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CYL2(QJ2L MT,9\[S..9LL COLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA ANO XV - N° 65 - JUUAGO 2002 Coordenador: Nelson V. Pamplona CAPITÃO VICENTE E SEUS DESCENDENTES EDUARDO DIAS ROXO NOBRE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO-SP: RobertoMenezesde Moraes O AUTOR, 2001, 308 PG., IL., 26crn o co-autor da excelente publicação "João Roxo e seus Descendentes "( SP- 1998 ), genealogista Eduardo Nobre, consócio do Colégio Brasileiro de Genealogia, pertencente também a ASBRAP e ao Instituto Genealógico Brasileiro, acrescenta um novo e louvável item à bibliografia genealógica brasileira com a publicação de sua obra Capitão Vicente e seus Descendentes. Primorosamente impressa, o estudo enfoca, após oito anos de longas pesquisas, as linhas descendentes e ascendentes do casal Vicente Alves de Araujo Dias, que nasceu em 1826 em Cabo Verde-MG, oriundo de troncos portugueses, mineiros e fluminenses e sua mulher Lucinda Cândida de Jesus nascida em 1834, também em Cabo Verde-MG com ascendentes mineiros. O livro contempla três gerações de ascendentes do Capitão Vicente, que vi veram em Penafiel, Portugal, próximo da cidade do Porto. Com edição rica de informações, retratos, assinaturas e ilustrações coloridas, o autor apresenta de forma muito correta, clara e detalhada, ao longo dos 11 capítulos referentes a cada um dos 10 filhos do casal, vários dos cerca de 3000 integrantes da grande descendência, que hoje na sétima geração, está ainda em sua maior parte radicada no interior paulista, região onde o Capitão Vicente se estabeleceu e foi um dos pioneiros. Um indice onomástico muito bem estruturado finaliza o livro. Ligados a diversas propriedades rurais, os enfocados no estudo em questão permitem a análise pelo acompanhamento das gerações sucessi vas, do desenvolvimento de uma numerosa fall1llla brasileira, que iniciada em típicos lavradores de café, ao mesmo tempo que ainda hoje mantém a posse dos latifúndios familiares, paulatinamente vão atuando e ocupando com sucesso, as posições mais diversas das atividades sociais e profissionais modernas, com muitos diplomados, técnicos, professores e empresários, oferecendo com isso, uma percepção das antigas famílias rurais brasileiras como formadoras de parcela expressi va, social, cultural e economicamente ativa do melhor segmento de nossa conturbada sociedade contemporânea. Ao longo do livro aparecem personagens simpáticos, que do passado transmitem uma impressão da alegria e da tranqüilidade da vida rural dos primórdios aos meados do século XX, endomingados em seus encontros, passeios e concorridos casamentos, muitas vezes registrados juntos de seus possantes calhambeques, caminhonetes e também primitivas charretes. Aparecem também na obra, diversas fotos de fazendas espaçosas e residências acolhedoras, confortáveis, que são indicadores seguros, junto com as fúnebres fotografias da sepultura familiar, e da rica eça armada na igreja por ocasião do falecimento da viúva do Capitão Vicente, de como era o viver e morrer na família enfocada, além de também servirem de prova da credibilidade do prestígio real da fall1llla em questão, tanto na época, como no meio geográfico e social em que agiram e ainda continuam a agir. N esses tempos em que pululam genealogias reivindicando prestígios, heranças e poderes inexistentes, a obra de Eduardo Dias Roxo Nobre é exemplar para servir de paradigma da publicação correta sobre uma famIlla brasileira considerada distinta, pois seus testemunhos e documentos são perfeitamente aceitáveis e confiáveis. As fotos do escritório da Fazenda Tubaca, pertencente a família , mostrando o efeito da invasão e pilhagem dos soldados mineiros durante a revolução paulista de 1932 são registros pouco comuns daquele acontecimento violento em que foi interrompida a calma rotina do cotidiano de várias famílias do interior paulista. Do mesmo modo, a transcrição do testamento conjunto do Capitão e sua mulher, divulga uma peça de valor documental que acrescenta subsídios ao estudo do pensamento doméstico e da mentalidade patriarcal brasileira nos fins do século XIX. O livro que transcende o valor estritamente histórico familiar, ainda contém índices, gráficos, transcrições de documentos e o sistema genealógico utilizado é o tradicional, com algarismos arábicos e romanos, o que toma fácil a consulta e agradável a leitura.

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CYL2(QJ2L MT,9\[S..9LLCOLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA

ANO XV - N° 65 - JUUAGO 2002

Coordenador: Nelson V. Pamplona

CAPITÃO VICENTE E SEUS DESCENDENTES

EDUARDO DIAS ROXO NOBRE

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO-SP: RobertoMenezesde Moraes

O AUTOR, 2001, 308 PG., IL., 26crn

o co-autor da excelente publicação"João Roxo e seus Descendentes "( SP­

1998 ), genealogista Eduardo Nobre,consócio do Colégio Brasileiro deGenealogia, pertencente também aASBRAP e ao Instituto GenealógicoBrasileiro, acrescenta um novo e louvávelitem à bibliografia genealógica brasileiracom a publicação de sua obra CapitãoVicente e seus Descendentes.

Primorosamente impressa, o estudoenfoca, após oito anos de longaspesquisas, as linhas descendentes eascendentes do casal Vicente Alves de

Araujo Dias, que nasceu em 1826 emCabo Verde-MG, oriundo de troncos

portugueses, mineiros e fluminenses esua mulher Lucinda Cândida de Jesus

nascida em 1834, também em CaboVerde-MG com ascendentes mineiros.

O livro contempla três gerações deascendentes do Capitão Vicente, quevi veram em Penafiel, Portugal,

próximo da cidade do Porto.Com edição rica de informações,

retratos, assinaturas e ilustraçõescoloridas, o autor apresenta de formamuito correta, clara e detalhada, ao

longo dos 11capítulos referentes a cadaum dos 10 filhos do casal, vários dos

cerca de 3000 integrantes da grandedescendência, que hoje já na sétimageração, está ainda em sua maior parteradicada no interior paulista, região ondeo Capitão Vicente se estabeleceu e foi umdos pioneiros.

Um indice onomástico muito bemestruturado finaliza o livro.

Ligados a diversas propriedades rurais,os enfocados no estudo em questãopermitem a análise pelo acompanhamentodas gerações sucessi vas, dodesenvolvimento de uma numerosa fall1llla

brasileira, que iniciada em típicoslavradores de café, ao mesmo tempo queainda hoje mantém a posse dos latifúndios

familiares, paulatinamente vão atuando eocupando com sucesso, as posições maisdiversas das atividades sociais e

profissionais modernas, com muitosdiplomados, técnicos, professores eempresários, oferecendo com isso, umapercepção das antigas famílias ruraisbrasileiras como formadoras de parcelaexpressi va, social, cultural e

economicamente ativa do melhor

segmento de nossa conturbada sociedadecontemporânea.

Ao longo do livro aparecempersonagens simpáticos, que do passadotransmitem uma impressão da alegria e datranqüilidade da vida rural dos primórdiosaos meados do século XX, endomingadosem seus encontros, passeios e concorridoscasamentos, muitas vezes registradosjuntos de seus possantes calhambeques,caminhonetes e também primitivascharretes.

Aparecem também na obra, diversasfotos de fazendas espaçosas e residências

acolhedoras, confortáveis, que sãoindicadores seguros, junto com asfúnebres fotografias da sepultura familiar,e da rica eça armada na igreja por ocasiãodo falecimento da viúva do CapitãoVicente, de como era o viver e morrer nafamília enfocada, além de também

servirem de prova da credibilidade doprestígio real da fall1llla em questão, tanto

na época, como no meio geográficoe social em que agiram e aindacontinuam a agir.

N esses tempos em que pululamgenealogias reivindicando prestígios,heranças e poderes inexistentes, aobra de Eduardo Dias Roxo Nobre é

exemplar para servir de paradigma dapublicação correta sobre uma famIllabrasileira considerada distinta, poisseus testemunhos e documentos são

perfeitamente aceitáveis e confiáveis.As fotos do escritório da Fazenda

Tubaca, pertencente a família ,mostrando o efeito da invasão e

pilhagem dos soldados mineirosdurante a revolução paulista de 1932são registros pouco comuns daqueleacontecimento violento em que foiinterrompida a calma rotina docotidiano de várias famílias do

interior paulista.Do mesmo modo, a transcrição do

testamento conjunto do Capitão e suamulher, divulga uma peça de valordocumental que acrescenta subsídios aoestudo do pensamento doméstico e damentalidade patriarcal brasileira nos finsdo século XIX.

O livro que transcende o valorestritamente histórico familiar, ainda

contém índices, gráficos, transcrições dedocumentos e o sistema genealógicoutilizado é o tradicional, com algarismosarábicos e romanos, o que toma fácil aconsulta e agradável a leitura.

CBG - Carta Mensa{ 65

OS PRIMEIROS IMIGRANTES ALEMÃES NO BRASILPARTE 1 / 3

de gado. Sua índole, porém, não era paraa agricultura, pois trabalho braçal eraconsiderado serviço de escravo. Haviapois vastas áreas de terra apenas ocupadaspor gado o que não surtiu o desejo defortalecer as fronteiras. Estas famílias

perderam a sua identidade e são vistas,geralmente, como imigrantes portugueses.

Com a vinda de D. João VI ao Brasil,chegaram também vários técnicos emsiderurgia para trabalharem na região deSorocaba. Entre eles podemos contarWilhelm Varnhagen, Gotthelf Feldner eDaniel Müller, todos filhos de pastoresprotestantes alemães. Além deles vierammais 227 imigrantes alemães paratrabalharem naquela empresa e naconstrução da estrada São Paulo-Cubatão.Hoje resta ainda um antigo cemitério deimigrantes naquela regão.

Já com a frota de Cabral vierarrÍ pessoasde origem germânica ao Brasil, entre eleso mestre João.

Conhecido também é Hans Staden quefoi aprisionado pelos índios no litoralpaulista. Ele cantava hinos protestantespara afastar o tédio da prisão.

Podemos citar, também, HeliodoroHesse e Ulrich Schmiedel. Bem conhecido

é também o episódio da invasão holandesano Brasil, cujos contingente era composto,em sua maioria, de protestantes, entre osquais muitos germânicos.

Experiências com agricultores teutosforam feitas na Bahia: em Leopoldínia em1818 pelo hamburguês Johann PhilippHenning Freyreiss e em Frankenthal em1821 pelo Major Schaeffer. Mas foram depouca expressão e o pequeno número deimigrantes em pouco tempo tomou-se umaespécie de escravos dos grandesproprietários da região oudebandou.

No Rio de Janeiro, a 7 de agostode 1821,jáerafundadaaSociedadeGermânia, com trinta sócios

fundadores, todos de origemgermânica.

~_. N o-sul-do-Brasil, -via-se-anecessidade de povoar a Provínciade São Pedro, na divisa com aCisplatina, para integrá-Ia aoterritório nacional. Em 1747 o

governo português fez um contratocom Felix Oldenburg para trazeragricultores. Este era um abastadocomerciante alemão e teria que trazer 4000fanu1ias numerosas (casais de número) dosAçores e da Ilha da Madeira para SantaCatarina e Rio Grande do Sul. A casa FelixOldenburg & Cia era na metade do séculoXVIII a mais importante casa comercialde Lisboa. Tinha muitos navios para ocomércio com o Brasil, a Índia e a China.Entre 1743-1753 detinha o monopólio dotabaco. Por causa de uma conspiraçãoOldenburg foi banido para a Angola, em1760, e todos os seus bens confiscados.Oldenburg trouxe milhares de insulanospara o sul do Brasil entre 1748 e 1752.Estas pessoas, na verdade, eram denacionalidade portuguesa, mas de origemflamenga e alemã (em sua maioria eramcristãos novos, isto é; judeus convertidosao catolicismo). Tinham-se abrigado ali,fugindo da Holanda e Alemanha. Entreeles podemos contar os Hurter = Dutra;Brügge = Borges; van den Haag = Silveira;von Erdreich = Terra; Bruyn e Bruhns =Brum; Zarco = Câmara. Estes receberamvastas sesmarias onde plantaram,tomando-se depois fazendeiros e criadores

Devemos destacar ainda a tentativa do

Barão de Langsdorff, em Petrópolis. Elepensava desenvolver dois grandes projetosno Brasil:

• organizar e executar uma expediçãocientífica ao interior do país, financiadapelo Império Russo;

• implantar uma colônia agrícola alemãcom recursos dele mesmo.

Ele tinha a intenção de introduzir a mão­de-obra européia em lugar do negroescravo, por ser mais eficiente e rentável.Adquiriu a fazenda da Mandioca perto dePetrópolis e tentou realizar ali aimplantação de uma povoação européiaque servisse de modelo para outrasfazendas brasileiras. Era um antigo sonhoque ele pretendera realizar no Kamchatka,antes de vir ao Brasil. Em 1820 começoua recrutar alemães para o seu projeto decolonização e obter recursos. No início de1822 partia de Bremen no navio "Doris".Com ele viajavam 94 pessoas, entreprofissionais de diversas áreas,agricultores, um padre e membros da suaprópria família. Todos, exceto duaspessoas, eram católicos. Este projeto,

Armindo L. MÜeller

porém, não vingou motivado pelosdistúrbios causados com o movimento da

independência, pela falta de recursos paraa continuidade do projeto, por falhas noplanejamento, pela rebeldia dos colonosque eram artífices e técnicos na Alemanhae não tinham necessidade de emigrar, pelaíndole escravocrata da sociedade brasileira

e porque ele mesmo perdeu as faculdadesmentais em virtude das febres que adquiriudurante uma expedição científica aointerior do Brasil.

O general Bohm, encarregado deorganizar o exército português, era deopinião que apenas com a ocupação dosolo brasileiro com propriedades agrícolasde menor porte isto seria possível. Estaidéia já havia sido testada e aprovada naEuropa por Frederico o Grande, daPrússia.

Tencionava-se o seguinte coma imigração alemã: dar proteçãocom colônias militares

estrangeiras ("muralha de~ .----cossacos")i'cproyíncia aindadominada por tropasPOrtuguesase evitar a separação. A idéia er~criar pequenas povoaçõesagrícolas, uma espécie de colôniasmilitares.

No ArqUIVO Histórico doItamarati existe um interessante

documento, assinado por JoséBonifácio de Andrade e Silva. Odocumento, datado de

21.08.1822, dá instruções ao majorSchaeffer, encarregado de trazerimigrantes para o Brasil:

art. 4: " ajustará umacolônia rural-militar que tenha maisou menos a mesma organização doscossacos do Don e do Ural, a qual secomporá de duas classes: a primeirade atiradores que debaixo do disfarcede colonos serão transportados aoBrasil onde deverão servir como

militares pelo espaço de seis anos, ea segunda de indivíduos puramentecolonos aos quais se concederãoterras para seus estabelecimentos,devendo porém servir como militaresem tempo de guerra "

e o art. 6: "As terras que o governopretende conceder para ambas asclasses para fundarem suas colôniassão no interior das Minas ao extremo

norte da Província, para o lado doRio Caravelas ".

Não encontramos nenhum documento

que pudesse esclarecer por que foramtrazidos imigrantes alemães e não cossacosrussos.

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Pela primeira vez estamos enviando a Carta

'lvfensa{ para os Sócios Correspondentes, delíngua espanhola residentes fora do Brasil.

Solicitamos aos mesmos que confirmem porescrito o recebimento desta até 30 de setembro

próximo.Admitiremos que o endereço dos que não

confirmarem está incorreto ou que não tenhaminteresse em tornar a recebê-Ia e porconseguinte não faremos nova remessa.

Nosso confrade pesquisa e tem interesse nahistória da família em destaque. Contate-o sevocê pesquisa este nome ou pode ajudá-lo:

ENG. GUILHERMEGRENHALG- RS - 1878­

Pe. Luiz Sponchiado - Casa Paroquial, 32097250-000 Nova Palma - RS

Nossos votos de boas vindas aos novos

sócios Colaboradores aprovados na Reuniãode Diretoria de 7 Ago 2002:• ARISTÓTELESRODRIGUEs-Juizde Fora-MG• LEILAOSSOLANASCIMENTO-RioJaneiro-RJ• GERALDOPONTESARAUJO-RioJaneiro-RJ

e ao sócio que retoma• GERALDOMICHAELHOWLING-RioJaneiro­

RJ

Graças a muito trabalho e dedicação, comeste número, nossa Carta Mensa{ atinge umrespeitável padrão de regularidade, qualidade,apresentação gráfica e conteúdo.

A Carta só existe em função dos associados.Esperamos, pois, sua crítica, colaboração eparticipação.

CBG - Carta Mensa[ 65

• ALBUQUERQUE,Pedro Carrano - Encontrocom os Ancesu'ais R$ 35,00

• BIBLIOGRAFIApreliminar sobreGenealogia no Brasil (Projeto MemóriaGenealógica) 40,00

• BRASILGenealógicoTomo IV n. 2 10,00Tomo I n. 1,11 n. 1 a 7, III n. 1 e 3 ,cada 3,00

• BRASIL,Lael Vital- Os Pereira de

Magalhães Descendentes do Cel. JoséFrancisco Pereira 20,00

Vital Brasil Mineiro de Campanha-umagenealogia brasileira 43,00

• CAVALCANTI,Arthur de SiqueiraReminiscências de uma vida

(com genealogia) 15,00

• COSTA,Alonso - As Orfãs da Rainha ­

unico exemplar 40,00

• Costa, Didio - Noronha - com genealogia- unico exemplar 15,00

• FONSECA,Raymundo da- A Saga dosFonsecas 20,00

• LEITE,Aureliano - O Cabo-Maior dosPaulistas na Guerra com os Emboabas - um

exemplar 20,00

• LEAL,Waldemar Rodrigues de Oliveira­Genealogia: Faill11ias Nogueira da Gama eGomes Leal 20,00

• LEME,Luiz G. Silva - GenealogiaPaulistana- (9 vol+índice, raro) 2000,00

• LIMA,Roberto Guião de Souza Lima et

al.- Fazenda São Lourenço(com genealogia) 10,00

• MATIOS, Armando-Manual de

genealogia portuguesa (raro) 30,00

Nossa Biblioteca, entre outras, recebeu as

seguintes obras:

• "Ainda Conquistadores e Povoadores doRio de Janeiro"-Belchior; Elysio de Oliveira­

Separata da Revista do IHGB, a.160, n. 402,1999 - doação do autor• "Revista Ibero Americana de Heráldica n.

17" - Organo de Expression deI ColegioHeraldico-Madrid - Segundo Semestre 2001• "O Povo Serrano, Tema de Palestras" -Alves,

LItiz Amonio-EST Edições, 2002 - doação deLuiz Cesar Nunes

• "Cury Tuba e a Epopeia de Balthazar"­Britto, Teresa Teixeira de - Curitiba, 2001

doação da autora• "Machado e Rodrigues-Fazenda Puri­Leopoldina-MG" - Rodriglles, José Llliz

Machado, - Rio de Janeiro, 2002 - doação doautor

• "Revista do Instituto Histórico e Geográficode Santa Catarina" - 3a fase n° 19, 2000

• "Gerações/Brasil"-Bo1etim da SociedadeGenealógica Judaica do Brasil- Semestral- Vol11- Julho 2002

• MIRANDA,Victorino Chermont de - Como

Pesquisar sua Própria Genealogia 5,00Iconografia e Bibliografia dos Titulares doImpério - III - Títulos de letras C-D 15,00Iconografia e Bibliografia dos Titulares doImpério - IV - Títulos de letras E-HLançamento 40,00

• MOURA,Carlos Eduardo Marcondes de ­

Os Galvão de França no Povoamento deSanto Antônio de Guaratinguetá 2 v. 35,00

• MOYA,Salvador de - GenealogiaResumida da Casa Imperial Brasileira e RealPortuguesa (raro) 20,00Os Gonçalves de Queluz (raro) 20,00• NEVES,Ilka de Guittes-Adélia Câmara

Barcelos 25,00Canguçu,RS: Primeiros Moradores,Primeiros Batismos 25,00

• PASIN,José Lins - Pasin: Cem Anos deuma Família Italiana no Brasil 15,00

• REVISTAdo Instituto Genealógico daBahia, n 2, 4, e 19, cada 20,00

• RIBEIRO,Armando Vidal Leite-A Faill11ia

Vidal Leite Ribeiro (raro) 40,00

• DUTRA,Marco Polo Phence Uma farm1iaSilva na São Paulo Setecentista 20,00

• WOLFF,Egon e Frieda - Os Cristãos

Novos na Obra de C. Rheingantz 5,00Genealogia Carioca II - A Família Hime

3,00O Indio. o Negro e seus Descendentes na

Obra de C. Rheingantz 5,00Sepulturas Israelitas, vol. 1, 2, 3 e 4,cada 10,00

Pedidos para o CBG acompanhados de chequecruzado e nominal ao Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro no valor respectivoacrescido da taxa de R$ 3,00 por volume.

• A Academia Fluminense de Letras - Casa

de Julio Salusse - acaba de eleger e empossarcomo Academico na cadeira n° 15 ­

patronímica de Farias Brito, - nosso sócio Pas­

tor Armindo L. Müeller, cujo trabalho"Alemães no Brasil" ilumina a página 2 desta.

• Nosso confrade Bartolomeu Buarque deHollanda publicou na revista "SuperInteressante Especial - Suplemento MundoEstranho" artigo sobre o clã familiar.

• De 18 a 20 de Julho último, no auditório

do Teatro do Colégio Mauá em Santa Cruz doSul-RS, foi realizado o VI Seminário Nacional

de Pesquisadores de História das ComunidadesTeuto-Brasileiras.

• De 26 a 28 Junho, na sede da Hebraica­RJ foi realizado o 2° Encontro Nacional do

Arquivo Histórico Judaico Brasileiro ecomemorados os 25 anos de fundação doMuseu Judaico no RJ.

• A 1a Conferencia Internacional de Estudos

Genealógicos, Memoria Familiar e GenealogiaMolecular foi realizada na Universidade de

Passo Fundo-RS. Breve publicaremos artigosobre Genealogia Molecular.

CBG -' Carta Mensa{ 65

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AINFORMÁTICA NA RECUPERAÇÃO DA IMAGEMDalmiro da Motta BllYS de Barros

As fotografias do século XIX já podemter suas imagens recuperadas através daInformática. Grande número de fotos

antigas apresentam fungos, pequenasmanchas esbranquiçadas ou escuras, quemaculam o aspecto íntegro das imagens.Outras perdem o contraste e ficam quaseque num tom só, igualmente perdendo anitidez, e ficam, em geral, amareladas.

A arte da fotografia no século XIX jámostrava imagens bastante boas. Eram empreto e branco e com nitidez, adquiridapor lentes de boa qualidade. Com o passardo tempo e em condições climáticasdesfavoráveis, as fotos foram perdendo acor e tomando-se amareladas. Pior ainda,foram perdendo o contraste. Desta forma,muitas fotos estão, hoje, em situação dedifícil identificação.

Há alguns anos, nos Estados Unidos,descobriu-se que, com banhos sucessivosde uma substância chamada Thiourea, asfotos readquiriam o seu contraste quasechegando ao original. Este processo,porém, punha em risco a foto original,porquanto não se podia prever o efeito quea_!ªl~u_bstância cau_saria_na foto com opassar do tempo. Era preciso fotografar afoto original e, depois do primeiro banhode Thiourea, tomar a fotografar e assimpor diante, fotografar após cada banho, atéque a foto estivesse bastante nítida e, sese perdesse quimicamente, restariam ascópias tiradas durante o processo. Hoje emdia, com o advento da Informática, já nãose corre este risco e tem-se um resultadoexcelente na maioria dos casos.

O processo consiste em fotografar ooriginal e depois escanear a cópia numaresolução de 300 dpi. A foto original nãodeve ser escaneada e nem xerocada,porque a luz intensa do scanner e dacopiadora xerox danificam as fibras decelulose do papel das fotos antigas, porisso fotografa-se o original e trabalha-se

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com a cópia, isto é, escaneia-se a cópia etrabalha-se na tela do monitor através de

um programa chamado "Photoshop". Esteprograma tem muitas ferramentas quepossibilitam, praticamente, refazer aimagem. É preciso conhecer bem asferramentas e ter muita paciência e tempodisponível.

Se forem antigas imagens de pessoas, épreciso ter algum conhecimento dedesenho e de indumentária, para não seconfundir, por exemplo, a parte de umasaia com uma sombra, ou a mancha de um

fungo com um adereço feminino. Aimportância do escaneamento em 300 dpié para que se possam fazer retoques quesejam imperceptíveis na imagem notamanho original. Retoca-se o pixel, tendoque, para isto, aumentar-se muito aimagem. Ao retomar ao tamanho original,o retoque não vai parecer falso.

Tenho tido a oportunidade de fazermuitas experiências, iniciando pela minhaprópria coleção de cerca de 2.000fotografias, entre daguerreótipos,ambrótipos, ferrótipos e fotografias empapel dos tipos carte de visite e cabinet,

conseguindo resultados surpreendentes,como nos exemplos que exponho nesteartigo. O primeiro, a foto carte de visite

tirada em Paris no atelier fotográfico"Pierson & Braun" em 1863, da Marquesade Cambolas, Condessa de Palarim, D.

Francisca Leopoldina de Souza Rezende,filha dos Marqueses de Valença.

Neste exemplo, pode-se ver a melhoraem termos de nitidez e contraste, a qualfoi conseguida usando as ferramentas decontorno, de limpeza com o carimbo e deajuste de imagem. Há inúmeras outrasferramentas desse programa que poderãoser usadas de acordo .com a necessidadede cada foto.

Manchas, buracos feitos por traças ecupins, tudo isto desaparece usando-se asferramentas do "Photoshop". As novas

fotos, tratadas, serão, então, impressas porimpressora própria para arquivosfotográficos, e a imagem estará salva. Ooriginal poderá deteriorar-se em poucotempo, mas a imagem estará salva. Outraaplicação deste programa é a retirada doselementos que não se desejem numa foto.

Por exemplo, na foto de um casal, quertirar-se o marido e deixar somente a

esposa. Facilmente se remove aquele eretoca-se o lugar onde estava para que nãopareça que dalí foi retirado alguém, coisaque, antes do surgimento da Informática,os fotógrafos faziam em seus laboratórios,mas com resultados que deixavam adesejar.

Se uma foto está com um colorido fraco,

desmaiado, podem-se reavivar as cores. Sefalta um pedaço e se quer a foto inteira,pode-se refazer o pedaço que faltava.Enfim, há imensas possibilidades com ouso deste formidável programa. Outrosprogramas existem, que podem auxiliar o"Photoshop" no restauro de imagens e sãousados pelos profissionais da área, como,por exemplo, o Coreldraw.

Neste outro exemplo, as netas doTenente General Lázaro José Gonçalves,D. Maria José de Azevedo Gonçalves eD. Alda Rosa da Motta Teixeira, num carte

de visite do fotógrafo Zeferino Medeiros,Rio de Janeiro, cerca de 1864 . Esta foto,

segundo Boris Kossoy, não seria dofotógrafo citado, porque este teria iniciadoos seus trabalhos em 1870, mas poderiater sido uma cópia feita por ele em épocaposterior, pois leva o seu carimbo. A fotooriginal é péssima, pouco nítida e bemtremida, mas, depois de tratada, podem­se perceber diversas melhorias. Observe­se o assoalho que, no original, poucoaparece e o vestido da primeiracontrastando com o fundo, que é a coluna

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CBG '- Carta !Mensa{ 65

de madeira,

Da mesma forma que se pode melhoraruma imagem fotográfica com o programa"Photoshop", podemos tratar umdocumento antigo. Antigos documentosmanuscritos, freqüentemente, apresentammanchas no papel causadas por umidade,borrões feitos pela tinta usada ou a sombrada escrita do outro lado da folha, buracos

feitos por traças, dobras, rasgões, enfim,uma série de elementos que deixam odocumento de tal fOlma "sujo" que mal sepodem ler os trechos escritos.

Escaneamos o documento e começamos

a fazer a "limpeza" para deixar somente ofundo claro e o texto escrito à tinta.

Ao imprimirmos o documento já tratado,teremos, então, o documento como deveria

estar quando foi escrito, sem manchas, semrasgões e sem dobras.

Assim, hoje, podemos contar com estevalioso auxílio na preservação do nossopassado; a Informática nos oferece apossibilidade de recuperar a forma maisdireta e completa de informação que é aImagem.

SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO DA MARINHA

o SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO DA

MARINHA tem como missão o estudo, a

pesquisa e a divulgação da História daMarinha Brasileira, bem como a

conservação da documentação pertinentee do patrimônio histórico e artístico daMarinha do Brasil.

Sua atual organização é resultado daevolução mais que secular, iniciada coma criação da Biblioteca da Marinha que,por sua vez, teve como embrião o Depósitode Escritos Marítimos da Real Academiados Guarda Marinha criado em 1802 em

Portugal e transferido para o Brasil, coma Academia em 1808.

Ao longo do tempo o complexo passoupor diversas formas estruturais assumindoo papel hodierno a partir de 1994.

Os Departamentos abaixo compoem oSERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO DA MARINHA:

• Museu Naval• História Marítima e Naval

• Publicações e Divulgação• Arquivo da Marinha• Biblioteca da Marinha

São de maior interesse para osgenealogistas os dois últimosDepartamentos.

ARQUIVO DA MARINHA

A documentação que retrata a vida dosintegrantes da Marinha está contida nosdois grupos abaixo, e~se referem a todosos militares, oficias, praças oumarinheiros, falecidos ou reformados,

independente da unidade a que tenhamservido:

• Livros Mestres - o militar era

registrado no Livro Mestre referente aoposto que ocupava, figurando em uma ouduas páginas. Sempre que era promovido

a outro posto, era registrado no livrocorrespondente a este novo posto .

• Caderneta Registro - que veio asubstituir os Livros Mestres a partir de1944, e que consiste em um pastacontendo toda a vida do militar, incluindo

filiação, local e data do nascimento,casamento, filhos, postos ocupados,promoções e na maioria das vezes,fotografia.

Para permitir a localização é necessárioconhecer pelo menos o primeiro e o últimonome do militar.

• Biografia dos Oficiais que tenhamse destacado no serviço militar ou civil

Toda esta documentação estámicrofilmada podendo ser consultada emmáquinas de leitura, disponíveis na salade pesquisa, adequada e confortavelmentemobiliada.

Para ter acesso não é necessário

agendamento devendo o consulente seidentificar na portaria de entrada do prédioe assinar o Livro de Pesquisa indicandoseus dados pessoais e as razões dapesqUIsa.

Os dados podem também ser solicitadospor carta, fax ou e.mail

Serviço de Documentação da MarinhaPraça Barão do Ladario

Ilha das Cobras, s / nTel. [21] 3870-6723Fax [21] 3870-6716

e.mail < [email protected] >Site < www.sdm.mar.mil.br >

Funcionamento em dias úteis9:00 às 12:00

13:00 às 16:00 horas

BIBLIOTECA DA MARINHA

Posui um acervo de aproximadamente

Nelson V. Pamplona

110 mil volumes, entre livros, folhetos,

periódicos e mapas, dedicados a HistóriaGeral, Naval e do Brasil e Cartografia.

A mapoteca conta ainda com umacoleção de cartas náuticas modernas eantigas, de notável valor, algumas raras eainda vários atlas geográficos.

A Seção de Obras Raras possui obrasde diversos assuntos especialmentecientíficos além de uma coleção de álbunse de roteiros de navegação.

Biblioteca da Marinha

Rua Mayrink Veiga, 2820090-050 - Rio de Janeiro - RJ

Tel. [21] 2516-8784Fax [21] 2516-0265

Sire < www.mar.mil.br/-sdm/biblio/htmFuncionamento em dias úteis

8:15 às 16:45 horas

Vale ressaltar que a documentaçãoacima se refere exclusivamente aosservidores militares da Marinha de Guerra

do Brasil, não devendo ser confundidos

com o pessoal da Marinha Mercante, cujosdados se encontram nas Capitanias dosPortos.

CBG - Carta Mensa{ 65

• Clicar em Registro de Casamentos

• Clicar em Pesquisar Ba~e de Dad0~ "\São opções de preenchimento (

campos: Ano / Paróquia / Marido / MulhDeve ser preenchido pelo menos um d

campos. No campo "Paróquia", podeescolher qual freguesia.

Deve-se reparar na ortografia correta,incluindo os acentos. Por exemplo, digite"António" ao invés de "Antônio"

A busca também aceita partes de nomes:digitando-se por exemplo "paul", teremos

• Empresas • FaIlll1ias e Pessoais resultados para Paula ou Paulo.• Misericórdias e Monásticos. O resultado da consulta mostrará:

BANCOSDEDADOS: Marido / Mulher / Paróquia / Ano / Livro• Registros Notariais • Bibliográficos / Folha

• Judiciais • Testamentos Vale ressaltar que se trata de um ótimo

todos quatro em elaboração guia para pesquisas, devido à facilidade• Registros de Passaportes de um vasto banco de dados, e permitir a

já digitalizado podendo ser consultado consulta simultânea à várias paróquias aoem terminal no local, porém não mesmo tempo. Isto é uma ferramentadisponível na Internet utilíssima, especialmente para aqueles que

• Registros de casamentos, disponível têm antepassados madeirenses, mas nãona Internet sabem a qual freguesia pertenciam. O

Este banco de dados inclui todos os banco ainda não inclui todas as paróquias

registos de casamentos até 1893 das .da Madeira, mas há planos de ampliaçãoFreguesias dos Concelhos de Machico, futura do site a fiiii de cobrir a totalidadeSanta Cruz, Funchal (Santa Luzia, Santa da Ilha da Madeira.

Maria Maior, São Pedro, Nossa Senhora A con~ulta,.embora'piovisoriám~nte, édo Monte, São Gonçalo, São Rôque), g~atuita e o Arquivo fornece certidões .

Câmara de Lobos e Ribeira Brfva;' num '~\ Arquivo Regional da.f4adeid

total de 63.806 registos. Os reg\stos ~pós 2~o i) Palácio de São ~ed~o :1893 encontram-se nas reSRectlvas,';/ Rua da Mourana, 33 .:

y .4" ••

conservatórias .. '> /9004-S64-Funchal-Ilhada MadeiraCOMO PESQUlSAR '--.:::'::./ < ahn\g>ar4biV:d~àd~ifa.orgi>• Clicar em Base de Dados '.

ARQUIVO REGIONAL DA MADEIRA

< www.arquivo-madeira.org >Órgão de gestão dos arquivos da Região

Autônoma da Madeira, funciona no

Palácio de São Pedro - antiga residênciados Condes de Carvalhal - e seu anexo noFunchal.

Convém frisar que antes de 1886 algunsdocumentos importantes foramtransferidos para o Arquivo Nacional daTorre do Tombo, como por exemplo,documentos da Provedoria e Junta da Real

Fazenda, da Alfândega, do Cabido da Sée dos Conventos de Santa Clara e Nossa

Senhora da Encarnação.

___9 Arquivo tem como competência"proceder à recolha, conservação,tratamento e divulgação da documentaçãoproduzida por instituições e organismospublicos e privados, farnilias ou individuosda Região Autonoma da Madeira ou comela relacionada, cujo valor informativo e/ou probatório justifique a sua conservaçãopermanente" .

São de interesse histórico-genealógicoos FUNDOSe as COLEÇÕES,constituídosdos ARQUIVOSPÚBLICOS, PRIVADOSeESPECIAIS.e os BANCOSDEDADOS- Dos ARQUIVOSPÚBLICOSteui interesse

particular:• Arquivos Judiciais • Notariais

• Paroquiais• Pessoas Coletivas Utilidade Pública

Destacam-se entre os ARQUIVOSPRIVADOS:

• Associações • Eclesiásticos• Confrarias e Irmandades

• Diocesanos e Reformados

REMETENTE

IMPRESSO

João Si111ões Lopes Filho

DESTINATÁRIO