1,50

    1,51

    1,52

    1,53

    1,54

    1,55

    1,56

    1,57

    19,4 21,2 23,8 25,9 28,0

    TEOR DE UMIDADE (%)

    MA

    SSA

    ESP

    ECIF

    ICA

    SEC

    A (g

    /cm

    1,47

    1,48

    1,49

    1,50

    1,51

    1,52

    1,53

    1,54

    1,55

    1,56

    1,57

    1,58

    1,59

    19,7 22,2 24,8 27,8 30,2

    TEOR DE UMIDADE (%)

    MA

    SSA

    ESP

    ECIF

    ICA

    SEC

    A (g

    /cm

    )

    Figura 4 Grficos finais dos resultados dos ensaios CBR e Mini CBR.

    Pode-se observar na figura 4 que as incertezas de todos os ensaios variam de

    cilindro para cilindro, sendo que para cada teor de umidade (5 teores de umidade) foram

    moldados 3 corpos de prova (3 cilindros). Assim sendo, no ser analisada a resposta

    32

  • Escola de Engenharia Mackenzie final deste ensaio, que seria tomada entrando com o valor do teor de umidade tima e

    retirando os valores da massa especfica seca, da expanso e do Mini CBR ou CBR.

    Por este motivo deve-se analisar as incertezas dos resultados dos cinco cilindros

    de cada ensaio (CBR e Mini CBR) e fazer uma comparao. Percebe-se tambm que

    nos grficos das expanses a incerteza no aparece por ser muito pequena e a diferena

    entre o valor mnimo da expanso e o mximo muito grande.

    a) Ensaio CBR

    No ensaio CBR o clculo da incerteza da massa especfica seca, depende do

    clculo da incerteza da massa mida do solo (considerando a soma das incertezas da

    massa mais a tara), mas como foi utilizada uma s balana e seus coeficientes de

    sensibilidade so iguais a 1, os resultados foram iguais para cada pesagem (vide tabela

    4).

    O clculo da massa especfica tambm depende da umidade e do volume do solo

    compactado. No primeiro a incerteza no varia por causa do equipamento (incerteza

    igual para todos), mas sim por causa dos coeficientes de sensibilidade o qual depende

    dos valores das prprias massas pesadas. Por este motivo a incerteza do teor de umidade

    varia de cilindro para cilindro (vide tabela 7). Jj o volume dos solos compactados

    depende da incerteza dos cilindros, os quais variam muito e do coeficiente de

    sensibilidade que depende dos valores dos dimetros e das alturas medidas.

    Com todas estas consideraes, pode-se dizer que a incerteza das massas

    especficas aparentes variam mais por causa da incerteza de grandeza de entrada

    (incerteza dos equipamentos) maior, neste caso para o volume, como pode-se perceber

    33

  • Escola de Engenharia Mackenzie comparando os resultados das incertezas das massas especficas secas (vide tabela 8)

    com as do volume do solo compactado (vide tabela 3).

    No resultado final deste ensaio obtm-se o grfico da expanso versus teor de

    umidade e do ndice de capacidade de suporte CBR versus teor de umidade.

    No clculo da incerteza da expanso, incertezas variam de cilindro para cilindro

    mais com as incertezas das alturas dos cilindros, pois esta maior que as das leituras

    iniciais e finais que possuem maior preciso pois so calculadas utilizando-se para

    medir relgios comparadores que possuem o mesmo valor de incerteza e que so muito

    precisos (vide tabela 2).

    O clculo da incerteza do ndice Suporte Califrnia, obtido atravs do ensaio de

    penetrao, depende da incerteza do anel dinamomtrico e do coeficiente de

    sensibilidade. Ento a incerteza varia dependendo da fora aplicada em cada solo

    compactado de cada cilindro.

    b) Ensaio Mini CBR

    No ensaio Mini CBR, no clculo da massa especfica aparente seca, a massa

    mida do solo calculada diretamente, sem a tara, ento a incerteza da massa mida

    menor que a obtida no ensaio CBR. Este clculo da massa especfica depende tambm

    do volume e do teor de umidade do solo compactado, como explicado na alnea a)

    (ensaio de CBR), mas o volume do solo no ensaio de Mini CBR depende somente da

    rea do cilindro sendo que a altura do solo medida com auxlio de relgio comparador

    (que mais preciso que o utilizado no ensaio de CBR, que possui a incerteza do

    paqumetro (tipo A) e desvio padro (tipo B) somados) e do coeficiente de

    sensibilidade.

    34

  • Escola de Engenharia Mackenzie Assim, pode-se afirmar que as incertezas dos volumes dos solos do ensaio de

    Mini CBR (vide tabela 15) so menores que as obtidas no ensaio de CBR (vide tabela

    3), j as incertezas dos teores de umidades so um pouco maiores no Mini CBR pois a

    balana utilizada menos precisa que a preconizada no ensaio de CBR.

    Neste ensaio tambm so obtidos os grficos de expanso versus teor de

    umidade e Mini CBR (ensaio de penetrao) versus teor de umidade.

    No clculo da expanso, os resultados de suas incertezas no variam tanto de

    cilindro para cilindro pois as alturas dos corpos de prova so as que mais influenciam

    neste clculo, porque as leituras finais e iniciais so obtidas com auxlio do relgio

    comparador que possui maior preciso que o utilizado no ensaio CBR, mas tambm no

    se pode deixar de considerar os coeficientes de sensibilidade que so muito importantes.

    No clculo do Mini CBR (ensaio de penetrao) a incerteza depende da incerteza

    do anel dinamomtrico, que neste caso, mais preciso que o utilizado no outro ensaio e

    do coeficiente de sensibilidade, portanto a incerteza final varia com a fora aplicada.

    Pode-se observar aps estas anlises que o clculo de incerteza de medio no

    servir s para a validao de um ensaio, mas tambm para a melhoria deste envolvendo

    aspectos do seu procedimento, bem como da preciso dos equipamentos utilizados nas

    medies, considerando que quando se calcula a sua incerteza sabe-se, como descrito

    anteriormente, qual a grandeza do aparelho que influencia mais no resultado e dessa

    maneira, possvel substitu-lo por outro mais preciso, o que implicaria na diminuio

    da incerteza do ensaio.

    35

  • Escola de Engenharia Mackenzie c) Mini CBR e CBR

    Observando todas as consideraes finais, os resultados dos clculos e as

    comparaes entre os ensaios, conclui-se que:

    Nos ensaios (cada cilindro) para o clculo das incertezas das massas especficas

    aparentes secas as grandezas dos valores apresentados nas tabelas 8 e 19 no variam

    muito entre os dois ensaios (CBR e Mini CBR).

    Nos ensaios (cada cilindro) para clculo das expanses, embora o ensaio Mini

    CBR possua maior preciso nos aparelhos, os coeficientes de sensibilidade so maiores,

    resultando que o valor da incerteza de sua expanso maior, embora no seja um valor

    muito maior que o obtido pelo outro ensaio. Por outro lado, analisando as variaes dos

    valores entre cilindros do mesmo ensaio, as do Mini CBR so menores.

    Analisando o ltimo item destes conjuntos de respostas da comparao entre o

    CBR e o Mini CBR, a determinao da penetrao, pode-se perceber que o aparelho

    (anel dinamomtrico) do ensaio Mini CBR mais preciso que o outro. No entanto, se

    compararmos os coeficientes de sensibilidade destes ensaios o do Mini maior, o que

    implica que os resultados de incerteza obtidos no ensaio do Mini CBR so um pouco

    maiores que o do CBR (vide tabelas 10 e 21).

    Finalmente, pode-se concluir que, comparando todos os resultados de incertezas

    dos ensaios CBR e Mini CBR , eles no possuem uma diferena significativa, levando-

    se em conta os valores absolutos das grandezas envolvidas, isto indica que pelo fato do

    ensaio Mini CBR ser mais fcil de ser realizado, do seu custo ser cerca de 45%

    (baseando-se na tabela de preos cedida pela LENC - Laboratrio de Engenharia e

    Consultoria Ltda) menor que o do CBR; por demandar um tempo bem menor na sua

    determinao (1 dia enquanto o CBR ocupa aproximadamente 1 semana); sendo que a

    36

  • Escola de Engenharia Mackenzie diferena de incertezas em relao ao ensaio de CBR pequena; por ser necessria uma

    menor quantidade de solos (30kg enquanto no CBR so 70kg) e principalmente

    considerando-se que o ensaio do Mini CBR foi desenvolvido atendendo-se as

    peculiaridades dos solos tropicais, onde o Brasil se insere, este ensaio mais vantajoso.

    Cabe salientar que a incerteza de medio deve ser calculada para cada ensaio,

    conforme exposto, podendo ser desenvolvido um programa no Microsoft Excel com a

    finalidade de dinamizar as rotinas de clculo.

    importante afirmar que este trabalho no possui a inteno de comparar os

    resultados obtidos pelo ensaio do CBR, substituindo-os pelos obtidos pelo ensaio do

    mini CBR, uma vez que estes ensaios no produzem valores compatveis e que o ensaio

    do mini CBR s possui significado quando utilizado na metodologia MCT, que

    apresenta resultados superiores no caso de solos coesivos e menores no caso de solos

    no coesivos, como uma maneira de valorizar o aspecto da coeso do solo que muito

    importante na rea de pavimentao.

    Os autores se colocam a disposio para mais esclarecimentos e esperam ter

    contribudo para a validao dos resultados desses ensaios referente s suas incertezas

    de medio.

    AGRADECIMENTOS

    Os autores gostariam de agradecer Prof Raquel Cymrot do Departamento de

    Propedutica de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie pela valiosa

    colaborao nos conceitos estatsticos.

    37

  • Escola de Engenharia Mackenzie Tambm gostariam de agradecer LENC Laboratrio de Engenharia e Consultoria

    S/C Ltda, principalmente ao chefe do laboratrio o engenheirando Bencio Bibiano

    Bento.

    38

  • Escola de Engenharia Mackenzie 6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    COUTO, Paulo Roberto Guimares. Curso de Incerteza de Medio em Ensaios. 05 e

    06, dez. 2001.

    DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM. Determinao do ndice de

    suporte mini-CBR e da expanso de solos compactados com equipamento miniatura:

    DER M192.1989.

    _____ , Ensaio de compactao de solos com equipamentos miniatura: DER

    M191.1989.

    FORTES, R.M. - Capacidade de Suporte CBR,

    http://meusite.mackenzie.com.br/rmfortes/estradas2/4_CAPACIDADE_DE_SUPORTE

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    FORTES, R.M. Noes de Solos,

    http://meusite.mackenzie.com.br/rmfortes/estradas2/4_NOES_DE_SOLOS.pdf,

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    FORTES, R.M & MERIGHI, J.V. THE USE OF MCT METHODOLOGY FOR

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    Journal of Pavements, Vol.2, No.3, September 2003, pp.1-13.

    FORTES, R.M. et al..Avaliao de dois anos de programa interlaboratorial de

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    Consultoria em Qualidade e Confiabilidade Metrolgica para Laboratrios. 2000.

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