Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação...

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Nº 1611 / 30 de outubro 2015 / Semanal / Portugal Continental J 2,20 www.vidaeconomica.pt DIRETOR João Peixoto de Sousa PUB SEGUROS Caravela está compradora no mercado Pág. 17 ANGOLA Défice angolano deve descer para 3,5% Pág. 34 FISCALIDADE Acordos com multinacionais têm vigilância reforçada Pág. 4 TRABALHO Contratos a prazo vão ter mais restrições Pág. 3 EMPRESAS ECCO reforça investimento em Portugal Pág. 14 TURISMO Operadores investem no mercado sénior francês Pág. 21 9 720972 000037 01611 CONTRATO Nº 594655 O futuro da sua empresa começa hoje! Saiba como podemos ajudar! www.sage.pt/portugal-2020 PUB MERCADOS Opel garante que não adultera emissões Pág. 24 TECNOLOGIAS Mercados externos adiam estratégia do grupo Sendys/Alidata Pág. 20 SEGURANÇA SOCIAL Pensões de invalidez só para pessoas “a três anos da morte” Pág. 8 SEGUROS Coface reduz risco no setor automóvel Pág. 38 Vida Judiciária Franchising Metal Imobiliário SUPLEMENTOS NESTA EDIÇÃO PUB Comissão Europeia aposta na dinamização do microcrédito Microempresas criam 85% dos novos postos de trabalho Págs. 6 e 7 CGD negoceia com BEI duplicação das verbas do Jessica A linha Jessica, no valor de 75 milhões de euros, poderá ser reforçada em várias dezenas de milhar de euros, adianta Jorge Madeira, diretor do departamento de imobiliário da CGD. O prazo máximo de reembolso desta linha é de 15 anos, com um máximo de carência de quatro anos. Pág. VIII, Supl. Imobiliário Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras com este produto. O valor de re- construção do imóvel e o valor do seu conteúdo são os fatores conside- rados nos preços. A diferença pode ultrapassar os 100 euros. Pág. 23

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Nº 1611 / 30 de outubro 2015 / Semanal / Portugal Continental J 2,20

www.vidaeconomica.pt

DIRETORJoão Peixoto de Sousa

PUB

SEGUROS

Caravela está compradorano mercado

Pág. 17

ANGOLA

Défi ce angolano deve descer para 3,5%

Pág. 34

FISCALIDADE

Acordos com multinacionais têm vigilância reforçada

Pág. 4

TRABALHO

Contratos a pr azo vão ter mais restrições

Pág. 3

EMPRESAS

ECCO reforça investimento em Portugal

Pág. 14

TURISMO

Operadores investem no mercado sénior francês

Pág. 21

9 720972 000037

0 1 6 1 1

CONTRATO Nº 594655

O futuro da sua empresa começa hoje!Saiba como podemos ajudar!

www.sage.pt/portugal-2020

PUB

MERCADOSOpel garante que não adultera emissões

Pág. 24

TECNOLOGIASMercados externos adiam estratégia do grupo Sendys/Alidata

Pág. 20

SEGURANÇA SOCIALPensões de invalidez só para pessoas “a três anos da morte”

Pág. 8

SEGUROS Coface reduz risco no setor automóvel

Pág. 38

• Vida Judiciária

• Franchising

• Metal

• Imobiliário

SUPLEMENTOS

NESTA EDIÇÃO

PUB

Comissão Europeia aposta na dinamização do microcrédito

Microempresas criam 85% dos novos postos de trabalho

Págs. 6 e 7

CGD negoceia com BEI duplicação das verbas do Jessica

A linha Jessica, no valor de 75 milhões de euros, poderá ser reforçada em várias dezenas de milhar de euros, adianta Jorge Madeira, diretor do departamento de imobiliário da CGD. O prazo máximo de reembolso desta linha é de 15 anos, com um máximo de carência de quatro anos.

Pág. VIII, Supl. Imobiliário

Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis

O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras com este produto. O valor de re-construção do imóvel e o valor do seu conteúdo são os fatores conside-rados nos preços. A diferença pode ultrapassar os 100 euros.

Pág. 23

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2 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

ABERTURA

Top da semana

INVESTIR

Setor privado ainda cresce na Alemanha

A Alemanha continua a revelar um desempenho bastante positivo em termos económicos. O sector privado apresentou, em outubro, o seu trigésimo mês consecutivo de crescimento. Um indicador consistente para o quarto trimestre, apesar dos receios criados com o escândalo da VW e o abrandamento da economia chinesa.Os empresários ainda estão confiantes, mas o sector industrial já manifestou algumas debilidades, com o crescimento menos acentuado desde o passado mês de maio, de acordo com a Markit. Entretanto, uma boa notícia prende-se com a ligeira aceleração, em igual período, da economia francesa, especialmente na área dos serviços.

EXPANSIÓN

Google bate as melhores previsões

O gigante tecnológico Google teve resultados consolidados de 18,6 mil milhões de dólares, no terceiro trimestre, mais 13% do que em igual período do ano passado. Já o resultado líquido

disparou 45%, para quase quatro mil milhões de dólares.A Google bateu todos as estimativas dos analistas, quer em resultados, quer em ganhos. O excelente desempenho ficou a dever-se ao aumento dos resultados por publicidade, enquanto o número de cliques pagos cresceu 23%, refere a tecnológica em comunicado.

THE WALL STREET JOURNAL

Investidores perdem fortunas com apostas erradas no petróleo

O negócio do petróleo aparecia como uma oportunidade de fazer milhões. Mas afinal as coisas correram mal. Gestores de fundos de “hedge” e “private equity” começaram a comprar títulos de dívida emitidos pelas petrolíferas em dificuldades, com expetativas de lucrarem com uma reversão na queda nos preços do petróleo. Afinal, os preços mantiveram a tendência de quebra.As empresas petrolíferas captaram milhões de dólares e garantiram que os investidores iriam ter enormes retornos. Mas o petróleo continuou a cair, prejudicando as empresas e os grandes investidores que pensaram que tinham comprado os títulos nos mínimos.

ImprensaEM REVISTA

Opinião ..................... Pág. 09

Os novos desafios da Autoeuropa

Internacional ............ Pág. 12

Procura de petróleo vai sofrer forte quebra no próximo ano

Turismo ......................Pág. 21

Operadores investem no mercado sénior francês

Turismo ..................... Pág. 22

Hotel Rural Quinta Nova atinge “break-even”

Mercados .................. Pág. 25

A gestão das poupanças em tempo de turbulência

Mercados .................. Pág. 28

Oportunidade emergente?

Fiscalidade .................Pág. 36

O IVA nas refeições escolares

Automóvel ................ Pág. 38

Um em cada três jovens europeus já participou em corrida ilegal

Automóvel .................Pág. 39

ARAC lamenta que Portugal tenha das mais altas fiscalidades da Europa

Nesta edição

05Atualidade

Paulo Macedo tornou o quadro clínico da saúde pouco animador

12Internacional

Gigantes da tecnologia têm cada vez mais poder

35 Fiscalidade

Comissão insiste na intensificação do combate ao planeamento fiscal agressivo

Humor económico

EDITOR E PROPRIETÁRIO Vida Económica Editorial, SA DIRETOR João Peixoto de Sousa COORDENADORES EDIÇÃO João Luís de Sousa e Albano Melo REDAÇÃO Virgílio Ferreira (Chefe de Redação), Adérito Bandeira, Aquiles Pinto, Fernanda Teixeira, Guilherme Osswald, Patrícia Flores, Rute Barreira, Susana Marvão e Teresa Silveira; E-mail [email protected]; PAGINAÇÃO Célia César, Flávia Leitão e Mário Almeida; PUBLICI-DADE PORTO Rua Gonçalo Cristóvão, 14, 2º 4000-263 Porto - Tel 223 399 400 • Fax 222 058 098 • E-mail: [email protected]; PUBLICIDADE LISBOA Campo Pequeno, 50 - 4º Esq 1000 - 081 Lisboa • Tel 210 129 550 • E-mail [email protected]; ASSINATURAS Tel 223 399 400 • E-mail [email protected]; IMPRESSÃO Naveprinter, SA - Porto DISTRIBUIÇÃO VASP, SA - Cacém E-mail [email protected] • Tel 214 337 000 - Fax 214 326 009

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MEMBRO DA EUROPEAN BUSINESS PRESS

NUNO AMADO

Nuno Amado tem feito um trabalho muito positivo na administração do BCP. Um banco que estava em sérias

dificuldades e que corria o risco de insolvência quando antigo presidente do Santander Totta assumiu os seus destinos. Desde logo, aceitar tal desafio revelou coragem e a confiança de que era possível salvar o banco que chegou a ser o maior do setor privado. Ainda em processo de recuperação, até setembro registou um lucro de quase 119 milhões de euros. Sobretudo revela que há continuidade em termos de melhoria. Por outro lado, verificou-se uma forte quebra nos custos operacionais, tendo em conta os esforços de racionalização das operações.

CAVACO SILVA

Em fim de mandato, o Presidente da República dificilmente faria pior. A forma como tem

conduzido o processo político acaba por ser extremamente negativa para o próprio regime. Em vez de unir, Cavaco dividiu ainda mais os partidos. Em vez de chegar a consensos criou um contexto de agressividade política. Aliás, a eleição de Ferro Rodrigues para a presidência da Assembleia da República é disso mesmo um exemplo. Também conseguiu complicar ainda mais a vida à própria coligação no poder. Vai sair da vida política pela porta pequena e sem deixar saudades aos Portugueses, o que é sempre lamentável e vai contra a tradição.

JOSÉ SÓCRATES

O antigo Primeiro- -Ministro assumiu a

posição que se esperava. Voltou à ribalta política e, como lhe é caraterístico, a disparar em todas as direções. Sócrates quer aproveitar ao máximo o mediatismo de que ainda usufrui. A sua principal preocupação é estar nas páginas dos jornais e nas aberturas dos telejornais, pois sabe que no dia em que houver desinteresse ou esquecimento por parte do público a sua carreira política chegou ao fim. Sem acrescentar seja o que for de novo, Sócrates limita-se a criticar jornalistas, juízes e comentadores. Afinal, todos estão enganados e a razão está do seu lado. Esta a sua forma de estar na vida.

Causas do dia a diaANTÓNIO VILAR [email protected]

Vivem-se em Portugal, neste outono de 2015, momentos de profunda intranquilidade, uns por umas razões, outros por outras. Tentando perceber as causas respetivas, não poderei dizer que, tirando alguns radicalismos de vários lados, haja motivos para desesperança.

A esperança é política! E a mudança permanente e inelutável.

Tendo lutado até à exaustão, durante o PREC, contra a tentativa de instauração de um regime pró-soviético em Portugal – e não ignorando que a geopolítica nos mostra, hoje, tentativas de um regresso possível ao passado negro da guerra fria, entendo que, mesmo assim – ou por isso –, deveremos estar de espírito aberto a novas soluções democráticas e a outras alternativas económicas, na Europa e no mundo em geral. Obviamente, também, em Portugal.

A mudança é lei eterna, sendo certo que prever o futuro, seja do nosso país, da humanidade, ou do planeta e do universo, não parece ser coisa ao nosso alcance mesmo com toda a panóplia de instrumentos que a inteligência artificial e suas técnicas vão disponibilizando. Além de que uma eventual ditadura de predição – nas mãos de alguns – seria sempre um terrível instrumento de poder, inaceitável em democracia (v. Jacques Attali,

“Peut-on prevoir l´avenir”, Fayard, 2015).Podemos estar às portas do inferno, ou de

um outro Renascimento. As variáveis a gerir são multifacetadas e não podemos ignorar, aí, a recente história da UE principalmente a partir da crise financeira de 2008, que “migrou”, até nós, vinda dos EUA caindo em cima dos problemas económicos que já existiam desde os anos de 1970 com a crise do petróleo. Nós, portugueses, vamos nesta barca e pouco poderemos fazer isolando-nos da Europa e do mundo. Mas podemos, pelo menos, pensar e agir com dignidade. contribuindo para que a mudança vá no melhor sentido. E parece que já não estaremos sós!

A UE move-se. Várias regras têm sido adotadas – o Mecanismo Europeu de Estabilidade e a união bancária que parece avançar, nomeadamente. Tarde e a más horas, mas estarão a dar alguns frutos.

A crise grega da primavera e verão – laboriosamente planeada por agentes financeiros sem lei nem ética, tanto quanto pelo engano do povo grego (e do português, também) que se endividaram em benefício de agiotas internacionais e, depois, por elas passaram a ser sangrados – e, mais recentemente, a crise das migrações estão a fazer pairar o fim da UE.

Das crises pode sair-se com mais solidariedade, mais força, mais determinação. Na UE e em Portugal, tanto quanto em outras latitudes. Delas não tem que derivar o nada.

A crise dos refugiados, que não foi prevista nem, tão-pouco, estudada e, antes, escamoteada, está aí para ficar por longos anos. É a revolta dos deserdados do mundo que a Europa explorou até ao tutano. Não será resolvida com mais dinheiro em cima dos respetivos problemas nem com a austeridade que aniquilou tantas possibilidades de se ser pessoa nos últimos tempos. Isso foi fácil, agora vai fiar mais fino! É uma crise muito mais funda que todas as anteriores.

Por cá as dificuldades nativas tem a ver especialmente com a conservação do poder por uns, ou a sua conquista efetiva por outros. Questões de lana caprina se olharmos o horizonte toldado que nos envolve, mas de vida ou de morte, parece, para muitos dos interessados combatentes por uma certa democracia – ou cleptocracia?

Eu, que já há certo tempo deixei de acreditar no Pai Natal dos comerciantes, nunca vi comunistas a comer criancinhas ao pequeno-almoço, mas sei que há por aí quem coma, sem preconceitos, o pequeno-almoço de muitas crianças. E isto faz-me pensar mas também ter esperança.

Crises e mais crises – que futuro nos esperará?Podemos estar às portas do inferno, ou de um outro Renascimento

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REGIME DE RENOVAÇÃO EXTRAORDINÁRIA VAI ACABAR

Contratos a prazo vão ter mais restrições

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ATUALIDADE

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 3

Fundação AEP recebe Luís Amado

A Fundação AEP organiza no próximo dia 5 de novembro, pelas 12h45, um Debate ao Al-moço que terá como orador Luís Amado, sobre o tema “África perante a crise interna: riscos e oportunidades”. Luís Amado é atualmente, presidente não executivo do Conselho de Ad-ministração do BANIF, professor convidado do ISCSP e consultor de empresas. Este almoço terá lugar no restaurante da Fundação AEP, no Porto.

gime extraordinário, a partir dessa data os contratos a termo certo voltam a estar limitados a três renovações e a ter os prazos de duração máxima estabelecidos no Código do Trabalho, ou seja:

18 meses (1º emprego); dois anos (lançamento de nova atividade, início de laboração de empresa ou estabelecimento, desemprega-dos de longa duração) e três anos (nas demais situações).

O regime de renovação ex-traordinária dos contratos a ter-mo certo estabelecido pela Lei nº 76/2013 está a terminar e tudo indica que não vai ser prorroga-do. Assim, a 8 de novembro de 2015 vai terminar a possibilidade de renovação alargada dos con-tratos a prazo.

O primeiro regime de renova-ção extraordinária de contratos de trabalho a termo certo foi in-troduzido pela Lei nº 3/2012, de 10 de janeiro. A medida teve por objetivo flexibilizar a contratação a prazo para reduzir o desempre-go e veio permitir duas renova-ções extraordinária dos contratos a termo certo.

Ficaram abrangidos por este re-gime extraordinário de renovação os contratos a termo que entre 8 de novembro de 2013 e 8 de novembro de 2015 atingissem os limites máximos da sua duração previstos no Código do Trabalho ou na Lei 3/2012.

A Lei nº 76/2013 veio possibi-litar a esses contratos a termo cer-

to duas renovações extraordiná-rias, sujeitas aos seguintes limites:

– a duração total das renova-ções extraordinárias não podia exceder 12 meses;

– a duração de cada renovação extraordinária não pode ser infe-rior a um sexto da duração má-xima do contrato de trabalho a termo certo ou da sua duração efe-tiva, consoante a que for inferior;

– o limite de vigência de qual-quer contrato a termo certo obje-to de renovação extraordinária é 31 de dezembro de 2016.

Nesse diploma prevê-se que, decorrido um ano sobre a data da sua entrada em vigor, os parceiros sociais deveriam, em sede de Co-missão Permanente de Concerta-ção Social, elaborar um relatório intercalar sobre o resultado da aplicação deste regime.

O regime extraordinário pre-visto na Lei nº 76/2013 só vigo-ra até ao dia 8 de novembro de 2015. Sendo praticamente certo que não vai surgir um novo re-

O regime extraordinário só vigora até ao dia 8 de novembro de 2015

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Abuso fi scal das empresas atinge os 190 mil milhões de eurosO abuso fi scal das multinacionais resulta numa perda de rendimento fi scal ou impostos, cal-culada em 50 mil a 70 mil milhões de euros. Se contarmos ainda outras questões como, por exemplo, o montante relativo à elisão fi scal e aos acordos especiais, esse montante pode che-gar a 160 mil, a 190 mil milhões de euros – afi rmou a eurodeputada Marisa Matias (CEUE/EVN), no Parlamento Europeu.

PLMJ assessora aquisição da EFACEC Power Solutions A PLMJ foi a responsável pela assessoria jurídica da sociedade WINTERFELL 2 LIMITED na aquisição de uma participação maioritária da EFACEC Power Solutions, SGPS, SA. socie-dade portuguesa “holding” da área de soluções energéticas. Tratou-se de uma operação com-plexa apenas concluída na passada sexta-feira com a celebração de diversos contratos entre todas as partes envolvidas.

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PORQUE o ato de empreender, de fazer, de criar, de inovar, de procurar soluções que nos melhorem a vida, está patente em todos nós.

PORQUE o empreendedorismo pode e deve ser parte de um pro-cesso formal de aprendizagem em sala de aula, e quanto mais cedo na vida das pessoas, melhor.

PORQUE o espírito empreendedor não é um traço de personalidade mas um comportamento que deriva de duas coisas: os conhecimentos e a atitude.

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O Parlamento Europeu vo-tou esta semana o seu parecer sobre a proposta que obriga os Estados-Membros à troca au-tomática de informações sobre decisões fiscais antecipadas transfronteiras (“tax rulings”). Os eurodeputados queriam que o Conselho de Ministros

da UE tivesse ido mais longe, considerando que esta foi uma “oportunidade falhada” para aumentar a transparência e combater o planeamento fiscal agressivo.

A proposta de diretiva foi apresentada pela Comissão Europeia na sequência do es-

cândalo “Luxleaks”, fazendo parte de uma série de iniciati-vas destinadas a prevenir a eli-são fiscal por parte das empre-sas. O Conselho de Ministros da UE (governos nacionais) chegou a um acordo político sobre esta proposta no dia 6 de outubro. O Parlamento Euro-

EURODEPUTADOS QUERIAM QUE A UE TIVESSE IDO MAIS LONGE

Acordos fi scais com multinacionais suje itos a maior vigilância

O relator do Parlamento Europeu, Markus Ferber (PPE, DE), tem dúvidas quanto à limitação criada.

PUB peu é consultado em matéria de fiscalidade, tendo aprovado o seu parecer sobre esta pro-posta por 572 votos a favor, 90 contra e 30 abstenções.

Apesar de acolherem po-sitivamente as incitativas apresentadas na sequência do escândalo “Luxleaks”, os eurodeputados queriam que a UE tivesse ido mais longe, considerando que esta foi uma “oportunidade falhada” para aumentar a transparência.

A diretiva exige que os Es-tados-Membros procedam à troca automática de informa-ções sobre as decisões fiscais antecipadas “transfronteiras” - deixando de fora as pura-mente nacionais - e os acordos prévios de preços de transfe-rência.

O relator do Parlamento Eu-ropeu, Markus Ferber (PPE, DE), tem dúvidas quanto a esta limitação, realçando que os acordos fiscais “podem ter uma dimensão transfronteiras, apesar de se referirem a ope-rações puramente nacionais, nomeadamente no caso das operações em cascata, onde o acordo fiscal ou o acordo de preços prévios se refere às primeiras operações nacionais, sem ter em conta as operações (transfronteiras) seguintes”.

Novas regras aplicadas a partir de 1 de janeiro de 2017

Os eurodeputados lamen-tam também que o acordo al-cançado no Conselho limite o papel da Comissão, que pouco ou nada poderá fazer com as informações trocadas. O exe-cutivo comunitário poderá criar um repertório central se-guro em que ficarão armazena-das as informações. O repertó-rio ficará acessível a todos os Estados-Membros e, apenas na medida em que for necessário para a correta execução da di-retiva, à Comissão.

As novas regras deverão ser aplicadas a partir de 1 de ja-neiro de 2017.

ATUALIDADE

4 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

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O enorme desinvestimento realizado na Saúde pelo ministro Paulo Macedo, associado à falta de dignidade com que tratou os profi ssionais, resultou num quadro clínico nada animador para o futuro da Saúde em Portugal. A solução passa agora por investir pelo menos 6,5% do PIB no setor, tratar os profi ssionais com dignidade e remunerá-los de acordo com o nível de responsabilidade que possuem na sociedade civil. Os avisos são feitos por Miguel Guimarães, presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, que rejeita liminarmente a ideia de se estar perante uma profi ssão corporativista.GUILHERME [email protected]

Vida Económica – A despesa do SNS está 20% abaixo da média europeia. Como se justifi ca a quase rutura do ser-viço?

Miguel Guimarães – Em 2013, o Orça-mento do Estado para a Saúde foi de cerca de 5,9% do PIB. O fi nanciamento “per capita” é um dos mais baixos da Europa. O que sig-nifi ca que o aumento da dívida só pode ser entendido como gestão incorreta dos recur-sos disponíveis. No país existem unidades de saúde a funcionarem a velocidades diferen-tes, com indicadores e resultados de gestão distintos. Em quatro anos nada foi feito para aproximar os resultados de gestão dos dife-rentes hospitais. Não foi realizado o “bench-marking” entre as unidades de saúde com o objetivo de se alcançarem melhores resulta-do. Por outro lado, quase nada tem sido feito em termos de gestão para melhorar a quali-dade. A gestão tem sido fundamentalmente dedicada aos números, com desprezo pela qualidade dos cuidados de saúde. O negócio da contratualização centra-se sempre nos nú-meros. E só apostando fortemente na quali-dade é que se conseguem reduzir os custos de forma sustentada. A sustentabilidade do SNS não está em questão, até porque temos um SNS com uma relação preço/qualidade muito satisfatória. A iminência de rutura do SNS signifi ca, para mim, a rutura das condi-ções de trabalho e das pessoas necessárias para manter o serviço num bom nível de qualida-de. É sobretudo necessário investir mais nos profi ssionais e nas condições de trabalho.

VE – Qual é então, o caminho a seguir pelo SNS, no atual contexto?

MG – Só há um caminho possível: investi-mento no capital humano e na sua formação, que todos tenham acesso a cuidados de saúde qualifi cados, na melhoria das condições de trabalho, na modernização da Medicina e da Saúde. Para além do reforço do orçamento, importa apostar na continuação da reforma e no desenvolvimento dos cuidados de saúde primários, nomeadamente através da consti-tuição de mais unidades de saúde familiares e de centros de saúde, que permitam horários mais alargados de atendimentos de doentes com situações agudas não urgentes, evitando a congestão dos serviços de urgência; rever o funcionamento das urgências hospitalares, no sentido de melhor adequar os recursos existentes às necessidades das populações; desenvolver uma reforma da rede hospitalar que respeite os princípios constitucionais do SNS e permita reforçar os cuidados de pro-ximidade, nomeadamente ao nível hospitais concelhios, e constituir centros e redes de referência que permitam dotar o SNS de melhores cuidados de saúde; desenvolver a rede de cuidados continuados que permita descongestionar os inter-namentos e aplicar na prática a rede nacional de cuidados pa-liativos.

Há outros aspetos impor-tantes a ter em conta, como dedicar uma fatia mais sig-nifi cativa do Orçamento da Saúde para a promoção da saúde, prevenção da doença e promoção do envelhecimen-to ativo. De igual modo, desen-volver um conjunto de medidas que permitam diminuir o con-sumo de alimentos ou bebi-das altamente nocivos. F i n a l -

mente, desenvolver uma campanha no sen-tido de humanizar os cuidados de saúde, em contraponto à sua excessiva informatização. O bom senso deve prevalecer nesta matéria e não devemos aceitar que sejam os números e os tempos informáticos a condicionar as boas práticas médicas.

O mito do corporativismo

VE – Os médicos são acusados de se-rem corporativistas e de terem um esta-tuto diferente dos restantes funcionários públicos. Isto é verdade?

MG – O corporativismo médico é um mito. Os médicos não são mais corporativis-tas que outros profi ssionais. O que leva a que os médicos sejam acusados de corporativistas para além do que é natural relativamente aos restantes profi ssionais? Será por terem posi-ções comuns na defesa dos doentes? Será por defenderem que um médico para ter quali-dade deve ser especialista e por isso deve ser ajustado o “numerus clausus”? Será por es-tarem divididos em mais 40 especialidades? Será por serem frequentemente julgados na

comunicação social antes de se-rem apuradas responsabilida-

des? Na verdade, penso que os médicos não são dife-rentes de outros grupos profi ssionais.

Relativamente a um estatuto diferente de outros funcionários pú-blicos, não posso estar

mais de acordo. E pelas piores razões. Na realidade,

os médicos têm um nível de responsabilidade sem paralelo

na função pública. Lidam com a vida das pessoas e qualquer erro,

ainda que mínimo, é ampliado. Na comunicação

social es-t amos

c o n -v e r -

s a -

dos. Não há nada que se aproxime dosmédicos em termos de processos mediáticos.Se alguém se queixa, assume-se logo que temrazão. Porque a saúde vende melhor que aJustiça ou a Educação? O facto é que a res-ponsabilidade dos médicos aumenta de for-ma exponencial. Existe um elevado númerode queixas, muitas vezes promovidas apenascom o objetivo de serem exigidas indemniza-ções. Quantos juízes foram condenados porerros judiciais? Não há dúvida que o nossoestatuto na função pública não deve ser de-sejado seja por quem for. Além disso, comremunerações que não estão minimamentede acordo com o nível de responsabilidadeque os médicos têm na sociedade civil.

VE – Há médicos sufi cientes? O regimede acesso à profi ssão é o adequado?

MG – Em primeiro lugar, há falta de orga-nização e planeamento por parte do Minis-tério da Saúde. Em segundo, a ausência deestudos credíveis de demografi a médica e dasnecessidades das populações que possam aju-dar a programar as necessidades previsionaisde médicos durante, pelo menos, uma déca-da e assim sucessivamente. Em terceiro lugar,as más condições de trabalho, insufi cientesremunerações e a forma indigna como sãotratados os médicos têm levado muitas cen-tenas de profi ssionais a emigrar e a optar pelosetor privado e uns milhares a optarem pelaaposentação antecipada. Em quarto lugar,não tem havido uma política de discrimina-ção positiva ou verdadeiros incentivos paraque as pessoas optem por trabalhar e se fi xarem zonas mais carenciadas. Em quinto lugar,existem algumas especifi cidades próprias dealgumas especialidades que estão relaciona-das com o seu próprio desenvolvimento eque, associadas aos atuais regimes de traba-lho, podem ter contribuído para uma faltatransitória de alguns especialistas.

VE – E quanto ao acesso à profi ssão?MG – O regime de acesso à profi ssão,

neste momento, não é o adequado. O atual“numerus clausus” das escolas médicas é de-masiado elevado, ultrapassando claramente asua capacidade formativa, com prejuízo ma-nifesto na formação prática dos estudantes deMedicina. Adicionalmente, a capacidade dasunidades de saúde hospitalares e de cuidadosde saúde primários para formar especialistasé limitada a cerca de 1500 a 1600 vagas porano, claramente sufi ciente para suprir as ne-cessidades do país, mas insufi ciente para quetodos os jovens médicos saídos das escolaspossam continuar a sua formação especiali-zada, condição absolutamente essencial paraexercer a profi ssão com qualidade. Esta situa-ção pode conduzir à existência de médicosindiferenciados, com prejuízo para os doen-tes, os próprios médicos e o serviço de saúde.É urgente fazer equivaler as capacidades for-mativas das escolas médicas com as capacida-des formativas das nossas unidades de saúde.

MIGUEL GUIMARÃES, DA ORDEM DOS MÉDICOS, ACUSA

Paulo Macedo tornou o quadro clínico da saúde pouco animador

ATUALIDADE

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 5

Multas e taxas rendem quase 700 milhões ao EstadoAs multas e as taxas são cada vez mais uma importante fonte de receita para o Estado. As diversas penalizações custaram aos contribuintes quase 694 milhões de euros, até setembro, o que se traduziu num aumento de 21,4%, face a igual período do ano passado. O destaque foi para as multas de trânsito, as quais cresceram cerca de 42%, para 70,3 milhões de euros. Mas o maior contributo veio do lado de outras multas e coimas, com um aumento de 69%, para 191,6 milhões de euros, no período em análise.

ACT lança guia sobre mobilidade transnacionalA Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) disponibilizou no seu portal uma guia prático com o título “Mobilidade transnacional de trabalhadores e empresas, que procura ser um instrumento de apoio nesta matéria para empresas, trabalhadores, associa-ções de imigrantes e organismos públicos. Com o aumento da circulação de trabalhadores e do número de empresas com trabalhadores destacados, este guia ganha uma particular atualidade e utilidade.

O presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos diz que a Saúde precisa de uma injeção correspondente a cerca de 6,5% do PIB, tendo em conta que é um dos fi nancia-mentos mais baixos da Europa na Saúde.

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O microcrédito pode ser um dos principais impulsionadores do emprego e do crescimento na União Europeia - afirmou Nicolas Schmit, ministro do Trabalho do Luxemburgo, na sessão de abertura do Dia Europeu do Microfinanciamento, que decorreu na semana passada em Bruxelas.Atualmente, 85% dos novos postos de trabalho são criados por microempresas, ou seja, por pequenos negócios com menos de 10 trabalhadores.

O contributo das microempresas para a criação de emprego foi um dos aspetos destacados por Nicolas Schmit, que re-presentou a Presidência luxemburguesa do Conselho da União Europeia.

A sessão de abertura do primeiro Dia Europeu do Microfinanciamento decor-reu no Comité Económico e Social em Bruxelas e contou com a presença da Comissária Europeia para o Emprego e Assuntos Sociais, e da Rainha da Bélgica.

Este tema envolveu a realização de uma série de eventos em toda a Europa

com a realização de workshops, debates, exposições, e reuniões, etc. A partir de agora a iniciativa passa a ser anual, com uma abordagem descentralizada para au-mentar o impacto, mas com uma marca comum para assegurar a identidade.

O financiamento proporcionado pelo microcrédito está a ser uma ferramenta cada vez mais importante para reduzir a exclusão social e financeira através da prestação de serviços financeiros e não--financeiros (acções de formação, con-sultoria). De acordo com o estudo recen-te sobre o Microcrédito na UE (REM, 2014), até 2013 mais de 125 mil cida-

COMISSÃO EUROPEIA APOSTA NA DINAMIZAÇÃO DO MICROFINANCIAMENTO

Microempresas criam 85% dos

Dia Europeu do Microfinanciamento decorreu no Comité Económico e Social em Bruxelas.

Valor médio por operação está abaixo de 7.000 euros.

Montante máximo limitado a 25.000 euros por operação

Millennium bcp é um dos bancos mais ativos no microcrédito

O microcrédito é uma atividade bastante fragmentada na União Europeia. No conjunto dos Estados europeus operam mais de 500 instituições, incluindo bancos, associações e entidades do setor não lucrativo que disponibilizam microfinanciamento para pequenos projetos empresariais.O Millennium bcp é um dos bancos europeus com maior envolvimento no microcrédito. O exemplo do banco português nesta área de atividade foi apresentado em Bruxelas no Dia Europeu do Microfinanciamento.Em 2005, o Millennium bcp decidiu criar uma rede autónoma de microcrédito. A aposta neste segmento, onde a maioria dos bancos não está presente, teve por base as expectativas de aumento do desemprego em Portugal, bem como o aumento da imigração. “O Millennium bcp Microcrédito atua sem quaisquer apoios estatais assumindo um papel importante dentro de Responsabilidade Social” - explicou Tania Sousa, diretora do Millennium bcp. Segundo referiu em Bruxelas, a missão da Millenniumbcp Microcrédito é financiar e dar vida a ideias de negócio viáveis que visam a integração financeira e social dos destinatários (criação de postos de trabalho e erradicação dos subsídios).“A rede independente de

Microfinanciamento foi criada para funcionar como uma ferramenta de inclusão social, criadora de oportunidades para aqueles que tradicionalmente não têm acesso ao crédito (como desempregados, imigrantes, microempresas, donas de casa, estudantes, etc.), que reúnem dois requisitos básicos: ter um ideia de negócio economicamente viável e um perfil empreendedor” - referiu Tânia

Sousa no Dia Europeu do Microcrédito.O Millennium bcp é o segundo banco e a primeira instituição bancária privada em termos de quota de mercado, quer em empréstimos a clientes quer em recursos totais de clientes. É também uma instituição presente na Europa e África, através das suas operações bancárias na Polónia, em Moçambique, Angola e Suíça.

Número de desempregados no IEFP baixa em setembroO número de desempregados registados no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) registou uma quebra de 12,6%, em setembro, face a período homólogo do ano pas-sado. Estavam sem trabalho 538 713 pessoas, sendo que relativamente ao mês anterior veri-ficou-se um aumento de 0,4% ou mais 2132 inscritos. A descida no número de inscritos nos centros de emprego foi generalizada nos setores primário (com 4,2%), secundário (19%) e terciário (11,4%), refere o instituto na respetiva informação mensal do mercado de trabalho.

Publicada declaração Modelo 10 e instruções de preenchimentoFoi publicada em Diário da República a portaria que aprova a declaração Modelo 10 do IRS e do IRC e respetivas instruções de preenchimento. Com a entrada em vigor do diploma que procedeu à reforma da tributação das pessoas singulares, foram efetuadas alterações ao CIRS, nomeadamente ao nível da incidência das categorias A (rendimentos de trabalho dependen-tes) e E (rendimentos de capitais), pelo que houve a necessidade de proceder à adequação do modelo declarativo e respetivas instruções de preenchimento.

ATUALIDADE

6 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

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dãos europeus tornaram-se microempre-sários. Em média, cada pequeno projetofinanciado pelo microcrédito criou doispostos de trabalho, significando que por esta via foram gerados pelo menos 250mil empregos.

Segundo Marianne Thyssen, Comissá-ria para o Emprego e Assuntos Sociais, omicrocrédito vai reforçar o seu papel no atual contexto socioeconómico da UniãoEuropeia, com as chegadas maciças de migrantes à procura de oportunidadespara recomeçar a sua vida. Ao contribuirpara a inclusão financeira dos mais caren-ciados, o microcrsédito surge como uma atividade fundamental para apoiar a in-tegração das populações deslocadas e dosrefugiados.

“O microcrédito vai crescer de umaforma importante no futuro por duas razões. Em primeiro lugar, como umparceiro complementar do sector ban-cário que, devido aos seus quadros re-gulamentares, nem sempre pode apoiar os mais desfavorecidos. O microcréditoutiliza mecanismos que ajudam à inclu-são financeira de empresários com re-duzidas garantias. Em segundo lugar, as novas tecnologias estão a mudar o con-ceito tradicional do trabalho por contade outrem garantido para a vida para as atividades por conta própria, o que terá um impacto nas nossas sociedades futu-ras ... “, disse Patrick Sapy, REM Presi-dente e CEO da microStart.

novos postos de trabalho

Patrick Sapy, presidente e CEO da microStart, com Nicolas Schmit, ministro do Trabalho do Luxemburgo.

O financiamento proporcionado pelo microcrédito está a ser uma ferramenta cada vez mais importante para reduzir a exclusão social e financeira

Mariana Cardoso: do desemprego às experiências gastronómicas para turistas

estrangeiros

No primeiro Dia Europeu do Microfinanciamento foram apresentados em Bruxelas vários casos de sucesso de pequenos projetos apoiados pelos mecanismos de financiamento. Mariana Cardoso é uma fã da gastronomia, apaixonada pela cozinha portuguesa e por Portugal, um país de cultura e tradições, e pelas pessoas que colocam todo o seu amor e paixão em fazer as comidas e os vinhos que comemos e bebemos.Quando, em 2013, a empresa de videojogos que ela dirigia fechou por divergências entre os investidores, Mariana viu-se desempregada. Ela decidiu então transformar uma situação infeliz numa oportunidade e num novo desafio. A ideia de trabalhar com a cultura e culinária portuguesa começou a germinar. A Mariana começou com um estudo do mercado em Lisboa, a fim de localizar as áreas de negócio que teriam o maior potencial para crescer e que nichos poderiam oferecer a melhor rentabilidade.O turismo estava a começar a crescer em Lisboa. Além disso, olhando para a concorrência, Mariana percebeu que não existiam muitas empresas que especializada em turismo gastronómico, especialmente no fornecimento de culinária apropriada para experiências dirigidas aos visitantes de Lisboa.Este foi o início da Lazy Flavours, uma

microempresa que fornece aos turistas o serviço com comidas e vinhos com fórmulas exclusivas. A lista da Lazy Flavours contém uma ampla oferta de produtos e experiências, sem paralelo em Portugal, que foram projetados por gourmets e amantes de vinho com os seus homólogos, seguindo as tendências internacionais da alimentação.A Mariana elaborou um plano de negócios robusto e começou a procurar apoio financeiro, porque sabia que não tinha o capital para o arranque da sua “start-up” só. Depois de analisar as várias opções de financiamento, encontrou no microcrédito do Millennium bcp o parceiro que necessitava para o arranque de seu negócio. A missão da European Microfinance Network (EMN) é proporcionar o acesso universal e aberto aos serviços de apoio financeiro adaptados às necessidades da sociedade, a preços acessíveis, permitindo que as pessoas concretizem os seus projetos, criando riqueza e valor com um impacto social positivo. A REM pretende capacitar os seus membros para se tornarem agentes reconhecidos. Através das parcerias com o sector financeiro que chegar a um grande número de pessoas empreendedoras que, por sua vez, criam empregos e contribuem para o crescimento sustentável.

Aprovada diretiva sobre troca automática de informações fiscais antecipadasO Parlamento Europeu aprovou a proposta da Comissão Europeia relativa à troca automáticade informações sobre decisões fiscais antecipadas, também conhecidas por “tax rulings”. No entanto, mais uma vez ficaram por aprovar, por parte de Bruxelas e dos governos nacionais, aspropostas relacionadas com a transparência fiscal e o combate ao planeamento fiscal agressivo.Os Estados-Membros têm de proceder a acordos prévios de preços de transferência.

Roaming com fim à vistaAs taxas de roaming, praticadas na União Europeia, têm os dias contados. O Parlamento Eu-ropeu aprovou a legislação que porá o fim a este sistema a partir de junho de 2017. As opera-doras deixam de cobrar taxas pela utilização do telemóvel noutros países, incluindo a internet e as mensagens. Caso se verifique uma utilização abusiva, então as operadoras poderão aplicar taxas, mas de valor reduzido. A partir do próximo ano, os preços já serão mais baixos no que toca à utilização dos serviços no estrangeiro.

ATUALIDADE

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 7

Rainha da Bélgica com Mariana Cardoso da Lazy Flavours.

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O CNOP - Conselho Nacional das Ordens Profissionais vai traba-lhar em parceria com as várias en-tidades envolvidas no acolhimento aos migrantes que Portugal vai começar a receber nas próximas semanas.

A decisão foi tomada por una-nimidade pelo Conselho Geral do CNOP que representa 16 Ordens

Profissionais e mais de 300 mil profissionais qualificados.

Para o presidente do CNOP, Orlando Monteiro da Silva, “a entrada diária de milhares de re-fugiados no continente europeu está a criar uma crise humanitária sem precedentes desde a II Guerra Mundial. Não podemos continuar indiferentes a esta realidade. Não

podemos esquecer o drama vivido por estes refugiados que lutam to-dos os dias por uma vida em segu-rança. O povo português não pode esquecer que esta realidade já esteve presente na sua história e que mi-lhares de pessoas saíram de Portu-gal em busca de uma vida melhor”.

O CNOP vai agendar encontros com a Plataforma Global de Assis-

tência a Estudantes Sírios, lançada em 2013, pelo antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, e com o Alto-Comissário das Na-ções Unidas para os Refugiados, António Guterres, com o intuito de perceber qual o contributo que cada Ordem Profissional pode dar para amenizar o drama dos refu-giados.

Conselho Nacional das Ordens Profissionais quer apoiar refugiados

Pensões

de invalidez

só para pessoas

“a três anos

da morte”TERESA [email protected]

O Decreto-Lei nº 246/2015, de 20 de outubro, que aprova o regime especial de proteção na invalidez, vem dificultar em muito o acesso a uma pensão de invalidez, no regime especial, aos pacientes de doenças como a sida, o cancro, as doenças de Alzheimer e Parkinson ou a es-clerose múltipla.

Os novos critérios de atribuição de pensões por invalidez no regi-me especial obrigam a que o can-didato à pensão tenha incapaci-dade permanente para o trabalho que não possa ser resolvida por “produtos de apoio e adaptação”, por um lado, que padeça de uma doença “de causa não profissional ou de responsabilidade de tercei-ros”, por outro, e relativamente ao qual haja uma previsão clínica de que o problema de saúde vai evo-luir “para uma situação de depen-dência ou morte num período de três anos”.

“A presente lei abrange os bene-ficiários dos regimes de proteção social previstos no artigo anterior, que se encontrem em situação de incapacidade permanente para o trabalho não suprível através de produtos de apoio ou de adapta-ção ao posto de trabalho, decor-rente de doença de causa não pro-fissional ou de responsabilidade de terceiros, que clinicamente se preveja evoluir para uma situação de dependência ou morte num período de três anos”, refere o di-ploma.

A Associação Todos com Escle-rose Múltipla, citada esta semana pelo jornal “Correio da Manhã”, fala de “uma aberração”. Paulo Alexandre Pereira, presidente da estrutura, não aceita o novo con-ceito.

ATUALIDADE

8 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Exponor recebe Feira de Emprego da UPorto Cerca de 80 empresas, associações profissionais e organismos públicos vão recrutar os seus futuros quadros na primeira edição da FINDE.UP - Feira Internacional de Emprego da Universidade do Porto, que irá de-correr na próxima semana, dias 3 e 4 de novembro, no Centro de Con-gressos da Exponor. Bial, Continental Mabor, Deloitte, EDP, Efacec, Farfetch, Galp Energia, Glintt, L’Oréal Portugal e SONAE vão montar o seu stand nesta feira.

Portugal melhora produtividade de recursosPortugal está a fazer mais com menos, isto é, entre 202 e 2012 conseguiu melhorar a produtivi-dade de recursos em cerca de 37%, para 1,15 euros/kg, de acordo com o Eurostat. Mas, ainda assim fica abaixo da média europeia, a qual é de 1,95 euros/kg. Entre os 28 países, Portugal ocupa a 18ª posição nesta matéria. A produtividade de recursos quantifica a variação entre a atividade económica e o consumo de recursos naturais. Luxemburgo ficou no topo da tabela, no ano passado, com 3,94 euros/kg, seguindo-se a Holanda, o Reino Unido e a Itália.

Lisboa 9 novembroPorto 10 novembro09.30H / 18.00H

No contexto atual, a pressão sobre a tesouraria das empresas é bastante mais elevada, em virtude da restrição do crédito bancário às empresas, das

da generalidade dos sectores. É, pois, fundamental

resolução dos mesmos e proceder a melhores

Objetivos:• Manusear os elementos necessários para a melhoria da

gestão de tesouraria em todas as suas componentes.• Proceder á elaboração dum orçamento de tesouraria

e ao seu acompanhamento e controle, de forma

bancário.

com a Banca

Formador: Dr. Agostinho Costa

Organização: Informações e inscrições:Patrícia Flores (Dep. Formação) Vida Económica - Editorial SA.

Programa:1. As causas da deterioração da tesouraria

• O orçamento de tesouraria. A sua utilidade.• A construção do orçamento de tesouraria• A apresentação do plano deslizante

• O crédito bancário• As garantias mais comuns

características

4. A análise de risco da empresa por parte da Banca

empresa”.

• O acordo de Basileia e o crédito bancário• Sinais de alarme

5. Como uma PME deve negociar com a Banca• A crise atual e as restrições de crédito bancário

• A preparação duma negociação bancária• A condução da negociação bancária

6. Os erros de gestão de tesouraria. Como evitá-los.

Preços:Público em Geral: €140 + IVAAssinantes VE: €120 + IVA

Gestão de Tesouraria

Page 9: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

A Comissão Europeia, através de Decisão de 26 de julho de 2000, estabeleceu o chamado acordo “Safe Harbor” ou “Porto Seguro” entre a Europa e os Estados Unidos. Esta decisão visa garantir, através de um processo de autocertificação, um nível de proteção adequado para as transferências de dados pessoais dos cidadãos da UE (como nome e morada) para empresas sediadas nos Estados Unidos, em conformidade com a Diretiva 95/46/CE, de 24 de outubro de 1995, relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados.

Do regime do “Safe Harbor” resulta que determinadas empresas sediadas em território americano garantem que os dados pessoais que são aí recebidos e processados têm uma proteção e tratamento adequados, ficando essas empresas dispensadas de apresentar qualquer tipo de medida de proteção especial ou garantia adicional, bastando a existência do referido acordo para garantir aos cidadãos a proteção adequada dos seus dados nos Estados Unidos.

Sucede que, no passado dia 06 de outubro de 2015, o Tribunal de Justiça da União Europeia veio declarar que o acordo “Safe Harbor” afinal não garante a proteção adequada na transmissão de dados pessoais dos cidadãos europeus que entram nos Estados Unidos, uma vez que, permite às autoridades americanas acesso a informação digital de cidadãos europeus.

Esta recente decisão do TJUE tem origem numa queixa apresentada por um cidadão austríaco, fundamentada nas declarações de Edward Snowden (analista que tornou públicos alguns detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global da NSA), que anunciou que os dados pessoais recolhidos na rede social Facebook eram livremente acedidos pela NSA (National Security Agency).

Em suma, o cidadão austríaco contestou junto da Comissão Irlandesa de Protecção de Dados (uma vez que a sede da empresa Facebook na Europa é na Irlanda) a transferência dos seus dados da filial irlandesa Facebook Ireland Ltd. para os servidores nos Estados Unidos Facebook, Inc., os quais eram aí tratados, estando assim a ser violados os princípios estabelecidos na Diretiva 95/46/CE, e, por conseguinte, que o acordo “Safe Harbor” não garante a segurança adequada aos cidadãos no que respeita à proteção dos seus dados pessoais. No entanto, a Comissão Irlandesa de Proteção de Dados rejeitou esta queixa, manifestando que as empresas recetoras dos dados nos Estados Unidos cumpriam com os requisitos de proteção adequada no

tratamento de dados, estabelecidos no “Safe Harbor”.

Inconformado, recorreu a instâncias superiores, tendo o TJUE acabado por considerar inválido o acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos, por entender que não está verificada a proteção adequada no tratamento dos dados pessoais dos cidadãos europeus, uma vez que a Decisão da Comissão (de 2000) não avaliou “se os Estados Unidos asseguram efetivamente, em razão da sua legislação interna ou dos seus compromissos internacionais, um nível de proteção dos direitos fundamentais substancialmente equivalente ao garantido na União”.

O TJUE entende assim que, independentemente da Decisão da Comissão Europeia, de 26 de julho de 2000 (ou seja, da existência do acordo “Safe Harbor”), cada Estado-Membro deve analisar internamente se os dados de um cidadão que são transferidos para um país fora da União estão protegidos pelas exigências da legislação europeia, concretamente em cumprimento das normas estabelecidas na Diretiva 95/46/CE. Na negativa, devem mandar suspender a transmissão desses dados.

Neste momento, a Comissão Irlandesa de Proteção de Dados terá de decidir se deve ser suspensa a transferência dos dados dos assinantes europeus do Facebook para os Estados Unidos, pelo facto de esse país não oferecer um nível de proteção adequado. Ao mesmo tempo, a Comissão Europeia prepara-se para estudar a possível invalidade do “Safe Harbor”.

Esta decisão já deu origem a um comunicado oficial enviado à agência de notícias “France Presse” por parte de um porta-voz da rede social Facebook, onde refere que “É imperativo que os governos da UE e dos EUA garantam que vão continuar a fornecer métodos fiáveis para a transferência legal de dados e resolvam quaisquer questões relacionadas com a segurança nacional”. Também o cidadão austríaco, autor da queixa, já se pronunciou referindo que “o acordo atual foi criticado durante 15 anos e tem-se tentado resolvê-lo durante os últimos dois anos, mas, sempre que chegava ao sistema em si, toda a gente tinha medo de lhe tocar”.

Neste momento, não só o Facebook mas também gigantes como a Google, a Amazon ou a Apple podem ter de rever a sua estratégia de atuação a este nível em território europeu.

Quem ainda não se pronunciou acerca do assunto foi a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNDP), sendo certo que o nosso país permite a transmissão dos dados pessoais dos cidadãos para fora da União Europeia ao abrigo do “Porto Seguro”, que, ao que parece, não é assim tão seguro.

O reconhecimento por parte da VW do importante papel que a Autoeuropa tem no grupo alemão constitui um sinal importante na estratégia da futura revitalização daquela que continua a ser a “âncora estratégica” do investimento direto estrangeiro em Portugal. Vivem-se tempos de profunda crise internacional e no contexto da intensa competição entre regiões e mercados a urgência de um sentido estratégico mais do que se impõe. A manutenção e captação de investimento estrangeiro é fundamental para o sucesso económico do país. Por isso os novos desafios da Autoeuropa são muito os desafios da economia portuguesa num futuro de competitividade global.

Autoeuropa não é só a plataforma de desenvolvimento económico da Península de Setúbal. Continua a ser o motor de um “cluster” estratégico ligado ao setor automóvel que nos últimos anos permitiu o desenvolvimento, na base da inovação e criatividade, de competências, talentos e novas oportunidades. A dinamização da criação de valor e reforço da inovação tecnológica deve muito ao efeito Autoeuropa. Por isso, em tempos de crise e de aposta num novo paradigma para o futuro, a Autoeuropa deve constituir o verdadeiro centro de uma convergência estratégica entre o Estado, a empresa, os seus trabalhadores e todos os que se relacionam com a sua dinâmica. A Autoeuropa deve continuar a ser a referência da aposta num novo modelo de desenvolvimento estratégico para o país.

O investimento direto estrangeiro desempenha um papel de alavancagem da mudança único. Portugal precisa de forma clara de conseguir entrar com sucesso no roteiro do “IDE de Inovação” associado à captação de empresas e centros de I&D identificados com os setores mais

dinâmicos da economia – tecnologias de informação e comunicação, biotecnologia, automóvel e aeronáutica, entre outros. Trata-se duma abordagem distinta, protagonizada por “redes ativas” de atuação nos mercados globais envolvendo os principais protagonistas setoriais (empresas líderes, universidades, centros I&D), cabendo às agências públicas um papel importante de contextualização das condições de sucesso de abordagem dos clientes. O exemplo Autoeuropa tem por isso que ser potenciado.

Por isso, importa que os atores envolvidos neste processo de construção de valor percebam o alcance destas apostas estratégicas. Não se pode querer mobilizar a região e o país para um novo paradigma de desenvolvimento, centrado numa maior equidade social e coesão territorial, sem partilhar soluções estratégicas de compromisso colaborativo. O futuro da Autoeuropa passa por isso. Por perceber que a aposta em projetos estratégicos como os “clusters” de inovação e os pólos de competitividades são caminhos que não se podem adiar mais. A guerra global pelo valor e pelos talentos está aí e quem não estiver na linha da frente não terá possibilidades de sobrevivência.

Precisamos de perceber este exemplo Autoeuropa, com todas as consequências do ponto de vista de impacto na sua matriz económica e social. Se não houver um verdadeiro sentido de responsabilidade coletiva estratégica à volta do novo paradigma de desenvolvimento para o futuro, tudo será posto em causa. Será, acima de tudo, o princípio de um fim que nunca pensámos poder vir a ter e que não se coaduna com a nossa vontade de mudança. É por isso efetivamente grande o desafio desta empresa do nosso contentamento coletivo.

MULTINACIONAL ALEMÃ CONTINUA A SER UMA REFERÊNCIA PARA A ECONOMIA NACIONAL

Os novos desafios da Autoeuropa

O porto (in)seguro DIRETIVA 95/46/CE RELATIVA À PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS

Fórum promove relações bilaterais entre empresas nacionais e árabesA Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, vai realizar a 3ª edição do Fórum Económi-co Portugal - Países Árabes. O evento tem lugar nos dias 23 e 24 de novembro, em Lisboa. Preten-de-se fomentar a competitividade das empresas nacionais no mercado árabe, ajudar a identificação de oportunidades de investimento e de negócios naqueles países e promover uma plataforma de diálogo individual entre as delegações de empresários árabes e empresas portuguesas.

Cinco armadores interessados na linha marítima Madeira-ContinenteSão cinco os armadores interessados em operar na linha marítima entre a Madeira e o Continente. Após a primeira fase de consulta pública, num processo que envolveu a Secretaria de Estado do Transportes e a Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura, entre outros agentes do sector, foi possível concluir que a operação de carga e passageiros por via marítima será retomada, tendo o Funchal como porto obrigatório, faltando definir o porto de chegada e partida no Continente.

ATUALIDADE/Opinião

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 9

FRANCISCO JAIME QUESADOPresidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública

TATIANA MARINHO AdvogadaNuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados

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TROMBOEMBOLISMO VENOSO AFETA DEZ MILHÕES EM TODO O MUNDO

Anualmente, em todo o mundo, ocorrem cerca de dez milhões de casos de tromboembolismo venoso, um problema que mata, aproximadamente 544 mil pessoas, por ano, em toda a Europa. Na Europa e nos Estados Unidos da América, o TEV mata mais pessoas que a SIDA, cancro da mama, cancro da próstata e acidentes de viação. O TEV pode afetar pessoas de todas as faixas etárias, raças e etnias, não havendo uma prevalência diferente da doença em função do sexo da pessoa. No entanto, existem diversos fatores de risco que aumentam a probabilidade de sofrer um TEV. Um internamento hospitalar de longa duração, uma cirurgia realizada à anca, joelho ou a algum tipo de cancro, o elevado sedentarismo ou ausência de movimento por longos períodos de tempo estão entre os principais fatores de risco.

NOVOS ARTIGOS DISPONÍVEIS NO SITE VIDA ECONÓMICA

www.vidaeconomica.pt

O SAPO E OS ESCORPIÕES

Nas eleições de 4 de outubro, o país fi cou divido em quatro, isto é, os eleitores votantes escolheram deputados apenas para o PAF (PSD e CDS), o PS, o BE, a CDU (PCP e Verdes) e o PPAN (Partido de Pessoas Animais e Natureza, mas só designado por PAN o que poderá levar as pessoas a lerem apenas Partido dos Animais e da Natureza, como se lê, por exemplo PS = Partido Socialista). Muitos outros pequenos partidos se apresentaram nas eleições, alguns com caras conhecidas, mas só o PAN conseguiu eleger um deputado pelo círculo de Lisboa, contrariando todas as expectativas. Este caso não deixa de merecer preocupação, porque este partido dá um enfoque muito grande aos animais e a eleição dum deputado mostra que muitos portugueses cumprem aquele velho ditado: “quanto mais conheço os humanos mais gosto dos animais”. Na prática e basta ver pelas ações das redes sociais, há uma franja de portugueses, principalmente os citadinos de “barriga cheia”, que são mais sensíveis aos problemas dos animais domésticos, melhor, aos animais de estimação, porque não abdicam dos produtos de origem animal, do que aos próprios humanos e isso pode revelar uma certa “doença social”. Olhe-se, por exemplo, daquele caso do cão que matou uma criança e que teve que ser abatido e cujas notícias tiveram uma desproporção enorme a favor do cão e não da criança.

CELESTE DIASCoordenadora Clínica da Unidade Cuidados Neurocríticos do Centro Hospitalar São João

SERAFIM MARQUES Economista

CLICK HERE OU TAP HERE: QUAL A OPÇÃO?

Em Portugal, nesta altura do ano, as vindimas assumem um natural protagonismo e fi camos a perceber que a qualidade do vinho não resulta apenas das características do terreno, da exposição solar, da casta, do suor vertido por cada cacho de uva apanhado, do empenho colocado em cada passo da pisa de uvas ou da beleza do rótulo que envolve a garrafa tantas vezes partilhada com os amigos. É necessário algo mais. Uma atenção redobrada aos detalhes de todo o processo é essencial, e é aí que percebemos que a tecnologia é hoje indispensável, mesmo no cenário mais idílico onde a natureza parece deleitar-se indiferente a qualquer traço de modernidade.

A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E COMBATE À FRAUDE NUM MUNDO CADA VEZ MAIS DIGITAL

“Tem noção do quanto a sua empresa está exposta à fraude?” O intuito desta questão não é amedrontar, longe disso, mas antes alertar para a existência de uma realidade atual e presente, já que trabalhamos em organizações cada vez mais digitais, logo mais expostas a este tipo de situações. Na verdade, temos vindo a assistir a uma tendência crescente, e por isso preocupante, da frequência do número deste tipo de ameaça, o que tem tido um grande impacto ao nível da sustentabilidade das empresas. Reforçar o combate à fraude, munindo o mercado de ferramentas capazes de dar resposta a este problema, torna-se inadiável, já que o não fazer nada nos conduz para uma sociedade precária, corrupta e perigosa.

PEDRO MONTEZFiscalista da PRIMAVERA BSS

CARLA MIRANDABusiness Developer do SAS Portugal

China supera os Estados Unidos em multimilionáriosA China ultrapassou os Estados Unidos em número de multimilionários, de acordo com a re-vista económica “Hurun”. A segunda economia mundial, que também é o país mais povoado, tem quase 600 pessoas com uma fortuna superior a mil milhões de dólares, o que compara com as 540 dos Estados Unidos.Wang Jianlin, presidente do grupo Wanda, encabeça a lista dos homens mais ricos da China. O ano passado foi o exercício de maior criação de valor por parte da economia chinesa.

Porto de Setúbal aumenta carga movimentadaO Porto de Setúbal tem mantido, ao longo do ano, a trajetória de crescimento nos con-tentores e na carga ro-ro, até setembro, com aumentos de 13% e 16%, respetivamente. Os terminais de serviço público continuam a evidenciar uma tendência de crescimento, com 3,8 milhões de toneladas processadas até ao fi nal daquele mês, mais cinco pontos percen-tuais do que em igual período do ano passado, refere a Administração do Porto de Setúbal em comunicado.

ATUALIDADE/Opinião

10 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Porque é que inovadores não investem em Portugal

JACK SOIFERConsultor internacional em 12 países, autor de “Como Sair da Crise” e “Ontem e Hoje na Economia”

FALAR OU FAZER?

Consoante muitos estudos internacionais, uma das razões pelas quais

Portugal não cresce, ao contrário da Irlanda, apesar de ter adotado uma austeridade mórbida, é a insegurança judicial. Há agências para dar a impressão de um sistema que defenda o cidadão e as PME, mas que só defendem as grandes empresas com capital estrangeiro.

Quem lê as minhas colunas sabe que dou exemplos concretos e da minha experiência para ilustrar as conclusões genéricas de outros.

Há vinte meses, tive um acidente numa camioneta que me levou a um longo tratamento na perna. Devidamente documentado, fi z uma reclamação à FIDELIDADE, que após vários meses respondeu que eu não podia provar que o acidente ocorreu dentro da viatura. A seguradora não duvidou do acidente nem de ele ter causado o ferimento. E o CIMPAS? Em junho escrevi à Provedoria do Cliente do Centro de Arbitragem de Seguros. Após vários mails e cartas com aviso de receção, recebi em 26/10 um longo texto que aqui resumo, que exige um advogado para perceber. Diz em resumo que, apesar de registado no Livro de Reclamações, não sofri o ferimento que me levou a quase nove meses de tratamento. Pela foto e pela descrição médica, a alternativa teria sido eu próprio ter martelado a minha canela. Leia e entenda. Se perceber, sff, explique a um investidor como é a justiça em Portugal. Vence a oratória? Escrever muito sem contestar os factos?

“Segundo o Reclamante, ao momento em que entrava no autocarro da Renex, após uma pausa durante o percurso Lisboa/Albufeira, sofreu uma queda, facto que deu origem a lesões na perna, zona da “canela”.

Acrescenta que a queda em questão foi motivada pela falta de iluminação /sinalização dos degraus de acesso ao autocarro, sendo que o veículo estava imobilizado e o respectivo condutor, ao que parece, ausente.

Assim, vem, no âmbito dos presentes autos de reclamação, alegar, no essencial, que se não conforma com a decisão proferida pela Reclamada no âmbito da regularização do sinistro que suscitou a intervenção desta Provedoria, já que a mesma vai no sentido da não assunção de qualquer responsabilidade no âmbito do sinistro reportado e das respectivas lesões.

Por conseguinte, pretende que

a decisão sobre a qual incide a reclamação formulada seja alterada, com consequente regularização do sinistro reportado em ordem a acolher a versão factual e legal que defende, impondo-se, em consequência, decisão que declare a Reclamada vinculada à obrigação de indemnizar, nomeadamente pelo montante de J 2384,97, correspondente a despesas médicas e deslocações. Tudo em conformidade, no essencial, com o alegado a documentos oportunamente juntos aos presentes autos, cujo teor sempre será, no pertinente, tido em devida consideração.

A seguradora não duvidou do acidente, nem de ele ter causado o ferimento. E o CIMPAS?

Por outro lado, a Reclamada entende que a decisão oportunamente notifi cada ao Reclamante e ora posta em crise refl ete correta regularização do sinistro que nos ocupa, uma vez que se não apresenta demonstrada a verifi cação do sinistro nos precisos termos do participado.

Logo, por se entender desonerada de qualquer obrigação indemnizatória, pugna pela manutenção da decisão posta em crise, por em conformidade com a factualidade assente e com o direito aplicável à presente causa.

Tudo em conformidade, no essencial, com o alegado a documentos oportunamente juntos aos presentes autos, cujo teor sempre será, no pertinente, tido em devida consideração.

Posto isto, importa apurar se, no caso concreto, assiste ao Reclamante o direito de ver a sua pretensão satisfeita, ou se, por outro lado, assiste à Reclamada o direito de recusa do peticionado.

Ora, sendo esta Provedoria, atento o disposto no artigo 6º do Regulamento do Serviço de Provedoria do Cliente de Seguros, competente para apreciar a presente causa, cumpre, então, promover a correspondente apreciação, o que, com base na informação e elementos de prova carreados pelas partes aos presentes autos de reclamação, faz nos termos seguintes.

Importa, desde logo, referir que, por regra, incumbe ao Reclamante fazer prova bastante de tudo quanto alega, sempre que suscetível de comprometer a decisão da Reclamada, incluindo a correspondente versão dos factos e respetiva fundamentação, não sendo bastante a palavra e o escrito do próprio, que obviamente muito

se respeita, tal como se respeita, de igual forma, a posição da Reclamada.

Na verdade, é àquele que invoca um determinado direito que compete fazer a prova dos factos constitutivos do direito alegado, ou seja, tem a seu cargo o denominado ónus da prova, artigo 342º do Código Civil.

O não cumprimento do ónus a que se alude importa que a dúvida sempre seja resolvida contra o próprio. Já a prova dos factos impeditivos, modifi cativos ou extintivos do direito invocado compete àquele contra quem a invocação é feita, sendo certo que a prova tem por função a demonstração de uma determinada realidade. O não cumprimento do ónus a que se alude importa que a dúvida sempre seja resolvida contra o próprio.

Compulsados os presentes autos de reclamação, constata-se que o Reclamante não habilitou esta Provedoria com qualquer elemento de prova suscetível de demonstrar que o sinistro que nos ocupa ocorreu conforme a versão que defende, sendo certo que também se não encontra provado o necessário nexo causal entre o sinistro e as referidas lesões.

No caso concreto, reitera-se, o ónus da prova sobre a ocorrência do sinistro e o necessário nexo causal entre sinistro e lesões, nomeadamente este último, compete ao Reclamante, enquanto titular do direito à eventual indemnização.

Pela foto e pela descrição médica, a alternativa teria sido eu próprio ter martelado a minha canela.

Ou seja, não basta fazer prova da ocorrência de um sinistro, importa, também, que o titular do direito à eventual indemnização ofereça prova sufi ciente e suscetível de demonstrar que os danos comunicadas constituem consequência direta do referido sinistro, encargo que o Reclamante não logrou cumprir.

Nestes termos, atento o carreado aos presentes autos de reclamação, concatenado com tudo quanto fi cou referido, considera-se improcedente, por não provada, a reclamação formulada.

Esta Provedoria fi rmou a sua convicção com base na análise crítica de tudo quanto constitui teor dos presentes autos de reclamação, sem prejuízo da consideração devida aos normativos legais aplicáveis ao caso concreto.”

Page 11: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras
Page 12: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

Apple

Alphabet

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Berkshire

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Wells Fargo

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n

679

489

422

346 340 298 288 281 280 278

As grandes empresas norte-americanas da tecnologia estão a consolidar posições dominantes na economia da internet. As ações destas empresas continuam a atin-gir máximos. A realidade é que cinco das 10 maiores empresas dos Estados Unidos são do setor das novas tecnologias. A Ap-ple, a Alphabet e a Microsoft estão no topo da lista.

Os investidores estão confi antes que estas tecnológicas, ainda que estejam a aparecer no mercado vários concorren-tes de pequena dimensão, estão a cons-truir verdadeiros impérios indestrutíveis e consistentes. E que vão tirar o maior proveito possível do crescimento que está previsto para os próximos anos. O grande motar dessa tendência será sobre-tudo a “cloud” e o aumento exponen-cial nos serviços online. Trata-se de um mercado que tem apresentado sempre uma tendência clara de crescimento. Já o contexto das “startups” está agora me-nos animador. De facto, o seu valor tem decrescido nas últimas sessões bolsistas. Parece que terá havido uma valorização excessiva, estando agora os investidores a procederem a uma correção.

Há um outro aspeto a que os merca-dos também têm estado particularmente atentos. É que os gigantes são sufi ciente-mente ágeis para comprarem as empresas concorrentes e lançarem novos produtos. Há um claro aproveitamento de siner-

gias e ao nível da inovação. Certo é que com as atuais valorizações torna-se cada vez mais difícil superar empresas como a Google ou a Microsoft. Os centros de dados são hoje gigantescos e a concor-

rência é praticamente impossível nesta área, na ótica dos analistas. Os investi-dores, por seu lado, ainda não estão em posição de assumirem riscos elevados, pelo que preferem apostar na segurança.

O crescimento da procura mundial de petróleo deverá cair cerca de 35% no pró-ximo ano. O que vai aumentar as pressões num mercado em que já existe excesso de oferta. A quebra fi cará a dever-se sobretu-do ao abrandamento nas economias asiá-ticas emergentes, com especial destaque para a China.

Este ano, a procura até manteve uma ten-dência de crescimento sustentada e consis-tente, mas tudo aponta para que as difi cul-dades tomem forma no próximo exercício, de acordo com especialistas deste setor. A Agência Internacional de Energia estima que a procura global registe uma quebra de 1,8 milhões de barris por dia, no ano que vem. Já a OPEP não é tão pessimista e acredita que a descida seja na ordem de 1,25 milhões de barris. Para trás fi ca a es-tratégia de alguns países elevarem as suas reservas petrolíferas, o que foi aproveitado devido aos baixos preços praticados.

Acontece que a queda no crescimento da procura se intensifi ca num momento em que o excedente de petróleo está em processo de alta. O “boom” da produção

nos Estados Unidos perdeu algum ímpeto ao longo deste ano, mas outros grandes produtores continuam a extrair crude a um ritmo acelerado, face à necessidade de preservarem as respetivas quotas de mer-

cado, com destaque para a Arábia Saudita e a Rússia. O que também leva a pensar que os preços reduzidos do barril estão para fi car nos tempos mais próximos, pelo menos.

Gigantes da tecnologia têm cada vez mais poder

Procura de petróleo vai sofrer forte quebra no próximo ano

Exportações alemãs fi cam abaixo das expetativas

As exportações alemãs evoluíram, nos últimos três anos, de forma menos favorável do que se esperava. O excedente comercial, no ano passado, foi de 214 mil milhões de euros, face aos 217 mil milhões previamente anunciados. As importações também acabaram por revelar números inferiores aos estimados anteriormente. Também os valores de 2012 e 2013 foram corrigidos em baixa, de acordo com os gabinetes de estatísticas daquele país. Esta revisão em baixa penaliza os restantes Estados-Membros.

Empresários britânicos defendem União Europeia

A Confederação da Indústria Britânica (CBI) está do lado da permanência do país na União Europeia, tendo em conta o referendo sobre uma saída do Reino Unido. Dizem os empresá-rios que são mais as vantagens do que as desvantagens de permanecer na União. E acreditam mesmo que o “Brexit” coloca em risco um benefício de três mil libras anuais para cada família britânica. Afi nal, está em causa o acesso a um mercado de cerca de 500 milhões de consumi-dores, para além de facilitar o investimento direto estrangeiro.

Comissão quer criar Conselho Orçamental Europeu

A Comissão Europeia quer avançar com o projeto de criação de um Con-selho Orçamental Europeu, no sentido de a ajudar a tomar decisões sobre os orçamentos dos Estados-Membros. Vai também propor um sistema de apoio aos fundos nacionais de garantia dos depó-sitos, ainda antes do final do ano.

De uma maneira geral, Bruxelas tem contado sempre com uma certa resistên-cia aos seus projetos de integração, de-vido sobretudo às divergências entre os países que defendem o rigor orçamental, como é o caso da Alemanha, e aqueles que querem menos austeridade orça-mental, como a França ou a Itália. Por outro lado, muitos países são renitentes em abrir mão de alguns dos seus poderes. Atualmente, a Comissão já pode impor sanções aos estados que não cumprem as suas obrigações orçamentais, mas há quem pense que Bruxelas quer concen-trar ainda mais poderes. O que significa que se trata de dois assuntos que ainda vão fazer correr muita tinta e que conta-rá com bastante resistência. Aliás, como sempre acontece quando está em causa a harmonização.

Bruxelas estreita malha relativamente às grandes tecnológicas

A Comissão Europeia está a estreitar a malha relativamente às grandes tecno-lógicas dos Estados Unidos. A Google e a Apple já estão a ser investigadas e o debate sobre a proteção de dados vai atingir empresas como a Facebook e a Yahoo!. A vida está mais difícil para es-tas empresas do lado de cá do Atlântico.

O assunto é complicado e está a co-locar em “pé de guerra” as autoridades das duas regiões. Os norte-americanos acusam os europeus de quererem ganhar na secretaria o que as suas empresas não conseguem no terreno. Os europeus di-zem que estão preocupados com os di-reitos dos cidadãos. Certo é que a União Europeia já tem em curso uma série de processos, por uma eventual fuga ao fisco por parte das multinacionais tec-nológicas. O que se pretende saber é se foram feitos acordos com os governos de alguns países, no sentido de serem obtidas vantagens fiscais. Uma outra frente tem a ver com a posição domi-nante. Bruxelas considera que há situa-ções em que a posição de domínio está a ser aproveitada para outros negócios. O que leva a concluir que as regras da concorrência não estão a ser respeitadas.

ATUALIDADE/Internacional

12 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Há grandes produtores que continuam a extrair petróleo a um ritmo frenético para garantirem quotas de mercado.

Três tecnológicas lideram ranking dos Estados Unidos

(valor de mercado em mil milhões de dólares)

Fonte: The Wall Street Journal

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O crescimento sustentado ao longo dos anos levam a BASF a apostar na sede portuguesa. Esta multinacional alemã está presente em todas as indústrias de crescimento nacional, principalmente nas indústrias automóvel, química e agrícola.Consciente da responsabilidade social e comprometida com a dinamização do que de melhor se faz em Portugal, a BASF apoia produtores de vinho nacionais.DORA TRONCÃ[email protected]

Gunther Sthamer, diretor-geral da BASF Portuguesa, fala de “um crescimento, que é para continuar em Portugal” quando a empresa comemora 150 anos de existência, estando no mercado português há 67. O crescimento sustentado ao longo dos anos levam a multinacional alemã a apostar na sede portuguesa e, de acordo com Sthamer, “graças a este desempenho e experiência, a BASF Portuguesa apoia ativamente as ope-rações do grupo BASF em Angola”.

Em Portugal a estrutura da empresa ale-mã conta com 65 colaboradores, 40 dos

quais comerciais especializados em áreas de engenharia (química, agronomia e civil).

A BASF Portuguesa está presente em to-das as indústrias de crescimento nacional, principalmente nas indústrias automóvel, química e agrícola.

O setor de agroquímicos e hortícolas re-presenta cerca de 15 milhões de euros em termos de negócio, faturando a BASF cerca de 250 milhões em Portugal.

Deste volume de negócios, 5% (cerca de 12,500 milhões) diz respeito a outra área de negócio da BASF, a saber: a área auto-móvel. O negócio da repintura automóvel, através da BASF Coatings e das marcas de tintas Glasurit e RM, “é relevante em Por-tugal”, refere Gunther Sthamer. E acentua que nos últimos anos tiveram “um sucesso muito grande, sendo o coating uma área muito importante para a BASF”, acrescen-tando que “o crescimento do coating foi contínuo e que se espera manter dado que as vendas de veículos voltaram a crescer em Portugal”.

A química no centro da I&D

A BASF Portuguesa conta com 200 clien-tes e o diretor-geral ressalta que com eles assumiu “o compromisso de desenvolver produtos inovadores, sustentáveis e seguros para o ambiente” e que “a sustentabilidade está no topo das preocupações da BASF”. E prossegue: “Essas têm sido as linhas mestras na conceção da nossa gama que conta com mais de seis mil produtos”.

Consciente da responsabilidade social e comprometida com a dinamização do que de melhor se faz em Portugal, a BASF apoia produtores de vinho nacionais na iniciati-va “Néctar Divino” que lançou há quatro anos. “Neste concurso já demos oportuni-dade a mais de 50 produtores de promove-rem os seus vinhos junto de importadores alemães e ingleses em eventos exclusivos de networking”, explica Gunther Sthamer.

No programa do 150º aniversário, aBASF coloca em foco três temas onde a quí-mica desempenha um papel fundamental:na vida urbana, na energia inteligente e naalimentação. Com mais de 10 mil profis-sionais na área da inovação e investigação,em 2014 a BASF investiu perto de dois milmilhões de euros (1884 milhões de euros)no desenvolvimento de novas tecnologias eprodutos.

GUNTHER STHAMER, DIRETOR-GERAL BASF PORTUGAL, AFIRMA

“Crescimento é para continuar em Portugal”

NEGÓCIOS

E EMPRESAS

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 13

The Edge Group investe 20 milhões em edifício em LisboaO The Edge Group adquiriu um edifício em Lisboa, num investimento superior a 20 milhõesde euros, entre aquisição e obras de recuperação. Trata-se do Edifício D. Luís I, junto ao Mer-cado da Ribeira. O imóvel será utilizado para escritórios, ginásio, cafetaria e jardim suspensona cobertura, com restaurante. A empresa está a investir sobretudo na zona ribeirinha da ci-dade de Lisboa, uma das mais procuradas da capital.

O setor de agroquímicos e hortícolas representa cerca de 15 milhões da faturação da BASFPortuguesa, cujo valor é de 250 milhões enquanto a área de repintura automóvel fatura cercade 12,500 milhões.

MARC [email protected]

A fileira da música independente por-tuguesa, que considera “qualquer projeto musical editado ou pelos artistas ou por pequenas e médias empresas”, representa cerca de quatro milhões de euros anuais, a que se juntam os direitos conexos.

Segundo dados revelados pela AMAEI - Associação Profissional de Músicos Artis-tas e Editoras Independentes em Portugal -, à semelhança do que se verifica a nível internacional, em que “os setores indepen-dentes” representam “cerca de 20% a 35% do mercado discográfico em termos do vo-lume de vendas”, “não me surpreenderia se Portugal não ficasse atrás desses números”.

De acordo com Nuno Saraiva, vice--presidente da AMAEI, “se o mercado em Portugal vale 20 milhões de euros, valor referência para 2013, calculamos que a fa-tia independente poderá andar na casa dos quatro milhões”. A este valor acrescem os

direitos conexos, “que a maioria das edito-ras independentes ainda não recebe cá em Portugal”.

A internacionalização da fileira da música independente é um dos objetivos da AMAEI. Para tanto, tem vindo a apostar na presença em feiras internacionais do setor. Estas abran-gem um conjunto de certames que, à seme-lhança do cinema, promovem e divulgam os operadores (sejam artistas ou editoras).

“É através destas feiras e ‘showcase festi-vals’ que os artistas podem construir as suas equipas de representação internacionais”, destacou Nuno Saraiva. “Estão lá agentes, ‘managers’, programadores de festivais, que podem “assinar” os nossos artistas para promover digressões, atuações, e outras ações futuras”.

Foi através das feiras que “Frankie Cha-vez conseguiu ter agenciamento na Ale-manha, Itália e Espanha”, ou que “The Weatherman, através da sua atuação no Eurosonic conseguiu agenciamento na Ho-landa”. A este dado, Nuno Saraiva junta os

“contactos de distribuição dos discos e fo-nogramas, promoção e relações públicas”.

Portugal integra circuito

O mesmo responsável destaca, entre es-tes certames, “o SXSW, nos EUA, Cana-dian Music Week, no Canadá, The Great Escape UK, MIDEM e MaMA Event em França, WOMEX (World Music), que este ano é em Budapeste”, entre outros. “Espa-nha tem o Primavera PRO, Bilbao Interna-cional Music Experience e Monkey Week”.

Portugal “não estava inscrito no circuito até 2014, data em que a AMAEI, em par-ceria com A Oficina em Guimarães, fun-dou o Westway LAB Festival, integrando a rede ETEP - European Talent Exchange Program. Mas, “para além deste passo im-portante, montámos também ‘showcases’ no CMW em Toronto e no Reeperbahn Festival na Alemanha, de artistas como Frankie Chavez e The Weatherman, por exemplo”, ressaltou Nuno Saraiva.

ESTIMATIVAS DA FILEIRA APONTAM PARA UM VALOR DE MERCADO EM PORTUGAL DE QUATRO MILHÕES

Setor da música independente quer exportar cultura

Falta de “articulação entre os organismos es-tatais de apoio à exportação económica e umMinistério da Cultura” dificultam a exportaçãocultural independente, refere Nuno Saraiva.

Page 14: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

TLCB Advogados abre escritório no Rio de Janeiro A TLCB Advogados e a sua associada no Brasil, Amaral & Barbosa Advogados, ambas mem-bros fundadores da LWB International Alliance, vão abrir um novo escritório do Rio de Ja-neiro. Com a criação da nova unidade, situada no Edifício Cândido Mendes, a aliança reforça a capacidade de resposta aos empresários de origem portuguesa que atuam no mercado bra-sileiro, nomeadamente, nos setores da hotelaria e restauração, indústria alimentar e comércio internacional.

Fórum debate oportunidades nos países árabesA Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa (CCIAP), em cooperação com a Liga dos Estados Árabes e a União Geral das Câmaras de Comércio, Indústria e Agricultura dos Países Árabes, irá promover no próximo mês o 3º Fórum Económico Portugal-Países Ára-bes, dias 23 e 24 de novembro, no Sheraton Hotel, em Lisboa. O programa contará com conferências para mais de 400 pessoas e networking empresarial, sob forma de reuniões B2B.

FERNANDA SILVA [email protected]

Até ao final de 2017 a multi-nacional dinamarquesa de cal-çado ECCO pretende instalar 14 lojas de marca no nosso país, que será, assim, ponta de lança

de uma nova estratégia do grupo que passa pelo lançamento nos mercados um novo tipo de sapa-to, que aliará o habitual confor-to e operacionalidade.

Os primeiros passos desta nova estratégia foram já dados com a abertura, na última semana de

ABERTURA DE 14 LOJAS ATÉ 2017

ECCO reforça investimento em Portugal

Aliar à tradição “ECCO” um design com mais impacto visual é a atual estra-tégia do fabrico de sapatos, indica Gustavo Kremer.

PUBsetembro, de duas novas lojas, primeiro no Cascais Shopping e, no dia seguinte, no Outlet do Freeport. Para além destes, um outro espaço da marca abrirá em novembro no Porto. Estas três novas lojas vêm juntar-se aos quatro espaços até agora exis-tentes no Norte Shopping, Ar-rábida Shopping, Mar Shopping e junto à sua unidade fabril em S. João de Ver, no município de Santa Maria da Feira.

Em declarações à “Vida Eco-nómica”, José Augusto Marques, responsável pela área de “Inves-tigação & Desenvolvimento” da ECCO, assegura que esta é “uma evolução natural” e salien-ta que esta resulta da “necessida-de de acompanhar as tendências atuais”, nomeadamente através da criação no consumidor da “necessidade” por calçado que alie à tradição “ECCO” um de-sign com mais impacto visual.

Mais investimento

Para além da abertura de no-vas lojas, os planos do grupo para Portugal preveem ainda o reforço do investimento na área de produção, nomeadamente “na otimização de processos”, por forma a “ir de encontro às necessidades e exigências dos nossos clientes”, avançou Gus-tavo Kremer. Desafiado a divul-gar o montante de investimen-to previsto para este projeto, o diretor-geral da ECCO Portugal escusou-se, contudo, a adiantar quaisquer pormenores adicio-nais sobre este ou outros inves-timentos previstos.

Nos últimos quatro anos, o grupo investiu já cerca de 20 mi-lhões de euros na modernização da sua fábrica em Santa Maria da Feira.

Com 2,2 milhões de pares de sapatos produzidos na unida-de de Santa Maria da Feira em 2014, o objetivo é atingir os 2,8 milhões de pares em 2015. O volume de negócios do grupo deverá crescer 5%, face aos 1,2 mil milhões de euros registados no último ano.

NEGÓCIOS E EMPRESAS

14 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

A ECCO vai abrir 14 novas lojas e aumentar o investimento na fábrica em Santa Maria da Feira.

Contabilidade Financeira Explicada

O resultado do período é determinado pela diferença entre os rendimentos e gastos:

Resultado do período = Rendimentos – Gastos

Os resultados são apurados, em regra, anualmente, numa outra demonstração financeira

– demonstração dos resultados –, que apresentamos também de uma forma esquemática.

Concretizando, com base no exemplo 3.8, apresenta-se a ligação entre o balanço e a

demonstração dos resultados:(1) Situação inicial

(2) Situação final após a receção da fatura da

eletricidade

ItensValor (€)

ItensNotas Valor (€)

Ativo

Ativo

Equipamento administrativo5.400

Equipamento administrativo5.400

Depósitos à ordem5.500

Depósitos à ordem

5.500

Caixa

350Caixa

350

Total do ativo 11.250

Total do ativo11.250

Passivo

Passivo

Fornecedores

1.000Fornecedores

1.100

Total do passivo 1.000

Total do passivo1.100

Capital Próprio

Capital Próprio

Capital próprio no início do período

10.050 Capital próprio no início do período

10.050

Gastos (perda em mobiliário) -100Resultados do período

100

Gastos (eletricidade)-100

Rendimentos

+300Total capital próprio 10.150

Total capital próprio10.150

Total capital próprio + passivo 11.250

Total capital próprio + passivo 11.250

Demonstração dos resultadosRendimentos e gastosPrestação de serviços300

1 – Total de rendimentos300Fornecimentos e serviços externos (1) 100

Outros gastos (2)

100

2 – Total dos gastos2003 – Resultado do período (1-2)

100

1) Fornecimentos e serviços externos integram os gastos da eletricidade

2) Outros gastos integram a perda em mobiliário===//===

Contabilidade Financeira Explicada

5 2 – Atividades

empresariais

Financiamento

Figura n.º 5.2 – Atividades empresariais

Em cada atividade estabelece-se um elo de ligação entre a empresa, os clientes, fornece-

dores dos bens, de serviços ou de financiamento.

Recursos finance

iros:

Recurostécnicos

e humanos:

Atividades:

Fornecedores:

Clientes:

M E R C A D O

Entidade

Figura n.º 5.3 – Empresa, recursos e envolvente

Contabilidade Finan

O resultado do período é determiResultado do perOs resultados são apurados, em regr

– demonstração dos resultados –, que aConcretizando, com base no exemp

demonstração dos resultados:(1) Situação inicial

ItensValor (€)AtivoEquipamento administrativo

5.400Depósitos à ordem

5.500Caixa

350Total do ativo 11.250PassivoFornecedores

1.000F

Total do passivo 1.000Capital PróprioCapital próprio no início do

período10.050 Cap

perí

Gastos (perda em mobiliário) -100Resu

Gastos (eletricidade)-100

Rendimentos

+300Total capital próprio 10.150

Total capital próprio + passivop sivo 11.250

T

Demonstração dos resuRendimentos e gastosPrestação de serviços1 – Total de rendimentosFornecimentos e serviços externos (

Outros gastos (2)2 – Total dos gastos3 – Resultado do período (1-2)

Resultado do período (1-2)

Fornecimentos e serviços externos integram os gastos da eletricid

Outros gastos integram a perda em mobiliário===//===

1) F2) O

ariais

re a empresa, os clientes, fornece-

Recursos finance

iros:

Recurostécnicos

e humanos:

Atividades:

resa, recursos e envolvente

Contabilidade Financeira Explicada

QUESTÃO:

Como deveria ser apresentada esta informação utilizando as categorias previstas no Código de Contas?

RESPOSTA:

Tendo em consideração o destino de cada um dos elementos – cadeiras, chapéus de praia e viatura, detidos para uso e não para venda – e utilizando como classificador o código de contas, estes são codificados da seguinte forma:

Itens Classe Conta Subconta

Cadeiras de praia Investimentos 4 Ativos fixos tangíveis 43 Equipamento básico* 43.3

Chapéus de praia Investimentos 4 Ativos fixos tangíveis 43 Equipamento básico 43.3

Depósito no Banco X Meios financeiros líquidos 1 Depósitos à ordem 12 Banco Moedas 12.1

Viatura ligeira Investimentos 4 Ativos fixos tangíveis 43 E q u i p a m e n t o d e transporte 43.4

* Equipamento básico inclui máquinas, instrumentos, instalações e outros bens essenciais para o desen-volvimento de uma atividade.

Como se constata, os elementos patrimoniais indicados no exemplo não estão apresen-tados de forma organizada.

Para uma leitura mais compreensiva do património socorremo-nos de formas estrutura-das que organizam esses elementos de acordo com determinados critérios. Um exemplo de apresentação estruturada é o balanço, demonstração financeira que abordaremos adiante, mas que nos servirá de referência em termos de ordenação e agrupamento:

ItensValor (€)

Unitário Total

Ativo

Investimentos

Ativos fixos tangíveis

Equipamento básico

Cadeiras de praia 50 1.250

Chapéus de praia 100 3.000

Equipamento de transporte

Viatura ligeira 15.000 15.000

Meios Financeiros Líquidos

Depósitos à Ordem

Banco X 5.500 5.500

24.750

Se pretendêssemos uma informação mais agregada, poderíamos, por exemplo, agrupá-la da seguinte forma:

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“O universo das questões abrangidas confere ao presente livro uma característica não muito usual nos manuais da contabilidade, o que o singulariza dos restantes, atento o grande esforço de integração que é feito de enquadrar a contabilidade especifi camente nas empresas. “ in Prefácio de A. Domingues Azevedo.

Edore

Page 15: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

Os seniores franceses são atraídos a Portugal pelo clima, qualidade de vida, proximidade e pelo regime fiscal favorável aos reformados do setor público.

Um número crescente de re-sidências seniores francesas tem interesse em alargar a sua ativida-de a Portugal. As condições que o país oferece tornam o destino atrativo como país de residência para seniores franceses. Mas, al-gumas empresas francesas deste setor encaram também investir no nosso país a pensar nos utilizado-res portugueses. Estas conclusões extraem-se de um seminário or-ganizado na semana passada no Porto, por iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Luso--Francesa. O evento reuniu vários operadores portugueses e france-

ses de residências de terceira idade bem como fornecedores e presta-dores de serviço da área da saúde.

“Face à elevada participação re-gistada, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa está a equacionar um novo evento sobre este tema” - disse à “Vida Econó-mica” Geraldine Dussaubat, da CCILF.

O clima, a gastronomia, a facili-dade de ligações aéreas a França, e os preços atrativos do imobiliário estão a despertar a atenção como alternativa de residência para os reformados franceses. Esta nova atividade tem reflexos diretos so-bre os operadores especializados neste setor, mas também se reflete

de forma positiva sobre outros se-tores. A presença de um cada vez maior número de estrangeiros em Portugal está a dinamizar a procu-ra de cuidados de saúde, alargan-do o mercado dos operadores pri-vados e dos operadores públicos.

Esse aumento da procura é sen-tido quer em relação aos turistas que visitam o nosso país e necessi-tam de cuidados de saúde durante a sua estadia, quer em relação aos reformados que optam por fixar a sua residência em Portugal.

A este nível, torna-se determi-nante a articulação entre os pres-tadores de cuidado de saúde e os sistemas de saúde dos cidadãos estrangeiros.

Privados movimentam 5500 milhões de euros

Segundo Luís Ferreira, diretor

da Luz Saúde o financiamentoprivado representa 37% do total das despesas de saúde, o que refle-te um aumento significativo faceao nível de 32% que se registavaem 2011.

Por outro lado, o Serviço Na-cional de Saúde não é sustentávelnas atuais condições. Do total de 123 hospitais do SNS, cerca de metade está em falência técnica.

Existe também um crescimen-to elevado dos seguros de saúde, com um aumento de 4,9% dos prémios no primeiro semestre de 2015.

Apesar de o SNS ser universale tendencialmente gratuito, quasedois milhões de pessoas estão co-bertas por um plano complemen-tar de saúde. É o caso da ADSEonde os prestadores de serviços são maioritariamente privados,com um subsistema financiado apenas com as contribuições dosfuncionários públicos.

CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-FRANCESA REUNIU OPERADORES E INVESTIDORES

Portugal é um novo mercado para as residências seniores de franceses

A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa reuniu cerca de uma centena de profissionais interessados nas residências seniores.

Álvaro Almeida, presidente da ARS Norte, considera que o desafio colocado pelo aumento de estrangeiros está aoalcance dos profissionais portugueses

NEGÓCIOS E EMPRESAS

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 15

COTEC Portugal, Espanha e Itália assinam declaração conjunta Os presidentes das Direções da COTEC Portugal, Espanha e Itália assinaram hoje uma decla-ração conjunta na qual reconhecem a oportunidade de liderar, desde o Sul da Europa, um novoparadigma de inovação aberta, colaborativa e social, bem como a necessidade de identificar e encorajar este novo paradigma enquanto força motriz para o desenvolvimento económico ehumano dos três países e da Europa como um todo.

Finalistas da “Europeia” estagiam com bolsas Santander UniversidadesA Universidade Europeia, que pertence à Laureate International Universities, acaba de assinar um protocolo de cooperação com o Banco Santander, que vai permitir aos estudantes finalis-tas estagiarem com uma bolsa de estágio. Este protocolo, celebrado no âmbito do Programa de Bolsas de Estágio Santander Universidades, vai permitir que cinco estudantes finalistas da Universidade Europeia beneficiem durante três meses de uma bolsa de estágio de 1650 euros.

Seguros de saúde cresceram 4,9% em 2015

A Sonae acaba com uma relação de quase 20 anos com o BPI e a Visa para o seu cartão de crédito e adere à MasterCard.

O Cartão Universo vem integrar os cartões e programas de fideliza-ção das insígnias da Sonae, fortale-cendo-os com ainda mais benefí-cios.

Adicionalmente, permite aos clientes fazer compras, transferên-

cias e levantamentos, tudo através de um só cartão.

O Cartão Universo junta, num só cartão, o Cartão Continente, o Cartão Worten Resolve e o Cartão Sport Zone. Ao aderir ao Cartão Universo, os clientes passam a ser automaticamente membros de to-dos estes programas e a usufruir de todas as suas vantagens.

Os clientes que já possuam um

Cartão Continente, um Cartão Worten Resolve e/ou um Cartão Sport Zone devem proceder à asso-ciação do(s) mesmo(s) ao seu novo Cartão Universo através da Linha de Apoio ao Cliente Universo 707 100 622 (disponível 24h por dia, 7 dias por semana, com atendimento por operador das 9h às 24h), em www.universo.pt ou em qualquer uma das lojas Continente, Worten

ou Sport Zone, onde se poderão realizar novas adesões.

Cliente escolhe

Uma das inovações introduzidas em Portugal pelo Cartão Universo é a possibilidade de o cliente definir a modalidade e o prazo de paga-mento pretendido em cada compra, podendo assim ajustar a data de pagamento de acordo com as suas

necessidades em cada momento. Aescolha é realizada no terminal depagamento automático, com total autonomia e privacidade. O Cartão também disponibiliza modalidadesespeciais de pagamento com e semjuros nas lojas aderentes.

O Cartão Universo não implica qualquer mudança de banco ou a criação de novas contas e, no lança-mento, não tem anuidade.

Sonae lança Cartão Universo

Page 16: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

Sete modelos e dezenas de combinações rolam por todo o mundo

“A Powa criou sempre para o mundo”, afirma o diretor cria-tivo da empresa, Nuno Pereira. O empreendedor de 29 anos, que esteve já na final do Pré-mio do Jovem Empreendedor da ANJE com este projeto, par-tilha deste modo a essência de um negócio que nasceu global e que tem presença em países como Estados Unidos da Amé-rica, Alemanha, França, Suíça, Espanha, Singapura, Chile, Peru e Brasil.

Na Powa o produto é sinóni-mo de movimento e tal parece ser extensível à forma como a oferta tem vindo a evoluir. Atualmente, conta o mesmo responsável, a empresa tem “sete modelos de skates dispo-níveis e dois modelos de trucks,

sendo que o downhill machine [modelo topo de gama da em-presa] é passível de ser configu-rado no site em 42 combina-ções possíveis”.

No próximo ano, além de um modelo sucessor deste “downhi-ll machine”, a Powa prevê ainda uma nova participação no cam-peonato mundial de downhill skate. Mas construir um objeto voador continua a ser o foco da empresa. Nuno Pereira explica que “existem algumas inicia-tivas nesta área” e exemplifica até com soluções existentes, mas desde logo identifica tam-bém limitações das mesmas. “O nosso objetivo é fazer um skate que funcione em todas as su-perfícies de forma semelhante ao ‘hooverboard’ to filme Re-gresso ao Futuro”, confessa o empreendedor.

Aplicar o smartphone no skate já é possívelA Powa desenvolveu uma solução que permite que o utilizador aplique o smar-tphone no skate, sem qualquer risco de queda ou danos. A pessoa pode assim beneficiar da utilização do dispositivo móvel, seja por via tátil, seja através de aplicações para desporto ou, simplesmente, via auriculares.

Skates que voam são o novo desafio A Powa prepara o futuro com o lançamento de uma “hoovering board”. A placa voadora é ainda um desafio tecnológico para a empresa, mas os promotores do projeto estão, atualmente, a trabalhar na concretização do novo equipamento e a construir o primeiro protótipo do produto.

Powa: inovação sobre rodas

“Powa é disrupção e emoção”. Estas são as primeiras palavras do cartão-de-visita institucional disponível no website da em-presa produtora de skateboards. E a disrupção é facilmente per-cetível: a empresa confere novas formas de utilização dos skates, através da integração tecnoló-gica. Em destaque estão, por exemplo, as finalidades terapêu-ticas, desenvolvidas ao abrigo de uma colaboração com António Gaspar, fisioterapeuta da seleção nacional de futebol. A gama de produtos acompanha a atitude do grupo de empreendedores responsáveis pela Powa: motiva-dos pelo espírito sonhador da in-fância, os empresários garantem que a próxima novidade é um skate voador. O protótipo já se encontra em fase de desenvolvi-mento.

Sob o nome Fizio, o mode-lo com finalidades terapêuticas da Powa assume-se útil para os processos de recuperação e pre-venção de lesão. Trata-se de um produto pioneiro no panorama

mundial, que facilita a reabilita-ção de membros inferiores e pode ser utilizado por atletas de alta competição em planos de treino específicos.

A relação equilibrada entre a aparência estética e a com-ponente funcional alimenta o imaginário dos empreendedores da Powa na criação de experiên-cias distintas para o utilizador. Em busca permanente de novos materiais, texturas e formas, os promotores do negócio apostam em produtos com valor acres-centado. Desde a sua criação, a empresa já desenvolveu diferen-tes modelos com propósitos es-pecíficos, comercializando ainda peças para a manutenção do ní-vel da performance na utilização dos produtos.

A integração tecnológica neste equipamento desportivo é outra característica diferenciadora da empresa que desenvolveu o Se-ratonin Fusion para coordenar a utilização do skate nas deslo-cações físicas com a execução de ações em dispositivos mobile.

Com recurso a um “slot” almo-fadado, este produto anula os riscos de queda ou de produção de danos físicos nos aparelhos e potencia uma experiência única, seja por via tátil, seja através de aplicações para desporto ou, sim-plesmente, via auriculares.

A customização completa a proposta de valor oferecida pela Powa, que oferece a possibilidade de selecionar todos os elemen-tos do skateboard. Caraterizados pelas linhas retas, dinâmicas e

agressivas, os artigos concebidos pela empresa são ajustáveis pelo consumidor que assume, assim, papel ativo na construção do as-peto final dos skates.

A Powa prepara o futuro com o lançamento de uma “hoovering board”. A placa voadora é ainda um desafio tecnológico para a empresa, mas os promotores do projeto estão, atualmente, a tra-balhar na concretização do novo equipamento e a construir o pri-meiro protótipo do produto.

Skates fisioterapeutas com parceria de renome

O primeiro skate de fisioterapia do mundo foi desenvolvido pela Powa em parceria com António Gaspar, fisioterapeuta da seleção nacional, e visa reduzir tempos de reabilitação, aliando esse processo à diversão proporcionada pelo skate. De resto, estes skates poderão também ser utilizados nos ginásios, originando planos de treino diferenciadores. Uma outra inovação do projeto consiste na integração do iPhone com o skate. Com a solução criada, o utilizador pode aplicar o smartphone no skate, sem qualquer risco de queda ou danos, e beneficiar da sua utilização, seja por via tátil, seja através de aplicações para desporto ou, simplesmente, via auriculares.

NEGÓCIOS E EMPRESAS/ANJE

16 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

“O skate voador serásempre o objetivomáximo da Powa.Queremos um que funcione em todas as superfíciesde forma semelhanteao ‘hooverboard’ do filme Regressoao Futuro”

Nuno Pereira, diretor criativo da empresa

Nuno Pereira, diretor criativo da Powa, empresa que está a revolucionar o mercado de skateboards. Cré

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Page 17: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

VIRGÍLIO [email protected]

De janeiro a outubro de 2015 os resul-tados da Caravela cresceram 38% no ramo não vida, quando comparados com o pe-ríodo homólogo do ano anterior – anun-ciou Diamantino Marques, presidente do Conselho de Administração desta segura-dora, durante a sua apresentação ao Norte, realizada recentemente no World of Disco-veries de Miragaia, no Porto.

“Este ano, até outubro, já fi zemos o do-bro da receita em prémios do que tínha-mos feito o ano passado todo”, afi rmou aos mais de 150 convidados, na sua maioria profi ssionais do setor, presentes no even-to. “Isto foi possível graças ao crescimen-to orgânico de mediadores de qualidade”, acrescentou.

A isto há que acrescentar a metodologia aplicada na admissibilidade de novos to-madores, selecionando com base no risco, um fator que permitiu uma descida da taxa de sinistralidade global de 3% já este ano, explicou à “Vida Económica” Paulo Trigo, administrador delegado da seguradora.

Crescimento orgânico alicerça resultados

“Fizemos uma segmentação do mercado. Fomos buscar 139 agentes ao mercado”, acrescentou ainda Diamantino Marques.

“Somos uma companhia com entre 29 e 30 milhões de euros em prémios em 2015, mas queremos crescer até aos 150 milhões”, acrescentou.

“Temos 90 mil clientes e estamos aten-tos às compras de mercado”, frisou ainda Diamantino Marques, dando conta que a seguradora Caravela estaria de “papel prati-camente assinado” para a aquisição de uma seguradora neste momento à venda no mercado, sem no entanto revelar o nome, nem ele nem o administrador delegado Paulo Trigo, quando por nós questionado à margem do encontro.

“Se o não conseguirmos [a aquisição que está neste momento a ser preparada], partiremos para outro campeonato”, disse, manifestando desta forma o propósito da seguradora Caravela estar compradora no mercado.

Entre as seguradoras à venda no mercado poderá estar a Açoreana. Recorde-se que Diamantino Marques foi, em 2006, es-colhido pelo comendador Horácio Roque para administrador executivo da Compa-nhia de Seguros Açoreana e já antes, en-quanto presidente do ISP, foi incumbido por António Guterres de reestruturar e sal-var da falência a Companhia de Seguros O Trabalho, entretanto depois absorvida pela

Açoreana. Adquirir, portanto, agora, uma empresa que conhece bem faz sentido. Mas não será fácil, tendo em conta a existência de outros concorrentes interessados, como é o caso da Liberty Seguros (que já fez uma tentativa de compra em 2006).

Por fi m, afi rmou Diamantino Marques, “iremos digitalizar os canais de distribui-ção, sem perder o fator humano”.

Rácio de solvência em 175,2%

A seguradora Caravela está, neste mo-mento, presente apenas no ramo não vida, representando o segmento automóvel cer-ca de 65% do volume total de prémios em 2014.

Nesse ano, a seguradora emitiu cerca de 20,3 milhões de prémios brutos de se-guro direto (mais 5% do que em 2013), enfrentando um aumento dos custos com sinistros de 8% (de 12,7 milhões para 13,7 milhões de euros), decorrente sobretudo dos ramos de Acidentes e Incêndio e Ou-tros Danos, já que no ramos automóvel a descida foi de 12%.

O total do ativo líquido em 2014 era de 68,2 milhões de euros (70,4 milhões em 2013), o passivo de 56,8 milhões (57,9 mi-lhões no ano anterior) e o capital próprio de 11,2 milhões (contra 12,5 milhões em 2013). O resultado líquido cifrou-se em -4344 mil euros, representando 21,4% dos prémios emitidos), contra 1985 mil euros em 2013, motivado essencialmente pela “alta sinistralidade resultante dos acidentes de trabalho” (justifi ca o Relatório e Contas de 2014).

No entanto, o rácio de solvência da se-guradora, no fi nal de 2014, situou-se nos 175,2%.

A empresa foi constituída em 1996 sob a denominação social Euresap – Euresa Por-tugal Companhia de Seguros. Em 2001 passou a Companhia de Seguros Sagres. Em 2011 a designação passou a ser Macif Portugal – Companhia de Seguros, detida maioritariamente pela Macif – Mutuelle Assurancedes Commerçants et Industrieles de France, depois adquirida em novembro de 2014 pela AAA, SGS, que conta no seu corpo acionista com o empresário Má-rio Ferreira, da Douro Azul, tornando-se numa empresa com capital 100% portu-guês.

Com sede em Lisboa, desde janeiro de 2015, a Caravela dispõe de escritórios no Porto, em Braga, Leiria, Setúbal, Faro e Portimão.

A Caravela exerce a sua atividade nos seguros e resseguros dos ramos não vida. Embora ainda não presente no ramo vida, é um campo em aberto, conforme confes-sou Paulo Trigo à VE no fi nal do encontro.

RESULTADOS CRESCEM 38% ATÉ OUTUBRO

Seguradora Caravela está compradora no mercado

NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 17

Design Thinking: Uma nova abordagem à inovação

O que é que a gigante Procter & Gamble, a conhecida Pepsi e a portuguesa Novabase têm em comum? Adotaram o Design Thinking (DT) como uma nova abordagem à inovação de produtos, de serviços e de processos. Para isso, foi necessário que os respetivos CEO criassem o primeiro cargo executivo da história da empresa na área do design: VP Design, Innovation, and Strategy na Procter & Gamble; Chief Design Offi cer na Pepsi; e Head of Business Design na Novabase.

E porquê esta ênfase no design? Porque o DT é considerado design de 3ª geração, isto é, preocupado com questões estéticas e funcionais, mas também com a experiência humana em contextos cada vez mais complexos do ponto de vista tecnológico, económico e social. Permite, por exemplo, antecipar emoções positivas relacionadas com a prestação e a utilização de um serviço, aumentando assim a satisfação de colaboradores e de clientes.

Os cinco pilares do DT são equipas interdisciplinares, um desafi o promissor, um processo iterativo, um espaço variável e indicadores de desempenho. As equipas devem ser interdisciplinares no pressuposto de que a criatividade requer pensamento divergente. O desafi o deve ser promissor, no sentido em que não pode ser demasiado aberto ou fechado. Caso contrário, convida à divagação ou limita a criatividade.

Em termos de processo, são necessárias fases de pensamento divergente mas também de pensamento convergente para efetivamente resolver o desafi o. Apesar de existirem cada vez mais modelos de DT, é relativamente consensual que as fases devem ser predeterminadas e iterativas. A fase inicial tenta contextualizar o desafi o com base na experiência da equipa e em investigação online. A segunda

fase consiste em trabalho de campo para entrevistar e observar utilizadores extremos. A terceira fase seleciona e elabora um ponto de vista como o principal problema a resolver. A quarta fase gera o maior número possível de ideias para resolver o problema. A quinta fase materializa uma dessas ideias num protótipo. A sexta e última fase testa o protótipo com utilizadores reais, dando início a uma nova iteração.

Além do processo, é aconselhável a adoção de um espaço variável que facilite a partilha de ideias. A variabilidade do espaço resulta da utilização de mobília portátil e confi gurável para reunir uma ou todas as equipas em simultâneo.

Os indicadores de desempenho resultam diretamente do desafi o lançado pela equipa nuclear, assentando em constrangimentos de tempo e de orçamento, assim como em objetivos de custos e proveitos. No caso da Procter & Gamble, registou-se uma duplicação do volume de negócios em apenas seis anos. No caso da Pepsi, um aumento da capitalização bolsista de cerca de 40% em quatro anos. E no caso da Novabase, formaram-se 800 colaboradores em DT em apenas seis meses tendo em vista uma cultura organizacional mais colaborativa.

O SLab é um centro de competências da Católica.Porto que desenvolve projetos e investigação em conjunto com as empresas, em diversas áreas da Gestão de Serviços. Convidamos, por isso, as empresas portuguesas a desenhar novos serviços e experiências com DT.

PARCEIROS SLAB

RICARDO MORAISInvestigador do SLab

SLAB

CATÓLICA.PORTO

O Design Thinking permite redesenhar a experiência humana em contextos cada vez mais complexos.

A Açoreana é uma das seguradoras que poderão estar no horizonte das aquisições da Caravela.

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António de Souza-Cardoso chega novamente à liderança da Causa Real, com o apoio de várias personalidades e com a intenção clara de “Unir para Construir”. Numa altura de ins-tabilidade política com a recente indigitação do novo primeiro--ministro, afirma que “o estigma de escolher em “causa própria” não existiria se a Chefia de Es-tado não fosse independente e suprapartidária”.

“Unir para Construir” foi o lema da Moção de Estratégia de António de Souza-Cardoso que encabeçou uma lista que con-ta com algumas personalidades da vida nacional como Paulo

Teixeira Pinto, Miguel Esteves Cardoso ou Augusto Ferreira do Amaral.

A Moção de António de Souza--Cardoso defende que Portugal, qualquer que seja o regime, be-neficia muito com a valorização da Instituição Real e com o papel que pode assumir o Rei dos Por-tugueses como referencial histó-rico, moral e cultural da Nação.

Isto, afirma o novo Presiden-te da Causa Real, constitui um contributo inestimável, num contexto de globalização genera-lizada, não só para a afirmação económica e social no contex-to internacional como ainda um elemento de agregação e de identidade do povo português.

António de Souza-Cardoso dá exemplos, sublinhando que, “independentemente da even-tual bondade da decisão do atual Presidente da República sobre a indigitação do novo Primeiro--Ministro, o estigma de escolher em ‘causa própria’ não existiria se a Chefia de Estado fosse inde-pendente e suprapartidária”.

António de Souza-Cardoso dirige Causa Real

Melgaço promove festa do espumante

A Festa do Espumante de Mel-gaço realiza-se de 20 a 22 de no-vembro, no Largo Hermenegildo Soalheiro, bem no centro do mu-nicípio.

Em estreia absoluta, o evento pretende celebrar uma categoria de vinhos que nos anos mais recentes tem conquistado uma legião cres-cente de apreciadores. Neste mo-mento, estima-se que a totalidade dos produtores de vinhos de Mel-gaço esteja a lançar anualmente no mercado uma média anual de 150 mil garrafas de espumantes.

Durante três dias, o evento reu-nirá num só espaço 13 produtores de espumantes, três expositores de fumeiro e outros produtores re-gionais típicos do concelho, bem como dois restaurantes que apre-sentarão propostas gastronómicas para serem harmonizadas com os vinhos.

“Estimamos que o evento atraia a Melgaço vários visitantes, não apenas locais como de fora da sub--região”, realça o presidente do Município de Melgaço, Manoel Batista.

CCDR Algarve entra na mobilidade elétrica

A CCDR Algarve acaba de ad-quirir o primeiro automóvel 100% elétrico. A atribuição da viatura de-corre de uma candidatura apresen-tada a uma fase piloto do Programa de Apoio à mobilidade eléctrica da Administração Pública (Eco-Mob), que visa a descarbonização e me-lhoria do desempenho ambiental do Parque de Veículos do Estado.

Este automóvel ecológico é um dos 30 veículos eléctricos atribuí-dos em território nacional que serão utilizados por diferentes organis-mos do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Ener-gia (MAOTE) e do Ministério das Finanças (MF). O abate de um veículo em fim de vida foi um dos requisitos prévios na apresentação da candidatura ao programa.

NEGÓCIOS E EMPRESAS/PME

18 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

“Não é por acaso que as democracias com maiores índices de desenvolvimen-to e bem-estar na Europa e no Mundo são monarquias” – refere António de Souza-Cardoso.

“Unir para Construir” foi o lema da Moção de Estratégia de António de Souza-Cardoso

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O country manager da IDC em Portugal, Gabriel Coimbra, disse que a 3ª Plataforma é o fruto da transição “de um mundo centrado no PC para um mundo centrado nos dispositivos móveis e na cloud”.SUSANA MARVÃ[email protected]

Durante o discurso de abertu-ra do IDC Directions 2015, que decorreu no Centro de Congres-sos do Estoril, Coimbra revelou algumas das conclusões do estudo DC Portugal Tech Insights 2020, que será divulgo no final deste ano, e que procura identificar as principais tendências tecnológi-cas para os próximos cinco anos e descobrir de que forma esta 3ª Plataforma – composta por Mo-bilidade, Cloud, Social e Internet de Todas as Coisas (IoT) –, come-ça a reconfigurar as organizações portuguesas.

O gestor afirmou que até 2020 os dispositivos móveis vão domi-nar não só a computação pessoal como também a empresarial, e que os investimentos em tecnolo-gia cloud vão representar cerca de 40% de todo o budget dedicado às TI.

A Internet das Coisas, ou IoT, vai afirmar-se como uma das grandes tendências. Estima-se que, dentro dos próximos cinco anos, o número de dispositivos conectados será três vezes superior ao registado hoje, fazendo com que a IoT passe a ser um fator de grande influência nas organiza-ções.

Mas a inovação acarreta os seus desafios. Gabriel Coimbra afir-mou que as empresas que nasce-ram no período que antecedeu a 3ª Plataforma terão um desafio acrescido para se adaptarem aos novos paradigmas tecnológicos, comparativamente a empresas como a Uber, a Airbnb e Netflix, cujas raízes se fincam na 3ª Pla-taforma.

Cloud não é um caminho a fazer-se sozinho

O caminho até à cloud não se pode fazer sozinho, garantiu Gabriel Abrantes, head of ICT/Cloud for B2B da NOS. No IDC Directions 2015, o executi-vo admitiu que os clientes estão a mudar, até pelo facto de estarem a abraçar uma cada vez mais no-tória digitalização. Digitalização

essa que é considerada pela NOS como um “mundo de oportuni-dades”, da qual as empresas não podem fugir. E, aqui, a cloud é, definitivamente, um dos princi-pais pilares. “Um modelo muito conhecido mas ainda não total-mente abraçado”, disse Gabriel Abrantes.

O problema é que o advento da digitalização traz novos desa-fios estruturais ao setor das TI. “Mexe com dogmas e formas de funcionamento que já não estão de acordo com as necessidades”, explorou o executivo.

A verdade é que as TI, hoje, têm que possibilitar endereçar clien-tes, potenciar os resultados, ter um muito mais rápido time-to--market… mas sempre, sempre com os custos controlados. Uma tarefa nada fácil para os CIO.

Para a NOS, estão, por isso, a ser potenciados uma série de novos paradigmas. O primeiro baseia-se nas TI Bimodal, clara-mente numa bicefalia de objeti-vos. Otimizar os custos é fulcral, a par do time-to-market e da fle-xibilidade, que são essenciais. “É necessária uma transformação das TI, saindo dos silos para a entrega como serviço, de forma a otimi-zar custos e melhorar a ida para o mercado. O imprevisto é uma oportunidade e a automação é chave. É um desafio organizacio-nal, não confinado às TI e crítico para a competitividade”, avançou Gabriel Abrantes.

O segundo paradigma é a cloud híbrida. Aliás, as TI são híbridas, defende o executivo. “O histórico existe, há sistemas tradicionais, parcialmente até já virtualizados.

Há datacentres próprios que não podem ser movidos facilmente”. Ou seja, a cloud pública dá con-veniência, a cloud privada dá con-trolo e a cloud hibrida dá flexibi-lidade. “A cloud pode ajustar-se à realidade.”

Outro desafio é o das TI como um “service broker”. Ou seja, as TI terão que assumir o papel de broker e possibilitador do negócio ágil: “reduz o risco de segurança e o custo de aquisição ao tornar mais eficiente o procurement e a gestão do serviço”.

Basicamente há que contro-lar… dando controlo. O colabo-rador da empresa quer agilidade e se a empresa não tiver, esse cola-borador procura alternativas. “A segurança é posta em causa por utilização caótica de aplicações e serviços sem controlo”, explicou Gabriel Abrantes.

De uma coisa o orador do IDC Directions 2015 não tem qual-quer dúvida: a cloud vai aconte-cer. Já não é uma questão “se” vai acontecer. É “quando”. “A reces-são limitou o investimento nas TI numa altura que a procura está em crescimento, levando a um gap insustentável de oportunida-de a ser endereçada. A maior par-te já usa cloud, privada, pública e híbrida”.

Aliás, segundo dados da própria IDC, em 2020 o cloud compu-ting irá representar mais de 40% do orçamento corporativo. “A cloud irá ser a pedra basilar das TI, é uma questão de tempo”.

E, aqui, voltamos ao título da notícia: a cloud não é um cami-nho a fazer-se sozinho, há que ter um parceiro, garante Gabriel

Abrantes. “No caminho para a digitalização e cloudificação do negócio há que considerar aspetos críticos na escolha do parceiro”, diz o executivo.

Nomeadamente um parceiro que dê resposta aos desafios de integração com sistemas existen-tes, que faça a gestão da migração para um ambiente novo e que seja de confiança, sendo esta palavra a chave para uma realidade dife-rente. “Onde estão as aplicações e quem as irá gerir: o coração do negócio tem que estar nas mãos certas”.

Uma parceria que para Gabriel Abrantes tem de se traduzir numa ponte de objetivos e planeamen-tos comuns, desde a segurança dos dados e sistemas vitais ao negócio a um planeamento con-junto e constante. “O caminho poderá ser difícil e complexo e é necessária cooperação e confian-ça”.

Em resumo, Gabriel Abrantes diz que a digitalização das empre-sas não vai parar, que os desafios das TI são vários, mas que alguns são prioritários e que a cloud é uma pedra basilar.

CIO devem liderar a transformação digital

O papel dos CIO, Chief In-formation Officer, nas empresas foi um dos temas em destaque no congresso deste ano da IDC. Bruno Morais, sales director, All Technology, da Oracle, explicou na sua apresentação que, muitas vezes, o departamento de TI, de Tecnologias de Informação, sente que é pouco compreendido pela

restante estrutura. E sempre que aconcorrência lança novos produ-tos ou enceta novas transforma-ções, muitas vezes o departamen-to das Tecnologias de Informaçãoé olhado como “o” departamentoque vem atrasar o processo. “Omeu concorrente pegou apenasem uma aplicação e conseguiu irmais depressa do que eu para omercado”. Ou seja, muitas vezeso negócio queixa-se que as TI nãoentendem precisamente o negó-cio, que de forma frequente pro-mete coisas que não entrega e queatrasa a inovação.

Mas Bruno Morais diz que énecessário perceber que o negócioe as TI caminham em direção a al-guns objetivos: à excelência ope-racional, à excelência na liderançae à excelência na tecnologia.

E como se tudo isto não fossejá suficientemente complicado, ocomportamento do consumidoralterou-se. “Ou os servimos bemou eles rapidamente vão mudarpara a concorrência.”

Segundo a Oracle, 86% dosconsumidores preferem pagarmais para ter uma melhor expe-riência e 89% mudaram realmen-te para a concorrência após umamá experiência. “A transformaçãodigital está a acontecer. Pode de-morar, ter mais ou menos impac-to, mas vai acontecer. O papelque vamos desempenhar cabe-nosa nós, e a cada um de vocês, navossa empresa, decidir”.

Assim, e para a Oracle, há seiscoisas que os responsáveis pelasTI podem fazer para responderema todos estes desafios.

Primeiro, há que simplificara infraestrutura, já que 41% dasempresas admitem que os seussistemas legacy absorvem dema-siados recursos e quase um terçonão consegue priorizar os seus in-vestimentos em TI.

Outro aspeto salientado porBruno Morais é a necessidade dealterar o foco dos colaboradorespara a inovação, já que, segundoum estudo mencionado pela pró-pria Oracle, 72% das empresasadmitem que a sobrevivência de-pende da capacidade para explo-rar novas tecnologias.

Depois, e como terceiro aspe-to, “expandir” o uso de parceiros,já que 62% das empresas gostade trabalhar com um misto defornecedores internos e externospara alcançar uma maior rapideze inovação e para ganhar acessoa know-how técnico. Outras su-gestões de Bruno Morais aos CIOsão as de explorarem as tecnolo-gias cloud, encorajarem as orga-nizações a inovar e aumentarem acolaboração.

3ª Plataforma é o futuro das organizações

TECNOLOGIAS

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 19

Parlamento Europeu aprova fim do roaming em 2017A partir de 15 de julho de 2017, acabaram as sobretaxas nas chamadas de voz, SMS e nos da-dos de internet. A exceção ficou para os casos em que sejam verificados abusos, altura na qual as operadoras podem cobrar “uma pequena taxa”. O Parlamento Europeu aprovou a aboliçãodas taxas de roaming, pelo que, dentro de dois anos, as operadoras de telecomunicações no Bloco dos 28 vão ficar sem uma das suas grandes fontes de receitas.

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Os mercados externos são vitais para a estratégia do grupo Sendys/Alidata. Hoje, a empresa tem cerca de 40% do seu negócio realizado fora do território nacional, mas Fernando Amaral, partner do grupo, confessou que o objetivo é inverter esta situação: que 60% venha dos mercados externos e 40% de Portugal. Angola, Moçambique, São Tomé, Brasil, Europa, Ásia, Estados Unidos e Austrália são algumas das geografi as onde estão presentes.

SUSANA MARVÃ[email protected]

Vida Económica - O grupo tem apos-tado fortemente nos mercados exter-nos. Neste momento, qual a percen-tagem de negócio realizada fora do território nacional?

Fernando Amaral – Cerca de 40%. Esta percentagem contém alguma expor-tação, mas principalmente internacionali-zação. Ainda que as duas empresas tenham projetos desenvolvidos em mais de 20 mercados distintos, é nos países onde esta-mos presentes com estrutura própria que o volume de negócios é mais elevado. Casos de Angola e Moçambique, que, mais do que mercados vocacionais, são mercados estratégicos para a Sendys e para a Alidata.

VE – Como pretende que esta percen-tagem venha a evoluir nos próximos dois anos?

FA – Que se inverta: 60% nos mercado externos e 40% em Portugal.

VE – Avançaram recentemente para São Tomé. Como tem corrido a experien-cia?

FA – Tem decorrido de forma lenta, mas cuidada, porque são mercados especiais, com características muito próprias, por isso temos tido uma abordagem pondera-da.

VE – Para o Brasil, optaram pela com-pra de uma empresa local? Já está con-cluído o processo?

FA – Não. O Brasil é muito diferente de tudo o resto, considerando a dimensão e características. Já estivemos muito próxi-mos da aquisição, mas não se conseguiu fechar naquilo que achávamos que eram pormenores. Apesar disso, estamos já a atuar lá, pois o potencial é enorme e temos que interpretá-lo de forma rigorosa e gra-dual, e encontrar os parceiros certos para nos apoiar.

VE – Após o Brasil, quais as geografi as que estão a ser ponderadas?

FA – Estamos a trabalhar projetos nas regiões EMEA, Ásia e Austrália, e estamos também a começar a desenvolver negócio nos Estados Unidos. A conquista quer de novos mercados quer de quota de mercado nos países onde temos operações ésempre

uma prioridade de investimento para nós. Para além dos mercados já falados, esta-mos também a alimentar a nossa ativida-de nos países onde temos presença física, como Angola e Moçambique, com inves-timentos para deslocalizar as nossas opera-ções das grandes cidades, numa perspetiva de escala nacional.

2015 está a ser um ano agressivo

VE – Em que medida 2015 foi distinto de 2014?

FA – 2015 está a ser um ano mais agres-sivo, com a particularidade dos constran-gimentos que se estão a viver no merca-do angolano. Identifi cámos também aqui uma oportunidade de negócio, pois as or-ganizações têm de se dotar de sistemas que sejam ainda mais efi cazes no controlo dos custos, têm de olhar para os seus processos e otimizá-los, sendo quase obrigatória a adaptação das empresas e da sociedade em geral a uma nova lógica de mercado.

VE – Qual o volume de faturação em 2014 e que crescimento esperam para 2015?

FA – Em 2014, encerrámos o ano com 6,4 milhões de euros de faturação e um crescimento de 14% por cento na totalida-de dos mercados em que estamos presentes, tendo em conta o nosso bom desempenho em África e o atual funil de oportunida-des, que é muito consistente. 2015 está a ser muito positivo, muito pelo contri-buto dos resultados provenientes destes mercados, angolano e moçambicano, que denotam uma grande vitalidade económi-ca. A nossa lógica evolutiva tem passado pela adaptação sucessiva às necessidades reveladas pelas empresas, dotando-as de ferramentas e sistemas com capacidades e competências adequadas para enfrentar os desafi os dos seus negócios e promover o seu desenvolvimento sustentável. O setor das Tecnologias de Informação sentiu em anos passados o impacto negativo da crise fi nanceira, da contração económica e do desinvestimento das empresas, mas nunca parou. Desacelerou o seu crescimento, é certo, mas não parou. O ano 2014 foi já um ano de recuperação e sinto que 2015 e 2016 serão marcados pela recuperação do investimento e consequente aceleração do crescimento do setor.

VE – Quais os grandes desafi os que o mercado tem apresentado?

FA – Oferecer mais por menos. Os clientes querem cada vez mais coisas por menos dinheiro. As TI serão, como têm sido, um dos pilares estratégicos das empresas para uma maior efi ciência no controlo de processos e otimiza-ção de recursos. A nossa experiência internacional levou-nos a procurar constantemente realinhar a nossa estratégia de internacionalização com menos custos, mais provei-tos e mais velocidade. O mo-delo de trabalho passa por, em algumas áreas, fi car Portugal como centro de competên-cias, como é o caso da área de desenvolvimento. As so-luções são desenvolvidas em Portugal, sempre com apoio da equipa local, e sempre que é necessário são deslocados re-cursos.

Há uma crescente confi ança e procura

VE – Já há um claro retorno ao investi-mento na área das TI?

FA – Não consigo dizer que é claro, mas nota-se uma tendência para uma crescente confi ança e procura. Acredito que muitas empresas vão manter ou aumentar os seus investimentos de TI em Portugal, com o principal objetivo de alcançar uma maior efi ciência no controlo dos seus processos. A conjuntura económica tem estimulado a necessidade das empresas de se dotarem de ferramentas que lhes permitam um controlo efi ciente dos custos, com análises de dados em tempo real para uma tomada de decisão atempada para uma gestão mais efi caz, e isso é uma oportunidade para nós. Apesar de se ter notado uma retoma já em 2014, sentimos que este ano as empresas estão a concentrar-se mais na sua atividade principal e a contratarem em outsourcing um conjunto de serviços de TI que eram efetuados internamente.

VE – Qual o cliente-tipo da Sendys/Alidata?

FA – É uma PME com 30 empregados em Portugal, nosso cliente há 15 anos e com escritórios em Angola ou Moçambi-que, que valoriza a proximidade.

VE – De que forma estas duas marca convivem? São empresas juridicamente distintas? Ou há efetivamente um “gru-po“ Alidata/Sendys?

FA – São empresas juridicamente distin-tas e existe o grupo Sendys/Alidata numa perspetiva de conseguirmos ter uma oferta alargada e completa para oferecer a um conjun-to de empresas do mesmo grupo ou a uma empresa isolada. Existe uma real com-plementarida-de com oferta de ERP especí-fi ca para áreas de atividade dis-tintas.

VE – Qual delas tem maior peso na faturação do grupo?

FA – São idênticos, sendo que a Alidata tem valências que a Sendys não tem, como toda a área de infraestrutura e videovigi-lância; pelo que, juntas, conseguem ofe-recer um vasto leque de equipamentos e serviços complementares, o que nos coloca numa posição ímpar na oferta de soluções globais de TI para empresas.

Equipa em constante crescimento

VE – Neste momento, em termos glo-bais, qual o número de colaboradores e maioritariamente com que competên-cias?

FA – Atualmente somos 110 colabora-dores, pessoas essencialmente de cariz téc-nico, da área dos sistemas de informação e engenharias. Com o crescimento que temos vindo a registar, a nossa equipa está também em constante crescimento. São profi ssionais qualifi cados e multidiscipli-nares, com perfi s diferenciados e empreen-dedores, que aliam um profundo conheci-mento de cada uma das áreas de atuação dos clientes com as suas “soft skills”. É de-terminante o facto de possuirmos compe-tências transversais que nos permitam ter a adaptabilidade necessária a um contexto de constante evolução e mudança! Equi-pas com múltiplas competências, seniori-dade, clareza no discurso que é adaptado ao cliente que temos à frente, com conhe-cimento da própria área de negócio do cliente, são características positivas e dife-renciadores muitas vezes apontadas pelos nossos clientes.

VE – Como preveem que este número evolua no próximo ano? Estão previstas contratações? Para onde?

FA – Prevemos crescer 15% nos recur-sos, até porque vai existir uma nova em-

presa no grupo, o Labseal, em Cernache do Bonjardim, que vai dedicar-se ao desenvolvimento de soluções e pro-dutos tecnológicos inovadores, espe-cialmente no domínio mobile. Esta aposta do grupo Sendys/Alidata in-tegra a estratégia de descentralização negócio para fora dos grandes cen-tros urbanas, apoiando o desenvolvi-

mento regional através da criação de emprego, estabelecimento de sinergias

com universidades e outras en-tidades e parcerias

na área dos “media”

e co-m u -n i c a -ções.

Mercados externos ditam estratégiado grupo Sendys/Alidata

TECNOLOGIAS

20 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Fernando Amaral, partner do grupo Sendys/Alidata .

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Portugal deverá receber 25 mil novos residentes franceses em 2015. Entre estes, uma esmaga-dora maioria correspondem aos chamados séniores, atraídos por “um regime fiscal aliciante”, “300 dias de sol por ano”, uma “moe-da comum”, “estabilidade social, segurança” e “um custo de vida substancialmente inferior” ao seu país de origem.

Este novo mercado abre es-paço a empresas de vários seto-res, que não apenas do turismo, encontrem um potencial a não negligenciar. Ficou dado o mote para o encontro promovido pela Câmara de Comércio e Indús-tria Luso-Francesa (CCILF) no Porto, onde marcaram presença operadores do turismo, saúde e bem-estar, seguradoras ou cons-trução.

Laurent Marionnet, responsá-vel da CCILF, salientou à VE que “Portugal fez a sua publicidade em França, sobretudo junto dos séniores franceses”. Assiste-se a uma “nova vaga”, tendo chegado ao país, “entre outros, 7000 se-niores em 2014”.

Na sua perspetiva, este fenó-meno “abre grandes oportuni-dades para empresas do turismo, saúde e serviços, direcionados para a terceira idade”. No caso do turismo, o mesmo responsável destaca que “Portugal e França sempre foram países próximos”, pelo que Portugal surge “na ca-beça dos franceses como escolha prioritária dos destinos de férias, ainda mais com a instabilidade política que se verifica em desti-nos preferenciais, como o Norte de África”.

Benefícios fiscais seduzem

A “segurança é assim um fator essencial”, mas outros podem ser destacados, como o estatuto do residente não habitual (RNH). Este aplica-se a quem resida em Portugal pelo menos 183 dias por ano ou, caso a estada seja inferior, mantenha um alojamento com a intenção de o ter como residência habitual, bem como não tenha tido residência fiscal em Portugal nos cinco anos anteriores.

Caso sejam aposentados, os be-neficiários deste regime fiscal são isentos do pagamento de IRS em Portugal pelo prazo de dez anos, mas também em França, ao abri-go de um acordo de dupla tribu-tação celebrado entre os dois paí-ses, entre outras vantagens fiscais aplicáveis a rendimentos oriun-dos de mais-valias, juros, rendas ou dividendos.

Estes residentes “não podem acumular duas residências fis-cais”, devem “reorganizar a sua vida pessoal e profissional no sentido em que os seus interesses vitais estejam centrados em Por-tugal”, o que “não implica que não possa manter bens ou contas bancárias em França”, como refe-riu Miguel Reis, da PMLJ.

Hoje, a população francesa residente em Portugal está lo-calizada, em cerca de 20%, no Porto, 40% em Lisboa e 40% no Algarve. Estudos franceses mos-

tram que Portugal é o país pre-ferido dos franceses que preten-dem passar os seus anos dourados no exterior, acima de Espanha e Marrocos.

Para lá das razões que poten-ciam a deslocação, existem fato-res de perceção que ainda obsta-culizam esse movimento: desde logo, a crença de “não beneficiar de um sistema de saúde de quali-dade”, “desenraizamento” e “afas-tamento familiar”.

Termas em destaque

No âmbito do turismo de saúde e bem-estar, o segmento do ter-malismo português encontra-se bem posicionado para beneficiar desta “vaga francesa”. Segundo o secretário-geral da Associação das Termas de Portugal, João Pinto

Barbosa, o país conta hoje com “58 estâncias termais oficialmen-te autorizadas”, que representam um investimento de 250 milhões de euros entre 2004 e 2014 na reabilitação dos estabelecimentos termais, hotéis e equipamentos.

Em 2014, estas estâncias rece-beram 38.158 clientes medicali-zados, que representaram estadas de 420 mil dias. A 30 de junho de 2015, esta taxa havia progre-dido 0,4%, registando o primei-ro crescimento em cinco anos. A frequência medicalizada repre-senta cerca de 50% da utilização, cabendo os restantes 50% aos clientes de bem-estar – este seg-mento cresceu 78,6% no mesmo período, assegurou.

Em 2014, os cuidados de saú-de prestados na estâncias geraram 12 milhões de euros em receitas,

sendo o perfil dos clientes sobre-tudo mulheres (65%) com maisde 44 anos (81%). A despesa mé-dia gerada foi de 268,81 euros.

França é o segundo mercado externo das termas portugue-sas (quota de 8,9%), seguido de Espanha, que representa unsesmagadores 82,2%. “Há assimpotencial para crescer no mer-cado francês, sendo que o RNHpoderá dar um impulso determi-nante neste segmento de saúde”,registou.

O setor dispõe atualmente de várias oportunidades de evolu-ção, desde logo através do pro-grama UE Saúde para prevenir doenças no quadro 2014/2020,o programa Turismo de Saúde doPortugal 2020 e a Diretiva Euro-peia de Prestação Transfronteiriça de Cuidados de Saúde, concluiu.

PORTUGAL DEVE RECEBER 25 MIL NOVOS RESIDENTES GAULESES EM 2015

Operadores investem no mercado sénior francês

229 404 025Porto • Lisboa

TURISMO

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 21

Congresso APAVT antecipa futuro do turismoA APAVT – Associação Portuguesa dos Agentes de Viagens e Turismo apresentou o tema da 41ª edição do seu Congresso Nacional, que terá lugar de 3 a 6 de dezembro, no Salgados Palace, no Algarve. O futuro do setor está no centro deste evento, com temas como Economia Partilhada, Transporte Aéreo ou uma Visão de Futuro da Atividade do Turismo.

Portugal recebeu cerca de 7000 seniores franceses em 2014

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Dez anos volvidos sobre a sua criação, o projeto enoturístico da família Amorim no Douro Vinhateiro atingiu o “break-even”. Segundo Luísa Amorim, responsável pela Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, que inclui um hotel rural de luxo com 11 quartos, este resultado foi possível dado o aumento constante de hóspedes e visitantes.

“Este ano, registámos um aumento de 35 a 40% da taxa de ocupação”, disse aos jornalistas à margem da apresentação dos novos vinhos de 2013.

Diariamente, a quinta recebe cerca de 80 pessoas “entre visitas, restaurante e hós-pedes”, acrescentou, dando nota da pro-gressiva diminuição da “sazonalidade” do Douro, o que permite inclusive à empresa “manter uma equipa estável durante todo o ano”.

Segundo a administradora da empresa, cerca de um quarto das receitas de 2,3 mi-lhões de euros que este negócio gerou em 2014 provieram do turismo. Neste senti-do, Luísa Amorim ressalva que, “embora ainda não dê lucro”, o turismo é uma peça central em todo o projeto da Quinta Nova, sobretudo pelo “marketing” que produz e pela notoriedade. Entre as nacionalidades mais presentes estão franceses, alemães e norte-americanos.

A Quinta Nova exporta 50% dos seus vinhos para 27 mercados, destacando-se os EUA, Brasil, Suíça e Inglaterra. A empre-sa comercializou cerca de 300 mil garrafas

vendidas em 2014, sendo que as vendas de vinho do Porto representaram 11% da produção. Os objetivos da empresa passam por alcançar um volume de negócios glo-bal de 3,5 milhões de euros até 2020, o que representa um crescimento de 15% ao ano.

Novas referências no mercado

A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo apresentou as novas referências a colocar no mercado, que resultam da vin-dima de 2013. A atipicidade do ano na região levou os responsáveis da empresa a designarem-na como a Vindima Enigmá-tica.

“Elevada precipitação no Inverno até à Primavera e um grande escaldão no Verão, que acabou por se tornar muito curto”, ditaram o ano, como referiu Jorge Alves, enólogo da empresa.

Foi um ano de rendimentos baixos (2800 kg/ha), ou seja, menos 35% do que a média da propriedade, acrescentou Luísa Amorim. Quanto aos vinhos, foram apresentadas, num almoço que decorreu no restaurante Pedro Lemos, as referên-cias Mirabilis Grande Reserva Tinto 2013, Mirabilis Grande Reserva Branco 2014, Quinta Nova Reserva 2013, Quinta Nova Grande Reserva 2013, Quinta Nova Gran-de Reserva Referência 2013 e o Quinta Nova Vintage 2013.

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O Pestana Hotel Group concluiu a am-pliação do Pestana Porto, agora Pestana Vintage Porto Hotel & World Heritage Site, num investimento de seis milhões de euros que implicou a aquisição de dois edifícios adjacentes ao edifício original, lo-calizado na Praça da Ribeira.

A unidade hoteleira apresenta mais 51 novos quartos, num total de 103 unidades de alojamento disponíveis. Também parte da ampliação e renovação do projeto ho-teleiro está o novo espaço de restauração, que pretende ir mais além do conceito de restaurante de hotel, como referiu à VE Pedro Pimentel Serra, gestor da unidade.

O Rib Beef & Wine pretende cativar os apreciadores de carne, com um conceito que envolve “oito cortes diferentes, com carnes oriundos de vários países”, acres-centou o mesmo responsável.

Nesse sentido, pretende-se “ligar o con-ceito com vários pontos de venda” dispo-níveis no espaço, incluindo “bar, uma gar-rafeira que vende ao público, com preços

cerca de 30% mais baixos que os de carta, bem como sala privada para 16 pessoas”.

Aberto ao exterior, com entrada pela Rua da Fonte Taurina ou pelo hotel, pretende--se ainda a “ligação do conceito Vintage à própria imagem do hotel”, disse Pedro Pimentel Serra. Com uma carta assinada pelo chefe Rui Martins, destacam-se o Tomahawk Black Angus irlandês, o Cha-

teaubriand ou o RIB Eye. Com esta nova proposta, o responsável

da unidade acrescenta que estão reunidas novas condições para consolidar a taxa de crescimento e ocupação, sendo que “o fac-to de estarmos nesta localização permite--nos receber turista de lazer e city break, mas também corporativo e grupos”, con-cluiu.

PROJETO TURÍSTICO DA FAMÍLIA AMORIM NO DOURO ASSINALA UMA DÉCADA

Hotel Rural Quinta Nova atinge ‘break-even’

Pestana Vintage Porto com novo espaço de restauração

Abertas inscrições para Feira das Viagens 2016As inscrições para a Feira das Viagens 2016 já estão disponíveis. A quarta edição deste certame decorre em Lisboa (6 a 8 de maio), Porto (13 a 15 de maio) e Coimbra (20 a 22 de maio). Nesta úl-tima, o Pavilhão Centro de Portugal, localizado no Parque Verde Mondego, foi o local escolhido para a realização do evento.

Quinta da Pacheca conquista prémios na Ásia Três vinhos da Quinta da Pacheca mereceram reconhecimento no «Asia Wine Trophy». O Pacheca Porto Tawny 10 anos venceu uma medalha de ouro, en-quanto Pacheca Reserva Vinhas velhas 2011 e o Pacheca Superior Tinto 2012 arrecadaram a prata. Estas classifi cações podem abrir as portas de um mercado com forte potencial, esperam os produtores.

Prova transfronteiriça realizada no Porto

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A Pousada do Palácio do Freixo, no Porto, foi o palco da segunda sessão da XV Prova Transfronteiriça Comparati-va de Tintos do Norte de Portugal e da Galiza. Nesta prova, onde a Vida Eco-nómica tomou assento, estiveram em destaque os vinhos que resultaram da primeira sessão, que teve lugar na Esta-ción de Enología y Viticultura de Gali-cia, em Ourense, e que foram objeto de uma primeira pré-seleção.

Deste modo, estiveram em prova os melhores vinhos de ambos os países, em dois painéis, que puderam provar em separado os vinhos do Norte de Portu-gal (vinhos verdes e Douro) e das de-nominações espanholas de Monterrei, Valdeorras, Ribeira Sacra, Ribeiro, Rias Baixas, Ribera del Duero, Bierzo e Rio-ja.

Organizada pela revista Hosteleria Gallega & Turismo e Força Motriz, com o apoio da AGASU e da Associação de Escanções de Portugal. No total foram provados cerca de 60 vinhos, dos quais 26 espanhóis.

Os vinhos vencedores, do lado portu-guês, foram, por ordem de pontuação, 100 Hectares 2013, Quinta do Portal Grande Reserva 2011, Horta Osório Reserva 2012, Seis Quintas de Martue Reserva 2012, Covela Escolha 2012, 100 Hectares Colección 2013, Duvalley Reserva 2011, Casa da Palmeira 2012 e Quinta do Portal Colheita 2012.

Já do lado espanhol, os vinhos mais bem pontuados foram Altius Reserva 2005 (Rioja), Gaudium Reserva (Rioja), Finca Monteviejo Reserva 2011 (Rioja), Matarromera Reserva 2011 (Ribera del Duero), Ijalba Reserva, Alonso del Yer-ro 2011 (Ribera del Duero), Capricho Landaluce (Rioja) e Adega Vella (Ribei-ra Sacra). De sublinhar que, em termos de pontuações, os seis primeiros vinhos espanhóis ficaram classificados à frente dos portugueses.

TURISMO

22 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Pestana Vintage Porto está edifi cado num conjunto de edifícios classifi cados Património da Hu-manidade.

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MANUEL LANÇAFEP Junior Consulting

O seguro à habitação não consta da oferta de várias seguradoras. Entre as que o providenciam, existem diferenças sig-nifi cativas. Como se pode depreender do quadro apresentado, as prestações anuais são mais reduzidas para a OK! Telesegu-ros e para a Logo. Uma explicação é o

facto de a sua cobertura de base não ser tão abrangente quanto a das outras duas seguradoras. A cobertura de proteção base da Lusitania, por exemplo, apresen-ta um rol detalhado de situações que co-bre, nomeadamente, greves e tumultos, queda de aeronaves ou queda ou quebra de painéis solares.

As duas variáveis que determinam maiores variações no valor da prestação são o valor de reconstrução do imóvel (calculado a preços de mercado), que difere do valor de mercado do imóvel, e o valor do conteúdo do imóvel (os bens que são depositados no interior da ha-bitação). O ano de construção também infl uencia o valor da prestação, mas não tanto quanto as referidas variáveis. A Lusitania, por exemplo, reage a um au-mento do valor do conteúdo do imóvel (mobílias, aparelhos electrodomésticos, etc.) com aumentos relativamente gran-des em relação às restantes seguradoras consideradas. Todas, à excepção da OK! Teleseguros, reproduzem um aumento do valor de reconstrução do imóvel em semelhante montante no prémio anual.

No caso da OK! Teleseguros, o limite máximo de cobertura do conteúdo do imóvel é de J 25000, podendo esta se-guradora traduzir-se numa boa escolha

para imóveis cujo conteúdo não ultrapas-sa este valor. Não será uma escolha tão adequada, contudo, se o valor daquele conteúdo se cifrar num número mais ele-vado. A escolha da seguradora não é, por-tanto, indiferente ao valor do universo de bens que se pretende segurar.

Nota: os critérios estabelecidos para efectuar as simulações apresentam aspetos comuns para além dos já referidos: ano de construção: 2015; situação do segurado: proprietário; abrangência do seguro: imóvel + conteúdo; prestações anuais. Apresentam ainda aspectos variáveis: A – valor de re-construção do imóvel: 150 000J; T3; valor do conteúdo: 25 000J; B – valor de recons-trução do imóvel: 150 000J; T3; valor do conteúdo: 75 000J; C – valor de recons-trução do imóvel: 200 000J; T5; valor do conteúdo: 25 000J; D – valor de recons-trução do imóvel: 200 000J; T5; valor do conteúdo: 75 000J.

Cobertura máxima do seguro de bens de habitação varia consideravelmente entre seguradoras

MERCADOS

Dow Jones 28/Out ..... 17670,51

Var Sem ................................2,92% Var 2014 ...............................-0,86%

Nasdaq 28/Out ............5063,043

Var Sem ................................4,61% Var 2014 ................................6,91%

IBEX 35 28/Out ........... 10429,40

Var Sem ................................2,68% Var 2014 ................................1,46%

DAX 28/Out ................. 10831,96

Var Sem ................................5,80% Var 2014 ..............................10,47%

CAC40 28/Out .............4890,582

Var Sem ................................4,16% Var 2014 ..............................14,46%

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

PSI-20 (28.10) 5369,69

0,42% Var. Semana

11,89% Var. 2014

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 23

5220 5240 5260 5280 5300 5320 5340 5360 5380 5400 5420 5440

22 Out 23 Out 26 Out 27 Out 28 Out

Ponto

s

A B C D

Fidelidade J 139,57 J 190,51 J 175,26 J 226,20

Lusitania J 221,49 J 315,32 J 277,78 J 371,64

OK! Teleseguros J 123,68 n.a.* J 128,30 n.a.*

Logo J 113,39 J 165,63 J 169,66 J 229,77

Prestações anuais (calculadas no quadro dos pressupostos estabelecidos – ver nota)

As duas variáveis que determinam maiores variações no valor da prestação são o valor de reconstrução do imóvel e o valor do conteúdo do imóvel

Crédito Agrícola apoia prevenção do cancro da mama

O grupo Crédito Agrícola, por inicia-tiva da CA Vida, vai, hoje (dia 30 de ou-tubro) sensibilizar todos os clientes para a importância da deteção precoce do cancro da mama e premiar todas as subscritoras do seguro CA Mulher. A associação da segu-radora vida do grupo Crédito Agrícola às iniciativas que a Liga Portuguesa Contra o Cancro está a desenvolver para sensibilizar os portugueses para a doença levará todas as agências do Crédito Agrícola a ter um ele-mento vestido a rigor – t-shirt cor-de-rosa – a distribuir folhetos informativos sobre a doença.

“Até esta data, e como forma de premiar as mulheres que subscrevam o CA Mu-lher – um seguro de vida especifi camente pensado para as mulheres, o qual garante o pagamento de 100% do capital seguro em caso de diagnóstico de cancro da mama ou ginecológico – será oferecida uma medalha em fi ligrana (prata dourada). De salientar ainda, que um por cento da anuidade do seguro CA Mulher reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro”, remata o co-municado.

Resultados do Bankinter atingem quase 300 milhões de euros

O Bankinter, banco espanhol que com-prou o negócio de retalho do Barclays em Portugal, alcançou, no encerramento do terceiro trimestre de 2015, um lucro líquido acumulado de 299,5 milhões de euros e um lucro antes de impostos de 419,1 milhões, o que signifi ca aumentos de 30,8% e 28,1%, respectivamente, sobre o mesmo período do exercício precedente. “De acordo com a ten-dência de crescimento de anteriores trimes-tres, estes resultados baseiam-se no negócio recorrente de clientes, o qual continua a ser o maior contributo para os investimentos, com 84%, o que leva a obter uma alta rentabilida-de sobre o capital, com um ROE de 10,7% anual”, indica o comunicado.

Segundo a mesma nota, o Bankinter re-duziu a taxa de incumprimento pelo sex-to trimestre consecutivo, situando-se nos 4,35%, que contrastam com os 4,96% de há um ano. Este é, segundo o banco, “um rácio bastante favorável face à média do se-tor a qual, segundo os últimos dados pu-blicados no encerramento de agosto, subiu ligeiramente para os 10,95%”.

A carteira de ativos imobiliários adjudi-cados registava, a 30 de setembro de 2015, um valor bruto de 546 milhões de euros, 8% menos que há um ano atrás, com uma cobertura de 39,4%. No que se refere à solvência, o Bankinter mantém um sóli-do rácio de capital CET1 fully loaded de 11,5%, acima das exigências legais.

Nesta linha de crescimento, o banco melhorou também a liquidez no retalho, aumentando o rácio de depósitos sobre créditos para 82,3%, que há um ano era de 80,3%.

É inegável a persistência de taxas de infl ação baixas e estáveis em vários blocos económicos de relevo. Não querendo questionar a bondade da composição dos vários índices de preços (peso e forma de contabilização da componente de custos com habitação nos EUA), nem a existência de um enquadramento demográfi co atípico no Japão (envelhecimento progressivo da população, com quedas sustentadas da força de trabalho e com padrões de consumo em ajustamento para essa realidade), nem o facto das (ainda) elevadas taxas de desemprego em vários países da Zona Euro condicionarem a evolução dos salários nominais, uma das principais explicações está relacionada com a evolução do preço do petróleo e todo o complexo de

produtos derivados. Relativamente às expectativas de infl ação,

não é tão óbvio o que é que continua a condicionar a normalização para taxas mais próximas das defi nidas como objetivo pelos vários Bancos Centrais (Reserva Federal, BCE, Banco do Japão). Para horizontes temporais mais curtos é razoável assumir que a evolução do preço de componentes mais voláteis poderá ter uma maior importância relativa, sendo expectável que essa importância se vá diluindo para horizontes temporais mais longos. O preço do petróleo (e dos combustíveis), volátil e com visibilidade mediática, condiciona, no curto prazo, as expectativas de infl ação de forma desproporcionada face aos pesos que a componente de energia tem nos índices

de preços. O que parece estar a acontecer é que a relevância do preço do petróleo para as expectativas de infl ação de médio prazo foi aumentando ao longo dos últimos anos, anulando/reduzindo o impacto de políticas monetárias expansionistas.

Não está no âmbito do caderno de encargos dos Bancos Centrais a preocupação direta com o preço das matérias-primas, mas seria talvez prudente começar a testar cenários de uma reversão do comportamento benigno do preço do petróleo, e qual a gama de instrumentos ainda ao dispôr das autoridades monetárias por forma a evitar a desancoragem violenta das expectativas de infl ação.

Infl ação, expetativas de infl ação

Consultório de Seguros

Texto em colaboração com

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-2,35% Var. Semana -0,013% Var. Semana 2,34% Var. Semana

-8,47% Var. 2014 -1,218% Var. 2014 -14,58% Var. 2014

Euro/Libra 28/Out.....0,7226

Var Sem ........................ -0,56% Var 2014 .........................2,97%

Euro/Iene 28/Out ..133,4730

Var Sem ........................ -0,66% Var 2014 ....................... 15,64%

Euribor 3M 28/Out .. -0,0670

Var Abs Sem ................... -0,014 Var 2014 ......................... -1,068

Euribor 1Y 28/Out .....0,1040

Var Abs Sem .................. -0,025 Var 2014 ......................... -1,400

Ouro 28/Out ..........1178,41

Var Sem .......................0,96% Var 2014 ......................-0,54%

Prata 28/Out ............. 16,34

Var Sem .......................4,07% Var 2014 .......................4,07%

COLABORAÇÃO: BANCO POPULAR

EURODÓLAR (28.10) 1,10723 EURIBOR 6M (28.10) 0,0060 PETRÓLEO BRENT (28.10) 48,97

Os sinais estão agora todos aí de que, em breve, a luta partidária poderá paralisar o país e

inviabilizar a sua governação.As ideologias têm sido descritas como religiões sem Deus. Na realidade, o socialismo não é mais do que o luteranismo sem Deus e o capitalismo ou liberalismo é o calvinismo sem Ele. Tudo o resto é igual - o espírito sectário, a pretensão da verdade, o zelo religioso, o proselitismo.Embora o luteranismo e o calvinismo se tenham, desenvolvido contra a Igreja Católica - o primeiro, no norte da Europa, o segundo disseminando-se pelas Ilhas Britânicas e pela América do Norte -, a Igreja acabou também por os acomodar.A Igreja Católica deixaria de ser católica (universal) se, existindo luteranismo e calvinismo no mundo, ela não os tivesse. E tem. O luteranismo está representado na Igreja pelos Jesuítas e o calvinismo pelo Opus Dei.As mesmas diferenças que existem entre luteranos ou socialistas, por um lado, e calvinistas ou capitalistas, por outro - que

são diferenças teológicas, económicas, sociológicas e políticas - são as mesmas que existem entre os Jesuítas e o Opus Dei.Mas, ao contrário dos socialistas e capitalistas, que se opõem entre si e se obstruem mutuamente conduzindo, em última instância à paralisação do país, nem os Jesuítas nem o Opus Dei impedem a governação da Igreja - nem mesmo quando um membro de uma destas correntes, como sucede agora na pessoa do Papa Francisco, tem a mão mais alta.A Revolução de 28 Maio de 1926 foi feita contra os partidos, que tinham arruinado o país. E a Constituição de 1933 proibiu os partidos, com amplo apoio da população, expresso em referendo. Os partidos estão à beira de arruinar o país de novo e, sabe-se lá, de serem proibidos outra vez.Porém, num país de cultura tão católica, como é Portugal, é difícil manter esta proibição por muito tempo, como a experiência iniciada em 1933 demonstrou. A proibição dos partidos durou apenas 41 anos, com seis anos de Guerra Mundial pelo meio. Se os partidos existem no mundo, então um país católico vai

também querer tê-los, caso contrário deixa de ser católico (universal), vai ter de renunciar à sua cultura de séculos - uma impossibilidade prática. O que é então necessário para que os partidos existam em Portugal, mas percam o carácter destrutivo que têm tido no país?É preciso catolicizá-los, adaptá-los à nossa cultura, deixarmos de os utilizar em bruto tal como vêm importados directamente do norte da Europa e da cultura protestante onde nasceram.E em que consiste a catolicização dos partidos?Consiste em fazer-lhes o mesmo que a Igreja Católica fez ao luteranismo e ao calvinismo para os receber a ambos no seu seio, na forma de Jesuítas e Opus Dei. Deixou-lhes a liberdade de manterem as suas idiossincrasias - em matéria teológica, económica, política e outras -, mas retirou-lhes o carácter adversarial ou de inimigos, pondo fi m à tendência para a luta destruidora entre eles, e que hoje tão claramente se manifesta entre os partidos políticos portugueses.E como foi isso feito?

Submetendo o chefe dos Jesuítas e o chefe do Opus Dei a um voto de obediência absoluta ao Papa. E submetendo os membros de cada uma dessa congregações a um voto de obediência absoluta ao seu respectivo chefe.Quando os Jesuítas e o Opus Dei entram em confronto - teológico, político, económico, etc. - que ameaça ser destruidor, o Papa manda-os calar, ou dá razão a um e manda calar o outro. E a Igreja Governa-se em paz e estabilidade, mesmo com um Papa Jesuíta cuja primeira tendência - poderia pensar-se - seria a de acabar com o Opus Dei.Os partidos só serão viáveis em Portugal - e só então perderão o seu carácter destruidor - quando a Lei que regula a formação dos partidos mandar que o chefe de cada partido preste um voto de obediência absoluta ao Chefe do Estado. E que os membros de cada partido, no acto da sua inscrição, prestem um voto de obediência absoluta ao seu respectivo chefe.

POR INDICAÇÃO DO AUTOR, ESTE ARTIGO NÃO SEGUE AINDA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Obediência

EspeculaçãoPEDRO ARROJAPresidente, Associação Humanitária “Um Lugar para o Joãozinho”

1.096

1.098

1.1

1.102

1.104

1.106

1.108

1.11

1.112

22 Out 23 Out 26 Out 27 Out 28 Out 0

0.002 0.004 0.006 0.008

0.01 0.012 0.014 0.016 0.018

0.02

22 Out 23 Out 26 Out 27 Out 28 Out 45.5

46

46.5

47

47.5

48

48.5

49

49.5

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MERCADOS

24 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Opel garante que não adultera emissõesAQUILES [email protected]

A Opel “refuta categoricamente as afi rma-ções” produzidas pela organização Deuts-che Umwelthilfe (DUH) de que adultera as emissões. Esta organização ambientalista alemã apurou, após os testes realizados, que os motores diesel do Opel Zafi ra excedem, em certos casos, até 17 vezes, o limite de poluição considerado aceitável pela União Europeia. A marca alemã do grupo Gene-ral Motors (GM) garante, porém, que não manipula emissões dos seus motores. “Uma vez mais, sublinhamos: o ‘software’ de ges-tão eletrónica de motores desenvolvido pela GM não possui qualquer característica que seja capaz de detetar se o veículo está a ser submetido a um teste de emissões de escape. Isto é válido para todos os nossos veículos”, refere o comunicado da marca.

Segundo a Opel, “o alegado teste” con-duzido pela DUH a uma unidade Zafi ra “não se consegue” compreender. “E não é aceitável que a DUH produza ilações sem divulgar os alegados resultados, os quais fo-ram por nós solicitados em múltiplas oca-siões”, acrescenta a nota.

Marca diz ter feito novos testes

“Assim que recebemos a comunicação da DUH sobre este tema, os nossos en-genheiros submeteram um automóvel do

mesmo modelo – um Zafi ra com motor diesel 1.6 Euro VI – a mais uma bateria de testes segundo as normas em vigor, tanto num banco de ensaios de dois rolos como num de quatro rolos. Resultado: os valo-res cumprem com os limites legais em am-bos os testes, nas confi gurações de duas e de quatro rodas. Este seria, aliás, o único resultado expectável, já que o facto de as rodas traseiras estarem em movimento ou imobilizadas não tem infl uência nos sis-temas de emissões. Isto quer dizer que as alegações são manifestamente falsas, sem

fundamento”, exclama a Opel.“As alegações da DUH colidem com a

nossa integridade, os nossos valores e o tra-balho dos nossos engenheiros. Temos um compromisso de fi ável cumprimento dos limites legais de emissões de escape, em todos os nossos veículos. Temos processos muito claros, implementados em todas as nossas operações no mundo, que garantem que os nossos produtos estão de acordo com todas as normas de emissões nos mer-cados em que são comercializados”, remata a marca alemã da GM.

Galp Energiacom resultado líquido de 490 milhões

A Galp Energia teve um resultado líquido de 490 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2015, o que é mais do dobro dos 236 milhões registados no mesmo período do ano passado. Segundo o comunicado da empresa, são as margens de refi nação inter-nacionais e o aumento da produção de pe-tróleo que suportam este desempenho.

Segundo a Galp Energia, a produção total (working interest) de petróleo e gás natu-ral aumentou 53% nos nove meses do ano para 43,7 mil barris de óleo equivalente por dia (mboepd), com a produção no Brasil a quase duplicar. A produção líquida (net entitlement), que contribui de forma mais direta para os resultados, aumentou 65% atingindo 41,2 mboepd.

A venda de gás natural atingiu 5973 mi-lhões de m3, suportada no aumento das vendas nos segmentos trading e elétrico. O EBITDA consolidado do grupo totalizou 1255 milhões de euros numa base repla-cement cost ajustado, mais 340 mil euros do que no período homólogo de 2014, o que se deveu ao aumento dos resultados do negócio de investigação e desenvolvimento.

A Galp Energia contabiliza um investi-mento de 852 milhões de euros de janeiro a setembro, dos quais 92% se destinaram a atividades de exploração e produção, no-meadamente para as atividades de desenvol-vimento no campo Lula/Iracema, no bloco BM-S11, no Brasil, e bloco 32, em Angola.

A Opel afi rma ter voltado a testar o modelo e que “os valores cumprem com os limites legais”.

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MERCADOS

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 25

Intermediação financeira cresce em todos os segmentosO valor das ordens sobre instrumentos financeiros recebidas pelos intermediários totalizou12,2 mil milhões de euros, em setembro, o que se traduziu num aumento de quase 155%, face ao mês anterior. Espanha, França e Alemanha foram os três principais destinos das ordens executadas sobre ações fora de Portugal, enquanto o Reino Unido, a Alemanha e o Luxem-burgo foram os principais destinos das ordens sobre títulos de dívida.

American Express ganha menos 14% no terceiro trimestreO American Express ganhou 1266 milhões de dólares, no terceiro trimestre, o que se traduziu numa quebra de 14%, face a igual período do ano passado. “A valorização da moeda norte--americana tem afetado negativamente os resultados do grupo de cartões de crédito dos Esta-dos Unidos”, refere o comunicado de imprensa.

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A gestão das poupanças em tempo de turbulência

Na Física, turbulência é associada ao escoamento de um fluido em que as partículas se misturam de uma forma não

linear, caótica e ruidosa. O fumo de um cigarro e a (híper)tensão arterial são disso exemplos.

Em Finanças, a turbulência surge associada ao comportamento dos mercados financeiros e à volatilidade do preço dos ativos. Algumas questões se colocam a um investidor: como gerir a volatilidade? É a volatilidade uma ameaça ou uma oportunidade? Como beneficiar da volatilidade? Tudo questões que tentaremos responder neste texto...

Com o intuito de manter a estabilidade dos retornos, o investidor deve evitar picos de volatilidade, apostando prioritariamente nos 3 principais blocos geográficos – América do Norte, Europa e Japão. O maior ou menor envolvimento em cada área geográfica deverá variar consoante o ciclo económico e as oportunidades que cada um ofereça.

Entramos então na condicionante macro: atualmente, os EUA lideram o ciclo de crescimento. Japão e Europa têm crescimentos bastante mais débeis. No entanto, as políticas expansionistas (“Quantitative Easing”) criam oportunidades de ganhos em ações na Europa e no Japão. Simultaneamente, está a aumentar a incerteza nos EUA: a economia parece continuar a recuperar, embora abaixo do antecipado. A tão aguardada subida da taxa diretora da Reserva Federal (FED) tem vindo a ser adiada, perspetivando-se agora que apenas venha a acontecer durante o próximo ano. O mercado obrigacionista parece não oferecer valor, dado os atuais níveis muito baixos dos “yields”. Nas moedas, para o euro fazer novos mínimos, nova vaga de QE terá de acontecer...

Tendo como ponto de partida a análise dos indicadores dos fundamentais das diversas economias, o investidor deverá então implementar uma estratégia. Esta deverá caracterizar-se por ser “top-down”,

partindo de um cenário macroeconómico geral e depois “afunilando” as perspetivas até à seleção dos ativos que melhor se adequem ao cenário traçado. Este processo deverá envolver 5 fases:

Análise das principais economias e definição de um cenário macro global;

Monitorização e análise regional e sectorial dos mercados financeiros;

Definição da estratégia de investimento por intervalo de volatilidade;

Alocação tática – escolha dos mercados que ofereçam o melhor potencial de valorização;

Escolha dos melhores ativos para o investimento direto e dos melhores ativos para o investimento indireto.

Uma correta alocação tática é fundamental para o sucesso do investimento. Na nossa opinião, os 10 Mandamentos do bom investimento a curto, médio prazo serão:

Privilegiar ações, em detrimento de obrigações;

Na Europa e no Japão, ter um peso superior ao MSCI World; nos EUA, o inverso;

Investimento em obrigações só em maturidades curtas (até 2 anos). Evitar obrigações de empresas, governos periféricos e “emerging markets”;

Boa seleção de fundos de ações e de obrigações. Recomendamos que constituam cerca de 40% do portefólio total, divididos em partes iguais;

Alocação dos fundos de investimento numa perspetiva de longo prazo;

Boa análise qualitativa e quantitativa dos fundos de investimento;

Investimento direto numa perspetiva de curto prazo;

Investimento direto em ativos muito líquidos, que permitam uma gestão dinâmica do risco de mercado e o “lock-in” de proveitos;

“Trades” oportunísticos através da análise comparativa (sistemática) de ciclos (e comportamento dos preços) e “value investing”;

Proteção do portefólio através do

investimento em ativos descorrelacionados.Em detalhe, deveremos privilegiar ações,

em detrimento de obrigações, porque o “dividend yield” ainda á melhor que o (10 anos) “bond yield” e porque Fundos de Pensões e Seguradoras, que têm de investir a longo prazo (pois têm responsabilidades a longo prazo), não encontram valor nos “yields”. Recordo que em Março toda a curva de rendimento alemã (até aos 10 anos) apresentava taxas de juro efetivas anuais (yields) negativas.

Dentro das ações, o investidor deverá ter mais peso em Europa e Japão do que os “benchmarks” e menos peso nos EUA. Isto porque os ciclos de crescimento destas 3 economias são diferentes: a Europa foi o último destes blocos a entrar no QE, o Japão, o segundo. Os EUA já abandonaram a recompra de títulos e impressão de moeda (QE).

O investidor deve preferir obrigações de curto prazo (até 2 anos) às obrigações de médio e longo prazo (a partir dos 5 anos). Desde Março, as curvas de rendimento do mercado obrigacionista têm vindo a fazer um “steepening” (inclinação), à custa da subida dos “yields” longos, nomeadamente a partir do momento em que os 10 anos na Alemanha atingiram um nível muito próximo de 0% ao ano. Também tudo o que é crédito deve ser evitado, pois, se compararmos a dança dos “spreads” de crédito com um Tango, verificaremos que aqueles se comprimem e alargam (consoante o ciclo económico) ao ritmo do Bandoneon (espécie de concertina argentina): quando alargam, a dívida “core” sobe e a dívida periférica desce (em preço), afastando as abas de cada um, cenário que vivemos entre abril e junho e que se poderá repetir brevemente, dada a proximidade histórica (pós-2008) dos spreads.

Os fundos de investimento devem ser escolhidos segundo métricas quantitativas e qualitativas. As primeiras exigem uma análise aprofundada do binómio risco/retorno do fundo (sharpe ratio), do retorno absoluto e relativo (face ao benchmark), da correlação com os índices, correlação com

outros ativos da carteira, “track-record” do fundo e do gestor. As últimas visam conhecer o fundo “beyond the figures”, procurando pequenos sinais de alarme. De entre estes, olhar para a experiência da equipa de gestão e a coexistência dos principais gestores. As mudanças de gestores muitas vezes conduzem a indesejáveis mudanças na política de investimento e de risco. Importante também tentar contactar o gestor principal, assegurar que todas as decisões são tomadas em Comité de Investimento do fundo e observar a congruência dos reports.

O investimento direto deve ser uma componente muito importante do portefólio. O investidor deverá apostar em ativos líquidos e numa gestão dinâmica (mas não diária) que permita acompanhar os ciclos de preço. Em julho deste ano, o Euro Stoxx 600 atingiu um “triple top” (3 pontos mais altos equivalentes) com os anos de 2000 e 2007. Este sinal indicava como prudente a realização de ganhos (“lock-in” de proveitos). Acresce que tecnicamente, utilizando médias móveis, emergiu um sinal de venda. Paralelamente, havia um ciclo de outubro de 2014, em que o mesmo sinal de venda significou uma queda de mercado de 15%. O mesmo ocorrido em agosto deste ano, com a mesma queda a ter sido atingida no dia 24. Ter consciência destas (pequenas) realidades ajuda a prevenir (grandes) perdas...

O uso de ativos descorrelacionados num portefólio também pode ajudar a estancar perdas. A subida exponencial do índice de volatilidade sobre o S&P 500 em agosto (cerca de 70% !!!!!) permitiu a quem o comprou uma ótima proteção.

Enfim, muitas variáveis a consultar, muitas ferramentas para usar, pouco tempo para tomar uma (boa) decisão. Se o investidor tiver possibilidade de acompanhar todo este processo, então deverá fazê-lo diretamente. Caso contrário, aconselha-se o uso de um bom especialista, que tenha a preocupação de controlar a volatilidade de um portefólio. E fique a imaginar o futuro...

PEDRO AZEVEDOCEO da Lynx Asset Managers

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MERCADOS

26 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Os últimos meses têm sido, para os interessados no “futebol negócio”, pródigos em notícias e afirmações

surpreendentes, algumas delas encaradas com alguma perplexidade por quem se dedica a analisar esta vertente do desporto rei em Portugal.

A contratação do carismático Jorge Jesus pelo Sporting para exercer o cargo de treinador da sua equipa principal foi uma das que fez correr mais tinta, não só por ter comandado o rival histórico nas seis temporadas anteriores, como pelos montantes envolvidos. Recordo que, quando liderava os encarnados, era comum a chamada de atenção para a presença de Jorge Jesus no top10 dos treinadores de futebol mais bem pagos no mundo, o que não deixava de ser inusitado por se tratar do futebol português, onde os recursos são escassos quando comparado com outros países europeus.

Hoje, com um aumento de 25% do ordenado (cinco milhões de euros por ano), num Sporting, aparentemente em recuperação financeira, mas ainda com menor capacidade de investimento que Benfica e Porto, o seu vencimento é ainda mais surpreendente. É certo que, no futebol, desde que se ganhe, estes aspetos são pouco relevantes, além de que, desde que as obrigações e os compromissos sejam cumpridos, ninguém, a não ser os accionstas da Sporting, SAD, terá alguma coisa a ver com isso. No entanto, noto, no tom do discurso do presidente sportinguista, o ar professoral com que aborda as questões da gestão financeira e desportiva do seu clube e do futebol em geral, dando a impressão que se julga um génio nestes domínios, além de uma certa tendência para traçar cenários idílicos sobre o presente e o futuro da sua instituição, nomeadamente quando comparados com o passado recente, evocando alguns indicadores que, sem a devida contextualização, poderão induzir em erro os mais desatentos.

Refiro-me, concretamente, ao resultado líquido apresentado no final do exercício

passado (19 milhões de euros), conforme analisado em crónicas anteriores (proveitos financeiros irrepetíveis decorridos da reestruturação financeira; Não constituição de provisão face ao processo Rojo/Doyen; Peso muito significativo da presença na fase de grupos da Liga dos Campeões no total das receitas). Ora, tendo em conta os proveitos operacionais excluíndo transações de passes de jogadores da SAD sportinguista em 2014/15 (58,4 milhões de euros), verificamos que, mantendo-se esse valor na presente temporada, cerca de 8,5% seriam gastos no salário de Jorge Jesus.

Até a comunicação social desportiva, geralmente pouco propensa a colocar questões desta natureza, estranhou o montante a que a Sporting, SAD se propôs a investir na contratação do seu novo técnico, o que nos permitiu conhecer o racional que esteve na base desta decisão: O forte investimento em Jorge Jesus tornou-se possível porque optou-se por contratar menos um ou dois atletas e pela presunção de que, com um técnico com provas dadas, o sucesso desportivo e a valorização dos passes de atletas serão mais prováveis.

Para já, por se tratar de uma avaliação que seria extemporânea, não convém tirar conclusões, mas há um dado que merece ser considerado: O Sporting não alcançou o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Comparando com a época transata, além do aumento em cerca de quatro milhões de euros nos custos com o vencimento do seu treinador principal, verificamos já uma diminuição acentuada nas receitas operacionais (em 2014/15, a Sporting SAD obteve cerca de 15 milhões de euros com a participação nas competições europeias), além da perda de visibilidade dos seus principais ativos devido à ausência da fase de grupos da principal prova europeia. Neste contexto, será necessário um enorme esforço para repetir os resultados operacionais positivos sem transações de jogadores (6,3 milhões de euros) ou a provável redução de qualidade do plantel para voltar a atingir os 23,5 milhões de euros positivos nos resultados operacionais (17,2 milhões de euros nas transações de passes de jogadores em 2014/15).

Acresce que, no âmbito dos patrocínios e publicidade, prevê-se uma descida significativa das receitas, uma vez que o Sporting não apresentou ainda patrocinador principal para as suas camisolas. De resto, um problema vivido

também a norte, com o FC Porto, um caso ainda mais surpreendente devido à sua presença constante na Liga dos Campeões e à sua regularidade assinalável na conquista de títulos nacionais.

Este é, a meu ver, o assunto mais merecedor de reflexão na presente temporada. Bruno de Carvalho revelou, num programa de televisão, o que motiva a ausência de patrocinador nas camisolas da equipa principal de futebol do seu clube: “O Sporting não quer desvalorizar a sua marca”. Ou seja, as propostas de potenciais patrocinadores, a terem existido, não se aproximaram dos valores pretendidos pelo Sporting. Não lhe foi perguntado que valor será esse, nem acredito que respondesse a uma questão dessa natureza. Sabe-se, no entanto, que BES e PT distribuíram patrocínios “salomonicamente” pelos “três grandes” no passado e existe uma noção aproximada do contrato que liga a Fly Emirates ao Benfica.

Sporting e Porto, habituados que estiveram ao presumível receio destes patrocinadores em “tomar partido” (“regra” quebrada pela Sagres há três anos), veem-se agora na contingência de serem ultrapassados pelo Benfica neste aspeto, tornando visível nos números aquilo que é já há muito sabido, mas nunca reconhecido, da maior capacidade de gerar retorno para os patrocinadores por parte dos “encarnados”. A crise vivida nos últimos anos foi, neste aspeto, extremamente benéfica para o Benfica, ao obrigar os patrocinadores a racionalizarem os seus recursos em detrimento da postura adptada anteriormente, em que o não querer ferir suscetibilidades imperava, desvirtuando assim a lógica do negócio. Acresce o já referido patrocínio da Fly Emirates, uma marca global, por montantes que, segundo se julga saber, são muito superiores aos anteriormente praticados em Portugal.

Compreende-se, então, algumas declarações estranhas por parte de responsáveis sportinguistas e portistas. Carlos Vieira, vice-presidente do Sporting, afirmou em maio deste ano que existia a possibilidade do Sporting angariar um patrocinador jogo a jogo, chegando, inclusivamente, a avançar o montante global anual de 3,25 milhões de euros como exemplo, muito distante, no entanto, dos oito dez milhões de euros aventados pela comunicação social do patrocínio da Fly Emirates ao Benfica (que inclui equipa B, camadas jovens e objetivos não divulgados). Propunha-se, portanto, a

reinventar a roda, o que não seria caso virgem com bem sucedido em Portugal como se vê com o modelo de exploração dos direitos televisivos empreendido pelo Benfica, através da BTV, o canal detido pela SAD benfiquista.

Mas não foi só em Alvalade que foram feitas declarações inusitadas sobre este tema. Fernando Gomes, administrador da SAD portista, referiu, em linha com a afirmação de Bruno de Carvalho no programa “Prolongamento” da TVI, que “o main sponsor” deixou de ser imperioso. Deixou de ser imprescindível, porque os resultados dão-nos a solidez necessária para não precisar de vender a nossa imagem de qualquer forma. (…) Não vale a pena fazer cedências por pouco”. Faz sentido, mas evocou o aumento das receitas de merchandising no presente exercício, nomeadamente devido à venda de camisolas de Iker Casillas, o que indicia, do meu ponto de vista, querer “tapar o sol com a peneira”.

Embora eu, avaliando o desempenho financeiro da SAD portista, não consiga descortinar a propalada saúde financeira (válido para qualquer das SAD portuguesas), admito que Porto e Benfica especializaram-se em reinventarem-se ano após ano e viabilizarem, dessa forma, um modelo de negócio fortemente alavancado em capitais alheios, aproximando-os desportivamente de clubes europeus com capacidade de investimento notoriamente superior. Não creio, no entanto, que o aumento da venda de camisolas de Casillas possa, sequer, mitigar o impacto da perda de uma receita tão significativa quanto a que resulta do “main sponsor”.

O modelo é simples e comum a quase todos os clubes: As camisolas são adquiridas ao fornecedor por metade do preço recomendado de venda ao público, mais IVA. Ou seja, se uma camisola é vendida por 80 euros, significa que o lucro, sem contar com custos de armazenamento e distribuição, rondará os 30 euros. Para se chegar a três milhões de euros anuais (valor de referência de acordo com as declarações do VP sportinguista), seria necessário, grosso modo, vender 100 mil camisolas. Tendo em conta ainda que as receitas totais de merchandising da SAD portista em 2014/15 não chegaram aos quatro milhões de euros (cuja gama de produtos vai muito além das camisolas), cada um que tire as suas conclusões…

Jorge Jesus e a camisola de Casillas

JOÃO TOMAZ Gestor

[email protected]

Jogo da CordaJá Warren Buffet dizia que “a

melhor forma de fazer dinheiro investindo na bolsa é, comprar quando os outros têm medo e vender quando os outros são gananciosos”. Sobre esta perspetiva, ele tem toda a razão.

Se transportarmos este raciocínio para o mercado cambial G10, constatamos que este é o mercado primordial para este tipo de estratégia. É neste ambiente que o mercado flutua ao sentimento das notícias, espectativas e oscilações de taxas de juro, mas a sua flutuação tenderá sempre para a sua normalização. Acreditam que o EUR/USD suba para 10.0000 ou desça aos 0.1000? Eu não acredito!

Mas porque é que eu considero que é o mercado primordial para esta estratégia? Em teoria, o mercado cambial tem especificidades que o distinguem dos outros mercados, ditos tradicionais. Quando compramos

uma moeda, seja ela o EUR, o USD ou outra, em contrapartida temos que vender uma outra, logo, estamos a transacionar dois ativos financeiros implícitos e não apenas um. Alias, estamos a transacionar

um contra o outro, transformando esta movimentação num jogo da corda em que cada equipa puxa para o seu lado.

Hoje, fala-se muito nesse “jogo”, que é apelidado de guerra cambial. Uma guerra que existe e existirá sempre no modelo económico global que integra várias moedas onde todos procuram a competitividade económica, nem que seja por via da desvalorização da sua moeda.

Deixemo-nos de teorias e passemos para factos - Se estudarmos

um dos pares mais transacionado do mundo, o Cable (GBP/USD), desde 1980 até à data de hoje, concluímos que o valor médio de fecho está nos 1,6589 (Quadro 1).

Calculando a cotação 15% abaixo

da média, obtemos a cotação de 1,4101 enquanto que se o fizermos para 15% acima da média, obtemos a cotação de 1,9078. Neste intervalo temos uma oscilação de 30% da cotação entre o valor superior e inferior.

Se utilizarmos esse intervalo e calcularmos quanto tempo a cotação deste par esteve nesse mesmo intervalo desde Janeiro de 1980 até hoje (mais de 35 anos), chegamos ao surpreendente valor de 84% do tempo (Gráfico 1).

O que podemos concluir desta

análise é que, na prática, no mercado cambial G10, as moedas oscilam, mas sempre numa “guerra” de forças entre elas. Isto, por força das políticas monetárias dos Bancos Centrais, do crescimento económico, do desemprego, das taxas de juro, etc. Mas tendem a oscilar dentro de uma determinada banda. Sendo que a sua saída dos valores da banda representará sempre oportunidades de investimento. Foi o que aconteceu ao longo de 35 anos, não duvido que continuará a acontecer.

Acrescento ainda que a

globalização apenas reforçou este movimento de mercados, no qual as economias deixaram de ser regionais e passaram a ser globais. Provocando um efeito de uma certa simetria económica entre os grandes blocos económicos, que tenderá a uma volatilidade cada vez menor no mercado cambial G10.

Concluindo e voltando às palavras de Warren Buffet, no mercado cambial, “aproveitem quando as pessoas têm medo e vão-se embora quando as pessoas estão a ser gananciosas” – o mercado dar-nos-á razão.

JOÃO TEIXEIRACEO LOG CAPITAL

MANAGEMENT

Média - 15% Média Média + 15%

GBP/USD 1,4101 1,6589 1,9078

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1. As Convertíveis da Volkswagen

A Volkswagen receberá capital “grátis” graças à maturidade, no próximo mês, de uma obrigação de 3,7 mil milhões de euros. A estrutura desta obrigação não significa que este valor se vai juntar aos problemas financeiros do construtor automóvel. Os portadores desta obrigação, com maturidade a 9 de novembro, serão pagos em ações da VW e não em dinheiro uma vez que as obrigações são obrigatoriamente convertíveis em capital da empresa. Com as ações esmagadas pelo escândalo das emissões poluentes, os investidores receberão ativos com menos valor do que o preço original das obrigações.

Estas obrigações subordinadas foram emitidas com um cupão anual de 5,5% e, na maturidade, o investidor recebe obrigatoriamente ações da Volkswagen ao preço fixado aquando da emissão: 173,40 euros. Esta obrigação chegou a cotar a 150% do valor facial, acompanhando desde a sua emissão a cotação das ações.

As ações a entregar são as preferenciais, que estiveram já a cair 50% face ao preço de conversão. No dia anterior às notícias que davam conta do escândalo na Volkswagen, estas obrigações cotavam a 100,8%. A cotação atual é de 72% e a cotação da ação é de 105,15 euros. Um porta-voz da Volkswagen, Claus-Peter Tiemann, declarou que as condições da

dívida se mantêm inalteradas.Hoje, muitos acham que a marca

Volkswagen, assim como o seu acesso futuro aos mercados, está comprometida e que as futuras emissões de obrigações serão profundamente escrutinadas pelos investidores. Infelizmente a história mostra-nos uma e outra vez que os investidores se esquecem depressa.

2. Millennium BCP - a conversão de obrigações

Em maio passado, o Millennium BCP propôs aos detentores de duas obrigações a sua conversão para ações. Estas obrigações haviam sido emitidas em setembro e outubro de 2008, com vencimento em 2018. Nos dois casos, os cupões eram variáveis e de cerca de 1,43%.

O banco propôs aos seus detentores a conversão daquele crédito que tinham sobre o banco em ações BCP, propondo para efeitos de cálculo 92,5% do valor de emissão das obrigações e não a totalidade dos valores emprestados pelos investidores. Foi proposto como preço de referência para as ações 0,0836. Neste caso, os investidores abdicaram, ao preço de 92,5%, de um yield de 4,09% até à maturidade em outubro de 2018, para terem hoje uma menos valia na ação de mais de 40% face ao valor a que converteram. Isto, depois de já terem perdido 7,5% nas obrigações que tiveram em carteira 6 anos e meio, com um rendimento bruto de 1,43% ao ano.Esta operação financeira originou a emissão de cerca de 5 mil milhões de novas ações diluindo mais uma vez os antigos acionistas. Agora, em vez de serem divididos por 54 mil milhões de ações, os lucros do banco serão divididos por 59 mil milhões de ações.

Esta troca de obrigações por ações foi um aumento de capital de mais 9%. O Millennium BCP fez, desde a

sua fundação, 34 aumentos de capital, passando de 3,5 milhões de ações para os 59 mil milhões!

3. Abengoa - o excesso de dívida e aumento de capital

Depois da empresa ter anunciado que os bancos concordaram em subscrever

um aumento de capital por emissão de novas ações, a maioria das obrigações desta empresa espanhola de energias renováveis, permanece abaixo dos 60% do valor facial. Os investidores da Abengoa não estão convencidos que um aumento de capital bem sucedido possa restaurar a saúde financeira da empresa e receiam que este negócio não seja suficiente para a empresa suportar os mais de 6,5 mil milhões de euros de dívida líquida consolidada.

O balanço muito alavancado da empresa obrigou-a sempre a pagar o dinheiro mais caro para conseguir atrair os investidores. Estas obrigações também foram vendidas pela banca no nosso país, com taxas de juro muito elevadas. Na esmagadora maioria dos casos, é de supor que os clientes da banca que as colocou não foram alertados para o excesso de dívida desta empresa e para o facto destas taxas implicarem riscos elevados.

É natural que os clientes procurem um retorno elevado. Quem não quereria, se fosse possível, uma coisa ao estilo do Madoff, em média 11% ao ano, garantido e sem ter que ver a carteira de investimentos variar muito ao longo do ano? Mas isto não existe. Num “mundo” com taxas de juro próximas de zero, é de esperar que quando alguém paga garantidamente estas taxas, esteja a tentar “manter a cabeça fora da água” ou a incorrer em operações excessivamente arriscadas, que podem ser bem sucedidas, ou não.

Os investidores procuram rendimentos mais elevados para o seu dinheiro agarrados à ideia que uma obrigação é dinheiro garantido. Com tantos exemplos tão maus em que perdem sempre dinheiro, é difícil de entender porque razão continuam a ter disponibilidade para atirar dinheiro para a fogueira, na expectativa que o seu desta vez não arda. É surpreendente porque continuam a confiar nestes “conselheiros”.

4. Hedge Funds - o trade que era suposto salvar o ano está a arruiná-lo

Os gestores de hedge funds e de private equity têm estado a investir, ao longo do último ano, em dívida emitida por empresas de energia em dificuldades na expectativa, com a recuperação dos preços de petróleo, de verem o preço das obrigações recuperarem.

Para angariarem montantes consideráveis junto de investidores, venderam-lhes a ideia de que esta era a oportunidade de uma vida. Com a queda continuada dos preços do crude, os prejuízos de muitas destas empresas têm vindo a agravar-se e as empresas mais alavancadas, onde teoricamente os ganhos potenciais poderiam ser maiores, têm provocado grandes perdas a estes investidores. A desvalorização do yuan em agosto e a queda abrupta das empresas farmacêuticas devido a preocupações acerca dos preços dos medicamentos, têm contribuído

negativamente para os resultados alcançados este ano.

“As pessoas foram esmagadas. Foram completamente destruidas” declarou Stephen Schwarzman, CEO do Blackstone Group LP, durante a apresentação de resultados.

As empresas de private equity podem esperar que a turbulência passe uma vez que não têm que devolver o dinheiro aos clientes nos próximos anos. Os gestores dos hedge funds não dispõem desse luxo. Durante anos, os gestores de hedge funds queixaram-se da falta de oportunidades num período de relativa placidez nos mercados. Contudo, agora que a volatilidade está de regresso, poucos foram capazes de aproveitar.

Para além da energia, grandes gestores de dinheiro, como Fortress Investment Group LLC estão a encerrar fundos que estavam em atividade há muito tempo enquanto que outros, como a Greenlight Capital Inc de David Einhorn, registam, este ano, perdas de dois dígitos.

5. Relação entre desemprego e inflação parece ter-se rompido

Os mercados financeiros esperam que as taxas se mantenham historicamente baixas durante os próximos anos. Esta era de condições monetárias pouco convencionais não mostra sinais de terminar. Se os bancos centrais do mundo desenvolvido quiserem regressar à normalidade desejada, o conjunto de ferramentas tradicional pode não ser suficiente.

No curto prazo, os economistas acreditam que o desemprego e a inflação se deveriam mover em direcções opostas: desemprego elevado deveria pesar nos preços e baixo desemprego, com o aumento de salários, deveria aumentar inflação.

Infelizmente, em muitos países esta relação habitual entre desemprego e inflação parece ter-se rompido. Em 2008, o crescimento económico desabou e o desemprego cresceu brutalmente mas a inflação caiu gradualmente para baixo das previsões. Em contraste, agora, o desemprego caiu para níveis extraordinariamente baixos nos Estados Unidos, Inglaterra e na Alemanha e, apesar disso, a inflação mantém-se anémica. Isto confunde os bancos centrais.

É cada vez mais provável que as taxas de juro se mantenham muito baixas nos próximos 3 a 5 anos. Com o aumento de estímulos por parte do BCE, é cada vez mais provável que as taxas negativas das obrigações alemãs possam estender-se até aos 10 anos.

Este é um contexto muito difícil para os investidores ganharem dinheiro em investimentos de taxa fixa. Actualmente o dinheiro é quase de graça. Estas circunstâncias extraordinárias confundem o investidor e levam-no a correr riscos que não serão recompensados.

Cuidado, há muita gente por aí a tentar separá-lo do seu dinheiro.

MERCADOS

Dinheiro de graça

EMÍLIA O. VIEIRAPresidente do Conselho de Administração

Casa de Investimentos – Gestão de Patrimónios, SA

www.casadeinvestimentos.com

Investimento

em valor

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 27

Muitos acham que a marca VW, assim como o seu acesso futuro aos mercados, está comprometida e que as futuras emissões de obrigações serão profundamente escrutinadas pelos investidores. Infelizmente a história mostra-nos uma e outra vez que os investidores se esquecem depressa

Page 28: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

Basileia não aumenta exigências de capitalAs autoridades internacionais de regulação do sector financeiro não pretendem aumentar os níveis de fundos próprios exigidos aos bancos, de acordo com a Comissão de Basileia. A entidade está a trabalhar actualmente na definição de um novo conjunto de regras em matéria de solvabilidade, mas tudo indica que não haverá um endurecimento das exigências, tendo em conta que há consenso.

China afasta receios de saída de capitais massiva As recentes saídas de capitais da China são consideradas normais pelas autoridades daquele país. O Governo tem tentado minimizar os receios de uma fuga de capitais sob o fundo de abran-damento económico. Há a convicção que possível equilibrar as contas correntes e os capitais, graças às perspetivas económicas positivas.

VÍTOR [email protected]

Nunca é tarde para experimentar, mas tem de estar consciente de que existe o risco de perder tudo. Referimo-nos a um produ-to financeiro complexo que dá pelo nome de CFD.

Vamos aproveitar as propostas do BIG para o mercado de capitais e concretamente de um produto complexo, os CFD, ou con-tract for difference, que não é mais do que um instrumento de investimento que per-mite especular na direção dos movimentos dos ativos, ou fazer a cobertura de risco dos mesmos, sem que para isso seja necessário a posse do ativo subjacente. A primeira lição. Não existe troca física de ativo e o negócio é efetuado pela diferença entre o preço de compra e de venda do contrato.

Estes instrumentos visam replicar os movimentos dos ativos subjacentes e que podem ser ações, índices, pares cambiais, mercadores ou futuros de obrigações ou outras e normalmente são valores mobiliá-rios transacionados em bolsas regulamen-tadas.

Onde está o perigo?

É sempre bom falar no plural. O investi-mento em produtos complexos, e no caso dos CFD em particular, potencia riscos como a perda súbita do capital, que pode ser total ou mesmo ultrapassar o capital

investido. O rendimento pode ser nulo ou negativo, assumindo o investidor ainda o risco de crédito do emitente, a par do su-porte de custos, comissões e encargos. Por último, este produto não é equivalente à compra ou transação inicial dos ativos sub-jacentes, alerta o BIG.

Quais as vantagens?

Essencialmente a alavancagem, pois é um produto que pode ser transacionado

com parte da posição total que negoceia. O BIG dá o exemplo da compra de 5 mil CFD da Sonar SGPS ao preço de 60 cên-timos. A margem praticada para este ativo é, por exemplo, de 10%, o valor que preci-sa para efetuar esta operação não vai além dos 300 euros, o que contraste com os três mil euros que seriam necessários para se concretizar diretamente com ações. Ban-cos com o BIG disponibilizam uma versão de demonstração com 10 mil euros para negociar.

A NOSSA ANÁLISE

Quer saber qual o gosto da especulação? Experimente os CFD

Oportunidade emergente?

A deterioração das condições económicas e financeiras no mundo dos mercados emergentes,

sobretudo por parte do seu principal motor – a China – foram fator de grande importância durante o primeiro semestre do ano, para os investidores que se foram habituando a ver estes mercados não apenas como estabilizadores do crescimento da económica mundial, mas também como indutores de retornos significativos nas carteiras de investimento em ações. Contudo, desde finais de agosto notou-se alguma estabilização no mundo dos emergentes, tendo o índice de referência MSCI emerging markets (em dólares) recuperado mais de 12%, bem acima da valorização do mesmo índice MSCI produzido para os mercados de ações globais. Aquilo que pode ser interessante avaliar é se esta recuperação tem base fundamental para ser considerada uma oportunidade, ou se poderá esta

recente valorização ser injustificada. No meu entender, existem algumas evidências que têm sido apontadas por alguns analistas, e que podem levar a acreditar que existe suporte para estes mercados constituírem uma boa opção de investimento em 2016. Em primeiro lugar, a Reserva Federal norte americana tem vindo a adiar sucessivamente a subida de taxas de juro para o próximo ano, o que pode providenciar uma inesperada continuação de taxas próximas de zero nos Estados Unidos, ou pelo menos muito baixas, o que beneficia o enquadramento dos mercados emergentes. Em segundo lugar, também o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BoJ) deverão estender os seus programas de estímulos e de recompra de ativos. Isto criará um cenário bastante positivo para a classe de ações, em termos de política monetária global, e durante um período ainda prolongado.

Por fim, da China poderão começar a chegar melhores notícias do que vimos até ao momento este ano. O governo irá começar agora a debater o seu plano de cinco anos para a economia asiática, e embora venha a ser conhecido em março do próximo ano, algumas reformas deverão estar na agenda que devem ser bem recebidas pelos mercados financeiros – nomeadamente uma reforma estrutural que coloque o crescimento da economia num ambiente mais regulado e sustentável, e que evite situações como a que verificámos na recente turbulência destes mercados no verão. Certamente, a economia chinesa deverá crescer de forma mais moderada em 2016 (talvez até menos que as estatísticas oficiais sugerem), mas existe um consenso entre os economistas e observadores de que irá crescer mais em 2016.As condicionantes e riscos de investimento associados aos mercados

emergentes não desapareceram de agosto para cá. A fragilidade associada a estes mercados deverá justificar alguma volatilidade que deve ser considerada, e não ignorada. Contudo, num clima global de política monetária global acomodatícia, e com uma economia Chinesa mais forte, é natural que os fundamentais das empresas destes mercados possam vir ao de cima (alguns mercados transacionam a desconto) e serem materializados pelo mercado. Num mundo onde os retornos dos mercados desenvolvidos de ações poderão registar valorizações mais moderadas, pode fazer sentido voltar a olhar para este mercado com outros olhos. Mantendo claro, as regras de equilíbrio e diversificação na sua carteira de investimento, e a devida consciência de que o risco destes mercados é efetivamente mais elevado que nos mercados que um investidor europeu está habituado a transacionar.

LUÍS TAVARES BRAVOEconomista | Managing Partner Dif Capital

MERCADOS

28 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Melhor fundo de investimento rende 25%O Montepio Euro Telcos gerou uma

rendibilidade bruta anualizada de 25% no período que terminou a 23 de setembro, revelam os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios. O Caixagest Ações Japão gerou uma rendibilidade próxima, situando-se nos 22,3%.

Perto dos 20% de rendibilidade estão os fundos Caixagest Ações EUA e o Caixagest Ações Líderes Globais, sendo que o primeiro está na categoria de fundos da América do Norte e o segundo na categoria de outros fundos de ações internacionais.

Com rendibilidade entre os 15,7% e s quase 18% estão fundos como o Millennium Global Equities Selection; o Popular Ações, um fundo incluído na categoria de ações da União Europeia, Suíça a Noruega; ainda o Santander Ações América, o Montepio Ações Europa e o BPI América – Categoria D.

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28/out./15Var. Semanal

(%)

Var. a 30 dias

(%)

Var. desde

1 jan (%)

EUR/USD 1,1085 -2,37% -1,06% -8,70%

EUR/JPY 133,38 -2,14% -0,74% -8,16%

EUR/GBP 0,7248 -1,37% -1,93% -6,95%

EUR/CHF 1,0899 0,32% -0,02% -9,36%

EUR/NOK 9,4200 1,70% -1,07% 4,18%

EUR/SEK 9,3358 -0,91% -1,17% -0,61%

EUR/DKK 7,4599 0,00% -0,01% 0,20%

EUR/PLN 4,2936 0,42% 1,37% 0,48%

EUR/AUD 1,5539 -1,07% -2,94% 4,79%

EUR/NZD 1,6505 -2,16% -6,31% 6,31%

EUR/CAD 1,4643 -0,82% -2,38% 4,12%

EUR/ZAR 15,0531 -1,25% -3,39% 7,25%

EUR/BRL 4,3062 -3,40% -6,05% 33,70%

Euro cai face às principais moedas

PSI-20 - ANÁLISE DE LONGO PRAZO

Os sinais de recuperação em alta no PSI-20 continuam a ser muito frágeis. O índice mantém-se abaixo da linha de tendência descendente iniciada em abril, formou um novo máximo relativo mais baixo nos 5460 pontos e prepara-se agora para testar novamente a zona de suporte situada entre os 5160 e 5240 pontos – uma eventual quebra deixaria o PSI-20 vulnerável até aos 4860 pontos (mínimos desde janeiro). Uma indicação de reversão mais sustentada surge apenas acima da trendline dos 5600 pontos.

DAX 30 - ANÁLISE DE LONGO PRAZO

O DAX vai somando alguns sinais de força, tendo desta vez quebrado claramente a resistência dos 10520 pontos. A tendência principal de médio prazo continua a ser de baixa, ficando apenas colocada em causa com uma eventual quebra da trendline iniciada em abril — antes, o índice enfrenta ainda alguma resistência nos 10800 pontos. Contudo, no curto prazo o cenário mantém-se construtivo em alta, com suporte mais relevante em torno dos 9900 pontos.

Os comentários de Mário Draghi, após a conclusão da reunião do BCE da semana passada, levaram a uma queda generalizada nas taxas de juro na Europa, quer nos prazos mais curtos quer nos mais longos. Draghi afirmou que o Banco Central está a estudar formas de estimular a economia e que já em dezembro poderá apresentar novas medidas, não excluindo a hipótese de baixar ainda mais a taxa de depósito, atualmente negativa em 0,20%. Segundo a Reuters, são poucos os que acreditam que o Banco Central avance para esta alternativa já em dezembro, apesar de poder vir a usá-la mais para a frente. Quanto à possibilidade de em dezembro o BCE anunciar um aumento do montante mensal de títulos a adquirir ou a extensão do programa para além de setembro de 2016, é atribuída elevada probabilidade. Na terça-feira, o economista-chefe do BCE, Peter Praet, afirmou que não existe qualquer restrição no

uso de instrumentos que permitam alterar a tendência de baixa da inflação. Com este cenário, tivemos as Euribor a cair a um ritmo superior ao observado nas últimas semanas. A referência a 6 meses está agora muito perto de baixar a barreira dos 0% e a de 1 ano prestes a quebrar os 0,1%. Nos prazos mais longos, a descida foi ainda mais acentuada. Os títulos alemães a 2 anos negoceiam já com taxa negativa de 0,35%, enquanto Espanha vê os rendimentos dos seus títulos com esta maturidade abaixo de 0% pela primeira vez na História. As taxas fixas em “swap” caíram cerca de 10 bps em toda a curva, de alguma forma a ajustar-se a uma possibilidade de uma baixa da taxa de depósito num futuro próximo. Os dados de setembro relativamente a concessão de crédito e M3 na Zona Euro vêm reforçar este movimento. Depois de em agosto a concessão de crédito a entidades não financeiras ter subido 0,4% em

termos anuais, em setembro o crescimento face ao mês homólogo de 2014 ficou-se pelos 0,1%. O crescimento da massa monetária medido pelo M3 estabilizou nos 4,9%, ao contrário da expectativa de uma pequena subida.Um jornal alemão reportou que deverá haver atrasos na libertação de uma parte do montante que a Grécia vai receber no âmbito do programa, exatamente porque as reformas prometidas estão a avançar muito devagar naquele país, com apenas um terço dos projetos assinados implementados até ao momento. Na Alemanha, um relatório do Bundesbank assumiu que a principal economia europeia perdeu alguma dinâmica no terceiro trimestre, mas que alguns elementos da economia, como o consumo privado e o emprego, estão a portar-se bastante bem, levando a que se mantenha a projeção de um crescimento económico de 1,8% para 2016.

ANÁLISE PRODUZIDA A 28 DE OUTUBRO DE 2015

MERCADO MONETÁRIOINTERBANCÁRIO

FILIPE [email protected]

YIELD 10 ANOS PORTUGAL

Eur/UsdO Eur/Usd deu importantes

sinais de fraqueza na última se-mana, ao quebrar em baixa a linha de tendência ascendente que suportava o movimento de alta desde março, bem como a referência dos $1,1080. Estas conferem agora um viés de baixa ao par no curto prazo, que para já tem encontrado algum supor-te em torno dos $1,1000. Caso estes fiquem também para trás, há espaço para que as perdas se estendam até $1,0810/50, sendo que o Eur/Usd recupera alguma “neutralidade” apenas acima dos $1,1080/$1,1100.

Eur/JpyO Eur/Jpy caiu nos últimos

dias para mínimos de sete se-manas, estando já a testar a im-portante zona de suporte situada entre os 131,50 e 133,00 ienes (níveis historicamente impor-

tantes). Em caso de quebra embaixa, o par acentuará a toadanegativa que tem sido visível nosmáximos relativos cada vez maisbaixos desde junho. Nesse cená-rio, o Eur/Jpy apenas encontrarianovo suporte técnico nos 126,00ienes.

Eur/GbpO Eur/Gbp atingiu mínimos

desde agosto, confirmando acontinuidade da correção embaixa até à zona entre £0,7150 e£0,7240.

Estes são níveis mais centraisdentro do intervalo de laterali-zação que vigora desde fevereiro(£0,6930-£0,7480), dentro doqual a tendência de médio prazonão sofre alterações. Num hori-zonte temporal mais curto, o parestá mais pressionado em baixa,acentuando os sinais de fragilida-de abaixo das £0,7150 - suporteseguinte nas £0,7020.

EVOLUÇÃO EURIBOR (EM BASIS POINTS)27.outubro 2015 7.abril 2015 28.abril 2015

1M -0,119% -0,021% -0,098 -0,034% -0,085

3M -0,066% 0,016% -0,082 -0,005% -0,061

6M 0,008% 0,085% -0,077 0,062% -0,054

1Y 0,108% 0,195% -0,087 0,168% -0,060

TAXAS EURIBOR E REFI BCE

CONDIÇÕES DOS BANCOS CENTRAIS Euro Refinancing Rate 0,05%BCE Euro Marginal Lending Facility 0,30% Euro Deposit Facility -0,20%

*desde 4 de setembro 2014

EUA FED Funds 0,25%R.Unido Repo BoE 0,50%Brasil Taxa Selic 14,25%Japão Repo BoJ 0,10%

EUR/USD

NUNO ROLLA [email protected]

FUTUROS EURIBORData 3 Meses Implícita

Dezembro 15 -0,120%Janeiro 16 -0,125%

Fevereiro 16 -0,140%Junho 16 -0,175%

Setembro 17 -0,095%Março 19 0,285%

EURO FRA’SForward Rate Agreements

Tipo* Bid Ask1X4 -0,110 -0,0903X6 -0,150 -0,1301X7 -0,040 -0,0103X9 -0,100 -0,057

6X12 -0,130 -0,08312X24 0,052 0,092

*1x4 – Período termina a 4 meses, com início a 1M

EURO IRSInterestSwapsvs Euribor 6M

Prazo Bid Ask2Y -0,058 -0,0373Y -0,018 0,0225Y 0,214 0,2198Y 0,594 0,604

10Y 0,819 0,824

Obrigações 5Y 10Y 1,16 2,38

0,61 1,560,04 0,78-0,14 0,440,46 1,411,16 1,801,40 2,070,04 0,30

Fontes: Reuters e IMF

Draghi “derruba” taxas em todas as maturidades

MERCADOS

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 29

Page 30: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

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PAINEL BANCO POPULARTÍTULOS EURONEXT LISBOA

PAINEL BANCO POPULARTÍTULOS MERCADOS EUROPEUS

Este relatório foi elaborado pelo Centro de Corretagem do Banco Popular, telf 210071800, email: [email protected], com base em informação disponível ao público e considerada fi dedigna, no entanto, a sua exatidão não é totalmente garantida. Este relatório é apenas para informação, não constituindo qualquer proposta de compra ou venda em qualquer dos títulos mencionados.

Título Última cotação

Variação semanal

Máximo 52 sem

Mínimo 52 sem

EPS Est Act

EPS Est Fut

PER Est Act

PER Est Fut

Div. Yield Ind

Div. Yield Est

Data Atl Hora Atl

B.POPULAR 3,444 -5,36% 5,116 3,150 0,158 0,275 21,797 12,524 2,32% 1,86% 28-10-2015 16:29:56

INDITEX 33,855 6,61% 34,100 21,110 0,944 1,061 35,863 31,909 1,53% 1,79% 28-10-2015 16:29:48

REPSOL YPF 11,59 2,57% 18,750 9,900 1,147 0,908 10,105 12,764 8,35% 8,54% 28-10-2015 16:29:59

TELEFONICA 11,985 7,63% 14,305 10,375 0,823 0,736 14,563 16,284 6,29% 6,23% 28-10-2015 16:29:58

FRA. TELECOM 15,8 9,80% 16,450 11,705 0,949 1,023 16,649 15,445 3,80% 3,84% 28-10-2015 16:29:54

LVMH 167,6 6,04% 176,600 116,168 7,526 8,473 22,269 19,780 1,97% 2,13% 28-10-2015 16:29:55

BAYER AG O.N. 118,85 8,24% 146,450 105,750 7,008 7,785 16,959 15,267 1,89% 2,10% 28-10-2015 16:29:57

DEUTSCHE BK 27,46 3,51% 33,420 22,950 4,300 3,021 6,386 9,090 2,73% 0,17% 28-10-2015 16:29:59

DT. TELEKOM 17 8,04% 17,625 11,200 0,737 0,858 23,066 19,814 2,94% 3,17% 28-10-2015 16:29:59

VOLKSWAGEN 124,3 3,63% 254,500 95,000 13,051 15,908 9,524 7,814 3,86% 2,98% 28-10-2015 16:29:58

ING GROEP 13,42 4,03% 16,000 9,677 1,112 1,176 12,068 11,412 3,58% 6,01% 28-10-2015 16:29:59

TítuloÚltima Cotação

Variação Semanal

Máximo 52 Sem

Mínimo 52 Sem

EPS Est Act

EPS Est Fut

PER Est Act PER Est Fut Div. Yield Ind Div. Yield Est Data Atl Hora Atl

ALTRI SGPS 4,213 0,84% 4,356 2,120 0,548 0,495 7,688 8,511 1,90% 1,90% 28-10-2015 16:29:58

B. COM. PORT. 0,051 -6,03% 0,099 0,041 0,006 0,009 8,567 5,711 -- 0,00% 28-10-2015 16:29:55

BANIF-SGPS 0,002 -23,33% 0,008 0,002 -- -- -- -- -- -- 28-10-2015 16:29:37

BANCO BPI 1,089 0,65% 1,615 0,760 0,109 0,133 9,991 8,188 -- 0,00% 28-10-2015 16:29:57

COFINA,SGPS 0,470 -3,49% 0,660 0,426 0,070 0,100 6,714 4,700 4,26% 4,26% 28-10-2015 16:36:02

CORT. AMORIM 4,848 4,06% 4,984 2,762 0,395 0,400 12,273 12,120 2,75% 5,26% 28-10-2015 16:28:48

CIMPOR,SGPS 0,593 -2,63% 1,649 0,576 0,007 0,080 84,714 7,412 -- 0,00% 28-10-2015 16:29:55

EDP 3,339 -0,30% 3,749 2,951 0,245 0,263 13,629 12,696 5,54% 5,66% 28-10-2015 16:29:55

EDPR 6,302 2,81% 6,985 5,016 0,163 0,210 38,663 30,010 0,63% 0,75% 28-10-2015 16:29:55

MOTA ENGIL 2,337 11,29% 4,462 1,801 0,202 0,342 11,569 6,833 5,13% 4,71% 28-10-2015 16:29:55

GALP ENERGIA 9,806 1,83% 12,480 7,811 0,656 0,547 14,948 17,927 3,88% 3,97% 28-10-2015 16:29:55

IMPRESA,SGPS 0,632 -3,95% 1,215 0,588 0,060 0,080 10,533 7,900 -- -- 28-10-2015 16:29:52

J. MARTINS 12,520 -1,34% 13,860 6,935 0,528 0,607 23,712 20,626 1,96% 2,13% 28-10-2015 16:29:58

MARTIFER 0,283 -5,35% 0,523 0,186 -- -- -- -- -- -- 28-10-2015 14:40:33

NOVABASE 2,237 -2,27% 2,650 1,990 0,135 0,170 16,570 13,159 1,34% 1,79% 28-10-2015 16:26:23

GLINTT 0,228 -0,44% 0,285 0,162 -- -- -- -- -- -- 28-10-2015 14:43:51

PORTUCEL 3,650 3,28% 4,505 2,603 0,256 0,260 14,258 14,038 5,75% 10,63% 28-10-2015 16:29:52

REDES E. NAC. 2,779 -1,42% 2,900 2,335 0,205 0,210 13,556 13,233 6,15% 6,12% 28-10-2015 16:29:45

SEMAPA 12,700 6,77% 14,590 8,721 1,070 1,330 11,869 9,549 2,95% 3,23% 28-10-2015 16:29:45

SONAECOM 2,070 -2,82% 2,340 1,250 0,090 0,135 23,000 15,333 2,21% 2,42% 28-10-2015 16:05:54

SONAE,SGPS 1,094 -1,00% 1,500 0,950 0,076 0,082 14,395 13,341 3,34% 3,57% 28-10-2015 16:29:47

SONAE IND. 0,009 -2,20% 0,092 0,006 -- -- -- -- -- -- 28-10-2015 14:42:47

SAG GEST 0,151 -0,66% 0,345 0,140 -- -- -- -- -- -- 28-10-2015 13:07:30

TEIX. DUARTE 0,428 -4,25% 0,829 0,420 0,090 2,100 4,756 0,204 3,14% 2,34% 28-10-2015 14:15:45

NOS 7,395 3,02% 7,900 4,315 0,206 0,284 35,898 26,039 1,89% 2,41% 28-10-2015 16:29:28

Facebook acima dos 100 dólaresEsta não é a primeira vez que aqui falamos das ações do Facebook. Em

maio deste ano, numa breve caracterização à empresa que tinha acabado de chegar aos 78 dólares, vimos boas perspetivas para a continuidade do negócio e dos bons resultados. Meio ano depois, as ações estão a cotar acima dos 10 dólares.

Apesar das incertezas como a evolução dos mercados emergentes, os riscos de defl ação dos preços das mercadorias, da subida de taxa de juro pelo FED, entre outros fatores de risco, o Facebook conseguiu continuar a capitalizar mais de 30%, com um desempenho muito superior aos de ações de outras redes sociais, estando agora acima dos 100 dólares.

12 - 05 - 2015 27- 10 - 2015 %Variação

Título Cotação USD Cap. Bolsista Cotação USD Cap. Bolsista Maio-Out. Desde

início2015

Facebook 77,26 216,96 103.67 287,65 +33% +33%

Twitter 37,75 24,70 31.49 20.89 -15% -12.5%

LinkedIn 199,60 25,14 209.24 27.27 +8% -8.5%

eBay 24,50 70,46 28.33 34.50 +15.5% +20%

Nota: Capitalização Bolsista em mil milhões.

Com um número estimado de utilizadores de quase 1.5 mil milhões (para uma população global de aproximadamente 7 mil milhões), o Facebook apresenta uma carteira de produtos e serviços de que se destacam a Instagram (USD 1 mil milhões, imagens), Whatsapp (USD 19 mil milhões, mensagens por telefone), e a Oculus (USD 2 mil milhões, realidade virtual), em que a publicidade domina o conjunto das receitas.

Para os investidores que participaram na colocação inicial em Bolsa ao preço de USD 38 / ação, em 18 de Maio de 2017, corresponde a uma valorização de quase 173%.

Numa breve análise técnica, alguns indicadores continuam a dar sinais de compra mas as métricas como o RSI14dias e o Estocástico Lento indiciam alguma exaustão na compra (“sobre compra”) e a possibilidade de se poder assistir a um cenário de consolidação ou mesmo de correção.

Observações diárias 9 14 20 50 100

RSI – sobrecompra/venda 80.6% 73% 68% 60% 58%

Ainda não vemos sinais que ditem uma inversão à principal tendência da cotação, com um saudável conjunto de máximos e mínimos mais elevados. Mas a saída do canal ascendente, que foi iniciado no 3ºtrimestre de 2 013, pode sugerir a colocação de ordens stop para proteger os resultados potenciais e alguma ponderação nas avaliações.

JOÃO QUEIROZDiretor de Negociação da GoBulling/Banco Carregosa Online

Nokia com luz verde para a aquisição da Alcatel-LucentAs autoridades francesas deram as necessárias autorizações para a compra da Alcatel-Lucent por parte da fi nlandesa Nokia. A operação decorrerá através de uma oferta pública de troca, quer em França, quer nos Estados Unidos. A operação, que fi ca condicionada à aprovação dos acionistas da Nokia e ao sucesso da oferta, deverá ter lugar durante o primeiro trimestre do ano que vem.

Produção de aço desceA China terá reduzido em cerca de 700 milhões de toneladas as suas capacidades de produção de aço e ferro. A garantia foi dada pelo próprio Governo daquele país. O que signifi ca que a indústria chinesa do aço e do ferro está numa situação de sobrecapacidade. Terão sido toma-das uma série de medidas para reduzir a produção, tendo em conta os preços excessivamente baixos que estão a ser praticados no mercado.

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30 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Page 31: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

A IFD é uma instituição grossista, que atuará usando a rede comercial dos bancos e outras instituições (sociedades de garantia mútua, investidores e outras entidades financeiras privadas, como Private Equities, Venture Capital e Business Angels, e com as instituições públicas existentes que lidam com Garantias, em especial contragarantias mútuas, e com Venture Capital), com quem articulará a celebração de linhas de crédito e outras facilidades equivalentes, garantidas e/ou contragarantidas por instrumentos financiados pela IFD, para fazer chegar os recursos às empresas. Apesar de sujeita à supervisão do Banco de Portugal, a IFD não é um banco. Não irá receber depósitos nem conceder empréstimos diretamente às empresas, seja para investimento ou fundo de maneio.A IFD visa contribuir para o desenvolvimento económico e criação de riqueza e emprego, com crescente valor acrescentado nacional, tendo como principais objetivos conceber, estruturar e operacionalizar soluções de financiamento que permitam colmatar falhas de mercado no acesso das empresas portuguesas (em especial PME) ao financiamento, em particular Instrumentos Financeiros de Capital / Quase-capital / Médio e Longo Prazo, para ajudar as PME portuguesas a capitalizar os seus balanços e melhor financiar os seus investimentos.Entre os instrumentos de financiamento às empresas previstos para a IFD estão os Instrumentos Financeiros cofinanciados por Fundos Europeus Estruturais e de Investimento. A IFD pretende gerir esses fundos repartidos 50%/50% entre Instrumentos de Dívida/Garantias/Titularização, e Instrumentos de Capital Próprio/Quase-capital.Na área da Dívida serão, entre outras, desenhadas soluções/Instrumentos Financeiros:• Apoio ao Fundo de Contragarantia. • Bonificações de juros de empréstimos

às PME ou de comissões s/ garantias

emitidas por entidades especializadas em benefício de Bancos Comerciais no financiamento às PME.

• Apoio ao desenvolvimento de instrumentos de securitização de carteiras de crédito a PME.

Na área do Capital e Quase-capital serão, entre outras, desenhadas soluções/Instrumentos Financeiros:• Subscrição de Fundos de Venture

Capital, visando soluções para as várias fases de desenvolvimento de negócios das PME alvo, através da promoção de diferentes veículos como Fundos de Seed Capital, de Start-Up e de Capital de Desenvolvimento e, se possível, transmissão de empresas.

• Subscrição de fundos especializados em Quase-capital, para reforçar o capital e financiamento de longo prazo das PME. Poderão direcionar-se recursos para investimentos em novos instrumentos que ofereçam produtos de quasi-equity, como Mezzanine e Dívida Subordinada, Ações Preferenciais, Obrigações Participantes, incluindo Obrigações Convertíveis, Capital Reversível, entre outros.

• Subscrição de Fundos de Coinvestimento com Business Angels, visando aumentar o investimento por Business Angels em PME, sendo desenvolvidos novos programas de coinvestimento, nomeadamente via fundos ou veículos de investimento coletivo com especialização setorial, se for caso disso, para apoiar projetos e empresas (em especial inovadoras) nas fases iniciais da sua atividade.

Assim, as PME não podem recorrer diretamente ao financiamento da IFD, mas apenas através dos parceiros acima referidos.

[email protected] 348 500

CONSULTÓRIO DE FUNDOS COMUNITÁRIOS

IFD

Tive conhecimento de que foi criada a Instituição Financeira de Desenvolvi-mento ou Banco de Fomento. Como poderei recorrer aos financiamentos deste novo banco?

DORA TRONCÃ[email protected]

O Grupo Alain Afflelou (AA), cadeia de franquia ótica da Europa, com 25 lojas em Portugal, tem por objetivo “chegar às 100 nos próximos dois anos e criar cerca de 400 novos postos de trabalho diretos/indiretos”.

Conforme revelou um porta-voz da mar-ca à “Vida Económica, em 2014 o grupo AA cresceu a dois dígitos e conta, em 2015, “ter também uma boa evolução nas vendas”.

Como parte da estratégia de expansão em Portugal, AA adquiriu recentemente 25% do capital da Optivisão, tornando-se no maior acionista individual do grupo portu-guês, uma operação de mais de um milhão de euros. Em 2014, o mercado português representou uma faturação de 5,3 milhões de euros, 1% do valor total de faturação de AA a nível internacional, mas as expetativas futuras, com a recente aquisição de partici-pação na Optivisão, “é que em dois anos a percentagem do peso de Portugal no Grupo

AA cresça para os 10%”. As campanhas locais, geradoras de tráfe-

go nas lojas, foram muito trabalhadas pela marca ao longo dos anos e ainda o são, todavia “em breve a notoriedade da marca será alvo de investimento no sentido de al-terar os níveis ainda baixos em termos de notoriedade em Portugal”.

Campanha no mercado

AA acaba precisamente de lançar no mer-cado português uma campanha que visa responder ao novo modo de consumo e que tem como embaixadora a famosa atriz Sha-ron Stone, que volta a dar a cara pela marca. A promoção estará em vigor nos próximos meses, chama-se “Win-Win” e permitirá adquirir por 10,90 euros/mês dois pares de óculos de marca com garantia vitalícia.

Com o slogan “2 pares não por vaidade, mas por necessidade”, a promoção é válida durante o ano inteiro nas lojas do Grupo AA.

Afflelou quer 100 pontos de venda em Portugal

Workshop ensina a testar ideias antes de investir DORA TRONCÃ[email protected]

“A maior parte das startups falha não porque os promo-tores não saibam desenvolver produtos ou serviços, mas sim porque não aparecem clien-tes interessados em os com-prar”, explica Manuel Laranja, responsável pelo Lean Spark ISEG, um workshop imersivo em Lean Startup que ensina a testar ideias, produtos e ser-viços antes de investir no de-

senvolvimento e na criação de uma empresa.

Para o responsável pelo Lean Spark, “não é só o montante quantitativo que é insuficiente, mas sobretudo o investimento qualitativo neste processo que é muito deficiente”. Para que o empreendedorismo possa ter impacto é importante, de acor-do com Manuel Laranja, “que se aposte fortemente em em-preendedorismo qualificado”. E empreendedorismo qualificado o que é? “O empreendedorismo

constitui-se como um processo com maior qualidade, mais se-gurança e com validação prévia de quais as ideias que verdadei-ramente mostram ter maior po-tencial”, explica Laranja.

“Não sabemos ao certo dizer quais as ideias de novos negócios em Portugal que nunca chega-ram a ser realizadas. Apesar da enorme progressão nos últimos anos, ainda não se investe o sufi-ciente – tempo e dinheiro – nesse processo de descoberta de boas ideias que é o empreendedo-

rismo”. Logo, a ideia central da metodologia Lean Startup “é a de que, antes de se investir tempo e dinheiro na montagem de uma nova empresa, se deve testar a ideia de negócio junto de poten-ciais clientes, usando para isso a internet ou entrevistas diretas”.

Aprender fazendo

A forma privilegiada para aprender a conhecer o cliente durante o workshop do ISEG é o trabalho no terreno, o “apren-

der fazendo”, conforme coloca Manuel Laranja. “Consiste em contactar clientes e parceiros eaprender com o que eles dizem, utilizando essa informação paradesenvolvimento de novos pro-dutos ou serviços. Trata-se demontar um processo de aprendi-zagem imersiva onde os partici-pantes vão contactar com clien-tes para descobrir quais os seus verdadeiros problemas e comopode uma nova oferta de produ-tos ou serviços ajudar a resolvê--los”.

A atriz Sharon Stone é a cara da nova campanha da maior cadeia de franquia ótica da Europa, para divulgar a “Win-Win”.

EMPRESAS

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 31

Oracle OpenWorld atrai milhares de participantesO Oracle OpenWorld 2015, que irá ter lugar de 25 a 29 de Outubro, no Moscone Center, em São Francisco, oferece a experiência de cloud mais atual e completa do mundo. A conferência de negócios mais importante do setor inclui milhares de sessões de formação, de demonstração e áreas de exposição de centenas de parceiros clientes provenientes das mais variadas partes do mundo.

Page 32: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

“O consumo televisivo está a mudar” e está a ditar uma pro-funda “transformação de toda a cadeia de valor do setor”, no-meadamente “a convidar novos ‘players’ e a forçar os ‘players’ tradicionais a reinventarem-se”, indica Gonçalo Moura.

Segundo o diretor de programa-ção, a nova era televisiva é deter-minada por conteúdos líderes, um “user experience” cada vez mais adaptado a novas formas de con-sumo e marcas fortes que conse-guem envolver os consumidores e proporcionar um “shortcut” para os seus conteúdos, num mundo onde as opções se multiplicam ex-ponencialmente todos os dias.

No contexto desta profunda transformação do consumo, é fundamental “inovar para além dos conteúdos, das marcas e dos serviços. É necessário também inovar na publicidade”, salienta Gonçalo Moura. Da mesma for-ma, “se o conteúdo é rei, a marca é o castelo”, atira. E acrescenta, “é verdade que a forma de ver tele-visão está a mudar mas o grande ecrã da casa continua a ser o ecrã preferido. A televisão funciona. E está para fi car”!

Questionado acerca do poder de infl uência, o responsável asse-gura que a experiência indica que a televisão “é, consistentemente, o meio com maior infl uência en-tre todos os media”. A televisão é o meio que gera maior ‘brand recall’ em todos os segmentos de todas as idades”. E porquê? “Porque a televisão gera emoções,

provoca reações, de forma inigua-lável, dentro e fora dos breaks pu-blicitários”, reforça.

Por tudo isto, a Fox Internacio-nal Channels (FIC) une-se assim aos anunciantes, cada vez mais, para contar uma história maior, contar as histórias das marcas dos anunciantes, unindo-as ao conteúdo FIC numa experiencia de entretenimento que agarra consumidores dentro e fora dos breaks. Contornando, desta for-ma, os riscos do timeshift e pro-vocando impacto no seu target de forma “atrativa e inovadora”. Trata-se de uma presença que agrega a ‘história da marca’ à his-tória contada no entretenimento dos canais FIC em pleno espaço publicitário tradicional.

Nos últimos anos, a Fox tem já desenvolvido um trabalho que aproxima os canais de cada vez mais dos anunciantes e agên-cias, disponibilizando uma oferta muito para além do espaço pu-blicitário. Esta é a formalização da “criação de uma unidade que trabalha os conteúdos dos anun-ciantes de forma apelativa, como se de uma história se tratasse envolvendo ainda mais o consu-midor naquilo que é a nova expe-riência de consumo de televisão”, remata o responsável.

Fox e Renault desenvolvem projeto de conteúdos publicitários em parceria

Neste âmbito, a Fox desenvol-veu recentemente, em parceria

com a Renault, um dos seus mais ambiciosos projetos comerciais que traz para o conteúdo publi-citário uma lógica de integração de conteúdos Fox com produtos do anunciante.

Denominado “Edição Limi-tada”, o anúncio publicitário conta a história de dois irmãos que se juntam em busca de an-tiguidades a bordo de veículos da marca francesa e vai estar na grelha de programas dos canais Fox neste Outono.

“A Renault queria um formato diferente dos spots publicitários tradicionais” e encontraram--no junto da Fox, associando-se assim à “Fox Portugal nesta pri-meira co-produção”, indica Joana Cardoso, diretora de publicidade da Renault.

Para Jorge Padinha, diretor co-mercial da FIC, “com a Fox Me-dia assumimos o compromisso claro de ‘Tell a Bigger Story’. O nosso propósito é cada vez mais transformarmos as mensagens dos nossos clientes em conteúdos ape-lativos, com ‘storytelling’ que en-volva os nossos consumidores.” E acrescenta que a publicidade “ tem de ser cativante”, “temos de pensar diferente, fora da caixa, temos de ir ao encontro do público”. É com orgulho que Padinha informa que “fomos os primeiros a fazê-lo a ní-vel mundial”.

Durante o evento foi ainda anunciada a estreia do novo ca-nal do grupo em Portugal, a Fox Comedy, que chega a 18 de no-vembro.

Martifer sai do setor da construção no BrasilNo âmbito do seu plano de reestruturação, a Martifer chegou a acordo com um grupo de investidores para a realização de uma operação de alienação da totalidade do capital das suas participadas brasileiras, a Martifer Construções e a Martifer Alumínios Brasil. “Enquadrada num clima de forte instabilidade do setor da construção, a operação implicará um impacto nulo no free cash fl ow to equity projetado pelo grupo”, refere a Martifer em comunicado.

Advogados da MLGTS nomeados pelo Best LawyersFilipe Lowndes Marques na área de Direito Bancário, Filipe Vaz Pinto na Arbitragem e Luís Branco em Project Finance são os Leading Lawyers da Morais Leitão, Galvão Teles Soares da Silva, nomeados pelo Guia Best Lawyers em 2015, que destaca os advogados mais re-comendados pelos seus pares. Além destes, 55 advogados da MLGTS foram nomeados na qualidade de Best Lawyers nas mais diversas áreas de especialização.

Para quem está sem trabalho e sem capital, este é um comércio que exige pouco capital, mas muito trabalho e horário fl exível.Procure uma boa localização para o horário diurno, ou-tra para o noturno. Garanta que terá autorização para ali trabalhar, uma vez tendo a viatura. Encomende um atrelado ou uma carrinha, dos que já existem e não invente algo que poderá exigir muito capital. Peça a amigos ajudá-lo a criar uma pintura ou letreiro diferen-te. Tente fazer leasing com o banco onde já tem conta, e compare os juros com outros bancos. Nesta altura pode compensar trocar de banco.É vital oferecer uma comida diferente, única. Indague as preferências dos que trabalham ou vivem ou pas-

sam algumas horas por semana onde terá o seu truck. Algumas alternativas:VEGAN: Ainda são raros os trucks que oferecem co-mida vegetariana. Pode usar wraps, crepe, sande en-volta em papel ou similar. Deve ter vários molhos para o cliente escolher. Registe um nome como VEGAN-iN ou VEGA-iN, um belo ícone em verde e use as redes sociais para divulgá-lo. FISHBITE: Muitos começam a perceber a péssima ali-mentação dos burgers e gostariam de ter um fast-goo-d-food. Uma sande em pão integral ou cinco cereais com um fi lete de peixe frito na hora é uma ótima op-ção, com salada icebergue e duas fatias de tomate e uns dois molhos a escolha.Outra alternativa é um paté de peixes, preparado na noite anterior, para absorver sabores, com ervas, pi-menta rosa e quase sem sal, que fatia na hora e serve frio ou então frita leve, também com salada e tomate e algum molho.MARKETING: Se puder, uma publicidade de uma se-mana num painel próximo ao truck. E distribua o seu menu em forma de cartão postal para os seus clientes satisfeitos oferecerem aos amigos. E nas lojas próxi-mas. Contacte associações de vegetarianos e de pesca-dores e informe onde está, em quais horários. Divulgue nas redes sociais e blogs de outros.

Fox Internacional Channels lança a marca Fox Media

LINHA DIRETA – PME

LUCRAR COM…

FOOD-TRUCKJack Soifer*[email protected]

Créditos: OJE-Victor Machado

J.Soifer é sueco. Engenheiro, trabalhou para, entre outros, KFC nos EUA, Con-selho Económico e Social do Presidente Lula, Banco Interamericano de Desen-volvimento. É especialista em PME. Entre os seus manuais: COMO SAIR DA CRISE, EMPREENDER TURISMO, ONTEM E HOJE NA ECONOMIA e PORTU-GAL PÓS-TROIKA.

Questões: [email protected] terá resposta individualizada ou nesta coluna

EMPRESAS

32 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Page 33: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

As PME têm mais uma ferramen-ta ao seu dispor para as apoiar na formação dos seus colaboradores no local de trabalho, desenvolvida no âmbito do projeto Archimedes no qual a AIP participa. Chama-se Manual de Aprendizagem Baseada em Problemas Organizacionais, é suportado por uma plataforma TIC e por material de aprendizagem di-verso, onde se destaca o vídeo e um guia com informações práticas e es-tudos de caso.

O Manual de Aprendizagem Baseada em Problemas Organiza-cionais (PBL – “Problem Based Learning”, sigla inglesa pela qual é também conhecido) tem como ob-jetivo ajudar as PME a compreen-

derem o PBL e como este pode ser usado nas empresas.

Esta ferramenta é o resultado do inquérito efetuado pelo Archimedes sobre aprendizagem nas PME, em toda a Europa, realizada em mais de 300 empresas. Examinou as aborda-gens atuais à aprendizagem e os pro-blemas comuns que as organizações enfrentam. Mais: registou como a aprendizagem os aborda e como as TIC são utilizadas para esse mesmo fim.

O estudo apurou que as PME são amplamente a favor da formação no local de trabalho (formação ‘on the job’). A aprendizagem informal foi vista como muito bem-sucedida na maioria das empresas inquiridas.

Manual de Aprendizagem destaca vantagens da formação “on the job”

Alfamind coopera com a SIBS A Alfamind - Innovation Systems, empresa de Braga especializada em tecnologias de informa-ção, incorpora a rede de parceiros da SIBS para integração do MB Way, uma forma de efetuar pagamentos online e offline, sem cartão. Com o MB Way pode-se associar cartões bancáriosao seu número de telemóvel e assim fazer compras ou transferências imediatas de forma sim-ples, cómoda e rápida através do smartphone ou tablet.

Xerox lança programa “Innovate to Grow”A Xerox acaba de lançar um novo programa – “Innovate to Grow” – para o canal de parceiros, que visa disponibilizar ferramentas adicionais, conseguindo chegar, assim, a novas oportuni-dades de negócio. A iniciativa é composta por um conjunto de ferramentas de marketing e suporte de vendas. Novas ferramentas possibilitam, aos parceiros, tirar o melhor partido da Plataforma Xerox ConnectKey.

EMPRESAS

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 33

Page 34: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

Abreu Advogados explicou novas oportunidades de investimento O Instituto do Conhecimento Abreu Advogados organizou um seminário sobre a revisão da legislação angolana que prevê desde agosto novas regras de investimento privado em Angola. A Nova Lei do Investimento Privado diminui a burocracia e os limites ao investimento, podendo aliciar pequenas e médias empresas portuguesas a investir em setores proeminentes da economia angolana. O seminário esclareceu todos os investidores interessados por esse mercado.

ANGOLA

34 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Concentração bancáriaNeste momento em Angola, ao

mesmo tempo que surgem pequenos bancos, começam a ocorrer concen-

--

-

Perspetivas de crescimento

Nove bancos de Angola na lista dos 100 maiores de África

-

Desmobilização na Construção e Obras Públicas-

empresas estrangeiras, no-

--

-

Greve dos “táxis” coletivos-

-

No âmbito da avaliação regular das economias dos países mem-bros, da visita de trabalho a An-gola, por parte de uma Missão do FMI, foram emitidas algumas conclusões preliminares.

Destas, destacam-se a previsão de um afrouxamento do cres-cimento do PIB real, com uma variação não superior a 3,5% em 2015 e em 2016, ao mesmo tem-po que antecipa uma forte subida da inflação, por efeito dos desli-zamentos cambiais, atingindo um pico no final de 2015 e abrandan-do a partir do início de 2016.

Forte deterioração das contas externas, como resultados da que-da das receitas da exportação de petróleo e da limitada capacidade da economia para substituir im-portações.

Esperada redução do défice or-çamental, para 3,5% do PIB, após um défice de 6,6% em 2014, em resultado das medidas adoptadas no OGE revisto.

Aumento expressivo da dívida pública para cerca de 57% do PIB em 2015, sendo 14% imputável a dívida da Sonangol.

Referência ao largo e volátil

“spread” entre as taxas de câm-bio dos mercados paralelo e ofi-cial, bem como à acumulação de ordens de pagamento ao exterior por executar nos bancos (“ba-cklog”), como indicador da exis-tência de uma situação de acen-tuado desequilíbrio no mercado cambial.

Afirmação da necessidade de preservar a solidez financeira do sistema bancário, como condição essencial para que este sector este-ja apto a apoiar a recuperação da actividade económica, colocando especial ênfase no cumprimento,

por todos os bancos, das obriga-ções regulamentares em especial quanto aos mínimos de capital e das regras de liquidez.

A habitual chamada de atenção para o objetivo de diversificação da economia, apontando a me-lhoria do clima de negócios, da qualidade das infraestruturas e do investimento em capital humano como requisitos fundamentais para a consecução desse objetivo.

Estas conclusões constam do Boletim Angola, do Banco Bai Europa, relativo ao terceiro tri-mestre de 2015.

A Sika Portugal atingiu 20 milhões de euros de vendas acu-muladas em Angola nos últimos cinco anos, altura em que iniciou operações neste PALOP.

A empresa espera nesse país encerrar 2015 a crescer 40%, o que representará mais de 20% do volume de negócio total previsto pela Sika Portugal.

Há cinco anos em Angola e sen-do um dos principais ´”players” do setor, a Sika Portugal tem con-tribuído largamente para o no-tório desenvolvimento das obras públicas e infraestruturas naquele país.

A contribuir para os excelentes resultados está o mercado dos Ad-juvantes para Betão, que conta, desde 2014, com uma linha de produção local, o que permitiu

aumentar as vendas e melhorar a capacidade de resposta da empre-sa face à procura desse mercado.

Também os mercados-alvo Reabilitação, Pavimentos, Cober-turas e Impermeabilização têm contribuído largamente para o crescimento da sucursal angolana, representando já 60% do volume global de negócios local, para um crescimento das vendas nestes mercados de 70% ao fim do ter-ceiro trimestre.

Aumento de funcionários para o dobro

“Soubemos superar uma crise

difícil neste mercado, mas tam-bém a sentimos. Mas, ainda as-sim, aproveitámos o momento para preparar a estrutura da em-

presa para o arranque da econo-mia que, esperamos, esteja para breve”, refere Ricardo Rocha, di-retor da sucursal Angola da Sika Portugal.

Recorde-se que, apesar do cres-cimento, foram vários os projetos que ficaram suspensos, nomeada-mente obras públicas, devido à escassez de divisas e à desvaloriza-ção diária da moeda.

“Com uma forte aposta quer na produção local de novas tecnolo-gias, quer na formação de qua-dros locais, a sucursal da Angola da Sika Portugal espera, assim, até 2020, duplicar o número de funcionários, mantendo um cres-cimento do volume de negócios a dois dígitos”, sublinha José Soa-res, director-geral da Sika Portu-gal.

Défice orçamental angolano deve descer para 3,5%

Sika Portugal atinge 20 milhões de vendas em Angola

Page 35: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

FISCALIDADE

Fisco já vendeu cerca de 2240 casas penhoradasA Autoridade Tributária já vendeu cerca de 2240 casas penhoradas desde o início do ano. Entretanto, estãoem venda outros 1819 imóveis. No final do ano, deverá ser superado em muito o número de casas penho-radas e vendidas, em resultado de contribuintes que não pagaram as suas dívidas ao fisco. E estão tambémpenhorados e em venda mais de 180 veículos, sendo que foram vendidos um total de 607 até ao momento.As casas vendidas são mais de 9400 por parte do fisco, em apenas dois anos.

AGENDA FISCAL

OUTUBRO

Até ao dia 31

• IVA - Imposto sobre o valor acrescentado- Entrega do pedido de restituição IVA pelos sujei-tos passivos cujo imposto suportado, no próprio ano, noutro Estado Membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembol-sar for superior a J 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos.- Entrega da opção pelo regime de contabilidade de caixa em sede de IVA, caso pretenda a aplicação do regime a partir de 01 de janeiro do ano seguinte.• IRC - Imposto sobre o rendimento das pessoas co-letivas- Pagamento especial por conta – 2ª prestação do pagamento especial por conta de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC). • IUC - Imposto Único de CirculaçãoLiquidação, por transmissão eletrónica de dados, e pagamento do Imposto Único de Circulação - IUC, relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no presente mês. • Contribuição sobre o setor energético - Entrega da contribuição sobre o setor energético pelas pessoas singulares ou coletivas que integrem o setor energético nacional a 1 de janeiro de 2014.

NOVEMBRO

Até ao dia 10

• IRS - Imposto sobre o rendimento das pessoas sin-gulares - Entrega da Declaração Mensal de Remunerações pelas entidades devedoras de rendimentos do traba-lho dependente sujeitos a IRS, bem como os que se encontrem excluídos de tributação, para comuni-cação daqueles rendimentos e respetivas retenções de imposto, das deduções efetuadas relativamente a contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e subsistemas legais de saúde e a quotizações sindicais, relativas ao mês anterior.• IVA - Imposto sobre o valor acrescentado- Periodicidade Mensal – Envio obrigatório via In-ternet da declaração periódica relativa às operações realizadas no mês de Setembro. Conjuntamente com a declaração periódica deve ser enviado o Anexo Re-capitulativo, referente às transmissões intracomuni-tárias isentas, efetuadas nesse mês.

Até ao dia 15

• IVA - Imposto sobre o valor acrescentado- Periodicidade trimestral - Entrega Declaração Pe-riódica, por transmissão eletrónica de dados, acom-panhada dos anexos que se mostrem devidos, pelos contribuintes do regime normal trimestral, relativa às operações efetuadas no 3º trimestre.• IRS - Imposto sobre o rendimento das pessoas sin-gulares- Entrega da Declaração Modelo 11, pelos Notários e outros funcionários ou entidades que desempenhem funções notariais, bem como as entidades ou profis-sionais com competência para autenticar documentos particulares que titulem atos ou contratos sujeitos a registo predial, das relações dos atos praticados no mês anterior, suscetíveis de produzir rendimentos.

IRS - IRCNova declaração modelo 10

Foi publicada no dia 26 de outubro a Portaria n.º 383/2015, diploma que aprova uma nova declaração Modelo 10 do IRS e do IRC e respetivas instruções de preenchimento.As alterações agora introduzidas na declaração Mo-delo 10 (Rendimentos e retenções - Residentes) são justificadas pelas profundas alterações ao Código do IRS, nomeadamente ao nível da incidência da cate-goria A (Rendimentos de trabalho dependente) e E (Rendimentos de capitais), que foram efetuadas pela Lei n.º 82-E/2014, de 31 de dezembro, que proce-deu à reforma da tributação das pessoas singulares. A declaração modelo 10 destina-se a dar cumpri-mento à obrigação declarativa a que se referem a subalínea ii) da alínea c) e a alínea d) do n.º 1 do artigo 119.º do Código do IRS e o artigo 128.º do Código do IRC.

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 35

O orçamento da UE para 2016 deve ter como principais prioridades o apoio aos refugiados e o reforço da competitividade europeia através do “Emprego, Empresas e Empreendedo-rismo”, diz o Parlamento Europeu.

Os eurodeputados aprovaram um montante adicional de 1,2 mil mi-lhões de euros para reforçar os fundos, os programas e as agências que atual-mente lidam com a crise da migração, restabeleceram 1,3 mil milhões de eu-ros ao Horizonte 2020 e ao Mecanis-mo Interligar a Europa e adicionaram 473 milhões de euros para permitir a continuidade da Iniciativa Emprego Jovem.

O relator do Parlamento Europeu é José Manuel Fernandes, que lidera as negociações com o Conselho sobre o orçamento comunitário para o pró-ximo ano.

“Os refugiados são vítimas, não são culpados. Para esta situação extraordi-nária temos de ter meios adicionais, meios extraordinários. Seria inaceitá-vel que o Conselho não quisesse fazer nenhum esforço adicional nesta maté-ria, que quisesse fazer reafectações. A solidariedade pratica-se, não se apre-

goa”, disse o eurodeputado português José Manuel Fernandes (PPE), relator da comissão parlamentar dos Orça-mentos, cuja resolução foi aprovada por 434 votos a favor, 185 contra e 80 abstenções.

Emprego e competitividade

Os eurodeputados querem restabe-

lecer 1,3 mil milhões de euros ao Ho-rizonte 2020 (programa da UE para a investigação e a inovação) e ao Me-canismo Interligar a Europa (investi-mentos destinados a melhorar as redes europeias dos transportes, da energia e da tecnologia digital), que foram usados na constituição da garantia do plano Juncker, e adicionar 473 mi-lhões de euros para permitir a conti-nuidade da Iniciativa Emprego Jovem.

“O emprego é a grande prioridade, a competitividade da União Europeia não pode ser esquecida e todos os programas que temos para a reforçar devem ser colocados em marcha. Nós queremos reforçar os programas Ho-rizonte 2020 e COSME [para a com-petitividade das empresas e das PME]. O desemprego dos jovens regista ain-

da valores elevadíssimos e, por isso, a iniciativa para o emprego dos jovens deve continuar”, afirmou José Manuel Fernandes.

Ajuda aos produtores de leite

O orçamento comunitário deve

também dar resposta à crise do leite. Os eurodeputados acrescentam à pro-posta de orçamento o pacote de apoio de emergência de 500 milhões de eu-ros de ajuda aos produtores, afetados pelas quedas dos preços, pelo embargo russo e pelo excesso de produção re-sultante da abolição das quotas leitei-ras. Este montante deverá servir ainda para apoiar o sector do leite na con-quista de novos mercados.

Próximos passos

As negociações em sede de “conci-

liação” entre o Parlamento Europeu e o Conselho de Ministros da UE têm início a 29 de outubro, com vista a chegar a um acordo sobre o orçamen-to para 2016 que possa ser votado na sessão plenária de 23 a 26 de novem-bro.

ORÇAMENTO DA UE PARA 2016

Parlamento aprova fundos adicionais para ajuda aos refugiados e competitividade

Um sujeito passivo do regime normal do IVA com sede no Continente procede à reparação no Continente de um equipamento de um seu cliente, também sujeito passivo do IVA, cuja sede é na Região Autónoma dos Açores. Após a reparação o referido equipamento é devolvido ao cliente nos Açores Que taxa do IVA deve aplicar, a taxa do Continente de 23% ou a dos Açores de 18%?

Resposta do Assessor Fiscal:1. As taxas de IVA a aplicar às operações com a Região Autónoma dos Açores, são, nos termos da alínea a) do n.º 3 do artigo 18.º do Código do IVA, de acordo com o disposto no n.º 1 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de Agosto, fixadas presentemente em 5%, 10% e 18%, correspondendo às taxas de 6%, 13% e 23% em vigor no continente. 2. De acordo com o n.º 3 do referido diploma, as operações tributáveis consideram-se localizadas no continente ou na Região

Autónoma dos Açores, de acordo com os critérios estabelecidos pelo artigo 6.º do CIVA, com as devidas adaptações, ou seja, para efeitos da determinação da taxa a aplicar às operações sujeitas a IVA, estas, consideram-se operações efectuadas no continente ou nas Região Autónoma dos Açores, de acordo com os critérios referidos no artigo 6.º do Código do IVA, com as devidas adaptações. 3. No caso em apreço, quer o prestador do serviço, no continente, quer o destinatário do mesmo, na Região Autónoma dos Açores, são ambos sujeitos passivos de IVA. 4. De acordo com o disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do CIVA, consideram-se efectuadas e tributadas em território nacional as prestações de serviço quando o adquirente seja um sujeito passivo, devidamente registado, para efeitos de IVA, cuja sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio, para o qual os serviços são prestados, se situe no território nacional, onde quer que se situe

a sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio do prestador. 5. Não têm aplicação ao caso, nenhuma das excepções descritas nos n.º 7 a 12 do referido normativo, que têm regras próprias de localização. 6. Resulta, assim, do referido normativo, que as prestações de serviços efectuadas a um sujeito passivo por outro sujeito passivo, serão consideradas como situadas e tributadas no local onde o adquirente tenha a sua sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio para o qual o serviço tenha sido prestado. 7. Neste sentido, os serviços referidos na consulta consideram-se efectuados (localizados) e tributados (á contrário senso da referida norma) na Região Autónoma dos Açores, onde se localiza a sede ou domicílio do sujeito passivo adquirente, desde que este tenha utilizado o respectivo número de identificação fiscal para efectuar a aquisição do serviço, à taxa de 18% aí em vigor.

PRÁTICA FISCAL

IVA – LOCALIZAÇÃO OPERAÇÃO

INFORMAÇÃO ELABORADA PELA APOTEC - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE CONTABILIDADE [email protected]

Page 36: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

CONTAS & IMPOSTOS

Falsos recibos verdes disparamOs falsos recibos verdes registaram um aumento de 200%, no ano passado, de acordo com um relatório da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT). Por sua vez, o número de trabalhadores não declarados sofreu um crescimento de 34%, adianta aquela entidade. O que se terá ficado a dever sobretudo à situação de crise, sendo que representa uma im-portante quebra nas receitas do Estado. Foram aplicadas coimas num valor superior a 6,6 milhões de euros.

Impostos garantem mais de 29 mil milhões ao EstadoO Estado arrecadou mais de 29 mil milhões de euros em impostos, até setembro. O que se traduziu num aumento de 5,3%, face a igual período do ano passado. Mais de dois terços desta receita tiveram origem no IRS e no IVA, de acordo com a Direção-Geral do Orçamento. Já o défice das administrações públicas melhorou em 900 milhões de euros, fixando-se em 3,156 mil milhões, tendo em conta as novas Entidades Públicas Reclassificadas (EPR) e que teve um efeito positivo em termos de melhoria do défice.

FISCALIDADE

36 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2015

Tributação de IRS em matéria de alojamento local

Aquando do registo inicial do imóvel no âmbito da atividade empresarial, este deverá ser reconhecido pelo seu

valor de mercado à data.

Qual o valor a atribuir a um imóvel para o afetar à atividade de alojamento local? Será o VPT? Quando o sujeito passivo cessar a atividade, ainda que não tenha vendido, como proceder para desafetar o imóvel da atividade empresarial? Os não residentes, de acordo com o art.º 55.º, vão poder deduzir os gastos diretos e o ativo fixo (imóvel). O anexo B vai ser alterado de modo a poder indicar esses valores no anexo? É obrigatório registar no SEF o registo de entradas e saídas e boletim de alojamento, mesmo para quem só tem um imóvel?

São colocadas algumas questões acerca do enquadramento fiscal da atividade de prestação de serviços de alojamento local, no âmbito da categoria B, atividades empresariais e profissionais.No que se refere à afetação do imóvel, remetemos para o disposto no n.º 2 do artigo 29.º do Código do IRS: «(…) No caso de afetação de quaisquer bens do património particular do sujeito passivo à sua atividade empresarial e profissional, o valor de aquisição pelo qual esses bens são considerados corresponde ao valor de mercado à data da afetação(…).»Pelo exposto, aquando do registo inicial do imóvel no âmbito da atividade empresarial, este deverá ser reconhecido pelo seu valor de mercado à data.Aquando do retorno do imóvel ao património particular do sujeito passivo, haverá que proceder à tributação da mais-valia, da parte que ficou suspensa (no âmbito da categoria G) aquando da transição do património particular para o empresarial, e da que corresponde ao período em que o imóvel esteve afeto à atividade empresarial.Vejamos a base legal desta operação. Relativamente à qualificação do rendimento no âmbito da categoria G, importa considerar o disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 10.º do Código do IRS: «(…) 1 - Constituem mais-valias os ganhos obtidos que, não sendo considerados rendimentos empresariais e profissionais, de capitais ou prediais, resultem de:a) Alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis e afetação de quaisquer bens do património particular a atividade empresarial e profissional exercida em nome individual pelo seu proprietário(…).»Contudo, esta mais-valia não é tributada aquando da afetação, conforme alínea b) do n.º 3 do artigo 10.º do Código do IRS: «(…)3 - Os ganhos consideram-se obtidos no momento da prática dos atos previstos no n.º 1, sem prejuízo do disposto nas alíneas seguintes: (…)b) Nos casos de afetação de quaisquer bens do património particular a atividade empresarial e profissional

exercida pelo seu proprietário, o ganho só se considera obtido no momento da ulterior alienação onerosa dos bens em causa ou da ocorrência de outro facto que determine o apuramento de resultados em condições análogas(…).»No que se refere à qualificação do rendimento no âmbito da categoria B remetemos para o disposto na alínea c) do n.º 2 do artigo 3.º do Código do IRS: «(…) 2 - Consideram-se ainda rendimentos desta categoria: (…)c) As mais-valias apuradas no âmbito das atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais, definidas nos termos do artigo 46.º do Código do IRC, designadamente as resultantes da transferência para o património particular dos empresários de quaisquer bens afetos ao ativo da empresa e, bem assim, os outros ganhos ou perdas que, não se encontrando nessas condições, decorram das operações referidas no n.º 1 do artigo 10.º, quando imputáveis a atividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais (…).»Pelo exposto, aquando da cessação da atividade empresarial e consequente desafetação do imóvel (e regresso ao património particular), o sujeito passivo terá que proceder ao cálculo e respetiva tributação (ainda que não exista uma transmissão onerosa) da mais-valia.A tributação desta mais-valia ocorrerá nas duas categorias de rendimento: B e G. A mais-valia da categoria G será calculada considerando o momento da afetação e o valor atribuído na mesma como data e valor de realização. Este mesmo momento e valor serão considerados como data e valor de aquisição para efeitos de cálculo da mais-valia na categoria B.Caso o imóvel e a exploração de atividade do alojamento local seja realizada por um não residente, este terá necessariamente um estabelecimento estável em território nacional – o imóvel objeto de exploração e exercício de uma atividade económica – logo, diremos que segue as regras gerais previstas no Código do IRS, seja optando pelo regime simplificado, seja pelas regras da contabilidade organizada. A dedução de perdas far-se-á nos termos previstos no artigo 55.º do Código do IRS.Neste departamento respondemos a questões de caráter contabilístico e fiscal, pelo que as demais questões relacionadas com o exercício específico de determinada atividade económica se encontram fora do nosso âmbito de atuação.

INFORMAÇÃO ELABORADA PELA ORDEM

DOS CONTABILISTAS CERTIFICADOS, EM

CONFORMIDADE COM O NOVO ACORDO

ORTOGRÁFICO

O enquadramento em sede de IVA do fornecimento de refeições escolares tem sido uma questão algo polémica, inclusive objeto de entendimentos contraditórios, pelo que importa clarificar alguns pontos.Está em causa a utilização de uma isenção prevista no Código do IVA que se destina às prestações de serviços que tenham por objeto o ensino, quando efetuadas por estabelecimentos integrados no Sistema Nacional de Educação (SNE) ou reconhecidos como tendo fins análogos pelos ministérios competentes.Trata-se de uma isenção composta por um elemento objetivo - os serviços que tenham por objeto o ensino - e por um elemento subjetivo, segundo o qual aquelas prestações de serviços apenas estão isentas de IVA quando efetuadas pelas entidades indicadas na norma, estabelecimentos integrados no SNE ou estabelecimentos que desenvolvem fins análogos aos prosseguidos pelos primeiros, reconhecidos pelos ministérios competentes.

As prestações de serviços que tenham por objeto o ensino, desenvolvidas por entidades que não as ali expressamente mencionadas, não se encontram abrangidas pelo âmbito de aplicação da isenção, pelo que, na ausência de enquadramento em outra norma ou regime de isenção, constituem operações sujeitas ao imposto e dele não isentas.A norma de isenção abrange, ainda, as transmissões de bens e prestações de serviços conexas, realçando o fornecimento de alimentação ou de alojamento.Deste modo, quando os estabelecimentos integrados no SNE ou reconhecidos como tendo fins análogos pelos ministérios competentes forneçam, a par do serviço de ensino, bens ou serviços necessários para que o mesmo seja prestado nas melhores condições possíveis, não há lugar à liquidação de IVA, por estes se encontrarem, ainda, abrangidos pela isenção. Pretende-se, assim, assegurar aos destinatários

dos serviços de ensino um acesso menos dispendioso às operações com ele conexas.

Operações a montante

A questão coloca-se quando as prestações de serviços de alimentação e transporte, conexas com o ensino, são efetuadas por outras entidades que não as expressamente referidas na norma.De facto, o fornecimento de refeições e de transportes escolares é suscetível de integrar a ação social escolar desenvolvida pelo Estado, através do Ministério da Educação ou através dos municípios, nos termos da legislação aplicável. Como tal, os serviços de refeições e de transportes fornecidos por estes últimos aos alunos dos estabelecimentos abrangidos pela isenção em análise, utilizando meios próprios ou com recurso a terceiros, beneficiam, também, da isenção.Não obstante, a isenção não tem aplicação nas operações a montante,

ou seja, quando entidades terceiras fornecem aos referidos estabelecimentos de ensino, ou aos municípios, serviços de confeção ou fornecimento de refeições, ou de transporte. Outro entendimento violaria o elemento subjetivo da norma, expressamente definido.Em suma, quer os operadores económicos que se dedicam ao fornecimento de refeições ou de transportes quer as demais entidades que efetuam serviços idênticos, contratualizando os mesmos com os estabelecimentos de ensino ou os municípios, devem, na ausência da aplicação de qualquer outra isenção, liquidar imposto pela realização dessas operações, à taxa legal em vigor.Será de referir que com a publicação do ofício-circulado n.º 30172/2015, de 1 de julho, foram revogados todos os entendimentos anteriormente emitidos contrários à orientação ora divulgada publicamente.

IVA nas refeições escolares

ELSA MARVANEJO DA COSTAConsultora da Ordem dos Contabilis-tas Certificados

Page 37: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

As várias personalidades do painel que participam em cada almoço, analisam a refeição de acordo com vários critérios, procurando destacar o melhor e consolidando os parâmetros referência que devem ser segui-dos. Assim serão votados pela mesa presente em cada refeição, o melhor vinho apresentado, a melhor harmonização propos-

ta, o melhor prato sugerido de entrada, peixe, carne e sobre-mesa. Será transmitida também uma opinião sobre a avaliação do serviço de vinhos, por cada membro da mesa, com o mesmo critério das votações anteriores. As refeições terão a cobertura especializada em vídeo da Light-box, em produção conjunta com a AliveTaste.

Gaveto e Ferrugem valorizam vinhos nos menus

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EM FOCO

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 37

Gabinete de Inserção Profissional inaugurado em São Domingos de BenficaNo quadro da implementação de um conjunto de medidas ativas de emprego, tendo em vista melhorar os níveis de empregabilidade e estimular a reinserção no mercado de trabalho dos ativos que se encontram em situação de desemprego, foi inaugurado, no Fórum Grandela, o Gabinete de Inserção Profissional (GIP)de São Domingos de Benfica.

Os restaurantes Gaveto e Fer-rugem estão a preparar almoços vínicos ode sugeremharmoni-zações com vinhos nacionais. A iniciativa é organizada pelo Ali-veTaste, com o apoio da ViniPor-tugal.

Seis restaurantes já receberam esta iniciativa que tem como ob-jetivo divulgar bons exemplos de harmonização da gastronomia nacional e das criações de “che-fs” que evidenciem a qualidade dos vinhos portugueses. A par, estes almoços vínicos visam ain-da incentivar a promoção de um melhor serviço de vinho na res-tauração e a boa articulação entre menus e cartas de vinho.

Empresários portugueses participaram no encontro da COTEC

EUROPA O presidente da COTEC Por-

tugal, Francisco de Lacerda, re-presentou pela primeira vez a as-sociação no X Encontro COTEC Europa, que decorreu em Roma.

Este encontro junta todos os anos as três organizações CO-TEC de Portugal, Espanha e Itá-lia com o objetivo de debaterem e apresentarem propostas concre-tas que influenciem as políticas comunitárias, tendo em conta as realidades características dos paí-ses do Sul da Europa. Este ano, o Encontro foi dedicado ao tema da “nova era” de industrializa-ção (re-industrialização), assente num novo paradigma de inova-ção e tecnologia. Na participação portuguesa, a intervenção técnica esteve a cargo do diretor-beral, Daniel Bessa, que focou o con-tributo das novas tecnologias no renascimento das indústrias tra-dicionais.

A COTEC Portugal foi acom-panhada neste evento por uma comitiva de cerca de 50 empre-sários.

O encontro contou com a pre-sença dos chefes de Estado Felipe VI, Rei de Espanha, Sergio Mat-tarella, Presidente da República Italiana, e Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República Portu-guesa. O Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, tam-bém participou.

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A contabilidade é hoje uma ferramenta de gestão imprescindível

para qualquer empresa, e o papel do contabilista tem vindo a

adaptar-se à nova realidade do mercado e à crescente importân-

cia que assume no apoio à gestão das empresas.

Decorrente da crescente exigência e desafios colocados à

profissão, o Estatuto da Ordem dos Contabilistas Certificados

foi recentemente alterado, tendo motivado algumas mudanças

fundamentais para a evolução e sustentabilidade da profissão.

É neste contexto que a Moneris Partners promove uma

formação direcionada a contabilistas e diretores de gabinetes

de contabilidade, que se vai focar, por um lado, nas principais

alterações e no impacto do novo Estatuto dos Contabilistas

Certificados, e por outro, nas alterações ao SNC, que entram em

vigor a partir do exercício de 2016.

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17/ NOV. 2015 | LISBOA | 14H30 - 16H00

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Page 38: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

A Prio associou-se à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na renovação do agora denomina-do Campeonato de Portugal Prio com o objetivo de reforçar a aposta no desporto nacional, como parte da sua estratégia de conquista do território nacio-nal. Esta competição de futebol, até agora denominada Campeo-nato Nacional de Séniores, vai passar a chamar-se Campeona-to de Portugal Prio, inclui 80 clubes amadores de todas as re-giões de Portugal e pretende ser a grande referência competitiva a nível nacional para o futebol não-profissional.

“A PRIO é uma marca 100% portuguesa que vem de baixo para disputar a preferência dos portugueses com os gigantes mundiais dos combustíveis. Va-mos a jogo sem truques – sem cartões, promoções e demais confusões – e damos o melhor pela vitória todos os dias em todo o território português. Acreditamos que o desporto competitivo fomenta o espíri-to de equipa e a busca da ex-celência, dois objetivos muito

presentes na cultura da nossa empresa”, explica Pedro Morais Leitão, CEO da Prio.

Marca portuguesa com 207 postos

Com uma rede de 207 postos com a sua marca - 71 postos pró-prios, 89 abandeirados, 47 em parceria com o Pingo Doce – a Prio quer, através desta parceria, chegar a cada vez mais portu-gueses. “A Prio vai aprender a viver este campeonato com os portugueses, e queremos que os portugueses aprendam a vivê--lo com a Prio. Queremos que os postos da Prio sejam pontos de encontro antes e depois dos jogos, queremos que os nossos clientes encham os estádios e vi-brem com os jogos com o nosso apoio”, conclui Pedro Morais Leitão.

“A aposta no desporto na-cional é já parte integrante da estratégia da marca que apoia diversos clubes desportivos re-gionais nas classes mais jovens e patrocina a Taça de Portugal”, refere a nota de imprensa.

A AXA lançou o Protec Se-guro Automóvel. Segundo a seguradora, trata-se de um “se-guro automóvel que vai além da proteção habitual, pensando em quem conduz mas também nos outros passageiros”. Disponível em cinco packs com diferen-tes níveis de proteção, o AXA Protec pode ser personalizado de acordo com as necessidades concretas de cada cliente.

Protec Seguro Automóvel apresenta quatro razões princi-pais para a preferência em segu-ro automóvel: seguro de pneu, que garante a assistência em caso de rebentamento ou furo e ainda o custo de reparação ou substituição do mesmo; premia-ção de clientes jovens, em que é devolvido o agravamento por idade aos clientes com menos

de 25 anos após dois anos sem acidentes; permite garantir o valor do veículo durante toda a anuidade e ainda garantir uma maior proteção para os filhos.

“Com esta nova proposta de seguro, a AXA disponibiliza ain-da a opção de diversos serviços de assistência em viagem, ofe-recendo aos seus clientes quatro escolhas diferentes: SOS Auto, Assistência em Viagem VIP, Táxi Condução Segura e Rebo-que GPS”, indica o comunica-do. Tal como todos os clientes AXA, os novos segurados Protec Seguro Automóvel terão acesso ao cartão Clube AXA, um car-tão vantagens e descontos dire-tos em vários parceiros, à APP My AXA e à APP AXA Drive, onde se pode conhecer melhor a condução.

AUTOMÓVEL

Salão Automóvel abre portas na FIL amanhãO Salão do Automóvel e Veículo Ecológico 2015 abre portas, na FIL, em Lisboa, amanhã (31 de outubro), e realiza-se até 8 novembro. “O público vai poder apreciar mais de duas centenas dos modelos mais representativos das diferentes marcas”, refere o comunicado da organização. O evento ocupa dois dos quatro pavilhões da FIL e as entradas custam 6 euros, sendo grátis para crianças até aos 10 anos (inclusive).

38 SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015

Petrolífera Prio patrocina terceiro escalão do futebol nacional

AXA lança seguro automóvelde proteção para passageiros

“Motores a postos nos semáfo-ros”, “manobras arriscadas ao vo-lante” e um “desprezo completo pela lei” são algumas das atitudes que descrevem o comportamento dos jovens europeus ao volante, de acordo com um estudo re-cente desenvolvido pelo Allianz Center for Technology (AZT) junto de condutores com idades compreendidas entre os 17 e os 24 anos. Da totalidade de jovens inquiridos (2200 condutores na Alemanha, Áustria e Suíça), 38% afirmaram já ter participa-do numa corrida ilegal, e 41% descrevem a sua condução como “desportiva/ofensiva”. Um em cada cinco jovens adultos (18% dos inquiridos) conduz um carro modificado e 3% admitem mes-mo ter feito modificações no de-sempenho do motor da viatura.

Apesar destas conclusões, es-tatísticas a longo prazo apontam

para uma tendência cada vez mais positiva, já que o número de aci-dentes rodoviários fatais envol-vendo condutores na faixa etária dos 18 aos 24 anos baixou quase dois terços por mil habitantes (66%) entre 2003 e 2013. Uma percentagem superior, quando comparada com a de mortes em acidentes de viação envolvendo condutores com idades com-preendidas entre os 25 e os 64 anos, que desceu apenas 50%. Em dez anos, a percentagem de sinistros entre jovens condutores que resultaram em ferimentos pessoais baixou de 28 para 22%.

Idade mais perigosa: 18 aos 24 anos

As estatísticas acima referidas refletem, contudo, apenas os acidentes que envolveram danos físicos. De acordo com o Depar-

tamento Federal de Estatística alemão (Destatis), a maior parte dos acidentes em geral são provo-cados por condutores com idades compreendidas entre os 18 aos 24 anos, realidade que ganha dimensão se for tido em conta que apenas 7,7% dos condutores alemães fazem parte deste grupo etário. O número desproporcio-nado de acidentes envolvendo condutores jovens indica que as medidas em vigor para comba-ter os riscos (como é o caso das campanhas educacionais e a mais recente tecnologia automóvel) são insuficientes para garantir a segurança a este nível. “É urgen-te e imperativo fornecer às au-toridades melhores ferramentas, que lhes permitam combater a inobservância intencional da lei e punir os infratores”, afirma Jörg Kubitzki, investigador da área de sinistros do AZT.

ESTUDO DA ALLIANZ INDICA

Um em cada três jovens europeus já participou em corrida ilegal

A maior parte dos acidentes em geral são provocados por condutores com idades compreendidas entre os 18 aos 24 anos.

A seguradora de crédito Cofa-ce baixou o grau de risco do setor automóvel para risco “médio”, mas avisa, ainda assim, que o escândalo “dieselgate” da mani-pulações de emissões da Volks-wagen pode ser ameaça para esta indústria. “O setor automóvel tem vindo a ajustar-se. A Amé-rica do Norte apresenta um bom desempenho, impulsionado pelo aumento das vendas de automó-veis de luxo. Na Europa Ociden-

tal, depois de muitos programas de restruturação para reduzir cus-tos, o regresso ao crescimento traz esperança ao setor. No entanto, o escândalo Volkswagen poderá mudar a situação, particularmen-te na Alemanha e nos países da Europa Central, onde o grupo regista uma importante parte das vendas”, refere o comunicado da seguradora.

A situação é mais sensível na Ásia emergente, onde a Coface

avaliou a redução de um nível, passando o risco para “médio”. “O crescimento das vendas desa-celerou na China para 2,6% nos primeiros oito meses de 2015. O abrandamento da economia chinesa e o aumento da concor-rência penalizaram a actividade dos fabricantes, agora obrigados a adaptar-se a um ‘novo padrão de crescimento’, longe dos níveis de dois dígitos do passado”, refere o comunicado da Coface.

MAS AVISA PARA AMEAÇA DO “DIESELGATE”

Coface reduz risco no setor automóvel

Page 39: Cobertura do seguro de bens da habitação tem variações consideráveis O seguro à habitação apresenta diferenças consideráveis nos prémios praticados pelas várias seguradoras

AQUILES [email protected]

A Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC) lamenta que Portugal tenha uma das mais altas fiscalidades automóveis da Europa. O secretário-geral da associação, Joaquim Ro-balo de Almeida, afirmou à “Vida Econó-mica” que “Portugal é um país que sempre teve e continua ter uma tributação auto-móvel das mais elevadas da Europa, não se vislumbrando que nos tempos mais próxi-mos a mesma possa ser alterada, tendo em conta as dificuldades presentes das finanças públicas portuguesas em período de forte consolidação orçamental, esperando-se no entanto, que num quadro de harmoniza-ção comunitária em matéria de tributação automóvel os portugueses venham a ver diminuída a grande fatia de impostos que atualmente pagam por serem proprietários de veículos automóveis”.

“Assim, os portugueses terão de continuar

a viver com o imposto sobre veículos (ISV) e o imposto único de circulação (IUC) que, conjuntamente com o IVA, fazem com que os veículos automóveis tenham um impacto elevadíssimo no seu orçamento”, acrescenta o secretário-geral da ARAC.

Em relação ao setor do rent-a-car, Joa-quim Robalo de Almeida defende que este deveria estar isento de ISV e não apenas ter uma redução para 60%. “Reconhecendo que foi dado, em 2008, num importante passo na direção justa, de uma fiscalidade neutra e economicamente fundada, tem, todavia, de sublinhar-se que a persistência do ISV – posto que reduzido a 60% - no valor de aquisição dos veículos automóveis explorados pelas empresas rent-a-car con-tinua a não ter justificação e a constituir um encargo que afeta gravemente a posição concorrencial das empresas portuguesas, em face sobretudo das suas congéneres do país vizinho”, afirma à Robalo de Almeida, an-tes de recordar que no IUC, as empresas de rent-a-car não têm qualquer redução.

A Land Rover faz com que o modelo Discovery seja cada vez mais apelativo. Prova disso é o lançamento de uma nova edição especial: o Graphite. As novas e inconfundíveis características, naquela to-nalidade do desenho exterior desta edição realçam o desenho da quarta geração do Discovery.

Esta edição limitada confere uma maior presença em estrada ao novo mo-delo. Os pedidos para esta nova edição poderão ser feitos a partir do final de outubro e poderemos vê-lo a circular a partir de janeiro de 2016. O Discovery Graphite pode ser adquirido a partir de 86 187 euros na rede oficial de conces-sionários Land Rover.

“Agora, o Land Rover Discovery está ainda mais apelativo do que antes, graças ao lançamento de duas novas edições li-mitadas, a Landmark [esta versão não está disponível no mercado ibérico] e a Gra-phite, conferindo uma maior presença em estrada ao veículo, bem como um aper-

feiçoamento dos níveis de comodidade,complementados com a inerente versati-lidade e capacidade do Discovery”, afirmaFinbar McFall, “product marketing direc-tor” da Jaguar Land Rover.

A Nissan lançou o novo Qashqai no mercado chinês através da sua joint-ven-ture na China, a Dongfeng Nissan Pas-senger Vehicle Company (DFL-PV), com preços a partir de 139 800 yuans (19 500 euros). “Com as suas funções avançadas e o

seu design exterior extraordinário, o novo Qashqai está talhado para ser um ponto de viragem no mercado chinês”, disse Susumu Uchikoshi, diretor executivo da DFL-PV. “Esperamos que o novo Qashqai impres-sione os consumidores chineses e contribua para a liderança da DFL-PV no mercado”, acrescentou.

O Qashqai de primeira geração, o veícu-lo crossover que construiu o segmento, foi introduzido na China em 2008. As vendas cumulativas desde o lançamento em mar-ço de 2008 até julho de 2015 totalizaram mais de 600 mil unidades. O Qashqai tem sido reconhecido como um “ponto de vi-ragem” do mercado automóvel na Euro-pa, com mais de 1,8 milhões de unidades vendidas na região até hoje. O Qashqai foi distinguido como o “Automóvel do Ano” no segmento dos SUV médios, no ano pas-sado, e como o “Melhor SUV Compacto de 2015” este ano, pela What Car.

A sétima edição da feira de usados CarNext realiza-se até amanhã (dia 31). Foram oito dias com mais de mil automóveis multimarca disponíveis, prove-nientes da frota LeasePlan, reu-nidos, em simultâneo, no Wel-come Center CarNext da Expo, em Lisboa, e no Welcome Center CarNext de Matosinhos, nos ar-redores do Porto.

Os carros disponíveis nas fei-ras variam entre cinco mil e 60 mil euros. “A oferta diversificada da CarNext - marca do Grupo LeasePlan para venda de usados - resulta da frota de automóveis

da LeasePlan”, explica o comu-nicado. A empresa recorda que acompanha os veículos desde a sua compra até à sua revenda, “atribuindo à CarNext uma ofer-ta diferenciadora, uma vez que a cada automóvel comercializa-do pela marca é garantido: um único registo de propriedade; quilómetros reais e realização de revisões e manutenções previstas pelo fabricante”.

“Adicionalmente, a CarNext oferece: garantia de dois anos (garantia de usados LeasePlan) em todos os automóveis comer-cializados; acesso a parceiros que

facilitam a obtenção de financia-mento automóvel; retoma do seu automóvel antigo; e manuten-ções comprovadas”, acrescenta a nota.

“A plataforma CarNext tem--se verificado uma aposta ganha, destacando-se precisamente pela excelente relação qualidade/preço. Acreditamos que neste momento a LeasePlan, líder na-cional e mundial no mercado de aluguer operacional de veículos e gestão de frotas, através da Car-Next apresenta os melhores argu-mentos de venda no mercado de automóveis usados”, refere Ma-

nuel Berger, diretor de operações da LeasePlan Portugal.

A Feira CarNext tem vindo, ao longo dos anos, a ganhar desta-que no mercado da venda de au-

tomóveis usados. Em termos de veículos vendidos, a LeasePlan verificou um aumento de 110% entre a primeira e a última edi-ção da Feira CarNext.

ARAC lamenta que Portugal tenha das mais altas fiscalidades da Europa

Land Rover Discovery 4 com versão Graphite

Novo Nissan Qashqai lançado na China

CARNEXT REALIZA-SE ATÉ AMANHÃ

LeasePlan promove feira no Porto e em Lisboa

AUTOMÓVEL

SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO 2015 39

World Best Driving Road com menção honrosa nos prémios Meios e PublicidadeA iniciativa World Best Driving Road, do Avis Budget Group, foi distinguida pelo jornal “Meios e Publicidade” com uma menção honrosa na categoria Evento Para Os Media. De-senvolvido em abril, o evento teve como objetivo dar a conhecer o resultado do estudo Avis World Best Driving Road, que concluiu que a estrada portuguesa N222 (Régua-Pinhão) é a melhor estrada do mundo para conduzir.

TomTom lança serviço Traffic em Hong KongA TomTom lançou o serviço TomTom Traffic em Hong Kong. Este providencia informação precisa e atualizada sobre trânsito em autoestra-das, estradas principais e estradas secundárias em 48 países. O TomTom Traffic incluí previsão de congestionamentos que indicam se o engar-rafamento está a aumentar ou a dispersar e estima o tempo de duração.

Os carros disponíveis nas feiras variam entre cinco mil e 60 mil euros.

“Portugal é um país que sempre teve e continua ter uma tributação automóvel das mais elevadas da Europa”, refere Robalo de Almeida.

Como a designação indica, esta versão tem acabamentos na cor grafite.

O anterior Qashqai vendeu 600 mil unidades na China.

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EDPR aumenta ganhos em 88% até setembro

A EDP Renováveis ob-teve lucros de 100 milhões de euros nos nove primei-ros meses, o que se tradu-ziu num aumento de 88%, face a igual período do ano passado. As receitas ascende-ram a cerca de 1,1 mil mi-lhões de euros, em resultado da maior produção, ao preço mais elevado e aos impactos cambiais.

A empresa de energias re-nováveis apresentou um EBITDA de 782 milhões, num acréscimo homólogo de 72%, enquanto os investi-mentos se fi xaram em quase 600 milhões, com destaque para a América do Norte, a Europa e o Brasil. A dívi-da fi nanceira agravou-se em 404 milhões de euros, para 4,7 mil milhões, no fi nal do mês de setembro. A produ-ção total subiu 4%, para 15 TWh de energia limpa, refe-re a empresa em comunicado à CMVM.

É mais simples fazer negócios em Portugal

Portugal melhorou a sua posição na lista do Banco Mundial relativa à facilida-de para realizar negócios. O nosso país ocupa agora o 23º lugar no ranking “Doing Bu-siness 2016”, naquela que é a melhor posição em termos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Segue-se o Brasil, mas a uma larga distância.

O ranking do Banco Mun-dial é liderado por Singa-pura, Nova Zelândia, Dina-marca, Coreia do Sul e Hong Kong. Seguem-se o Reino Unido e os Estados Unidos. No fi nal da lista aparecem o Sudão do Sul, a Líbia e a Eri-treia. Quanto aos países de língua portuguesa, os piores classifi cados são a Guiné e Angola. Este ranking tem em conta aspetos como o tempo e o custo envolvidos na aber-tura de um negócio, o registo de propriedade, os alvarás, a proteção dos investidores ou o acesso ao crédito.

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www.institutoliberdadeeconomica.blogspot.com

JORGE A. VASCONCELLOS E SÁMestre Drucker SchoolPhD Columbia UniversityProfessor Catedrático

http://www.linkedin.com/in/vasconcellosesa

Vide artigos e gráficos:

http://economiadasemana.blogspot.pt

https://twitter.com/VasconcelloseSa

A TENDÊNCIA(?)

COMENTÁRIO: O pior cego não é o que não tendo olhos, não pode ver; o pior cego é o que tendo olhos, não quer ver.

Instituto de Liberdade Económica

Fonte: World Economic Outlook, FMI, Abril 2015

Início da implementação das medidas de liberalização económica (por Roger Douglas, Ministro das Finanças)

Nova Zelândia: PIB per capita PPC (3º no ranking da liberdade económica (total=178 países)Dólares

Taxa de crescimento média anual = 6%

Taxa de crescimento média anual = 3,5 %

Apostar no microfi nanciamentoA União Europeia decidiu celebrar pela primeira vez este

ano o Dia Europeu do Microfi nanciamento.Mais que uma nova data simbólica, o Dia Europeu do

Microfi nanciamento pode representar uma mudança de atitude face à exclusão social e ao desemprego.

À primeira vista, não parece evidente a ligação entre o microfi nanciamento, o crescimento e o emprego. Tradicionalmente, o microcrédito é encarado como um segmento residual das operações de fi nanciamento, com um número modesto de projetos fi nanciados, e valores por operação ainda mais modestos, dado que os montantes médios estão abaixo dos 7000 euros.

No entanto, as microempresas, ou seja, as que empregam menos de 10 pessoas, representam 85% dos novos postos de trabalho criados em toda a União Europeia.

Esta participação expressiva das microempresas na criação de emprego está a fazer com que a União Europeia e os Estados membros se tornem sensíveis a esta realidade. O sucesso do combate ao desemprego depende essencialmente do que acontecer com as microempresas e com as políticas públicas que lhes são dirigidas.

Esta lógica micro encaixa mal na perspetiva macro que vem sendo seguida quer pelas instituições europeias quer pela generalidade dos Estados membros.

Tradicionalmente, existe um divórcio entre as políticas da Comissão Europeia e os pequenos agentes económicos. As políticas europeias são consideradas como mais favoráveis para as médias e grandes empresas e mais distantes e menos amigas das pequenas empresas.

No plano interno de cada Estado membro, a causa dos pequenos operadores tem sido um tema irrelevante.

Até agora, o microempreendedorismo não é uma questão que interesse aos políticos e governantes. Neste capitulo, Portugal não é exceção. Na visão tradicional, o papel dos políticos é garantir a todos um emprego seguro para a vida no setor público ou no setor privado, longe dos fatores de precariedade. Se não for possível, deve ser o Estado social a assegurar, através da redistribuição, o apoio estável e seguro, garantindo um nível de rendimento próximo dos cidadãos em situação de emprego.

Nesta perspetiva, não existe a alternativa fora do emprego seguro, e fora do apoio social garantido, que possibilite a entrada no mercado, com risco e com base no mérito e esforço individual.

A alternativa também não tem sido atrativa no plano político, porque o governante que propõe a alternativa do microcrédito pode ser acusado de ser aquele que falha porque não garante o emprego seguro para a vida, nem assegura a protecção social generosa que existia no passado.

Mas, tal como referiu Maria Novak, a presidente fundadora da Associação para o Direito á Iniciativa Económica, o microfi nanciamento e o empreendedorismo social estão a crescer e podem signifi car uma nova realidade como contrabalanço aos excessos do capitalismo fi nanceiro.

E apresenta uma serie de vantagens. As microempresas conseguem resistir melhor às crises, não podem ser deslocalizadas, e estão presentes em todas as áreas de atividade, reduzindo o peso da despesa social do Estado.

O microfi nanciamento favorece a inclusão social, dá dignidade e esperança às pessoas, e aumenta a sua responsabilidade.

O Estados são os mais diretos responsáveis pela criação de um quadro legal favorável às microempresas. Nesta vertente, o nosso país tem um longo caminho a percorrer, corrigindo os erros que se foram acumulando e que estão na origem do atual enquadramento fortemente penalizado para os pequenos operadores.

Porém, o grande desafi o está nas mãos da sociedade civil. Conforme recordou Maria Novak, foi a iniciativa da sociedade civil que pôs em causa as fábricas do povo e as economias de planeamento central na Europa de Leste.

Hoje, para garantir o futuro, a sociedade civil tem que criar um novo modelo de desenvolvimento sustentável assente na dimensão social, ambiental e societal. O capitalismo também está confrontado com a sua Perestroika. O microfi nanciamento e o empreendedorismo social podem ser os alicerces de um novo mundo.

NOTA DE FECHO

JOÃO LUÍS DE SOUSA DIRETOR [email protected]

Nº 1611 / 30 de outubro 2015 Semanal J 2,20 Portugal Continental

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O microfi nanciamento favorece a inclusão social, dá dignidade e esperança às pessoas, e aumenta a sua responsabilidade.