COMPARAÇÃO ENTRE SISTEMAS PRODUTIVOS BASEADOS NO TAYLORISMO-FORDISMO E NO TOYOTISMO.docx

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UFPB – UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CT/DEP/PPGEP – Prof. Ricardo Moreira da Silva Disciplina: Sistema de Produção – Período 16.1 – TC2 Aluno: Rafael de Carvalho Cavalcante COMPARAÇÃO ENTRE SISTEMAS PRODUTIVOS BASEADOS NO TAYLORISMO-FORDISMO E NO TOYOTISMO Palavras-Chaves: sistema, indústria, produção Durante o início do século XX a indústria passava por mais um dos muitos processos de transformação. O início do uso do petróleo e da energia elétrica foram importantes para o período conhecido como Segunda Revolução Industrial. Juntamente com tais processos, houve um acirramento na disputa por lucro dentre as empresas. A partir daí, começou-se a disseminar várias novas formas de produção que visavam aumentar o lucro, aumentando a produção e reduzindo preços. Estes mecanismos criados para este objetivo ficaram conhecidos como modelos produtivos , dos quais se destacam o fordismo , o taylorismo e o toyotismo . Criado pelo engenheiro mecânico Frederick Winslow Taylor no final do século XIX e início do século XX, o taylorismo, também conhecido como teoria da gestão científica ou organização científica do trabalho, é um

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UFPB – UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CT/DEP/PPGEP – Prof. Ricardo Moreira da Silva

Disciplina: Sistema de Produção – Período 16.1 – TC2

Aluno: Rafael de Carvalho Cavalcante

COMPARAÇÃO ENTRE SISTEMAS PRODUTIVOS BASEADOS NO TAYLORISMO-FORDISMO E NO TOYOTISMO

Palavras-Chaves: sistema, indústria, produção

Durante o início do século XX a indústria passava por mais um dos muitos

processos de transformação. O início do uso do petróleo e da energia elétrica foram

importantes para o período conhecido como Segunda Revolução Industrial.

Juntamente com tais processos, houve um acirramento na disputa por lucro dentre as

empresas. A partir daí, começou-se a disseminar várias novas formas de produção que

visavam aumentar o lucro, aumentando a produção e reduzindo preços. Estes

mecanismos criados para este objetivo ficaram conhecidos como modelos produtivos,

dos quais se destacam o fordismo, o taylorismo e o toyotismo.

Criado pelo engenheiro mecânico Frederick Winslow Taylor no final do século

XIX e início do século XX, o taylorismo, também conhecido como teoria da gestão

científica ou organização científica do trabalho, é um sistema que consiste no estudo dos

tempos e movimentos permitindo a redução dos métodos de trabalho e a fixação dos

tempos-padrão para a execução de determinadas tarefas, possibilitando assim, a divisão

do trabalho e especialização do operário em uma só função.

De acordo com esse sistema, o funcionário não teria mais a necessidade de

conhecer todo o processo produtivo, apenas um, procurando um aperfeiçoamento

constante apenas desta parte. O conhecimento de todo processo ficaria apenas com o

gerente, que fiscalizaria todos os ramos da produção, criando uma hierarquia o qual

evitava desordem e separando os trabalhos intelectuais dos manuais.

Dessa forma, da mão-de-obra operária, não era exigida a escolarização, tornando

os trabalhadores peças descartáveis. Dessa forma, era grande a economia na folha de

pagamento, uma vez que, seus trabalhadores eram sem qualificação, porém de acordo

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com Taylor para manter a eficiência e consequentemente o aumento da produtividade,

os seguintes princípios deveriam ser seguidos pelos gestores:

Cada tarefa deve ser decomposta em operações elementares, as quais

devem ser posteriormente redefinidas, alteradas ou suprimidas para que o trabalho seja

executado no menor tempo possível

Para cada tipo de tarefas, cada operário deve ser corretamente

selecionado e treinado de forma que o seu trabalho seja executado na “melhor cadência

possível”.

O salário deve ser calculado com base num sistema de tarifas

diferenciadas e conforme o desempenho obtido; deve crescer até à “cadência óptima”,

decrescendo a partir daí por forma a evitar a ocorrência de quebras na qualidade.

Os supervisores e seus subordinados devem atuar na mais perfeita

coordenação para o benefício de todos.

Cada operário e cada gestor da organização deve ser colocado na tarefa

na qual obtém melhores resultados.

Apesar da grande influência desse sistema para o processo produtivo, grandes

revoltas, greves e movimentos violentos surgiram como consequência, uma vez que,

esse modelo tinha como pressuposto a crença que as pessoas eram apenas motivadas

apenas pela satisfação das necessidades básicas, quando na verdade existem muitas

outras.

Tendo como base os princípios do taylorismo, o americano Henry Ford, em sua

fábrica de automóveis “Ford Motor Company”, desenvolveu o fordismo no qual utiliza

as facilidades das esteiras rolantes para manter o ritmo de trabalho, obrigando os

funcionários a produzir mais em um curto espaço de tempo, basicamente consistia em

uma linha de montagem para gerar uma grande produção em massa, controlando melhor

as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra e

consequentemente mais barato. Ele adotou três princípios básicos:

Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego

imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no

mercado.

Princípio de Economia: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do

estoque da matéria-prima em transformação.

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Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do

homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de

montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.

Após a segunda guerra mundial, nos anos 50, o engenheiro japonês Eiji Toyoda

foi aos estados unidos conhecer a indústria automobilística que era dirigido pelo sistema

fordista de produção onde o princípio básico era produzir em massa, com custos

reduzidos e vender tão rápido quanto é fabricado. Porém, para manter essa linha de

produção era necessário uma grande quantidade de estoque, gigantescas fábricas e

grande número de funcionários.

Observando isso, ele concluiu que não era possível imitar o modelo de produção

americana em seu país, onde dispunha de espaço reduzido, mercado pequeno, capital e

matéria prima escassos. Seria necessário cria uma nova forma de organização do

trabalho, mais flexível e menor concentração de estoques.

Na busca por solução, Toyoda e seu especialista em produção Taichi Ohno,

mudaram o processo de produção e introduziram técnicas onde fosse possível alterar as

máquinas rapidamente durante a produção, e assim ampliar a oferta e a variedade de

produtos, pois era neles que se concentrava a maior parte do lucro. Esse modelo

começou a ser conhecido como modelo japonês de produção (JPM)

Como dito anteriormente, espaço sempre foi um problema para os japoneses, por

isso, as mercadorias deveriam ter giro rápido e reduzir ou até mesmo eliminar os

estoques. Então, novas regras foram incorporadas à produção, caracterizando assim o

Toyotismo. Partiram do princípio de que qualquer elemento que não agregasse valor ao

produto, deveria ser eliminado, pois era considerado desperdício e classificaram o

desperdício em sete tipos principais: tempo que se perdia para consertos ou refugo,

produção maior do que o necessário, ou antes, do tempo necessário, operações

desnecessárias no processo de manufatura, transporte, estoque, movimento humano e

espera.

A partir do princípio acima citado, planejou-se um modelo de produção

composto por: automatização, just-in-time,  trabalho em equipe, administração por

estresse, flexibilização da mão-de-obra, gestão participativa, controle de qualidade e

subcontratação.

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CONCLUSÃO

O trabalho escrito acima compara de maneira ampla e de fácil entendimento as

principais diferenças entre os sistemas de produção formuladas por Taylor, Henry Ford

e por Toyoda em suas respectivas indústrias, ressaltando a importância de cada um para

o modelo de produção utilizado atualmente, além, de citar claramente cada uma de suas

características relevantes e defeitos.

Foram também abordados fatos históricos de grande relevância para o

desenvolvimento desses sistemas, começando com o taylorismo no fim do século XIX

até o toyotismo elaborado por Eiji Toyoda e por Taichi Ohno, após a segunda guerra

mundial, com base no modelo de produção americano criado por Henry Ford na

indústria automobilística.

O conhecimento desses sistemas nos permite pensar de maneira mais abrangente

e elaborada sobre os fatores que agregam características favoráveis, possibilitando q se

pondere a melhor escolha e adesão ao modelo mais eficiente que possibilite uma

produção mais eficaz, com o menor índice de desperdício possível e melhores condições

de trabalho.