Colégio Estadual “Marcílio Dias” – Ensino Fundamental ... · Implantação do Ensino de 2º...
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Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
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COLGIO ESTADUAL MARCLIO DIAS - ENSINO FUNDAMENTAL,
MDIO E NORMAL.
PROJETO
POLTICO
PEDAGGICO.
ITAMBARAC PARAN.
2017
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
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Sumrio
Sumrio ............................................................................................................................. 2
1.APRESENTAO .......................................................................................................... 6
2. INTRODUO .............................................................................................................. 8
3. IDENTIFICAO .......................................................................................................... 9
3.1 ATOS OFICIAIS DA VIDA LEGAL DO ESTABELECIMENTO ......................................... 9
3.2 HISTRICO DA INSTITUIO ........................................................................................... 11
3.3 BIOGRAFIA DO PATRONO DO COLGIO MARCLIO DIAS (1838-1865) ................... 12
3.4 DIRETORES (AS) DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO .............................................. 13
4. MARCO SITUACIONAL ............................................................................................. 14
5. OFERTA DA INSTITUIO ........................................................................................ 15
5.1 O turno da manh oferta o Ensino Fundamental Anos Finais (9 Ano) e Ensino
Mdio, funciona no seguinte horrio: ............................................................................................ 16
5.2 Programa Novo Mais Educao (Lngua Portuguesa e Matemtica). ..................................... 16
5.3 Espanhol Bsico (CELEM P1). ............................................................................................ 16
5.4 Sala de Recurso Multifuncional. ............................................................................................. 16
5.5 O turno da tarde oferta Ensino Fundamental Anos Finais (6 ao 8 ano) e Curso de
Formao de Docentes da Educao Infantil dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
em Nvel Mdio, na Modalidade Normal. ..................................................................................... 17
5.6 Atividades Complementar- aulas especializadas de treinamento esportivo - AETE
(Futsal). .......................................................................................................................................... 18
5.7 Espanhol Bsico (CELEM P2) ............................................................................................. 18
5.8 O turno da noite oferta o Ensino Mdio/PROEMI, funciona no seguinte horrio: ................. 18
6. OCUPAO DO TEMPO E DOS ESPAOS PEDAGGICOS ....................................... 18
6.1 Sala de Recurso Multifuncional. ............................................................................................. 18
6.2 Sala do Programa Novo Mais Educao Contraturno - (Lngua Portuguesa e
Matemtica). .................................................................................................................................. 19
6.3 Sala de Espanhol Bsico CELEM - Contraturno ................................................................. 19
6.4 Sala de Atividade Complementar - aulas especializadas de treinamento esportivo -
AETE (Futsal) - contra turno. ....................................................................................................... 19
6.5 Sala de Prtica de Formao. ................................................................................................... 19
6.6 Laboratrio de Fsica/Qumica/Biologia. ................................................................................ 19
6.7 Biblioteca. ................................................................................................................................ 20
6.8 Laboratrio de Informtica. ..................................................................................................... 20
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6.9 Sala de Hora Atividade. ........................................................................................................... 20
7. ORGANIZAO E CARACTERIZAO DA INSTITUIO ....................................... 20
8. MARCO CONCEITUAL ............................................................................................... 24
8.1 FILOSOFIA E PRINCPIOS DIDTICOS PEDAGGICOS. .............................................. 24
8.2 CONCEPO DE EDUCAO ........................................................................................... 27
8.3 CONCEPO DE HOMEM .................................................................................................. 28
8.4 CONCEPO DE MUNDO .................................................................................................. 28
8.5 CONCEPO DE SOCIEDADE ........................................................................................... 29
8.6 CONCEPO DE CULTURA ............................................................................................... 29
8.7 CONCEPO DE TECNOLOGIA ........................................................................................ 30
8.8 CONCEPO DE CIDADANIA ........................................................................................... 30
8.9 PRINCPIOS NORTEADORES DA EDUCAO ............................................................... 31
8.10 CONCEPO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ............................................................. 32
8.11 CONCEPO DE AVALIAO ........................................................................................ 33
8.12 GESTO DEMOCRTICA ................................................................................................. 35
8.13 CONCEPO DE CURRCULO ........................................................................................ 37
8.14 CONCEPO DE INFNCIA ............................................................................................ 38
8.15 CONCEPO DE ADOLESCNCIA ................................................................................. 38
8.16 CONCEPO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ............................................................. 39
8.17 CONCEPO DE ALFABETIZAO E LETRAMENTO ............................................... 39
8.18 CONCEPO DE TRABALHO .......................................................................................... 40
8.19 CONCEPO DE ADULTO ................................................................................................ 41
8.20 CONCEPO DE JUVENTUDE ........................................................................................ 42
8.21 CONCEPO DE IDOSO ................................................................................................... 42
8.22 CONCEPO DE FORMAO HUMANA INTEGRAL ................................................. 43
8.23 CONCEPO DE CONHECIMENTO ................................................................................ 43
8.24 CONCEPO DE PLANEJAMENTO ................................................................................ 44
9. MARCO OPERACIONAL............................................................................................ 44
9.1 PLANO DE AO ................................................................................................................. 45
9.2 ORGANIZAO CURRICULAR ......................................................................................... 46
9.3 CONSELHO DE CLASSE ...................................................................................................... 47
9.4 RECUPERAO DE ESTUDOS .......................................................................................... 48
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9.5 PROGRAMA NOVO MAIS EDUCAO LNGUA PORTUGUESA E
MATEMTICA. ........................................................................................................................... 49
9.6 SALA DE RECURSOS ........................................................................................................... 49
9.7 PROCESSO DE PROMOO ............................................................................................... 50
9.8 PROCESSO DE CLASSIFICAO ...................................................................................... 50
9.9 PROCESSO DE RECLASSIFICAO ................................................................................ 51
9.10 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ................................................................................. 51
9.11 REGIME DE PROGRESSO PARCIAL ............................................................................ 52
9.12 ADAPTAO ...................................................................................................................... 52
9.13 FORMAO CONTINUADA ............................................................................................. 53
9.14 ARTICULAO DO COLGIO COM A FAMLIA E A COMUNIDADE ...................... 54
9.15 ORGANIZAO DO HORRIO/ HORA ATIVIDADE ................................................... 55
9.16 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR .......................................................................................... 56
9.17 EDUCAO AMBIENTAL ................................................................................................ 57
9.18 DIREITOS HUMANOS ........................................................................................................ 57
9.19 EDUCAO ESPECIAL ..................................................................................................... 58
9.20 ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES EM CONTRATURNO ............................... 58
9.21 MATRIZ CURRICULAR .................................................................................................... 59
A Matriz Curricular foi elaborada de acordo com a Instruo n 021/2010-SUED/SEED. .......... 59
9.22 ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................ 59
9.23 ENSINO MDIO .................................................................................................................. 59
9.24 CURSO FORMAO DE DOCENTES DA EDUCAO INFANTIL E DOS
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL, EM NVEL MDIO, NA
MODALIDADE NORMAL. ......................................................................................................... 60
9.25 CALENDRIO ESCOLAR .................................................................................................. 60
9.26 PROPOSTA DE INCLUSO EDUCACIONAL ................................................................. 61
Conforme prev o captulo V da Lei 9394/96 os alunos com necessidades especiais so
atendidos em classes comuns, a direo e todos os profissionais da educao tem um
olhar de alteridade diante dos processos de ensino e aprendizagem, para atender a
diversidade humana cumprindo assim, o princpio democrtico de educao para todos.
Sobre o compromisso e a funo social da escola Sanchez afirma: .............................................. 61
9.27 AES DE COMBATE PARA O ENFRENTAMENTO A VIOLNCIA E USO
INDEVIDO DE DROGAS. ........................................................................................................... 62
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9.28 AES PREVENTIVAS ...................................................................................................... 62
9.29 ENVOLVIMENTO DAS INSTNCIAS COLEGIADAS ................................................... 62
9.30 DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM PROPOSTA
PEDAGGICA CURRICULAR .................................................................................................. 64
9.31 PROJETOS E ATIVIDADES EM CONTRATURNO ......................................................... 66
9.32 ACOMPANHAMENTO DO ESTGIO OBRIGATRIO E NO
OBRIGATRIO ............................................................................................................................ 66
O estgio configura-se como uma prtica profissional em situao real de trabalho,
assumido como ato educativo pela instituio de ensino, devendo ser planejado,
executado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos no Plano de Curso,
previstos no Projeto Poltico-Pedaggico/Proposta Pedaggica e descritos no Plano de
Estgio. .......................................................................................................................................... 66
10. SOBRE OS DESAFIOS SCIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORNEOS ................... 67
10.1 FLEXIBILIZAO DO CURRCULO ............................................................................... 68
10.2 SERVIO DE APOIO A REDE HOSPITALAR ................................................................. 69
10.3 MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS ...................................................................................... 69
REFERNCIAS .............................................................................................................. 71
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1.APRESENTAO
A elaborao do Projeto Poltico Pedaggico tem como justificativa a questo da
autonomia escolar proposta na LDBEN.
Com relao a esse tema, a lei N. 9394/96 representa um extraordinrio
progresso, j que pela primeira vez, autonomia escolar e Projeto Pedaggico, aparecem
vinculados num texto legal. O artigo 12 (inciso) estabelece como incumbncia
primordial da escola, a elaborao e execuo de seu Projeto Poltico Pedaggico e os
artigos 13 (inciso I) e 14 (inciso I e II), estabelece que esse projeto seja uma tarefa
coletiva, na qual devem participar direo, equipe pedaggica, professores, funcionrios
e representantes das instncias colegiadas.
Alm dessas referncias sobre a necessidade de que a escola elabore e execute o
seu prprio projeto poltico pedaggico, a nova lei retomou no artigo 3 (inciso III) ,
como princpio de toda educao nacional, a exigncia de pluralismo de ideias e de
concepes pedaggicas.
Com a elaborao do presente projeto poltico pedaggico deu-se incio a um
processo de mudanas globais e coletivas, envolvendo os diversos segmentos da
educao e da sociedade numa reflexo conjunta, visando busca de solues para os
problemas, para que a escola cumpra assim de forma competente e autnoma sua funo
e os que nela atuam e os que dela se beneficiam, possam definir e construir seu prprio
caminho pedaggico.
necessrio que a escola cumpra sua funo social, considerando as
expectativas e necessidades, inserindo-se no processo de mudanas atravs da
ampliao das possibilidades culturais, auxiliando a compreenso das transformaes do
mundo, numa conquista de autonomia, pelo conhecimento e participao social.
imprescindvel buscar os principais parmetros ou eixos curriculares na
realidade social contempornea, levando-se em conta as diretrizes gerais, leis e
pareceres nos quais, baseiam - se o currculo revendo-o numa viso crtica para melhor
formarmos cidados que participem ativamente das transformaes da sociedade
brasileira, constituda de contrastes, onde existem grandes desigualdades econmicas,
sociais e culturais.
Ao definir intenes, identificar e analisar as dificuldades encontradas no espao
escolar, os profissionais da educao elaboram e executam aes que visam atenuar as
falhas detectadas.
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Atravs do referido projeto escola deve, estabelecer-se como espao necessrio
para a construo da cidadania e do trabalho por meio de um ensino contextualizado e
interdisciplinar. A escola deve garantir aos estudantes uma educao de qualidade para
todos, justificando assim, o cumprimento do Projeto Poltico Pedaggico.
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2. INTRODUO
O Projeto Poltico Pedaggico do Colgio Estadual Marclio Dias Ensino
Fundamental, Mdio e Normal o documento que retrata a proposta educacional dessa
Instituio de Ensino.
A LEBEN 9394/96 o aporte legal que orienta e ampara a elaborao do
referido projeto. construdo coletivamente pelos segmentos da comunidade escolar,
parceria esta que mostra o sucesso de todo projeto educacional que realiza um
diagnstico das necessidades de mudanas e das inovaes pertinentes no sentido de
efetivar os avanos educacionais.
Nesse sentido so realizados de forma coletiva discusses e propostas de metas e
aes a serem atingidas, promovendo assim, o esprito colaborativo que fortalece os
princpios da gesto democrtica.
Diante do que est posto a elaborao do Projeto Poltico Pedaggico uma
necessidade, tendo em vista que toda instituio educacional precisa revelar sua
identidade, situar-se no atual contexto histrico social e atender os anseios de toda
comunidade escolar.
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3. IDENTIFICAO
Nome do Estabelecimento: Colgio Estadual Marclio Dias - Ensino Fundamental,
Mdio e Normal.
Cdigo: 00182
Rua Antonio Dias, n 140 Centro CEP. 86.375-000
Telefone: 43- 3543 13 71
Municpio: Itambarac PR.
Cdigo: 1110
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paran.
Dependncia Administrativa: Estado.
NRE: Cornlio Procpio
Distncia do Colgio do NRE: 55 km
Cdigo: 08
Tipo de Escola: urbana
3.1 ATOS OFICIAIS DA VIDA LEGAL DO ESTABELECIMENTO
- 1952: Decreto n. 4296/52 de 07/02/52 D.O. E. n 276 de 09/02/52
Criao da Escola de 4 classe.
- 1995: Decreto n. 18.633/55 de 02/09/55 Recebe denominao de Grupo Escolar
Marclio Dias.
- 1975 - Fundao da 1 Associao de Pais e Professores A.P.P.
- 1977 Registro da 1 A.P.P. sob n 07/77 em 02/05/77 livro A.1 Pj comarca de
Andir publ. D.O.E. 240 pg. 28 de 14/02/77.
Parecer 039/77 Implantao da Lei Federal 5.692/71.
- Resoluo n. 936/77 Homologao do parecer 039/77.
- Decreto n 4262/77 de 06/12/77 D.O. E de 09/12/77. Autorizao de
Funcionamento da Escola Marclio Dias (1 Aut. Func.)
- Parecer Provisrio n. 006/80 de 26/02/80 Aprovao em carter provisrio da
Implantao do Ensino de 2 Grau Regular.
- Resoluo n 2.705/82 de 14/10/82 D.O.E. N. 1418 de 22/11/82 1 Autorizao de
Funcionamento do Colgio Estadual Marclio Dias Ensino de 1 e 2 Graus.
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- Resoluo n 693/83 de 07/03/83 Modificao da denominao do Colgio
Marclio Dias Ensino de 1 e 2 Graus.
- Resoluo n 6.630/84 de 31/08/84 Reconhecimento do ensino de 2 Grau:
Habilitao plena de Magistrio, Bsica em Comrcio e Parcial em Promotor de
Vendas.
- Resoluo n 6.944/84 de 19/09/84 D.O.E. 1877 de 27/09/84 - Cessao Gradativa
das Atividades Escolares da Habilitao Parcial de Promotor de Vendas.
- Resoluo n 8.497/84 de 28/12/84 Autorizao de Funcionamento de 1 Grau
Supletivo Fase I Suplncia de Educao Geral.
- Registro n 015 de 1987 livros a-1 s folhas n 99 D.O.E. de 30/09/87 pag.35-
revogando em todos os termos o Estatuto da APP.
- Resoluo n 3.701/89 de 28/12/89. Autoriza o Funcionamento do curso de 2 Grau
Educao Geral por dois anos.
- Resoluo n 897/90 de 04/04/90 - Cessa Gradativamente as atividades escolares da
Habilitao Bsica em Comrcio, a partir de 1990.
- Resoluo n 1.152/92 de 16 de abril de 1992 Prorroga o prazo inicial de
Funcionamento do Curso de 2 Grau Educao Geral Preparao Universal, concedido
pela Resoluo n 3.701/89 de 28/12/89.
- Resoluo n 3.294/92 Suspenso definitiva das atividades de 1 a 4 sries
(Municipalizao)
- Resoluo n 4.432/92 de 03/12/92 Reconhecimento do Curso de 2 Grau
Educao Geral Preparao Universal.
- Resoluo n 6.104/94 Autorizao de funcionamento 5 a 8 sries.
- Resoluo n 4.160/96 Prorrogao da autorizao de funcionamento 5 a 8 sries.
- Resoluo n 1.879/97 Cessar definitivamente as atividades escolares da Habilitao
Magistrio no Colgio Estadual Marclio Dias- Ensino de 1 e 2 Graus.
- Resoluo n 1.594/98 D. O. E 06/07/98 Reconhecimento do Curso de 5 a 8
sries.
- Resoluo de Renovao do Ensino Mdio 4642/2002.
- Renovao do Reconhecimento de 5 a 8 sries: Resoluo n 978/2005.
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
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3.2 HISTRICO DA INSTITUIO
Desde a poca do desbravamento das terras do nosso municpio, os pioneiros
que aqui chegaram, preocuparam-se com a Educao. Os tempos eram difceis. Os que
tinham posses enviavam seus filhos para centros maiores a fim de adquirir um pouco de
cultura. Os mais humildes aprendiam as primeiras letras em bancos improvisados,
ministrados por leigos, outros passavam seus dias, suas vidas sem ao menos saber pegar
um lpis ou folhearem um livro.
O panorama, no setor educacional de nosso municpio, reflexo do trabalho
incessante de pessoas vinculadas rea da Educao, que na luta do dia a dia em prol de
uma educao condizente com nossas reais necessidades, empunharam bandeiras
contnuas com o lema Educao, base de desenvolvimento.
Nessa caminhada rdua, de vencer barreiras e transpor obstculos, e que em
1938 a professora Geni Aparecida Tempesta, primeira professora do municpio,
comeou a trabalhar na primeira escola de nosso ento distrito, que recebeu o nome de
Escola Reunida.
Em 1946, a Escola Reunida recebeu o nome de Escola Reunida de Itambarac.
No governo de Moiss Lupion em 1950, foi construdo o prdio escolar num
terreno com 6.396 m2 doado pelo Coronel Batista.
Em 1952, foi criada a Escola de 4 classe no distrito de Itambarac, municpio de
Andir, ficando vinculado ao governo do Estado do Paran.
Em 1955, passou a denominar-se Grupo Escolar Marclio Dias.
Em 1975, foi criada a 1 Associao de Pais e Professores (APP).
Em 1980, foi implantado na escola o Ensino de 2 Grau Regular passando a
denominar-se Colgio Estadual Marclio Dias. Ensino de 1 e 2 Graus.
Em 1984, foi autorizado o funcionamento do Ensino Supletivo Fase I, passando
a denominar-se Colgio Estadual Marclio Dias Ensino de 1 Grau Regular e
Supletivo e 2 Grau Regular.
Em 1987, foi institudo a Associao de Pais e Mestres (APM) do Colgio, ficando
revogado em todos os termos, o estatuto da APP da unidade escolar. Em 1995, com
a unificao das escolas estaduais, houve a troca da clientela escolar, com o Colgio
Estadual Marclio Dias- Ensino de 1 e 2 Graus, recebendo os alunos de 5 a 8 sries
da Escola Estadual So Francisco Xavier, e esta por sua vez recebendo os alunos de 1
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
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a 4 sries da Escola Municipal Sebastio Severino da Silva, que funcionava em
parceria no mesmo prdio do Colgio Estadual Marclio Dias.
Em 1997, com a Adeso ao PROEM, o Colgio Estadual Marclio Dias,
iniciou gradativamente a extino do Curso Habilitao Magistrio, implantando o
Curso de Educao Geral tambm no perodo da manh e da tarde.
Em 23 de setembro de 1998, atravs do Ato Administrativo N. 289/98, do NRE,
considerando a Lei N. 0304/98, Deliberao N. 003/98 CEE e Resoluo n.
3.120/98_- DG/SEED, o Colgio Estadual Marclio Dias Ensino de 1 e 2 Graus,
passou a denominar-se, Colgio Estadual Marclio Dias- Ensino Fundamental e
Mdio.
Em 1999, com a aprovao da nova LDB, iniciaram-se as primeiras turmas do
Ensino Mdio, cuja proposta e grade curricular, foram elaboradas, encaminhadas e
aprovadas pelo DESG/SEED.
Em maro de 2005 a APM passou a denominar APMF Associao de Pais,
Mestres e Funcionrios.
Em 2007 foi autorizado o funcionamento da 1 srie da Formao de Docentes
da Educao Infantil dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em Nvel Mdio, na
Modalidade Normal Integrado no perodo da tarde.
Em 2010 foi autorizado o funcionamento do CELEM Lngua Espanhola
Tambm em 2010 foi autorizado a funcionar o Curso de Educao de Jovens e
Adultos (EJA).
Em 2011 foi feito o adendo regimental de nmero 02 para a mudana do Ensino
Fundamental de nove anos para o incio do ano de 2012.
3.3 BIOGRAFIA DO PATRONO DO COLGIO MARCLIO DIAS (1838-1865)
Marclio Dias, Imperial Marinheiro de primeira classe, artilheiro, nasceu na
cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Marclio Dias ingressou na Marinha como Grumete, com 17 anos de idade,
como praa no Corpo de Imperiais Marinheiros no dia 05 de agosto de 1855.
Destacou-se no assalto praa forte de Paissandu, durante a Campanha Oriental
(1864 - 1865) e sagrou-se heri na Batalha Naval do Riachuelo (11/06/1865) no incio
da Guerra do Paraguai. Chefe do rodzio raiado de r da Corveta Parnaba, ao ser este
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
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navio abordado por trs navios paraguaios, travou, armado de sabre, luta corpo a corpo
contra quatro inimigos, abatendo dois deles, mas tombando, afinal, ferido de morte para
falecer no dia seguinte.
Com as honras do cerimonial martimo, foi sepultado (13/06/1865) nas prprias
guas do Rio Paran. Foi condecorado com a medalha de Paissandu, pela bravura com
que participou na batalha do mesmo nome. Sua passagem pela Marinha foi a de um
Marinheiro excelente, disciplinado, cumpridor dos seus deveres.
A carreira de Marclio Dias foi encerrada com a graduao de 1 classe, a que foi
promovido no dia 20 de julho de 1864.
Considerando os atos de bravura e patriotismo que marcaram a vida do
marinheiro, e sendo o ano em que estavam comemorando oitenta e sete anos de sua
morte, em consequncia de sua participao na Batalha Naval do Riachuelo, polticos
influentes e educadores locais resolveram prestar - lhe uma homenagem colocando seu
nome no estabelecimento de ensino que na poca estava sendo autorizado a funcionar.
3.4 DIRETORES (AS) DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Ester A. S. Srio 1950 1956.
Sebastio de Jesus Berthi 1957 1961.
Cornlia Negro da Fonseca 1961 1964.
Araci A. L. Menegasso 1964-1969.
Cornlia Negro da Fonseca 1969-1979.
Elza Ruiz Vieira 1979 1980.
Oswaldo Negro Vieira 1980 1983.
Snia Maria Fuzeto Catarino 1984 1985.
Dorclia de Oliveira Moraes 1986.
Maria Irac Fuzeto 1987.
Ana Capellari de Souza 1988 1993.
Gilberto Menegasso 1993-1994.
Ana Capellari de Souza 1995.
Ivandir Domingos Dotti 1996 2001.
Ayako Outi 2002 2003
Ivandir Domingos Dotti 2004 2005
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
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Isabel Monteiro da Silva Outuki 2006 2012
Maria do Carmo Santini - 2013
Isabel Monteiro da Silva Outuki 2014 2015
Shirlei Aparecida Vieira Barros 2016 2019
4. MARCO SITUACIONAL
A sociedade atual marcada por rpidas mudanas, como a expanso da
globalizao, da economia, informao, o avano cientfico e tecnolgico e o fato de o
conhecimento ter se transformado no principal recurso no processo de produo fazem
com que os homens contemporneos se preocupem mais com a formao e
consequentemente com a educao.
Dessa forma o Colgio Estadual Marclio Dias tem a responsabilidade de
formar e educar os estudantes de acordo com a sociedade atual, tambm denominada
sociedade do conhecimento.
Refletindo sobre as vrias funes atribudas escola, Saviani (2000, p. 3),
afirma: a escola a instituio que propicia de forma sistemtica o acesso cultura
letrada reclamada pelos membros da sociedade moderna.
Neste sentido nossa Instituio educativa oferta um ensino amparado nos
princpios da Constituio Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional
9394/96 e as Legislaes vigentes. Prioriza e entende que a gesto escolar democrtica e
colegiada uma forma de organizao, visando implantar aes que orientam e
organiza o trabalho educacional, valorizando , compreendendo o papel e
responsabilidade de cada um no espao escolar com foco no processo ensino
aprendizagem.
A realidade vivenciada no espao escolar revela que a prtica educativa sofre as
interferncias dos inmeros fatores externos, a desestrutura familiar e social na qual
nossos alunos esto inseridos.
Estes fatores influenciam de maneira negativa na formao de vrios estudantes
originando violncia simblica e fsica, uso de substncias ilcitas, desinteresse pelos
estudos, falta de limites e de zelo pelo espao fsico escolar, principalmente nos turnos
da manh e da noite. Outro fator que interfere a falta de indstrias, sem opes de
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
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trabalho as famlias e os filhos maiores sobrevivem de servios temporrios, devido ao
baixo poder aquisitivo migra para outros municpios em busca de novas alternativas de
trabalho, elevando assim, o ndice de abandono e reprovao.
Considerando o que determina a Constituio Federal de 1988, Artigo 205
afirma que a educao um direito de todos, dessa forma o trabalho desta Instituio
de Ensino tem se pautado no respeito s diferenas, procurando adaptar-se aos novos
cenrios da sociedade da informao, constituindo em um espao de formao
democrtica e de igualdade de oportunidade para todos.
Neste sentido uma das mais importantes tarefas de nossa Instituio de Ensino
propor e realizar aes no processo educativo que possam contribuir para que os
estudantes possam realizar escolhas conscientes acerca de suas experincias pessoais
vividas e constituir seus prprios acervos de valores pautados nos princpios de
autonomia e responsabilidade, tendo como fundamento os princpios democrticos.
Outro fator determinante so as prticas pedaggicas propostas pelos profissionais da
educao, tendo em vista o desenvolvimento cientfico tecnolgico e os novos padres
culturais nos relacionamentos entre as geraes.
5. OFERTA DA INSTITUIO
O Colgio oferta as seguintes modalidades de ensino e organizado de forma
anual:
- Ensino Fundamental anos finais, reconhecido atravs da Resoluo 1594/98, ofertando
os quatro anos finais no perodo diurno com uma carga horria de 3.200 horas e com
durao de 04 anos.
- Ensino Mdio: anual/PROEMI ofertado nos perodos diurno e noturno. A partir do
ano de 2006 a carga horria mnima de 2.500 horas para o diurno e 2.400 horas para o
noturno, com durao de 03 anos.
- Formao de Docentes da Educao Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
em Nvel Mdio, na Modalidade Normal, ofertado no perodo diurno com carga horria
de 4.000 horas e durao de 04 anos.
Os referidos cursos obedecem ao disposto no regimento escolar quanto
progresso parcial e regular, controle de frequncia e outros assuntos de ordem
administrativa, disciplinar e pedaggica.
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
16
Os cursos ofertados pelo Colgio esto amparados na LDBEN-9394/96. A
referida lei d autonomia para o Colgio organizar-se de maneira que atenda o processo
ensino - aprendizagem.
5.1 O turno da manh oferta o Ensino Fundamental Anos Finais (9 Ano) e Ensino
Mdio, funciona no seguinte horrio:
- Entrada: 7 h. e 20 min.
- Sada: 11 h. e 40 min.
- Intervalo: 10 minutos entre o terceiro e quarto horrio.
5.2 Programa Novo Mais Educao (Lngua Portuguesa e Matemtica).
ofertado na segunda-feira e quinta-feira.
- Entrada: 7 h. e 20 min.
- Sada: 10 h. e 50 min.
5.3 Espanhol Bsico (CELEM P1).
ofertado na segunda-feira e sexta-feira.
- Entrada: 08 h. e 10 min.
- Sada: 09 h. e 50 min.
5.4 Sala de Recurso Multifuncional.
Turma A
ofertada na segunda-feira e sexta-feira.
Segunda-feira
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
17
- Entrada: 07 h. e 20 min.
- Sada: 09 h.
Sexta-feira
- Entrada: 07 h. e 20 min.
- Sada: 09 h. e 50 min.
Turma B
ofertada na segunda-feira e quinta-feira.
Segunda-feira
- Entrada: 09 h.
- Sada: 10 h. e 50 min.
Quinta-feira
- Entrada: 08 h. e 10 min.
- Sada: 10 h. e 50 min.
Turma C
ofertada na tera-feira e quarta-feira.
Tera-feira
- Entrada: 07 h. e 20 min.
- Sada: 09 h. e 50 min.
Quarta-feira.
- Entrada: 07 h. e 20 min.
- Sada: 09 h.
5.5 O turno da tarde oferta Ensino Fundamental Anos Finais (6 ao 8 ano) e Curso de
Formao de Docentes da Educao Infantil dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
em Nvel Mdio, na Modalidade Normal.
- Entrada: 13h.
- Sada: 17 h. e 20 min.
- Intervalo: 10 minutos entre o terceiro e quarto horrio.
No curso Formao de Docentes elaborada a Complementao de carga horria em
cumprimento a Instruo n 004/2013 SEED/SUED, em horrio oposto com carga
horria de 40 horas.
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18
5.6 Atividades Complementar- aulas especializadas de treinamento esportivo - AETE
(Futsal).
ofertada na quinta-feira e sexta-feira.
- Entrada: 15 h. e 40 min.
- Sada: 17 h. e 20 min.
5.7 Espanhol Bsico (CELEM P2)
ofertado na segunda-feira, tera-feira, quarta-feira e sexta feira, no turno
intermedirio.
- Entrada: 18 h.
- Sada: 18 h. e 50 min.
5.8 O turno da noite oferta o Ensino Mdio/PROEMI, funciona no seguinte horrio:
- Entrada: 19 h.
- Sada: 23 h. e 10 min.
6. OCUPAO DO TEMPO E DOS ESPAOS PEDAGGICOS
Os ambientes da escola so ocupados para as devidas finalidades com exceo
da secretaria e sala de Informtica que ocupa o espao fsico de uma sala de aula.
6.1 Sala de Recurso Multifuncional.
um ambiente montado com o mobilirio e materiais didticos pedaggicos
necessrios para atender os estudantes que recebem este atendimento.
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
19
6.2 Sala do Programa Novo Mais Educao Contraturno - (Lngua Portuguesa e
Matemtica).
uma sala de aula destinada a atender em contraturno estudantes com oportunidades
de vivenciar novas experincias de aprendizagens.
6.3 Sala de Espanhol Bsico CELEM - Contraturno .
uma sala de aula destinada a atender em contraturno estudantes com oportunidades de
aprender e participar de atividades referentes outra lngua diferente da materna.
6.4 Sala de Atividade Complementar - aulas especializadas de treinamento esportivo -
AETE (Futsal) - contra turno.
uma sala de aula usada esporadicamente, onde se trabalha a fundamentao terica e
as atividades prticas so realizadas na quadra de esporte do Colgio.
6.5 Sala de Prtica de Formao.
uma sala de aula que oferta atendimento referente fundamentao terica e prtica
da referida disciplina.
6.6 Laboratrio de Fsica/Qumica/Biologia.
um ambiente exclusivo para atender as aulas prticas das disciplinas especficas, no
entanto, os experimentos que so possveis de realizar so feitos na sala de aula, pois na
referida sala os mobilirios no esto apropriados para a realizao das atividades
experimentais.
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
20
6.7 Biblioteca.
uma sala prpria que contm um timo acervo bibliogrfico, porm como no tem
bibliotecria a organizao das atividades realizada pelos professores durante a hora
atividade.
6.8 Laboratrio de Informtica.
Ocupa o espao de uma sala de aula, com os computadores instalados e uma professora
readaptada que assessora os profissionais da educao e os estudantes em suas
atividades de pesquisa.
6.9 Sala de Hora Atividade.
um espao que foi readaptado com mobilirios e materiais didticos pedaggicos para
uso dos professores em suas atividades em sala de aula. Nesta sala tambm so
realizados grupos de estudos, preparao e correo de tarefas, bem como outros
atendimentos pedaggicos referentes ao trabalho dos mestres.
7. ORGANIZAO E CARACTERIZAO DA INSTITUIO
O Colgio oferta trs turnos de funcionamento e atende alunos de classes sociais
diversificadas da seguinte forma:
Total de turmas: 20
Total de alunos: 552
Total de salas de aula: 13
O turno da manh oferta o Ensino Fundamental de nove anos (9 ano), Ensino
Mdio, Prtica do Curso de Formao de Docentes, Programa Novo Mais Educao
(Lngua Portuguesa e Matemtica) e Espanhol Bsico (CELEM P1).
O turno da manh atende (08) oito turmas, sendo 66 alunos do Ensino
Fundamental e 174 estudantes do Ensino Mdio. O perodo da manh tem incio s 7
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
21
horas e 20 minutos e trmino s 11horas e 40 minutos. Entre a terceira e quarta aulas
concedido um intervalo de dez minutos.
O turno da tarde oferta Ensino Fundamental de nove anos (6 ao 8 ano), Curso
de Formao de Docentes da Educao Infantil dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental em Nvel Mdio, na Modalidade Normal Integrado, Atividade
Complementar AETE (Futsal) e Espanhol Bsico (CELEM P2).
O turno da tarde atende (09) nove turmas assim distribudas: no Ensino
Fundamental 192 alunos e no Curso Formao de Docentes da Educao Infantil dos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental em Nvel Mdio, na Modalidade Normal
Integrado com 21 estudantes. O perodo da tarde inicia-se s treze horas e termina s
dezessete horas e vinte minutos e tambm concedido um intervalo de dez minutos
entre a terceira e quarta aulas.
Os estudantes que frequentam o turno manh e da tarde so filhos de
comerciantes, funcionrios pblicos, trabalhadores rurais, com nveis scio econmicos
e culturais diversificados, vrios dependentes de programas sociais. Devido s
condies familiares, muitos deles auxiliam nos afazeres domsticos enquanto os pais
ou responsveis trabalham.
O turno da noite oferta Ensino Mdio.
O turno da noite atende (03) trs turmas sendo 99 estudantes do Ensino Mdio.
O perodo da noite tem incio s dezenove horas e trmino s vinte e trs horas e dez
minutos, tendo um intervalo de dez minutos entre a terceira e quarta aulas.
No turno da noite a grande maioria dos estudantes so trabalhadores volantes
e/ou servios temporrios que levantam cedo e chegam atrasados porque trabalham em
outras regies do municpio, cansados (as) e sonolentos (as), apresentam dificuldades de
aprendizagem. Outra parte so funcionrios do comrcio, empregadas e diaristas
domsticas que dividem a vida entre o trabalho e o estudo. Temos ainda alguns
estudantes que ausentam-se por um perodo curto em busca de trabalho em outros
municpios, retornando aps o trmino desta oferta.
Em todos os perodos temos alunos em situao de vulnerabilidade social.
A hora-aula de cinquenta minutos.
No perodo diurno e noturno so cinco horas/aulas por dia. A distribuio de
sries e turmas feita por ordem de matrcula para as sries iniciais respeitando turno e
turmas para as demais.
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
22
Total de professores: 37 Todos com Graduao na disciplina que ministra e Ps
Graduao na rea da educao, sendo que as maiorias dos professores efetivos j
concluram o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).
Total de professoras pedagogas: 05 Todas com Graduao em Pedagogia e Ps
Graduao na rea da educao, sendo que as pedagogas so efetivas e 4 j concluram
o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).
Total de diretor auxiliar: 01 com Graduao em Biologia, Ps Graduao na rea da
educao e concluiu o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE).
Total de funcionrios: 12.
Agentes Educacionais I: 09 Dois funcionrios concluram o Pr-funcionrio, uma
com Ensino Fundamental completo, trs com Ensino Mdio completo e trs cursam o
Ensino Superior.
Agentes Educacionais II: 04 - Todos concluram Ensino Superior e Ps Graduao.
A organizao escolar delineada com vistas a instrumentalizar e orientar a
comunidade educativa no equacionamento dos seus problemas e nas possibilidades de
interveno em suas prticas.
De acordo com os resultados da ltima avaliao, o Ensino Fundamental (9 ano)
obteve o seguinte resultado:
IDEB Observado Meta projetada
2011 2013 2015 2011 2013 2015
3.0 3.7 4.2 3.8 4.2 4.6
Estes percentuais tanto de Lngua Portuguesa como de Matemtica, caracterizam
nveis aqum da mdia proposta pelo MEC, na descrio dos nveis de conhecimentos e
habilidades esperados na formao do educando ao atingir a etapa final do Ensino
Fundamental. Percebe-se, portanto, a busca contnua de promover e propor condies de
ensino e aprendizagem para atingir os nveis propostos.
Os resultados obtidos pelos alunos do Ensino Mdio (3 srie) atingiram mdias
percentuais de 35%, o que demonstra ter aumentado a mdia em comparaes h anos
anteriores, porm, falta ainda desenvolver nos alunos as competncias e habilidades
bsicas para que sejam transformadas e fortalecidas a fim de se consiga ndices maiores
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
23
nesta etapa do conhecimento, exigidos pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras do
Ensino Mdio.
A Acelerao de Estudos foi implantada no ano de 2015, desta forma a
distoro idade e srie foi reduzida.
Aps anlise do relatrio final do ano letivo de 2016, acerca do desempenho
escolar observou-se os seguintes resultados:
Ensino Fundamental
Srie/turno Aprovados Reprovados Abandono
6 Ano/Tarde 63 08 01
7 Ano/Tarde 57 07 01
8 Ano/Tarde 48 02 00
9Ano/Manh 52 08 00
Total 220 25 01
Ensino Mdio
Srie/turno Aprovados Reprovados Abandono
1 Srie/Manh 43 12 01
1 Srie/Noite 19 03 18
2 Srie/Manh 57 06 00
2 Srie/Noite 18 02 06
3 Srie/Manh 29 06 01
3 Srie/Noite 23 02 05
Total 189 31 31
Formao de Docentes
Srie/turno Aprovados Reprovados Abandono
1 Srie/Manh 20 02 00
1 Srie/Manh 10 00 00
Total 30 02 00
Durante a Semana Pedaggica de fevereiro de 2017 foi realizada anlise e
discusso do ano de 2016 sobre o ndice de reprova e abandono, mediante os resultados
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
24
os professores e equipe diretiva elaboraram vrias aes com o objetivo de reduzir estes
ndices no atual ano letivo. Estas aes esto inseridas no Plano de Ao da Escola. Foi
elaborado tambm o Plano de Ao do PROEMI.
8. MARCO CONCEITUAL
8.1 FILOSOFIA E PRINCPIOS DIDTICOS PEDAGGICOS.
Apresentar os princpios filosficos desta Instituio de Ensino faz-se necessrio
analisar as vertiginosas mudanas que tm ocorrido na sociedade atual.
Para Volsi (2009) as vertiginosas mudanas que vm ocorrendo nas reas
cientficas e tecnolgicas, a globalizao da economia, a demanda crescente de novas
profisses tm suscitado no homem uma preocupao constante com o aprimoramento
relacionado formao profissional e evidentemente com a educao.
Neste sentido nossa instituio de ensino tem como finalidade atender sua
comunidade escolar e expor de forma clara a funo social da escola nos aspectos
polticos, pedaggicos e sociais, frente s rpidas mudanas que ocorrem na atualidade.
de sua responsabilidade tambm, revelar a identidade, os princpios e as normas que
norteiam o trabalho da escola, em todas as suas dimenses administrativas e
pedaggicas.
Para atender s necessidades do atual contexto a equipe diretiva e todos os
profissionais da educao assumiram como princpios norteadores para o trabalho
pedaggico, a Pedagogia Histrico-Crtica e o Materialismo Histrico Dialtico, que
vm resgatar a importncia da escola, no sentido de repensar o processo educativo e o
valor do saber sistematizado, a partir dos quais se estabelece a especificidade do saber
escolar. Sobre este contexto, Saviani afirma:
Para existir a escola, no basta a existncia do saber
sistematizado. necessrio viabilizar as condies
de sua transmisso e assimilao. Isso implica dos-
lo e sequenci-lo de modo que a criana passe
gradativamente do seu no domnio ao seu domnio.
Ora, o saber dosado e sequenciado para efeitos de
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
25
sua transmisso-assimilao no espao escolar, ao
longo de um determinado tempo, o que ns
convencionamos chamar de saber escolar.
(SAVIANI, 1991, p. 18).
A Pedagogia Histrico Crtica fundamenta seu processo de ensino-aprendizagem
no Materialismo Histrico Dialtico, concepo que d suporte ao professor para que
nesse processo, possa superar o senso comum presente no ambiente educacional e aps
a dialtica da ao-reflexo-ao, levar o aluno conscincia crtica.
Pautada tambm na psicologia de Demerval Saviani, a Teoria Histrico-Cultural,
de Vygotsky, norteia o professor que o fator relevante no processo de ensino-
aprendizagem compreender o aluno como ser histrico que constri suas relaes com
o mundo natural e social.
Para Vygotsky (1995) a aprendizagem um processo histrico, fruto de
uma relao mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal. Dessa
forma o conhecimento resultado de uma relao mediada entre o sujeito que aprende,
o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento.
Com o entendimento de que o trabalho docente deve ser repensando
constantemente no sentido de atender s necessidades de aprendizagem dos estudantes,
diagnosticadas no processo de ensino/aprendizagem/avaliao.
Partindo desse princpio o trabalho coletivo priorizado nas reunies
pedaggicas de forma a possibilitar a construo de uma prtica pedaggica que,
envolvendo direo, equipe pedaggica, professores e agentes educacionais, tendo como
norte um ensino de qualidade.
No que se refere diversidade presente no espao escolar, as aes
administrativas e pedaggicas so desenvolvidas no sentido de desmistificar os
esteretipos culturalmente arraigados ao longo do processo histrico brasileiro.
No artigo 3, inciso IV, a Constituio define como um dos objetivos
fundamentais da Repblica Federativa do Brasil, promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminao.
Essa questo exige muita reflexo, pois para que todos os envolvidos considerem
a diversidade dos sujeitos no espao educacional, preciso que exercitem a alteridade,
ou seja, enxergar o outro como cidado com direitos, subjetividades ou singularidades e
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
26
respeitar tais caractersticas. Dessa forma, a escola enquanto instituio educativa,
respeita as individualidades, na busca de contemplar toda a diversidade presente em
seu interior.
A diversidade pode ser compreendida como elemento construtor de novas
prticas, quando reconhecida como legtima e no como um problema. Sob esse vis
desconstrudo de preconceitos e a conscincia de que no existe um tipo ideal de aluno.
Dessa forma, toda a comunidade escolar poder vislumbrar novas formas de enxergar a
sociedade, percebendo-a como dinmica e em constante transformao.
Pensar e trabalhar aes acerca da diversidade na escola nos faz enxergar no
apenas os alunos, mas tambm toda a comunidade escolar, uma vez que a mesma est
presente na sociedade como um todo, e a dinmica que rege as aes fora do espao
escolar se reflete diretamente nas que ocorrem no interior da escola. Considerando as
diferenas como um elemento formador de todos os sujeitos, podemos agir de forma
que as reprodues de esteretipos e preconceitos de todos os tipos sejam reduzidas.
A educao extremamente importante do ponto de vista do indivduo, da
sociedade e do Estado. Sua prpria existncia e seus resultados diferenciam o ser
humano dos demais seres vivos ao longo de sua trajetria.
Se percorrermos o processo histrico da Educao Brasileira, possvel fazer
uma anlise dos problemas educacionais presentes na realidade social, poltica,
econmica, cultural e educacional que permanecem at os dias atuais.
O grande desafio da Educao brasileira se pauta no baixo nvel socioeconmico
da populao e na poltica educacional que reproduz os valores da classe dominante,
transformando a sociedade e a educao em um campo frtil de conflitos e contradies.
No momento em que nos debruamos sobre o tema Educao, temos como vetor
motivador a situao atual vivida pela Nao. A infraestrutura educacional est vitimada
por um colapso aniquilante e perverso. A Educao Nacional vive um processo
submetido por ideologias, que procuram atingir todos os nveis de ensino na busca de
objetivos avessos ao desenvolvimento e progresso do indivduo como ser crtico e
pensante.
Se a sociedade muda, a escola s poderia evoluir com ela. Talvez o bom senso
sugerisse pensarmos dessa forma. Entretanto, podemos notar que a evoluo da
sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas
de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevao do nvel da educao.
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
27
Frequentemente os docentes so apontados como os grandes viles frente a esse
quadro triste em que se encontra a educao no Brasil. Se tornam alvos ou ficam no
fogo cruzado de muitas esperanas sociais e polticas em crise nos dias atuais. As
crticas externas ao sistema educacional cobram dos professores cada vez mais trabalho,
como se a educao, sozinha, tivesse que resolver todos os problemas sociais. O
envolvimento de todos os atores presentes no processo educativo, no mbito federal,
estadual e municipal fator fundamental para o sucesso da educao.
Para uma mudana efetiva de crena e de atitude, caberia considerar os
professores como sujeitos. Sujeitos que, em atividade profissional, so levados a se
envolver em situaes formais de aprendizagem.
A realidade atual revela que a situao educacional brasileira enfrenta crises
causadas pelo sistema capitalista que excludente e injusto por natureza. O Estado e o
Municpio, pelo mesmo motivo, no vm cumprindo com as metas estabelecidas no
tocante ao financiamento da educao.
8.2 CONCEPO DE EDUCAO
Por educao, entendemos todas as manifestaes humanas que buscam a
apropriao da cultura produzida pelo homem. A escola o espao privilegiado de
produo e socializao do saber e deve ser organizados por meio de aes educativas
que visam formao de sujeitos ticos, participativos, crticos e criativos.
O processo educacional deve contemplar o ensino e a aprendizagem de forma
que ultrapasse a mera reproduo de saberes, e sim estar voltado para o atual contexto
social, ofertando aprendizagens que contemplam a tecnologia, educao ambiental,
educao inclusiva, gnero e diversidade, entre outros, que culmine em um processo de
produo e de apropriao de conhecimento.
Nesse sentido, o objetivo de todo o processo ensino aprendizagem desenvolver
o raciocnio lgico dos estudantes, estimulando a resoluo de problemas e auxiliando
na formao intelectual e humana, preparando- os para o exerccio da cidadania e sua
formao para o mundo do trabalho.
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
28
A educao um processo contnuo de transformao, adequao e adaptao,
no um produto acabado. uma dimenso histrica por representar a prpria histria
individual do ser humano e da sociedade em sua evoluo.
8.3 CONCEPO DE HOMEM
O homem, na atualidade, um ser competitivo e individualista, resultado das
relaes impostas pelo modelo de sociedade em vigor um ser eminentemente social e
essa posio significa considerar a aprendizagem no somente como atividade
individual, mas como uma atividade social.
A luta deve ser por um homem social humanizado voltado para o bem do grupo
do qual faz parte. O homem, que modifica a si mesmo pela apropriao dos
conhecimentos, modifica tambm a sociedade por meio do movimento dialtico do
social para o individual e vice versa, tornando-se sujeito da histria.
Homem, um ser em processo permanente de autoconhecimento e crescimento,
que transforma e transformado. Participante ativo na construo da histria e do
conhecimento, procurando ser solidrio nas relaes com a natureza, com seus
semelhantes, na busca constante da harmonia consigo e com o mundo, garantindo assim
sua participao ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade.
8.4 CONCEPO DE MUNDO
Queremos um mundo em que as relaes de conflito entre pases desenvolvidos
e subdesenvolvidos, entre raas, entre credos, entre sistemas polticos sejam substitudos
pela cooperao econmica, tecnolgica ou cientfica, religiosa e poltica. Onde as
minorias sejam respeitadas e a cultura de todos valorizada e onde a paz no seja
ancorada nas armas, mas nos direitos universais.
O mundo um grande laboratrio capaz de proporcionar infinitas descobertas
que podem contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento das nossas
potencialidades. Quanto mais pudermos trazer este laboratrio para a sala de aula, tanto
mais poderemos estar em sintonia com tudo o que nos cerca. Mais importante que pr
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
29
escolas no mundo saber pr o mundo dentro das escolas. Portanto, fundamental
reconhec-lo como laboratrio onde o que conta o descobrir e o descobrir-se nele.
8.5 CONCEPO DE SOCIEDADE
Espao de interao humana no qual se reflete a maneira de ser, agir e pensar de
um povo. A sociedade formada por um agrupamento de indivduos que estabelecem
entre si relaes culturais, polticas e econmicas convivendo com determinadas
linguagens, culturas, tradies, costumes e expresses religiosas com vistas ao bem
estar de seus membros. Enfim, um espao onde est presente toda a diversidade de
gnero, raa, ideologia e cultura concebendo-a como parte da condio humana. Na
medida do possvel procuram conviver com estas diferenas na tentativa de superar os
preconceitos e buscar a cultura da paz.
O homem um ser social, e por ser social, a sociedade o espao que ele possui
para o exerccio da liberdade, da transformao e da realizao. S em sociedade o
homem pode se tornar mais humano e construir a fraternidade, a realizao humana e a
felicidade.
O entendimento do modo como funciona a sociedade no pode se limitar s
aparncias. necessrio compreender as leis que regem o desenvolvimento da
sociedade, buscando sensibilizar e mobilizar nossos estudantes sobre as contradies e
os falsos valores que permeiam o nosso universo social e o papel da escola frente a
esses desafios.
8.6 CONCEPO DE CULTURA
o modo de vida de um povo: seus hbitos, sua lngua, religio, enfim, tudo que
identifica uma nao. A cultura o elo fundamental para a existncia de um povo, pois
sua maior riqueza e o conceito de cultura bastante complexo.
Em uma viso antropolgica, podemos definir como a rede de significados que
do sentido ao mundo que cerca um indivduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba
um conjunto de diversos aspectos, como crenas, valores, costumes, leis, moral, lnguas,
etc. Nesse sentido, podemos chegar concluso de que impossvel que um indivduo
no tenha cultura, afinal, ningum nasce e permanece fora de um contexto social, seja
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
30
ele qual for. Tambm podemos dizer que considerar uma determinada cultura (a cultura
ocidental, por exemplo) como um modelo a ser seguido por todos uma viso
extremamente etnocntrica.
8.7 CONCEPO DE TECNOLOGIA
Tecnologia tida como qualquer componente, tcnica ou mtodo inventado pelo
homem para tornar mais leve seu trabalho, sua locomoo, comunicao mais fcil e a
vida mais alegre. Podemos consider-la tambm como uma coleo de sistemas,
incluindo a no apenas instrumentos materiais, mas igualmente tecnologias de carter
organizacional (sistemas de sade e de educao), projetadas para funes especficas.
Tecnolgico, portanto, no apenas o que transforma e constri a realidade fsica, mas
igualmente aquilo que atua na realidade social.
As tecnologias nos ajudam (na escola) a criar um espao rico em possibilidades
de aprendizagem onde os estudantes aprendem no s o uso da tecnologia, mas aprende
a us-la para enriquecer seu aprendizado. O laboratrio de informtica, embora com
nmero reduzido de computadores e o uso das mdias tm contribudo para enriquecer a
prtica pedaggica dos professores.
8.8 CONCEPO DE CIDADANIA
Cidadania o conjunto de direitos e deveres ao qual o indivduo est sujeito em
relao sociedade em que vive.
"A cidadania o direito a ter direitos, pois a
igualdade em dignidade e direitos dos seres humanos
no um dado, um construdo da convivncia
coletiva, que requer o acesso ao espao pblico.
este acesso ao espao pblico que permite a
construo de um mundo comum atravs do
processo de assero dos direitos humanos."
(Hannah Arendt).
"Tudo o que acontece no mundo, seja no meu pas,
na minha cidade ou no meu bairro, acontece comigo.
Ento eu preciso participar das decises que
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
31
interferem na minha vida. Um cidado com um
sentimento tico forte e consciente da cidadania no
deixa passar nada, no abre mo desse poder de
participao." Herbert de Souza (Betinho).
Desta forma, vestir a camisa de cidado ter conscincia dos direitos e deveres
constitucionalmente estabelecidos e participar ativamente de todas as questes que
envolvem o mbito de sua comunidade, de seu bairro, de sua cidade, de seu estado e de
seu pas, problematizando e propondo solues para os problemas encontrados no dia a
dia, no se calando diante do mais forte to pouco subjugando o mais fraco. objetivo
da educao, preparar o cidado para o exerccio da cidadania.
8.9 PRINCPIOS NORTEADORES DA EDUCAO
O momento atual traz muitas propostas de avano em direo construo de
uma concepo de cidadania voltada para a formao humana integral, o
desenvolvimento pleno do homem e seu preparo para o exerccio dessa cidadania.
Sendo o homem, um ser dotado de mltiplas habilidades e capacidades a serem
desenvolvidas, apropriadas e aperfeioadas, ele recebe influncias e interferncias do
meio em que est inserido. consciente do seu potencial e capaz de construir sua
prpria histria, interferir e transformar de forma crtica e reflexiva o meio em que vive.
A escola que queremos aquela em que os educadores esto profundamente
interessados na educao de seus alunos, que trabalham efetivamente para que adquiram
os legados culturais elaborados pela humanidade. Uma escola de qualidade que
garantindo condies objetivas para favorecer a educao plena ao indivduo,
oportunizando situaes de aprendizagem.
A escola que se deseja no aquela que apenas transmite conhecimento, mas
que permita ao aluno interferir no mundo em que vive de maneira consciente e contnua,
alm de procurar despertar nele o desejo de aprender e desenvolver a vontade de
continuar aprendendo sempre.
Nesse espao deve haver produo e socializao de saberes, que auxiliam na
formao da competncia acadmica, humana e na transformao da sociedade,
devendo ser democrtica, acolhedora, mediadora e significativa para o aluno.
Colgio Estadual Marclio Dias Ensino Fundamental, Mdio e Normal.
32
Sendo assim, os profissionais da educao trabalham para que nossos estudantes
possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetrias pessoais e constituir os seus
prprios acervos de valores e conhecimentos. As aes docentes visam proporcionar
uma educao integral que possa permitir a vivncia de valores como os da
solidariedade, da democracia e o aprendizado da alteridade.
De acordo com Charlot (2001), [... a escola no apenas um lugar que recebe
alunos dotados destas ou daquelas relaes com o(s) saber(es), mas tambm, um lugar
que induz as relaes com o(s) saber(es) (p.18).
Partindo deste princpio a prtica docente procura incorporar ao currculo
conhecimentos que contribuem para a compreenso do trabalho como princpio
educativo, princpio esse que permite a compreenso do significado econmico, social,
histrico e poltico.
No queremos um aluno dcil para o mercado de trabalho, mas um aluno que
entenda como funciona a sociedade (Sacristan, 1999).
Neste sentido, o processo ensino aprendizagem tem se efetivado com vistas a
preparar os estudantes para inseri-los no mundo do trabalho, frente aos inmeros
desafios postos pela sociedade contempornea.
Na medida em que a escola define como objetivo central de sua prtica a cultura
do sucesso escolar, transforma-se em um ambiente proliferador de cidadania. A gesto
torna-se democrtica, preocupa-se com a melhoria do ensino, a democratizao do
acesso e permanncia do aluno, buscando alternativas e estratgias diferenciadas como
mecanismos de controle e evaso escolar.
Dessa forma, a escola se organizar para incorporar as inovaes e promover as
mudanas necessrias, sempre pautadas no respeito diversidade, nos valores e nas
atitudes dos sujeitos. "Sempre que a sociedade defronta-se com mudanas em suas bases
sociais e tecnolgicas, novas atribuies passam a ser exigidas escola" (Penin e Vieira,
2002. p. 13).
Diante disso, a escola naturalmente atua no intermdio entre essas novas
demandas, s constantes transformaes da sociedade, sistematizando saberes e
agregando ao espao escolar, ao currculo e ao processo de ensino-aprendizagem.
8.10 CONCEPO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
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33
O processo educacional deve contemplar um tipo de ensino e aprendizagem que
ultrapasse a mera reproduo de saberes cristalizado e culmina em um processo de
produo e de apropriao de conhecimento, possibilita que o cidado torne-se crtico e
que exera a sua cidadania, refletindo sobre as questes sociais, buscando alternativas
de superao da realidade, preparado para poder lidar com as novas tecnologias e
linguagens, capazes de responder a novos ritmos e processos, garantindo-lhes uma
trajetria bem sucedida, desenvolvendo capacidades que lhes permitam produzir e
usufruir dos bens culturais, sociais e econmicos.
um processo permanente de ao-reflexo-ao, o qual coloca o ser humano
em condies de responder aos desafios que a vida impe em qualquer tempo e espao.
Ocorre no s no meio escolar, mas tambm em todos os ambientes em que se vive.
A finalidade do ensino promover a interao entre aluno e conhecimento, de
modo a possibilitar o acesso e a incorporao de elementos culturais essenciais sua
transformao enquanto sntese das mltiplas relaes sociais. Processo sistemtico de
contnuas e cumulativas mediaes culturais. Atividades que promovam a reflexo ao
sobre a realidade, possibilitando um processo mais significativo de apropriao,
socializao e produo do saber.
o mecanismo atravs do qual o estudante interage com o conhecimento,
desenvolvendo capacidades que possibilitem s complexas condies e alternativas para
lidar na produo e na circulao de novos conhecimentos e informaes.
A qualidade do ensino est nas relaes da escola com as pessoas, com as
instituies e com a comunidade, na perspectiva da construo de uma escola cidad,
buscando a estreita relao j existente entre educao, cidadania e trabalho.
8.11 CONCEPO DE AVALIAO
Segundo Cipriano Luckesi, a avaliao um julgamento de valor sobre
manifestaes relevantes da realidade, para uma tomada de deciso.
A avaliao da aprendizagem deve ser preocupao constante do professor,
durante o processo de ensino, para melhor orientar a aprendizagem do estudante.
Avaliao da aprendizagem o processo de constatao do que o aluno
aprendeu, aps um perodo de ensino e estudo, atribuindo notas ou conceitos dos
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resultados obtidos na verificao da aprendizagem. Desta forma o colgio fez a opo
pelas seguintes propostas de avaliao:
Avaliao diagnstica:
Utilizada no incio de qualquer aprendizagem para determinar a presena ou
ausncia de habilidades e/ou pr-requisitos, identificar as causas de repetidas
dificuldades na aprendizagem, conhecimento dos alunos, determinar o grau em que o
mesmo domina os objetivos previstos para iniciar uma unidade de ensino, disciplina ou
curso, a fim de orient-los s novas aprendizagens. Os instrumentos mais utilizados
constituem-se de pr-teste, questes padronizadas de rendimento, ficha de observao,
entre outros.
Avaliao formativa:
Empregada durante o processo de aprendizagem estabelece uma funo de
controle e possibilita ao professor identificar a deficincia no ensino e planejar
atividades corretivas, de enriquecimento, de complementao, evoluo e
aperfeioamento dos objetivos estabelecidos. Basicamente identifica insuficincias
principais em aprendizagens iniciais que so necessrias realizao de aprendizagens
posteriores. Os instrumentos mais empregados so: questes, exerccios, plano de
observao, fichas de auto - avaliao e outros;
Avaliao somativa:
Ocorre ao final do processo. uma descrio ou julgamento para classificar os
alunos ao final de uma unidade, semestre ou curso, segundo nveis de aproveitamento e
de acordo com os desempenhos apresentados. Os instrumentos mais utilizados so:
provas, seminrios, questes orais, entre outros.
Art.176 Nos anos finais do Ensino Fundamental, o sistema de avaliao
trimestral utilizando a seguinte frmula:
MA = 1 trimestre + 2 trimestre + 3 trimestre
3
Art. 177 No Ensino Mdio e no Curso de Formao de Docentes da Educao
Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental o sistema de avaliao semestral
utilizando a seguinte frmula:
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MA = (1 sem x 4) + (2sem x6)
10
De acordo com a legislao vigente e a implantao do livro registro de classe
online, ficou estabelecido em reunio formada pela comisso constituda pela direo,
equipe pedaggica e todo o corpo docente, o sistema de registro obedece aos seguintes
critrios:
- Sero o nmero de trs (3) avaliaes e trs (3) recuperaes paralelas e a regra
de clculo ser somatria.
8.12 GESTO DEMOCRTICA
De acordo com a Constituio Federal de 1988 e LDB n 9394/96, a gesto da
escola deve ser democrtica. Para a democracia se concretizar, a direo da escola
necessita pautar seu trabalho na transparncia e na comunicao nos processos de
gesto.
De acordo com Paro (2006, p. 25) No pode haver democracia plena sem
pessoas democrticas para exerc-las.
Neste sentido a gesto democrtica um movimento permanente de processos
coletivos na tomada de decises e na busca do fortalecimento da autonomia da escola.
Segundo Oliveira (2009), a gesto democrtica pressupe o trabalho coletivo de
elaborao do planejamento escolar e dos programas e currculos (p.2), a afirmao do
autor nos remete obrigatoriamente a participao das instncias colegiadas: Conselho
Escolar, APMF e Grmio Estudantil e todos os profissionais da educao na
participao direta nas decises do cotidiano escolar, desde a parte administrativa,
financeira at a pedaggica.
Compreendendo a importncia da participao desses segmentos de gesto, faz
se necessrio rever os principais documentos da Instituio de Ensino para repensar o
papel de cada segmento com o objetivo de fortalecer o trabalho coletivo na construo
de uma escola voltada para os interesses dos estudantes da escola pblica.
A gesto democrtica pressupe organizar o trabalho coletivo da escola voltado
para seus usurios. Para esta organizao faz se necessrio severidade por parte de quem
organiza, delibera e discute a organizao da Instituio de Ensino. Significa permitir o
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trabalho especfico e simultaneamente orgnico, considerando as necessidades
histrico-sociais de seus alunos.
Caractersticas que marcam a gesto escolar democrtica:
- Receptividade e maturidade para ouvir crticas e sugestes;
- Conhecimento e respeito s leis especficas do sistema educacional, como tambm do
Estatuto do Magistrio, do Estatuto do Funcionalismo Pblico e do Estatuto da Criana
e do Adolescente;
- Capacidade de organizar e delegar responsabilidades;
- Capacidade de articular adaptaes e mudanas;
- Disposio para enfrentar desafios;
- Disponibilidade para atender a escola nos seus turnos de funcionamento;
- Manter um bom relacionamento com todos os envolvidos no processo ensino
aprendizagem;
- Buscar parcerias com as lideranas da comunidade.
Perante os vrios desafios postos no espao escolar atualmente, a gesto
democrtica parte do princpio que o gestor no o nico a tomar decises e atuar na
busca de solues, pois a gesto democrtica no sinnimo de todo mundo faz tudo,
ou qualquer um faz qualquer coisa. Cada sujeito inserido no processo educativo
desempenha suas funes de forma especfica, no obstante o planejamento e a
implementao das aes devem partir do coletivo.
Desta forma a gesto democrtica atua na Instituio de Ensino em parceria com
as instncias colegiadas na elaborao e execuo de todas as aes desenvolvidas no
colgio.
O Conselho Escolar um rgo colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora da organizao e da realizao do trabalho pedaggico e
administrativo da instituio de ensino, em conformidade com a legislao educacional
vigente e orientaes da SEED.
O Conselho Escolar composto por representantes da comunidade escolar e de
movimentos sociais organizados, comprometidos com a educao, presentes na
comunidade, conforme legislao vigente.
A APMF, pessoa jurdica de direito privado, um rgo de representao dos
Pais, Mestres e Funcionrios da instituio de ensino, no tendo carter poltico-
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partidrio, religioso, racial e nem fins lucrativos, no sendo remunerados os seus
dirigentes e conselheiros, sendo constituda por prazo indeterminado.
A APMF regida por estatuto prprio, registrado em cartrio e aprovado em
Assembleia Geral.
O Grmio Estudantil constitui-se no rgo mximo de representao dos
estudantes da instituio de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais
e coletivos dos estudantes, incentivando a cultura literria, artstica e desportiva de seus
membros.
O Grmio Estudantil regido por Estatuto prprio, aprovado e homologado em
Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.
No que se refere gesto de recursos financeiros, o colgio recebe recursos
Estaduais (fundo rotativo) que gerenciado e aplicado nas necessidades da escola por
meio de plano de aplicao elaborado pelo gestor. Os recursos federais so aplicados
nos seguintes programas: PROEMI, PDDE qualidade, PDDE estrutura, e Novo Mais
Educao, recursos gerenciados pela APMF.
Comprometida em cumprir as legislaes vigentes, a funo social da escola e o
compromisso em ofertar um ensino de qualidade o gestor tem trabalhado para
consolidar de forma processual a gesto democrtica.
8.13 CONCEPO DE CURRCULO
O currculo extrapola o fazer pedaggico abrangendo elementos como grade
curricular, disciplinas, contedos e conhecimento. necessrio resgatar os saberes que
o/a aluno/a traz de seu cotidiano. Elencado o objeto do conhecimento, este no deve ser
trabalhado de forma superficial e desvinculado da realidade. Est enraizada, em nossa
ao pedaggica diria, uma metodologia tradicional que entende o conhecimento como
um produto pronto para apenas ser repassado, considerando somente a interao
unilateral entre professor e aluno. Todavia, preciso que o objeto do conhecimento seja
tratado por meio de um processo que considere a interao/ mediao entre educador/a
educando/a como uma via de mo dupla em que as relaes de ensino-aprendizagem
ocorram dialeticamente.
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O Programa Novo Mais Educao, amparado pela Instruo Normativa n
03/2017 SUED/SEED que compem a ampliao da jornada escolar em turno
complementar oferta as disciplinas de Lngua Portuguesa e Matemtica com o objetivo
de fortalecer as prticas pedaggicas, oportunizar novas vivncias e experincias de
aprendizagem e o desenvolvimento de nossos estudantes.
As aulas especializadas de treinamento esportivo (AETE) na modalidade futsal
ofertada e tem como objetivo proporcionar oportunidades de relacionamentos, convvio
e respeito entre as diferenas, desenvolvimento de ideias e de valorizao humana.
8.14 CONCEPO DE INFNCIA
Numa perspectiva scio-histrica, a criana fruto das interaes sociais e a escola
um espao de mediao e apropriao do conhecimento historicamente acumulado e
que representa um importante papel no seu desenvolvimento. A criana um sujeito de
direito em pleno desenvolvimento desde o seu nascimento. O tempo da infncia um
tempo de aprender e de brincar. Sendo assim, a brincadeira fundamental para o
desenvolvimento da aprendizagem e de habilidades que integram o processo de ensino
aprendizagem.
necessrio considerar a infncia como uma condio da criana. O conjunto
das experincias vividas por elas em diferentes lugares histricos, geogrficos e sociais
muito mais do que uma representao dos adultos sobre esta fase da vida. preciso
conhecer as representaes de infncia e considerar as crianas concretas, localiz-las
nas relaes sociais, reconhec-las como sujeitos histricos ativos, que interferem
diretamente no ambiente escolar, na sociedade e no processo histrico.
8.15 CONCEPO DE ADOLESCNCIA
Compreendemos a adolescncia como um perodo de transformaes fsicas e
emocionais que so prprios da condio transitria deste perodo e a escola como
instituio formadora representa um papel importante, cabendo a ela ser um lugar
democrtico onde o estudante aprenda, exercite sua autonomia, amadurea suas
escolhas, compreenda os limites sociais e desenvolva o respeito s regras. Com esta
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viso entendemos que os adolescentes devem ser percebidos como seres histricos,
cidados plenos de seus direitos e deveres e capazes de intervir de maneira significativa
no meio em que vivem.
8.16 CONCEPO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
A aprendizagem o processo decorrente das experincias individuais e coletivas
que depende tambm dos estmulos do ambiente. O grau de aprendizagem individual e
depende tanto do indivduo quanto do professor e do meio. Alm disso, os estudos
apontam uma srie de fatores externos como agravantes para o fracasso escolar.
Aspectos negativos na vida do indivduo, como por exemplo, sade, moradia, fatores
psicolgicos, familiares, emocionais, dentre outros, certamente influenciaro no seu
processo cognitivo e estes so muitas vezes responsveis pelo fracasso escolar.
Partindo do princpio de que todos devem ser includos socialmente, a
aprendizagem deve fugir aos padres excludentes e seletivos do sistema de ensino
brasileiro ao longo destes anos. Para que haja uma aprendizagem significativa, a
realidade do aluno deve estar presente nos contedos e atividades propostas em sala de
aula para que estes sejam motivados a refletir, pensar, questionar tal realidade bem
como se tornar responsveis pelas posturas e posicionamentos diante dos conflitos e
desafios da vida.
Na concepo de ensino, o saber deve ser construdo coletivamente, por isso
imprescindvel participao de todos os envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem. Ao aluno cabe no somente a aquisio do contedo, mas a
transformao do meio social no qual est inserido, fazendo deste um local de igualdade
e de oportunidades para todos.
8.17 CONCEPO DE ALFABETIZAO E LETRAMENTO
Alfabetizao a prtica pedaggica do aprendizado da leitura e da escrita,
centrado no domnio do cdigo, que promove a socializao j que possibilita o
estabelecimento de novos tipos de trocas simblicas, acesso a bens culturais. Alfabetizar
promover o indivduo na socializao da gramtica, suas variaes, codificao e
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decodificao. E o letramento a ampliao da alfabetizao que favorece aos
estudantes interpretar os discursos veiculados socialmente.
Segundo SOARES (2001, p. 11) "o letramento consiste no apenas em saber ler
e escrever, mas ao cultivo das atividades de leitura e escrita que respondem s
demandas sociais de exerccio dessas prticas. Tratam-se, portanto, de aes
pedaggicas que, embora distintas, se processam de forma complementar e simultnea,
de modo que possam ensinar a ler e escrever no contexto das prticas sociais da leitura e
escrita, tornando-se o aluno ao mesmo tempo alfabetizado e letrado.
Em consonncia com a autora, a nossa escola procura a melhor forma de acolher
os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, realizando um trabalho de insero,
socializao, diagnstico e acompanhamento do processo ensino aprendizagem.
Nessa fase de transio que necessrio fazer articulao dos Anos Iniciais e
Anos Finais do Ensino Fundamental, o colgio oferta a sala de recursos aos alunos que
no ato da matrcula apresentam laudo mdico.
Quanto aos estudantes que concluem os Anos Finais do Ensino Fundamental e
iro cursar o Ensino Mdio como j estudam no prprio estabelecimento realizada
pelos professores uma avaliao diagnstica para detectar as dificuldades como um
parmetro para dar sequncia aos contedos a serem trabalhados. A equipe pedaggica
auxilia o professor em suas necessidades e no acompanhamento do processo ensino
aprendizagem.
8.18 CONCEPO DE TRABALHO
A vida humana um processo constante de interferncia no mundo que se d por
intermdio de uma ao, qual altera de forma consciente o mundo, uma ao, portanto
transformadora, consciente.
Nas palavras de Cortella (2011, p. 37): "Essa ao
transformadora consciente exclusiva do ser
humano e a chamamos de trabalho ou prxis,
consequncia de um agir intencional que tem por
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finalidade a alterao da realidade de modo a mold-
la s nossas carncias e inventar o ambiente humano.
O trabalho , assim, o instrumento de interveno do
humano sobre o mundo e de sua apropriao por
ns.
Dessa forma, entendemos como trabalho o modo pelo qual o ser humano produz
para si e para o mundo, os objetos e as condies de que precisa para existir.
Para Karl Marx, a essncia do ser humano est no trabalho, pois atravs deste o
homem transforma a natureza: trabalhando o homem se relaciona com outros homens,
produz mquinas, obras de artes, cria instituies sociais, crenas religiosas, hbitos
diferentes, modos de vida especficos, adquirem novas potencialidades e capacidades, se
socializa. Assim, o que os homens produzem o que eles so.
O homem o que ele faz e a natureza dos indivduos depende, portanto, das
reais condies materiais e do modo como os homens se relacionam socialmente no
processo de produo que determina sua atividade produtiva e o tipo de sociedade que
existir. (MARX, 1989).
Nos tempos atuais o trabalho tido como prestao de servio e est relacionado
com a realizao de benefcios com qualidade. Tem a ver com compartilhar qualidade,
talento e capacidade. O trabalho essencial para o funcionamento da sociedade.
responsvel pela produo de alimentos e outros produtos de consumo. Cada sociedade
cria um conceito prprio de trabalho. Dessa forma as sociedades variam na forma de
como organizam e valorizam o trabalho. Na escola o trabalho deve ser coletivo para que
se tenha xito na forma de organizao que contenha opes na direo de superar os
problemas educativos.
8.19 CONCEPO DE ADULTO
O termo adulto um conceito amplo. Segundo a Organizao Mundial da Sade
(OMS) define a faixa etria chamada idade adulta dos 24 aos 60 anos de idade. Nessa
fase, o indivduo apresenta uma independncia financeira, devido ao trabalho o tempo
para dedicar-se aos estudos torna-se reduzido.
Segundo dados do IBGE, no Brasil h uma reduo de pessoas que se declaram
economicamente ativas, isso significa que h uma precocidade na insero do mundo do
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trabalho e consequentemente na vida adulta.
8.20 CONCEPO DE JUVENTUDE
A juventude um grupo com caractersticas e necessidades especficas, um
perodo de vida que normalmente ocorre entre a infncia e a idade adulta. Na Amrica
Latina, vai se estabelecendo o consenso de que os jovens devem ser considerados como
tal at os 29 anos e no Estatuto da Juventude considerado a idade de 15 a 29 anos,
contudo no podemos reduzir a compreenso da juventude a uma definio etria ou a
uma idade cronolgica.
As representaes sobre a juventude, os sentidos que se atribuem a esta fase da
vida, a posio social dos jovens e o tratamento que lhe dado pela sociedade ganham
contornos particulares em contextos histricos, sociais e culturais distintos.
Consideramos a categoria juventude parte de um processo de crescimento global que
ganha contornos claros a partir do conjunto de experincias vivenciadas pelos
indivduos no seu contexto social. Portanto, devemos entender a juventude no como
uma etapa ou uma preparao para a vida adulta. Ao contrrio, ela constitui um
momento determinado, mas no uma passagem e sim, como um momento de exerccio
de insero na sociedade.
8.21 CONCEPO DE IDOSO
A longevidade do ser humano se pe na sociedade contempornea como uma
conquista social. A idade considerada idosa pela Organizao Mundial da Sade (OMS)
estabelecida conforme o nvel socioeconmico de cada nao.
Em pases em desenvolvimento, considerado idoso aquele que tem 60 ou mais
anos de idade. Nos pases desenvolvidos, a idade se estende para 65 anos.
A velhice passou a figurar como uma realidade em todo o mundo, nas ltimas
dcadas um fenmeno em crescente proporo. Isto tem pressionado as agendas
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governamentais no sentido da adoo de medidas que atenda as necessidades do pblico
idoso.
A velhice no pode mais ser encarada como uma eventualidade como era
caracterizada essa fase da vida quando se tratava de atribuir benefcios sociais aos
idosos mesmo nos sofisticados sistemas de proteo social em vigor nos pases
desenvolvidos.
O desenvolvimento da cincia e das novas tecnologias se reverteu em garantia
de melhor qualidade de vida e de aumento da expectativa de vida sobre o planeta,
mesmo considerando a heterogeneidade de que se reveste a vivncia dessa condio
etria, cercada por questes de natureza social, poltica, econmica e cultural.
8.22 CONCEPO DE FORMAO HUMANA INTEGRAL
Formao humana integral tem como objetivo formar cidados capazes de
analisar, compreender e intervir na realidade em que esto inseridos, visando o bem
estar do homem no plano pessoal e coletivo.
entendida como o saber essencial, que proporciona o saber sentir, o saber
inovar, o saber ser crtico e o saber ser tico.
papel da escola formar um cidado participativo, ativo, que compreenda as
diversidades e as desigualdades individuais e sociais, tornando-os capazes de saber qual
o seu papel diante do mundo que o cerca e diante do seu prximo, preparando-os para
tornar-se cidados ativos, participativos, seja no trabalho, na vida familiar, cultural e
poltica.
8.23 CONCEPO DE CONHECIMENTO
O conhecimento um processo humano, histrico, constante, na busca de
compreenso da realidade vivenciada. Sua origem est na prtica do homem e na forma