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1 Como utilizar metionina para melhorar o desempenho de frango de corte e reduzir os custos de produção da indústria avícola? Dr. Adhemar Rodrigues de Oliveira Neto, Evonik Degussa Brasil. 1. Introdução A metionina é o primeiro aminoácido limitante nas rações de aves, de forma que os níveis de metionina + cistina na ração devem atender as exigências dos frangos de corte, por meio da suplementação de DL-Metionina 99% nas rações. Qualquer falha na suplementação de DL- Metionina 99% nas rações pode piorar drasticamente o ganho de peso, a conversão alimentar e o rendimento de peito de frangos de corte. Devido ao seu papel fundamental no crescimento e também sobre o sistema imune de frangos de corte, diversos trabalhos são constantemente conduzidos para verificar a exigência das aves, em função principalmente, de alterações ocorridas nas linhagens genéticas ao longo dos anos, mas também devido a outros fatores como desafios sanitários (Takahashi et al., 1997; Swain and Johri, 2000; Brummelen e Toit, 2007; Li et al., 2007; Mato e Lu, 2007) e temperatura ambiente (Oliveira Neto et al. 2002). 2. Efeito da metionina sobre o desempenho de frango de corte Estudo recente coordenado pela professora Alice Murakami na Universidade Estadual de Maringá (2008), teve como objetivo avaliar a exigência de níveis de metionina + cistina (Met+Cis), sobre o desempenho de frangos de corte machos (Cobb 500), durante o período de 1 a 40 dias de idade. Os níveis de Met+Cis digestíveis da ração e a suplementação de DL-Metionina 99% (kg/ton) utilizada em cada tratamento avaliado neste estudo, estão apresentados na Tabela 1. Tabela 1. Níveis de Met+Cis (%) e quantidade de DL-Metionina 99% (em kg/ton) suplementada nas rações de frango de corte macho (Cobb 500), de 1 a 40 dias de idade Met+Cis (%) DL-Met (kg/ton) Tratamentos 1 – 19 dias 20 a 40 dias 1 – 19 dias 20 a 40 dias 1 (basal) 0,58 0,54 0,00 0,00 2 0,68 0,62 0,70 0,85 3 0,76 0,71 1,70 1,69 4 0,85 0,79 2,69 2,54 5 0,90 0,87 3,86 3,38 Met + Cis: nível de metionina + cistina digestível. Os valores de aminoácidos totais foram analisados por HPLC (Hanau, Alemanha) e foram utilizados os coeficientes de digestibilidade sugeridos por Rostagno et al. (2005), para calcular os valores de aminoácidos digestíveis. Fonte: Universidade Estadual de Maringá (2008). Como pode ser observado na Tabela 1, a ração basal (tratamento 1), não recebeu adição de DL-Metionina 99%, e consequentemente apresentou o menor nível de metionina + cistina (%), proveniente somente dos ingredientes (milho e farelo de soja) utilizados na ração. Por outro lado, as demais rações experimentais foram suplementadas com níveis crescentes de DL-Metionina (kg/ton). O aumento dos níveis de metionina + cistina (Figura 1), melhorou sensivelmente o ganho de peso e a conversão alimentar. O ganho de peso (2225g) e a conversão alimentar (1,76) da ração basal (tratamento 1, sem suplementação de DL-Metionina 99%) foi muito pior, quando comparado com os valores obtidos no tratamento 5. Assim, observou-se melhora no ganho de peso de 363g (16%) e na conversão alimentar de 0,17 pontos (11%), em função do aumento nos níveis de metionina + cistina, em função da suplementação de DL-Metionina 99%.

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Como utilizar metionina para melhorar o desempenho de frango de corte e reduzir os custos de produção da indústria avícola?

Dr. Adhemar Rodrigues de Oliveira Neto, Evonik Degussa Brasil. 1. Introdução A metionina é o primeiro aminoácido limitante nas rações de aves, de forma que os níveis de metionina + cistina na ração devem atender as exigências dos frangos de corte, por meio da suplementação de DL-Metionina 99% nas rações. Qualquer falha na suplementação de DL-Metionina 99% nas rações pode piorar drasticamente o ganho de peso, a conversão alimentar e o rendimento de peito de frangos de corte. Devido ao seu papel fundamental no crescimento e também sobre o sistema imune de frangos de corte, diversos trabalhos são constantemente conduzidos para verificar a exigência das aves, em função principalmente, de alterações ocorridas nas linhagens genéticas ao longo dos anos, mas também devido a outros fatores como desafios sanitários (Takahashi et al., 1997; Swain and Johri, 2000; Brummelen e Toit, 2007; Li et al., 2007; Mato e Lu, 2007) e temperatura ambiente (Oliveira Neto et al. 2002). 2. Efeito da metionina sobre o desempenho de frango de corte Estudo recente coordenado pela professora Alice Murakami na Universidade Estadual de Maringá (2008), teve como objetivo avaliar a exigência de níveis de metionina + cistina (Met+Cis), sobre o desempenho de frangos de corte machos (Cobb 500), durante o período de 1 a 40 dias de idade. Os níveis de Met+Cis digestíveis da ração e a suplementação de DL-Metionina 99% (kg/ton) utilizada em cada tratamento avaliado neste estudo, estão apresentados na Tabela 1. Tabela 1. Níveis de Met+Cis (%) e quantidade de DL-Metionina 99% (em kg/ton) suplementada nas rações de frango de corte macho (Cobb 500), de 1 a 40 dias de idade

Met+Cis (%) DL-Met (kg/ton) Tratamentos 1 – 19 dias 20 a 40 dias 1 – 19 dias 20 a 40 dias

1 (basal) 0,58 0,54 0,00 0,00 2 0,68 0,62 0,70 0,85 3 0,76 0,71 1,70 1,69 4 0,85 0,79 2,69 2,54 5 0,90 0,87 3,86 3,38

Met + Cis: nível de metionina + cistina digestível. Os valores de aminoácidos totais foram analisados por HPLC (Hanau, Alemanha) e foram utilizados os coeficientes de digestibilidade sugeridos por Rostagno et al. (2005), para calcular os valores de aminoácidos digestíveis. Fonte: Universidade Estadual de Maringá (2008). Como pode ser observado na Tabela 1, a ração basal (tratamento 1), não recebeu adição de DL-Metionina 99%, e consequentemente apresentou o menor nível de metionina + cistina (%), proveniente somente dos ingredientes (milho e farelo de soja) utilizados na ração. Por outro lado, as demais rações experimentais foram suplementadas com níveis crescentes de DL-Metionina (kg/ton). O aumento dos níveis de metionina + cistina (Figura 1), melhorou sensivelmente o ganho de peso e a conversão alimentar. O ganho de peso (2225g) e a conversão alimentar (1,76) da ração basal (tratamento 1, sem suplementação de DL-Metionina 99%) foi muito pior, quando comparado com os valores obtidos no tratamento 5. Assim, observou-se melhora no ganho de peso de 363g (16%) e na conversão alimentar de 0,17 pontos (11%), em função do aumento nos níveis de metionina + cistina, em função da suplementação de DL-Metionina 99%.

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Figura 1. Efeito da suplementação de metionina + cistina sobre o desempenho de frangos de corte machos (Cobb 500), no período de 1 a 40 dias de idade. Fonte: Universidade Estadual de Maringá (2008). Para uma empresa que abate 100 mil aves por dia, cinco dias na semana (2,15 milhões de aves por mês), a melhora de 363g no ganho de peso, representaria 780 toneladas de frangos a mais no mês. Por outro lado, a metionina também reduziu a quantidade de ração necessária para alcançar o peso de abate. O aumento dos níveis de metionina + cistina (%) representou uma melhora no ganho de peso de 2.588g, e na conversão alimentar de 0,17 pontos. A redução observada na conversão alimentar representaria uma diminuição de 946 toneladas de ração produzidas pela fábrica. O preço médio da ração utilizado pelas diferentes integrações avícolas é distinto, pois o preço do milho, farelo de soja e farinhas de origem animal variam, em função dos preços pagos por estes ingredientes na fábrica de ração. Além disto, o nível nutricional utilizado por cada nutricionista influencia a quantidade de inclusão de cada ingrediente utilizado na ração. Assim, o custo da ração de cada integração será diferente. Neste trabalho utilizou-se o custo de 580 reais por tonelada de ração, o que representaria uma redução de 552.160 reais (946 ton x 580 reais/ton) no fluxo de caixa da fábrica de ração, utilizando-se o nível adequado de metionina + cistina na ração, com a adequada suplementação de DL-metionina 99%. O ganho de peso diário (gpd) das aves com maior nível de metionina + cistina (%) foi de 64,7 g/dia, enquanto o gpd das aves que receberam ração sem suplementação de DL-Metionina 99% foi de apenas 55,6g/dia. A análise destes dados permite estimar que as aves recebendo maior suplementação de DL-Metionina 99% na ração chegariam ao abatedouro com idade de 40 dias e com peso final de 2633g (2588g de ganho de peso + peso do pintinho, em média 45g). Por outro lado, a falta de suplementação de DL-Metionina 99% na ração, reduziria os níveis de metionina + cistina (%), o que produziria aves com peso final de 2.270g (2.225 de ganho de peso + 45 g do pintinho). Como estas aves teriam gpd de 55,6g/d, precisariam permanecer no campo por mais 6,5

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dias para alcançar o peso final de 2.633g. Como as aves recebendo níveis deficientes de metionina + cistina na ração teriam que ficar mais tempo no campo, o número de aves abatidas por mês seria alterado. Caso a integração reduzisse o tempo de vazio sanitário para compensar o tempo a mais no campo para obter o peso de abate desejado isto causaria piora no desempenho devido ao maior nível de contaminação por microorganismos nos aviários. 2. Uso de DL-Metionina e de seus precursores (DL-MHA) nas rações de frangos de corte Atualmente existem diferentes fontes de metionina no mercado (Figura 2), a DL-Metionina 99% e os precursores de metionina, denominados de metionina hidróxi análoga (MHA), encontrados na forma líquida (DL-MHA-FA 88%) e na forma pó (DL-MHA-Ca 84%).

Figura 2. Estrutura química da DL-Metionina 99% e dos precursores de metionina (DL-MHA-FA 88% e DL-MHA-Ca 84%). N3H+: grupo amino; OH: grupo hidroxila; Ca2+: Cálcio. A estrutura química das moléculas mostra a diferença básica entre a DL-Metionina 99%, que contêm um grupo amino (NH3

+) e a metionina hidróxi análoga (MHA), que contêm um grupo hidroxila (OH). O fígado das aves fica encarregado de substituir o grupo hidroxila (OH), pelo grupo amino (NH3

+) e, só então o MHA se torna efetivamente uma molécula de metionina, com todas suas funções biológicas. Contudo, para que isto ocorra, existe um esforço fisiológico, incluindo, por exemplo, atividade extra de enzimas (Robinson et al., 1962; Gordon e Sizer, 1965; Langer, 1965; Dibner e Knight, 1986), para que a molécula de DL-MHA possa ser transformada em L-metionina. Como nenhuma reação química é 100% eficiente, sempre existem perdas no processo de transformação de um produto em outro dentro do organismo animal, neste caso a transformação do precursor DL-MHA em L-metionina. Um exemplo fácil de considerar, quando se fala de perdas na transformação de um produto em outro é falar sobre a combustão de combustível presente no motor de veículos. O combustível quando queimado gera força mecânica sobre as rodas dos veículos, para que o automóvel se movimente. Contudo, nem toda energia da combustão é transformada em força mecânica, sendo esta a razão do motor esquentar, perda de energia na forma de calor. A diferença na estrutura química entre as moléculas DL-Metionina e seus precursores (DL-MHA), é responsável por diferenças na capacidade de absorção destes nutrientes pelo intestino delgado dos frangos de corte. A DL-Metionina 99% é absorvida por um processo ativo, chamado

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co-transporte ativo de sódio (Na+), o mesmo responsável pela absorção de glicose pelo intestino, sendo este processo de absorção muito eficiente (Nelson e Cox, 2009). Por outro lado, o MHA é absorvido principalmente por um processo ativo, denominado transporte ativo mediado por hidrogênio (H+), que também é responsável pela absorção de outras moléculas no intestino dos animais (Drew et al., 2003). Embora, também seja um transporte ativo, a eficiência de absorção do transporte mediado por hidrogênio (H+) é diferente daquele observado para o co-trasporte ativo de sódio (Na+). A diferença entre a eficiência de utilização da DL-Metionina 99% e do MHA pelas aves pode ser explicada, pelo menos em parte, pela diferença existente na absorção intestinal destes nutrientes (Esteve-Garcia and Austic, 1993; Lingens and Molnar, 1996; Maenz and Engele-Schaan, 1996; Drew et al., 2003). O trabalho realizado por Esteve-Garcia (1993) mostra claramente a diferença na absorção intestinal entre a DL-Metionina e o MHA (Figura 3), em diferentes partes do jejuno e íleo de frangos de corte.

Figura 3. Quantidade de DL-Metionina e MHA-Ca não absorvidos pelo intestino delgado de frangos de corte. Fonte: Esteve-Garcia (1993). O trabalho de Esteve-Garcia demonstra que a DL-Metionina e a DL-MHA não são completamente absorvidos pelo intestino de aves, mas fica evidente que a quantidade de DL-MHA não absorvida é relativamente muito maior comparado com a DL-Metionina. Isto pode explicar em parte a diferença na bioeficácia existente entre ambos os produtos DL-Metionina e DL-MHA. Em função da diferença existente na estrutura química, e de outros fatores já mencionados no texto acima, uma série de estudos foram realizados (Rostagno e Barbosa, 1995; Schutte e Jong, 1996; Wallis, 1999; Lemme et al., 2002; Jansman et al., 2003; Hoehler et al., 2005; Payne, et al., 2006;, Lemme, 2008; Viana et al., 2009) para avaliar a eficiência dos produtos DL-Metionina e MHA sobre o desempenho de frango de corte. De maneira geral a bioeficácia da MHA em relação à DL-Metionina variou entre os trabalhos citados acima, principalmente em função da variável estudada (ganho de peso, conversão alimentar e rendimento de peito). Contudo, a grande maioria dos resultados obtidos por estes trabalhos mostrou que o produto MHA apresentou menor valor de metionina, ao redor de 65%, quando comparado com a DL-Metionina. Como visto ambos os produtos podem ser utilizados nas rações, sendo eficientes para proporcionar adequado desempenho dos frangos de corte. Contudo, o estudo da diferença na eficiência entre as fontes de metionina é fundamental para que estes sejam utilizados corretamente

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na formulação de rações, com objetivo de obter o melhor desempenho, mas também o menor custo de produção das aves. 3. Trabalho realizado na Universidade Federal de Minas Gerais, comparando a eficiência da DL-MHA-FA líquida 88%, em relação a DL-Metionina 99% Conforme comentado anteriormente, a metionina hidroxi análoga (MHA) é um produto que pode ser transformado em metionina, e que devido às características de sua estrutura química (possui o grupo OH- e não NH3

+) é transportado principalmente por transporte de prótons (H+), o que influencia sua absorção intestinal, sendo mais eliminado na excreta das aves, quando comparado com a DL-metionina. Além disto, o produto MHA precisa ser convertido em metionina dentro do organismo dos frangos de corte, por ação de enzimas celulares, o que também contribui para possui menor valor real de metionina para frango de corte em relação à DL-metionina. Em função da importância do adequado fornecimento de metionina para obter o melhor ganho de peso e conversão alimentar de frangos de corte, foi desenvolvido um trabalho na Universidade Federal de Minas Gerais, com objetivo de determinar o valor de metionina (bioeficácia) do DL-MHA 88% líquida, em relação à DL-metionina 99%. O estudo comparativo entre DL-Metionina e DL-MHA, foi realizado com frangos de corte machos (Cobb 500) no período de 1 a 21 dias de idade. Para a realização do trabalho (experimento), alguns pontos foram levados em consideração:

1. O produto DL-MHA-FA liquida 88%, possui somente 88% de concentração de princípio ativo, ou seja, se for adicionado 1 kg/ton do produto DL-MHA-FA 88%, se obtêm somente 0,88 kg/ton de ração do princípio ativo (1 kg x 88% = 0,88 kg), sendo o restante: água e impurezas;

2. O produto DL-Metionina 99%, possui concentração de 99% de metionina prontamente disponível para as aves, ou seja, se for adicionado 1 kg/ton de DL-Metionina 99%, se obtêm 0,99 kg/ton de metionina prontamente disponível no organismo animal;

3. Foi utilizada uma ração basal sem adição de DL-metionina ou MHA; 4. Foram utilizadas 3 rações experimentais com o produto DL-MHA-FA 88% líquido, sendo

suplementado 0,740; 1,490; e 2,210 kg de MHA por tonelada de ração. É importante lembrar que o MHA possui apenas 88% de concentração de metionina hidroxi análoga. Ou seja, os tratamentos tinham valores de princípio ativo de 0,651 (0,740 x 88%); 1,311 (1,490 x 88%); e 1,945 (2,210 x 88%) kg/ton de ração (Tabela 3).

5. Foram utilizadas 3 rações experimentais com o produto DL-Metionina 99%, sendo suplementado 0,660; 1,320; e 1,950 kg/ton de ração. Como a concentração de metionina é de 99%, os tratamentos tinham valores de princípio ativo de 0,653 (0,660 x 99%); 1,307 (1,320 x 99%); e 1,931 (1,950 x 99%) kg/ton de ração (Tabela 4).

As Tabelas 2, 3 e 4 auxiliam ao leitor a entender melhor como o experimento foi conduzido. A Tabela 2 mostra todos os sete tratamentos experimentais juntos. A Tabela 3 mostra a comparação entre os produtos comerciais utilizados. A Tabela 4 mostra a comparação entre os princípios ativos, dos produtos utilizados.

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Tabela 2. Tratamentos experimentais utilizados

Tratamentos Descrição dos tratamentos kg /ton de ração 1 Basal (sem DL-metionina ou MHA) 0,00 kg/ton 2 Nível 1 do produto MHA 88% 0,74 kg/ton 3 Nível 2 do produto MHA 88% 1,49 kg/ton 4 Nível 3 do produto MHA 88% 2,21 kg/ton 5 Nível 1 do produto DLM 99% 0,65 kg/ton 6 Nível 2 do produto DLM 99% 1,31 kg/ton 7 Nível 3 do produto DLM 99% 1,94 kg/ton

Tabela 3. Comparativo da suplementação (kg/ton) dos produtos comerciais utilizados (MHA-FA 88% e da DL-Metionina 99%) Tratamentos utilizando

o produto MHA Produto comercial DL-MHA-FA 88%

Tratamentos utilizando o produto DLM

Produto comercial DL-Met 99%

MHA nível 1 0,74 kg/ton DLM nível 1 0,65 kg/ton MHA nível 2 1,49 kg/ton DLM nível 2 1,31 kg/ton MHA nível 3 2,21 kg/ton DLM nível 3 1,94 kg/ton

Como mencionado antes, a Tabela 3 foi elaborada para comparar a quantidade (kg/ton) dos produtos comerciais utilizados, onde a suplementação de DL-Metionina na ração, sempre foi realizada utilizando 88% da adição de MHA. Isto foi feito porque os produtos comerciais possuem concentrações muito diferentes e a comparação entre produtos deve sempre feita com base no conteúdo de princípio ativo. A Tabela 4 mostra a comparação entre os princípios ativos mencionados. Como pode ser visto (Tabela 4) a comparação dos produtos comerciais foi realizada considerando a quantidade (kg/ton) de princípio ativo (0,65 MHA x 0,65 DLM), (1,31 MHA x 1,31 DLM), e de (1,94 MHA x 1,94 DLM), para encontrar a real eficiência de um produto em relação ao outro. Tabela 4. Comparativo da suplementação (kg/ton) da concentração de princípio ativo utilizado, dos produtos comerciais (MHA-FA 88% e da DL-Metionina 99%)

Tratamentos utilizando MHA

Princípio ativo utilizado do MHA

Tratamentos utilizando DLM

Princípio ativo utilizado da DLM

MHA nível 1 0,65 kg/ton DLM nível 1 0,65 kg/ton MHA nível 2 1,31 kg/ton DLM nível 2 1,31 kg/ton MHA nível 3 1,94 kg/ton DLM nível 3 1,94 kg/ton

Para facilitar o entendimento do cálculo da quantidade de princípio ativo do produto MHA-FA 88%, mostrado na Tabela 4, temos o exemplo abaixo: MHA nível 1: 0,74 kg/ton do produto MHA x 88% (concentração do produto) = 0,65 kg/ton de princípio ativo. A Tabela 5 mostra o conjunto de dados de todos os tratamentos, com a quantidade (kg/ton) dos produtos comerciais utilizados (MHA líquido 88% e DL-Metionina 99%), os níveis de metionina + cistina digestível (%) e as relações entre metionina + cistina com a lisina (Met+Cis/Lis) utilizada nas rações dos frangos de corte, machos (Cobb 500) de 1 a 21 dias de idade.

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Tabela 5. Composição nutricional e suplementação de DL-Metionina e MHA nas rações

Tratamento DLM MHA M+C (%)1 M+C (%)2 M+C/Lis (%)3 M+C/Lis (%)4 kg/ton kg/ton MHA 65% MHA 88% MHA 65% MHA 88%

1. Basal 0,000 0,000 0,60 0,60 53 53 2. DLM 1 0,660 0,000 0,66 0,66 59 59 3. DLM 2 1,320 0,000 0,72 0,72 64 64 4. DLM 3 1,850 0,000 0,78 0,78 70 70 5. MHA 1 0,000 0,740 0,64 0,66 57 59 6. MHA 2 0,000 1,490 0,69 0,72 61 64 7. MHA 3 0,000 2,210 0,71 0,76 64 68

DLM: DL-Metionina; M+C: metionina + cistina digestível; M+C / Lis: relação de metionina + cistina com lisina; MHA: metionina hidróxi análoga. O nível de lisina digestível foi de 1,12%; 1Valores de metionina + cistina digestíveis utilizando MHA-FA líquido 88%, considerando que o produto forneça apenas 65% de atividade de metionina para os frangos de corte; 2Valores de metionina + cistina digestíveis utilizando MHA-FA líquido 88%, considerando que o produto forneça 88% de atividade de metionina para os frangos de corte; 3Relação de metionina + cistina com lisina, utilizando MHA-FA, considerando que o produto forneça apenas 65% de atividade de metionina para os frangos de corte; 4Relação de metionina + cistina com lisina, utilizando MHA-FA, considerando que o produto forneça 88% de atividade de metionina para os frangos de corte. Fonte: Trabalho realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (2009). É interessante notar (Tabela 5) que se for considerado 88% ou 65% de valor de metionina para o produto MHA, os valores de metionina + cistina e as relações entre Met+Cis/Lis são bastante diferentes. Considerado o valor real de metionina de 65% para o produto MHA, os valores de metionina + cistina e a relação Met+Cis/Lis são idênticos aos valores quando se utiliza DL-metionina. Muitos trabalhos, citados anteriormente (Rostagno e Barbosa, 1995; Schutte e Jong, 1996; Wallis, 1999; Lemme et al., 2002; Jansman et al., 2003; Hoehler et al., 2005; Payne, et al., 2006;, Lemme, 2008; Viana et al., 2009), mostraram eficiência relativa ao redor de 65% da MHA-FA líquida 88%, em relação à DL-Metionina 99%. Estes resultados indicam que a capacidade do fornecimento real de metionina por parte do MHA-FA líquido 88% foi bastante inferior a sua concentração. Em resumo, o resultado dos trabalhos demonstra que o produto MHA, que possui 88% de concentração, consegue fornecer valor de metionina ao redor de 73,86%. Para saber o quando o produto MHA pode aportar de metionina para os frangos de corte é só fazer o cálculo (88 x 73,86% = 65%), sendo 88% a concentração do produto MHA e 73,86% a conversão do princípio ativo do MHA em metionina. Estes dados e cálculos mencionados foram considerados, para adicionar os níveis de metionina + cistina digestíveis e a relação entre metionina + cistina com a lisina, no que se refere ao valor de metionina de 65% dado ao MHA-FA líquida 88% na Tabela 5. Os resultados obtidos na Universidade Federal de Minas Gerais mostraram claramente que a conversão alimentar das aves recebendo rações suplementadas com DL-Metionina, ou MHA (Figura 4) foi muito melhores, comparado com a ração basal (sem inclusão de fontes de metionina industrial). Para analisar a bioeficácia, ou valor de metionina da MHA-FA líquida 88%, em relação à DL-Metionina 99%, foi realizado análise de regressão multi-exponencial, considerado um dos modelos ideais para se encontrar a bio-equivalência entre produtos (Littllel et al., 1997). Considerando o ganho de peso, foi observado valor de bioeficácia de 63% da MHA, em relação à DL-Metionina (Figura 5).

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Figura 5. Eficiência relativa (bioeficácia) da DL-MHA, em relação à DL-Metionina considerando a variável ganho de peso para frangos de corte, machos Cobb 500, no período de 1 a 21 dias de idade. Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais (2009).

Figura 6. Eficiência relativa (bioeficácia) da DL-MHA, em relação à DL-Metionina considerando a variável conversão alimentar para frangos de corte, machos Cobb 500, no período de 1 a 21 dias de idade. Fonte: Universidade Federal de Minas Gerais (2009).

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De forma semelhante, a conversão alimentar também mostrou valor de bioeficácia de 63% da MHA, em relação à DL-Metionina 99% (Figura 6). As Figuras 5 e 6 mostraram que o ganho de peso e a conversão alimentar de frangos de corte, respondem muito mais rapidamente a inclusão de DL-Metionina 99%. Conseqüentemente, mesmo melhorando o ganho de peso e a conversão alimentar das aves, a quantidade (kg/ton) do produto MHA utilizado deve ser maior que o observado para a DL-Metionina 99%. Neste caso, onde ambos os parâmetros avaliados (ganho de peso e conversão alimentar) mostraram bioeficácia de 63%, isto indica que para se obter o mesmo resultado com frangos de corte machos (Cobb 500), de 1 a 21 dias de idade, a suplementação de MHA deve ser 1,59 maior que o da DL-Metionina. Consideremos o exemplo a seguir para explicar melhor a diferença na quantidade suplementada entre DL-Metionina 99% e MHA, com objetivo de obter o mesmo ganho de peso e conversão alimentar das aves: Exemplo: O melhor ganho de peso e de conversão alimentar dos frangos de corte de determinada empresa é alcançada utilizando 2,5 kg de DL-Metionina 99% por tonelada de ração. Considerando que a empresa deseja substituir a DL-metionina 99% pelo produto MHA 88% (líquida), seria necessário adicionar a quantidade de 3,98 kg (2,50 kg DL-Met x 1,59) de MHA por tonelada de ração, para obter o mesmo ganho de peso e conversão alimentar. Isto significa a necessidade de adição extra de 1,48 kg de MHA (3,98 kg MHA – 2,50 kg DL-Met) por tonelada de ração para obter o mesmo resultado de desempenho zootécnico. Assim, podemos fazer a seguinte simulação: Simulação: Uma integração que abate 100 mil frangos por dia, 5 dias por semana teria um abate mensal de 2.15 milhões de aves. Considerando peso vivo final de 2,8 kg e conversão alimentar de 1,80, o consumo de ração seria de 5,04 kg. Com estes dados em mãos podemos calcular consumo mensal de ração por esta integração, que seria de 10.836 toneladas. Se a integração utilizar 2,50 kg DL-Metionina 99% por tonelada de ração, será necessário comprar 27,09 ton de DL-Metionina 99% por mês. Contudo, se a integração preferir utilizar MHA 88% (líquida), que mostrou valor de metionina de 63% no resultado da Universidade Federal de Minas Gerais, seria necessário adicionar quantidade 1,59 vezes maior deste produto. Assim teria que ser adicionado 3,98 kg/ton (2,50 x 1,59) de MHA 88% (líquida). Desta forma, a quantidade total de MHA 88% (líquida) que deveria ser comprada mensalmente seria de 43,13 ton (10.836 ton ração x 3,98 kg de MHA). A diferença na quantidade mensal comprada entre os dois produtos seria de 16,04 ton (43,13 ton MHA - 27,09 ton de DL-Metionina). 4. Pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Viçosa demonstrou que a eficácia biológica da MHA-FA líquida 88% é menor que a da DL-Metionina 99%, em frangos de corte machos Ross 308, no período de 1 a 47 dias de idade Os valores de MHA-FA líquido 88% e de DL-Metionina 99%, e os valores de metionina + cistina nas rações experimentais utilizado por Viana et al. (2009) são mostrados na Tabela 6. A metodologia do experimento seguiu alguns critérios básicos para se comparar diferentes fontes de produtos, neste caso DL-Met e MHA: 1. Foi produzida uma ração basal, sem suplementação de qualquer fonte de metionina industrial; 2. Os tratamentos utilizados para comparação direta da eficácia relativa entre os produtos foram: a. Tratamento 2 (nível 1 de DLM) contra o 5 (nível 1 da MHA);

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b. Tratamento 3 (nível 2 de DLM) contra o 6 (nível 2 da MHA); c. Tratamento 4 (nível 3 de DLM) contra o 7 (nível 3 da MHA). 3. Para os níveis de metionina + cistina (%) total das rações contendo MHA-FA 88%, foi considerado valor de metionina de 65% fornecido por este produto, em função do modelo proposto por Viana et al. (2009). Tabela 6. Suplementação de DL-Metionina 99% e de DL-MHA 88% líquido (kg/ton) e níveis de metionina + cistina digestíveis (%) dos tratamentos utilizados para frangos machos Ross 308 (1 a 47 dias de idade) Suplementação de DL-Met ou MHA

Kg/ton de ração Níveis de metionina + cistina total

(%) das rações Trat. Descrição Inicial Cresc. Abate Inicial Cresc. Abate 1 Basal 0,0 0,0 0,0 0,75 0,68 0,64 2 Nível 1 DLM 1,20 0,98 0,68 0,87 0,78 0,71 3 Nível 2 DLM 2,39 1,94 1,34 0,99 0,87 0,77 4 Nível 3 DLM 3,59 2,92 2,02 1,11 0,97 0,84 5 Nível 1 MHA 1,84 1,50 1,04 0,87 0,78 0,71 6 Nível 2 MHA 3,68 2,99 2,06 0,99 0,87 0,77 7 Nível 3 MHA 5,52 4,49 3,10 1,11 0,97 0,84 DLM: DL-Metionina 99%; M+C: metionina + cistina digestível; MHA: metionina hidróxi análoga. Os níveis de lisina total utilizados, foram de 1,45, 1,24, e 1,02, para as fases iniciais, crescimento e abate, respectivamente; 1Valores de metionina + cistina total utilizando MHA-FA líquido 88%, considerando que o produto forneça apenas 65% de concentração de metionina para os frangos de corte; Fonte: Viana et al. (2009). A quantidade de DL-met suplementada nos tratamentos 2, 3, e 4, foram de 65% da quantidade adicionada de MHA nos respectivos tratamentos 5, 6, e 7 (Tabela 6). Como exemplo, se pode comparar a ração inicial do trat. 2, que continha 1,20 kg / ton de DL-Met com a ração inicial do trat. 5 que tinha 1,84 kg/ton de MHA-FA (1,20 / 1,84 = 65%). A breve explicação da composição das rações experimentais (Tabela 6), auxilia o leitor a entender melhor os resultados obtidos por Viana et al. (2009), mostrados na Figura 7. Como foi utilizado bioeficácia de 65% da MHA, em relação à DL-Met, encontrou-se valores de ganho de peso e de conversão alimentar foram similares, sem diferença estatística, para frangos machos Ross 308 (1 a 47 dias de idade). Neste caso a ração das aves contendo DL-MHA 88% líquida foi sempre suplementada com 1,54 vezes maior que as rações contendo DL-Metionina 99% (Tabela 6). Ou seja, quando a ração continha 2,50 kg de DL-Met 99% por tonelada de ração, e foi posteriormente substituída por MHA-FA 88% liquida, foi necessário adicionar 3,85 kg de MHA por tonelada de ração (2,50 x 1,54), para garantir o mesmo desempenho dos frangos de corte. O mesmo cálculo pode ser feito de modo inverso, ou seja, sempre que a MHA for substituída pela DL-Metionina 99%, a quantidade necessária de DL-Met é de 0,65 vezes aquela da MHA-FA 88% adicionada na ração (3,85 x 0,65 = 2,50 kg de DL-Met/ton de ração). Analisando a figura 7, dentro de cada nível avaliado, verificou-se que não houve diferença estatística no ganho de peso e na conversão alimentar para as aves recebendo suplementação de DL-Metionina 99% e de MHA-FA, lembrando que a quantidade de MHA utilizado (kg/ton) foi sempre 1,54 maior que aquela da DL-Met, para que as aves pudessem obter o mesmo desempenho.

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Figura 7. Efeito da suplementação de DL-Met e de MHA-FA sobre o ganho de peso e a conversão alimentar de machos Ross 308 (1 a 47 dias de idade). Fonte: Rostagno (2004) e Viana et al. (2009). Ao final do estudo foi realizada análise estatística, utilizando o modelo de regressão multi-exponencial (não mostrado) para encontrar a eficácia relativa da DL-MHA-FA 88% líquida, em relação à DL-Metionina 99%. O valor de bioeficácia obtido por Rostagno (2003) foi de 68% para a DL-MHA 88% líquida, em relação à DL-Metionina 99%. 5. Comentários Finais A utilização de níveis adequados de metionina + cistina nas rações é fundamental para obter melhor ganho de peso e conversão alimentar. A correta valorização dos produtos a serem utilizados nas rações é fundamental para obter melhor desempenho, associado ao menor custo e conseqüentemente maior retorno econômico da atividade avícola. Trabalhos têm mostrado valores ao redor de 65% de eficiência relativa do produto MHA 88% (líquida), em relação à DL-Metionina 99%. Vale à pena enfatizar aqui que a correta utilização de cada produto é de extrema importância para alcançar dois objetivos fundamentais na indústria avícola: 1) melhor desempenho das aves e; 2) produzir rações e frango com menor custo possível. 4. Referências bibliográficas

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