Combinados Para uma Alimentação Consciente 2016 - · PDF filea massa do...

download Combinados Para uma Alimentação Consciente 2016 - · PDF filea massa do pão/pizza seja feita pelas próprias crianças. ... Banco de Receitas pode enviar suas receitas para o e-mail

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  • - Verso final, resultante da Reunio mediada pela Comisso de Bem-Estar com a Associao, na Sala Verde da Vivendo e Aprendendo em 8 de agosto de 2016.

    Caros Associados e Associadas, Na Vivendo e Aprendendo praticamos uma educao consciente, democrtica e dinmica. Consciente, pois as necessidades e dinmicas da associao/escola so encaradas como movimentos que impulsionam a reflexo e educao do coletivo. A partir dessa compreenso, educamo-nos e descobrimos nossas genunas necessidades e solues. Democrtica, pois as reflexes individuais so ouvidas e debatidas por meio de encontros, reunies e assembleias, dando origem a processos coletivos imprescindveis para a tomada de decises. Dinmica, pois encontra-se em contnua transformao, seguindo o fluxo do contexto e dos sujeitos envolvidos em cada momento. As decises coletivamente tomadas como resultado desse processo compem nossos combinados. importante que retomemos de tempos em tempos os porqus de cada combinado, de forma que no se tornem regras repetidas simplesmente pela naturalizao das prticas. essencial manter os combinados atualizados s necessidades especficas de cada momento da escola. A alimentao parte essencial desse universo. Entendemos que a escola um espao fundamental para a construo e ampliao da relao das crianas com os alimentos em suas dimenses cultural, ambiental e de sade. Portanto, a escola dever servir de referncia, atuando como parceira das famlias, permevel s suas necessidades, mas incentivando tambm a reflexo sobre os hbitos alimentares dentro de casa. Ademais, compreendemos a alimentao como uma expresso cultural de nosso pas e as refeies como momentos frteis para a partilha, cultivo e apropriao de valores humanos bsicos, entre eles senso de coletividade e pertencimento. Foi com base nesses princpios que construmos orientaes e combinados para os vrios movimentos e atividades que envolvem a esfera alimentar. Para essa construo, consultamos, entre outros documentos, o Guia de Alimentao para a Populao Brasileira (2 edio), lanado pelo Ministrio da Sade em 2014. Em Novembro de 2015, aps assistirmos o documentrio Muito Alm do Peso, da Maria Farinha Filmes, debatemos sobre a alimentao das crianas na escola, levantando ideias, perspectivas e desejos. Assim, pudemos ter uma noo mais ampliada de como est a alimentao em cada ciclo, em cada culinria, lanches individuais, coletivos e dias do natural e quais so nossos potenciais e desafios.

  • Tambm realizamos diversos encontros com educadores/as, pais e mes, para ampliarmos essa reflexo e afinarmos nosso entendimento sobre o que alimentao saudvel e qual o papel de cada um(a) de ns nessa construo. Que esta saborosa reflexo impulsione muitas e muitas investigaes gustativas e que os alimentos proporcionem a ampliao do universo das crianas, se tornando veculos de sua prpria descoberta. Que cada cheiro, gosto, cor, forma de cultivo e alquimias culinrias sejam agentes de construo de nossa cotidiana conscincia alimentar. Assim, combinamos Lanches Individuais

    As crianas da Vivendo trazem o lanche de casa diariamente. Na sala de aula, alm de

    observarem umas s outras nos momentos de refeio e descobrirem, aos poucos, formas de negociar e trocar seus alimentos h sobre a mesa duas lixeiras (lixo orgnico e lixo seco), bem como um cesto. Esse cesto estabelece um espao convencionado para a troca. Quando uma criana no quer mais seu lanche, ela tem duas opes: guardar de volta na lancheira ou colocar no cesto, oferecendo assim seu lanche a quem quiser com-lo. Por isso, ao preparar a lancheira, a famlia deve considerar o fato de que o lanche provavelmente ser compartilhado.

    A influncia decorrente da observao dos colegas e o incentivo troca dos lanches deram origem a alguns combinados em relao ao lanche a ser enviado diariamente pelas famlias.

    Combinamos que os lanches individuais sero compostos preferencialmente por alimentos in natura ou minimamente processados e, em menor medida, por alimentos processados, devendo ser sempre evitados os ultraprocessados. Sugestes para os lanches individuais:

    frutas!!! frutas secas salgados assados em casa, como po de queijo e quibe de forno pes, bolos e biscoitos caseiros feitos com cereais integrais polpa de aa batida com frutas (banana, morango, cupuau) iogurte natural queijo branco castanhas ( castanha de caju, castanha do par, amndoas, etc) amendoim torrado sem sal milho cozido, tomatinho, pepino, cenourinhas pipoca tapioca ovos cozidos cuscuz gua, gua de coco, sucos naturais sem adio de acar sanduche natural de frango desfiado.

  • Devem ficar de fora do lanche da escola os seguintes alimentos ultraprocessados:

    biscoitos recheados industrializados frituras guloseimas (balas, chicletes, chocolates, pirulitos, bombons) salgadinhos industrializados (Cheetos, Doritos, Ruffles) amendoim japons, coloridos, com chocolate bolos industrializados (Ana Maria, Bauducco, Pullman) bebidas industrializadas aucaradas (Toddynho, refrigerantes, nctares, sucos industrializados adoados)

    queijos petit suisse (Danoninho, Chambinho) bebidas lcteas (ver Guia Alimentar Vivendo e Aprendendo) embutidos industriais e carnes processadas (ver Guia Alimentar Vivendo e Aprendendo)

    Quando do envio de industrializados, retirar a embalagem do produto. Embalagens de

    alimentos industrializados frequentemente estampam personagens com apelo junto ao pblico infantil de forma a estabelecer uma vinculao emocional entre a criana e o produto, e todos os significados que este produto comunica, o que acreditamos no ser benfico formao de hbitos alimentares saudveis nem ao desenvolvimento emocional das crianas. Mesmo embalagens sem personagens so desenhadas de forma a agregar valor marca e estimular o consumo do produto, e crianas so especialmente vulnerveis a esse marketing. Percebemos isso, por exemplo, quando crianas, ao nos acompanhar ao supermercado, pedem para comprarmos determinado produto (normalmente uma bebida lctea ou um biscoito industrializado) por t-lo visto no lanche do colega na escola.

  • Culinria Faz parte da prtica pedaggica da escola o Dia da Culinria: uma vez por semana, cada turma realiza atividades culinrias em que um alimento preparado pelo grupo (educadores e crianas) e em seguida degustado por todos. Assim se constri a noo de que partes independentes podem formar um todo harmnico (e gostoso!), que juntando o ingrediente de cada um surge algo que de todos. O momento da culinria ainda uma oportunidade para que as crianas aprendam naturalmente conceitos fsico-qumico-matemticos (contagem, medio, reaes qumicas), alm de poder ser integrado a projetos e eventos da turma ou da escola: por exemplo, preparando-se um bolo para comemorar o aniversrio de uma criana ou cozinhando-se um prato tpico da cultura homenageada na Festa da Cultura Popular.

    Para essa atividade, cada aluno traz um ingrediente, que ser pedido por meio de bilhete enviado no dia ou na semana anterior. As crianas participam da escolha do ingrediente que ser levado, bem como da confeco do bilhete. muito importante que o ingrediente no seja esquecido para que a atividade no seja inviabilizada e a criana no se sinta excluda. Sugerimos, no entanto, que, no dia da culinria, o lanche individual tambm seja trazido, pois a criana pode no gostar do alimento preparado ou, eventualmente, o resultado do trabalho de nossos mestres cuca pode no ser muito animador.

    Os professores e crianas, na escolha do alimento a ser preparado, devem dar preferncia a receitas saudveis (existem diversas delas no nosso Banco de Receitas) e que propiciem a observao da magia da culinria, com a transformao dos ingredientes em algo totalmente novo e maior do que a simples soma de seus componentes. Por exemplo, ao se preparar sanduches ou pizzas, prefervel que a massa do po/pizza seja feita pelas prprias crianas.

    Os ingredientes da culinria devem ser compostos essencialmente por alimentos in natura ou minimamente processados, no devendo fazer parte da culinria produtos alimentcios ultraprocessados, em especial:

    Embutidos industrializados e carnes processadas (presunto, peito de peru, blanquet de peru, calabresa, mortadela, salame, salsichas) Temperos prontos com realadores de sabor (caldo Knorr, Ajinomoto, Sazn) Acar branco, o qual pode ser substitudo pelo acar demerara, mascavo, de coco ou, dependendo da preparao culinria, por frutas secas, como tmaras e uvas passas;

    Sugerimos:

    A utilizao de frutas e legumes da poca e, se possvel, orgnicos; Evitar a utilizao de margarina, a qual pode ser substituda por manteiga, azeite de oliva ou leo de coco, por exemplo;

    Havendo crianas na turma com restries alimentares, prefervel que se opte por uma

    receita que poder ser degustada por todos, em vez de realizar preparaes diferenciadas, lembrando do carter coletivo e social da culinria.

    Nosso banco de receitas est em constante renovao, assim, quem quiser contribuir com o Banco de Receitas pode enviar suas receitas para o e-mail da Comisso de Bem-Estar, Sade e Higiene: [email protected]

    https://docs.google.com/document/d/1mcQ1zYsNndXpqo58XeEjxmPIZ8fWewQlM-QAo_33oQ8/edit?usp=sharinghttp:///hhttp:///h

  • Aniversrios

    O aniversrio uma data muito significativa para a criana, j que, tal qual seu nome, um marco de sua individualidade. Ao mesmo tempo, os aniversrios devem fazer sentido dentro da prtica pedaggica da escola. Assim, procuramos transformar o aniversrio de cada criana em mais um elemento para a construo do vnculo entre ela e seu grupo.

    tradio na Vivendo que as crianas confeccionem com pinturas e colagens a toalha de

    mesa dos aniversrios e decorem a sala com seus trabalhos. Os pais no devero trazer para a escola kits prontos para a decorao dos aniversrios. Assim, alm de op