PROJETO IDENTIFICAÇÃO DOS GARGALOS TECNOLÓGICOS DA ...
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PROJETO
IDENTIFICAÇÃO DOS GARGALOS TECNOLÓGICOS DA
AGRICULTURA FAMILIAR: SUBSÍDIOS E DIRETRIZES PARA
UMA POLÍTICA PÚBLICA
ETAPA:
IDENTIFICAÇÃO DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
DESENVOLVIDAS PELA AGRICULTURA FAMILIAR
Elaboração:
AUGUSTO GUILHERME DE ARAÚJO / IAPAR
Equipe técnica:
Paulo Roberto Abreu de Figueiredo / IAPAR
Rafael Figueiredo / Consultor
Ronaldo Rossetto / IAPAR
Londrina, 04 de Outubro de 2005
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IDENTIFICAÇÃO DOS GARGALOS TECNOLÓGICOS DA AGRICULTURA
FAMILIAR: SUBSÍDIOS E DIRETRIZES PARA UMA POLÍTICA PÚBLICA
APRESENTAÇÃO
O presente relatório constitui uma compilação das inovações tecnológicas criadas e
desenvolvidas pelos agricultores familiares e pequenas indústrias do Estado do Paraná e
consideradas relevantes, pelos agentes locais, para serem difundidas para outros produtores.
O levantamento das inovações teve, como instrumento operacional, roteiros pré-
elaborados e ocorreu em duas etapas: Na primeira, as organizações envolvidas com a
agricultura familiar foram identificadas e convidadas a participar de um Seminário para
esclarecimento e definição do instrumento de coleta das informações do ponto de vista da
oferta tecnológica.
Os formulários foram, em seguida, consolidados e as equipes locais treinadas para seu
preenchimento. Nesse momento também foi estabelecida a data de recolhimento do
material de pesquisa. Para facilitar o preenchimento do material de campo, membros da
equipe realizaram uma visita de apoio às organizações responsáveis pela coleta das
informações.
Na segunda etapa realizaram-se encontros regionais estaduais (10 encontros) tendo
sido reunidas as instituições e organizações responsáveis pelo levantamento e a equipe do
projeto. Os encontros regionais tiveram o objetivo de apresentar os resultados da coleta de
dados e entrevistas.
A sistematização do material se deu no debate e apresentação de propostas. Os
encontros regionais também tiveram a finalidade de construir um catálogo das inovações
e/ou invenções que possam otimizar a agricultura familiar e a qualidade de vida desse
segmento da população. Além disso, os encontros regionais foram preparatórios para o
encontro estadual a ser realizado no encerramento do projeto.
Apos a segunda etapa descrita, as inovações identificadas foram selecionadas pela
equipe do projeto para serem detalhadas através de visitas a campo.
O levantamento inicial identificou 168 inovações em todo o Estado e, dentre estas, a
equipe selecionou 82 que, no entender da mesma, caracterizavam de fato inovações de
interesse geral para a agricultura familiar.
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Estas inovações foram então visitadas visando seu detalhamento considerando quatro
aspectos principais: descrição do funcionamento, utilidade, originalidade e economicidade.
As visitas permitiram um entendimento amplo das inovações e resultaram na
eliminação de algumas delas e na incorporação de outras novas.
O relatório apresenta, portanto, os resultados das visitas compreendendo uma
descrição sintética de 54 inovações selecionadas e distribuídas da seguinte maneira: 7 na
região Norte, 19 na região Oeste e Sudoeste, 6 na região de Curitiba e Litoral, 15 na região
Central e Sudeste e 7 no Noroeste do Estado.
Além da descrição de cada inovação é mostrado, também, um conjunto de imagens de
modo a permitir uma melhor compreensão do funcionamento e importância das mesmas.
Espera-se que, a partir da descrição e da análise das imagens, os agricultores
familiares e demais interessados tenham elementos suficientes para avaliar a adequação das
inovações a seu sistema de produção.
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Nome da Inovação: CANHÃO BANANEIRO
Nome do Inventor: Fernando Teixeira de Oliveira
Profissão do Inventor: Extensionista local da EMATER
Local: Andirá, PR
Telefone para contato: (43) 35384504 ([email protected])
Histórico da inovação: A idéia surgiu a partir de uma visita a Santa Catarina, em 1994,
quando foi verificado um equipamento similar em operação. A partir de fotos, foi criado o
primeiro canhão bananeiro em Andirá. Os testes em campo mostraram, posteriormente, a
necessidade de modificações na estrutura e tubulação.
Fabricantes: Metalúrgica Rodrigues, em Andirá, cujo proprietário é o sr. Sérgio Rodrigues
Nogueira. Telefone (43) 35383251
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: Adaptação de um atomizador, do tipo canhão,
constituída pela colocação de um tubo longo para distribuição de defensivos agrícolas
acima das plantas de bananeira, ou seja, entre 6,0 e 6,5 metros de altura em relação ao nível
do solo. O atomizador adaptado restringe-se à marca Berthoud e ao modelo montado no
sistema hidráulico do trator, com 400 litros de capacidade do tanque, uma vez que outras
marcas não apresentaram desempenho adequado. Além do aumento no comprimento do
tubo, há necessidade de reforço na estrutura do equipamento original e de introdução de
novos elementos estruturais para sustentação da parte mais alta do tubo. Há, também, um
sistema com catracas e cabos de aço, acionado pelo operador, para facilitar a montagem e
desmontagem da parte superior do tubo. A rotação da turbina é aumentada de duas a três
vezes, em relação ao modelo original, para compensar o aumento da altura de pulverização
e o maior comprimento do tubo. A turbina e a bomba centrífuga utilizadas são originais da
fábrica. O atomizador adaptado atinge uma largura de aplicação de cerca de 18 metros, o
que define o espaçamento entre os carreadores por onde o equipamento se desloca. O
sentido da aplicação é único, ou seja, apenas para um dos lados em relação ao carreador.
Principais vantagens da inovação: A inovação permitiu a exploração da bananicultura na
região uma vez que a aplicação aérea de defensivos, a qual constitui a única alternativa à
inovação descrita, não é possível de ser adotada em virtude do tamanho relativamente
pequeno das áreas exploradas.
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Problemas verificados no uso da inovação: A adaptação é adequada para plantas de
bananeiras com 4 a 5 metros de altura e o desempenho da operação é muito influenciado
pela velocidade do vento, a qual deve ser equivalente a uma brisa ligeira, ou seja, entre 3 e
6 km/h. A velocidade máxima de trabalho da máquina deve ser de 5 km/h para evitar o
excesso de vibrações no tubo e o risco de danos à estrutura.
Adequação à agricultura familiar: O preço da adaptação do equipamento é de cerca de
R$800,00 enquanto um atomizador usado, completo e em boas condições, custa entre
R$1.000,00 e R$1.300,00. A manutenção exigida é simples e comum a de outros
pulverizadores cabendo destacar apenas a necessidade de troca periódica de correias de
transmissão para a turbina, devido ao desgaste excessivo. Atualmente, há mais de 50
canhões bananeiros construídos em Andirá e em uso na região e no Estado, comprovando a
adequação da inovação para este público.
FIGURA 1: Vistas traseira (esquerda) e frontal (direita) do canhão bananeiro acoplado ao
trator.
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FIGURA 2: Vista de carreador em bananal comercial onde opera o canhão bananeiro.
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Nome da Inovação: MOINHO PARA KINAKO
Nome do Inventor: Julio Komatsu
Profissão do Inventor: Produtor rural
Local: Uraí, PR
Telefone para contato: (43) 35411797 / 99241097
Histórico da inovação: Em 2004, o produtor solicitou a uma empresa em Londrina, que faz
manutenção em moinhos de café, a adequação do disco desse moinho para operar com soja
e passou a usá-la.
Fabricantes: Empresa localizada próxima ao Parque Ney Braga, em Londrina, cujo
proprietário é o sr. Francisco.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: É um moinho de café comercial que foi
adaptado para moer soja torrada, conhecida comercialmente como Kinako. A soja torrada
em grão é alimentada manualmente pela parte superior do moinho, através de um bocal, e é
então conduzida, através de uma rosca sem-fim, para o espaço entre dois discos ranhurados
onde é prensada. O produto moído é empurrado pelo material que entra e sai pela parte
inferior do equipamento, por gravidade e através de uma bica, sendo então recolhido em
uma embalagem apropriada. Os discos moedores são acionados por um motor elétrico.
Principais vantagens da inovação: Aumento da produtividade do trabalho na moagem da
soja em relação ao uso de um moedor de carne tradicional, o qual também foi adaptado
pelo produtor para esta aplicação. O rendimento da operação é de cerca de 1,0 a 1,5 kg por
minuto. A uniformidade do produto final também é melhor com este equipamento.
Problemas verificados no uso da inovação: É necessário limpar todos os componentes
mecânicos do moinho, após cada lote de material moído, uma vez que a permanência de
resíduos no seu interior facilita a criação de microorganismos que podem prejudicar a
qualidade do material a ser moído no futuro. Outra exigência é de que a soja a ser moída
deve estar isenta de outros materiais, tais como, folhas e terra, para que o produto final
apresente alta qualidade. Isso exige, segundo o produtor, que a soja seja colhida
manualmente.
Adequação à agricultura familiar: O preço pago pelo produtor foi de R$400,00 para um
moinho reformado mas em ótimo estado de conservação sendo que o motor elétrico
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utilizado tem 2 Hp. O mercado potencial de Kinako é grande porém o consumo ainda é
limitado.
FIGURA 3: Vistas gerais do moinho para Kinako.
FIGURA 4: Vistas dos discos ranhurados adaptados para moagem de Kinako.
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Nome da Inovação: COLHEDORA DE RAMOS DE AMOREIRA À TRAÇÃO ANIMAL Nome do Inventor: Wander Rodrigues de Matos
Profissão do Inventor: Técnico em Sericicultura da Kanebo Silk
Local: Nova Esperança, PR.
Telefone para contato: (44) 2525152
Histórico da inovação: A idéia surgiu a partir do projeto da colhedora a tração mecânica
(trator), também adaptada e já em uso na região de Nova Esperança, e os primeiros testes a
campo iniciaram no final de 2003.
Fabricantes: Um reduzido número de máquinas estão em uso e foram produzidas por
pequenas indústrias locais.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: Trata-se da adaptação de uma estrutura
metálica, composta por um motor a gasolina, barra de corte e assento lateral, disposta na
parte frontal de uma carroça tradicional tracionada por um eqüino. O condutor da carroça
opera juntamente com um auxiliar, que se encontra no assento, e cuja função é a de segurar
os ramos de amoreira, à medida que vão sendo cortados pela barra de corte, e formar os
feixes dos mesmos. Quando o volume do material cortado é suficiente para formar um
feixe, o auxiliar avisa ao condutor, que interrompe o deslocamento, e permite que o feixe
seja colocado lateralmente e sobre a carroça. A barra de corte é acionada pelo motor através
de uma transmissão do tipo biela-manivela. A carroça desloca-se nas entrelinhas das
plantas de amoreira, mas a barra de corte e o assento, que são dispostos na lateral direita da
carroça, deslocam-se na mesma direção da linha das plantas, cortando-as. A altura de corte
dos ramos pode variar entre 0 e 0,60 m, em relação à superfície do solo; o espaçamento
entrelinhas deve ser de 1,40 m, embora a máquina possa ser ajustada para outros
espaçamentos e a largura de operação é de 1,0 metro.
Principais vantagens da inovação: Aumento da produtividade do trabalho da operação de
colheita de ramos em pelo menos 50% além da redução da penosidade do trabalho. Há,
também uma melhoria na qualidade nutricional da amoreira devido à menor taxa de
desidratação do material (menos tempo entre o corte e o armazenamento/fornecimento no
barracão).
Problemas verificados no uso da inovação: A principal limitação para o uso da inovação é
a necessidade de treinamento do animal, uma vez que nem todo animal de tração consegue
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se adaptar a esse tipo de serviço, o qual requer paradas freqüentes, além do incomodo ao
animal causado pelos sons gerados pelo motor e barra de corte. Outro problema constatado
pelos usuários diz respeito à segurança do auxiliar que vai sentado na máquina, pois, uma
vez que ele se encontra próximo à barra de corte e com as mãos ocupadas em segurar os
ramos, há o risco de acidentes caso ocorra alguma situação anormal (falha no corte dos
ramos; impactos laterais; paradas bruscas, etc...). A limitação da largura da touceira de
amoreira a no máximo 90 cm representa outra restrição.
Adequação à agricultura familiar: O preço estimado da adaptação é de R$1.500,00, sem o
motor, o qual pode ser substituído por modelos de potências e tamanhos variados que, em
geral, encontram-se disponíveis nas pequenas propriedades. O baixo preço e a significativa
adoção na região evidenciam a adequação da inovação à agricultura familiar. Como não
possui um similar, representa a única alternativa técnica para aqueles produtores que não
têm tratores e que queiram mecanizar a produção do bicho da seda. Entretanto, a adoção
pelos “porcenteiros”, ou seja, aqueles produtores que arrendam a terra e as instalações para
a criação do bicho da seda e que pagam uma fração da produção ao proprietário, ainda não
é importante, uma vez que o custo da inovação é alto para este tipo de produtor. A
manutenção da inovação é simples e acessível ao produtor familiar consistindo
principalmente na manutenção do motor.
FIGURA 5: Vista geral da colhedora a tração animal com o operador no assento.
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FIGURA 6: Vista do motor e sistema de transmissão da barra de corte (biela-manivela).
FIGURA 7: Detalhe do assento e posição da barra de corte.
FIGURA 8: Vista posterior da colhedora com destaque para a carroça.
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Nome da Inovação: SISTEMA DE LIMPEZA DE RESÍDUOS DO BARRACÃO DE CRIAÇÃO DE BICHO DA SEDA.
Nome do Informante: Wander Rodrigues de Matos e Osvaldo da Silva Pádua
Profissão do Informante: Técnico em Sericicultura da Kanebo Silk e Técnico local da
EMATER, respectivamente.
Local: Nova Esperança, PR
Telefone para contato: (44) 2525152 (Kanebo) e 2523184 (EMATER).
Histórico da inovação: Não foi possível identificar a época da criação da inovação nem seu
inventor uma vez que a mesma vem sendo utilizada há bastante tempo no Estado.
Fabricantes: A inovação é simples e pode ser feita pelo produtor requerendo apenas a
aquisição de materiais facilmente encontrados no mercado.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: Trata-se de um processo para retirada dos
resíduos das plantas de amoreira (cama) do barracão após o término da criação do bicho da
seda. Antes da chegada das lagartas nos barracões, segmentos de corda são dispostos
transversalmente em relação às camas e ao longo de todo o comprimento das mesmas a
intervalos de cerca de 2 a 3 metros de distância entre si. Após a retirada dos casulos, as
duas extremidades das cordas, previamente colocadas, são amarradas de modo a comprimir
os resíduos formando um feixe contínuo de material. Em seguida, uma corrente é fixada em
todas as cordas na parte central e superior do feixe e sua extremidade é engatada em um
trator ou animal de tração para, então, transportar o feixe para fora do barracão e utilizá-lo,
em geral, como matéria orgânica na fertilização do amoreiral. O barracão requer aberturas
adequadas, na sua parte frontal, e as mesmas devem ser alinhadas com as camas de modo a
facilitar a operação de retirada do material além de ser necessário, também, espaço
suficiente para transporte do feixe até o campo. Um barracão padrão possui, em geral, 30
metros de comprimento com as camas divididas em duas partes com 15 metros cada, para
facilitar a retirada de acordo com o procedimento descrito. Existem, porém, outras
alternativas para disposição do barracão e das caixas, possíveis a serem adotadas no sistema
de limpeza de resíduos.
Principais vantagens da inovação: Redução significativa no tempo requerido e no custo da
operação de limpeza do barracão. Estima-se que, para um barracão com seis caixas, o
processo descrito requer de 3 a 4 horas enquanto que, no sistema tradicional, são
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necessários dois dias de trabalho. Há, também, um benefício importante relacionado à
saúde do produtor uma vez que a movimentação direta de material pelo mesmo é bastante
reduzida, em relação ao sistema tradicional, e, portanto, o risco de doenças respiratórias e
outras é menor.
Problemas verificados no uso da inovação: Requer adaptação na construção do barracão
principalmente quanto às aberturas na parte frontal e nas caixas. O transporte do feixe pode
facilitar a disseminação de doenças se houver inóculos no material. A distribuição dos
feixes no campo é, às vezes, difícil pois nem sempre o espaçamento entre-linhas das plantas
permite o posicionamento adequado do material, ou seja, é necessário adequar o
espaçamento ao sistema de limpeza.
Adequação à agricultura familiar: O custo da inovação é baixo e composto basicamente
pelas cordas e correntes, além de não exigir manutenção. A larga disseminação da
tecnologia na região comprova sua adequação aos produtores familiares.
FIGURA 9: Aberturas para retirada dos resíduos pela parte frontal do barracão.
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FIGURA 10: Disposição transversal das cordas em relação às camas.
FIGURA 11: Amarração dos resíduos, com as cordas, para formação dos feixes.
FIGURA 12: Retirada do feixe com trator.
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FIGURA 13: Retirada do feixe com tração animal.
FIGURA 14: Disposição dos resíduos na área cultivada com amoreira.
FIGURA 15: Disposição final dos resíduos nas entrelinhas.
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Nome da Inovação: AFOFADOR DE SOLO PARA ARRANQUIO DE MANDIOCA
Nome do Inventor: João Marques, empresa Marquesfund JMS Cia Ltda
Profissão do Inventor: Empresário.
Local: Distrito da Graciosa, no município de Paranavaí.
Telefone para contato: (44) 3428-1207
Histórico da inovação: Iniciou em 1991, ainda como funcionário da INDEMIL.
Fabricantes: Marquesfund JMS Cia Ltda.
Propriedade industrial: Não solicitou.
Descrição do funcionamento da inovação: Afofador para 2 linhas de mandioca,
constituído por uma haste com duas asas laterais e cinco dentes dispostos ao longo das
mesmas. A largura de trabalho é de 1,80 m e os dentes são espaçados a 0,45 m de distância
entre si. A estrutura é fabricada em aço 1020 e as hastes, lâminas e dentes são fabricados
com aços especiais. Possui, ainda, um sistema de molas vibratórias para facilitar a operação
de afofamento do solo e uma roda guia e disco de corte à frente da haste, a qual tem a
função de cortar os restos culturais e limitar a profundidade de operação. É acoplado ao
sistema de levante hidráulico do trator e requer potência de tração entre 65 a 90 cv para
profundidade de trabalho entre 0,20 e 0,30 m, dependendo do tipo de solo. A produtividade
do trabalho é de 2,5 ha/dia para linhas de mandioca espaçadas a 0,90 m.
Principais vantagens da inovação: Pode trabalhar em solo úmido ou seco; afofa o solo
com grande rapidez pela ação das molas vibratórias, as quais permitem o ajuste da máquina
para operação em solos com diferentes texturas.
Problemas verificados no uso da inovação: Foram solucionados após as primeiras
avaliações a campo. A principal mudança, em relação ao projeto original, foi a colocação
de dentes nas asas laterais para quebrar a estrutura do solo, o que possibilitou a redução na
força de tração.
Adequação à agricultura familiar: Pode ser usada de forma comunitária por vários
produtores. O preço do equipamento é de R$3.450,00 e tem sido adquirido por pequenos
agricultores, inclusive de outros estados, comprovando sua adequação a este público.
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FIGURA 16: Vista frontal do afofador de solo para mandioca.
FIGURA 17: Vista lateral do afofador de solo para mandioca.
FIGURA 18: Detalhes da mola vibratória (esquerda) e dos dentes do afofador.
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Nome da Inovação: COLHEDORA DE MILHO VERDE
Nome do Inventor: Mauro Albert Junges.
Profissão do Inventor: Agricultor.
Local: Distrito de Dom Armando, no município de Missal.
Telefone para contato: (45) 3260-1147
Histórico da inovação: Foi desenvolvida em 2000 para atender a demanda de pequenos
produtores de milho verde. Atualmente duas máquinas trabalham para pequenos produtores
das Cooperativas COOPAVEL e LAR na região.
Fabricantes: Foram produzidos dois equipamentos de colheita.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos, mas tem interesse.
Descrição do funcionamento da inovação: Na colheitadeira SLC 2000, ano 86, retirou-se
o sistema de trilha, retrilha e limpeza, aumentando o depósito para colocar espigas. São
usadas 5 linhas para colheita, tendo sido aumentado o comprimento da máquina em 0,5 m
para colocar o sistema de descarga no depósito de espiga. O eixo traseiro foi substituído por
um de caminhão e o motor foi deslocado para a frente. A velocidade de trabalho é de até 4
km por hora, com produtividade de até 8 ton/hora, podendo ser colhidos até 10 ha/dia.
Possui sistema de esteira para descarga diretamente no caminhão. A indústria na região
demanda 40 ton/dia de milho verde para congelamento e 80 ton/dia para conserva.
Principais vantagens da inovação: Maior rendimento do trabalho, menor compactação do
solo e menor consumo de combustível em relação às máquinas chamadas espigadeiras, com
1 ou 2 linhas. Além disso, reduz a demanda de mão-de-obra na propriedade, nessa
operação, e permite controle eficiente da colheita e da qualidade do milho verde.
Problemas verificados no uso da inovação: Foram necessários alguns ajustes, já
realizados, tais como a troca do eixo de descarga, a mudança de uma lona de borracha no
lugar de corrente para a esteira do pescoço e o motor ficou no lugar do graneleiro.
Adequação à agricultura familiar. Apesar da inovação não ser especificamente voltada
para pequenos produtores, seu desenvolvimento foi resultado de uma demanda desse tipo
de produtor em conseqüência da instalação de uma indústria processadora na região. Sua
utilização resolveu o problema da colheita manual de milho verde, operação altamente
demandadora de mão de obra, e deve ser proposta para um consórcio ou associação de
produtores familiares, prestando serviço para um número grande de propriedades, como
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vem ocorrendo na região. O custo estimado para adaptação das máquinas usadas é de
R$60.000,00, contudo é possível a adaptação de uma máquina nova, para 5 linhas, no valor
estimado de R$300.000,00.
FIGURA 19: Vista geral da colhedora de espigas de milho verde.
FIGURA 20: Vista superior da plataforma de colheita de milho verde.
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FIGURA 21: Espigas no depósito da colhedora de milho verde.
FIGURA 22: Depósito de espigas da colhedora de milho verde.
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Nome da Inovação: CULTIVADOR À TRAÇÃO MANUAL
Nome do inventor: João Magieiro
Profissão do Inventor: Agricultor .
Local: Chácara 316 A, Altônia.
Telefone para contato: (44) 3659-1480
Histórico da inovação: O produtor possuía um equipamento à tração animal mas, em
algumas situações, era inviável o uso do animal, principalmente em canteiros de olerícolas.
Desse modo, procurou desenvolver uma inovação que permitisse realizar o serviço sem a
necessidade do animal.
Fabricantes: O próprio produtor construiu para seu uso, mas já existem muitos produtores
utilizando o mesmo equipamento construído em pequenas oficinas locais.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: O cultivador possui uma estrutura metálica
com uma roda de bicicleta, sem pneu, fixa na sua parte frontal e uma haste cultivadora atrás
da roda. A outra extremidade da estrutura apresenta duas rabiças para o operador controlar
a posição de trabalho do cultivador e empurrá-lo. A haste usada pode ser do tipo asa de
andorinha, ou outro tipo qualquer, com diferentes tamanhos e sua profundidade de trabalho
pode ser ajustada através de um suporte da haste disposto na posição vertical. A estrutura
do cultivador é metálica e tubular com diâmetro de ¾”, o que o torna leve e resistente.
Principais vantagens da inovação: Em relação ao cultivo manual com enxada, o
rendimento do trabalho é muito maior, da ordem de 1,5 dia/alqueire com a inovação e 3
dias/alqueire com a enxada. O equipamento tem rendimento semelhante ao de tração
animal, com a vantagem de fazer o serviço em canteiros e pequenos arremates de ruas de
café e outros onde o animal não pode ser usado. O equipamento funciona perfeitamente na
eliminação de plantas daninhas com até três pares de folhas e a haste pode ser substituída
conforme a variação de terreno e plantas ocorrentes. O serviço rende muito mais, capina
vários canteiros trocando apenas a haste de cultivo.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram identificados problemas uma vez
que o cultivo pode ser realizado independentemente da umidade e do tipo de solo.
Adequação à agricultura familiar: O custo da inovação gira em torno de R$l00,00; é fácil
de manusear e eficiente, o que torna o equipamento muito adequado à agricultura familiar,
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seja em culturas de grãos, em lavouras de café e, especialmente, para canteiros de
olerícolas, podendo vir a ter um amplo mercado.
FIGURA 23: Vista geral (esquerda) e posterior do cultivador.
FIGURA 24: Detalhe da haste do cultivador.
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Nome da Inovação: ESCARIFICADOR E CULTIVADOR MANUAL
Nome do Inventor: Valdir Luchmann
Profissão do Inventor: Agricultor
Local: Rua Getúlio Vargas 364, Verê, PR.
Telefone para contato: (46) 3535-1119 (Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor/CAPA)
Histórico da inovação: Desenvolvido pelo pai do Valdir, Sr. Frido Luchmann, há 12 anos,
para uso na propriedade de Marechal Cândido Rondon. Inicialmente possuía apenas um
rolo de madeira, sendo posteriormente aperfeiçoado pelo Valdir com o acréscimo de um
rolo a mais de madeira. O escarificador é usado para limpeza, eliminando plantas
indesejáveis, e no preparo do solo de canteiros para semear cenoura, beterraba e outras, e
também como cultivador em olerícolas.
Fabricantes: Apenas divulgado para vizinhos.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: São dois cilindros de madeira, com diâmetro de
10 cm cada, com 15 pregos (17x27) fixados em sua superfície, sendo os mesmos dispostos
em três linhas longitudinais, igualmente espaçadas, e com cinco pregos em cada linha. Os
pregos ficam, aproximadamente, 5 cm para fora dos cilindros e são dispostos um à frente ao
outro de modo que os pregos, dos dois cilindros, fiquem desalinhados. Há um cabo
inclinado de madeira, fixado na estrutura do conjunto, e usado pelo operador para empurrar
o equipamento. Ao ser empurrado, os cilindros giram em contato com a superfície e os
pregos realizam uma mobilização do solo, controlando as ervas e realizando uma
escarificação leve do mesmo. O operador caminha lateralmente e fora do canteiro,
empurrando o equipamento. Para um canteiro de hortaliças de 300m2, com ervas com no
máximo 2 pares de folhas, são demandadas 2 horas de trabalho além de alguns minutos
complementares para limpeza por meio da catação manual.
Principais vantagens da inovação: É alta a eficiência da limpeza quando as ervas têm até 2
pares de folhas, além disso, a operação é muito fácil e rápida.
Problemas verificados no uso da inovação: Há limitações que impedem o uso do
equipamento se o terreno estiver muito seco ou muito úmido. Por certo, não funciona com
ervas com mais de 2 pares de folhas.
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Adequação à agricultura familiar. É próprio para produtores familiares de hortaliças. O
custo de construção é baixo, pois se aproveita madeira sempre existente nas propriedades
rurais.
FIGURA 25: Vista geral do cultivador com destaque para os pregos.
FIGURA 26: Cultivador em operação observando-se o controle de ervas e a escarificação
do solo.
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Nome da Inovação: ESTUFA COM BEIRAL
Nome do Inventor: Valdir Luchmann e Décio Capnine
Profissão do Inventor: Agricultores
Local: Avenida Getúlio Vargas 364, Verê, PR.
Telefone para contato: (46) 3535-1119
Histórico da inovação: Foi desenvolvida em 2002, em Marechal Cândido Rondon, e
aperfeiçoada pelo Sr. Décio, em 2004 , acrescentando o beiral, uma extensão do próprio
material da estufa.
Fabricantes: Há outros produtores da região utilizando este modelo, tendo sido feita uma
maquete demonstrativa a qual se encontra no CAPA (Centro de Apoio ao Pequeno
Agricultor) em Marechal Cândido Rondon.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: Trata-se de uma extensão lateral da cobertura
plástica, utilizada nas estufas convencionais de olerícolas, com cerca de 0,3 a 0,4 m de
comprimento e que serve para evitar o respingo de água de chuva para dentro da estufa.
Este beiral localiza-se na parte superior da estufa e, além dele, há outra proteção na parte
inferior também para evitar respingos de chuva dentro da estufa. O tamanho recomendado
da estufa é de 5 x 21 m, uma vez que o aproveitamento do material é melhor, ou seja,
utilizando-se uma barra de aço de 6 metros de comprimento, restam 0,5 m para cada lado.
Os pilares são mourões da propriedade com 2,l0 a 2,20 m de altura e espaçados de 3 m. Os
arcos possuem 6 m de comprimento ficando com 5 m de vão, após curvá-los, e uma
travessa, disposta por cima dos arcos, serve para travar a estufa. Na parte superior, tanto na
frente como no fundo, há espaços para janelas que servem para retirar o ar quente.
Principais vantagens da inovação: Melhora a ventilação interna na estufa, por ser mais
estreita; favorece a rotação de hortaliças; evita danos causados por respingos internos, nos
canteiros; resiste mais aos ventos e tem maior durabilidade.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram verificados problemas
Adequação à agricultura familiar. Perfeitamente adequada, sendo que o custo do material
varia de R$8,00 a R$15,00 por m2, podendo reduzir se for utilizado material próprio.
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FIGURA 27: Vista da estufa com destaque para a extensão lateral (beiral).
FIGURA 28: Detalhe da extensão lateral (beiral).
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Nome da Inovação: PLANTADORA DE MANDIOCA
Nome do Inventor: João Marques
Profissão do Inventor: Proprietário da MARQUESFUND JMS Cia Ltda, empresa do ramo
de fundição.
Local: Distrito Graciosa, Paranavaí, PR
Telefone para contato: (44) 3429-1207
Histórico da inovação: Em 1991, ainda como funcionário da INDEMIL empresa que faz
parte do grupo YOKI, ajudou a desenvolver a máquina e, posteriormente, conseguiu a
licença para a produção do equipamento pela MARQUESFUND.
Fabricantes: MARQUESFUND JMS.
Propriedade industrial: Patenteada pela Indemil, direito passado para Marquesfund.
Descrição do funcionamento da inovação: Plantadora com 2 linhas para engate no levante
hidráulico do trator ou, com 4 linhas, para arrasto, possuindo disco de corte guilhotinhado
para abertura de sulco com diâmetro de 14”, caixa para 100 kg de adubo, plataforma para
armazenamento de ramas e bancos para os operadores que alimentam as ramas nos
dosadores. A plataforma é dimensionada para plantio de 2m3 de rama de mandioca e o
rendimento de plantio é de 1,6 ha/hora para a máquina de 4 linhas e de 0,8 a 1,0 ha/hora
para a de 2 linhas. É necessário um operador por linha de plantio, ou seja, dois e quatro
operadores para os modelos com duas e quatro linhas, respectivamente.
Principais vantagens da inovação: Os operadores trabalham sentados em bancos
almofadados; a distribuição de ramas (manivas) é uniforme; é possível regular o tamanho
das ramas e estas podem ser plantadas de forma desencontrada entre as linhas vizinhas.
Possui sistema opcional para pulverização de fungicidas e inseticidas no sulco de plantio e
permite, ainda, regular o espaçamento das linhas de plantio entre 0,80 m até 1,20 m.
Problemas verificados no uso da inovação: O corte das ramas com uma serra danificava as
mesmas, o que levou à mudança para o sistema de guilhotina. Outra mudança foi o
posicionamento do depósito de ramas à frente do operador, pois, anteriormente, havia muita
queixa de dores nas costas devido ao movimento lateral que os operadores faziam. O
sistema de corte das ramas foi, também, alterado de modo que as mesmas são inseridas em
apenas um tubo por linha de plantio sendo, então, cortadas automaticamente o que facilitou
a operação.
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Adequação à agricultura familiar. Modelo para levante hidráulico, com 2 linhas, tem o
preço R$8.600,00 e, o de arrasto com 4 linhas, de R$20.000,00 (maio de 2005). Em virtude
dos valores relativamente altos para a agricultura familiar, recomenda-se a aquisição
comunitária destas máquinas, por um grupo de produtores, uma vez que a produtividade do
trabalho é alta e a janela de plantio de mandioca é ampla. A máquina adquirida dessa forma
pode ser usada, também, para prestação de serviços a outros produtores.
FIGURA 29: Vistas dos modelos de 2 (esquerda) e 4 linhas da plantadora de mandioca.
FIGURA 30: Vistas laterais dos modelos de 2 (esquerda) e de 4 linhas.
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FIGURA 31: Disco de corte para abertura do sulco de plantio (esquerda), roda
compactadora e discos ateradores de sulco.
FIGURA 32: Detalhe do tubo de alimentação e corte das manivas.
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Nome da Inovação: PLANTADEIRA À TRAÇÃO ANIMAL
Nome do Inventor: Francisco Sgarbossa.
Profissão do Inventor: Mecânico de maquinas e empresário.
Local: Rodovia BR 277 km 615, no município de Santa Tereza do Oeste.
Telefone para contato: (45) 3231-1231 e 9966-8767
Histórico da inovação: A plantadeira foi desenvolvida há 12 anos quando a indústria
passou a buscar e fazer adaptações visando o plantio direto.
Fabricantes: Empresa do próprio Sr. Sgarbossa.
Propriedade industrial: Ainda em processo, pois fabricante concorrente, a Triton, também
requereu patente de equipamento semelhante.
Descrição do funcionamento da inovação: Plantadeira de tração a cavalo ou boi, de 2
linhas, com caixas de polietileno e rosca-sem-fim para adubo, caixa de adubo para 100 kg,
caixa de semente para 40 kg, disco de corte, sulcador, disco desencontrado para semente e
roda compactadora, sistema de transmissão de câmbio/recâmbio de 32 engrenagens. Usa
pneu aro 13, sistema de bucha de “nylon”, roda e disco limitador para profundidade com
rolamento blindado. Peso da plantadeira vazia é 290 kg. Possui, ainda, assento para o
operador entre as duas caixas de semente. O espaçamento máximo é de 1,80 m, para 2
linhas de milho a 0,90m de espaçamento entre-linhas, podendo ser ajustado à cultura. Com
boi, é possível plantar 2 alqueires em 10 horas diárias, rendimento este que é um pouco
aumentado quando se traciona com cavalo.
Principais vantagens da inovação: É leve para tração animal, fácil de manobrar e possui
desengate automático do sistema de distribuição. Como referência, vale citar que as
prefeituras de Rio Bonito do Iguaçu e Nova Laranjeiras adquiriram para os assentamentos
rurais.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram registrados problemas.
Adequação à agricultura familiar. A tração animal é adequada a propriedades familiares.
O preço da plantadeira é de R$4.800,00 com 2 linhas, sendo que a de apenas 1 linha fica
por R$2.300,00.
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FIGURA 33: Vista frontal da plantadeira à tração animal.
FIGURA 34: Vista lateral da plantadeira à tração animal.
FIGURA 35: Sistema de câmbio para regulagem da dosagem de fertilizantes.
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Nome da Inovação: PRODUÇÃO DE MEL DIRETO NO VIDRO
Nome do Inventor: Nilo Deliberali.
Profissão do Inventor: Extensionista rural de Santa Lucia.
Local: Travessa Pio Xll 95, Bairro Cancelli, em Cascavel.
Telefone para contato: (45) 3222-9921 e prefeitura de Santa Lúcia (3288-1144).
Histórico da inovação: Processo desenvolvido em 1998e divulgado pela EMATER no
Show Rural COOPAVEL, foi passado a muitas pessoas que solicitaram por carta, e
também publicado pela revista Globo Rural. O produtor Antonio Junges está usando essa
técnica, no município de Floresta, onde foram obtidas as fotos.
Fabricantes: O processo está sendo utilizado em vários municípios do oeste do Paraná e
outras regiões da Brasil.
Propriedade industrial: Não foi feito registro ou patente. A descrição do processo foi
encaminhado para a Biblioteca Pública do Rio de Janeiro, no sentido de assegurar a autoria
e garantir direito histórico.
Descrição do funcionamento da inovação: Sobre a melgueira, coloca-se uma tábua de 41 x
51 cm com 20 orifícios para suportar os vidros de conservas vegetais, os quais já estão
previamente preparados com cera alveolada. O período ideal de colocação é em meados da
primavera, no mês de outubro. Em Floresta, o Sr. Antonio tem obtido mel em duas
floradas, em meados de janeiro e fevereiro com a soja e em setembro com rubim. Cada
vidro possui entre 450 e 500 gramas de mel.
Principais vantagens da inovação: Nos vidros não há perdas; praticamente evita-se
qualquer contaminação; o acondicionamento é ideal; o favo no vidro é muito atrativo e tem
o preço de venda bem maior. Cada frasco é vendido a R$8,00, sendo que o preço do mel
gira em torno de R$8,00 por kg. Assim, o valor de venda é bastante compensador e atrativo
ao consumidor, ainda que a produção de mel tenha uma pequena diminuição, quando feita
no vidro. Não há manipulação alguma por parte do produtor, pois a embalagem fechada
está pronta para comércio, não requerendo o processo de centrifugação.
Problemas verificados no uso da inovação: O processo demanda diversos cuidados. Há
colméias que não aceitam a técnica e, por isso, a escolha tem que ser inicialmente por
tentativa, identificando as colméias que produzem o mel no vidro. O fato de o vidro ser
colocado sem tampa induz à cristalização na rosca, pela abelha, provocando uma pequena
33
contaminação do mel na hora da retirada, o que foi solucionado envolvendo-se a rosca do
vidro com plástico.
Adequação à agricultura familiar. A apicultura é muito apropriada à agricultura familiar e,
particularmente, esse processo é interessante como alternativa para diversificar os produtos
no mercado e garantir a qualidade.
FIGURA 36: Aspecto final da produção de mel direto no vidro.
FIGURA 37: Detalhe da taboa perfurada para colocação dos vidros sobre a melgueira.
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Nome da Inovação: PULVERIZADOR COM BASE EM CARRIOLA
Nome do Inventor: Livar Kaiser
Profissão do Inventor: Agricultor.
Local: Linha Belmonte, município de Marechal Cândido Rondon.
Telefone para contato: (45) 3254-2820
Histórico da inovação: Há 2 anos criou essa alternativa ao pulverizador costal, de 20 litros,
o qual demandava muito tempo e muita mão de obra para as 5 estufas da propriedade.
Fabricantes: Apenas o Sr. Livar está utilizando o equipamento, embora o CAPA tenha
interesse em divulgar para outros produtores.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: O equipamento é montado sobre um chassi de
carriola, com um tanque de 50 litros e uma bomba de 2/3 Hp, a qual tem a função também
de, com o retorno, agitar a calda. A carriola facilita o transporte do pulverizador, o qual é
utilizado com uma mangueira comprida e 3 bicos, modelo caneta, o que permite aplicar 50
litros em uma área de 300 m2 o que equivale a duas estufas e meia (20 litros por estufa). Em
relação à produtividade do trabalho, com o equipamento gastam-se 20 minutos por estufa
enquanto que, com o pulverizador costal, o tempo requerido é de 50 minutos.
Principais vantagens da inovação: Ganha-se tempo no transporte e na aplicação; a
pulverização é mais prática e homogênea e diminui o esforço em comparação ao
pulverizador costal.
Problemas verificados no uso da inovação: O rotor teve desgaste e foi trocado, indicando
necessidade de constante reposição.
Adequação à agricultura familiar: A inovação é bastante adequada ao trabalho de
agricultores familiares em estufas, sendo o preço estimado em R$400,00 se todas as peças
forem compradas novas.
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FIGURA 38: Vista lateral do pulverizador.
FIGURA 39: Motor elétrico usado no pulverizador.
FIGURA 40: Bicos pulverizadores.
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Nome da Inovação: PULVERIZADOR PARA PINTAR AVIÁRIOS E OUTRAS INSTALAÇÕES
Nome do Inventor: Ronaldo Glesse
Profissão do Inventor: Empresário
Local: Rua Brasília 975 em Missal.
Telefone para contato: (45) 3244-1147
Histórico da inovação: Desenvolvido em 2000, por solicitação de um agricultor da região
que queria o equipamento para pintar aviário ou chiqueiro com tinta à base de cal.
Fabricantes: A MISSAGRO, empresa do Sr. Ronaldo, tem fabricado e vendido várias
unidades.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: De tração manual possui tanque de 200 litros,
rodas para transporte, bomba de 1Hp para produtos químicos e motor elétrico monofásico.
Gera pressão para pintar até o telhado por meio de um bico tipo leque com abertura de 40
cm sendo que, pela regulagem do retorno, ajusta-se a pressão de pulverização. O material
usado é ABS anticorrosivo e fibra de vidro.
Principais vantagens da inovação: As principais vantagens são a maior facilidade e
uniformidade da pintura e a menor demanda de tempo em relação ao trabalho manual com
broxa.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram citados problemas.
Adequação à agricultura familiar. Muito interessante para pintura de aviários, chiqueiros e
barracões em geral, com caldas à base de cal. A estimativa de preço é R$1.000,00,
compatível com a agricultura familiar, considerando a utilidade da inovação.
FIGURA 41: Vista lateral do pulverizador para pintar aviários.
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Nome da Inovação: PULVERIZADOR COM BOMBA ELÉTRICA
Nome do Inventor: Carlos Mileske Gouveia.
Profissão do Inventor: Agricultor e funcionário público municipal.
Local: Jardim Paulista, na cidade de Paranavaí.
Telefone para contato: (44)3423-7505 e 9974-2301
Histórico da inovação: Desenvolvido em 2002, em Paranavaí, para suprir a demanda de
aplicação de “bocakshi”, a qual é uma calda verde com EM 4 (microorganismos) e aplicada
na cultura da mandioca.
Fabricantes: Só tem utilizado na propriedade.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: Carrinho de movimentação manual, puxado
pelo operador o qual opera montado sobre um cavalo, construído em estrutura tubular e
chapa de 2”1/2”, utiliza pneu de moto, possui tanque de 50 litros e bomba elétrica (mesma
usada para combustível em automóveis) acionada por bateria 12 volts. A bomba possui
retorno para o excesso de calda funcionando, assim, como agitador da mistura. O gatilho do
pulverizador costal manual é usado junto à barra facilitando o controle pelo operador da
área pulverizada. O operador também liga e desliga a bomba conforme a necessidade, por
meio de interruptor que se encontra próximo à sua mão. O carrinho tem 0,60 m de largura e
trabalha com 2 ou 3 linhas de pulverização, no entanto, pode ser mais largo de acordo com
o espaçamento da cultura.
Principais vantagens da inovação: Maior produtividade da operação de pulverização;
redução do esforço do trabalho; maior autonomia em relação ao pulverizador costal (20 l) e
maior facilidade de transporte devido às rodas.
Problemas verificados no uso da inovação: O terreno precisa ser o mais nivelado possível
para viabilizar que o operador trabalhe montado em cavalo.
Adequação à agricultura familiar. O custo do equipamento pode ser bastante reduzido se
for utilizada bateria e bomba usadas. Uma bomba nova de combustível deve ficar em
R$500,00.
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FIGURA 42: Vista posterior do pulverizador.
FIGURA 43: Vista superior do pulverizador.
FIGURA 44: Barra com bicos pulverizadores.
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Nome da Inovação: PULVERIZADOR TRAÇÃO ANIMAL
Nome do Inventor: Francisco Sgarbossa.
Profissão do Inventor: Mecânico de máquinas e empresário.
Local: Rodovia BR 277 km 615 em Santa Tereza do Oeste.
Telefone para contato: (45) 3231-1231 e 9966-8767
Histórico da inovação: A empresa iniciou suas atividades prestando serviços mecânicos
em geral em São Francisco, distrito de Vera Cruz do Oeste, passando posteriormente a
fazer adaptações de máquinas para plantio direto. Desenvolveu esse equipamento há 12
anos em Santa Tereza do Oeste. Além desse equipamento, a indústria também produz uma
plantadeira de uma e duas linhas de tração animal e outra, tratorizada, de seis linhas.
Fabricantes: O próprio Sr. Francisco Sgarbossa.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: O pulverizador possui uma barra de 7 metros
com 14 bicos antigotejo, 2 pistões com desengate automático, válvula para controle da
pressão, com manômetro e filtro de linha, além de controle de regulagem de altura da barra
e do assento do operador. O tanque possui 250 litros e a bomba, de fabricação própria,
ainda não foi patenteada. Com tração bovina, pulveriza 3,5 alq. por dia, mas, com cavalo,
atinge 5,5 alq./dia. Utilizado em culturas anuais, tais como, soja e milho e vem sendo
adaptado para algodão.
Principais vantagens da inovação: Desengate automático caso o animal venha a se afastar
e peso de 140 kg sem água. O operador fica sentado à frente do tanque e distante da barra.
O manuseio é fácil e prático.
Problemas verificados no uso da inovação: O pulverizador já vem sendo comercializado
há bastante tempo e não foram citados problemas pelos usuários.
Adequação à agricultura familiar. A tração animal ainda é usual em agricultores
familiares, o que comprova a adequação desse pulverizador. O preço atual é de R$2.800,00.
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FIGURA 45: Vista frontal do pulverizador com barras levantadas.
FIGURA 46: Assento do operador, regulador de pressão e estabilizador do pulverizador.
FIGURA 47: Bombas de pistão do pulverizador.
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Nome da Inovação: RASPADOR DE RAMA DE VASSOURA CAIPIRA
Nome do inventor: Rubens Cracco
Profissão do Inventor: Agricultor
Local: Sítio Estrada da Paineira, em Altônia.
Telefone para contato: (44) 3659-1555 (Sindicato Rural de Altônia)
Histórico da inovação: Aperfeiçoamento de equipamento usado há mais de 10 anos, e que
torna mais prático e rápido remover os grãos de sorgo-vassoura da rama.
Fabricantes: O produtor tem fabricado artesanalmente vários equipamentos os quais
encontram-se em uso na vizinhança.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: Estrutura de madeira com dimensões de 1,50 x
0,60 x 0,80 m que suporta um cilindro de madeira com 15 cm de diâmetro contendo 5
fileiras de pregos, cada qual com 4 a 5 pregos alinhados, curvados em forma de L e sem as
cabeças, para não estraçalhar as ramas. O cilindro é acionado por um motor a gasolina de 1
Hp e um par de polias. A rama de vassoura é introduzida por cima da caixa e sobre o
cilindro em rotação.
Principais vantagens da inovação: O rendimento é muito maior comparado à operação de
raspagem manual, atingindo 150 vassouras por dia contra 30 no método tradicional.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram citados problemas e a operação é
muito segura.
Adequação à agricultura familiar: O uso disseminado comprova a adequação da inovação,
sendo o custo muito baixo e limitado, basicamente, à aquisição do motor, o qual, muitas
vezes já se encontra disponível nas pequenas propriedades.
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FIGURA 48: Vista geral do raspador de rama de vassoura.
FIGURA 49 Vista lateral do raspador de rama de vassoura.
FIGURA 50: Detalhe do cilindro com pregos do raspador.
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Nome da Inovação: SEMEADORA DE BETERRABA E OUTRAS HORTALIÇAS
Nome do Inventor: Ampelio Parzianello
Profissão do Inventor: Agricultor, produtor de hortaliças e técnico do MAPA.
Local: São Jorge do Oeste, PR.
Telefone para contato: (46) 3534-1532 e 3534-1524 (SEAB).
Histórico da inovação: Desenvolvida em 2001 visando diminuir o esforço e evitar dores
nas costas além de ganhar tempo e melhorar a uniformidade das plantas.
Fabricantes: Equipamento de uso individual, já bastante disseminado.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: A semeadora possui, como depósito de
sementes, um cilindro, que pode ser uma lata comum, o qual é centralizado por um
parafuso longo em uma roda de madeira de 30 cm de diâmetro. O parafuso fixa também o
cabo da semeadora ao depósito. Dependendo do tamanho das sementes (beterraba, cenoura,
cebola, almeirão, etc..) e da densidade de semeadura desejada pode-se abrir ou fechar os
furos no cilindro por onde são dosadas as sementes. O rendimento é de cerca de 400m2 por
hora, o que correspondente a 5 pessoas distribuindo as sementes manualmente.
Principais vantagens da inovação: Há economia de tempo, melhora a distribuição e a
uniformidade das plantas, reduz a penosidade do trabalho na semeadura e, muitas vezes,
dispensa a operação de raleio.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram citados problemas.
Adequação à agricultura familiar. Equipamento típico para a agricultura familiar, de custo
baixíssimo e prático.
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FIGURA 51: Cilindro dosador da semeadora com destaque para os furos.
FIGURA 52: Semeadora em operação.
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Nome da Inovação: SEGADEIRA DE PASTAGENS PARA PEQUENOS PRODUTORES
Nome do Inventor: Edio Joce Finardi
Profissão do Inventor: Empresário da MISSAGRO.
Local: Rua Brasília 975, em Missal.
Telefone para contato: (45) 3244-1147
Histórico da inovação: Baseado na experiência e interesse demonstrado pelos produtores
da região por uma máquina para corte de pastagens produzida, há anos atrás, por uma
indústria local, o empresário desenvolveu um equipamento para a mesma função.
Fabricantes: A MISSAGRO possui estrutura industrial e vende para a região e para o
Paraguai.
Propriedade industrial: Patente requerida em 2002,com registro MU 8400620 no INPI.
Descrição do funcionamento da inovação: Segadeira para corte de gramíneas,
autopropelida com motor a gasolina de 5,5 Hp, possui rabiças com o operador caminhando
atrás da máquina, barra de corte de 1 m de largura de trabalho, enleirador e chassi em aço
tubular. O rendimento de corte é de 1.000 m2 por hora e o consumo é de cerca de 600 ml de
gasolina por hora. A lubrificação a graxa requer baixa manutenção e evita a contaminação
da forragem pelo óleo. Está em fase experimental para ser usada no corte de feijão.
Principais vantagens da inovação: Bom rendimento de corte e enleiramento; baixa
manutenção; facilita o aproveitamento das forrageiras sendo útil no corte de diversas
espécies de gramíneas e outras plantas destinadas à alimentação de bovinos, equídeos e
outros.
Problemas verificados no uso da inovação: Já houve reforço na barra de corte devido a
problemas de resistência mecânica e vibração. Segundo o inovador, pode cortar caules com
espessura máxima de 1,5 cm.
Adequação à agricultura familiar. O equipamento é apropriado para quem tem mão-de-
obra familiar, uma vez que executa apenas a operação de corte e não elimina as demais
operações requeridas na produção de forragem (carregamento e transporte). O atual preço
de venda é de R$4.900,00 mas pode-se ser usada de forma comunitária.
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FIGURA 53: Vista posterior da segadeira com destaque para o motor.
FIGURA 54: Vista frontal com destaque para a barra de corte.
FIGURA 55: Detalhe da barra de corte da segadeira.
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Nome da Inovação: SEMEADORA PARA MICROTRATOR
Nome do Inventor: Marco Rogério Toschi
Profissão do Inventor: Agricultor
Local: Estrada Alvorada, Sítio São José, Gleba 01, distrito Carajá, município de Jesuítas.
Telefone para contato: (44) 9129-0151 ou 9981-3940.
Histórico da inovação: Desenvolvida em 2002, para plantio de culturas intercaladas ao
café adensado. Não tem sido ainda difundida para outros produtores, mas há interesse.
Propriedade industrial: Tem interesse em requerer patente.
Descrição do funcionamento da inovação: Semeadora tracionada por microtrator do tipo
Tobatta, com 5 linhas e discos duplos, com caixa de sementes para 60 litros, a qual é
dividida em 3 compartimentos para semeadura de espécies em consórcio e com rotor
canelado para dosagem de sementes. A largura de trabalho é de 70 cm o que permite
semear 2,5 alqueires em 4 horas de trabalho no café. Para um rendimento similar seriam
necessários 4 trabalhadores com matraca. A velocidade de operação equivale à 4a marcha
reduzida a 1600 rpm. O operador trabalha sentado sobre a caixa de semente.
Principais vantagens da inovação: Permite tanto o plantio convencional como o plantio
direto na entrelinha do café adensado agilizando o plantio de culturas como nabo, arroz,
feijão e leguminosas para adubação verde, milho, aveia, etc... .
Problemas verificados no uso da inovação: A principal limitação é o custo das peças
novas para construir a semeadora, além de requerer um microtrator. Já adaptou o sistema
hidráulico para levantar as linhas, superando o problema inicial de manobra do
equipamento.
Adequação à agricultura familiar: Aumenta o rendimento da semeadura na entrelinha do
café adensado, cultura de grande importância para a agricultura familiar.
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FIGURA 56: Vistas gerais da semeadora para microtrator.
FIGURA 57: Depósito de sementes com três compartimentos (esquerda) e discos duplos
sulcadores com barra niveladora (direita).
FIGURA 58: Operação da semeadora nas entre-linhas de café adensado.
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Nome da Inovação: SEMEADORA DE HORTALIÇAS
Nome do Inventor: Darci Delmar Tomm
Profissão do Inventor: Agricultor.
Local: Linha Belmonte, Distrito Novo Horizonte, Marechal Cândido Rondon, PR.
Telefone para contato: (45) 9978-6538
Histórico da inovação: Equipamento desenvolvido em 2003,pelo Sr. Darci com o objetivo
de reduzir o tempo e a demanda de mão de obra na semeadura.
Fabricantes: Foi construída apenas uma unidade.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: Semeadora de 6 linhas a tração mecânica ou
manual, com disco dosador apropriado para cada tipo de semente e acionado por uma roda
com garras e uma correia de transmissão, sendo que cada linha tem sua própria roda
independente das demais, facilitando a realização de curvas. Na tração manual são
necessários dois operadores, um de cada lado, puxando o equipamento. O depósito de
sementes tem capacidade para 15 g, e só deve ser preenchida até a metade de sua
capacidade total para assegurar o bom desempenho do dosador. A cobertura do sulco de
semeadura é feita pela mesma roda acionadora bem como por uma corrente que se arrasta
sobre o solo.A largura útil de operação é de 1m o que determina uma produtividade do
trabalho de cerca de 9 minutos para um canteiro com 100m de comprimento. O tempo
requerido para a mesma operação realizada manualmente é de 80 minutos.
Principais vantagens da inovação: Reduz o tempo de trabalho uma vez que abre o sulco,
semeia e cobre a semente na mesma operação além de manter a uniformidade de plantio.
Problemas verificados no uso da inovação: O maior problema encontrado foi definir a
melhor geometria do disco dosador para cada tipo de semente sendo que, atualmente, essa
informação já é conhecida pelo inovador.
Adequação à agricultura familiar: O custo é aproximadamente de R$800,00, o que é
muito abaixo em relação às semeadoras existentes no mercado, que atingem até
R$6.000,00. Assim, equipamentos desse tipo são muito interessantes para agricultores
familiares, facilitando o trabalho e propiciando melhor uniformidade e distribuição das
plantas nos canteiros.
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FIGURA 59: Vistas lateral e frontal da semeadora.
FIGURA 60: Sulcadores do tipo disco duplo (esquerda) e rodas acionadoras e cobridoras de
sulco (direita).
FIGURA 61: Depósito de sementes (esquerda) e disco dosador interno (direita).
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Nome da Inovação: ENFARDADEIRA MANUAL DE FENO
Nome do inventor: Nivaldo Pinheiro da Rocha
Profissão do Inventor: Agricultor.
Local: Avenida Souza Naves, 893, Lindoeste (endereço da CRESSOL)
Telefone para contato: (45) 3237-1201
Histórico da inovação: Enfardadeira manual criada em 2004 e usada para feno de Tifton
visando a alimentação de vacas leiteiras.
Fabricantes: Foi construída apenas uma unidade.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: Trata-se de uma caixa de madeira contendo
apenas paredes laterais, com dimensões internas de 0,80 x 0,60 x 0,30 m, apresentando
pequenos sulcos nas paredes onde são colocados barbantes para amarrar o fardo. A grama é
cortada um dia antes da compactação, de modo a atingir o ponto de secagem, e então é
compactada dentro da caixa através do pisoteio de uma pessoa em 3 ou 4 feixes de plantas.
Considerando a operação de compactação e amarração do fardo, o rendimento diário de
uma pessoa é de 30 fardos de aproximadamente 20 kg cada.
Principais vantagens da inovação: A compactação e amarração do feno em feixes evita a
deterioração rápida das plantas, permitindo utilizá-lo na alimentação do gado leiteiro no
período de inverno.
Problemas verificados no uso da inovação: A simplicidade do processo não deixa
qualquer evidência de problemas, ainda que as dimensões e benefícios limitem-se a servir a
poucas vacas produtoras de leite, indicando a que a inovação é, de fato, apropriada à
pequena produção familiar.
Adequação à agricultura familiar: O custo estimado de fabricação da caixa de enfardar
feno é reduzido, pois a madeira sempre existe na propriedade familiar, bem como as
ferramentas e outros materiais requeridos. De conformidade com parâmetros técnicos de
produção leiteira e correspondente necessidade de produção de feno, é possível construir
quantas caixas de enfardar forem necessárias em uma propriedade familiar.
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FIGURA 62: Enfardadeira manual destacando os barbantes para amarrar os fardos.
FIGURA 63: Fardo de feno amarrado.
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Nome da Inovação: SECADOR DE PLANTAS MEDICINAIS
Nome do inventor: Irineu Vojssczack
Profissão do Inventor: Extensionista Rural da EMATER
Local: Avenida Iguaçu, 430, Capitão Leônidas Marques, PR.
Telefone para contato: (45) 3286-1234
Histórico da inovação: Desenvolvido pelo Sr. Irineu, da EMATER, em 2003.
Fabricantes: Já foram fabricadas 2 unidades sob orientação do Sr. Irineu na Metalúrgica
J.V. no mesmo município.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: O secador possui um queimador que opera com
gás, lenha ou eletricidade além de uma turbina para sucção do ar quente do forno para a
câmara de secagem, onde as plantas ficam acondicionadas em bandejas de madeira e tela de
sombrite. Durante a secagem, a temperatura na câmara atinge entre 35 e 40 °C, conforme o
tipo de planta a ser secada e o tempo de secagem varia entre 4 a 8 horas, podendo ser
secada salsinha e cebolinha, por exemplo. O equipamento tem capacidade de secar 10 kg de
plantas, obtendo-se cerca de 3 kg de plantas secas. Um botijão de gás permite operar por,
aproximadamente, 7 dias e 8 horas de uso diário, sendo o consumo observado semelhante
ao de uma boca de um fogão comum. A turbina é acionada por um motor elétrico de ¾ HP.
Principais vantagens da inovação: Maior volume de material secado em relação ao
método tradicional de secagem solar em lona; melhoria do padrão de qualidade das plantas,
uma vez que a cor das mesmas se mantém e não há perda dos ingredientes ativos devido à
temperatura constante de secagem.
Problemas verificados no uso da inovação: Por ter um queimador de fogo direto, a fumaça
do gás vai para dentro da câmara de secagem e pode prejudicar a qualidade do material; a
correia bem como a turbina fazem muito barulho porém, substituindo a última por um
exaustor o ruído diminui consideravelmente.
Adequação à agricultura familiar: O equipamento tem custo de fabricação e implantação
em torno de R$800,00. Tem sido utilizado por outros produtores familiares que produzem
plantas medicinais e condimentares e que necessitam de secagem das mesmas.
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FIGURA 64: Vista frontal do secador de plantas medicinais mostrando as bandejas.
FIGURA 65: Vista lateral da câmara de secagem (esquerda) e do queimador e da turbina de
ar (direita).
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Nome da Inovação: COBERTURA MÓVEL PARA TERREIRO SUSPENSO DE CAFÉ
Nome do Informante: Marcos Rogério Toschi
Profissão do Informante: Produtor rural.
Local: Distrito de Carajá, Jesuítas, PR.
Telefone para contato: (44) 99813940 e 91290151
Histórico da inovação: É uma invenção do produtor, desenvolvida em 2002, visando maior
rapidez no recolhimento da lona de cobertura de café durante a secagem em terreiros
suspensos.
Fabricantes: Não há produção industrial.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: A lona de cobertura do terreiro é enrolada em
um eixo colocado na extremidade do terreiro e na posição transversal ao mesmo. O eixo é
acionado manualmente por uma manivela para facilitar o procedimento de cobertura do
terreiro com lona e seu recolhimento. A largura da lona é de 3 metros.
Principais vantagens da inovação: Maior rapidez na cobertura do terreiro, na ocorrência
de chuvas, requerendo apenas cerca de 5 minutos para cobrir o terreiro e calçar a lona. O
eixo facilita, também, o recolhimento da lona quando comparado com a dobra manual da
mesma.
Problemas verificados no uso da inovação: O manejo da lona é difícil quando há vento
forte sendo necessárias, nesse caso, pelo menos três pessoas para cobertura do terreiro.
Adequação à agricultura familiar: Adequada ao agricultor familiar uma vez que os
materiais requeridos são, em geral, de baixo custo e disponíveis nas propriedades.
FIGURA 66: Vista geral (esquerda) e detalhe do eixo na extremidade do terreiro.
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FIGURA 67: Cobertura móvel sendo enrolada.
FIGURA 68: Vista frontal do terreiro suspenso e de sua cobertura móvel.
FIGURA 69: Operação de recolhimento da cobertura.
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Nome da Inovação: DISPOSITIVO PARA COLOCAÇÃO DE ROLHA EM GARRAFAS Nome do Inventor: Marco Rogério Toschi
Profissão do Inventor: Agricultor.
Local: Estrada Alvorada, Sítio São José, Gleba 01, distrito Carajá, Jesuítas, PR.
Telefone para contato: (44) 9129-0151 ou 9981-3940
Histórico da inovação: Desenvolvida em 1995, para uso da família.
Propriedade industrial: Não foi requerida patente.
Descrição do funcionamento da inovação: Constituído por um cilindro de madeira
vazado, com cerca de 30 cm de comprimento, sendo que uma de suas extremidades possui
um bico, com formato interno cônico que se encaixa na boca da garrafa e, a outra, possui
um pegador para movimentar uma haste interna na direção vertical. A rolha, previamente
aquecida na água, é colocada na extremidade cônica e, por meio da haste, é pressionada
contra o bico da garrafa. A rolha, ao ser aquecida, murcha e facilita sua colocação na boca
da garrafa.
Principais vantagens da inovação: Facilita e agiliza o fechamento de garrafas e evita a
quebra do bico da garrafa na operação. Além disso, reduz o desconforto do manuseio das
rolhas aquecidas em relação ao processo manual.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram identificados problemas.
Adequação à agricultura familiar: O custo da inovação é relativo ao torneamento da
madeira para construção do dispositivo, o que é compatível ao pequeno produtor.
FIGURA 70: Vista do dispositivo (esquerda) e de seu detalhe interno (direita).
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Nome da Inovação: ESPARRAMADOR DE CAFÉ NO TERREIRO PARA TRATOR DE RABIÇAS
Nome do Informante: Marcos Antonio Marques Pereira
Profissão do Informante: Produtor de café filiado à COASOL (Cooperativa dos
Agricultores Solidários de Lerroville
Local: Água da Limeira, Lerroville, PR
Telefone para contato:
Histórico da inovação: O produtor adquiriu há alguns anos um trator de rabiças, do tipo
Tobatta, para operações na cultura de café e, em 2001, desenvolveu um esparramador para
movimentação do café no terreiro durante a secagem.
Fabricantes: Não há fabricantes conhecidos.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: Trata-se de uma estrutura de madeira, acoplada
na dianteira do trator, similar a uma lâmina e usada para agilizar o processo de
esparramação e amontoa de café no terreiro. Tem aproximadamente 1,80 m de largura.
Principais vantagens da inovação: Maior rapidez nas operações de movimentação,
facilitando o manejo principalmente sob condições de chuva e quando o café encontra-se
verde, pois se torna mais pesado e escorregadio para a movimentação manual. Requer entre
6 e 7 minutos de uma pessoa para esparramar no terreiro enquanto que com a “vaca”
(equipamento manual tradicional) necessita-se cerca de 2 horas com 3 a 4 pessoas. A
amontoa é feita em 30 minutos com duas pessoas o que na vaca requer o trabalho de 3
pessoas em duas horas. O produtor estima que, em média, o esparramador aumenta em seis
vezes a produtividade do trabalho. O consumo de combustível é, em média, de 5
litros/semana.
Problemas verificados no uso da inovação: Ocorre uma leve despolpa do café devido ao
atrito dos pneus.
Adequação à agricultura familiar: Equipamento simples, barato e bastante acessível ao
pequeno produtor.
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FIGURA 71: Vista frontal do esparramador.
FIGURA 72: Vista geral.
FIGURA 73: Vista lateral do esparramador e seu engate no microtrator.
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Nome da Inovação: FURADOR DE COVAS PARA TRATOR DE RABIÇAS
Nome do Informante: Marcos Rogério Toschi
Profissão do Informante: Produtor rural.
Local: Distrito de Carajá, Jesuítas, PR.
Telefone para contato: (44) 99813940 e 91290151
Histórico da inovação: É uma invenção do produtor desenvolvida em 2003 para plantio de
mudas de café.
Fabricantes: Não há produção industrial.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: Trata-se de uma pequena estrutura metálica que
suporta uma transmissão por engrenagens cônicas as quais são conectadas na tomada de
potência do trator, por meio de duas juntas universais, e no eixo de que aciona a broca.
Permite o uso de brocas com 15 ou 25 cm de diâmetro e com eixo da mesma de 70 cm de
altura. Possui, também, um varão de madeira conectado ao trator cuja função é definir o
espaçamento entre linhas das mudas de café. O furador requer dois operadores sendo um
para operar o trator e outro para posicionar o furador e suportá-lo durante a operação de
abertura das covas. Em virtude das articulações das juntas, o furador não requer que o trator
interrompa seu deslocamento enquanto a cova é aberta agilizando, assim, o trabalho.
Principais vantagens da inovação: Maior rapidez na abertura de covas para plantio de
mudas e para colocação de mourões de cerca no solo. No procedimento manual de abertura
de covas, com enxadão, são necessários, aproximadamente, 3 horas/homem para 120 covas
enquanto o furador requer apenas 30 minutos.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram relatados.
Adequação à agricultura familiar: O custo aproximado de construção do furador é de
R$300,00 sendo necessário que o produtor disponha do trator de rabiças. A única exigência
de manutenção é a lubrificação das engrenagens e mancais.
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FIGURA 74: Vista geral do furador de covas.
FIGURA 75: Detalhe do eixo do furador e da junta da transmissão.
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Nome da Inovação: EQUIPAMENTO PARA HIDRÓLISE DE CANA-DE-AÇÚCAR (KIT HIDROCANA)
Nome do Informante: Gustavo e Eduardo Calderon.
Profissão do Informante: Produtores rurais e empresários
Local: Fazenda Santa Cruz em Londrina e Fazenda Mutuca em Tapejara, PR
Telefone para contato: (43) 33231059 e (44) 36771335
Histórico da inovação: Os produtores iniciaram os primeiros testes de hidrólise da cana
com soda caústica em 1993, em Londrina, visando a redução de custo e melhoria da
digestibilidade da cana para arraçoamento animal. Em 1999 criaram a Hidrocana visando
explorar comercialmente o equipamento, no entanto, a elevação do custo do hidróxido de
sódio levou à necessidade de busca por uma fonte de matéria prima alternativa e
compatível. Em 2001, obtiveram-se os primeiros resultados bem sucedidos com o uso de
hidróxido de cálcio tendo, como fonte, cal virgem.
Fabricantes: Hidrocana Indústria e Comércio de Equipamentos Agrícolas Ltda, Londrina,
PR, no telefone citado acima.
Propriedade industrial: Direitos requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: O Kit Hidrocana tem a função de dosificar
proporcionalmente o produto a ser inoculado na forragem podendo ser utilizado tanto para
hidrólise da cana com cal, inoculação de silagens ou ainda aplicação de uréia no trato
verde. Permite ainda uma perfeita homogeneização, aspecto importante quando se necessita
inocular forragens ou hidrolisar. É constituído por um reservatório de cal com suporte,
bomba agitadora com acionamento elétrico e válvula dosadora automática com graduador
de vazão. O Kit é acoplado na colhedora de forragem e é comercializado em três modelos
com reservatórios de 50 litros (1,3 ton/carga), 100 litros (2,6,ton/carga) e 200 litros (52
ton/carga). Na entrada do picador de forragem da colhedora há um sensor que aciona o
dosador, o qual libera o volume da calda de acordo com a quantidade de material colhido
(Fonte: www.hidrocana.com.br. Data de acesso: 05/07/2005).
Principais vantagens da inovação: Baixo custo de tratamento (entre R$ 2 e R$3); a cana
tratada é conservada por até três dias e maior rapidez no ganho de peso dos animais. O
equipamento permite grande quantidade de volumoso tratado sem interferir no desempenho
da picadeira ou forradeira. O "KIT" é de fácil utilização, simples funcionamento e dá aos
funcionários segurança não permitindo derivas durante o tratamento.
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Problemas verificados no uso da inovação: O sistema requer cuidado para sua regulagem.
Adequação à agricultura familiar: O preço varia entre R$2.700,00 e R$3.500,00
dependendo da colhedora de forragem na qual o Kit será acoplado. A exigência de
manutenção é reduzida limitando-se à limpeza do conjunto após a operação no campo.
FIGURA 76:Colhedora de forragem com o Kit para hidrólise.
FIGURA 77: Kit 200 litros para hidrólise de forragem.
Nome da Inovação: MOVIMENTADOR PARA TERREIRO SUSPENSO DE CAFÉ
Nome do Informante: Marcos Rogério Toschi
Profissão do Informante: Produtor rural.
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Local: Distrito de Carajá, Jesuítas, PR.
Telefone para contato: (44) 99813940 e 91290151
Histórico da inovação: É uma invenção do produtor, desenvolvida em 2002, para
movimentação de café durante a secagem em terreiros suspensos.
Fabricantes: Não há produção industrial.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: Constituído por uma viga de madeira com 2,5
m de largura (equivalente à largura do terreiro) onde são fixadas várias barras de madeira
com 0,2 m de altura e cerca de 0,05 m de largura e espaçadas a 0,12 m entre si. O
movimentador, também chamado de pente, é puxado por duas pessoas, uma em cada lado,
através de uma haste lateral. Após a movimentação em um sentido, o pente é deslocado
alguns centímetros para um dos lados e é passado novamente no sentido oposto.
Principais vantagens da inovação: Agiliza a movimentação de café no terreiro suspenso
economizando tempo na operação. Requer cerca de 2 minutos com o pente e cerca de 35
minutos no processo tradicional com o rodo, para um terreiro com 50 metros de
comprimento.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram citados.
Adequação à agricultura familiar: Baixo custo uma vez que a madeira é disponível nas
propriedades.
FIGURA 78: Vista geral do pente para movimentação do café.
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FIGURA 79: Pente em operação sobre o terreiro suspenso.
FIGURA 80: Detalhe dos dentes do pente.
Nome da Inovação: PENEIRA DE PLÁSTICO PARA COLHEITA DE CAFÉ
Nome do Informante: Luis Costa de Souza e Renzo Gorreta Hugo
Profissão do Informante: Produtor de café e Engenheiro Agrônomo, respectivamente.
Local: Sítio Nossa Senhora, Bairro da Água da Laranja Azeda, Lerroville, PR
Telefone para contato: (43) 33762464
Histórico da inovação: É uma invenção do próprio produtor desenvolvida em 2003.
Fabricantes: A inovação é bastante simples e pode ser construída na propriedade
requerendo apenas madeira e plástico.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
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Descrição do funcionamento da inovação: É uma estrutura retangular de madeira com
dimensões de 1,0 x 0,8 m na qual é fixada uma lona plástica e que possui, ainda, um
pequeno entalhe na região central em um dos lados. A peneira é colocada sob o pé de café e
os grãos colhidos são jogados sobre o plástico, ficando retidos pela estrutura lateral de
madeira. O tamanho da peneira é adequado para uma pessoa carregá-la. A parede de
madeira próxima ao operador é mais alta que as demais para evitar que os grãos caiam fora
da peneira ao puxá-la.
Principais vantagens da inovação: Substitui com eficiência o pano na colheita de café já
que requer apenas uma pessoa enquanto o pano requer duas. É vantajoso também em
relação ao uso da peneira tradicional. É cerca de 20 a 25% mais rápido que o pano e de 30 a
40% mais rápido que a peneira. Segundo o produtor, a adoção deve-se à colheita
selecionada (catança) realizada individualmente (só 1 pessoa colhendo). Às vezes, exclui a
necessidade de abanar o material colhido uma vez que, pelo tamanho, facilita a retirada das
folhas. Outra vantagem é a possibilidade de colher com solo mais úmido em relação à
colheita com pano.
Problemas verificados no uso da inovação: Dificuldade de aceitação de mudanças pelos
trabalhadores nos métodos tradicionais de colheita.
Adequação à agricultura familiar: Inovação simples, barata e totalmente acessível.
FIGURA 81: Vista geral da peneira de plástico após a colheita de café.
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FIGURA 82: Operação de colheita manual com uso da peneira de plástico.
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Nome da Inovação: PULVERIZADOR PARA TRATOR DE RABIÇAS
Nome do Inventor: Marco Rogério Toschi
Profissão do Inventor: Agricultor.
Local: Estrada Alvorada, Sítio São José, Gleba 01, distrito Carajá, Jesuítas, PR.
Telefone para contato: (44) 9129-0151 ou 9981-3940
Histórico da inovação: Desenvolvida em 2002, para uso na área com café adensado.
Propriedade industrial: Não foi requerida patente.
Descrição do funcionamento da inovação: Pulverizador construído para café adensado,
com dois tanques estreitos, de 50 litros cada, barra de pulverização com 8 bicos tipo leque e
na forma de Y e bomba de pistões, com dois cilindros, acionada pela tomada de força do
microtrator. A barra de pulverização é disposta na posição vertical com 6 bicos (3 em cada
lado) jogando lateralmente e, dois, na posição mais alta e inclinada da barra. A bomba é
adaptada de outro equipamento possuindo regulador de pressão.
Principais vantagens da inovação: Maior rapidez na aplicação de produtos no café
adensado além de permitir o uso de produtos orgânicos. A produtividade do trabalho é de
cerca de 3.000 litros/dia o que corresponde a 5 alqueires de café. Comparativamente, são
requeridas 4 pessoas e dois dias de trabalho para a pulverização manual de uma área
similar.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foram identificados problemas.
Adequação à agricultura familiar: A manutenção exigida é a limpeza do tanque e filtros
após cada aplicação. O custo estimado para construção da inovação é de aproximadamente
R$ 1.100,00.
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FIGURA 83: Vistas lateral (esquerda) e posterior do pulverizador.
FIGURA 84: Barra de pulverização (esquerda) e bomba de pistões do pulverizador.
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Nome da Inovação: SEPARADOR E LAVADOR DE CAFÉ
Nome dos Informantes: Antonio Luis Porto, Mauro Vieira e Silva, Sérgio Lopes e Renzo
Gorreta Hugo.
Profissão do Informante: Produtores de café (dois primeiros), Engenheiro Agrônomo
(Escritório Local de Centenário do Sul) e Engenheiro Agrônomo, consultor da CASOL,
respectivamente.
Local: Chácara Santa Júlia em Centenário do Sul e propriedade do Sr. Mauro em
Lerroville, PR
Telefone para contatos: (43) 36751031 (EMATER de Centenário do Sul) e 33762464
(Renzo)
Histórico da inovação: Informações de diferentes fontes indicam que a inovação foi
desenvolvida por um produtor de café de Pitangueiras e, através da Emater, difundiu-se
para toda a região da cafeicultura paranaense. Há diversas variações da idéia inicial,
algumas bem simples como o uso de uma lata perfurada e uma caixa dágua ou, mais
elaboradas, que utilizam um tanque de alvenaria e um depósito de grãos construído com
tela metálica.
Fabricantes: Os modelos mais simples podem ser construídos pelo produtor e os mais
elaborados requerem serviços de pedreiro e metalurgia.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento da inovação: O princípio é utilizar a água como meio de
separação dos grãos de café cereja e verde, os quais afundam por serem mais pesados, dos
grãos secos que boiam (também chamados grãos “bóia”). Consiste em um reservatório de
água dentro do qual é colocado um outro reservatório, com café, cujas paredes laterais e
inferior permitem o escoamento da água. Assim, ao mergulhar o reservatório, com café
proveniente do campo, na água, a diferença de densidade dos grãos secos faz com que eles
subam e boiem enquanto os demais grãos ficam no fundo do reservatório. Os grãos “boia”
são, então, recolhidos com uma peneira ou outro dispositivo manual e colocados
separadamente para secagem no terreiro. Após a retirada do café “boia”, o reservatório com
grãos cereja e verde é retirado da água e vai, também, para o terreiro. Para evitar o contato
do café com a terra que acumula no fundo do reservatório de água, é recomendável haver
um espaço no fundo, entre os dois depósitos, assim como, é necessário haver uma fonte de
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água próxima e um dreno para escoamento da água após o término da separação. O
reservatório de café pode ser construído a partir de diferentes materiais, tais como, sombrite
e tela metálica. O separador de Centenário do Sul tem aproximadamente 1x2 m com
capacidade para 2 sacos de café por carga, com uma lâmina de 30 a 40 cm de água sendo
necessário cerca de dez minutos para todo o processo. Uma variação mais simples emprega
uma lata comum perfurada e uma caixa d’água, sendo o café despejado na caixa e o “boia”
recolhido com uma peneira e o café cereja com a lata.
Principais vantagens da inovação: Melhoria da qualidade do café pela separação, na
secagem, de grãos em diferentes estágios de maturação.
Problemas verificados no uso da inovação: O dimensionamento deve ser adequado para
facilitar a operação de descarregamento dos grãos cereja e verde.
Adequação à agricultura familiar: Dos modelos analisados, o maior e mais caro apresenta
custo aproximado de R$500,00, constituindo um investimento acessível aos produtores de
café que visam a seleção de grãos para a comercialização.
FIGURA 85: Vista geral do separador em alvenaria e terreiro ao fundo com grãos de café
em diferentes estágios de secagem.
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FIGURA 86: Detalhes do separador e reservatórios em alvenaria e metálico.
FIGURA 87: Separador em alvenaria com formato circular (esquerda) e detalhe do
reservatório de café em tela metálica.
FIGURA 88: Separador simples com caixa d’água, peneira comum e lata perfurada.
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Nome da Inovação: TERREIRO SUSPENSO PARA SECAGEM DE CAFÉ
Nome do Informante: Carlos Roberto Nunes e Sérgio Lopes.
Profissão do Informante: Produtor de café e Engenheiro Agronomo do Escritório local da
EMATER, respectivamente.
Local: Centenário do Sul, PR
Telefone para contato: (43) 36751031 (EMATER).
Histórico da inovação: O produtor conheceu, em 2000, o terreiro suspenso do sr. Joaquim
Brito, em Centenário do Sul e decidiu fazer um similar, com algumas modificações na
forma de fixação do sombrite.
Fabricantes: A inovação é relativamente simples, podendo ser construída pelo produtor, ou
por profissional especializado, requerendo a aquisição de materiais disponíveis no mercado.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento da inovação: É uma estrutura de madeira constituída por
pilares enterrados no solo e vigas laterais, com formato retangular, onde é presa uma manta
de sombrite, sobre a qual são colocados os grãos de café para secagem natural. As
dimensões utilizadas pelo produtor foram de 3 m de largura por 25 m de comprimento, que
é o tamanho comercial da manta. A estrutura tem cerca de 40 cm de altura, em relação à
superfície do solo, para facilitar, segundo o produtor, a movimentação manual do café
durante a secagem. A fixação do sombrite na estrutura é importante para assegurar o
esticamento adequado do mesmo. O produtor adotou um sistema de esticamento composto
por catracas esticadoras de arame de cerca, as quais esticam as vigas onde o sombrite é
preso. Em outro secador que construiu, passou a adotar um esticador constituído por
parafusos sem fim. Além dos esticadores, são colocados arames na direção longitudinal do
secador e por baixo do sombrite, a intervalos de 15 cm, para ajudar a suportar o peso do
café. Cada terreiro suporta até 90 sacos de café não beneficiado em uma camada grossa de
secagem.
Principais vantagens da inovação: O secador suspenso tem, como principal vantagem, a
possibilidade de enleirar e cobrir rapidamente o café, durante a secagem, no caso de
ocorrência de chuvas, o que não é possível no terreiro do tipo ladril (tradicional). O
sombrite suporta muito peso, tendo sido relatado que, por descuido, uma vaca já subiu no
secador e não causou dano.
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Problemas verificados no uso da inovação: A secagem é um pouco mais demorada em
relação ao terreiro tradicional. Segundo o produtor, no tradicional a secagem requer entre 3
e 4 dias enquanto que, no suspenso, pode levar até 7 dias. O controle do mato embaixo do
secador é difícil pois não há espaço para a operação. Embora o produtor veja como
vantajosa a presença do mato, uma vez que, segundo ele, este ajuda a suportar parte do peso
do café, a ventilação dos grãos certamente é prejudicada.
Adequação à agricultura familiar: A inovação é vantajosa para pequenos produtores e
acessível do ponto de vista de custo. O sombrite custa cerca de R$450,00 e a madeira é, em
geral, disponível nas propriedades. Há, no município, três produtores adotando o terreiro
suspenso, embora seja muito mais comum em outras regiões do Estado. Não há nenhuma
exigência especial quanto à manutenção.
FIGURA 89: Vista frontal do terreiro suspenso com café coberto por lona.
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FIGURA 90: Estrutura em madeira do terreiro suspenso com pilares e sombrite (esquerda)
e esticadores de arame que suportam o sombrite.
FIGURA 91: Vista do terreiro com apenas parte em uso para secagem de café (acima).
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Nome da Inovação: PRODUÇÃO DE ÁCIDO PIROLENHOSO
Nome do Inventor: Olivo Pontes Gonçalves.
Profissão do Inventor: Agricultor.
Local: Faxinal dos Ribeiros , Quinhão 1G , Cep: 86170-000, Pinhão, PR.
Edson (trabalha na Cresol): Rua Sete de Setembro 231, Pinhão, PR.
Telefone para contato: (42) 3677-1749 (Cresol)
Histórico da inovação: As carvoarias constituem, há dez anos, importante fonte de renda
para os agricultores e para o município, mas a atividade está praticamente encerrada,
porque é rígido o controle para evitar o corte de madeiras de mata nativa. Hoje, só se pode
fazer carvão de madeira velha, caída e podre. O ácido pirolenhoso começou a ser coletado
há três anos e poucas famílias efetuam essa coleta. O inventor conheceu o processo por
meio de seu filho, Edson de Moraes Gonçalves, que estudou no Rio Grande do Sul.
Fabricantes: .O próprio agricultor aproveitando chaminés industrializadas.
Propriedade industrial: Não requereu o privilégio e, aparentemente, trata-se de processo
em domínio público.
Descrição do funcionamento da inovação: O forno de carvão da propriedade do sr. Olivo
possui 3,40 m de diâmetro e cerca de 2,50 m de altura total. A porta do forno é de 0,70 m,
constituída por dois pilares de 1,50 m de altura e 0,30 m de largura. O forno possui várias
pequenas saídas laterais por onde sai a fumaça quando o forno está em atividade. Nestas
saídas são instaladas pequenas chaminés, sempre com inclinação de 30 graus, sem o que a
condensação do ácido não ocorre. Para reduzir custos, o Sr Olivo fez chaminés com
madeira de forro usando ripas de 10 cm. O ácido se condensa na parte mais alta da chaminé
e escorre, sendo coletado em abertura próxima da pequena boca de fumaça. Pode se obter
até 3 litros de ácido pirolenhoso por boca de saída de fumaça. Uma fornada pode chegar a
20 litros de ácido pirolenhoso, aproveitando somente parte das saídas, desde que a lenha
seja adequada para a queima (o produtor possui um estoque grande de madeira pronta para
queimar para carvão, mas afirma que madeira caída e apodrecida nem vale a pena coletar o
produto, pois a produção é reduzida). Seu forno tem capacidade para 18 m3 de madeira.
Principais vantagens da inovação: O acido pirolenhoso é usado como repelente de insetos
nas lavouras e hortaliças, bem como, para nutrição das plantas, seja por pulverização sobre
elas ou mesmo aplicado ao solo. Não foi informada a composição e a concentração do
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produto, mas o produtor informa que a qualidade das plantas melhora muito e uniformiza o
desenvolvimento de mudas de hortaliças e de outras.
Problemas verificados no uso da inovação: A operação de coleta não é simples.
Adequação à agricultura familiar: O ácido pirolenhoso demonstra grande utilidade para
produtores orgânicos de hortaliças. É necessário estudar a viabilidade da produção de
carvão com manejo de bracatingais e plantio de eucaliptos ou outras espécies que possam
ser queimadas, para viabilizar a produção. Sem as carvoarias, hoje quase desativadas, não
há como obter o ácido pirolenhoso.
FIGURA 92: Pequena saída lateral por onde sai a fumaça do forno e onde são instaladas
chaminés para extração do ácido pirolenhoso.
FIGURA 93: Vista interna do forno com as saídas laterais.
Nome da Inovação: ADUBADORA TRATORIZADA PARA CULTURA DE FUMO
Nome do Inventor: Márcio José Bucco Coelho (Metalúrgica Coelho).
Profissão do Inventor: Plantador de fumo, mecânico e metalúrgico.
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Local: Rua Bronislaw Wronski s/n. , Cep 84560 – 000, Rio Azul, PR.
Telefone para contato:
Histórico da inovação: Visando melhorar e acelerar a operação de adubação do fumo, feita
manualmente e, na maioria das vezes, distribuindo o adubo granulado com um tubo similar
a um regador manual, o inventor passou, a partir de 2002, a adaptar semeadoras sucateadas
da marca Jumil (plantio convencional de grãos) de 11 ou 13 linhas.
Fabricantes: Metalúrgica Coelho.
Propriedade industrial: Não requereu, mas tem grande interesse, pois já vem sendo
copiado por outros.
Descrição do funcionamento da inovação: Tracionada por pequenos tratores, possui
engrenagens especiais adaptadas para dosagem do adubo em três linhas além de dois discos
invertidos, os quais movimentam o solo em cada linha adubada e misturam o adubo ao
formar o camaleão que receberá as mudas de fumo. A máquina realiza a operação de
adubação em 30 litros de terreno (unidade local, um litro equivale a 605 m2) em,
aproximadamente, uma hora de trabalho, o que 3 pessoas fariam em dois dias de trabalho
manual. O adubador tem cerca de 2,40 m de largura, com uma largura efetiva de 3 linhas de
1,20 m (3,60 m total). As duas caixas de adubo comportam 250 kg, geralmente suficientes
para 5 mil pés de fumo (normalmente são distribuídos 50 g por pé de fumo ou em 2 vezes
de 25 g, nesse caso com uma adubação manual de cobertura).
Principais vantagens da inovação: A operação de adubação, anterior ao plantio, feita
rapidamente, permite o plantio com umidade adequada. Além disso, tratores menores são
capazes de tracioná-la e, onde o terreno é acidentado e o trator entra com a grade, é viável
usar este equipamento. É mais eficiente que o equipamento comercial e similar, de duas
linhas, o qual alguns produtores compraram e que não suporta o peso do adubo, retorcendo
os suportes. A engrenagem criada nessa inovação propiciou a dosagem demandada pela
cultura do fumo, em maior quantidade do que a semeadora original pode realizar.
Problemas verificados no uso da inovação: Não prejudica a adubação, mas como a
semeadora tem que ser adaptada para apenas adubar, duas linhas de adubo distribuem sobre
a linha de plantio de fumo. Embora não seja problema, está procurando adaptá-la de tal
forma que apenas um cordão de adubo caia sobre a linha que formará o camaleão para
plantio. Requer a limpeza com água sob pressão e secamento adequado da máquina após
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seu uso, pois todo o mecanismo é de metal, podendo sofrer rápida corrosão pelo adubo.
Ultimamente, está difícil obter semeadoras sucateadas, o que leva à necessidade de buscar
no Norte do Paraná ou no Mato Grosso do Sul se o fumo voltar a apresentar preços
lucrativos para o agricultor.
Adequação à agricultura familiar: Existem produtores de fumo que compram o
equipamento, geralmente, em grupos de 4 ou 5 agricultores, com, em média, 60 mil pés
cada um. A cultura de fumo é, normalmente, rentável para agricultores familiares, existindo
inclusive um bom número de arrendatários fumicultores que sobrevivem com arrendamento
de áreas bem pequenas. Já vendeu 15 adubadoras e possui encomenda de outros 4
equipamentos para 2005. O preço do equipamento é de R$3.000,00, com garantia de 2
anos.
FIGURA 94: Vista da adubadora de fumo e seus discos enleiradores.
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FIGURA 95: Depósito de adubo e mecanismos dosadores.
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Nome da Inovação: CALCARIADORA À TRAÇÃO ANIMAL
Nome do Inventor: Francisco Brudnick.
Profissão do Inventor: Ferreiro e serralheiro.
Local: Bairro Água Branca (Ferraria) , Cep: 83900 – 000, São Mateus do Sul, PR.
Telefone para contato: (42) 9963-5248
Histórico da inovação: Há cerca de oito anos, os técnicos locais da EMATER, Claus e
Eloir, procuraram a ferraria em virtude da demanda de agricultores localizados em terrenos
acidentados.
Fabricantes: O próprio Francisco Brudnick.
Propriedade industrial: Não foi requerida.
Descrição do funcionamento da inovação: O depósito da calcariadora tem capacidade para
500 kg com 1,50 m de comprimento e 0,55 m de largura. Possui duas rodas laterais sendo
que uma delas aciona um eixo interno que, por sua vez, movimenta o calcário e permite sua
distribuição pela parte inferior e perfurada do depósito. O eixo metálico tem diâmetro de
0,04 m e 1,40 m de comprimento e, no mesmo, são soldados 4 arames de 9 mm de
diâmetro, com o mesmo comprimento do eixo, mas a 30 mm de distância do mesmo. Sobre
a base perfurada do depósito desloca-se, na direção horizontal, uma chapa metálica,
também perfurada, a qual permite regular o volume de calcário aplicado pela máquina. As
rodas são metálicas com 0,64 m de diâmetro e fabricadas na própria ferraria. É tracionado
normalmente por dois cavalos.
Principais vantagens da inovação: Permite aplicar diferentes dosagens de calcário e opera
em áreas com declividade acentuada.
Problemas verificados no uso da inovação: Os problemas inicialmente ocorridos foram
superados. Por exemplo, identificou-se que a roda-guia, muitas vezes, dificultava a
operação ao arrastar o solo (não girava) e, por isso as últimas máquinas foram feitas apenas
com o cabeçalho. A calcariadora exige limpeza após o seu uso, pois os restos de calcário
podem corroer o mecanismo de distribuição além de outras peças metálicas.
Adequação à agricultura familiar: É um equipamento adequado para a agricultura
familiar. Ultimamente, a demanda por esse tipo de equipamento vem se reduzindo talvez
porque muitos agricultores adquiriram pequenos tratores e não têm utilizado tração animal
nos terrenos mais acidentados ou por não mais ter havido apoio para sua aquisição. As
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calcariadoras sempre foram financiadas por programas governamentais e adquiridas por
pequenos grupos de produtores. Aproximadamente 50 unidades foram vendidas,
principalmente para os municípios de Antônio Olinto, Bituruna, Paulo Frontin e Paula
Freitas. O custo da calcariadeira está em torno de R$ 600,00 (a incorporação do calcário é
feita com grades de dentes rústicas, de madeira ou de cantoneiras).
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Nome da Inovação: CARIJO PARA SECAGEM DE ERVA MATE E PLANTAS MEDICINAIS
Nome do Inventor: Olivo Pontes Gonçalves.
Profissão do Inventor: Agricultor.
Local: Faxinal dos Ribeiros, Quinhão 1G, Cep: 86170-000, Pinhão, PR.
Telefone para contato: (42) 3677-1749 (Cresol)/Edson de Moraes Gonçalves (filho)
Histórico da inovação: No Rio Grande do Sul, estado de origem do produtor, esse tipo de
carijo é bastante comum. O senhor Olivo instalou-o há três anos.
Fabricantes: O próprio Senhor Olivo.
Propriedade industrial: Não parece ser viável, por ser um conhecimento tradicional,
embora apresente potencial, se adaptado, para uso por outros produtores que demandam
secagem de outros produtos, especialmente de plantas medicinais.
Descrição do funcionamento da inovação: Apenas abrindo um buraco no barranco já se
faz a fornalha que recebe e queima a lenha. Sobre este buraco se coloca uma chapa de latão
que vai transmitir o calor para uma bandeja sobre ele. No caso, nem há paredes protetoras.
Um detalhe especial e que valoriza a inovação, é uma valeta com inclinação de 30 graus
que solta a fumaça entre 4 e 5 metros da fornalha. A cobertura é feita de esteira de taquara,
para ajudar a reter o calor, o que pode ser aperfeiçoado, sem aumento significativo de custo.
A bandeja de suporte possui 1 x 1 m. O carijo rende cerca de 15 kg de erva socada a partir
de 60 kg de erva verde, num curto espaço de tempo.
Principais vantagens da inovação: Muito prático e simples, tem a característica especial de
secar sem fumaça, a qual altera o sabor da erva mate. Para uso na secagem de plantas
medicinais é fundamental evitar o contato com a fumaça.
Problemas verificados no uso da inovação: Se não limpar bem as folhas secas, há perigo
de pegar fogo na próxima operação. Em virtude do local de sua instalação, só pode ser
usado em dias sem chuva.
Adequação à agricultura familiar: O custo é muito baixo. Se forem usados tijolos, o custo
máximo fica em torno de R$ 100,00.
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FIGURA 96: Vista frontal do carijo para secagem da erva-mate.
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Nome da Inovação: CENTRÍFUGA DE MEL
Nome do Inventor: Nicolau Laty.
Profissão do Inventor: Agricultor e serralheiro aposentado.
Local: Rua Genauro Pacheco Gomes, Casa 16, Cep: 85155000, Inácio Martins, PR
Telefone para contato: (42) 3667 1132
Histórico da inovação: O filho produzia e comercializava mel e trazia as preocupações dos
demais produtores com quem mantinha relações comerciais. Há 6 anos, trouxe para o pai
um modelo antigo de centrífuga, a partir da qual o Sr Nicolau desenvolveu seus primeiros
protótipos, até chegar ao equipamento atual, o qual julga atender totalmente a necessidade
dos produtores de mel. A centrífuga retira fácil e completamente o mel dos favos, com
eficiência superior aos equipamentos industriais, os quais também têm sido modificados
por ele visando melhor desempenho (um comerciante local adquiriu, há 2 anos, um grande
número de centrífugas comerciais, mas logo nas primeiras vendas os produtores
reclamaram, só sendo possível vender o restante após o Sr. Nicolau modificá-las
totalmente, aproveitando apenas o tambor).
Fabricantes: Somente o Sr Nicolau, pois as existentes no mercado, segundo ele, não
funcionam adequadamente, pois quebram os favos e não retiram todo o mel possível.
Propriedade industrial: Não foi requerida embora seja urgente proteger a propriedade
intelectual nesse caso, pois os mecanismos criados pelo Sr Nicolau podem ser requeridos
pela indústria. É claro, também, que o Sr Nicolau necessita de uma parceria com a
indústria, de forma a proteger o seu trabalho criativo e que disponibilize sua invenção para
um público mais amplo.
Descrição do funcionamento da inovação: Com pequeno esforço, gira-se manualmente a
polia (de madeira) com 28 cm de diâmetro, a qual transmite a rotação para outra polia,
menor (diâmetro de 5 cm), através de correia, e fixada no eixo da centrífuga. Segundo o
inventor, o diâmetro da polia acionada manualmente é maior em comparação àquela usada
nas centrífugas comerciais, constituindo essa característica um dos diferenciais importantes
da inovação. O depósito da centrífuga é construído aproveitando-se tambores de latão, os
quais são cortados de modo a se obter um cilindro de 60 cm de altura. O depósito possui
três apoios laterais e uma altura em relação ao solo de 38 cm. No interior do depósito é
encaixada uma estrutura metálica vazada, com forma prismática e 50 cm de altura por 35
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cm de lado. Sua função é suportar os caixilhos de mel no depósito durante o movimento de
rotação. Segundo o inventor, a forma prismática operando dentro do cilindro resulta em
melhor ventilação e ação da força centrífuga para retirada do mel, sem quebrar os favos.
Cabe destacar que o equipamento comercial modificado pelo inventor vem de fábrica com
estrutura cilíndrica, acompanhando o formato do depósito e, segundo ele, retira menos mel
e, muitas vezes, quebra o favo. Após a centrifugação, o mel retirado dos favos escorre até a
parte inferior do depósito onde é descarregado, por meio de uma abertura, em latas de 18
litros (equivalente a cerca de 25 kg de mel). A centrífuga comporta 8 caixilhos (de 48 cm
de altura por 15 cm de comprimento) que são processados em 15 minutos, incluindo a troca
de lado dos caixilhos, para retirada total do mel. É razoável estimar em 6 litros de mel em
cada centrifugada de 8 caixilhos. O equipamento de fábrica vem com capacidade para 16
caixilhos, mas é modificado pelo Sr Nicolau para 12 caixilhos (3 em cada lado do prisma).
Principais vantagens da inovação: A destacada facilidade de acionamento e a maior
eficiência na retirada do mel, aumentando e qualificando o produto, são as características
principais desse equipamento. A limpeza e colocação de graxa no rolamento da polia são
procedimentos simples de manutenção.
Problemas verificados no uso da inovação: O Sr Nicolau acha que, depois de 6 anos de
aperfeiçoamentos, a centrífuga produzida atualmente é perfeita. Nem mesmo a
possibilidade de instalar um motorzinho parece ser atrativa para esse equipamento, tão
eficiente quanto prático para movimentar.
Adequação à agricultura familiar: A centrífuga é comercializada pelo inventor por
R$300,00, o que representa um valor baixo e acessível para os pequenos produtores de mel.
Por certo, nem há necessidade de uma centrífuga por produtor, podendo ser comprada por
pequenos grupos.
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FIGURA 97: Detalhe do caixilho (esquerda) e do cilindro da centrífuga com polia de
acionamento manual.
FIGURA 98: Cilindro da centrífuga com suporte prismático dois caixilhos.
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Nome da Inovação: DEFUMADOR À LENHA
Nome do Inventor: Sergio Cláudio Schafranski.
Profissão do Inventor: Industrial da carne.
Local: Rua Visconde de Guarapuava, 1032, Cep: 84.400-000, Prudentópolis, PR.
Telefone para contato: (42) 3446-1767
Histórico da inovação: Já trabalha com defumados há 25 anos. Em 2004, com o apoio da
EMATER e do Paraná 12 Meses, construiu uma série de seis defumadores de alvenaria,
com controle de fechamento da chaminé e porta totalmente isolada e hermética.
Fabricantes: Construído pelo próprio sr. Sergio.
Propriedade industrial: Não foi solicitada; talvez possa ser interessante para garantir certas
características desse defumador.
Descrição do funcionamento da inovação: Cada unidade de alvenaria possui 2,5m de
comprimento por 1,2 m de largura e apresenta uma cavidade central, onde se coloca a lenha
ou o carvão para queimar. A temperatura no defumador varia de 40 a 75°C, dependendo do
tipo de carne a ser defumada. Alguns produtos requerem 4 horas de fumaça para preparo
enquanto outros mais de 36 horas. Importante destacar o uso de uma porta com duas
camadas de alumínio e intercalada por lã de vidro, para não isolar do ambiente externo.
Uma laje sustenta a chaminé que é construída bem no centro, fechando-se gradativamente
por tijolo e, no final, por metal, com possibilidade de abrir ou fechar, dependendo da
temperatura obtida. Atualmente, as carnes são fixadas em vigas transversais, sobre o fogo, a
altura variável. No futuro, adquirindo-se vagonetes, as carnes já serão colocadas do lado de
fora, empurrando os vagonetes para dentro do defumador. Do lado externo, monitora-se a
temperatura, através de um termômetro com sensor interno. Cada módulo do defumador
tem capacidade para 170 kg de carne defumada.
Principais vantagens da inovação: A eficiência e a uniformidade de defumação e de assar
parcialmente as carnes são, segundo o inovador, incomparavelmente melhores em relação
aos defumadores de madeira tradicionalmente usados. A exigência de manutenção
restringe-se à limpeza da cinza antes da reposição da lenha e carnes. Após mais de um ano
de funcionamento, não foi necessária a limpeza da chaminé. A defumação natural, por meio
da lenha e do carvão, confere um sabor característico e muito agradável ao paladar. Essa
porta especial evita a dispersão de calor que ocorria com a porta de madeira. Na chaminé,
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dependendo da temperatura, controla-se a abertura por onde sai a fumaça e o ar aquecido.
Em defumadores tradicionais é mais difícil o trabalho, pois demandam muita
movimentação da carne para se obter uma defumação uniforme.
Problemas verificados no uso da inovação: As restrições para o consumo de lenha exigem
avaliações de materiais alternativos, tais como, serragem e maravalha. Atualmente o metro
cúbico de lenha custa R$ 30,00 e o carvão também teve seu preço majorado
acentuadamente. Durante o funcionamento do defumador, o observador deve verificar o
processo em intervalos de 30-40 minutos, o que não chega a constituir um problema, uma
vez que é uma exigência da atividade. Para operações noturnas, a defumação deve ser
planejada de tal forma que a energia (quantidade de lenha) e, conseqüentemente, a
temperatura desejada, não atinja valores extremos que comprometam a qualidade da carne,
embora muitas vezes se faz necessário avaliar o processo durante a madrugada.
Adequação à agricultura familiar: O sr. Sérgio possui uma indústria de defumados e
também os vende no seu açougue anexo, além de processar grandes quantidades de carne
para supermercados e açougues da região. Assim, o seu exemplo serve para pequenos
grupos de agricultores familiares, os quais poderiam construir, inicialmente, apenas um
módulo do defumador, com base na experiência do inovador e com o apoio da EMATER e
do governo (a maior parte do custo ele paga ainda, em parcelas). Cada um de seus seis
defumadores custa em torno de R$ 1.500,00.
FIGURA 99: Unidade de defumação com carnes prontas para o processamento (esquerda) e
conjunto de várias unidades com destaque para as chaminés individuais (direita).
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Nome da Inovação: TANQUE DE ESTERILIZAÇÃO DE VIDROS E COZIMENTO DE MINI-PEPINOS E DOCES
Nome do Inventor: Wilson José Stecki (participou da entrevista a sra. Ilze Stecki,
presidente da Associação).
Profissão do Inventor: Produtor de fumo e hortaliças.
Local: Associação AGROLEÃO, Cerro do Leão, Cep:84630–000, Paula Freitas, PR.
Telefone para contato: (42) 3562 1475
Histórico da inovação: A partir de uma excursão à Canoinhas/SC, observou-se um
esterilizador a gás e decidiu-se construir um similar, em 2000, contudo, usando lenha como
fonte de calor devido à sua disponibilidade na comunidade. As primeiras produções de
conservas foram envasadas depois de esterilizadas e cozidas em panelas. Atualmente a
Associação cumpre contrato importante com empresa de alimentos de São José dos Pinhais,
que fornece os vidros e os insumos, como sal e vinagre apropriados.
Fabricantes: O tanque de aço inox e a cesta que abriga os vidros foram fabricados por
indústrias metalúrgicas de União da Vitória. A estrutura de alvenaria do tanque, o forno e
os dutos de calor e fumaça foram construídos pelo sr Wilson.
Propriedade industrial: Não foi requerida e há dúvida, pelo inovador, se há algum direito a
ser preservado.
Descrição do funcionamento da inovação: Constituído por um tanque de aço inox de 1,5
m de comprimento por 1,0 m de largura e 1 m de altura, fixado em estrutura de alvenaria
com área total de 2,0 por 1,3 m, sendo sua base reforçada com chapa de ferro fundido para
suportar o peso durante o cozimento, sempre em banho-maria, de até 200 vidros de
tamanho convencional para conserva, com cerca de 600 g cada. A estrutura que suporta os
vidros também é de aço inox, para evitar o enferrujamento devido ao contato prolongado
com água quente. A estrutura é movimentada por meio de uma roldana e corrente, apoiadas
no teto da sala, visando facilitar as operações de imersão e retirada da mesma, cheia com
vidros, de dentro do tanque. O ar quente, produzido por um forno externo, circula sob o
tanque em dutos de alvenaria, aquecendo a água de esterilização ou cozimento. A fumaça
resultante do aquecimento da água não circula dentro da sala de esterilização e são
utilizados exaustores para adequar a temperatura interna, para evitar que a fumaça entre de
fora. No período de uso mais intenso, especialmente de produção de pepino especial, são
esterilizados 1.200 vidros cozidos por dia, incluindo carga, descarga e uma ou duas trocas
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diárias de água. Para esterilização, a temperatura deve ser de 150°C, permanecendo cada
carga de 200 vidros por uma hora dentro da água. Já no caso do cozimento, a temperatura
exigida é menor e o tempo varia entre 30 e 40 minutos, dependendo se é fruta ou pepino
especial.
Principais vantagens da inovação: Sem o tanque seria impossível atender e cumprir o
contrato durante o período de produção e os produtores ganhariam muito pouco pelo pepino
e por outros produtos. Vale destacar que muitos jovens e mulheres da comunidade
trabalham temporariamente na agroindústria, durante o período de atividade mais intensa,
melhorando significativamente a renda familiar.
Problemas verificados no uso da inovação: Geralmente, os homens estão trabalhando na
colheita ou em outras atividades de campo e algum deles precisam vir para fazer a
colocação e a retirada da estrutura com vidros, a qual fica muito pesada apesar da roldana.
É preciso melhorar o sistema de movimentação da estrutura de modo a facilitar essas
operações. Foi necessário reforçar a estrutura de alvenaria após a primeira safra em uso.
Adequação à agricultura familiar: Somente por financiamento ou subsídio de governo (no
caso foram recursos do Paraná 12 Meses e Fábrica do Produtor) é possível viabilizar uma
agroindústria como essa para associações de produtores. A agroindústria possui um grande
salão, outras salas menores anexas e todo equipamento demandado (a associação ainda está
pagando parcelas de parte do recurso investido). A estrutura de inox custa
aproximadamente R$ 600,00 e o tanque de inox custou cerca de R$ 1.200,00.
Informações complementares:
- A falta de balança eletrônica induz a colocar no vidro uma maior quantidade de produto,
para não haver dúvidas quanto ao peso mínimo do conteúdo, já que a balança pequena
usada não oferece a precisão desejada;
- Por não ter câmara fria, toda produção tem que ser processada no dia de colheita, exigindo
entrar pela madrugada para cumprir as demandas;
- Autoclave e fogão industrial são outros equipamentos planejados para melhorar o
processamento;
-No campo, os produtores trabalham sem irrigação, o que aumentará a produtividade
quando viabilizada. Todos esses itens evidenciam a árdua luta da Associação, mas
demonstra o que é possível conseguir e almejar com trabalho solidário, que a comunidade
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Cerro do Leão faz questão de mostrar, abrindo todo conhecimento adquirido para quem
desejar, muito além de divulgar somente o esterilizador ou outro equipamento existente.
-Quando a demanda supera a capacidade do tanque de esterilização, os vidros também são
trabalhados em 3 cubas em seqüência de solução 12% de hipoclorito, enxágüe e
escorrimento.
- Atualmente, possuem um lavador tubular industrial para limpeza do pepino e de outros
produtos que chegam da roça e, também, outro equipamento adquirido para descascar
beterraba e cebola. No início, lavavam os mini-pepinos e outros legumes e tubérculos com
buchinhas individuais, daquelas de limpar as pontas dos dedos e unhas.
FIGURA 100: Tanque em aço inox sobre estrutura de alvenaria (esquerda) e estrutura em
inox para colocação dos vidros e suspensa por roldana e talha (direita).
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FIGURA 101: Estruturas de movimentação e lavagem de vidros (esquerda) e fornalha para aquecimento da água (direita).
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Nome da Inovação: LAVADOR DE LEGUMES, TUBÉRCULOS E COGUMELO DO SOL.
Nome do Inventor: Idéia original do professor Emmanuel Sanchez, que desenvolveu
inicialmente em madeira, tendo sido adaptado posteriormente, pelo Sr Romualdo Furlan,
que foi entrevistado.
Profissão do Inventor: Servidor público aposentado e, atualmente, produtor de hortaliças.
Local: Rua João Otávio Neto 10, Bairro Bom Sucesso, Cep: 85045 060, Guarapuava, PR.
Telefone para contato: (42) 3624 2850
Histórico da inovação: O sr. Romualdo conheceu, em 2003, o equipamento desenvolvido
pelo prof. Emmanuel para lavagem de cogumelo do sol e, por incentivo deste e com o apoio
de um serralheiro, aperfeiçoou o equipamento em 2004.
Fabricantes: Só foi produzido um equipamento.
Propriedade industrial: Nada foi encaminhado, mas para esse equipamento parece
interessante requerer a proteção após a realização de testes com legumes e tubérculos,
podendo vir a ser fabricado em parceria com alguma indústria.
Descrição do funcionamento da inovação: Trata-se de uma bandeja metálica com fundo
perfurado (peneira), onde o material vegetal a ser lavado é disposto, e que recebe
movimento de oscilação por meio de uma alavanca fixada a um eixo excêntrico (“canhoto”
segundo o inventor). Tal movimento é gerado por um motor elétrico de 0,5 Hp e duas
polias acionadas por correias. O material vegetal é borrifado com água durante a
movimentação da bandeja através de duas barras de pulverização dispostas acima da
mesma, com seis bicos comuns de pulverizador em cada barra. A pressão para lavagem é
gerada por um compressor comum para lavagem de pisos. Em geral, se faz uma primeira
lavagem com uma mangueira e bico tipo regador para retirada de material mais grosseiro e,
nas demais, se utiliza a barra de pulverização. O processo inicialmente adotado para
lavagem limitou-se à instalação de 3 torneiras comuns com 3 pessoas trabalhando, em pé,
em uma pia comprida para lavagem manual dos produtos. Em seguida, evoluiu para o uso
de 3 bicos de pulverização, na mesma pia comprida, conectados a uma mangueira embutida
na parede e a um compressor. Essa solução reduziu o consumo de água, tem baixo custo e
facilitou o trabalho, mostrando ser uma boa alternativa para pequenas unidades de
processamento.
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Principais vantagens da inovação: Embora o equipamento esteja pronto, poucos testes
foram realizados até o momento e nem mesmo com cogumelo seu desempenho pôde ser
avaliado.
Problemas verificados no uso da inovação: Apesar do pouco uso, acredita-se que, para
cogumelo, é necessária uma proteção para evitar danos no mesmo nas bordas da peneira
metálica. Da mesma forma, se usado com cenoura, beterraba, batata, batata doce,
mandioquinha, cenoura etc, será necessário avaliar a eficiência de limpeza e o atrito
resultante da oscilação entre o material vegetal e a peneira metálica.
Adequação à agricultura familiar: O equipamento tem um custo aproximado de R$
800,00, usando materiais novos, mas parece ser muito prático e apropriado para lavar a
produção familiar de legumes. Estruturas de lavagem com bicos de pulverização, tais como
esta, merecem ser divulgadas junto a produtores do Estado do Paraná uma vez que é
comum a adoção de procedimentos manuais de lavagem, os quais são demorados, penosos,
consomem muita água e, por conseqüência tornam-se caros, inviabilizando projetos
agroindustriais voltados a este público.
FIGURA 102: Vista geral do lavador de legumes com destaque para a bandeja metálica,
bico regador com mangueira para lavagem inicial e bicos pulverizadores.
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FIGURA 103: Sistema de transmissão de movimento oscilatório para a bandeja.
FIGURA 104: Compressor comum usado para gerar pressão para lavagem dos legumes.
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Nome da Inovação: MONGE SIMPLES DE PVC
Nome do Inventor: Camilo Witte
Profissão do Inventor: Agricultor
Local: Chácara das Araucárias, Vila Caldas ,85170 – 000 Pinhão, PR.
Telefone para contato:
Histórico da inovação: O Sr Camilo fez o monge simples, em 2001, sem ter visto outros
semelhantes. Também é sempre visitado para mostrar o monge.
Fabricantes: Não há.
Propriedade industrial: Aparentemente não há o que proteger pois é uma técnica
tradicional.
Descrição do funcionamento da inovação: Após a construção do aterro para a barragem,
inicia-se a instalação do monge abrindo-se uma valeta, próxima ao fundo do tanque, onde é
colocado um tubo de 100 mm de diâmetro e comprimento suficiente para atingir o outro
lado da barragem (no caso, com 6 metros). Na extremidade do tubo que fica no lado de fora
do tanque, é instalada uma curva para fixar outro tubo vertical, também de 100 mm de
diâmetro e com até 2 m de comprimento, o qual é fixado por um palanque de mesma altura
de modo a ficar acima do nível d’água do tanque. Ao girar o tubo vertical, a água do tanque
começa a escoar pelo mesmo quando seu nível fica acima da borda do tubo.
Principais vantagens da inovação: O controle de saída se dá fora do tanque, sem
necessidade de entrar na água.
Problemas verificados no uso da inovação: A facilidade para esgotar o tanque facilita a
ação de vândalos.
Adequação à agricultura familiar: Seu custo é baixo e de fácil construção, apenas com a
compra de tubos de PVC. Às vezes, pode entupir parcialmente, especialmente nas curvas,
mas alguns movimentos feitos a partir da boca externa são suficientes para liberar todos os
resíduos.
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FIGURA 105: Vistas do monge com tubo de PVC. À esquerda, palanque de madeira como
suporte do tubo no lado de fora do tanque e, à direita, extremidade superior do tubo com barragem ao fundo.
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Nome da Inovação: PICADOR DE PLANTAS MEDICINAIS
Nome do Inventor: Cleide Maria Batista (entrevistada).
Profissão do Inventor: Produtores de horta e plantas medicinais.
Local: Sítio no Alto Turvo, Rua Expedicionários Casa 916, Cep: 85150–000, Turvo PR.
Telefone para contato: (42) 3642 1801 (casa da mãe, na cidade).
Histórico da inovação: Originalmente usado para picar forragem, provavelmente o picador
foi trazido, há muitos anos, pelos colonos do RS ou SC e resgatados para uso em plantas
medicinais.
Fabricantes: Produto fabricado por pequenas indústrias, com uma grande polia de ferro
fundido.
Propriedade industrial: Ao adaptar e aperfeiçoar o equipamento para plantas medicinais,
será necessário informar se há patente já obtida.
Descrição do funcionamento da inovação: Uma manivela aciona a polia, a qual possui
cerca de 0,70 cm de diâmetro além de duas lâminas de corte fixadas com parafusos na
região interna da mesma. Ao ser acionada, movimenta dois rolos que puxam as plantas a
serem cortadas sem necessidade de empurrá-las com as mãos. Apenas uma pessoa abastece
a canaleta, a qual possui 20cm de abertura e mais ou menos 1,5 m de comprimento até os
rolos. Uma transmissão com duas engrenagens, acionadas pelo mesmo eixo da polia,
permite ajustar a velocidade de alimentação do material a ser cortado. O tempo necessário
para o corte de 100 kg de carqueja é de aproximadamente uma hora de operação enquanto
que, com tesoura, o trabalho requer um dia de duas pessoas. Para cavalinha o tempo é
semelhante e para capim-limão é ainda mais rápido.
Principais vantagens da inovação: Reduzido esforço de acionamento, pois a manivela e a
polia movem-se com facilidade; melhor uniformidade de corte; maior produtividade do
trabalho em relação ao corte tradicional com tesoura de mão.
Problemas verificados no uso da inovação: Equipamento pesado (mais de 100 kg) e de
movimentação dificil. Requer cuidado na afiação das lâminas e na regulagem da entrada do
material para que o corte ocorra sem danos ao mesmo. É comum em algumas espécies se
esfiaparem, principalmente cavalinha e capim-limão. As lâminas são afiadas de um só lado
(junto à entrada) ou, então, desparafusadas e levadas à oficina. Alguns componentes têm de
ser engraxados com regularidade.
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Adequação à agricultura familiar: Muitos picadores similares a esse são ou foram
utilizados no passado no corte de forrageiras para os bovinos e não deve ser difícil
encontrá-los abandonados nas propriedades ou, ainda, como sucata. Parece evidente que
alguns aperfeiçoamentos podem tornar muito práticos e acessíveis esses cortadores. É
preciso acelerar e trabalhar em torno do tema, pois são mais de 90 famílias só no município
de Turvo, podendo muitas outras de todo o Paraná se beneficiarem desse ou de outro
equipamento dele derivado para o corte de plantas medicinais.
FIGURA 106: Canaleta de alimentação do material vegetal a ser cortado (esquerda) e polia
de acionamento manual para corte
FIGURA 107: Lâminas de corte acopladas à polia manual (esquerda) e material vegetal
cortado e embalado (direita).
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FIGURA 108: Outro modelo de picador adaptado para corte de plantas medicinais.
FIGURA 109: Sistema de transmissão do picador com engrenagem variável para
regulagem da velocidade de alimentação do material vegetal (esquerda) e detalhe do rolo de alimentação do material a ser cortado (direita).
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Nome da Inovação: PULVERIZADOR À TRAÇÃO MANUAL
Nome do Inventor: José Paulo Knapki e Gilberto Knapki (entrevistados).
Profissão do Inventor: Industrial.
Local: Rua Alfredo Metzler 480, Cep: 89400–000, Porto União, SC.
Telefone para contato: (42) 3522-2789
Histórico da inovação: Em 1996, o sr. Aires Niedielski, produtor orgânico de hortaliças,
solicitou um equipamento que viesse a facilitar a aplicação de infusões e caldas utilizadas
na produção de alface, pepino e outros.
Fabricantes: A indústria Knapki. Produz e comercializa, em média, cerca de 150 unidades
por mês para vários estados sendo, atualmente, Minas Gerais um dos principais
compradores.
Propriedade industrial: O referido equipamento já é de domínio público.
Descrição do funcionamento da inovação: Apenas uma pessoa puxa, de costas, as duas
barras de tração e movimenta a roda de bicicleta, com 68 cm de diâmetro, a qual, por sua
vez, aciona o pistão da bomba do pulverizador (Jacto) de 20 l. A pressão gerada pela bomba
alimenta a barra de pulverização de 3m e com 6 bicos de baixa vazão. O pulverizador
possui duas transmissões por correntes e por engrenagens. O pulverizador demanda cerca
de 2 horas de trabalho para a pulverização de uma área de 1 ha, considerando um volume
de 130 l/ha.
Principais vantagens da inovação: O pulverizador pode operar em qualquer condição de
terreno onde o homem opera com o pulverizador costal além de fazer pulverizações com
qualquer tipo de calda, seja para produção convencional ou orgânica. Invertendo-se a
posição de tração (o homem empurra) faz-se a aplicação de herbicida dessecante em plantas
de baixo porte o que requer a adaptação de protetor contra deriva. Outra evolução foi a
criação do mecanismo que permite dobrar o suporte da roda, facilitando o transporte do
equipamento (vale destacar que todos os equipamentos fabricados são compactos ou
dobráveis, sempre enviados por transportadora). A barra de pulverização para café, com
apenas um lado da linha, foi outra adaptação interessante. Talvez possa também ser usada
ou adaptada para várias frutíferas.
Problemas verificados no uso da inovação: Durante os vários anos, o equipamento recebeu
vários aperfeiçoamentos.
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Adequação à agricultura familiar: O custo final para o produtor é de R$ 700,00 ou cerca
de R$ 500,00 caso possua um pulverizador costal em boas condições.
FIGURA 110: Vista do pulverizador em operação (esquerda) e do conjunto com as barras
erguidas (direita).
FIGURA 111: Vista posterior do pulverizador com as barras em posição de operação
(esquerda) e com protetor contra deriva (direita).
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Nome da Inovação: RISCADOR PARA AFOFAR O TERRENO DE CANTEIROS
Nome do Inventor: Romualdo Furlan
Profissão do Inventor: Servidor aposentado e agricultor
Local: Rua João Otávio Neto 10, Bairro Bom Sucesso, Cep: 85045–060, Guarapuava PR.
Telefone para contato: (42) 3624 2850
Histórico da inovação: Há dois anos desenvolveu este riscador a partir de uma visita em
Porto União, onde um equipamento similar era tracionado por cavalo e, por isso,
incompatível para pequenos canteiros.
Fabricantes: Só há esse exemplar.
Propriedade industrial: Por ser um equipamento simples não deve ser possível o pedido.
Descrição do funcionamento da inovação: Duas pessoas trabalham na operação, uma
puxando um tubo de ½ pol por 1,50 m de comprimento e a outra atrás segurando outro tubo
fixado a 90º em relação ao primeiro, e com 80 cm de comprimento. Uma mola plana, com
50 cm de comprimento, é fixada na extremidade do primeiro tubo, podendo operar até 30
cm de profundidade. A profundidade da mola é ajustada por um parafuso que a fixa no
tubo. Para preparar um canteiro de 40 x 1,30 m demanda 10 minutos de trabalho enquanto
duas pessoas, com enxadão, demoram 40 minutos.
Principais vantagens da inovação: O baixo custo e a facilidade de operação em terrenos de
canteiro já preparados. Também favorece o crescimento de cenouras, se passado sobre o
risco de plantio.
Problemas verificados no uso da inovação: Inexistentes para o uso proposto.
Adequação à agricultura familiar: Totalmente adequado para o manejo de canteiro de
hortaliças. Seu custo não chega a R$ 50,00.
105
FIGURA 112: Vista geral do riscador com os operadores em posição de trabalho.
FIGURA 113: Detalhe da mola usada para riscar e afofar o solo.
106
Nome da Inovação: SECADOR DE FEIJÃO E MILHO
Nome do Inventor: José Bertolino S. Novakoski instalou em sua propriedade junto à
estrutura para processamento de fumo (informações do filho, João Carlos Novakoski).
Profissão do Inventor: Agricultor.
Local: Bairro Mourão, Cep: 83900–000, São Mateus do Sul, PR.
Telefone para contato: (42) 9963-0313 e Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
Histórico da inovação: Conheceu esse tipo de secador em excursão da EMATER/Paraná
12 Meses, no ano de 2000. O secador foi subsidiado pelo mesmo programa e é utilizado por
vários produtores da comunidade.
Fabricantes: Os próprios agricultores construíram.
Propriedade industrial: Parece não haver necessidade de proteção intelectual.
Descrição do funcionamento da inovação: É uma obra relativamente grande de 9,20 m de
comprimento por 2,80 m de largura e 3,50 m de altura, instalada junto à estufa de fumo na
propriedade do sr. Bertolino, que a cedeu para um grupo de produtores da comunidade. O
calor é obtido por forno externo e conduzido por tubos metálicos, de 100 mm de diâmetro,
que contornam toda a extensão da tela que recebe o feijão já beneficiado e úmido. Essa
forma de secagem é igual à de estufa de fumo. As ripas de sustentação da tela de peneira,
que ampara os grãos a secar, são fixadas em vigotes, deixando espaço de 2 cm entre uma e
outra. É possível secar cerca de 40 sacos de 60 kg em 8 horas de operação, sendo o feijão
disposto em camadas de 5 cm e o milho de 8 cm.
Principais vantagens da inovação: Permite a colheita e trilha dos grãos ainda com
umidade alta; aumenta o rendimento de secagem, permitindo que vários produtores façam a
secagem em poucos dias; mantém a uniformidade de temperatura e garante uma boa
homogeneidade de secagem para o feijão ou milho; pode ser usado para erva mate e outros
produtos vegetais.
Problemas verificados no uso da inovação: As ripas fixadas no sentido do comprimento
dificultam a retirada dos grãos secos porque a tela cede no espaço entre as ripas formando
depósito que dificulta puxar os grãos para fora do secador.
Adequação à agricultura familiar: O modelo desse secador apresenta vários aspectos
similares ao secador encontrado no município de Turvo, para plantas medicinais, o qual
também possui duto de transporte do ar aquecido, mas somente no sentido longitudinal. Por
107
isso, estruturas menores que essa podem ser adequadas para pequenos grupos de produtores
ou até para algum caso individual. Esse secador teve apoio de programa de governo com
custo aproximado de R$ 4.000,00.
FIGURA 114: Vistas internas do secador e da base de sustentação da tela sobre a qual o
produto a ser secado é disposto e por onde flui o ar quente.
FIGURA 115: Fornalha para aquecimento do ar (esquerda) e tubulação de condução do ar
aquecido para a câmara de secagem (direita).
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FIGURA 116: Vista externa do secador conjugado à estufa de fumo.
109
Nome da Inovação: SECADOR DE PLANTAS MEDICINAIS
Nome do Inventor: A entrevista foi feita com a sra. Roseli Eurich, presidente do IAF e
moradora da comunidade Arvoredo.Várias pessoas que produzem plantas medicinais
participaram do processo de desenvolvimento inclusive com assessoramento parcial do
professor Emmanuel Sanchez, de Guarapuava, e de outras entidades regionais.
Profissão do Inventor: Não há propriamente um inventor, mas vários agricultores, num
grupo onde se destacam as mulheres, se envolveram no processo de produção de plantas
medicinais, desde o plantio até a comercialização final (a NATURA compra folha seca de
pitanga e macelinha-do-campo, identificando a procedência do Turvo em catálogos de seus
produtos).
Local: Várias comunidades, centralizadas no IAF/Instituto Agroflorestal Bernardo
Hakvoort, Av Nossa Senhora Aparecida 903, Cep: 85150–000, Turvo, PR,
Telefone para contato: (42) 3642 1318
Histórico da inovação: Em 1998, a partir de um forno rústico instalado por uma produtora
aproveitando uma encosta, na comunidade Carriel, o grupo passou a aperfeiçoá-lo e chegou
ao modelo atual, que foi financiado por programa estadual para 23 das 94 famílias que
produzem plantas medicinais no município. Os que não possuem o secador, secam em
fogões a lenha da própria casa, colocando as plantas já cortadas em estrutura de bandejas ou
em outros fornos rústicos, nem sempre obtendo o padrão necessário demandado pelas
indústrias que adquirem os produtos (por exemplo, a NATURA adquire folha de pitanga e
macelinha-do-campo para uso em cosméticos).
Fabricantes: o secador é construído pelos próprios produtores ou por marceneiros
contratados; os dutos de condução do calor e as chaminés existem no mercado, bem como
as telas de peneira, pregos, lâminas de latão e chapas usadas nas bandejas e nos fornos.
Propriedade industrial: Dona Roseli chama a atenção para a necessidade de evitar que
alguma indústria venha a patentear e aumentar os custos para as famílias que ainda não
possuem o secador e que pretendem adquiri-lo.
Descrição do funcionamento da inovação: São similares a pequenas casas de madeira de 4
m por 3 m de largura ou menores, também com forro de madeira (onde se instala uma
abertura com tela, para circulação do ar quente), geralmente de chão batido. O calor vem de
110
forno externo, de alvenaria, por queima de lenha, e o ar quente é conduzido por dutos de
100 mm de diâmetro que atravessam longitudinalmente a construção, soltando a fumaça em
chaminé externo e no lado oposto. As bandejas de tela de peneira, de 1 m2, ficam suspensas
em estrutura de ripas colocada sobre o duto de aquecimento. São muitas bandejas e até
podem ser secadas mais de uma espécie de planta, com acompanhamento constante do
ponto de secagem. Os secadores mais aperfeiçoados possuem uma antecâmara, que facilita
a operação de ensacamento do material já seco e pronto para ser levado para a cidade.
Algumas espécies demandam pouco mais de 2 dias de secagem. Em média, é preciso
garantir a temperatura constante de 40ºC. Carqueja exige secagem com temperatura mais
alta e demora mais enquanto que melissa já é uma espécie que chega no ponto de secagem
muito rapidamente. Normalmente, 70 kg de plantas já picadas produzem 20 a 30 kg de
produto seco e pronto, quantidades essas variáveis de acordo com a espécie.
Principais vantagens da inovação: Secagem sem danos à qualidade dos vegetais; a melhor
uniformidade de cor, geralmente secando sem alterar a cor verde, por exemplo, da maioria
das folhas; a maior facilidade de avaliação periódica do processo de secagem; a fácil
movimentação das bandejas quando a temperatura volta ao normal após o término da
secagem.
Problemas verificados no uso da inovação: O duto de calor pode ter algumas curvas de
modo a aumentar a eficiência na transmissão do calor. A boca do forno é muito baixa
exigindo que os trabalhadores operem agachados, o que aumenta a penosidade. Na época
de safra, é inevitável o revezamento para colocar lenha e monitorar, visual e manualmente,
a secagem no período noturno. Isso indica a necessidade de uso de termômetros e
determinadores de umidade de modo a facilitar e uniformizar os procedimentos nesse
período. O consumo de lenha vem se tornando cada vez mais restrito o que leva à
necessidade urgente de busca de novas fosntes de energia, sendo a serragem uma
alternativa interessante.
Adequação à agricultura famíliar: Os secadores foram adquiridos com apoio do Projeto
Paraná 12 meses, pois o custo de R$ 2.000,00 inviabiliza instalações individuais (há
equipamentos mais rústicos e baratos, que podem ser úteis às famílias do município).
111
FIGURA 117: Vistas gerais dos secadores podendo-se observar a fornalha à esquerda e seu
interior à direita.
FIGURA 118: Vista do tubo e chaminé externo de saída da fumaça da fornalha (esquerda) e
das bandejas de secagem.
FIGURA 119: Bandejas com plantas medicinais secando (esquerda) e abertura superior
com tela para circulação do ar quente (direita).
112
Nome da Inovação: SEMENTEIRA DE VERDURAS TIPO PISCINA
Nome do Inventor: Camilo Witte foi entrevistado.
Profissão do Inventor: Agricultor
Local: Sr Camilo, Chácara das Araucárias, Vila Caldas, Cep: 85170–000 Pinhão, PR e Sr
Romualdo, Rua João Otávio Neto 10, Cep: 85045–060, Guarapuava, PR.
Telefone para contato: Sr Romualdo: (42) 3624 2850
Histórico da inovação: Sr Camilo observou a inovação em excursão à propriedade do Sr
Romualdo Furlan, em Guarapuava, ano de 2002.
Fabricantes: Os próprios agricultores.
Propriedade industrial: Não parece pertinente pela simplicidade da idéia.
Descrição do funcionamento da inovação: Trata-se da colocação de uma lona de plástico
grossa, abaixo do solo dos canteiros, de modo a modificar o manejo da irrigação, na
sementeira de mudas. Uma vez que o solo fica úmido por mais tempo, facilita a retirada das
mudas do substrato para o replantio. O rendimento operacional da operação de transplante é
superior ao canteiro convencional, permitindo ganhar tempo e eficiência.
Principais vantagens da inovação: Possibilita molhar bastante o substrato, garantindo
transplante sem que a terra desboroe, pois fica muito molhada e, por isso, facilita o
transporte, a fixação e o crescimento no canteiro definitivo.
Problemas verificados no uso da inovação: Cuidado para evitar o encharcamento, na
sementeira, no período da emergência até o momento do transplante.
Adequação à agricultura familiar: Simples e prático sempre que a semeadura é feita
visando o transplante.
113
FIGURA 120: Duas sementeiras do tipo piscina destacando a lona sob os mesmos.
FIGURA 121: Muda com solo agregado retirada com facilidade da sementeira tipo piscina.
114
Nome da Inovação: MODIFICAÇÃO DE UMA ARRANCADORA DE BATATA
INGLESA PARA ARRANQUIO DE BATATA SALSA.
Nome do Inventor: Adão Statou
Profissão do inventor: Agricultor
Local: Localidade de Mato Branco, Contenda, PR.
Telefone para contato: (41) 3625-1475
Histórico da inovação: A modificação no implemento se deu há cerca de dois anos, em
Contenda, pela necessidade de melhorar a qualidade do trabalho da arrancadora de batata
inglesa na função de arranquio da batata salsa. O trabalho realizado pelo implemento, na
sua forma original, mostrou-se inadequado proporcionando muitas perdas na mandioca
salsa, principalmente pelas quebras que causava no tubérculo.
Fabricantes: Como foi uma adaptação realizada numa pequena oficina não houve
motivação de se difundir a tecnologia e de fabricá-la.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos
Descrição do funcionamento do invento: A principal contribuição apresentada no
implemento e que possibilitou um melhor desempenho diz respeito ao seu órgão ativo. A
modificação consistiu basicamente na introdução de uma lâmina que corta e solta o solo
abaixo dos tubérculos fazendo com que o arranquio seja facilitado. A ferramenta que atua
na subsuperfície do solo é a metade de um disco de arado, cortado ao meio, com uma
curvatura maior do que o disco original e com 50 cm de largura. A profundidade de
trabalho é ajustada em função do desenvolvimento das plantas, ou seja, sempre alguns
centímetros abaixo das plantas que apresentam maior profundidade. O inventor relatou que
a adaptação não apresentou danos na batata salsa quando o trabalho foi realizado com este
implemento, porém quando realizado na sua forma original para arranquio de batata
inglesa, os danos foram significativos, sendo esta a principal motivação da sua iniciativa
para efetuar as alterações no implemento.
Principais vantagens da inovação: A grande vantagem, em relação ao arranquio manual, é
que a produção equivalente ao trabalho de 30 pessoas/ha requer apenas 5 pessoas por ha/dia
com o trabalho com o novo implemento. Outro benefício observado é a grande redução na
penosidade do trabalho humano, pois sem a máquina, o serviço é realizado com o enxadão.
115
O implemento realiza também uma descompactação do solo o que explica a diferença de
produtividade entre a produção manual e com o emprego do implemento.
Problemas verificados no uso da inovação: Do ponto de vista do agricultor que realizou a
modificação não foi verificado até o presente momento nenhuma necessidade de melhoria.
Adequação à agricultura familiar: A modificação é bastante apropriada para a agricultura
familiar, pois o custo da adaptação foi de apenas R$100,00.
116
Nome da Inovação: PULVERIZADOR ADAPTADO NA CARROÇA
Nome do Inventor: Benedito Roberto Pinto
Profissão do inventor: Agricultor
Local: Bairro Pedra Alta, Lapa, PR.
Telefone para contato: (41)9995-6347
Histórico da inovação: A criação se deu em 1998 com a finalidade de obter um
pulverizador barato que pudesse ser tracionado por um animal e sem problema de se
movimentar em áreas declivosas e com presença de pedras, tanto em lavouras como em
pomares.
Fabricantes: Como foi uma adaptação realizada numa pequena oficina não houve
motivação de se difundir a tecnologia nem de fabricá-la.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento do invento: Trata-se de um sistema para aplicação de
agroquímicos montado em cima de uma carroça. Possui como fonte de potência um
conjunto moto-bomba, o qual é acoplado a um tambor de plástico de 200 litros e com uma
barra de bambu de 7 metros de comprimento que suporta as mangueiras e os bicos de
pulverização. A barra de bambu pode ter uma dobradiça no centro para facilitar as
manobras. O pulverizador destina-se a aplicar produtos químicos em lavouras de pequenas
propriedades, em áreas com ou sem presença de pedras, e com auxílio de uma pistola
realizar a aplicação de agroquímicos em pomares. O emprego de uma carroça foi necessário
para que o operador possa, no caso dos pomares, realizar a aplicação sem contato com o
jato do agroquímico e, também, para reduzir a penosidade de trabalho preocupando-se
apenas com a qualidade da aplicação sem ter que fazer esforço para o seu deslocamento.
Por ter uma largura de rodado estreita, a pulverização pode ser feita com as plantas em
avançado estágio de desenvolvimento que o dano será mínimo.
Principais vantagens da inovação: Mais barata e oferece menos risco de contaminação ao
operador devido à posição do operador em relação à direção de pulverização.
Problemas verificados no uso da inovação: A principal alteração proposta pelo inventor
foi a necessidade de se colocar dobradiças nas varas de bambu para facilitar as manobras e
passar em lugares estreitos sem que haja a necessidade de desmontar a barra de aplicação.
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Adequação à agricultura familiar: O custo total da adaptação está em torno de R$1.000,00
sendo que a carroça e o animal de tração são, normalmente, encontrados nas pequenas
propriedades.
FIGURA 122: Vista geral do pulverizador adaptado na carroça mostrando o motor a
gasolina e tanque de pulverização.
FIGURA 123: Barra de pulverização acoplada na carroça e detalhe do bico pulverizador
(direita).
118
Nome da Inovação: ESPALHADOR DE ESTERCO
Nome do Inventor: Adelmo Escher
Profissão do inventor: Agricultor orgânico.
Local: Campo Magro, PR.
Telefone para contato: (41) 9986-8229
Histórico da inovação: Desenvolvido em 2004.
Fabricantes: João Kaspresk
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento do invento: Trata-se de um depósito metálico no formato em
V com um eixo longitudinal dentado, na sua parte inferior, e acionado pelas rodas, também
dentadas, com a finalidade de promover a mobilização do esterco de modo a conduzi-lo
para as aberturas no fundo do depósito e cair por gravidade. A geometria do depósito e o
dispositivo de mobilização do material são muito semelhantes ao de um distribuidor
comum de calcário com a diferença de que foi necessário aumentar o depósito, colocando-
se taboas de madeira, porque a densidade do adubo orgânico é muito baixa e os volumes
para distribuição são elevados. O depósito possui largura de 2,7 m com altura de 1,5 m e
capacidade de 600 kg de esterco curtido. Possui três saídas de esterco reguladas para os
pontos de 60, 75 e 90 cm contado a partir de uma das extremidades. Coincidentes com estas
aberturas estão localizados os três bicos de pato para a abertura dos sulcos, que são
utilizados, opcionalmente, para algumas culturas. A operação do distribuidor geralmente é
realizada com a 3a marcha reduzida o que confere ao conjunto trator-implemento uma
velocidade aproximada de 10 km/h.
Principais vantagens da inovação: A principal vantagem está no aumento do rendimento
do trabalho, uma vez que, no processo tradicional, a operação é realizada em duas etapas
sendo a primeira para a abertura do sulco com tração animal e, a segunda, para distribuir
manualmente o esterco.
Problemas verificados no uso da inovação: A principal dificuldade encontra-se no ponto
de cura do esterco. Para que o distribuidor funcione adequadamente o esterco tem que estar
bem curtido pois, caso contrário, o material apresenta alta coesão e elevado ângulo de
repouso o que dificulta a ação do mecanismo de mobilização e a movimentação do material
para as aberturas de saída.
119
Adequação à agricultura familiar: O equipamento é relativamente barato, sendo que o
depósito metálico custou cerca de R$1.500,00 reais. O mesmo fabricante já produziu outras
unidades do implemento.
FIGURA 124: Vista geral do espalhador de esterco e de seu abridor de sulco (direita).
FIGURA 125: Depósito de esterco com eixo dosador na sua parte inferior (esquerda) e roda
dentada acionadora do eixo (direita).
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Nome da Inovação: SECADOR DE BANANA
Nome do Inventor: Agenor Macari Júnior
Profissão do inventor: Professor.
Local: Guaraqueçaba.
Telefone para contato: (41) 3423 2552
Histórico da inovação: O secador foi desenvolvido em 1994.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento do invento: O secador constitui-se de um depósito fechado,
em alvenaria, similar a uma câmara de secagem, onde são colocadas as bananas cortadas ao
meio, na direção longitudinal, para secagem em bandejas. Na parte externa estão
localizados os sistemas de aquecimento e ventilação forçada do ar quente usado para
secagem. O sistema de aquecimento do ar é realizado por queimadores à gás. A capacidade
de secagem está entre 100 e 120 kg de banana seca a cada 48 horas.
Principais vantagens da inovação: Antes do secador a única possibilidade de venda da
banana era “in natura”, o que acarretava muitas perdas por amadurecimento devido à
dificuldade de acesso. Com o secador, a banana “passa” pode ser armazenada e atualmente
há um selo orgânico que permite sua exportação com preço de U$ 2,25 por pacote de 250
gramas. Houve a necessidade de se constituir uma associação a qual emprega 7 pessoas
diretamente. O secador propiciou melhor qualidade do produto, aumento do rendimento
operacional além de menor preço.
Problemas verificados no uso da inovação: O maior problema é o custo do gás, pois para
se obter 120 kg de banana seca são necessários 90 Kg de gás.
Adequação à agricultura familiar: É adequado, pois possibilita a melhoria das condições
de produção com custo acessível.
121
FIGURA 126: Vista interior do secador de banana mostrando a câmara de secagem onde
ficam as bandejas com as bananas cortadas ao meio.
FIGURA 127: Vista externa do secador de banana mostrando o queimador e o sistema de
alimentação de ar quente
122
Nome da Inovação: DESPOLPADOR DE FRUTAS
Nome do Inventor: José Wilson Malucelli
Profissão do inventor: Inventor
Local: Morretes, PR.
Telefone para contato: (41) 3462 1526
Histórico da inovação: A inovação foi desenvolvida há mais de 20 anos motivada pela
necessidade de aumentar o rendimento do trabalho.
Fabricantes: O próprio Wilson Malucelli possui uma pequena fábrica que produz os
despolpadores de acordo com as encomendas.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento do invento: Constitui-se basicamente de um recipiente
cilíndrico metálico de aço inoxidável fixado a uma estrutura também metálica. A estrutura
possui um mecanismo acionado por um motor elétrico que gira um eixo vertical o qual
possui na sua extremidade, uma hélice que é o órgão ativo que realiza o trabalho de
despolpamento. O fundo do recipiente cilíndrico é perfurado o que permite que o suco da
fruta escoe e que fiquem retidos os caroços das frutas. O preço do produto é de cerca de
R$1.500,00.
Principais vantagens da inovação: Alto rendimento e melhor qualidade de trabalho.
Problemas verificados no uso da inovação: Não foi relatado nenhum problema.
Adequação à agricultura familiar: A inovação é adequada para a agricultura familiar, pois
aumenta o rendimento de trabalho, reduz a penosidade e agrega valor aos produtos. Com o
processamento, grande quantidade de polpa pode ser armazenada em baixas temperaturas,
por longos períodos, e assim assegurar melhores condições de preço aos produtos.
123
FIGURA 128: Vistas gerais do despolpador de frutas com destaque para o cilindro inox
(direita).
FIGURA 129: Detalhe da hélice responsável pela despolpa das frutas (esquerda) e do
sistema de transmissão de movimento para seu eixo (direita).
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Nome da Inovação: TACHO MOVIDO À ELETRICIDADE PARA MEXER E COZINHAR DOCES.
Nome do Inventor: Senibaldo Fumaneri
Profissão do inventor: Agricultor
Local: Morretes, PR.
Telefone para contato: (41) 3462 1567
Histórico da inovação: A inovação é de 2004.
Fabricantes: Não existe.
Propriedade industrial: Direitos não requeridos.
Descrição do funcionamento do invento: A inovação constitui-se de uma fornalha que
aquece um tacho de cobre o qual possui um mecanismo agitador das frutas durante o
cozimento sendo acionado por um motor. As peças mais caras são o motor e o redutor, pois
uma vez que o volume de doce no interior do tacho é grande, sistemas mais simples e
artesanais apresentam baixa durabilidade. Apresenta baixa exigência de manutenção, pois
requer apenas trocas periódicas do óleo do redutor.
Principais vantagens da inovação: A inovação apresenta duas vantagens importantes. A
primeira está relacionada à redução do esforço humano e ao aumento do rendimento do
trabalho e, a segunda, à qualidade do produto produzido. Para fazer o cozimento sem o
tacho mecânico o operador responsável pela identificação do ponto do cozimento, na sua
fase final, está em geral cansado e com sua capacidade reduzida para apurar o produto.
Com a introdução do tacho mecânico há condições de se dar maior atenção na técnica de
apuramento do cozimento aumentando, assim, a qualidade do produto final. Houveram
ganhos também nas condições de higiene, pois sem a inovação as frutas eram mexidas por
dois homens que naturalmente precisavam estar muito próximos e fazendo grande esforço
físico.
Problemas verificados no uso da inovação: Foi verificada a necessidade se adequar uma
tampa para melhorar as condições de higiene.
Adequação à agricultura familiar: A inovação é adequada à agricultura familiar
comunitária uma vez que o seu custo total está em torno de R$3.000,00.
125
FIGURA 130: Vista geral da instalação do tacho para cozinhar doces.
FIGURA 131: Detalhe do sistema de transmissão de movimento para o eixo vertical do
tacho com redutor e do mecanismo mexedor dos doces no interior do tacho.