Limpeza intermediria assptica (AIC) freqentemente usada para prolongar tempos de processamento (no parar a linha de produo). O objectivo manter o equipamento deprocessamento numa condio assptica enquanto processa por um periodo de tempo maior. A tabela 4 mostra um exemplo de tempo/temperatura numa limpeza intermediaria e a tabela 5mostra o mesmo processo acrescido da circulao de detergente cido.

TEMPO DE LIMPEZA

O tempo de limpeza o parmetro mais importante do ponto de vista da produo e da otimizao desta, est correlacionado e depende de:

- Tipo de equipamento a ser limpo. Cada pea especifica do equipamento que requer maior ou menor tempo de limpeza

- Perodo de produo antes de limpar. Maior tempo de produo, provavelmente, resulta na necessidade de um perodo mais longo de limpeza.

- Tipo de produto que est sendo processado. Por exemplo, leite com chocolate mais difcil de remover do que o leite normal.

A eficcia das etapas de pr-lavagem, lavagem e lavagens intermediarias, influencia tambm no tempo de limpeza.

FLUXO DE LIMPEZA/FORA MECNICA

um parmetro de grande importncia, se o fluxo muito baixo, a eficincia dos outros parmetros (concentrao e composio de detergentes, tempo de limpeza, temperatura dassolues) pode diminuir. Cerca de 50% de todos os problemas relacionados com CIP so devido ao fluxo insuficiente. O caudal deve ser suficiente para assegurar o transporte satisfatrioda soluo de detergente para a superfcie suja e assegurar as foras de cisalhamento (foras mecnicas) necessrias para romper remover slidos em deposio. Na literatura sobresistema CIP, normalmente indicado que a velocidade de um fluxo dentro das tubulaes excedam 1,5 m/s para se alcanar bons resultados de limpeza. Para trocadores de calor deplacas o fluxo do CIP normalmente 0,3-1,0 m/s. Uma recomendao comum para a limpeza de permutadores de calor tubulares a utilizao de um fluxo de CIP duas vezes maiselevada do que durante a produo.

CARACTERISTICAS DOS RESIDUOS SOLIDOS A SEREM REMOVIDOS

importante saber a composio dos slidos ao se projetar uma sequncia de limpeza CIP. Os equipamentos UHT - Tetra Pak so projetados para aplicaes em alimentos diferentes,que vo desde os sucos, pudins, molhos, lcteos, etc. A Tabela 6 mostra uma viso esquemtica de diferentes tipos de slidos que tm de ser removidos das superfcies dosequipamentos durante a limpeza CIP e o grau de dificuldade de remoo das superfcies de processamento.

Incrustaes de resduos de leite durante a pasteurizao ou sistema UHT so formados ao longo da linha de produo. Em funo do processo usado, caracterizado dois tipos principaisde incrustaes (Tabela 7). A baixa temperatura, pasteurizao (72 C - 75 C) cria-se uma espcie de incrustao com um teor elevado de protena, principalmente -lactoglobulina. Estetipo de formao denominado como do tipo A, e se forma na faixa de temperatura de 70 C - 105 C. No processamento de leite UHT, a formao do tipo B, se forma a partir dos 110C (alta temperatura). Este tipo de incrustao contm um nvel mais elevado de minerais, principalmente fosfato de clcio.

ETAPAS DO PROCESSO

Normalmente, um sistema CIP inclui um reservatrio de soluo, uma bomba de alimentao e um circuito de retorno com um tanque ou recipiente similar, de um dispositivo de pulverizaoe alguns tipos de bomba de retorno podem tambm ser includos. Soluo de limpeza que pulverizada para um recipiente e dirigida atravs de tubulaes e aps o descarrego drenadapara um tanque de recuperao ou descarte caso no haja mais possibilidade de recirculao estabelecida.

(Exemplo de um sistema formado por trs depsitos)

Um depsito para agua recuperada para o pr-enxgue 1 ciclo de limpeza

Um depsito para detergente de passo nico que no 2 ciclo de limpeza circular um detergente alcalino (NaOH) com um sequestrante de clcio.

Um depsito para agua limpa

Aps o envase assptico do leite ou outros produtos, em primeiro lugar se faz um pr-enxague recirculando agua do enxague da limpeza anterior (com resto de detergente) para removerrestos de leite na tubulao facilitando o trabalho posterior. Esta agua ser descartada aps este uso;

A continuao se usa o detergente de natureza alcalina para araste de gordura e protenas, mas, inclui um sequestrante de clcio que remover os depsitos minerais. Esta soluopoder recircular o tempo que seja necessrio e a cada passagem a sua concentrao diminui, mas, o sistema de condutividade corrige esta perda de forma a manter constante estaconcentrao.

OBS. Parmetros de tempo e temperatura sero fornecidos pelo fabricante do equipamento e fornecedores de materiais de limpeza.

Findada a etapa anterior se procede passagem de agua limpa (enxague final) para remover todo resto de detergente alcalino. Esta agua ser recuperada para o pr-enxague posterior.

ESTADO DA ARTE

Devido turbulncia interna na linha de produo, natureza qumica de outros compostos e influncia da turbidez e somado o fato da condutividade ser fortemente dependente datemperatura, etc. o mtodo da condutividade pode ter retardo de resposta, neste caso a presena de um sensor de absorbncia ou de espalhamento de luz com comprimento de ondaprximo ao Infra Vermelho (NIR) instalado no retorno do CIP para medir com exatido a interface entre as guas de enxgue e a limpidez/qualidade da gua final do enxgue, monitorandoa concentrao dos detergentes e desinfetantes e o resduo aps a limpeza, melhora o desempenho do processo, garantindo que no haja mistura de contaminantes (resduos qumicos)aos alimentos na etapa de processamento seguinte (Optek).

VANTAGENS DO SISTEMA CIP

Diminuio do impacto ambiental e os custos de operao com reduo de gua e do Esgoto (Tetra Pak; Optek; Chapeco Solues industriais).

Gesto da Condutividade: evitando-se a sobre dosagem do detergente e assegurando os mais elevados nveis de segurana alimentar (Tetra Pak; Optek;).

Identificao automtica de solues garantindo preciso no controle de lquidos (Tetra Pak).

Sistema CIP j vem incorporado com uma srie de programas de limpeza predefinidos, porm podem-se criar outros (Tetra Pak).

Sistema IHM (Interfase Homem Mquina) segurana operacional (Tetra Pak; Optek; Chapeco Solues industriais).

Aumentar ou reduzir a concentrao do detergente em qualquer momento, sem parar a operao (Tetra Pak).

Com a utilizao de sensores Infra Vermelho (NIR) se reduz os tempos dos diferentes ciclos (Optek).

CONSIDERAES

Pela natureza e objetivos deste trabalho, neste documento, muitos conceitos deixaram de ser abordados e outros s foram apenas mencionados, a saber: perda de carga nas tubulaes,

pontos de difcil limpeza nestas, Design x fluxo da soluo de limpeza, grau de incrustao e facilidade/dificuldade de dissoluo/remoo dos resduos (protenas, carboidratos, gorduras e

sais minerais), formao/remoo de biofilmes, resistncia/carga inicial de microrganismos, legislao e problemas ambientais, eficincia dos detergentes, interao qumica destes,

qualidade da agua (dureza, pH), natureza do produto processado (ex. Achocolatado vs. Leite), custos operacionais, etc.

REFERNCIAS:

Chapeco Solues industriais: http://chapecosolucoesindustriais.blogspot.com.br/ Acesso em 12/11/2012.

Cleaning Handbook, Copyright 2008; Tetra Pak Processing Systems.

IndustrySearch - processamento de alimentos, equipamentos de construo, automao, manuseio de materiais, minerao, metalurgia, segurana e equipamentos de transporte:

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http://www.industrysearch.com.au/CIP-Cleaning/f/3692 Acesso em 12/11/2012.

Optek - desenvolvimento e suporte em linhas de analisadores fotomtricos para lquidos industriais: http://www.optek.com/Application_Note/geral/Portuguese/3/aplicacoes_cip_(clean-in-place).asp . Acesso em 05/11/2012.

Tetra Pak: http://www.tetrapak.com/br/produtos_e_servicos/processamento/lacteos/limpeza_no_local/tetra_alcip/pages/default.aspx Acesso em 05/11/2012 .

5 NETO, L. G. G. et al. Influncia do tratamento UAT no valor nutritivo do leite. Revista Leite e Derivados, v.67,2002.

6 ROCHA, G. L. Influncia do tratamento trmico no valor nutricional do leite fludo. Universidade Catlica de Gias. Junho. 2004.

7 Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial Guia Tcnico, Indstrias de Laticnios. Disponvel em: . Acesso em: 15 de Novembro de 2012.

8 Tetra Pak. Disponvel em: . Acesso em: 15 de Novembro de 2012.

9 New Monograph on UHT Milk. Federation Internationale de Laiterie. International Dairy Federation FIL IDF. Document 133, 1981.

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