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Segunda Série do Ensino Médio HISTÓRIA Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII” 2º ANO DO ENSINO MÉDIO Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus site: http://givaldohistoria.webnode.com.br e-mail: [email protected].br Aluno (a): ___________________________________________________, nº_________ “História é a ciência do passado e do presente, um e outro inseparáveis. Apesar de atrelados, passado e presente não podem ser analisados de forma mecânica, estreita e determinista”. Fernando Braudel Ribeirópolis SE 2012 Fonte: www.google/imagens Trilha da História

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COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”

2º ANO DO ENSINO MÉDIO

Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus site: http://givaldohistoria.webnode.com.br e-mail: [email protected]

Aluno (a): ___________________________________________________, nº_________

“História é a ciência do passado e do presente, um e outro inseparáveis. Apesar de atrelados, passado e presente não podem ser analisados de forma mecânica, estreita e determinista”. Fernando Braudel

Ribeirópolis –SE 2012

Fonte: www.google/imagens

Trilha da História

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SUMÁRIO

1 – Esquema dos conteúdos do primeiro bimestre ............................................................................... 03 2 – Esquema dos conteúdos do segundo bimestre .............................................................................. 05 3 – Esquema dos conteúdos do terceiro bimestre ................................................................................ 13 4 – Esquema dos conteúdos do quarto bimestre .................................................................................. 17 5 – História de Sergipe .......................................................................................................................... 22 5 – Questões referentes ao primeiro bimestre ...................................................................................... 24 6 – Questões referentes ao segundo bimestre ...................................................................................... 26 7 – Questões referentes ao terceiro bimestre ........................................................................................ 32 8 – Questões referentes ao quarto bimestre .......................................................................................... 35

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (Veja livro adotado)

* PRIMEIRO BIMESTRE: - 1. As culturas indígenas americanas; 2. A África dos grandes reinos e impérios; 3. A colonização da América espanhola; 4. A colonização da América inglesa e francesa; 5. Organização Político-administrativo na América portuguesa. * SEGUNDO BIMESTRE: - 6. A economia na América portuguesa e o Brasil holandês; 7. A mineração no Brasil colonial; 8. Religião e sociedade na América portuguesa; 9. O Iluminismo; 10. Das Revoluções Inglesas à Revolução Industrial. * TERCEIRO BIMESTRE: - 11. A Revolução Francesa; 12. O Império Napoleônico e o Congresso de Viena; 13. A independência das Américas inglesa e espanhola; 14. O processo de independência da América portuguesa; 15. O movimento operário e o advento do socialismo. * QUARTO BIMESTRE: - 16. As revoluções liberais e o nacionalismo; 17. A expansão dos Estados Unidos; 18. O governo de D. Pedro I e o Período Regencial; 19. O governo de D. Pedro II; 20. Os países hispano-americanos na transição do século XIX para o século XX.

“Para ser válida toda educação, toda ação educativa deve necessariamente estar precedida de uma reflexão sobre o homem e de uma análise do meio de vida concreto a quem queremos educar”.

Paulo Freire

Bom estudo!!

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HISTÓRIA SEGUNDO ANO

ESQUEMA DOS CONTEÚDOS

PRIMEIRO BIMESTRE

1 - AS CULTURAS INDÍGENAS AMERICANAS (Veja página 10 do livro)

- Os primeiros habitantes da América. - Sociedades de caçadores, coletores e agricultores. - Os sioux na América do Norte. - Os tupis-guaranis na América do Sul. - As grandes civilizações agrícolas. - Os astecas, guerreiros dos deuses. * Política e sociedade no Império Asteca. - Os maias, senhores do tempo. - Os súditos do Inca. - Povos extintos. - Os índios na América de hoje.

2 – A ÁFRICA DOS GRANDES REINOS E IMPÉRIOS (P. 26)

- O olhar estrangeiro sobre a África. - A primeira impressão dos africanos sobre os europeus. - A África pré-colonial. - Os reinos sudaneses. - O Reino de Gana. - O Reino do Mali. - Os Reinos Iorubas: * Ifé, cidades-Estado iorubas. - O Reino do Benin. - O povo banto. - O Reino do Congo. - Família e vida cotidiana. - Cultos africanos. - O islã na África. - Escravidão africana. - O comércio transatlântico de escravos.

3 - A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA

ESPANHOLA (P. 40)

- Conquista de Cristóvão Colombo. - Colonização baseada no bulionismo. - Processo de colonização: * Fernão Cortez – conquista dos Astecas (México). - Francisco Pizarro – conquista dos Incas (Peru). - A América tinha povos em estados culturais bem diferentes. - O império organizado dos Astecas, Maias e Incas e a dominação espanhola. - Divisão política: Vice-Reinados e Capitanias Gerais. - Sociedade colonial: elite (Chapetones e os criollos); Massa: mestiços (brancos e índios ), índios (maioria) e negros (escravos).

4 - COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA INGLESA E FRANCESA (P. 51)

- As treze colônias e os dois tipos de colonização: * Colônias do Norte – povoamento. * Colônias do Sul – exploração. - América francesa 5 - ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-DMINISTRATIVA

NA AMÉRICA PORTUGUESA (P. 68)

1 - PERÍODO PRÉ-COLONIAL - Características: * não fixação do homem a terra; * exploração predatória do pau-brasil; * criação de feitorias; * realização do escambo.

AS EXPEDIÇÕES EXPLORADORES — 1501. Gaspar de Lemos (Expedição dos

Topônimos, relevo nome). — 1503. Gonçalo Coelho Foi dada uma

capitania antes de existir o sistema a Fernando de Noronha.

- Dica: estas expedições tinham como objetivo verificar se existia metais preciosos na nova terra.

AS EXPEDIÇÕES GUARDA-COSTAS

— 1516 e 1526 Comandadas por Cristóvão Jacques.

- Dica: tinha como objetivo patrulhar o litoral brasileiro.

A EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUSA, (1530)

* O início da colonização – 1531. - Fatores: * a perda do monopólio do comércio das especiarias – por parte dos portugueses. * a intensificação da presença francesa

(estrangeiros) ao longo do litoral brasileiro.

PRIMEIROS NÚCLEOS URBANOS — Vila de São Vicente. — Vila de Santo André. OBS.: As 4 cidades mais antigas do Brasil: * 1549 São Salvador da Baía de Todos os

Santos (Tomé de Sousa). * 1565 São Sebastião do Rio de Janeiro (Estácio

de Sá). * 1585 Filipéia de Nossa Senhora das Nevis

(João Pessoa-PA) Diogo Valdez e Martim Leitão.

* 1590 São Cristóvão (Cristóvão de Barros). 3 – O SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

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01. Introdução: Com a finalidade de intensificar a colonização dividindo os gastos do processo com particulares, a coroa portuguesa criou em 1534 o sistema de capitanias hereditárias para o Brasil.

02. O funcionamento do sistema: R——————D————————C - Carta de Doação documento que estabelecia os limites e a extensão territorial da capitania. -Foral Estatuto Jurídico administrativo que estabelecia os direitos e deveres dos donatários. - Tipos de capitanias: * R — D particular * R — O Real 03. Entraves do sistema: — A grande extensão territorial dos lotes aliada a

precariedade dos meios de transportes e comunicação, além da grande distância entre a colônia e a metrópole;

— Os frequentes ataques indígenas; — A inexistência de uma autoridade que

coordenasse a administração colonial frente aos donatários;

4 – O SISTEMA DE GOVERNO GERAL, 1548

01. Introdução: “Com a finalidade de instituir poder

público oficial na colônia, além de estabelecer uma atividade de coordenação administrativa frente aos donatários, a coroa portuguesa cria em 1548 o sistema de governo geral para o Brasil”.

- Obs.: O governo geral não extingue as capitanias hereditárias. Estabelece apenas um processo de centralização.

02. O Funcionamento do sistema: * Regimento real documento que estabelece as

normas administrativas aplicáveis ao sistema de governo-geral.

* Capitão-mor responsável pela defesa do litoral. * Provedor-mor responsável por assuntos

ligados a fazendo pública (assuntos fiscais). * Ouvidor-mor responsável pela justiça. 03. Os três primeiros governadores: a) Tomé de Souza Fundação da cidade de

Salvador; Criação do primeiro bispado no Brasil (1º bispo D. Pero Fernandes Sardinha).

b) Duarte da Costa Conflitos entre Igreja e Estado; Invasão francesa no Rio de Janeiro;

c) Mem de Sá Expulsão dos franceses; Fundação da cidade do Rio de Janeiro.

- As Câmaras Municipais e os homens-bons.

5 - DIVISÕES ADMINISTRATIVAS DO BRASIL: Governo do Norte: sede em Salvador Luis de Brito

1572

Governo do Sul: sede no Rio de Janeiro Antônio Salema.

1578: unificação com Lourenço da Veiga.

1580-1640: a estrutura político-administrativa do Brasil colonial sofreu mudanças com a ascensão dos Felipes ao trono português: Estado do Maranhão: sede em São Luís, mais tarde transformado em Estado do Grão-Pará e Maranhão.

1621 Maranhão, com sede em Belém. Estado do Brasil: sede em Salvador e, a partir de 1763, com sede no Rio de Janeiro.

1774: nova unificação. 6 - ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA: + A administração eclesiástica acompanhou no Brasil Colonial a própria evolução administrativa da Colônia; a criação de capitanias, comarcas e freguesias eram acompanhadas pela criação de prelazias, dioceses e paróquias.

A Igreja Católica teve papel relevante no processo de colonização. A catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão-de-obra nas propriedades da Companhia de Jesus.

O ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-se à escravização dos indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes, e, no norte da Colônia, também devido à exploração das “drogas do sertão”.

Os jesuítas, intimamente relacionados com a

expansão europeia e a realidade colonial, foram expulsos

de Portugal e do Brasil no reinado de D. José I (na época

do ministro Marquês de Pombal).

+ O projeto missionário e catequizador dos jesuítas:

Os jesuítas atuaram em duas frentes: o trabalho missionário com os índios e a educação com a fundação dos colégios.

A legitimação da espoliação e da fraternidade cristã.

O ardor da diplomacia cristã, mistura de veemência e ambiguidade.

Os caminhos violentos e sedutores da pedagogia missionária. + Educação:

Na Educação, através das Ordens Religiosas, a Igreja monopolizou as instituições de ensino até o século XVIII.

A Companhia de Jesus foi instrumento fundamental para a evangelização das colônias americanas: a evangelização e a catequese.

O ensino desenvolveu-se influenciado pela cultura religiosa do colonizador. Não conseguiram dissociar a evangelização do processo colonizador luso-brasileiro. Os jesuítas exerceram um papel de grande importância em relação à educação dos filhos dos grandes proprietários de escravos e terras até sua expulsão. Sua presença foi tão significativa que seus colégios constituíram-se

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enquanto marcos da ação colonizadora portuguesa na América.

Os jesuítas procuraram aprender as línguas indígenas.

Os jesuítas pretenderam divulgar a fé, formando novos súditos tementes a Deus e obedientes ao rei.

Os jesuítas fundaram vários colégios.

Contribuíram para amenizar as tensões entre indígenas e colonos.

Os jesuítas tinham por objetivo promover a Igreja Católica e, para isso, acabaram por alterar a cultura indígena: a aculturação dos indígenas, à medida que a colonização portuguesa se consolidava.

Quanto à escravidão, tanto os jesuítas quanto a Igreja Católica, no período colonial, se limitavam ao repúdio às torturas e aos maus tratos, não havendo, porém, questionamento da escravidão enquanto instituição: as desigualdades terrenas são reconhecidas pelos jesuítas, que elegem como espaço de julgamento o fórum divino.

O negro foi excluído da catequese e do processo de educação porque existia a crença de que o negro não tinha alma.

SEGUNDO BIMESTRE (Veja página 79 do livro)

6 - A ECONOMIA NA AMÉRICA PORTUGUESA E O BRASIL HOLANDÊS (P. 79)

I. A ECONOMIA AÇUCAREIRA (SÉC. XVI E XVII)

1. O ANTIGO SISTEMA COLONIAL:

Sistema de dominação da metrópole sobre a colônia: conjunto de relações políticas, econômicas, sociais, ideológicas e culturais.

Um conjunto de normas e leis que regulam as relações metrópole-colônia principalmente no campo econômico. · Pacto Colonial:

Relação de domínio exclusivo do comércio colonial pela metrópole: monopólio. Também chamado “regime do exclusivo colonial”, denomina o sistema de monopólio comercial e controle econômico imposto pelas metrópoles às suas colônias nos Tempos Modernos (capitalismo comercial/mercantilismo). + O Sentido da Colonização:

O monopólio do comércio das colônias pela metrópole define o sistema colonial, porque é através dele que as colônias preenchem sua função histórica de produzir riquezas para o maior desenvolvimento econômico da metrópole: a colonização toma o aspecto de uma vasta empresa comercial destinada a explorar os recursos das colônias em proveito do comércio europeu.

Monopólio: -as colônias são áreas complementares da

economia metropolitana. -as colônias só podem comerciar com a metrópole: só podiam vender seus produtos para o grupo mercantil metropolitano.

-as colônias não podem ter fábricas e são obrigadas a consumirem os produtos manufaturados da metrópole. -as colônias só podem produzir o que a metrópole não tem condições de fazer, nunca concorrer com ela. -as colônias devem produzir em larga escala, a baixos custos e com o máximo de lucratividade. 2. A COLONIZAÇÃO DE BASE AGRÍCOLA:

Colonização como desdobramento da expansão marítima e comercial europeia.

A agricultura foi o recurso encontrado para a exploração do litoral brasileiro.

A colonização foi organizada em torno do cultivo da cana-de-açúcar.

Valorização econômica das terras.

Passou-se do âmbito da circulação de mercadorias para o da produção.

Com a empresa açucareira Portugal solucionava o seu problema de utilização econômica das suas terras americanas e o Brasil se integrava, como fonte produtora, aos mercados consumidores europeus.

A colonização como instrumento de acumulação de capital na Europa. 3. MOTIVOS DA ESCOLHA DO AÇÚCAR:

Existência de mercados consumidores na Europa.

A participação holandesa no financiamento, refino e distribuição do produto.

A experiência portuguesa.

A qualidade do solo (massapê) e as condições climáticas. 4. EMPRESA AÇUCAREIRA:

Estrutura de empresa comercial exportadora.

Empresa de base agrícola destinada à exploração econômica e a colonização do litoral brasileiro, principalmente o nordestino (principal centro produtor).

O engenho: unidade de produção (moenda, casa-grande, senzala, capela, canaviais) exigia grandes investimentos.

Tipos de engenho: os reais movidos à água, e os trapiches, que utilizavam tração animal.

Nordeste: principal centro produtor (PE e BA).

Trabalhadores livres: mestre do açúcar, feitor, lavradores contratados.

Grupo flutuante formado de mestiços, mamelucos, rendeiros e agregados.

A montagem da empresa açucareira obedeceu ao sistema de plantation. · Plantation: sistema de produção:

Monocultura: especialização na produção de um artigo de real interesse no mercado europeu.

Escravismo: utilização de numerosa força de trabalho compulsória (escrava): índia, depois negra.

Latifúndio: grande propriedade de terra.

Exportação: havia uma total ausência de autonomia dos produtores e a economia ficava

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atrelada ao mercado europeu e inteiramente voltada para o mercado externo. 5. SOCIEDADE COLONIAL AÇUCAREIRA:

Uma sociedade caracterizada pelo caráter predominante do trabalhador escravo, base da economia colonial e do prestígio do grande proprietário. Uma sociedade conservadora, patriarcal, escravista, rural (agrária). O engenho era o centro dinâmico de toda a vida colonial e onde a pouca vida urbana era mero prolongamento da vida rural.

Uma organização social intimamente articulada à propriedade e à riqueza. + início do processo de miscigenação entre os três grandes grupos étnicos responsáveis pela formação da sociedade colonial brasileira: o índio americano, o branco europeu e o negro africano. Mulato: mestiço de branco com negro. Mameluco (caboclo): mestiço de índio com branco. Cafuzo: mestiço de negro com índio. 6. A ESCRAVIDÃO: + Motivos da utilização da mão-de-obra escrava:

A plantation exigia uma grande quantidade de trabalhadores.

Crise demográfica portuguesa.

A inviabilidade da utilização da mão-de-obra branca, devido à sua escassez e ao seu custo.

Os trabalhadores europeus não se sentiam atraídos em trabalhar na colônia: difíceis condições de trabalho.

Os lucros proporcionados pelo tráfico de escravos. · Escravidão Indígena:

Os índios foram utilizados como escravos no início da economia canavieira, contudo, demonstrou-se incompatível com a produção açucareira e foram substituídos pelos negros africanos. Motivos da substituição do índio pelo negro na grande lavoura açucareira:

A imposição de um trabalho disciplinado, vigiado, forçado, ordenado, dinâmico, organizado e metódico chocou-se com a cultura indígena.

A alta lucratividade operada pelo tráfico negreiro, que, para ser mantida, necessitava manter a escravidão negra. Consequências da Escravidão e da Colonização sobre os Índios:

Massacre de milhares de índios. Ocupação de suas terras. O contato do branco europeu com a comunidade indígena destruía a cultura do índio.

Desestruturação do sistema produtivo e das instituições indígenas.

Mortalidade em função de doenças contraídas dos brancos europeus. Áreas Periféricas:

O escravismo indígena ocorria principalmente em áreas muito pobres, onde os colonos não tinham recursos para comprar escravos negros: São Vicente e Maranhão. · Escravidão Negra:

Os negros foram introduzidos no Brasil a fim de atender às necessidades do colono branco, dos grupos mercantis e da Coroa Portuguesa. + Formas de Aquisição do Negro na África:

Caça, captura e aprisionamento.

Compra de africanos aos chefes locais (sobas): muitas tribos africanas passaram a escravizar outras para vendê-las aos traficantes em troca de bugigangas (vidro, facões, panos, fumo, rapadura, cachaça). + Tráfico Negreiro:

Navios negreiros (tumbeiros).

Os negros (peças do gentio da Guiné) eram embarcados geralmente em Angola, Moçambique e Guiné e desembarcados em Recife, Salvador e Rio de Janeiro. + Grupos:

Sudaneses: oriundos da Nigéria, Dome, Costa do Ouro (Ioruba, Geais, Fanti-ashantis)

Bantos: divididos em dois grupos (angola-congoleses e moçambiques).

Malês: sudaneses islamizados. + Resistência do Negro a Escravidão:

Evitando a reprodução.

Suicidando-se.

Matando feitores e capitães-do-mato.

Fugindo.

Formando quilombos. + Quilombos:

Comunidades negras formadas por escravos que fugiam dos seus senhores e passavam a viver em liberdade. Quilombo dos Palmares: localizava-se no atual estado de Alagoas. - o número de habitantes do quilombo cresceu durante a invasão holandesa em Pernambuco. - produziam e faziam um pequeno comércio com as aldeias próximas. - simbolizava a liberdade e, por isso, era uma atração constante para novas fugas de escravos. Representava uma ameaça à ordem escravocrata. - líder: Zumbi. - em 1694, foi destruído pelo paulista Domingos Jorge Velho, contratado pelos senhores nordestinos. 8 - ATIVIDADES ECONÔMICAS COMPLEMENTARES: Paralelamente ao desenvolvimento da lavoura açucareira, desenvolveu-se na colônia um setor de subsistência responsável pela produção de gêneros que vinham atender às necessidades básicas dos colonos e escravos: pecuária e cultivo do tabaco, algodão, mandioca, milho, feijão. · A mandioca era o principal produto agrícola de subsistência para o consumo interno: elemento básico da alimentação do brasileiro. · O fumo era o produto de exportação que servia para aquisição de escravos no mercado africano: cultivado em zonas restritas da Bahia e Alagoas. · O algodão era usado no fabrico de tecidos de baixa qualidade destinados à confecção de roupas

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para os mais pobres e escravos: cultivados no Maranhão e Pernambuco.

INVASÕES HOLANDESAS 1. MOTIVOS:

· A União das Monarquias Ibéricas (1580-1640): Portugal e suas colônias submetidas ao domínio espanhol Juramento de Tomar.

· Os conflitos político-militares entre a Espanha e a Holanda: devido à separação da Holanda do domínio espanhol. · O Embargo Espanhol: proibição de quaisquer relações comerciais entre os holandeses e todas as áreas sob dominação espanhola. 1. REPERCUSSÕES DA UNIÃO DAS MONARQUIAS IBÉRICAS: · Brasil Filipino:

Reforma da política fiscal: rigidez para evitar a corrupção e os desvios.

Criação do Tribunal de Relação de Salvador: os colonos podiam apelar das sentenças dinamizou a prática de justiça.

A colonização se expandiu no litoral ao norte de Pernambuco, chegando até o Amazonas: expansão oficial. A nova divisão política do Brasil (1621): criação do Estado do Maranhão (capitanias do Grão-Pará, Maranhão e Ceará).

Invasões francesas: França Equinocial no Maranhão.

Invasões holandesas. 2. OBJETIVOS: · romper o monopólio ibérico. · recuperar o comércio do açúcar. · controlar os centros produtores de açúcar. · estabelecer uma colônia de exploração econômica. 3. AS INVASÕES AO BRASIL: · Os Holandeses na Bahia (1624-1625):

Tentativa fracassada de conquista da Bahia (sede do Governo Geral do Estado do Brasil).

Reação luso-brasileira comandada pelo bispo D. Marcos Teixeira e por Matias de Albuquerque: guerrilhas.

As guerrilhas impediram o avanço holandês para o interior e, por isso, os holandeses só conquistaram a cidade de Salvador.

Os holandeses são expulsos pelos colonos luso-brasileiros e pela esquadra luso-espanhola Jornada dos Vassalos. · Os Holandeses em Pernambuco (1630-1654):

Os holandeses se refizeram dos prejuízos da invasão da Bahia saqueando navios que saiam do Brasil carregados de açúcar e aprisionando galeões espanhóis que saiam da América carregados de prata.

Invasão e conquista de Pernambuco (maior centro açucareiro do Brasil, mas pouco guarnecido militarmente).

A resistência dos colonos, através de guerrilhas, no interior foi comandada por Matias de

Albuquerque: impediram a imediata conquista holandesa de todo o Nordeste açucareiro.

Principal centro de resistência: Arraial de Bom Jesus.

A “traição” de Calabar: este integrante das tropas de resistência passou para o lado holandês e indicou os focos (centros) de resistência dos colonos: os holandeses passam a ocupar áreas do litoral nordestino.

Com a queda do Arraial do Bom Jesus (1635), os holandeses começam a efetivar a conquista do Nordeste. 4. CARACTERÍSTICAS DO DOMÍNIO HOLANDÊS:

As invasões tiveram um caráter exclusivamente mercantil: foram comandadas pela Companhia das Índias Ocidentais (WIC).

Aliança com os senhores de engenho.

Respeito às propriedades e a classe dominante colonial.

Tolerância política e religiosa.

Concessão de empréstimos aos senhores de engenho. 5. A ADMINISTRAÇÃO NASSOVIANA (1637-1644): · Conde João Mauricio de Nassau: funcionário da WIC.

Consolidou a dominação holandesa e o sistema produtor de açúcar.

Criou facilidades de produção e comercialização do açúcar.

Domínio do Nordeste brasileiro: do Maranhão até Sergipe.

Criação da Câmara dos Escabinos: assembléia de representantes das várias câmaras municipais da região.

Monopólio do mercado escravista: domínio de áreas portuguesas na África para garantir o fornecimento de escravos.

Embelezamento e urbanização de Recife: pontes,palácios, jardins, pavimentação.

A vinda de intelectuais europeus: Franz Post, Piso, Marcgrave. 6. A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA (1645-1654): · a luta para expulsar os holandeses do Nordeste do Brasil. · motivos: + mudança da política colonial holandesa (WIC):

Arrocho financeiro: aumento dos impostos, altos preços dos fretes e cobrança de pagamento dos empréstimos.

Confisco de terras. Nassau não concorda com esta política imposta pela WIC aos produtores brasileiros e pede demissão. · Líderes: André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira (senhores brancos), Henrique Dias (negro) e pelo índio Poti (Filipe Camarão). · Batalhas: Monte das Tabocas (1645), Guararapes (1648 e 1649) e Campina do Taborda (1654). 7. CONSEQÜÊNCIAS DA EXPULSÃO:

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Tratado de Haia (1661): a Holanda recebia uma indenização (dinheiro, açúcar, tabaco e sal), a restituição de sua artilharia e favores no comércio do açúcar.

O auxilio inglês a Portugal nas lutas contra os espanhóis (Restauração = D. João IV) e contra os holandeses e a consequente aliança entre as Coroas inglesa e portuguesa resultaram na dependência da nação lusitana e do Brasil ao capital inglês.

Crise na empresa açucareira brasileira devido à concorrência do açúcar produzido pelos holandeses nas Antilhas: crise econômica no Brasil e crise política e econômica (financeira) em Portugal (saiu economicamente arruinado do domínio espanhol). 8. CONSELHO ULTRAMARINO (1642): reorganização da administração do Brasil para obter maiores recursos e para garantir o real controle sobre a colônia.

Limitar os poderes da aristocracia latifundiária.

Centralização político-administrativa.

Limitava o poder das Câmaras Municipais e dos “homens bons”: submissão às autoridades metropolitanas.

Os juizes passaram a ser nomeados diretamente pelo rei: juizes de fora.

Em 1720, o governo português elevou a colônia a vice-reinado e os governadores passaram a ser titulados vice-reis: visava aumentar a centralização e o controle do Brasil.

Criação de companhias privilegiadas de comércio para manter um controle mais rígido sobre a economia: Companhia Geral de Comércio do Brasil e Companhia de Comércio do Estado do Maranhão.

7 – A MINERAÇÃO NO BRASIL COLONIAL (P. 96)

1. BANDEIRISMO: · Conceito: Expedições que penetravam no interior com o objetivo de procurar riquezas (índios para serem escravizados e metais e pedras preciosas). · Centro irradiador das Bandeiras: A Capitania de São Vicente. + Motivo:

A pobreza econômica da capitania devido ao fracasso da lavoura de exportação canavieira e o seu isolamento político. · Ciclos: Ouro de Lavagem; Caça ao Índio; Ouro de Mina; Sertanismo de Contrato. * Ciclo do Ouro de Lavagem:

Zona litorânea.

Curitiba: Heliodoro Eobanos ouro de aluvião.

São Roque: Afonso Sardinha ouro de aluvião. * Ciclo da Caça ao Índio ou de apresamento: + Motivos: necessidade de mão-de-obra.

Aumento da produtividade agrícola.

As invasões holandesas no Nordeste provocaram a dispersão dos escravos.

Os holandeses dominaram áreas de fornecimento de escravos na África. + Características:

Os paulistas passaram a apresar o índio para vendê-lo como escravo.

Missões jesuíticas: Tape, Itatim e Guairá os índios já estavam aculturados, catequizados

Bandeirantes: Antônio Raposo Tavares, Manuel Preto.

Decadência: a partir da segunda metade do século XVII devido à extinção da maioria das missões e a reconquista do monopólio do tráfico negreiro pelos portugueses após a expulsão dos holandeses do Brasil e da África. * Ciclo do ouro e do diamante: + Motivos:

A decadência da economia açucareira;

O estímulo dado pela metrópole: financiamento, títulos e privilégios;

A decadência do apresamento do índio; + Características:

Áreas de exploração (prospecção): Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Bandeirantes: Fernão Dias Pais, Antonio Rodrigues Arzão (descobriu ouro em Cataguases em 1693: primeira notícia oficial de descoberta de jazida de ouro), Antonio Dias de Oliveira (Ouro Preto), Borba Gato (Sabará), Bernardo da Fonseca Lobo (diamantes no Arraial do Tijuco: Diamantina), Pascoal Moreira (Cuiabá) e Bartolomeu Bueno da Silva Filho (Goiás).

Os bandeirantes utilizavam-se dos rios como caminhos naturais: pousadas e roça nas margens povoamento Tietê. + Monções:

Expedições fluviais de abastecimento das longínquas e de difícil acesso regiões do Mato Grosso e Goiás * Ciclo do Sertanismo de Contrato:

Bandeiras contratadas por autoridades e senhores de fazendas, principalmente do Nordeste (BA e PE) para combaterem índios rebelados e negros dos quilombos.

Bandeirante: Domingos Jorge Velho destruição do Quilombo dos Palmares. 2. COLÔNIA DO SACRAMENTO (1680):

Fundação de uma colônia portuguesa no estuário do rio da Prata, quase em frente a Buenos Aires.

Motivos:

A pecuária.

O comércio do couro.

O contrabando.

O interesse nas regiões mineradoras do Peru e Bolívia.

Os interesses ingleses.

Reação Espanhola:

Reação dos colonos de Buenos Aires e da Coroa Espanhola: invasões da Colônia do Sacramento e assinatura de tratados de limites.

Tratados de Limites e Formação de Fronteiras:

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* Tratado de Lisboa (1681): A Espanha reconhecia a posse portuguesa da Colônia do Sacramento. * Tratado de Utrecht (1715): A Espanha é obrigada, mais uma vez, a ceder a Colônia do Sacramento para Portugal. * Tratado de Madri (1750):

Definia a posse, de direito e de fato, das terras efetivamente ocupadas por Portugal além dos limites de Tordesilhas.

Não houve participação da Igreja. Foi utilizado o princípio: uti possidetis, ita possidetis (quem possui

de fato deve possuir de direito) a terra pertence

por direito a quem a ocupa Alexandre de Gusmão. Assim, a Espanha reconhecia a posse portuguesa de todas as terras efetivamente ocupadas por portugueses além da linha de Tordesilhas e cedia a Portugal a região de Sete Povos das Missões (RS). Portugal devolveria à Espanha a Colônia do Sacramento.

Por este tratado, o Brasil assumiu, praticamente, sua atual configuração geográfica. + Guerras Guaraníticas:

Revolta dos índios de Sete Povos das Missões liderados pelos jesuítas.

Motivos: os jesuítas não concordavam com a entrega de Sete Povos das Missões para os portugueses e os índios suspeitavam de uma possível ocupação de suas terras e da escravização.

Repressão portuguesa: a população de Sete Povos das Missões foi chacinada pelas tropas portuguesas. * Tratado de El Pardo (1761): Anulava o Tratado de Madri e a Colônia do Sacramento voltava para Portugal. * Tratado de Santo Ildefonso (1777): A Colônia do Sacramento e Sete Povos das Missões foram devolvidas para a Espanha. * Tratado de Badalos (1801): Confirmava os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri.

7 - A ECONOMIA MINERADORA (SÉC. XVIII)

1. CONTROLE ADMINISTRATIVO:

Regimento de 1702:

A mineração era rigidamente controlada pela metrópole: política fiscal e controle absoluto sobre a mineração.

A exploração era livre, mas os mineradores deveriam submeter-se as autoridades da Coroa e pagar os impostos. + Intendência das Minas:

Órgão responsável pelo policiamento, fiscalização e direção da exploração das jazidas, além de funcionar como um tribunal e de ser responsável pela cobrança dos impostos.

Todas as minas pertenciam ao rei e o descobridor de uma jazida deveria comunicar a Intendência, caso contrário seria preso e julgado. A mina, depois de descoberta, era dividida pela Intendência em lotes (datas): as duas primeiras datas eram escolhidas pelo descobridor da mina, a

terceira data era reservada para a Coroa e depois leiloada e as demais datas eram distribuídas com os interessados que tivesse maior número de escravos. 2. TIPOS DE EXTRAÇÃO:

Faiscação (Faisqueira): Pequena extração: no leito dos rios e riachos. *Garimpeiro: geralmente um trabalhador livre que trabalhava isoladamente.

Lavra (Jazidas): Mina: grande unidade de extração.

*Volume razoável de capital. * Numerosa mão-de-obra escrava.

3. A EXTRAÇÃO DE DIAMANTES:

Descobridor: o bandeirante Bernardo da Fonseca Lobo (1729).

Local: Vale do rio Jequitinhonha Arraial do

Tijuco Diamantina (MG).

Regimento dos Diamantes (1730). * Distrito Diamantino: rígida fiscalização + Tipos de Extração:

A Coroa concedia a particulares o direito de extração e estes pagariam taxas e impostos. Posteriormente a Coroa passou a conceder o direito de extração a um único individuo: o contratador.

O monopólio régio sobre a extração: a região foi

fechada e a circulação das pessoas era controlada.

4. OS IMPOSTOS: (carga tributária onerosa e opressiva).

Quinto: 20% do ouro extraído.

Casas de Fundição (1719):

Criadas com o objetivo de evitar o contrabando e a sonegação fiscal: facilitar a cobrança do quinto. O ouro em pepita e em pó era fundido em barras timbradas com o selo real e quintadas.

Capitação: 17g de ouro por escravo.

Fintas: quotas anuais (100 arrobas).

Derrama: cobrança complementar e violenta do imposto (quinto) atrasado. 5. DESTINO DO OURO BRASILEIRO:

Tratado de Methuen (1703): também denominado de Tratado de Panos e Vinhos.: Assinado entre Portugal e Inglaterra.

Estipulava que Portugal teria vantagens alfandegárias na venda de vinhos para a Inglaterra e esta teria vantagens alfandegárias na venda de manufaturados para a Inglaterra: desvantagens comerciais (benefícios para a Inglaterra). Grande parte do ouro brasileiro serviu para a Coroa pagar suas dívidas e cobrir os prejuízos da balança comercial deficitária. Consequências:

Portugal tornou-se um país exclusivamente agrário.

O desenvolvimento manufatureiro foi prejudicado.

Submissão de Portugal ao capital inglês. 6. A DECADÊNCIA DA MINERAÇÃO:

Fatores:

O esgotamento das jazidas: ouro de aluvião.

O baixo nível técnico.

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A economia colonial entrou novamente em crise. 7. CONSEQUÊNCIAS:

Crescimento demográfico.

Desenvolvimento da vida urbana.

Crescimento do comércio e do artesanato: mercado interno.

Integração entre diferentes regiões do Brasil com a zona mineradora.

Aparecimento de uma camada social média.

Certa mobilidade social.

Piores condições de vida e de trabalho para os negros escravos.

Crescimento das atividades intelectuais e culturais: arquitetura, escultura, música religiosa,

poesia, contato com as ideias iluministas

barroco Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga, Alvarenga Peixoto.

Crescimento da mão-de-obra livre.

Conflitos: Guerra dos Emboabas, Revolta de Filipe dos Santos, Inconfidência Mineira, Quilombos (Rio das Mortes em Minas Gerais e o de Carlota no Mato Grosso). 1 – Movimentos Nativistas - Conceito: Foram revoltas que tinham como objetivo resolver apenas problemas locais. Não tencionavam libertar o Brasil de Portugal. - Características: * Não contestavam o pacto colonial na sua totalidade; * Regionalismo.

- Principais movimentos: A– Revolta de Beckman, (1684) - Local: Maranhão; - Causa: Abuso do monopólio pela Companhia de Comércio do Maranhão e o não fornecimento de escravos aos colonos. Final: Reação do governo Português, líderes presos e enforcados. B – Guerra dos Emboabas (1708 – 1709) - Local: Minas Gerais; - Causa: Boatos sobre o massacre de forasteiros pelos paulistas. - Final: Os paulistas foram procurar ouro em outras regiões. C – Guerra dos Mascates, (1710) - Local: Pernambuco; - Causa: Os senhores de engenho perderam o poder econômico em Pernambuco; - Final: Recife foi considerada vila independente e tornou-se o centro administrativo da capitania. D – Revolta de Filipe dos Santos, (1720) - Local: Vila Rica; - Causa: Mineradores exigiam a não instalação das casas de fundição.

- Final: Os líderes foram presos, suas casas queimadas e Filipe dos Santos enforcado e esquartejado.

8 – RELIGIÃO E SOCIEDADE NA AMÉRICA PORTUGUESA (P. 110)

- Evangelização e inquisição. - O Tribunal da Inquisição. - Religiosidade popular na colônia. - O Barroco mineiro. - Até que a vida os separe. - Sexo frágil? - Arraiais, vilas e cidades. - Da “nobreza” aos desclassificados. - O trabalho escravo. - Gritos para a liberdade. - A “brecha camponesa”.

9 – O ILUMINISMO (P. 128) - Introdução: Chamamos de iluminismo o movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França, nos séculos XVII e XVIII. Nessa época, o desenvolvimento intelectual, que vinha ocorrendo desde o Renascimento, deu origem a ideias de liberdade política e econômica, defendidas pela burguesia. Os filósofos e economistas que difundiam essas ideias julgavam-se propagadores da luz e do conhecimento, sendo, por isso, chamados de iluministas. - Características Principais: O iluminismo é deísta, isto é, acredita na presença de Deus na natureza e no homem e no seu entendimento através da razão. É anticlerical, pois nega a necessidade de intermediação da Igreja entre o homem e Deus e prega a separação entre Igreja e Estado. Afirma que as relações sociais, como os fenômenos da natureza, são reguladas por leis naturais. A credita que o Homem é naturalmente bom e nascem todos livres e iguais e o objetivo central dos governantes era garantir os direitos naturais dos homens, ou seja, a liberdade, a igualdade e a propriedade privada. - O Iluminismo combatia: * O absolutismo monárquico; * O mercantilismo; * O poder da igreja. - O Iluminismo defendia: * Igualdade; * Tolerância religiosa e filosófica; * Liberdade pessoal e social; * Propriedade privada. - A nova mentalidade burguesa (o Iluminismo) - A emergência do Iluminismo: * O auge do absolutismo no século XVIII e suas contradições; * Tensões envolvendo monarcas, nobres e a burguesia. - Precursores do Iluminismo: * René Descartes (1596-1650) – Lançou as bases do racionalismo como única fonte de conhecimento, e considerado o “Pai da Filosofia

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Moderna”. Obra: Discurso sobre o Método (1637). Frase: “Penso, logo existo”. * Isaac Newton (1642-1727) – cientista inglês, descobridor de várias leis da física, entre elas a lei da gravidade. Para Newton, a função da ciência é descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional. Interpretou as leis da natureza e as expressava de forma Matemática sugerindo a possibilidade de que houvesse também leis que governassem a sociedade. * John Locke (1632-1704) – Lançou as bases da investigação das leis da sociedade. É considerado o responsável pelos princípios da filosofia política iluminista (rejeição ao absolutismo). Para Locke, o homem, ao nascer, não possui qualquer ideia e sua mente é como uma tábula rasa. O conhecimento, em decorrência, é adquirido por meio dos sentidos, base do empirismo, e processado pela razão. 1 – “O Século das Luzes (XVIII)” - Principais filósofos iluministas: * Voltaire (1694-1778) - criticava violentamente a Igreja e a intolerância religiosa e é o símbolo da liberdade de pensamento. Defende uma monarquia que garanta as liberdades individuais, sob o comando de um soberano esclarecido. . Frase: “Posso não concordar com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la”. * Montesquieu (1689 – 1755) – Autor de “O Espírito das Leis”, obra na qual propunha a divisão dos poderes em três instâncias: Executivo, Legislativo e Judiciário, como forma de proteger as garantias individuais. * Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) - Em sua obra mais conhecida, O contrato social, defende um Estado voltado para o bem comum e a vontade geral, estabelecido em bases democráticas. No Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens (1755), outra de suas obras, realça os valores da vida natural e critica o mundo civilizado. Para Rousseau o homem nasce bom e sem vícios - o bom selvagem - mas depois é pervertido pela sociedade civilizada. Afirma que a origem das desigualdades social estava na propriedade privada. 2- A Compilação da Enciclopédia - Filósofos: Diderot e D’Alembert; - Obra monumental dividida em 35 volumes sob o título Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. Sua publicação sofre violenta perseguição por parte da igreja católica e da monarquia absolutista. 3 – Teorias Econômicas: a) Os Fisiocratas - São contrários à intervenção do Estado na vida econômica. O mais importante representante da escola fisiocrata é François Quesnay (1694-1774), defendia a existência de um poder natural em ação nas sociedades, que não deve ser contrariado por leis e regulamentos. É partidário de um capitalismo agrário, com o

aumento da produção agrícola, única solução para gerar riquezas para uma nação. b) O Liberalismo Econômico - Seu principal inspirador é o economista escocês Adam Smith, considerado o pai da economia política, autor de O ensaio sobre a riqueza das nações, obra fundamental da literatura econômica. Ataca a política mercantilista por ser baseada na intervenção estatal e sustenta a necessidade de uma economia dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura de mercado, o laissez-faire. Para Adam Smith, a verdadeira riqueza das nações está no trabalho, que deve ser dirigido pela livre iniciativa dos empreendedores Principais expoentes: Thomas Robert Malthus, defendia que a produção de alimentos cresce em progressão aritmética e a população em progressão geométrica, gerando fome e miséria das grandes massas. David Ricardo, defende a lei férrea dos salários, segundo a qual o preço da força de trabalho seria sempre equivalente ao mínimo necessário para a subsistência do trabalhador. 4 – O Despotismo Esclarecido - Reformas de cunho iluminista. - Contradição Fundamental: se por um lado, alguns reis estavam dispostos a realizar reformas, por outro, jamais iriam tolerar limitações ou perdas de poderes. - Principais déspotas: José II (Áustria); Catarina II ( Rússia); Frederico II (Prússia); D. José II, com seu ministro marquês de Pombal (Portugal); Carlos III, com seu ministro, o Conde de Aranda (Espanha).

10 – DAS REVOLUÇÕES INGLESAS À REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (p. 141)

I - REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉCULO XVII

1 - A Inglaterra no Início do Século XVII - A Dinastia Tudor. * A Inglaterra desfrutava uma situação de grande prosperidade, graças à política mercantilista (comércio de lã e manufaturas somadas à pirataria). - A alta burguesia: * Acesso à corte; * Recebiam concessões mercantis da coroa para formar monopólios e em troca apoiavam a monarquia. - A nobreza da terra: * Apoio à monarquia absolutista; * Os cercamentos. - O auge do absolutismo inglês: governos de Henrique VII, Henrique VIII e Elizabeth I). 2 – Contradições do Absolutismo Inglês - O crescimento numérico da burguesia: * A monarquia não conseguia mais assegurar o acesso de toda a classe às companhias monopolistas que realizavam o comércio externo; * Ingresso da nova burguesia no setor manufatureiro no campo (indústria doméstica).

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- A Dinastia dos Stuarts: * A luta da nova burguesia pela eliminação do absolutismo e a substituição do mercantilismo pelo liberalismo econômico. - A situação dos camponeses: * As altas de preços e os cercamentos; * A miséria e a migração do campo para as cidades; * As leis contra a vagabundagem e mendicância criadas pela coroa; * As rebeliões camponesas. 3 – Religiões e Classes Sociais na Inglaterra do Século XVII - As religiões como veículo de expressão de interesses políticos das classes sociais: * Católicos e anglicanos – favoráveis à monarquia absolutista; * Presbiterianos e puritanos (Calvinistas) – favoráveis à Monarquia Parlamentar. 4 – A Dinastia Stuart e a Crise do Absolutismo - A morte de Elisabeth I, 1603: * Jaime I da Escócia assume o trono; * A formação do Reino Unido da Grã-Bretanha (Inglaterra, Irlanda e Escócia). - Jaime I: * Ausência de habilidade política; * Teimosia inarredável e grande erudição. - Obs.: Esses atributos acima lhe valeram a seguinte avaliação por parte de Henrique IV, rei da França – “ Jaime I é o imbecil mais sábio de toda a cristandade”. * Jaime I desencadeou violenta perseguição aos católicos e calvinistas visando fortalecer o absolutismo pela consolidação da religião anglicana; * imposição de uma péssima política fiscal e tributária criando novos impostos e aumentando os já existentes. - A Magna Carta e o Parlamento (dissolução do parlamento em 1614). - A crise do Absolutismo, morte de Jaime I e a sucessão de seu filho Carlos I. - O governo de Carlos I: * Jovem e hábil; * O juramento da Petição de Direitos; * A tentativa de anglicanizar a igreja Presbiteriana Escocesa. - A Guerra Civil: * O exército dos cavaleiros; * Os cabeças redondas; *vitória dos cabeças redondas e a execução de Carlos I * A Proclamação da República. 5 – A República Puritana - República burguesa liderada por Oliver Cromwell. - Atos de navegação: hegemonia marítima inglesa. - Dissolução do Parlamento. - A ditadura de Cromwell. - Restauração monárquica.

6 – A Restauração Stuart - Governos de Carlos II e Jaime II. - Impasse entre parlamento (protestante) e monarquia (católica). 7 – A Revolução Gloriosa - Guilherme de Orange e a Revolução Gloriosa. - Dinastia dos Hannover: Moderno parlamentarismo. 8 – Conseqüências: * Participação da burguesia nas decisões políticas; * Substituição do mercantilismo pelo liberalismo econômico.

IV – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL -Conceito: Entende-se por Revolução Industrial um conjunto de transformações técnicas e econômicas que caracterizaram a substituição da energia física pela energia mecânica, da ferramenta pela máquina e da manufatura pela fábrica no processo de produção capitalista, ocorridas na Inglaterra no século XVIII e que no século XIX se expandiu para outros países da Europa, Estados Unidos, e Japão. - Formas de Produção: artesanal, manufatura e maquinofatura. -Fases evolutivas: * Primeira Revolução Industrial (1760-1860) – Conhecida também como “era do carvão e do ferro”. * Segunda Revolução Industrial (1860-1914) – Conhecida como “era do aço e da eletricidade”. * Terceira Revolução Industrial – Ganhou impulso na segunda metade do século XX, considerada a revolução dos dias atuais. - Causas Gerais da Revolução Industrial: * Revolução comercial; * Acumulação primitiva de capital; * Aparecimento das máquinas. 1 – O PIONEIRISMO INGLÊS - Fatores: * Acúmulo de capitais na Revolução Comercial; * Supremacia naval inglesa; * Disponibilidade de mão-de-obra; * Instauração da Monarquia Parlamentar; * Triunfo da ideologia liberal; * Inovações técnicas; * Posição geográfica insular; * Existência de grandes jazidas de ferro e de carvão. 2 – A PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Foi realizada principalmente por Inglaterra, França e Bélgica. Caracterizou-se pelo desenvolvimento do capitalismo liberal e pelo sistema de livre concorrência, baseada na liberdade de comércio e de produção. - Principais inovações: * A máquina de fiar (inventada em 1767 por James Hargreaves, batizada com o nome de Spinning Jenny);

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* O bastidor hidráulico (construído em 1769 por Richard Arkwright, conhecido como Water Machine); * A máquina de fiar híbrida ( 1779, Samuel Crompton); * O tear mecânico (1785, reverendo Edmund Cartawright); * A máquina a vapor (1769, James Watt); No setor de transporte e comunicação: o barco a vapor (1807, pelo Norte-Americano Robert Fulton); a locomotiva (1825, George Stephenson); o telégrafo (Samuel Morse). 3 – A VIDA DO OPERARIADO - Os cercamentos e o processo de expropriação e migração do campo para a cidade: * Crescimento da população urbana; * Formação da classe operária. - Condições de vida e de trabalho: * Jornada de trabalho – 14 a 16 horas diárias; * Baixos salários, fome e miséria; * Desemprego (formação do “exército industrial de reserva”). * Utilização de mulheres e crianças na produção industrial. - O Movimento Ludista – Foi uma reação dos trabalhadores ingleses às mazelas produzidas pelo processo de industrialização. 4 – A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - Corresponde ao processo de expansão da industrialização para Alemanha, Itália, Rússia, Estados Unidos e Japão. Caracterizou-se pelo capitalismo monopolista, centrado no controle do mercado pelos holdings, trustes e cartéis, que desencadeou a expansão colonialista afro-asiática no século XIX. - Concentração do capital industrial: * Holdings – Correspondem a grandes empresas financeiras que controlam vastos complexos industriais a partir da posse da maior parte de suas ações. * Trustes – São grandes companhias que absorvem seus concorrentes ou estabelecem acordos entre si, monopolizando a produção de certas mercadorias, determinando seus preços e dominando o mercado. Podem ser horizontais (com empresas do mesmo ramo) ou verticais (empresas de ramos diferentes). * Cartéis – São grandes empresas independentes produtoras de mercadorias de um mesmo ramo que se associam para evitar a concorrência, estabelecendo divisão de mercados e definindo preços. - Principais inovações: * O processo Bessemer – Transformação do ferro em aço ( Henry Bessemer); * O Dínamo – Possibilitou a substituição do vapor pela eletricidade como força motriz; * O Motor de Combustão Interna – Introduziu o uso do petróleo (inventado por Nikolaus Otto e aperfeiçoado por Rudolf Diesel).

- A especialização do trabalho e as linhas de montagem. - O Fordismo – Estava ligado ao princípio de que a empresa deveria dedicar-se apenas a um produto, além de dominar as fontes de matérias-primas. - O Taylorismo – Visava o aumento da produtividade, controlando os movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção. 5 – A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - Ganhou impulso na segunda metade do século XX. Nessa fase a exigência de imensos investimentos e pesquisas está associada à eficiência e produtividade maiores, lideradas pelos grandes conglomerados econômicos multinacionais. - Características – Estão associadas aos avanços ultra-rápidos, especialmente na: * Microeletrônica; * Robótica industrial; * Computação dos serviços; * Química fina; * Biotecnologia. 6 – CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - A passagem da primeira para a segunda Revolução Industrial produziu uma série de conseqüências, como: * O surgimento do capitalismo financeiro; * A formação de grandes conglomerados econômicos; * O processo de produção em série; * A expansão do imperialismo.

TERCEIRO BIMESTRE (veja página 158 do livro)

VI– A REVOLUÇÃO FRANCESA

-Introdução: “A Revolução Francesa de 1789 foi o modelo clássico de revolução burguesa. Pôs fim ao absolutismo, mas manteve as transformações implantadas dentro dos limites burgueses. Inicialmente juntou a quase unanimidade da nação contra o Antigo Regime; posteriormente, no entanto, os vários projetos de nova sociedade, expressando interesses de classes e camadas diversas, levaram a uma luta interna entre os próprios revolucionários. Por fim, a alta burguesia deteve o controle do movimento, imprimindo à nova sociedade criada as instituições que lhe convinham”.

( MELLO e COSTA. 1999: 140) 1 – A FRANÇA ÀS VÉSPERAS DA REVOLUÇÃO: - Estrutura social da França: aristocrática, cujo meio de vida parasitária tornava-se cada vez mais nítido. - Crescimento da burguesia: controlava as finanças, o comércio e a indústria (consciência de classe e difusão das teorias iluministas). - Obstáculos ao desenvolvimento do capitalismo:

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* Laços de servidão; * Alfândegas internas e os pedágios cobrados nos feudos; * As corporações de ofício; * Monarquia absolutista. 2 – ESTRUTURA SOCIAL DO ANTIGO REGIME - Em termos de hierarquia social, a França estruturava-se em três estamentos: * 1º Estado: clero (alto e baixo clero). * 2ºEstado: nobreza (palaciana, provincial e de toga). * 3º Estado: burguesia (grande, média, pequena), camponeses e as camadas populares das cidades. - Forma de governo - Monarquia Absolutista baseada no direito divino dos reis: * Generalização dos descontentamentos; * Marginalização do Terceiro Estado nas decisões políticas, sociais e econômicas. 3 – CRISE ECONÔMICA - O Governo de Luís XIV – o Rei Sol (1643 – 1715) - Guerras desastrosas para a França: * Guerra de Sucessão Austríaca (1740 – 1763); * Guerra dos sete Anos (1756 – 1763); * Guerra de Independência dos Estados Unidos (1776 – 1783). - Obs.: Essas três guerras foram desastrosas para a França, e acabaram colaborando para a emergência da hegemonia britânica. - Luís XVI assume o trono francês (1774). - Tentativa de mudança na política econômica, com o objetivo de modernizar o Estado francês e solucionar o déficit crônico das finanças. - O cargo de controlador-geral das finanças (ministro): *Turgot (fisiocrata) – Objetivava eliminar o défict financeiro através da tributação de impostos sobre o clero e a nobreza, até então, isentos da tributação; e diminuição das despesas da corte. (Rejeição do 1º e 2º Estado). * Necker (banqueiro) – Inicialmente, tratou com cautela e habilidade os privilégios, não propondo reformas profundas. Porém, em 1781 quando o déficit atingiu níveis insuportáveis, provocou um escândalo tornando público o cálculo do tesouro do governo e foi demitido. * Calonne (1783) – retomou o programa de reformas de Turgot e Necker (fim idêntico ao de seus antecessores). - O tratado entre França e Inglaterra: Methuen francês; - Grave crise agrícola; 4 - CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS - Inflamam-se os debates e as reivindicações da burguesia; - O partido patriota; - Reivindicações divulgadas nos cadernos de lamentações: * número de representantes do Terceiro Estado igual ao dos dois outros somados e votação nos Estados Gerais por cabeça e não por Estado.

- Obs.: Luís XVI aceitou dobrar o número de membros representantes do Terceiro Estado, mas não aprovou o voto por cabeça, o que não mudava em nada a situação, servindo apenas para enfurecer a burguesia. 5 – ASSEMBLÉIA NACIONAL E JORNADAS REVOLUCIONÁRIAS - Primeira e Segunda Jornada Revolucionária: Juramento da Sala do Jogo da Péla; - Tomada da Bastilha. - Terceira e Quarta Jornada Revolucionária: no interior, o Grande Medo; - Retirada do rei de Versalhes. 6 - MONARQUIA CONSTITUCIONAL - Pressões sobre a igreja e o clero; - Tentativa de fuga do rei; - Primeira Constituição: favorecia somente a burguesia. - A Assembléia Legislativa; - Ataque absolutista à França. - A Comuna de Paris; A vitória do exército revolucionário. 7- CONVENÇÃO - Proclamação da República; - Julgamento e execução de Luís XVI; - Formação da Primeira Coligação; - Ataques internos e externos; - Revolta da Vandeia; - Liderança jacobina; - Constituição de 1793; - Fase do terror. 8– DIRETÓRIO - Queda dos jacobinos e ascensão da burguesia financeira; - Segunda Coligação antifrancesa. - Napoleão Bonaparte e o golpe de 18 Brumário: * Expansão da revolução burguesa; * Início da Idade Contemporânea.

12 – O IMPÉRIO NAPOLEÔNICO E O COGRESSO DE VIENA

A ERA NAPOLEÔNICA (p. 174)

-Napoleão: consolida a Revolução Francesa. 1 – O CONSULADO - Nova Constituição: Napoleão, primeiro Cônsul; -Neutralização da Segunda Coligação Antifrancesa; - Superação da crise financeira; - O Código Civil Napoleônico; - Constituição do ano XII; - Napoleão é coroado imperador; - Fortalecimento da burguesia. 2 – O IMPÉRIO - Rivalidade franco-britânica: necessidade de expansão de mercados. - Paz na França: Terceira Coligação; - Queda do Sacro Império e da Quarta Coligação;

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- Napoleão impõe o Bloqueio Continental (proibição aos países europeus de adquirirem produtos britânicos): * A invasão napoleônica em Portugal (vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil). * A invasão napoleônica na Rússia (Tática da terra arrasada e a vitória russa). - A queda do Império Napoleônico – Se dá gradualmente de 1808 a 1815 e é explicado por vários fatores conjuntos: * Nacionalismo dos territórios conquistados; * Fracasso do Bloqueio Continental; * O fracasso militar na Rússia. 3 – GOVERNO DOS CEM DIAS - A derrota de Napoleão na batalha de Leipzig; - Napoleão foi desterrado para a ilha de Elba com mil soldados; - Restauração monárquica (Luis XVIII): o Terror Branco; - Napoleão foge da ilha de Elba, retoma o comando do exército e avança sobre Paris; - A Batalha de Waterloo: Napoleão derrotado e exilado na ilha de Santa Helena (Costa da África), ali veio a falecer em 1821. - Obs.: Apesar da aparente derrota, o papel de Napoleão havia sido cumprido. Por toda a Europa, as instituições burguesas haviam-se difundido e se solidificado; a restauração que se seguiu foi momentânea, nunca chegando a se reorganizar nos moldes da época de Luís XVI. 4 – CONGRESSO DE VIENA E SANTA ALIANÇA 4.1 – CONGRESSO DE VIENA - As ideologias do início do século XIX: * Liberalismo, Democratismo, Socialismo, Conservadorismo; * A restauração, a legitimidade e o equilíbrio europeu; - Decisões do Congresso de Viena: política de concessões, compensações territoriais e restauração. 4.2 - A SANTA ALIANÇA - Conceito: a Santa Aliança foi um pacto militar firmado entre as grandes potências européias no Congresso de Viena, cujo objetivo era a repressão aos movimentos liberais que colocassem em risco a política de restauração, o princípio de legitimidade e o equilíbrio europeu. - A Santa Aliança foi formada inicialmente por: Áustria, Prússia, Rússia e Grã-Bretanha. - Restauração monárquica e Revolução na França: * Luis XVIII e Carlos X; * Revolução Liberal de 1830: ascensão de Luís Filipe, o “rei burguês”.

13 – A INDEPENDÊNCIA DAS AMÉRICAS INGLESA E ESPANHOLA (P. 187)

VIII – FORMAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

I – A Colonização

Colônias do Norte – agricultura de subsistência, com base na pequena propriedade familiar, indústria, comércio e realização de um contrabando com as Antilhas.

Colônias do Sul – colonização de exploração baseada no latifúndio, monocultura, trabalho escravo e voltada para a exportação, plantation.

As colônias eram governadas por representantes ingleses que eram assessorados por uma assembléia eleita pelos colonos que se encarregavam de votar leis e impostos. As colônias gozavam de autonomia político-administrativa.

II – Causas

Guerra dos Sete Anos motivada pela disputa de regiões na América entre França e Inglaterra. Apesar da Inglaterra ter saído vitoriosa teve seu tesouro esgotado pelos gastos militares e para se reequilibrar lançou pesados impostos sobre suas colônias e uma série de medidas repressivas.

A Nova Política Colonial Inglesa – A Inglaterra decreta as leis de Navegação com o objetivo de acabar com a relativa autonomia administrativa das colônias. A partir daí, a função das colônias passou a ser de produzir para a metrópole e trazer riquezas para a burguesia inglesa.

As Leis Coercitivas – Lei do açúcar: taxava sobre a importação que não viesse das Antilhas Britânicas. - Lei do Selo: obrigatoriedade do uso do selo

em documentos, jornais, contratos ou comprovantes de transação comercial.

- Lei do Chá: obrigatoriedade de envio de chá oriental a América.

- Atos de Townshend: conjunto de leis que taxam artigos de consumo

As leis intoleráveis – tinham por objetivo salvar a Cia das Índias da má situação financeira e concedeu o monopólio, provocando a reação dos colonos em boicotes sistemáticos aos produtos ingleses e nas 1

as

tentativas de organização dos colonos para romper os laços com a metrópole.

III - A Luta pela Independência - 1

o Congresso Continental da Filadélfia –

onde foi redigida a Declaração de Direito para restabelecer a liberdade das colônias, sob pena de rompimento definitivo com a Metrópole.

- 2o Congresso Continental da Filadélfia –

Thomas Jefferson redige a Declaração de Independência (04 4-7-1776). A Inglaterra não aceita e os norte-americanos vencem os ingleses na Batalha de Saratoga em 1777. A partir daí passa a receber ajuda da França e da Espanha. A guerra chega ao fim com a Batalha de Yorktown com a vitória dos colonos em

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1783 a Inglaterra reconhece a Independência através do Tratado de Versalhes.

A revolução representou a concretização dos ideais iluministas, o exemplo para a independência da América Ibérica.

X – A CRISE DO SISTEMA COLONIAL - Introdução: O fim do Antigo Regime, nas últimas décadas do século XVIII, foi conseqüência das transformações ideológicas, econômicas e políticas geradas pelo Iluminismo, Revolução Industrial, Independência dos Estados Unidos e Revolução Francesa. Esses acontecimentos, que se condicionaram e se influenciaram reciprocamente, desempenharam um papel decisivo no processo de Independência da América Latina. 1 – INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA – Conjuntura Hispano-Americana - Administração colonial: * Vice-reinados e capitanias gerais; * Entraves do monopólio colonial. - Sociedade colonial: brancos, mestiços, índios e negros. - Conflitos entre aristocracia criolla e os chapetones. - Movimentos precursores da guerra de independência: * Revolta de Túpac Amaru e de Francisco de Miranda. - Vitória do movimento de Independência: apoio da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos (Doutrina Monroe); - Simon Bolíva: Venezuela, Colômbia, Equador. - San Martín: Argentina, Chile, Peru. - Consequências da Independência: * Conquista da Independência política e persistência da dependência econômica dos novos países; * Divisão política Latino-americana. - Crise do Sistema Colonial no Brasil - A situação lusa e o arrocho metropolitano. - O “exclusivismo colonial” e as Companhias de Comércio. - O Estado patrimonialista. - O declínio da mineração e o renascimento agrícola. - As guerras napoleônicas e a vinda da família real portuguesa para o Brasil. - Portugal e a não adequação às idéias liberais (Liberalismo Econômico).

14 – O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA PORTUGUESA (P. 202)

2 – Movimentos de Libertação Nacional - Conceito: Foram movimentos que tinham como objetivo libertar o Brasil de Portugal. - Fatores Gerais:

* Queda da mineração; * Crescimento da produção agrícola; * A metrópole amplia suas exigências em relação à colônia. - Principais movimentos de emancipação política: A – A Inconfidência Mineira, (1789) - Local: Vila Rica; -Fatores: * arrocho das restrições metropolitanas; * estabelecimento da derrama; * proibição de manufaturas na colônia. * Ideais liberais e iluministas; - Líderes: Elite do sistema de produção, exceto Tiradentes; - Convergências de objetivos econômicos. - Divergências quanto aos objetivos políticos: Monarquia x República e existência ou não da escravidão. - Final: Traição de Joaquim Silvério dos Reis; onze acusados à morte e apenas Tiradentes foi enforcado e esquartejado. B – A Conjuração Baiana, (1798) - Local: Salvador; - Fatores: propriedades beneficiavam apenas comerciantes e senhores de engenho; Escassez de alimentos; Influências da independência do Haiti. - Objetivos: Plano de acabar com o domínio português no Brasil, proclamar a República e estabelecer a igualdade entre as raças; - Final: Líderes presos, enforcados e esquartejados ou expulsos do Brasil. C - A Insurreição Pernambucana, (1817) - Local: Pernambuco; -Causas: Monopólio comercial e aumento dos impostos. - Os rebeldes dominam Recife e constituem um governo revolucionário com representantes de várias classes. - A frustração da expansão do movimento pelo Nordeste. - Final: Os que não morreram em combate foram presos, ocorrendo execuções sumárias na maioria dos casos. - Obs.: A Insurreição Pernambucana, apesar de não ter sido bem-sucedida, deixou implantadas as ideias que anos depois alterariam mais uma vez o cenário pernambucano, durante a revolta de 1824. 15 – O MOVIMENTO OPERÁRIO E O ADVENTO

DO SOCIALISMO (P. 216) V – O PENSAMENTO LIBERAL E O SOCIALISMO - Introdução: Na passagem do século XVIII para o XIX, com a Revolução Industrial, formaram-se na Europa as duas classes fundamentais da sociedade capitalista moderna: burguesia e proletariado industrial. Vinculados aos interesses dessas duas classes, desenvolveram-se novos pensamentos econômicos e sociais cujas principais

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vertentes foram o Liberalismo e o Socialismo. O primeiro vinculava-se à ascendente burguesia e o segundo ligava-se à nascente classe operária. 1 – O LIBERALISMO - Conceito: Surgiu na Grã-Bretanha com a escola clássica de economia, cujo fundador foi Adam Smith. - Bases do Liberalismo (surgiu com o Iluminismo e foi lançada pelos fisiocratas franceses): * Propriedade privada; * Individualismo econômico; *O Laissez-faire ou liberdade de comércio e de produção; * Obediência às leis naturais da economia; * Livre concorrência e o livre câmbio; *Liberdade de contrato de trabalho (salários e jornada) sem controle do Estado ou pressão dos sindicatos. - Principais Economistas Clássicos: * Adam Smith (1723 – 1790) – Em sua obra “A Riqueza das Nações”, mostra a divisão do trabalho como elemento essencial para o crescimento da produção e do mercado, e cuja aplicação eficaz dependia da livre concorrência, que forçaria o empresário a ampliar a produção buscando novas técnicas, aumentando a qualidade do produto e baixando ao máximo os custos de produção. O consequente decréscimo do preço final favoreceria a lei natural da oferta e da procura, viabilizando o sucesso econômico geral. * Thomas Malthus (1776 – 1834) – Publicou em 1798 sua obra Ensaio sobre o Princípio da População, na qual afirmou serem a fome e a miséria uma decorrência natural do fato de que, enquanto a população aumentava em progressão geométrica, o crescimento da produção dos meios de subsistência se dava em progressão aritmética. Para Malthus, as guerras, as doenças e as epidemias funcionavam como paliativos que diminuíam temporariamente o crescente desequilíbrio entre as necessidades progressivas de consumo e o aumento relativo da produção. * David Ricardo – Cujo livro Princípios de Economia Política e Taxação foi publicado em 1817, é considerado o principal discípulo de Adam Smith. As duas contribuições mais importantes de Ricardo são a “Lei Férrea dos Salários” e a “Lei da Renda Diferencial da Terra”. Na primeira, afirmava que o nível dos salários dos trabalhadores correspondia sempre ao mínimo imprescindível para mantê-los vivos e a suas famílias, permitindo-lhes perpetuar a espécie, sem aumentá-la ou diminuí-la. Na segunda, afirmava que o preço dos alimentos era determinado pelo volume da produção das terras mais pobres cultivadas no país. * Nassau Sênior – Professor de economia política da Universidade de Oxford, desenvolveu uma doutrina em que se opunha à redução da duração da jornada de trabalho, alegando que o lucro obtido pelos industriais vinha exatamente da última hora da jornada. Segundo ele, a redução das horas trabalhadas eliminaria o lucro líquido dos

empresários, trazendo em consequência o fechamento das fábricas e a ruína econômica do país. Naquela época trabalhava-se doze horas diárias.

2 - SOCIALISMO UTÓPICO - Principais representantes: * Saint-Simon, autor dos Discursos literários, filosóficos e industriais, projetou as bases de uma nova sociedade, fundada na associação dos produtores e na soberania do trabalho. * Fourier, autor de O novo mundo industrial, idealizou a criação de uma nova ordem social baseada na organização de falanstérios, comunidades socialistas onde seria abolida a divisão do trabalho e cada homem desenvolveria ao máximo seu talento e suas aptidões. * Robert Owen, socialista gaulês, procurou colocar suas ideias em prática em sua fábrica na Escócia e na comunidade de Nova Harmonia, sediada nos Estados Unidos. Owen tentou reduzir a jornada de trabalho, aumentar os salários e melhorar as condições de vida dos trabalhadores, experiências que malograram diante dos obstáculos próprios de sua época. 3 - SOCIALISMO CIENTÍFICO - Principais representantes: * Karl Marx e Friedrich Engels – Autores de o Manifesto Comunista, obra que assinalou o surgimento do socialismo científico. Marx, praticamente nada escreveu sobre o futuro.Estava tremendamente interessado, em como evoluiu, desenvolveu-se e decaiu a sociedade presente (de sua época). Desejava saber o que movimentava as rodas da sociedade capitalista onde vivia e descobrir as forças que nela provocariam a modificação para a sociedade futura. O seu maior trabalho foi O capital (análise crítica da produção capitalista). - Princípios fundamentais: * As transformações da sociedade como resultado das forças econômicas; * A luta de classes como força motriz imediata da História; * A exploração da mais-valia como essência do capitalismo moderno; * O proletariado como agente de transformação da sociedade; * O advento do socialismo como fase de transição para o comunismo.

QUARTO BIMESTRE

16 - AS REVOLUÇÕES LIBERAIS E O NACIONALISMO (P. 229)

AS REVOLUÇÕES DE 1848 NA EUROPA

- Introdução: “O ano de 1848 é marcado pelo avanço das ideias liberais e nacionalistas, pela consolidação da burguesia no poder e pela entrada no cenário político do proletariado industrial, particularmente na França. Nesse ano irromperam

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levantes por toda a Europa. Na França, com a participação do proletariado urbano, o movimento adquiriu características mais sociais, enquanto na Itália e na Europa central as manifestações visavam à unificação e ao estabelecimento de governos constitucionais”. (MELLO e COSTA. 1999: 226) - Fatores: * Crise econômica (agrícola e industrial) e política; * As reivindicações do proletariado urbano europeu. 1 – Revolução de 1848 na França - Partidos políticos contra o “rei burguês” Luís Filipe. - Descontentamento após a nomeação de Guizot. - Abdicação de Luís Filipe. - Segunda República. - Criação das oficinas nacionais. - República Social. - Representantes da burguesia dominam a Assembleia Constituinte. - O 18 Brumário de Luís Napoleão. - Segundo Império. 2 – Revolução de 1848 na Itália - Movimentos de unificação. - Rebeliões populares e Proclamação da República em Veneza e em Roma. -Retrocesso na concretização dos ideais nacionalista no Piemonte, em Veneza e em Roma: a antiga ordem é restaurada. 3– Revolução de 1848 na Confederação Germânica - Alemanha: anseios liberais e nacionalistas. - Queda de Metternich. - Entrega do trono a Frederico Guilherme IV. IX – A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA ALEMANHA -Introdução: “A unificação política realizada tardiamente pela Itália e pela Alemanha retardou a Revolução Industrial nesses países, que, chegando atrasados à corrida colonial Contemporânea, ficaram marginalizados na divisão do mundo em áreas de influência. A ruptura do equilíbrio europeu com a unificação italiana e alemã e as lutas pela redivisão do mercado mundial iria desembocar em 1914 na Primeira Guerra Mundial”.

(MELLO e COSTA. 1999: 238)

1 – UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA – Reino do Piemonte - Industrialização e fortalecimento da burguesia; - Ascensão de Cavour (primeiro ministro); - Aliança com a França; - Início da luta pela unificação. - Formação do Reino da Itália (1859-1861): Piemonte, Toscana, Parma, Módena, Nápoles e parte dos Estados Pontifícios. - Conclusão e Conseqüências da Unificação Italiana (1866-1870):

* Anexação de Veneza e de Roma; * O Tratado de Latrão – Surgimento do atual Estado do Vaticano. 2– UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA - Fragmentação política. - Retardamento do processo econômico capitalista. - Criação do Zollverein (União Aduaneira dos Estados Alemães). – Reino da Prússia - Fortalecimento da Prússia: aliança entre alta burguesia e junkers (aristocracia prussiana); - Militarismo: ascensão de Bismarck. - Guerra dos Ducados (1864) - Anexação dos Ducados; - Aliança com a França e a Itália; - A Alemanha está pronta para a guerra. 11.2.3 – Guerra Austro-Prussiana (1866)

- Guerra das Sete Semanas – Batalha de Sadowa. - Estados do Norte unidos sob hegemonia da Prússia. - França domina os Estados do Sul. - Rivalidade Franco-Prussiana. – Guerra Franco-Prussiana (1870) - A Prússia vence a guerra. - Guilherme I, rei da Prússia, coroado imperador. - Fundação do II Reich. - Conseqüências da Unificação Alemã: * A ruptura do equilíbrio europeu; * A Revolução Industrial alemã; - A política de alianças.

17 – EXPANSÃO DOS ESTADOS UNIDOS (P. 250)

- Introdução: A conquista do Oeste, realizada pelos pioneiros, agravou a rivalidade política e econômica entre o Norte burguês-capitalista e o Sul agrário-escravocrata, desencadeando a guerra de Secessão. Após a guerra civil, seguiu-se a fase de reconstrução do país, em que os Estados Unidos se transformaram na primeira potência mundial, cuja política exterior se baseava no isolacionismo em relação à Europa e no intervencionismo na América Latina. 1 – A Conquista do Oeste - Expansão para o Oeste: * “Destino Manifesto”; * Territórios adquiridos por compra, diplomacia ou guerra. - Consequências da marcha para o Oeste: * Crescimento demográfico; * Desenvolvimento econômico; * Transformações sociais. 2 – Guerra de Secessão - Causas: * Diferenças entre o Norte (colônia de povoamento - industrial) e o Sul (colônia de exploração - agrícola), agravadas após a conquista do Oeste;

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* Rivalidade política e econômica. - Causa imediata: vitória de Abraham Lincoln (nortista), nas eleições de 1960; * Abolição da escravatura; *Hegemonia nortista e grande crescimento econômico no pós-guerra. 3 – Política Externa - Doutrina Monroe e Carolário Roosevelt: * Intervenção militar na América Latina; * Política do Big Stick. 18 – O GOVERNO DE D. PEDRO I E O PERÍODO

REGENCIAL (P. 264) - A Era das Revoluções - No final do século XVIII, ocorreram na Europa grandes transformações econômicas, políticas e sociais, como: * Revolução Industrial – Mecanização e divisão do trabalho; * Revolução Francesa – Vitória Liberal. – Interesses Ingleses e Coloniais - Inglaterra (Revolução Industrial): * Crescimento da produção e do comércio; * Necessidade de matérias-primas. - No Brasil: * Monopólio e restrições comerciais; * Ambiente colonial hostil à metrópole. -Portugal entre Pressões da França e da Inglaterra - O Bloqueio Continental (França) – Proibição dos países europeus de comerciarem com a Inglaterra. - Portugal assina uma Convenção Secreta com os ingleses. - França e Espanha assinam o Tratado de Fontainebleau – O objetivo era invadir Portugal e dividir entre si suas colônias. - A fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil. – O Governo Português no Brasil - Primeira providência: a abertura dos portos brasileiros às nações amigas (Inglaterra) – Fim do Pacto Colonial. - Tratado de Aliança e Amizade, (1810); - Tratado de Comércio e Navegação ( 1810). - O Brasil é elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves – 1815. - Chegada da Missão Artística Francesa, (1816). - Anexação da Província Cisplatina (1816 – 1825) - A Revolução Liberal do Porto – 1820: * Retorno de D. João VI para Portugal; * Pressão para recolonizar o Brasil; * D. Pedro governa o Brasil na condição de príncipe regente. * Formação da Dívida Externa Brasileira. – A Regência de D. Pedro - As cortes portuguesas: * Tentativas de recolonização; * Limitação dos poderes do regente;

- Grupos radicais e conservadores lutam pela independência. - A atuação da Maçonaria e as idéias liberais. - Independência Política do Brasil - As cortes exigem o retorno de D. Pedro a Portugal. - O Dia do Fico – Primeira adesão pública de D. Pedro a causa brasileira. -Decreto do Cumpra-se - Maio de 1822. - A Maçonaria oferece a D. Pedro o título de Defensor Perpétuo do Brasil. - A atuação de D. Leopoldina e de José Bonifácio. - O 7 de Setembro de 1822: Independência política sem independência econômica. * Inexistência de significativas mudanças sociais, permanecendo o latifúndio e a escravidão.

O PRIMEIRO REINADO (1822 – 1831) - Internamente o Brasil continuou com a mesma estrutura do período colonial (latifúndio, monocultura e trabalho escravo). – Resistência à Independência do Brasil de algumas províncias, como Bahia, Maranhão, Grão Pará, Piauí e Amazonas. - Divergências no Partido Brasileiro: facção liberal e facção conservadora. - Partido Português: articulação do retorno ao colonialismo. - Reconhecimento Externo da Independência: * Estados Unidos (1824) – Doutrina Monroe; * A Santa Aliança defende o Colonialismo; * Inglaterra (1825) – Mediadora das negociações de reconhecimento da Independência, e só reconheceu quando obteve vantagens econômicas. * Portugal (1825) – Reconheceu nossa independência mediante o pagamento de 2 milhões de Libras Esterlinas e o título Honorário de Imperador do Brasil para D. João VI. -Organização do Estado brasileiro: -A Constituição da Mandioca (1823): *reação de D. Pedro I à limitação de seus poderes; * O rompimento com os Andradas e o voto censitário. - A Constituição de 1824: * Características: Outorgada; Estabelecia quatro poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador); Criava o Conselho de Estado; Eleições indiretas e dois graus (eleitor de paróquia e de província); Mandato de 4 anos para os deputados; Senadores escolhidos através de uma lista tríplice para um mandato vitalício; Monarquia hereditária, constitucional e representativa; o catolicismo tornou-se a religião oficial.

A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824): * Reação contrária à dissolução da Assembléia Constituinte de 1823 e a imposição da Constituição de 1824; * Crise econômica; * Substituição do governador de Pernambuco: reação popular e rompimento com o poder central. * A participação de Frei Caneca;

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* Adesão das províncias nordestinas (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará); * Adoção de uma República Federalista – Constituição Colombiana. * Divisões internas e violenta repressão. – Final: Fuzilamento dos líderes e inclusive de Frei Caneca. - Declínio do Primeiro Reinado - Causas da impopularidade de D.Pedro I: * Governo conservador e autoritário; * Crise política e econômica; * Questão Platina; * D. Pedro envia recursos a Portugal para luta sucessória do trono; * Assassinato do Jornalista Líbero Badaró; * Noite das Garrafadas – 13 de março de 1831; * Demissão do ministério dos brasileiros, em 5 de abril de 1831. - Abdicação de D. Pedro I - 07 de abril de 1831. XIII – O PERÍODO REGENCIAL (1831 – 1840) - Considerações Gerais: * Consolidação da independência política do Brasil; * Foi o período mais conturbado de toda a História do Brasil; * Lutas entre restauradores, moderados e exaltados; * Rebeliões Regenciais; – Regência Trina Provisória (Abril a Julho de 1831) - Recesso parlamentar; - Senadores: Nicolau de Campos Vergueiro, José Joaquim de Campos e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva. – Regência Trina Permanente (1831 – 1835) - Composição: José da Costa Carvalho, Bráulio Muniz e o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva. - Criação da Guarda Nacional pelo ministro da justiça padre Feijó. - Desavenças entre moderados e exaltados – Fortalecimento dos Restauradores. - Pressão política e renúncia do padre Feijó; -Reação dos moderados – Destituição de José Bonifácio da tutoria do príncipe herdeiro. - 1834 – morte de D. Pedro I e desarticulação dos Restauradores. - Ato Adicional de 1834 à Constituição de 1824: * Criação das Assembléias Legislativas provinciais; * Extinção do Conselho de Estado; * Concessão de autonomia às províncias; * Substituição da Regência Trina pela Regência Una. – Regência Una de Feijó (1835 – 1837) - Eleições com caráter de experiência republicana. - As contradições do Ato Adicional de 1834: Poder centralizado x Autonomia para as províncias. - A renúncia do padre Feijó em 1837. – A Regência de Araújo Lima (1837 – 1840)

- Político ultra conservador. - Anulação das medidas descentralizadoras e restabelecimento da Constituição de 1824. - Liberais x Conservadores e o Golpe da Maioridade (Antecipação da maioridade do Imperador de 14 anos de idade).

AS REBELIÕES REGENCIAIS 1 – A Cabanagem - Local: Pará (1835 – 1840) - Causas: * Independência do Brasil sem mudanças sociais; * Recrutamento militar forçado. - Principais Líderes: Eduardo Angelin, Clemente Malcher, Vicente Ferreira Lavor, Francisco e Antônio Vinagre. - Ação: os cabanos revoltaram-se, dominaram a cidade de Belém e executaram o presidente da província. - Final: forte repressão aos cabanos com milhares de mortes. 2 – A Revolta dos Malês (1835) - Local: Bahia. - Causa: Insatisfação dos escravos com a desigualdade étnico-racial e social, e profunda crise econômica e política. - Malês (africanos muçulmanos). - Final: os conspiradores foram punidos através de penas de morte, prisão, açoites e deportação. 3 – Guerra dos Farrapos Local: Rio Grande do Sul (1835 – 1845) - Rebelião comandada pela classe dominante (estancieiros) e de caráter separatista. - Causa: altas taxas para o charque gaúcho, e baixa para o charque platino. - Proclamação da República de Piratini (Porto Alegre). * Bento Gonçalves tornou-se o primeiro presidente. - A República Juliana – Santa Catarina (Guiseppe Garibaldi e Davi Canabarro). - Em 1840 D. Pedro II oferece anistia aos revoltosos. - Final: em 1845 Davi Canabarro e Caxias entram em acordo. 4 – A Sabinada - Local: Bahia (1837 – 1838); - Movimento restrito à camada média urbana de Salvador. - Líder: o médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira. - Causa: insatisfação pelas autoridades nomeadas pelo governo regencial. - Em 1837, foi proclamada a República Bahiense. - Final: forte repressão e reintegração da província. 5 – A Balaiada - Local: Maranhão (1838 – 1841) - Movimento de caráter popular.

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- Líderes: Raimundo Gomes (vaqueiro); Manoel Francisco dos Anjos (balaio) e Cosme (líder negro de escravos foragidos). - Idéias liberais impulsionaram as camadas populares. - Revolta contra a aristocracia local. - Falta de unidade no movimento. - Forte repressão comandada por Luís Alves e Silva.

19 – O GOVERNO DE D. PEDRO II (P. 284)

- Introdução: “Os anos iniciais do governo de D. Pedro II seriam marcados pela repressão às ultimas rebeliões provinciais e pela alternância dos partidos Liberal e Conservador no poder. A revolução Praieira seria a última reação à consolidação da monarquia controlada pela aristocracia rural. A economia do período passaria a ter o café como produto fundamental e seriam ampliadas as pressões inglesas para a extinção do tráfico negreiro”. (MELLO e COSTA. 1999: 183) - O sentido do Golpe da Maioridade. * Liberais e Conservadores se unem para refrear a participação popular. * O Estado reorganiza-se em função dos interesses da aristocracia rural. - Panorama Político dos primeiros anos: * O “Ministério dos Irmãos”: pacificação das últimas rebeliões; * Fraudes eleitorais, derrubadas e desavenças internas. - As Leis Reacionárias: * Ministério Conservador: restauração do Conselho de Estado, novas derrubadas; * Reforma do Código de Processo Penal, arbitrariedades. - O Retorno dos Liberais: * As revoltas liberais de 1842: dissolução do gabinete conservador; manutenção da escravidão; ausência de participação popular no poder. - Alternância dos partidos Liberal e Conservador no poder. - O “Parlamentarismo às avessas”. - O Ministério da Conciliação. 1 – A Revolução Praieira (1848 – 1849) - Local: Pernambuco. - Causas: * Alta concentração do poder nas mãos de uma reduzida oligarquia latifundiária; * Soberania econômica e política da família Cavalcante; * Fome generalizada das populações carentes de Pernambuco; * Monopólio do comércio varejista Pernambucano pelos portugueses. - Fundação do Partido da Praia ligado ao jornal Diário Novo. - Principais líderes: Borges da Fonseca e Pedro Ivo. - Discordâncias quanto à abolição da escravidão. - Final: radicalização do movimento e repressão.

2 – As Transformações Provocadas pelo Café - A instalação da produção cafeeira no Vale do Paraíba e em Minas Gerais; - Em 1850, Oeste Paulista foi ocupado pelo café, graças à terra roxa, ideal para o seu cultivo; - Estabilização da balança comercial e reforço à economia. - Economia cafeeira: latifúndio, monocultura, trabalho escravo, e necessidade de pouco investimento em ferramentas; – Crescimento do mercado consumidor na Europa e nos Estados Unidos. - Domínio da aristocracia cafeeira. - Extinção do tráfico de escravos (Lei Eusébio de Queirós – 1850). - Incentivo à imigração – Senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro (endividamento dos imigrantes). 3 – O Surto Industrial - Fatores: * Recursos oriundos do fim do tráfico negreiro; * Aumento das taxas alfandegárias sobre os artigos importados – Tarifa Alves Branco (1844); - Os empreendimentos de Mauá (Irineu Evangelista de Sousa): * Investimentos em transportes, comunicações, fábricas e nos setores financeiro e público; - 1860 – pressões inglesas e a substituição da Tarifa Alves Branco pela Tarifa Silva Ferraz (redução das taxas de importação para máquinas, etc.). - Fim da Era Mauá: falta de apoio do governo; empresas apropriadas pelos ingleses e norte-americanos. 4 – Política Externa do Segundo Reinado

A Questão Christie - O afundamento do navio inglês Príncipe de Gales e a pilhagem de sua carga no Rio Grande do Sul. - Prisão de três oficiais ingleses bêbados no Rio de Janeiro por policiais brasileiros. - Intervenção do Embaixador britânico William Douglas Christie. - Árbitro da questão: rei Leopoldo I da Bélgica – Favorável ao Brasil. – Rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra em 1863, reatada dois anos depois devido aos interesses platinos.

As Campanhas Platinas

- Uruguai oscila entre Brasil e Argentina; - Aliança com o argentino Rosas: campanhas contra Oribe (1851). - Campanhas contra Rosas (1851); - O interesse inglês na questão platina; - Campanha contra Aguirre.

A Guerra do Paraguai (1864 – 1870) - Nacionalismo paraguaio e desenvolvimento econômico auto-suficiente desagrada a Inglaterra. - Ofensivas de Solano Lopez.

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- O aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda (1864). - Formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai). - Batalha do Riachuelo – vitória brasileira. - Batalha do Tuiuti – as tropas paraguaias sofrem pesadas derrotas. - Batalha de Curupait – vitória paraguaia. - Em 1897, Uruguai e Argentina retiram-se da guerra. - Caxias cedeu o comando das forças brasileiras ao Conde D’eu. - Vitória brasileira em 1870/ Batalha de Cerro Corá. - Conseqüências da guerra.

DECLINIO DO SEGUNDO REINADO – Introdução: Após uma fase de apogeu, iniciada em meados do século, o fim da guerra do Paraguai (1870) assinala o começo da decadência do Segundo Reinado. As Campanhas Abolicionistas e Republicanas, bem como as questões Religiosas e Militares, são fatores decisivos que viriam a culminar na queda da monarquia, em 1889 (COSTA E MELLO. 1999:216). - As origens do abolicionismo: * A Revolução Industrial gera pressões para o fim da escravidão; - A vida do escravo na África e a questão da escravidão e do tráfico. - A vida do escravo e a luta pela libertação: o Quilombo de Jabaquara e o Quilombo dos Palmares. - As campanhas abolicionistas. - Leis abolicionistas brasileiras: * Lei Eusébio de Queirós (1850) – fim do tráfico de escravos da África para o Brasil; * Lei do Ventre Livre (1871) * Lei dos Sexagenários (1885); * A assinatura da Lei Áurea – 13 de maio de 1888. - A vida do escravo após o fim da escravidão negra no Brasil. - A preferência pelos imigrantes como mão-de-obra. - O surgimento do Partido Republicano (divisão do Partido Liberal). - As Campanhas Abolicionistas e Republicanas. 1 – A Questão Religiosa - Clero regido pelo padroado. - Punição dos bispos de Olinda e do Pará. - O Beneplácito. 2 – A Questão Militar - Positivismo – Benjamin Constant. - Difusão das idéias republicanas entre os militares. - Prisões e punições de lideres militares. 3 - A Queda do Império e a Proclamação da República - O engajamento dos militares no movimento republicano.

- O imperador perde o apoio dos três setores mais poderosos do Império: proprietários de terras, militares e a igreja. - Deodoro da Fonseca assume o comando do golpe. - Ausência popular. (A população assiste o golpe bestializada). - A deposição da Monarquia e a Proclamação da República no dia 15 de novembro de 1889.

20 – OS PAÍSES HISPONO-AMERICANOS NA TRANSIÇÃO DO SÉCULO XIX PARA O SÉCULO

XX (P. 307) - O cenário pós-independência. - As relações de trabalho. - A inserção no mercado mundial. - Crescimento e contradição na Argentina. - Cuba, ainda colônia. - A primeira guerra de independência. - Autonomia ou anexação? - O México no século XIX. - Da luta política à revolução. - A revolução contínua. - Mulheres revolucionárias. - Os zapatistas de chiapas. - Modernidade e produção cultural na América hispânica.

HISTÓRIA DE SERGIPE

Sergipe no Período Imperial Nas primeiras décadas do século XIX, Sergipe ainda se encontrava sob o domínio político da Bahia, o que tornava constante os conflitos entre sergipanos e baianos. Em 08 de julho de 1820 através de Carta Régia de D. João VI foi decretada a autonomia política de Sergipe em relação à Bahia. As autoridades baianas reagiram contra a emancipação. Em 1821 São Cristóvão foi invadida e o primeiro presidente da Província, Carlos Bulamarqui, preso e conduzido a Salvador. A Bahia foi também contrária à Independência do Brasil, o que resultou na invasão de seu território por tropas comandadas por mercenários a mando do Imperador Pedro I. Somente após essa intervenção é que Sergipe tornou-se Província do Império.

A Política em Sergipe do XIX

Em se tornando província foram instalados o governo e os partidos políticos então designados de Liberal e Corcunda. O Partido Corcunda era composto por senhores de engenho e portugueses a eles ligados e residentes em Sergipe. O Partido Liberal era formado por senhores do gado, embora fosse o predileto dos habitantes urbanos que alimentavam grande sentimento anti-lusitano. As eleições eram marcadas pela violência e pela fraude : “Perseguições, assassinatos, raptos, uso de força policial, falsificação de documentos e outros crimes que ficaram impunes, valia tudo para

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ganhar a eleição”. Essa truculência estendia-se aos homens livres pobres, escravos, dentre outros. Revolta de Santo Amaro(1835 a 1837) Em 1836 um fato marcou a história política local. O Partido Corcunda visando não se lograr perdedor das eleições da época, promoveu uma adulteração em documentos e invadiu a Vila de Santo Amaro reduto dos Liberais. Tal fato resultou em assassinatos, roubos e perseguições aos habitantes locais. A partir disso, os partidos em Sergipe tiveram seus nomes modificados para Rapina (Corcunda) e Camundongo ( Liberal). Em 1850, acompanhando o movimento nacional mais uma vez alteraram-se seus nomes para Conservador e Liberal. Em 1870 as idéias republicanas chegaram a Sergipe, onde Estância recebeu o Clube Republicano. Após a abolição o Partido Republicano foi organizado em laranjeiras ( 1888). Era formado por profissionais liberais ( Republicanos Históricos). Povoações em Sergipe: O vale da Cotinguiba configurou-se como a região economicamente mais importante da Província: Divina Pastora, Laranjeiras, Maruim, Rosário do Catete, Santo Amaro, Nossa Senhora do Socorro, Capela, Japaratuba, Siriri foram evidência devido a grande produção de cana-de-açúcar para exportação.

Sociedade e Cultura Nas décadas iniciais do Império a sociedade sergipana era formada por uma camada de proprietários de terras e açucarocratas, a maioria da população era mestiça, isso sem contar os escravos, índios e portugueses. Como características principais dessa sociedade podemos apontar o patriarcalismo, o isolamento e o cristianismo. Costumes severos e simplicidade marcavam seu povo. O luxo era algo reservado apenas às grandes famílias proprietárias. As estradas eram ruins, o que dificultava o acesso e a chegada de informações. A navegação era difícil. Pouca gente viajava. A educação do sergipano também era difícil. Pequena parcela da população chegava aos bancos escolares. Somente os abastados podiam estudar, em sua maioria homens. Poucas mulheres sabiam ler e escrever. Contudo, em 1832 Sergipe ganhou seu primeiro jornal (periódico), denominado “Recompilador Sergipano”, criado em Estância pelo Monsenhor Silveira. Porém, a partir de 1850 com a proibição do tráfico, e as transformações por que passava o Capitalismo, iniciou-se embora lentamente a se implantar o transporte ferroviário, criavam-se instituições financeiras. O crescimento da produção de açúcar trouxe o desenvolvimento da Zona da Cotinguiba, trazendo o urbanismo e consequentemente uma sociedade e cidades mais

ricas, as quais incorporaram novidades e artigos de luxo. Uma outra necessidade que se fazia sentir nesse momento era a construção de um porto para desafogar a produção açucareira da Cotinguiba. Atendendo a essa necessidade deu-se a mudança da capital de São Cristóvão para o povoado Santo Antônio do Aracaju. Mudança da Capital São Cristóvão durante 266 anos (1590 – 1855) ostentou a posição de Capital da Província. A mudança da capital também fez parte de uma política geográfica que foi dominante no século XIX em que as capitais brasileiras deveriam ficar próximas ao oceano, passando de cidades-fortalezas para cidades-portos. O Ato Imperial de 07 de novembro de 1853 nomeou para administrar a Província, o Dr. Inácio Joaquim Barbosa. Em 1855 o Sr. Inácio Barbosa enumerou uma pauta de motivos que induziam a idéia de mudança da Capital: a inoperância da Capital da Província, falta de porto na cidade para escoar o açúcar produzido na Província, não havia mais perspectivas de crescimento etc. Assim a escolha de Aracaju para sede da capital representou a vitória dos produtores de açúcar da zona da Cotinguiba, região economicamente mais importante da Província. A transferência da capital não foi decisão repentina e improvisada, mas sim, bem estudada tanto geograficamente como politicamente, onde Inácio Barbosa contou com o apoio irrestrito do Barão de Maruim (João Gomes de Melo). Em 1855 Dr. Inácio Barbosa sancionou a Resolução nº 413 pela qual ficava elevada a categoria de cidade o povoado Santo Antônio do Aracaju, com a denominação de cidade do Aracaju. Uma cidade planejada, que demonstrava a necessidade de se comunicar com outras regiões. Realizada a mudança houve algumas manifestações por parte da população no intuito de impedir a saída das repartições públicas. Em 06 de outubro de 1855, morreu Inácio Barbosa aos 34 anos vítima do Cólera-morbus.

A Visita do Imperador

Em 1860 o Imperador D. Pedro II e sua esposa a Imperatriz Teresa Cristina estiveram em Sergipe e visitaram além de Aracaju, Laranjeiras, São Cristóvão, Estância, Maruim, Propriá, Vila Nova (Neópolis), Porto da Folha, Itaporanga e o povoado de Barra dos Coqueiros. Para recebê-los, várias obras foram executadas: Imperial Instituto Sergipano de Agricultura, a Ponte do Imperador, entre outras melhorias. Nessa época aumentava o número de sergipanos nos cursos superiores. Esses jovens realizavam seus estudos na Bahia, Recife, Rio de Janeiro ou mesmo no exterior. Dentre eles podemos citar Tobias Barreto, ilustre jurista consagrado a nível nacional, Mestre sergipano da faculdade de Direito

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do Recife, onde lecionou. Sílvio Romero ( primeiro folclorista sergipano), Fausto Cardoso, Felisbelo Freire, Manoel Bomfim, João Ribeiro. Esses homens escreveram obras sobre Direito, Literatura, História, Folclore, Política etc. destacou-se nesse período o pintor Horácio Hora (laranjeirense) que estudou em Paris. Nos últimos anos do século XIX surgem novos jornais, teatros, e escolas femininas. São criados o Atheneu Sergipense (1870) e a Escola Normal (1874). “Ser livre é antes de tudo, escapar da escravidão que a ignorância impõe”.

Manoel Bomfim

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRUDA, José Jobson de A e PILETT, Nelson. Toda a História: História Geral e do Brasil. 8ª ed. São Paulo: Ática. 1999. BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. Vol. 2, 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2010. CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo e ANJOS, Marcos Vinícius dos. História de Sergipe para vestibulares e outros concursos. Aracaju: Infographic’s Gráfica e Editora, 2003. COTRIM, Gilberto. História Global: Geral e do Brasil. Vol. 2. São Paulo: Saraiva, 2010. FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Série Novo Ensino Médio. Vol. Unico. São Paulo: Ática. 2000. GLÊYSE E GENIVALDO. Apostila de História para o Primeiro ano. Aracaju: Pré-Uni, 2008. MELLO, Leonel Itaussu Almeida e COSTA, Luís César Amad. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999. _______________________História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1999. SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha Alves. Para Conhecer a História de Sergipe. Aracaju: Opção Gráfica, 1998. SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e SERIACOPI, Reinaldo. História: Vol. 2 . São Paulo: Ática, 2010. SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Colônia, Império, República. São Paulo: Moderna, 1992. VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Giannpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. 2. São Paulo: Scipione, 2010.

CADERNO DE ATIVIDADES

PRIMEIRO BIMESTRE 01. (UFS – 2001) Analise as proposições sobre o Período Colonial. 0 0 – A formação do povo brasileiro resultou da fusão de portugueses, índios e africanos, realizada de forma desigual, envolvendo dominação e escravidão. 1 1 – O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da coroa portuguesa no século XV. Embora não houvesse interesse especifico de expansão para o Ocidente a posse de terras no Atlântico Oriental consolidava a hegemonia portuguesa no Oceano Pacifico. 2 2 – Com relação às populações indígenas brasileiras é correto afirmar que quando os europeus chegaram aqui, encontraram uma população ameríndia homogênea em termos culturais e linguísticos, distribuída ao longo da costa e da bacia dos rios Paraná-Paraguai. 3 3 – O escambo de pau-brasil intensamente praticado no litoral, foi a primeira atividade importante que articulou estrangeiros e nativos no século XVI. 4 4 – Quanto à utilização da mão-de-obra durante o primeiro século da colonização, na região Nordeste do Brasil pode-se afirmar que os negros africanos não tiveram nenhuma participação.

02. (UFS – 2003) A implantação, pelos portugueses, de um modelo administrativo no Brasil teve, entre outros, o objetivo de impulsionar à colonização efetiva na nova terra. Analise as afirmações abaixo sobre esse modelo. 0 0 – Embora o grande número de capitanias não tivesse sucesso, o sistema de capitanias foi responsável pela efetiva colonização de todo o litoral brasileiro, contribuindo para afastar a ameaça de invasão e ocupação estrangeira na colônia portuguesa. 1 1 – Apesar de hereditárias, as capitanias não era, propriedades privadas dos donatários, já que a legitima propriedade das terras era atributo do Estado. Hereditário era tão-somente o poder do donatário de administrar a capitania como província da Coroa. 2 2 – O Governo-Geral, criado para promover a centralização administrativa da colônia, extinguiu o sistema de Capitanias Hereditárias com o objetivo de enfraquecer o poder político local dos donatários. 3 3 – Apesar de o Governo-Geral ter sido criado para impor a centralização política em toda a colônia, na prática, o poder político continuou descentralizado em todo o período colonial, pois permaneceu concentrado nas mãos da elite latifundiária, classe dominante da qual faziam parte os próprios donatários.

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4 4 – Durante todo o período colonial as câmaras municipais contribuíram com a criação de um pólo de poder local que possibilitou, via Governo-Geral, a concentrar o poder político da colônia nas mãos do Estado metropolitano. 03. (UFS – 2000) Analise as afirmativas sobre os indígenas encontrados no Brasil pelos portugueses em 1500. 0 0 – Possuíam um pequeno desenvolvimento tecnológico e, também, era muito pequena a produção de excedente. 1 1 - Algumas tribos eram nômades e formavam comunidades nas quais reinava uma igualdade entre os indivíduos. 2 2 – Possuidores de cultura e vida distinta da dos portugueses, espalhavam-se por todo o litoral e interior do Brasil. 3 3 – Homens e mulheres participavam igualmente das tarefas de caça e pesca, para a sustentação da tribo. 4 4 – A sociedade baseava-se numa divisão de classes, onde os chefes impunham pesados impostos à população rural. 04. (ENEM – 2004) A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes: I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra” em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio. Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social. II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas etnias. Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões: Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o. (Gilberto Freire. O mundo que o português criou.) [Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das “raças” em condições de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da “população de cor” que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.) Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é correto aproximar: a) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes.

b) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II. c) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II. d) somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes. e) somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes. 05. (ENEM – 2003) A primeira imagem abaixo (publicada no século XVI) mostra um ritual antropofágico dos índios do Brasil. A segunda mostra Tiradentes esquartejado por ordem dos representantes da Coroa portuguesa. (Theodor De Bry (Pedro Américo-século XVI) (Tiradentes esquartejado, 1893) A comparação entre as reproduções possibilita as seguintes afirmações: I. Os artistas registraram a antropofagia e o esquartejamento praticados no Brasil. II. A antropofagia era parte do universo cultural indígena e o esquartejamento era uma forma de se fazer justiça entre luso-brasileiros. III. A comparação das imagens faz ver como é relativa a diferença entre “bárbaros” e “civilizados”, indígenas e europeus. Está correto o que se afirma em: A) I apenas. C) III apenas. E) I, II e III. B) II apenas. D) I e II apenas. 06. (ENEM – 2006) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou: “Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (…). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz.” Carl Von Martius. O estado do direito entre os autóctones do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982. Com base nessa descrição, concluiu-se que o naturalista Von Martius: a) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a missão européia, respeitavam a flora e a fauna do país. b) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio dos índios. c) defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e feliz. d)procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações originárias da América.

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e) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão “civilizadora européia”, típica do século XIX. 07. (ENEM - 2007) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos. K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. Com relação ao assunto tratado no texto acima, é correto afirmar que: a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente. b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente. c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil. d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna. e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa. 08. (ENEM – 2002) Comer com as mãos era um hábito comum na Europa, no século XVI. A técnica empregada pelo índio no Brasil e por um português de Portugal era, aliás, a mesma: apanhavam o alimento com três dedos da mão direita (polegar, indicador e médio) e atiravam-no para dentro da boca. Um viajante europeu de nome Freireyss, de passagem pelo Rio de Janeiro, já no século XIX, conta como “nas casas das roças despejam-se simplesmente alguns pratos de farinha sobre a mesa ou num balainho, donde cada um se serve com os dedos, arremessando, com um movimento rápido, a farinha na boca, sem que a mínima parcela caia para fora”. Outros viajantes oitocentistas, como John Luccock, Carl Seidler, Tollenare e Maria Graham descrevem esse hábito em todo o Brasil e entre todas as classes sociais. Mas para Saint-Hilaire, os brasileiros “lançam a [farinha de mandioca] à boca com uma destreza adquirida, na origem, dos indígenas, e que ao europeu muito custa imitar”. Aluísio de Azevedo, em seu romance Girândola de amores (1882), descreve com realismo os hábitos de uma senhora abastada que só saboreava a moqueca de peixe “sem talher, à mão”. Dentre as palavras listadas abaixo, assinale a que traduz o elemento comum às descrições das práticas alimentares dos brasileiros feitas pelos diferentes autores do século XIX citados no texto.

A) Regionalismo (caráter da literatura que se baseia em costumes e tradições regionais). B) Intolerância (não-admissão de opiniões diversas das suas em questões sociais, políticas ou religiosas). C) Exotismo (caráter ou qualidade daquilo que não é indígena; estrangeiro; excêntrico, extravagante). D) Racismo (doutrina que sustenta a superioridade de certas raças sobre outras). E) Sincretismo (fusão de elementos culturais diversos, ou de culturas distintas ou de diferentes sistemas sociais).

SEGUNDO BIMESTRE

09. (UFS – 2009) Inserida nos quadros da política mercantilista, a empresa agrícola instalada no Brasil só seria economicamente viável se fosse suficientemente grande para produzir em larga escala para os crescentes mercados internacionais.

A produção em larga escala, por sua vez, exigia o emprego de uma grande quantidade de mão-de-obra. Em síntese, para que houvesse o rápido retorno de capital aplicado na instalação, a empresa tinha de ser de grande porte. (Francisco de Assis Silva. História do Brasil. São Paulo: Moderna.1992. p.50)

O texto contém informações que explicam o fato de, no Brasil,

0 0 - a grande propriedade monocultora escravista ter sido a célula fundamental da exploração agrária colonial.

1 1 - o interesse da burguesia mercantil em criar empresas agrícolas nas regiões tradicionalmente mais pobres da colônia.

2 2 - a exploração agrária ter criado condições para a formação de um mercado interno que promoveu a riqueza da colônia.

3 3 -a perspectiva de enriquecimento rápido, gerado pela agroindústria, ter contribuído para a interiorização da colonização. 4 4 - o abastecimento das áreas da agroindústria ter impedido outras atividades econômicas em várias regiões da colônia. 10. (UFS – 2006) Considere o texto. A religião dos negros não era o catolicismo. Por isso os padres queriam uma só religião: ser católico de verdade, não faltar à devoção, ouvir missa nem que fosse levando no empurrão. Assim ensinavam os negros a sofrer como humildade. Pra não serem castigados, os negros obedeciam embora contra a vontade a religião seguiam, mas dos seus cultos da África eles nunca se esqueciam. Uns queriam ser católicos por causa do cativeiro; Pois o bem obediente podia ser jardineiro ou ficar na casa grande servindo de cozinheiro.

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Só que aqui eles adoram sem pensar nada de cá. Senhora da Conceição para eles é Iemanjá, Santa Bárbara é Iansã, deuses que adoram lá. O que a eles atrapalhava eram as muitas diferenças, porque mesmo lá na África havia diversas crenças.

(Jorge Pereira Lima. Raízes da escravidão. São Paulo: Paulinas, 1982, p. 33-8)

Na sociedade atual ampliou-se o debate sobre a história dos afro-brasileiros. O texto expressa aspectos importantes acerca dessa história durante a vigência da relação de produção escravista na América portuguesa. A partir do conhecimento histórico e da análise do texto é possível afirmar que: 0 0 – Os padres contribuíram na manutenção da dominação metropolitana na América portuguesa inclusive quando usavam os princípios religiosos para confortar espiritualmente os escravos. 1 1 – O texto revela a construção do que se tornou conhecido por sincretismo religioso principalmente em razão da resistência dos escravos em assimilar os valores da religião cristã. 2 2 – Os jesuítas, por representarem a Igreja católica, tinham poderes para intervir na organização social da colônia, podendo educar os africanos de forma autônoma e priorizando seus valores culturais. 3 3 – Os senhores preferiam comprar escravos da mesma cultura e idioma, para que os mesmos pudessem se comunicar, melhorando dessa forma a organização do plantio de cana e a produção de açúcar nas fazendas. 4 4 – Os escravos africanos resistiram como puderam à destruição de sua cultura, mantendo inclusive valores e costumes mesmo que essas manifestações fossem representadas de acordo com as exigências dos colonizadores. 11. (UFS – 2005) No antigo sistema colonial, no século XVI, a empresa agrícola brasileira teria de viabilizar a colonização e gerar fortunas para o Estado e o grupo mercantil metropolitano. Analise as afirmações sobre essa temática. 0 0 – O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que passaram a disputar as terras e os escravos disponíveis para a produção na região açucareira. 1 1 – Para os diversos setores da economia colonial brasileira, a adoção de formas de trabalho compulsório constituiu uma forma de acumulação de capital nas mãos da burguesia metropolitana. 2 2 – Para que houvesse o rápido retorno do capital aplicado em sua instalação, a empresa tinha de ser de pequeno porte. Dessa forma, a propriedade mini-fundiária escravista foi a célula fundamental da exploração agrária colonial. 3 3 – A descoberta das áreas mineradoras, o desenvolvimento de um mercado interno e a acumulação de capital determinaram a ruptura da

dependência da economia colonial para com a metrópole. 4 4 – Paralelamente ao crescimento da produção açucareira, principal atividade exportadora, desenvolveu-se na colônia um setor de subsistência responsável pela produção de gêneros que vinham atender às necessidades básicas dos colonos e escravos.

12. (UFS – 2007) Considere o mapa a seguir

(Adaptado de José Jobson de A . Arruda. Atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 1993) Sobre o domínio holandês no Nordeste brasileiro, analise as proposições que seguem. 0 0 - As conquistas holandesas chegaram a abranger territórios localizados numa área que abarcava de Sergipe ao Maranhão, e que configurava a mais rica região da Colônia. 1 1 - A base do império holandês no Brasil era sediada em João Pessoa, então denominada Nova Holanda, primeira cidade conquistada pelos holandeses após uma primeira tentativa fracassada de dominação, em Salvador. 2 2 - A Companhia das Índias Ocidentais obteve altos lucros com o comércio açucareiro, porém se mostrou um negócio pouco vantajoso, com o passar do tempo, uma vez que arcava com muitas despesas militares e administrativas. 3 3 - Maurício de Nassau trouxe para o Nordeste brasileiro um qualificado grupo de artistas, estudiosos, médicos e cientistas que passaram todos a viver em Olinda e lá permaneceram mesmo após a expulsão dos holandeses. 4 4 - A Insurreição Pernambucana contribuiu para a derrota dos holandeses, e contou com a participação de diversos senhores de engenho insatisfeitos com as cobranças e a intolerância que caracterizaram os anos que se seguiram à demissão de Nassau. 13. (UFS – 2007) A introdução da pecuária no Brasil Colônia dinamizou a vida social e econômica, chegando a ocupar áreas que deveriam ser preservadas para o cultivo da cana, sobretudo no

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caso do Nordeste brasileiro. Analise as proposições abaixo sobre a pecuária do Brasil Colônia. 0 0 - Incorporou uma vasta área no norte do território colonial (atual Nordeste), pouco utilizável para a agricultura, pois era uma região castigada pelas secas periódicas e pela baixa fertilidade do solo. 1 1 - Foi introduzida por donos de minas de ouro, que viram sua atividade decair em meados do século XVIII e passaram a se dedicar à pecuária e ao tráfico de escravos no interior da Colônia. 2 2 - Caracterizou-se pelo uso predominante de mão-de-obra livre, pois o trabalho de vaqueiro era remunerado, o que possibilitava a homens livres pobres escapar ao trabalho escravo. 3 3 - Incrementou o comércio atlântico, pois o gado criado no sertão era comercializado nos mercados caribenho e africano, trocado por novos escravos destinados às lavouras de cana-de-açúcar e às minas. 4 4 - Expandiu-se para o sertão e, no século XVIII, atingiu as bordas da selva amazônica, incrementando o processo de desmatamento iniciado pelos jesuítas, e o gradual extermínio dos índios.

14. (UFS – 2009) Inserida nos quadros da política mercantilista, a empresa agrícola instalada no Brasil só seria economicamente viável se fosse suficientemente grande para produzir em larga escala para os crescentes mercados internacionais.

A produção em larga escala, por sua vez, exigia o emprego de uma grande quantidade de mão-de-obra. Em síntese, para que houvesse o rápido retorno de capital aplicado na instalação, a empresa tinha de ser de grande porte. (Francisco de Assis Silva. História do Brasil. São Paulo: Moderna.1992. p.50)

O texto contém informações que explicam o fato de, no Brasil,

0 0 - a grande propriedade monocultora escravista ter sido a célula fundamental da exploração agrária colonial.

1 1 - o interesse da burguesia mercantil em criar empresas agrícolas nas regiões tradicionalmente mais pobres da colônia.

2 2 - a exploração agrária ter criado condições para a formação de um mercado interno que promoveu a riqueza da colônia.

3 3 -a perspectiva de enriquecimento rápido, gerado pela agroindústria, ter contribuído para a interiorização da colonização. 4 4 - o abastecimento das áreas da agroindústria ter impedido outras atividades econômicas em várias regiões da colônia. 15. (ENEM – 2006) No princípio do século XVII, era bem insignificante e quase miserável a Vila de São

Paulo. João de Laet dava-lhe 200 habitantes, entre portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara, em 1606, informava que eram 190 os moradores, dos quais 65 andavam homiziados*.

*homiziados: escondidos da justiça. Nelson Werneck Sodré. Formação histórica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964.

Na época da invasão holandesa, Olinda era a capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca de 10% da população, calculada em aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se ao comércio, com o qual muita gente fazia fortuna. Cronistas da época afirmavam que os habitantes ricos de Olinda viviam no maior luxo. Hildegard Féist. Pequena história do Brasil holandês. São Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações).

Os textos acima retratam, respectivamente, São Paulo e Olinda no início do século XVII, quando Olinda era maior e mais rica. São Paulo é, atualmente, a maior metrópole brasileira e uma das maiores do planeta. Essa mudança deveu-se, essencialmente, ao seguinte fator econômico:

A) maior desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar no planalto de Piratininga do que na Zona da Mata Nordestina.

B) atraso no desenvolvimento econômico da região de Olinda e Recife, associado à escravidão, inexistente em São Paulo.

C) avanço da construção naval em São Paulo, favorecido pelo comércio dessa cidade com as Índias.

D) desenvolvimento sucessivo da economia mineradora, cafeicultura e industrial no Sudeste.

E) destruição do sistema produtivo de algodão em Pernambuco quando da ocupação holandesa. 16. (UFAL – 2003) O processo de exploração colonial no Brasil engendrou várias revoltas sociais envolvendo diferentes segmentos da população da colônia. Identifique as revoltas ocorridas entre os séculos XVI e XVIII, procurando relaciona-las à estrutura social e econômica da colônia. 0 0 – Os maranhenses presenciaram, na segunda metade do século XVII, um conflito entre os jesuítas e os colonos, a chamada Revolta de Beckman, pois o trabalho missionário de catequização dos indígenas contrariava os colonos, que utilizavam os índios como escravos. 1 1 – O Quilombo dos Palmares, localizado na serra da Barriga, atual Estado de Alagoas, representou uma das formas de resistência dos escravos contra a exploração do trabalho, sobrevivendo dezenas de décadas graças ao apoio direto que eles receberam da alta cúpula da Igreja Católica.

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2 2 – Os portugueses obtiveram uma grande vitória sobre os franceses na conquista do Brasil, nas primeiras décadas do século XVI, graças ao apoio bélico dos povos que formavam a Confederação dos Tamoios, que preferiam comercializar o pau-brasil com os portugueses. 3 3 – A Guerra dos Mascates representou um choque de interesses entre a aristocracia rural de Olinda e os comerciantes de Recife, em razão do favorecimento destes últimos pela Coroa portuguesa. 4 4 – A guerra dos Emboabas, na primeira década do século XVIII, foi um conflito armado ocorrido na Bahia entre fazendeiros de cana-de-açúcar e criadores de gado, cuja origem estava relacionada à posse da terra.

17. (UFS – 2006) Do final do século XVIII ao início do século XIX, diversos movimentos armados desafiaram o controle de Portugal sobre a sua colônia brasileira. Juntamente com as mudanças ocorridas no cenário internacional, tais revoltas aceleraram o processo de independência do Brasil. Contextualizando historicamente esses movimentos, pode-se afirmar que: 0 0 – As revoltas coloniais ocorridas na segunda metade do século XVII e primeira do XVIII tiveram caráter exclusivamente local. Foram reações isoladas contra os privilégios de algumas companhias de comércio, reação à posição da metrópole em relação a certas autonomias locais ou, entre outras, contra a política fiscal metropolitana. 1 1 – Em 1709 Pernambuco foi palco de um movimento em prol da libertação colonial: a Guerra dos Mascates. Esta rebelião foi, essencialmente social, influenciada pelas idéias liberais do iluminismo e liderada por negros e mulatos. 2 2 – Entre os movimentos que alcançaram grande repercussão na história por se opor à dominação portuguesa está a Inconfidência Mineira de 1789, mesmo ano da Revolução Francesa. Seus líderes procuraram difundir no Brasil os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. 3 3 – A Revolta de Vila Rica, além de visar à emancipação colonial, questionava também as desigualdades sociais e pregava uma democracia racial no Brasil, com o fim da escravidão e de todos os privilégios. 4 4 – A Conjuração Baiana de 1798, entre outras, colocou em xeque o sistema colonial como um todo, inserindo-se no movimento mais amplo que caracteriza a crise do Antigo Regime. 18. (UFS – 2001) Analise as proposições sobre o Iluminismo. 0 0 – Uma das ideias básicas que norteava as formulações iluministas era a da liberdade como característica essencial e natural do homem, em função da qual a sociedade deveria organizar-se.

1 1 – Os autores mais célebres, sobretudo pela influência que seus trabalhos exerceram sobre a política das principais nações europeias, foram os franceses. Dentre eles: Montesquieu, Voltaire e Jean Jacques Rousseau. 2 2 – O despotismo esclarecido foi a principal decorrência política da filosofia iluminista, que, é preciso frisar, não contestava o Estado nem o regime monárquico enquanto tal. 3 3 – As bases para uma nova organização política que, de modo geral, assentava-se em ideias marcadamente individualistas, centravam no homem os princípios fundamentais da organização social. 4 4 – Os princípios fundamentais do iluminismo foram os determinados pelo humanismo cristão, e tinha como base uma profunda valorização do homem que se contrapunha aos valores religiosos da época. 19. (UFS – 2003) O movimento que formulou as ideias que derrubaram o Antigo Regime é denominado Iluminismo. Analise as proposições sobre esse movimento. 0 0 – O culto da razão e a crença nas leis naturais, ideias defendidas pelo movimento, forneceram as bases científicas para o desenvolvimento da tecnologia contemporânea. 1 1 – Os iluministas defendiam a instauração de um governo democrático, onde reinasse a soberania popular e o domínio da maioria. 2 2 – Os déspotas esclarecidos foram os responsáveis pela difusão das ideias iluministas na Europa Ocidental e na América. 3 3 – O movimento caracterizava-se pela procura de uma explicação racional para tudo e pela oposição ao obscurantismo, à tirania e às injustiças. Essas ideias abriram caminho para a Revolução Francesa. 4 4 – As ideias iluministas influenciaram tanto alguns movimentos contra o domínio português, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, quanto o movimento abolicionista.

20. (ENEM – 2000) O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma determinada corrente de pensamento. “Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da equidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito

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inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unirse, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.” (Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991) Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar: A) a existência do governo como um poder oriundo da natureza. B) a origem do governo como uma propriedade do rei. C) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana. D) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos. E) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade. 21. (ENEM – 2003) Observe as duas afirmações de Montesquieu (1689-1755), a respeito da escravidão: A escravidão não é boa por natureza; não é útil nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus hábitos e se acostuma insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, colérico, voluptuoso, cruel. Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da América, tiveram que escravizar os da África para utilizá-los para abrir tantas terras. O açúcar seria muito caro se não fizéssemos que escravos cultivassem a planta que o produz. (Montesquieu. O espírito das leis.) Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu, A) o preconceito racial foi contido pela moral religiosa. B) a política econômica e a moral justificaram a escravidão. C) a escravidão era indefensável de um ponto de vista econômico. D) o convívio com os europeus foi benéfico para os escravos africanos. E) o fundamento moral do direito pode submeter-se às razões econômicas. 22. (UFS – 2005) As revoluções inglesas do século XVII representaram um marco na vida européia. Pela primeira vez na história do continente, a burguesia assumiu o poder e lançou as bases para a consolidação da sua própria ordem, responsável pela hegemonia do Parlamento, que permanece até hoje. Analise as afirmações sobre esse contexto histórico.

0 0 - Em 1628, o Parlamento inglês sujeitou o rei ao juramento da “Petição dos Direitos”, que protegia a população de tributos e detenções ilegais. 1 1 - A origem do Parlamento inglês pode ser buscada no contexto da Revolução Puritana, que implantou reformas e correção de injustiças sociais, e impôs aos Stuart a assinatura da Carta Magna. 2 2 - A sociedade, representada pelo Parlamento, ao tomar a decisão de executar Carlos I, sepultava um princípio político central do Estado Moderno: a idéia da origem divina do rei e de sua incontestável autoridade. 3 3 - O fim do absolutismo ocorre com a revolução comandada por Oliver Cromwell, momento em que o Parlamento inglês, sob a sua chefia, depõe Carlos I e encerra o ciclo dos governos autoritários dos Tudor. 4 4 - A Revolução de 1689 teve, para a Inglaterra, o mesmo papel que, para a França, teve a Revolução Francesa de 1789, no que se refere à derrubada do Estado absoluto e ao surgimento das condições políticas essenciais à burguesia, como a edificação de um Estado burguês. 23. (UFS – 2007) Devido à crise que ocorria na Europa no século XVII e em razão do avanço das forças capitalistas, a Inglaterra pôde conhecer uma Revolução, que boa parte dos historiadores considera burguesa, pelos efeitos sobre a estrutura econômica inglesa. Analise as afirmações sobre os efeitos dessa Revolução. 0 0 - A burguesia consolida-se definitivamente no poder, afastando por completo a nobreza do cenário político e a participação do proletário urbano nas decisões políticas inglesas. 1 1 - A Revolução consagrou o princípio do poder monárquico controlado pelo Parlamento, em oposição aos excessos absolutistas das dinastias na Inglaterra. 2 2 - O Bill of Rights (Declaração de Direitos) estabeleceu as bases da monarquia parlamentar ao firmar a limitação dos poderes do rei pelo Parlamento, isto é, a superioridade da lei sobre a vontade do rei, pondo fim ao absolutismo. 3 3 - A exclusão da nobreza do Parlamento garantiu à burguesia maioria para as decisões políticas relacionadas à abolição das sociedades por ações na organização das empresas industriais e do Ato de Navegação, que protegiam determinados grupos mercantis. 4 4 - A Revolução teve um papel importante para o surgimento das condições políticas essenciais à burguesia, como a edificação de um Estado burguês, favorável à posterior eclosão da Revolução Industrial. 24. (UFS – 2006) A Revolução industrial, que teve início por volta de 1750 na Inglaterra, fez surgir novas ferramentas e máquinas capazes de substituir dezenas de braços humanos. Reunidas nas fábricas, as máquinas deram origem a novos processos de produção. Ao mesmo tempo, os trabalhadores constituíram a nova classe social, o

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proletariado. Sobre este fenômeno, analise as proposições abaixo. 0 0 – A expropriação da massa de trabalhadores gerou uma sucessão de lutas, diretas ou indiretas, contra a propriedade e o capital representados pela burguesia industrial. 1 1 – As reivindicações do operariado traduzia um desejo comum das demais camadas populares inglesas, a saber: a supressão de uma ordem social baseada no privilégio e na sociedade estamental. 2 2 – O ludismo foi o nome usado para designar movimentos operários de protesto que se desenvolveu no final do século XVIII e início do século XIX em busca de melhorias salariais e contenção da mecanização do ciclo produtivo, principalmente no setor têxtil. 3 3 –Na primeira fase da Revolução Industrial, as lutas do proletariado resultaram da reivindicação dos trabalhadores por reforma da sociedade a fim de eliminar a propriedade privada, assim como o sistema capitalista. 4 4 – O operariado começou a fazer sua aparição política com reivindicações classistas e propostas de ordem social, assim como, na ordenação do poder.

25. (UFS – 2009) Afastado de qualquer atividade do pensamento, esses homens perdem exatamente aquilo que os diferencia dos seres irracionais. No fim do percurso, encontramos homens reduzidos a meros seres intuitivos; sua parcela de humanidade se localiza nos sentimentos e não na razão. (Maria StelJa Martins Bresciani) (Nicolina L de Pella e Eduardo A B. Ojeda. História: uma abordagem Integrada. São Paulo: Moderna. 2003. p. 133)

Pode-se estabelecer uma relação entre o texto e o contexto da Revolução Industrial inglesa, pois essa Revolução. 0 0 - Propiciou a ascensão social dos artesãos, na medida em que favoreceu a reunião de seus capitais e suas ferramentas em oficinas, contribuindo para o aumento da produção e para a acumulação de riqueza. 1 1 - Transferiu para a máquina o controle dos artesãos e, nas relações de trabalho, transformou o trabalho em mercadoria, sendo responsável pela formação de uma nova classe social, o proletariado.

2 2 - Intensificou a interferência do Estado na regulamentação da jornada de trabalho e no estabelecimento de bases salariais para melhorar as condições de trabalho do proletariado e protegeIo da exploração do patrão.

3 3 - Estimulou o ideal socialista da propriedade privada, transformando a vida do trabalhador numa constante busca de riqueza para reduzir as desigualdades sociais e promover sua ascensão na sociedade capitalista.

4 4 -Promoveu a divisão do trabalho em múltiplas operações, dando origem à linha de montagem e conduzindo o trabalhador à especialização e à alienação em relação ao processo produtivo global. 26. (UFS – 2003) A industrialização no século XVIII, na Grã-Bretanha, provocou uma mudança social profunda na medida em que transformou a vida dos homens, sem se preocupar com os custos sociais e ambientais dessa mudança. Sobre esse fenômeno, analise as afirmações abaixo. 0 0 – Um dos efeitos mais importantes dos cercamentos das terras na Inglaterra foi o fracionamento da grande propriedade e a conseqüente ascensão dos pequenos proprietários ao poder. 1 1 – O controle técnico do processo de produção passou para as mãos dos capitalistas no momento em que se instituiu a divisão e o parcelamento do trabalho. Isto fez com que o trabalhador perdesse a visão global do processo. 2 2 – O espírito tradicionalista dos operários, aliado à violência destruidora dos trabalhadores desqualificados ingleses que não entendiam o progresso trazido pelas máquinas, deu origem ao movimento conhecido como Ludismo. 3 3 – O operário se especializou em servir uma máquina, transformando-se em autômato destinado a desempenhar atividades cotidianas cansativas e monótonas e mais vulnerável aos acidentes de trabalho. 4 4 – A busca por uma maior comunicação entre os operários, que permitisse o aumento de eficiência do operário e maior lucratividade para o empresário, contribuiu com a organização do trabalho fabril na Inglaterra. 27. (ENEM – 1999) A revolução industrial ocorrida no final de século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX. Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com: A) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais. B) a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados. C) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses. D) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.

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E) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais europeias. 28. (ENEM – 1999) Viam-se de cima as casas acavaladas umas pelas outras, formando ruas, contornando praças. As chaminés principiavam a fumar; deslizavam as carrocinhas multicores dos padeiros; as vacas de leite caminhavam com o seu passo vagaroso, parando à porta dos fregueses, tilintando o chocalho; os quiosques vendiam café a homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavam-se na rua os libertinos retardios com os operários que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o ruído estalado dos carros de água, o rodar monótono dos bondes. (AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. São Paulo: Martins, 1973) O trecho, retirado de romance escrito em 1884, descreve o cotidiano de uma cidade, no seguinte contexto: A) a convivência entre elementos de uma economia agrária e os de uma economia industrial indicam o início da industrialização no Brasil, no século XIX. B) desde o século XVIII, a principal atividade da economia brasileira era industrial, como se observa no cotidiano descrito. C) apesar de a industrialização ter-se iniciado no século XIX, ela continuou a ser uma atividade pouco desenvolvida no Brasil. D) apesar da industrialização, muitos operários levantavam cedo, porque iam diariamente para o campo desenvolver atividades rurais. E) a vida urbana, caracterizada pelo cotidiano apresentado no texto, ignora a industrialização existente na época.

TERCEIRO BIMESTRE

29. (UFS – 2004) Considere os dois textos. I. A igualdade entre os homens não é

tanto um problema de igualdade de riquezas, mas uma questão de igualdade de direitos.

II. Não basta que a República se fundamente sobre a igualdade. É preciso que as leis e os costumes contribuam para que desapareçam as desigualdades econômicas.

(Gilberto Cotrim. História Global. São Paulo: Saraiva, 1999. p. 264) Os dois textos foram escritos, em 1973, por participantes da Revolução Francesa. Reflita sobre os ideais e os agentes sociais que participaram dessa Revolução. 0 0 – As ideias de liberdade e igualdade, que estiveram no centro das discussões durante a Revolução, nem sempre foram compreendidas da mesma maneira, tanto naquela época como atualmente. 1 1 – Os dois textos foram escritos por defensores dos direitos de igualdade econômica, pois os revolucionários franceses estavam unidos na luta

contra a monarquia e na luta pela distribuição igualitária das riquezas. 2 2 – O primeiro texto expressa ideias mais próximas do ideário dos girondinos, que estavam dispostos a aprovar a igualdade de todos perante a lei, mas não abriram mão do direito à propriedade individual. 3 3 – O segundo texto está diretamente relacionado com as ideias dos jacobinos, que defendiam posições mais radicais e de interesse da pequena burguesia, dos camponeses e dos proletários. 4 4 – Os ideais do segundo texto foram colocados em prática, após o golpe de 18 Brumário, por Napoleão Bonaparte, que assumiu o governo criando leis que favoreciam as camadas populares participantes da Revolução. 30. (UFAL – 2004) Considere a gravura.

A gravura expressa um dos símbolos da radicalização política que ocorreu em determinados momentos do processo de revoluções burguesas nos séculos XVII e XVIII, na Europa. Analise as afirmações que apresentam fatos relacionados a esse radicalismo. 0 0 – Ao contrário do que ocorreu na Revolução Francesa, as revoluções inglesas do século XVII tiveram um caráter pacífico, pois as divergências entre os monarcas e o parlamento eram de natureza econômica e não políticas. 1 1 – No contexto da Revolução Francesa, os jacobinos lideraram, ao lado dos sans-culottes, uma reação contra os que denominaram de “traidores da pátria e da revolução”, proclamando a República e implantando a pena de morte para os contra-revolucionários. 2 2 – Os montanheses e os girondinos desencadearam verdadeiro terror durante a Revolução Francesa, executando publicamente os membros da burguesia que discordavam do projeto de implantação da reforma agrária. 3 3 – No século XVII, divergências entre o rei Carlos I e o Parlamento em relação ao poder político e aos assuntos econômicos culminaram numa Guerra Civil que resultou na condenação à morte do rei e na proclamação da República que vigorou de l649 a 1658. 4 4 – As revoluções burguesas européias foram marcadas pela violência contra os monarcas absolutistas, pois suas lideranças inspiraram-se

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nos pensadores iluministas que defendiam a eliminação dos opositores da expansão do capital. 31. (UFAL – 2005) Considere a imagem.

Em novembro de 2005, a França viveu dias agitados principalmente com os ataques incendiários a carros e imóveis públicos. No dia 14 de julho de 1789, grande parte da população parisiense destruiu e incendiou a Bastilha. Reflita sobre a imagem e o seu significado para a história da França. 0 0 – A Bastilha era uma prisão para opositores políticos e simbolizava o autoritarismo e as arbitrariedades cometidas pelo governo absolutista francês. 1 1 – Os sans culottes tiveram um papel fundamental na onda revolucionária que desmoronou um dos símbolos do Antigo Regime 2 2 – A tomada da Bastilha marcou o início de um governo socialista na França que terminou com o Golpe de Napoleão Bonaparte. 3 3 – A burguesia condenou a destruição da Bastilha pelos parisienses por temer que a sublevação afetasse os seus direitos feudais sobre a terra. 4 4 – A queda da Bastilha teve um significado mais amplo na história, pois sua repercussão ultrapassou as fronteiras da França. 32. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Considere o Cartum inglês do início do século XIX, mostrando William Pitt (primeiro-ministro da Inglaterra) e Napoleão Bonaparte.

O chargista mostra sua visão sobre aspectos da política de Napoleão Bonaparte. Identifique as afirmações que contêm fatos ou idéias relacionadas com o contexto histórico destacado pelo chargista. 0 0 – A França e Inglaterra uniram-se com o objetivo de realizar a expansão imperialista nos continentes dominados pelos portugueses e espanhóis. 1 1 – A rivalidade entre a França e a Inglaterra teve repercussões políticas em Portugal, pois forçou a família real portuguesa a se transferir para o Brasil. 2 2 – A partilha do mundo, pretendida pelos franceses e ingleses não se realizou, porque Napoleão invadiu e dominou a Inglaterra durante o seu governo. 3 3 – Os conflitos entre França e Inglaterra existiam porque ambos buscavam ampliar seus domínios territoriais visando desenvolver o sistema industrial. 4 4 – O Bloqueio Continental imposto à França pelos ingleses dificultou a comercialização dos produtos franceses em vários continentes. 33. (UFS – 2008) Considere o trecho que segue.

A história "moderna" termina em 1789, com aquilo que a Revolução batizou ''Antigo Regime". (...) 1789 é a chave para o antes e o depois. Separa-os, e portanto os define, os explica.

(François Furet. Pensando a Revolução Francesa. Trad, São Paulo: Paz e Terra, 1989, p.17)

Diversos historiadores enfatizaram a importância e o significado histórico da Revolução Francesa para o mundo ocidental. Analise as proposições que justificam as afirmações feitas pelo autor.

0 0 - A Revolução Francesa foi um processo radical de insurreição popular contra a monarquia, a Igreja Católica, a desigualdade social, a sociedade estamental e a propriedade privada, cujos princípios ideológicos inspiraram o socialismo.

1 1 - O caráter antifeudal, anticlerical e a liderança burguesa foram fatores da Revolução Francesa que impulsionaram a consolidação do capitalismo e inauguraram o que se considerava "uma nova era", marcada pelo estabelecimento de um novo calendário.

2 2 - A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão estabeleceu a soberania da Nação, a liberdade de expressão, a igualdade jurídica e a obrigação do Estado na defesa dos direitos naturais dos cidadãos, rompendo com a sociedade híerarquica e os privilégios nobiliarquicos até então vigentes.

3 3 - O processo revolucionário francês foi composto por sucessivas etapas nas quais se verifica a graduai adesão de todos os setores da sociedade a ideais liberais e republicanos, cujo

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desfecho culminou no fim do absolutismo e na implantação do primeiro governo democrático ocidental. 4 4 - A fase denominada "República Jacobina" caracterizou-se pelo definitivo rompimento com o Antigo Regime e pela pacificação da sociedade francesa, pois nesse período de estabilidade econômica foi estabelecido o sufrágio universal, a reforma agrária, e a anistia a todos aqueles anteriormente considerados inimigos do povo. 34. (ENEM – 2004) Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de significado da palavra “restaurante”. Desde o final da Idade Média, a palavra restaurant designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos restaurateurs, que serviam pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante com o sentido atual. A mudança do significado da palavra restaurante ilustra: A) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza. B) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da nobreza. C) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia. D) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à Idade Média. E) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária. 35. (ENEM – 2006) O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de classe média na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou às circunstâncias a que não podia escapar. Norbert Elias, Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).

Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e 3º- Estado, é correto afirmar que o autor do texto, ao fazer referência a “classe média”, descreve a sociedade utilizando a noção posterior de classe social a fim de:

A) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, que perteciam ao 3º- Estado.

B) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrário dos demais trabalhadores manuais.

C) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os demais membros do 3º- Estado.

D) distinguir, dentro do 3º- Estado, as condições em que viviam os “criados de libré” e os camponeses.

E) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os trabalhadores manuais. 36. (UFS – 2005) A Revolução Pernambucana de 1817, segundo os historiadores, reveste-se de grande importância por várias razões. Dentre outras, ela foi a: 0 0 - mais ampla, a mais ousada e a mais profunda em relação a todas as revoltas anteriores e seu insucesso deveu-se a não adesão das províncias vizinhas. 1 1 - única das revoltas pela independência do Brasil a chegar ao poder e instituir um governo provisório, inspirado nas idéias republicanas francesas. 2 2 - única a compreender que a adoção dos princípios iluministas de liberdade e de igualdade implicava a demolição do sistema colonial e a extinção da opressão que pesava sobre os negros. 3 3 - mais organizada e a mais lúcida de todas as revoltas brasileiras, especialmente no que se refere ao esforço frustrado de sair do isolamento, buscando apoio de outras províncias, dos Estados Unidos e da Inglaterra. 4 4 - única de todas as revoltas do período que apresentou um conteúdo ideológico mais acentuado, possuía um programa republicano e separatista claro, sabia exatamente o que queria, mas não teve penetração popular suficiente para atingir os objetivos. 37. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) No período em que a Corte Portuguesa mantinha a sede do governo imperial no Brasil, eclodiu a Revolução Pernambucana de 1817. Analise as proposições sobre aspectos dessa Revolução. 0 0 – A Revolução de 1817 foi um movimento exclusivo de proprietários rurais que queriam acabar com a centralização imposta pela Coroa em

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todo o Nordeste, não tendo participação de setores progressistas da sociedade. 1 1 – O objetivo dos rebeldes pernambucanos era proclamar uma república, organizada de acordo com os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade, que inspiraram os idealizadores da Revolução Francesa. 2 2 – A Revolução Pernambucana foi, dentre as rebeliões do período colonial, a única ocorrida no Nordeste que questionava o Pacto Colonial, mas não passou de mera conspiração, sem perspectivas de tomada do poder. 3 3 - Os rebeldes de Pernambuco, por serem de concepção liberal, desejavam apenas trocar o rei mantendo o sistema monárquico, não questionando a estrutura econômico-social que vigorava desde o século XVII. 4 4 – Os revolucionários tomaram o Recife e implantaram um governo provisório baseado no sistema republicano e estabeleceram a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não tocaram no problema da escravidão. 38. (ENEM – 2007) Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida “civilizado”, marca que distinguia as classes cultas e “naturalmente” dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações. Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim;P. S. Pinheiro (Orgs.).Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.

Levando-se em consideração as afirmações acima, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país:

A) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.

B) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre.

C) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização em relação a outros países.

D) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos para a infraestrutura de serviços urbanos.

E) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores produtivos.

QUARTO BIMESTRE 39. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo sobre os Estados Unidos no século XIX. 0 0 – A conquista do Oeste americano, realizada pelos pioneiros, agravou a rivalidade política e econômica entre o Norte burguês-capitalista e o Sul agrário-escravista, desencadeando a Guerra Civil do século XIX. 1 1 – Após a guerra civil, seguiu-se uma fase de reconstrução do país, em que foram lançadas as bases para que os Estados Unidos se transformassem numa potência. 2 2 – A abolição definitiva da escravidão ocorreu nos Estados Unidos apenas em 1885, o que o colocou como um dos últimos países do mundo a adotar tal procedimento. 3 3 – O isolacionismo em relação à Europa e o intervencionismo na América Latina foram as principais características da política externa dos Estados Unidos no século XIX. 4 4 – A Doutrina Monroe, sintetizada no lema “ a América para os americanos”, serviu de pretexto para a intervenção dos Estados Unidos em 1898 na guerra de independência de Cuba contra a Espanha. 40. (UFS – 2004) O desenvolvimento dos Estados Unidos da América no século XIX engendrou elementos que explicam a sua política imperialista e a hegemonia que adquiriu, sobretudo a partir da Primeira Guerra Mundial. Analise esses elementos do processo histórico dos EUA. 0 0 – Buscando unir forças com os governos latino-americanos, o governo dos EUA formulou, em 1823, a Doutrina Monroe, cujo princípio fundamental consistia na ajuda financeira aos países que respeitassem os princípios democráticos e liberais. 1 1 – Os governos dos Estados Unidos adotaram uma postura agressiva, especialmente contra os europeus, mexicanos e indígenas, no processo de expansão territorial, conhecido por expansão para o Oeste. 2 2 – A Guerra de Secessão representou a vitória inquestionável dos Estados do Norte sobre os Estados sulistas, que, ao final, tiveram que reconhecer a abolição da escravidão, que era um dos motivos da guerra.

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3 3 – Na segunda metade do século XIX, a instituição do direito de voto aos negros favoreceu o surgimento de organizações, como a ku-klux-klan, que cometiam atos de violência contra eles e difundiam a segregação racial. 4 4 – O grande desenvolvimento industrial, na segunda metade do século XIX, aliado ao processo de mecanização da agricultura, beneficiou as camadas populares urbanas e os camponeses, por meio das garantias trabalhistas e da reforma agrária realizada. 41. (UFS – 2005) Considere a foto e o texto.

Esta é uma instituição de Cavalheirismo, Humanidade Misericórdia e Patriotismo (...) cujos objetivos são: Primeiro: proteger os fracos, inocentes e indefesos contra as indignidades, injustiças e ultrajes dos sem-leis, violentos e brutais; acudir aos injuriados e oprimidos; socorrer os sofredores e infelizes e, sobretudo, as viúvas e órfãos de soldados confederados. Segundo: proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos, e todas as leis promulgadas em conformidade com ela, e proteger os Estados e seu povo de toda a invasão, venha esta de onde vier. (Harold C Syrett (org). Documentos Históricos dos Estados Unidos. Trad. São Paulo: Cultrix, 1980. p. 225). As idéias do texto fazem parte do manifesto de fundação de uma organização, simbolizada na foto, que surgiu nos Estados Unidos, em 1867. Analise as afirmações sobre essa organização nesse contexto histórico. 0 0 - Essa organização tornou-se conhecida por Ku-Klux-Klan e, ao contrário do que ela apresenta no seu manifesto, suas ações basearam-se em princípios racistas e recorria a ameaças e à violência para restabelecer a supremacia branca no sul dos EUA. 1 1 - A organização a que a foto faz referência transgrediu princípios defendidos em seu manifesto, pois impediu que os ex-escravos assumissem plenamente a cidadania, prevista em Emenda Constitucional dos EUA, aprovada logo após o término da Guerra de Secessão. 2 2 - A organização do Cavalheirismo, Humanidade, Misericórdia e Patriotismo passou a atuar nos EUA na defesa dos grupos indígenas que

perdiam suas terras durante a marcha para Oeste, sendo a cruz o sinal de proteção a esses povos. 3 3 - O movimento abolicionista nos Estados Unidos teve a participação de várias organizações secretas, como a mencionada no texto e na foto, que utilizavam métodos de intimidação e de violência contra os proprietários de terra e de escravos. 4 4 - A Guerra de Secessão teve como causa primordial o surgimento de inúmeras organizações separatistas nos Estados do Norte dos EUA, como a mencionada no texto, que pretendiam formar uma nação branca excluindo o território do Sul em razão do elevado número de negros nesta região.

42. (UFS – 2008) No século XIX os Estados Unidos viveram uma intensa guerra civil, conhecida como Guerra de Secessão e causada por divergências entre estados do Norte e do Sul do pais. Analise as proposições que tratam desse conflito.

0 0 - As divergências entre o Norte e o Sul se referiam, entre outros temas, à concepção de política econômica que deveria vigorar no país: enquanto no Norte defendia-se a adoção de tarifas protecionistas, no Sul reivindicava-se o estabelecimento do livre comércio.

1 1 - As conseqüências da Guerra de Secessão foram a consolidação da Independência dos Estados Unidos, o início da expansão territorial conhecida como Marcha para o Oeste e a circunscrição da escravidão a estados de pouca relevância econômica.

2 2 - As diferenças econômicas entre o Norte, industrial e urbano, e o Sul, onde predominava a grande propriedade rural, somadas à questão do escravismo, admitido no Sul mas rechaçado no Norte, foram fatores que impulsionaram a Guerra de Secessão.

3 3 - Os estados sulistas, separatistas, iniciaram a guerra civil ao atacarem o Norte, que após anos de resistência foi subjugado e obrigado a acatar algumas leis para promover a reunificação do pais, dentre elas a que estabelecia a segregação racial. 4 4 - Os estados nortistas formaram uma Confederação com o objetivo de derrotar as tropas do Sul para promover uma nova ocupação agrária do território nacional, baseada na liberdade de aquisição de terras e no estabelecimento de leis universais. 43. (UFS – 2001) Considere as proposições sobre a crise do sistema colonial. 0 0 – A Santa Aliança, criada com a finalidade de combater os movimentos revolucionários nas colônias, acelerou o nosso processo de independência na medida que forçou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.

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1 1 – A Independência do Brasil não pode ser considerada como um fato isolado. O 7 de setembro foi, na verdade, um marco do processo de expansão do liberalismo, que impregnou os movimentos de rebeldia desde o século XVIII. 2 2 – O “Dia do Fico” – 9 de janeiro de 1822 – é considerado pelos historiadores como verdadeiro dia da independência do Brasil, pois assinalou a opção de D. Pedro pela autonomia brasileira. 3 3 – O processo de emancipação brasileiro teve a sua etapa decisiva nas primeiras décadas do século XIX, com a vida da família real portuguesa para o Brasil. 4 4 – O Bloqueio Continental retardou o processo de independência do Brasil na medida em que proibia os países aliados à França e suas colônias de comerciarem com os comerciantes ingleses. 44. (UFS – 2003) Analise as proposições abaixo sobre o processo de Independência do Brasil. 0 0 – A abertura dos portos em 1808, decretou a morte do pacto colonial, na medida em que extinguiu o monopólio do comércio colonial. A partir daí, o Brasil caminhou a passos largos rumo à definitiva independência política, em 1822. 1 1 – A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, em 1815, está ligada aos interesses econômicos dos países membros do Congresso de Viena em promover a independência política das colônias portuguesas na América. 2 2 – Acontecimentos de suma importância modificou, em 1822, o quadro político de Sergipe. O general Pedro Labatut obrigou as câmaras municipais a reconhecerem a autoridade de D. Pedro e fez com que se observasse o ato da autonomia da província. 3 3 – No começo do século XIX o partido favorável à autonomia de Sergipe e à independência da colônia levou à prisão o governador que fazia uma política contrária à emancipação local. Quebrada a resistência o partido declarou, em 1820, a independência política da capitania. 4 4 – A independência do Brasil em 1822 promoveu a ampliação da participação popular nas decisões políticas do país na medida em que a Constituição de 1824 introduziu o voto universal e secreto. 45. (UFS – 2005) Reflita sobre o texto. A penetração do capital financeiro no Brasil tem sua origem naqueles primeiros empréstimos concedidos pela Inglaterra, logo depois da Independência, ao novo governo da jovem nação. (...) Mas estes empréstimos têm um caráter especial e não representam ainda o papel específico do capital financeiro dos tempos mais recentes. Sua função é meramente política, e sua finalidade puramente comercial. (Caio Prado Junior. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1972. p. 270-1) A elevada dívida externa do Brasil compromete, em grande parte, a política econômica do presidente da República, Luiz

Inácio Lula da Silva. Esse problema tem raízes históricas. O autor do texto faz referência às origens do endividamento externo no processo de formação do Estado brasileiro. Analise as proposições relacionadas ao texto e ao período do Império no Brasil. 0 0 - A Inglaterra assumiu o papel de intermediária entre o Brasil e Portugal na questão da independência, como forma de criar condições para continuar extraindo lucros do privilégio comercial com o Brasil. 1 1 - A diplomacia inglesa cumpriu decisões do Congresso de Viena quando reconheceu, logo após o “grito da Independência”, o Império brasileiro, o que lhe garantiu o privilégio de ser o primeiro credor do Brasil. 2 2 - Em 1825, foi assinado o Tratado de Paz e Amizade no qual, em uma das cláusulas, Portugal reconhecia a independência do Brasil, e este se comprometia a indenizar a ex-metrópole em dois milhões de libras esterlinas. 3 3 - Os ingleses participaram do processo de independência política do Brasil por razões políticas e não econômicas, uma vez que tinham interesse na difusão do liberalismo e do parlamentarismo. 4 4 - Para reconhecer a independência do Brasil, a Inglaterra assinou acordos com o governo brasileiro que estabelecia, entre outras cláusulas, taxas alfandegárias preferenciais para os ingleses e a abolição do tráfico de escravos. 46. (CSA – 2001) Leia o texto. “A ideologia liberal, inócua e excluída ao nível da dominação patrimonialista (pela persistência concomitante da escravidão, do mandonismo, do privatismo e do localismo), encontra na sociedade civil, nascida da Independência, uma esfera na qual se afirma e dentro da qual preenche sua função típica de transcender e negar a ordem existente”. Florestan Fernandes. A Revolução Burguesa no Brasil. Rio de Janeiro, Zahar, 1981. P. 39) Julgue os itens, com base em seus conhecimentos e no texto acima, sobre o liberalismo no Brasil após a independência. 0 0 – No Brasil a ideologia liberal manifestou-se em diversas revoltas provinciais, entre elas a Confederação do Equador. 1 1 – A expressão “sociedade civil” designa aqueles setores sociais não relacionados diretamente ao Estado. Ela expressava-se muito mais nas províncias e nos setores exaltados da corte do que propriamente nas organizações políticas tradicionais. 2 2 – A escravidão, o mandonismo local das oligarquias e o caráter privatista da ocupação dos cargos do Estado são incompatíveis com a visão liberal. Tal problema verificou-se tanto no Primeiro Reinado quanto no período regencial. 3 3 – A principal bandeira política dos liberais era a efetiva centralização política do Estado Brasileiro. Pensavam que esta era a melhor forma de assegurar as liberdades individuais.

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4 4 – A negação da ordem existente, conforme mencionada no texto, é a ordem em seu conjunto, isto é, econômica, política, social e cultural. Por isso, os liberais eram revolucionários e defensores da socialização do Brasil, o que equivale dizer: extinção da propriedade privada.

47. (CSA – 2001) O que podemos dizer em

relação à Constituição de 1824?

0 0 - Foi tão liberal quanto o pretendido pelos

parlamentares da Constituinte de 1823. O poder

ficou repartido conforme a constituição norte-

americana e as províncias teriam ampla autonomia

política e administrativa.

1 1 - Sacramentou a idéia da monarquia hereditária

e ainda concentrou poderes nas mãos de D. Pedro

ao estipular o quarto poder, o Moderador. Com ele,

D. Pedro controlaria os outros três poderes.

2 2 - Ficou definido o Congresso bicameral, isto é,

composto pela Câmara dos Deputados e pelo

Senado.

3 3 - O voto era censitário. Havia uma variação

tanto para o exercício do voto quanto para o direito

de candidatar-se. Para ser candidato, as exigências

eram maiores do que para ser um simples eleitor.

4 4 - Tratava-se de uma Constituição inscrita nos

princípios libertários consagrados pelo lIuminismo.

48. (CSA – 2001) Sobre as circunstâncias que

levaram ao aparecimento da Regência Una,

julgue os itens abaixo.

0 0 - Era um imperativo constitucional. A Constituição imperial do Brasil determinava que,

após três anos de Regência Trina Permanente, se

deveria eleger um regente único para governar

durante quatro anos.

1 1 - A incapacidade da Regência Trina contornar as revoltas que explodiram durante seu governo

determinou que as elites procurassem fortalecer o

poder central, criando a figura do regente único.

2 2 - Foi feita uma reforma na Constituição imperial

do Brasil. Entre as modificações, constava a

eleição de um regente único.

3 3 - O padre Diogo Antônio Feijó foi eleito o

primeiro regente único. Seu governo não conseguiu maioria entre os parlamentares e foi marcado por

grande instabilidade política e social.

4 4 - O primeiro regente único do Brasil foi o tutor

de D. Pedra II, José Bonifácio de Andrada e Silva.

Foi beneficiado pelo fato de ser o tutor do futuro

soberano.

49. (CSA – 2001) Os itens abaixo tratam da Regência Trina Provisória, estabelecida em 1831.

Julgue-os.

0 0 - A Regência Provisória foi escolhida

basicamente pelos membros do liberalismo

exaltado. Eles haviam sido os principais

responsáveis pela queda de D. Pedro I e por isso

tiveram hegemonia no início do período regencial.

1 1 - Os liberais dividiam-se em dois setores, os

moderados e os exaltados. Os moderados

expressavam o poder dos fazendeiros fluminenses

e as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais,

entre eles saíram os quadros que formariam a

Regência Trina Provisória.

2 2 - A Regência Provisória foi uma indicação do

próprio imperador que acabara de deixar o trono.

Esse foi o acordo preliminar que o levou a

renunciar ao poder.

3 3 - A Constituição imperial impedia a

entronização do imperador com menos de 18 anos

de idade. Além disso, estabelecia que a Regência

Trina Permanente deveria ser escolhida pela

Câmara dos Deputados que, à época, estava em

recesso.

4 4 - Uma grande preocupação, que atingia todos

os setores políticos, mas particularmente os

conservadores e os liberais moderados, era a

agitação nas ruas. Por isso, precisavam de

agilidade na definição do novo governo, mesmo

que provisório.

50. (UFS – 2001) Analise as afirmativas abaixo. 0 0 – A base das transformações socioeconômicas ocorridas no Brasil nas últimas décadas do século XIX foi a ruptura da ordem escravocrata, ocasionada pelo emancipacionismo, pela abolição do tráfico negreiro e pela abolição da escravatura. 1 1 – No episódio da questão militar durante a monarquia, o Exército apresentou-se como porta voz dos interesses gerais da população e agente purificador do regime, uma vez que este atendia somente os interesses da oligarquia rural. 2 2 – O Segundo Reinado inaugurou no Brasil um período durante o qual as categorias sociais oprimidas tiveram relativas liberdades para suas manifestações reivindicatórias ou de protesto. 3 3 – Durante a monarquia, apesar das raízes e influências européias da cultura brasileira, a maioria das obras artísticas caracterizou-se por procurar valorizar os componentes nacionais e autêntico do país. 4 4 – O fluxo de imigrantes, que proporcionou um sensível crescimento demográfico, também contribuiu, sobretudo a partir de 1870, para início de atividades industriais no Brasil. 51. (UFS – 2004) Considere os dados da tabela abaixo.

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Analise as proposições abaixo, relacionando os dados da tabela com o contexto econômico, político e social do Segundo Reinado no Brasil. 0 0 – A produção cafeeira concentrou-se na região Sudeste do país a partir de 1831, sendo a sua produção realizada em minifúndios, com a utilização de trabalho livre, dos imigrantes, e destinada exclusivamente ao mercado europeu. 1 1 – O aumento das exportações do café, indicados na tabela, proporcionava condições financeiras para o investimento na modernização de alguns setores urbanos e nas ferrovias, e contribuiu para o processo de industrialização do país. 2 2 – O vertiginoso crescimento da economia algodoeira, sobretudo do Nordeste, na década de 1860, estava relacionado à Guerra de Secessão, ocorrida nos Estados Unidos da América, e aos interesses industriais da Inglaterra. 3 3 – A crise da produção de algodão e de açúcar começou devido à votação da lei assinada por D. Pedro II, em 1840, que abolia o tráfico internacional de escravos, tendo se acentuado ainda mais com a abolição da escravatura. 4 4 – Em razão da queda das exportações de açúcar e de algodão, grande parte dos fazendeiros vendeu seus escravos para regiões do Sudeste, sobretudo para a região do Vale do Paraíba.

52. (UFS – 2008) Considere a afirmação a seguir.

desenvolvimento do capitalismo industrial central, gerando necessidade de uma contínua expansão dos mercados, pressionava no sentido do desaparecimento da mão-de-obra escrava nas suas áreas periféricas.

(Hilário Franco Júnior e Paulo Pan Chacon. História econômica geral e do Brasil. São Paulo: Atlas, 1980. p. 269)

A expansão do mercado mencionada pelos autores se relaciona à transição do trabalho escravo para o trabalho livre, que no Brasil contou com o apoio de algumas nações e determinados setores da sociedade. Analise as proposições que tratam das condições e das pressões que marcaram esse processo de transição.

0 0 - A lei Eusébio de Queirós, que extinguia o tráfico de escravos, não foi suficiente para dar cabo dessa prática e foi complementada alguns anos depois pela lei Nabuco de Araújo, que punia autoridades portuárias que colaborassem com o tráfico ilegal. 1 1 - O Bill Aberdeen foi um decreto aprovado pelo Parlamento inglês que autorizava a marinha britânica a atacar navios negreiros no Atlântico, entretanto, essa pressão inglesa foi incapaz de conter a comercialização de escravos.

2 2 - O encarecimento do preço do escravo acelerou a transição para a mão-de-obra assalariada e o fim do tráfico fez com que investimentos fossem direcionados para o setor industrial, que viveu um "surto" conhecido como Era Mauá.

3 3 – O crescimento da mão-de-obra assalariada no Brasil não significou um aumento no mercado consumidor, uma vez que muitos trabalhadores imigrantes, apesar de assalariados, trabalhavam em condições de semi-escravidão.

4 4 - A imigração subsidiada pelo Estado e a repercussão internacional da lei de Terras e das vantagens do Sistema de Parceria foram estímulos importantes para a vinda de milhões de europeus para as zonas rurais brasileiras. 53. (ENEM – 2004) Constituição de 1824: “Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador (…) para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado.”

Frei Caneca:

“O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador.” (Voto sobre o juramento do projeto de Constituição) Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824 era:

A) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador.

B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo.

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C) arbitrário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representativo da sociedade.

D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Nação.

E) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação política. 54. (ENEM – 2007)

Antonio Rocco. Os imigrantes, 1910, Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Um dia, os imigrantes aglomerados na amurada da proa chegavam à fedentina quente de um porto, num silêncio de mato e de febre amarela. Santos. — É aqui! Buenos Aires é aqui! — Tinham trocado o rótulo das bagagens, desciam em fila. Faziam suas necessidades nos trens dos animais onde iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São Paulo. — Buenos Aires é aqui! — Amontoados com trouxas, sanfonas e baús, num carro de bois, que pretos guiavam através do mato por estradas esburacadas, chegavam uma tarde nas senzalas donde acabava de sair o braço escravo. Formavam militarmente nas madrugadas do terreiro homens e mulheres, ante feitores de espingarda ao ombro.

Oswald de Andrade. Marco Zero II — Chão. Rio de Janeiro: Globo, 1991.

Levando-se em consideração o texto de Oswald de Andrade e a pintura de Antonio Rocco reproduzida acima, relativos à imigração europeia para o Brasil, é correto afirmar que:

A) a visão da imigração presente na pintura é trágica e, no texto, otimista.

B) a pintura confirma a visão do texto quanto à imigração de argentinos para o Brasil.

C) os dois autores retratam dificuldades dos imigrantes na chegada ao Brasil.

D) Antonio Rocco retrata de forma otimista a imigração, destacando o pioneirismo do imigrante.

E) Oswald de Andrade mostra que a condição de vida do imigrante era melhor que a dos ex-escravos. 55.(ENEM – 2007) Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profundamente subversivas para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos governados. Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789, na França. Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar.Revolução Chinesa. São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações).

Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção correta.

A) A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto histórico, mas se baseavam em princípios e ideais opostos.

B) O processo revolucionário francês identificou-se com o movimento de independência norte-americana no apoio ao absolutismo esclarecido.

C) Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento dos direitos considerados essenciais à dignidade humana.

D) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu forte influência no desencadeamento da independência norte-americana.

E) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa abriu o caminho para as independências das colônias ibéricas situadas na América.

Bom estudo!!!!!