COFFEE NEWSLETTER Ano 11 - No. 130 - 21 de Maio, 2018 · contribuem para o planejamento...

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COFFEE NEWSLETTER Ano 11 - No. 130 - 21 de Maio, 2018 EDIÇÕES Nº1 A 129 PODEM SER ENCONTRADAS NO SITE: www.peamarkeng.com.br 1 A SUA MELHOR FONTE DE INFORMAÇÕES SOBRE O AGRONEGÓCIO CAFÉS DO BRASIL. NESTA EDIÇÃO: - O TAMANHO DA SAFRA BRASILEIRA (Pág. 3) - SEPARANDO CEREJAS MADURAS: LAVADORES SÃO ESSENCIAIS PARA PRODUZIR NATURAIS DE ALTA QUALIDADE… E CAFÉS CEREJA DESCASCADO / HONEYS E LAVADOS TAMBÉM (Pág. 4) NÚMERO DE EMPREGOS CAI E SALÁRIOS CRESCEM NO CAMPO CONAB ATUALIZARÁ DADOS SOBRE ESTOQUES PRIVADOS Um estudo realizado recentemente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o agronegócio brasileiro vem empregando uma quandade menor de pessoas nos úlmos anos, devido à incorporação de tecnologias que impactaram posivamente a produvidade. Apesar de ser uma tendência inevitável, não é necessariamente ruim, já que a informalidade diminuiu, ao mesmo tempo em que os salários médios subiram no setor, porque tarefas menos remuneradas foram eliminadas. A população empregada pelo agronegócio totalizou 18 milhões de pessoas em 2017, ou 19,6% de toda a força de trabalho empregada no Brasil, uma queda de 1,9% ao ano nos úlmos 5 anos. Analistas observam que parte dos trabalhadores demidos encontrou oportunidades de trabalho no setor de serviços. A informalidade no agronegócio caiu 3,4% ao ano de 2012 a 2017 enquanto no resto da economia a queda foi de apenas 0,7% ao ano. Também houve um forte aumento no lucro médio das avidades agrícolas e pecuárias, de 9,2% ao ano entre 2012 e 2017, de acordo com o estudo. Fonte: Valor Econômico O FUTURO DA AGRICULTURA BRASILEIRA: NOVO ESTUDO DA EMBRAPA A Embrapa divulgou o documento Visão 2030: O Futuro da Agricultura Brasileira como parte das comemorações do 45º aniversário da instuição. O estudo é resultado de 18 meses de trabalho de 370 colaboradores e parte de um esforço da Embrapa de se reinventar racionalizando custos, tornando-se mais ágil e estruturando um braço privado para endereçar as novas tendências e desafios e fortalecer a pesquisa cienfica. Demandas como a transformação digital, novos hábitos de consumo e avanços na gastronomia estão impactando o modo como a Embrapa trabalha. A instuição estatal também está mudando para lidar com projeções de aumento do consumo global de água (50%), energia (40%) e alimentos (35%) até 2030, especialmente na América Lana, Ásia e África. Diante das maiores limitações de recursos naturais e das crescentes restrições ambientais, a Embrapa alerta que será necessário acelerar os esforços para aumentar a produção e, ao A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) está atualizando informações sobre os principais armazéns privados de café localizados nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Serão verificados dados como capacidade de recebimento e expedição, equipamentos ulizados nos armazéns e registro no Sistema de Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (Sicarm). Como parte deste processo, cada armazém será informado sobre a importância de parcipar nas pesquisas realizadas anualmente sobre estoques privados, uma vez que contribuem para o planejamento governamental relavo à produção agrícola. A coleta de dados pela CONAB começou em abril e está prevista para ser concluída até o final de junho de 2018. Fonte: Revista Globo Rural SUPER-COLHEITAS DO BRASIL EM RISCO, PRESENTE E FUTURO? Embora as condições climácas sejam favoráveis, a colheita de café não deve angir seu potencial produvo para um ano de bienalidade posiva no Brasil, devido à falta de chuvas durante o período de florada em algumas regiões. As úlmas projeções de safra esmam a produção de 2018 entre 54,4 e 58,5 milhões de sacas de café. O atual cenário de preços desagrada aos produtores e inibe o crescimento do plano e da produção, mas favorece a indústria, que espera um mercado bem abastecido. Os embarques brasileiros de café aumentaram apenas 1,1% ao ano entre 2008 e 2017; mesmo se considerarmos somente as exportações de Arábica – que veram o melhor desempenho – a taxa de crescimento foi de 1,4% ao ano e 0,6% ao ano abaixo da média mundial. Fontes: Valor Econômico e Revista do Café

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COFFEE NEWSLETTER Ano 11 - No. 130 - 21 de Maio, 2018

EDIÇÕES Nº1 A 129 PODEM SER ENCONTRADAS NO SITE: www.peamarketing.com.br 1

A SUA MELHOR FONTE DE INFORMAÇÕES SOBRE O AGRONEGÓCIO CAFÉS DO BRASIL. NESTA EDIÇÃO:- O TAMANHO DA SAFRA BRASILEIRA (Pág. 3)- SEPARANDO CEREJAS MADURAS: LAVADORES SÃO ESSENCIAIS PARA PRODUZIR NATURAIS DE ALTA QUALIDADE… E CAFÉS CEREJA DESCASCADO / HONEYS E LAVADOS TAMBÉM (Pág. 4)

NÚMERO DE EMPREGOS CAI E SALÁRIOS CRESCEM NO CAMPO

CONAB ATUALIZARÁ DADOS SOBRE ESTOQUES PRIVADOS

Um estudo realizado recentemente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o agronegócio brasileiro vem empregando uma quantidade menor de pessoas nos últimos anos, devido à incorporação de tecnologias que impactaram positivamente a produtividade. Apesar de ser uma tendência inevitável, não é necessariamente ruim, já que a informalidade diminuiu, ao mesmo tempo em que os salários médios subiram no setor, porque tarefas menos remuneradas foram eliminadas. A população empregada pelo agronegócio totalizou 18 milhões de pessoas em 2017, ou 19,6% de toda a força de trabalho empregada no Brasil, uma queda de 1,9% ao ano nos últimos 5 anos. Analistas observam que parte dos trabalhadores demitidos encontrou oportunidades de trabalho no setor de serviços. A informalidade no agronegócio caiu 3,4% ao ano de 2012 a 2017 enquanto no resto da economia a queda foi de apenas 0,7% ao ano. Também houve um forte aumento no lucro médio das atividades agrícolas e pecuárias, de 9,2% ao ano entre 2012 e 2017, de acordo com o estudo.

Fonte: Valor Econômico

O FUTURO DA AGRICULTURA BRASILEIRA: NOVO ESTUDO DA EMBRAPAA Embrapa divulgou o documento Visão 2030: O Futuro da Agricultura Brasileira como parte das comemorações do 45º aniversário da instituição. O estudo é resultado de 18 meses de trabalho de 370 colaboradores e parte de um esforço da Embrapa de se reinventar racionalizando custos, tornando-se mais ágil e estruturando um braço privado para endereçar as novas tendências e desafios e fortalecer a pesquisa científica. Demandas como a transformação digital, novos hábitos de consumo e avanços na gastronomia estão impactando o modo como a Embrapa trabalha. A instituição estatal também está mudando para lidar com projeções de aumento do consumo global de água (50%), energia (40%) e alimentos (35%) até 2030, especialmente na América Latina, Ásia e África. Diante das maiores limitações de recursos naturais e das crescentes restrições ambientais, a Embrapa alerta que será necessário acelerar os esforços para aumentar a produção e, ao

A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) está atualizando informações sobre os principais armazéns privados de café localizados nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Serão verificados dados como capacidade de recebimento e expedição, equipamentos utilizados nos armazéns e registro no Sistema de Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (Sicarm). Como parte deste processo, cada armazém será informado sobre a importância de participar nas pesquisas realizadas anualmente sobre estoques privados, uma vez que contribuem para o planejamento governamental relativo à produção agrícola. A coleta de dados pela CONAB começou em abril e está prevista para ser concluída até o final de junho de 2018.

Fonte: Revista Globo Rural

SUPER-COLHEITAS DO BRASIL EM RISCO, PRESENTE E FUTURO?Embora as condições climáticas sejam favoráveis, a colheita de café não deve atingir seu potencial produtivo para um ano de bienalidade positiva no Brasil, devido à falta de chuvas durante o período de florada em algumas regiões. As últimas projeções de safra estimam a produção de 2018 entre 54,4 e 58,5 milhões de sacas de café. O atual cenário de preços desagrada aos produtores e inibe o crescimento do plantio e da produção, mas favorece a indústria, que espera um mercado bem abastecido. Os embarques brasileiros de café aumentaram apenas 1,1% ao ano entre 2008 e 2017; mesmo se considerarmos somente as exportações de Arábica – que tiveram o melhor desempenho – a taxa de crescimento foi de 1,4% ao ano e 0,6% ao ano abaixo da média mundial.

Fontes: Valor Econômico e Revista do Café

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MARCAS BRASILEIRAS EM EXPANSÃO NO EXTERIORAs franquias de cafeterias estão se expandindo à medida que os consumidores começam a apreciar novos métodos de preparação de café e aprender mais sobre as origens brasileiras. Uma empresa de São Lourenço, cidade cafeeira e turística de Minas Gerais, planeja abrir 45 lojas em 2018 e uma operação em Lisboa, Portugal. Outra empresa, localizada na região metropolitana de Vitória, capital do Espírito Santo, que vende “café em creme” em frascos de vidro em suas 47 microfranquias, em 13 estados, assinou contrato para distribuir seu produto na China, Coréia do Sul e Japão.

Fonte: Valor Econômico

CAFÉS ESPECIAIS DO BRASIL ENTRANDO NO MERCADO CHINÊS

3 CORAÇÕES EXPANDE PORTFÓLIO DE BEBIDASAs vendas do Grupo 3 Corações aumentaram 20%, de R$ 3,1 bi (US$ 870.7 mi) para R$ 3,7 bi (US$ 1.04 bi) em 2017, em todos os segmentos. As vendas de cápsulas, que tinham estimativa de crescimento de 10%, tiveram um aumento impressionante de 34%. A unidade da empresa onde as cápsulas são produzidas, em Montes Claros, Minas Gerais, receberá investimentos de R$ 20 milhões (US$ 5.6 mi) e dobrará sua capacidade de produção mensal para 20 milhões de cápsulas. Em outra frente, sua marca TRES, de máquinas de cápsulas multi-bebidas, lançou um espresso de edição limitada para celebrar a Copa do Mundo 2018. O novo produto passa a integrar o portfólio da marca, que agora totaliza 22 bebidas entre cafés, cappuccinos e chás.

Fontes: Valor Econômico e Uol

Ano 11 - No. 130 - 21 de Maio, 2018

O governo de Minas Gerais iniciou uma série de ações para ampliar a presença de seus cafés especiais na China. Cinquenta amostras de cafés especiais cultivados e torrados de acordo com o programa de sustentabilidade Certifica Minas Café foram enviadas para a Huixin Management, grupo que possui lojas de café em várias partes do mundo. As amostras serão avaliadas por uma rede de supermercados, potencial compradora dos cafés. Dados da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais mostram que as exportações de café verde para a China cresceram 23% em volume e 15% em valor em 2017 em comparação com 2016.

Fonte: Revista Cafeicultura

Preços BrasileirosPrincipais Regiões Produtoras / Porteira da Fazenda 30 de Abril de 2018

Fonte: www.qualicafex.com.br

Arabica Natural (R$/saca de 60 kg)

Arabica Cereja Descascado (R$/saca de 60 kg)

Cerrado MG

Conilon / Robusta (R$/saca de 60kg)

Colatina-ES qualidade média

MogianaSul de Minas

Cerrado MGSul de Minas

331,00

BM&F (US$/60kg Arabica) Real R$ / Dolar US$

Set 2018 30 Abr 2018Dez 2018

Mar 2019

3,50+ 5,8%

435,00

430,00

430,00

455,00

450,00

150,85152,60

158,55

CONSUMO DE CAFÉ CONTINUA CRESCENDO NO BRASILO consumo de café em casa aumentou 3,9% em volume e 10% em valor no Brasil em 2017, em comparação ao ano anterior; o consumo fora de casa aumentou 2,7% em volume e 21% em valor. Pesquisas recentes mostram que apenas 40% da população brasileira tem o hábito de tomar café fora de casa, um índice baixo em relação a outros grandes países consumidores, e mostra um potencial de crescimento ainda maior nesse segmento.

Fonte: Valor Econômico

ILLY ESPERA REPETIR CRESCIMENTO NO BRASIL EM 2018Depois de um aumento de 14% de receita e de 18% em volume de café vendido no Brasil em 2017, apesar da lenta recuperação da economia, a italiana illycaffè espera repetir o desempenho este ano. A empresa fortaleceu seus negócios B2B e de e-commerce no país, que também é seu principal fornecedor de café verde. Cerca de 50% do blend illy vem do Brasil, principalmente de Minas Gerais, sendo os restantes 50% provenientes de 19 países da América Central e África. A empresa acompanha de perto o desenvolvimento de cada safra de café no Brasil, dada a importância do país para a operação da illy.

Fonte: Valor Econômico

mesmo tempo, preservar a sustentabilidade das cadeias de fornecimento, e prevê a expansão dos sistemas que integram agricultura-pecuária-floresta, a recuperação de pastagens degradadas e a otimização da irrigação. Se a produção global de alimentos crescer 20% na próxima década, a oferta brasileira terá que crescer 40% para que isso se torne realidade. Esta é mais uma razão para que a Embrapa continue seu trabalho relevante. Fontes: Valor Econômico e Embrapa

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OPINIÃO

O TAMANHO DA SAFRA BRASILEIRA

por Carlos H. J. Brando*

Muitas vezes questionados, os dados da safra brasileira publicados pela CONAB, agência do Ministério da Agricultura (MAPA) responsável pelas estimativas de estoque e de safra, juntamente com outras estimativas, foram objeto de um Workshop de um dia organizado pela Conselho Nacional do Café (CNC). O evento contou com a participação dos presidentes e ou principais executivos de todos os setores da cafeicultura brasileira e do governo – produtores (CNC e CNA), comercialização (CeCafé), indústrias de torrefação e solúvel (ABIC e ABICS) e Departamento de Café do MAPA – além da equipe da CONAB, cooperativas e representantes de outros ministérios. Os principais palestrantes foram o Diretor Executivo da Organização Internacional do Café (OIC), José Sette, o Superintendente de Informações do Agronegócio da CONAB, Aroldo Antonio de Oliveira Neto, e o Diretor Executivo da ABIC, Nathan Herszkowicz. Todas as partes interessadas representadas no evento foram convidadas a comentar as apresentações principais como parte do programa. As apresentações da CONAB, na sessão da manhã, mostraram os altos padrões utilizados pela agência para estimar a produção brasileira, desde a amostragem dos produtores a serem visitados até os procedimentos estatísticos e de consolidação utilizados. Foi mencionada a necessidade de mais recursos para melhorar a qualidade da amostragem e sua integração com o georreferenciamento e imagens de satélite da agência, cujo uso deve ser ampliado. A CONAB reconhece que o ponto mais fraco em seu trabalho atual relacionado ao café é a estimativa de estoques privados, baseada em questionários preenchidos pelos próprios proprietários. Valores mais confiáveis de estoques podem levar a melhor consolidação de todos os números – produção, exportação, consumo interno e estoques – e, por sua vez, levar a uma discussão interna sadia com relação aos números da produção antes de serem oficialmente liberados. A apresentação da ABIC indicou que o principal componente de suas estimativas de consumo interno vem de dados altamente confiáveis, fornecidos por empresas associadas que respondem por cerca de 80% do café consumido no Brasil. O restante vem, em partes iguais, de antigos membros da ABIC e do consumo não contabilizado formalmente, por exemplo: em fazendas ou municípios cafeeiros ou vendido por pequenos torrefadores informais. Os principais comentários da manhã abordaram os problemas de se ter duas estimativas do governo – da CONAB e do IBGE –, maneiras de melhorar as estimativas de estoque, como aumentar a confiabilidade do trabalho da CONAB, reconhecido pelos participantes mas questionado por muitos, e formas de disseminar a seriedade do trabalho realizado. Considerando que o IBGE é legalmente obrigado a fornecer estimativas de todas as safras brasileiras, os participantes recomendaram que a CONAB e o IBGE coordenem e conciliem seus números antes que as respectivas estimativas sejam divulgadas. Maior participação privada e formas de encorajar isto foram mencionadas como necessárias para melhorar as estimativas de estoques privados, que são vistas como críticas para se chegar a valores anuais consistentes de fluxo de café. O Deputado Federal e Presidente do CNC, Silas Brasileiro, que presidiu a reunião, afirmou que uma lei pode ser proposta para tornar obrigatória a informação de estoques privados por seus detentores. A apresentação principal da tarde, por José Sette, abordou as discrepâncias nos números anuais da cafeicultura brasileira que quase sempre mostram excesso de demanda ou falta de oferta. Pelo lado positivo, essa discrepância foi significativamente menor em 2016/17, após grandes diferenças registradas nas duas safras anteriores. Enquanto que em passado não muito distante a OIC simplesmente informava os números fornecidos pelos países membros, seu Conselho aprovou recentemente o ajuste de dados para chegar a números consistentes de fluxo de café ano após ano. O CNC questionou se esse procedimento de ajuste não deveria ser feito em consulta com os respectivos países, em vez de unilateralmente pela OIC, e Sette respondeu que isso não foi possível no tempo disponível, mas poderia ser viável no futuro. Os comentários da sessão da tarde revisitaram a necessidade de alocar fundos para a CONAB melhorar sua abordagem às estimativas de safras, tanto aumentando o uso e atualizando sua tecnologia de georreferenciamento e imagens de satélite, como também melhorando a amostragem e a auditoria. Também discutiu-se a necessidade de fornecer recursos para medir estoques de maneira confiável, já que isso não deveria ser uma estimativa mas uma contagem real de café fisicamente presente nos armazéns do governo e, especialmente, naqueles privados. É óbvio que estoques são hoje tratados como estimativas, dada a falta de números reais! Por fim, dedicou-se um tempo substancial à discussão da necessidade de conciliar dados – produção, exportação, consumo e estoques – antes da divulgação das estimativas da CONAB, de preferência com a participação de outras partes responsáveis por estimativas, por exemplo: IBGE e ABIC, e fazer ajustes, se necessário, por todas as partes, a fim de fornecer dados consistentes ao mercado e a OIC. * Carlos H. J. Brando, que escreveu este relato, mediou a sessão da tarde do Workshop. No entanto, este não é um relatório oficial do Workshop e, embora autorizado pela CNC, possui os pontos de vista do autor que é o único responsável por seu conteúdo.

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4Mais informações sobre equipamentos da Pinhalense no site: www.pinhalense.com.br

SEPARANDO CEREJAS MADURAS: LAVADORES SÃO ESSENCIAIS PARA PRODUZIR NATURAIS DE ALTA QUALIDADE… E CAFÉS CEREJA DESCASCADO / HONEYS E LAVADOS TAMBÉM

MÁQUINA DO MÊS

Inventados e patenteados pela Pinhalense, os lavadores mecânicos LSC são essenciais para produzir cafés naturais de alta qualidade, sozinhos ou combinados com outras máquinas Pinhalense, dependendo do tipo de natural a ser produzido e da matéria-prima disponível. Tradicionalmente usados no Brasil, onde os cafés naturais têm papel chave no consumo doméstico e exportação, os lavadores Pinhalense encontraram seu lugar em muitos outros países produtores como primeira máquina nos benefícios úmidos, precedendo os despolpadores e substituindo os tanques-sifões convencionais que consomem água e requerem mão de obra. Porém, seu papel na produção de naturais em origens típicas de cafés lavados tem sido até certo ponto ignorado. Diferentes qualidades de cafés naturais podem ser obtidas a partir das cerejas maduras, sobremaduras, e parcialmente secas. O lavador LSC é essencial na separação de cerejas sobremaduras e parcialmente secas que não são muitas no início da colheita, mas tendem a aumentar conforme a colheita avança e se aproxima do fim. O papel do lavador LSC da Pinhalense é separar os bóias, menos densos (“leves”), que “flutuam”, das cerejas mais densas (“pesadas”), que afundam, isto é, separar as cerejas sobremaduras e parcialmente secas daquelas que são em sua maioria maduras com imaturas misturadas, dependendo da qualidade da colheita. Como resultado desta separação, o lavador faz com que as cerejas sobremaduras e parcialmente secas estejam disponíveis para secagem imediatamente sob o sol, em secadores mecânicos ou em uma combinação de ambos os sistemas de secagem, para produção de um tipo de natural. Os produtores de naturais mais preocupados com a qualidade podem separar as cerejas sobremaduras das parcialmente secas e processá-las de maneiras diferentes. Com a tecnologia Pinhalense, é possível separar estes dois tipos de cerejas que estão em diferentes estágios de maturação, possuem diferentes características organolépticas e devem ser secados separadamente, para produzir naturais que podem ter diferentes características na xícara.

Super-naturais é o nome que a exportadora de cafés especiais QualicafeX deu aos sobremaduros (“passas”) separados devido a seu tamanho depois da separação por densidade nos lavadores. As cerejas sobremaduras maiores (“passas”) possuem corpo e doçura que fazem delas um ingrediente único para “blends” de espresso de alta qualidade. Uma combinação de máquinas Pinhalense é, no entanto, necessária para obter estes super-naturais: lavador seguido de separador por tamanho.

Produzir naturais a partir de cerejas maduras (que afundam no lavador) pode exigir uma separação adicional, para eliminar as cerejas verdes antes da secagem. Há muita conversa no mercado hoje em dia sobre o uso das caras eletrônicas para executar essa tarefa, mas dependendo da qualidade da colheita, que é alta na maioria dos países produtores de café lavado, essa separação pode ser feita manualmente a um custo adicional pequeno. Outra possibilidade é usar os separadores de cerejas imaturas de alto desempenho da Pinhalense e produzir Black Honey, o cereja descascado secado com toda sua mucilagem, cujas características na xícara são muito próximas se não iguais às dos naturais na maioria das áreas de produção. O lavador mecânico LSC, que recicla a pouca água que utiliza, oferece outros benefícios além da separação de cerejas. Ele remove impurezas menores e maiores que o café assim como pedras, e tudo é descarregado continuamente, sem a necessidade de mão-de-obra. A separação de materiais estranhos ao café é crítica para evitar danos nos despolpadores e desmuciladores e estender sua vida útil. Os lavadores Pinhalense possuem muitas vantagens sobre os tanques sifões convencionais, que consomem muita água, requerem frequentes descargas manuais de pedras (e bóias também, em alguns casos) e não separam materiais estranhos. O lavador LSC Pinhalense, disponível em diversos tamanhos e capacidades, pode ser usado independentemente das outras máquinas, incorporado facilmente em linhas existentes de benefício úmido fornecidas por outros fabricantes, para substituir os tanques sifões convencionais, e usado como primeira máquina nas linhas de benefício úmido Pinhalense.

“LEVES”(CEREJAS SOBREMADURAS E

PARCIALMENTE SECAS)“PESADAS”(CEREJAS IMATURAS - VERDES - E MADURAS)

IMPUREZAS MAIORESQUE O CAFÉ

IMPUREZAS MENORESQUE O CAFÉ

PEDRAS