COMENTÁRIOS SOBRE A REFORMA REGULATÓRIA INACABADA E GARGALOS DE INFRAESTRUTURA: O APAGÃO AÉREO...

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COMENTÁRIOS SOBRE A REFORMA REGULATÓRIA INACABADA E GARGALOS DE INFRAESTRUTURA: O APAGÃO AÉREO José Gabriel Assis de Almeida Fabiana Zanonzini Laís Moreira Marina Viski Tadzia Schanoski

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COMENTÁRIOS SOBRE A REFORMA REGULATÓRIA INACABADA E

GARGALOS DE INFRAESTRUTURA: O APAGÃO AÉREO

José Gabriel Assis de Almeida

Fabiana ZanonziniLaís MoreiraMarina Viski

Tadzia Schanoski

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PRINCIPAIS PROBLEMAS JURÍDICOS

Sistema aeroportuário = base do serviço de transporte aéreo público;

Vital ser eficiente e bem distribuído;

Sistema jurídico prejudica e entrava profundamente a eficiência por dois motivos principais:

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1- ACESSO DA INICIATIVA PRIVADA

Construção,administração e exploração devidamente regulamentados (ANAC);

Excesso de intervenção pública criando gargalos que manifestam-se de duas maneiras:

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Acesso da iniciativa privada limitado à hipótese de concessão ou autorização;

Concessão depende de licitação

Autorização, da vontade da iniciativa privada

Sistema de autorização precário pois esta pode ser revogada a qualquer momento

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A segunda manifestação do gargalo é representada pelas dificuldades de financiamento;

Aeroportos constituem universalidades equiparadas à bens federais;

Restituição ao proprietário apenas após o fechamento;

Qualificação jurídica não permite execução de dívidas.

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A EXPLORAÇÃO DO SISTEMA AEROPORTUÁRIO

As regras jurídicas também privam que empresas privadas explorem os serviços e operações do sistema aeroportuário;

O Art. 36 do CBA determina que a exploração e operação dos aeroportos sejam de monopólio da União Federal;

Na prática quem explora é a Infraero, que controla 97% do transporte aéreo.

O monopólio da exploração feita pela Infraero gera 2 tipos de gargalos: o da contratação do uso de áreas controladas, e o regime de preços de utilização dos aeroportos.

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GARGALOS DECORRENTES DO REGIME E CONTRATAÇÃO DO USO DE ÁREAS AEROPORTUÁRIAS

De acordo com a Constituição da República, a Infraero é uma empresa pública federal, mas está sujeita ao regime jurídico das empresas privadas;

Porem a exploração dos aeroportos não obedece a flexibilidade de agentes econômicos privados: Contratação de serviços por meio de licitação; Locação de espaços para empresas privadas também por

licitação contratos rígidos e prejudiciais Não podem cessar as atividades Não podem devolver a área Criação de acordos extra-oficiais com terceiros

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GARGALOS DECORRENTES DO REGIME DE PREÇOS DE UTILIZAÇÃO DOS AEROPORTOS

De acordo com o CBA qualquer aeronave pode utilizar os aeroportos brasileiros, independente do proprietário ou nacionalidade.

Mas para isso devem pagar as seguintes taxas: Tarifa paga pelo transportador Tarifa paga pelo passageiro Tarifa paga pelo consignário de cargas

São estipuladas pela Infraero e aprovadas pela Anac falta de flexibilidade e autonomia para negociações.

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A Infraero caracteriza-se como monopólio porque controla a infraestrtura e todo o tráfego aéreo;

Os preços são fixados unilateralmente e por ser a única controladora tende a majorar os preços.

Caso a Anac tome conhecimento de algum exercício que viole a ordem econômica ou comprometa a concorrência deve comunicar a: Secretaria de Direito Econômico (SDE) Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

MONOPÓLIO DA INFRAERO

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Taxas absurdas

Não há competição entre os terminais

Espanha: taxa de embarque a R$1,70 em terminais afastados

Em 2009 a tarifa de embarque rendeu 1,3 bilhão de reais

Falta de investimento em infraestrutura

Fevereiro de 2010: 10 milhões de passageiros (aumento de 43% em relação a fevereiro de 2009)

A Tam e Gol ampliaram respectivamente 72% e 60% e possuem mais planos de expansão

Gargalo vai se estender pelos aeroportos do país todo

CONSEQUÊNCIAS DO MONOPÓLIO DA INFRAERO

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Os aeroportos não possuem capacidade para suprir a demanda brasileira, que cresce a cada dia

A quantidade de pessoas que viajam de avião praticamente dobrou nos últimos 5 anos

Previsão para 2010: superação de 36% do total de 2009

Bloqueio do desenvolvimento do setor aéreo

Não há possibilidade para empresas privadas investirem no setor

Burocracia

CONSEQUÊNCIAS DO MONOPÓLIO DA INFRAERO

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Grande necessidade de investimentos em infraestrutura por conta do desenvolvimento do sistema aeroportuário crescente apagão aéreo e caos nos aeroportos.

Infraero estima que seriam necessários R$10bilhões para as melhorias.

CONCLUSÃO

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ESTUDOS DE CASO

Estudo Econômico Sobre Regulação e Concorrência no Setor de Aeroportos (2009)

Para a privatização, são necessários: Criação de agência e novo marco reguladores; Exposição à competição para reorganização e aumento

da eficiência (como segmento das telecomunicações);

Plano A: Governança regulória com órgãos do setor; Estudos de delimitação de mercado; Marco regulatório; Chamada para novos projetos de construção; Cessão em blocos e abertura de capital até 49% Feedback + estabelecimento de metas de crescimento.

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SOBRE A ABERTURA DE CAPITAL

Aeroportos Sociedade Anônima: Uma Projeção de Abertura ao Capital Privado (2008)

Economia pública para mista - permite conexão com administração privada;

Abertura de capital + modelo de gestão gerencial = forma mais democrática de intervenção privada;

Plano de internacionalização com exemplos do exterior + manutenção de valores;

Separação em rentáveis e não rentáveis; Incentivo à parcerias públivo-privadas + não abertura

dos superavitários para preservar sustentabilidade;

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REFERÊNCIAS

http://www.anac.gov.br/arquivos/pdf/estudosregulatorios.pdf

http://www.tgl.ufrj.br/viisitraer/pdf/508.pdf