Claudionor junior v2

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL REVISÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, ORIENTADO PARA O MERCADO. Claudionor Oliveira Gomes Junior Orientador: Álvaro Flores

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

REVISÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, ORIENTADO PARA O MERCADO.

Claudionor Oliveira Gomes Junior

Orientador: Álvaro Flores

Resumo

O planejamento estratégico, atualmente, em um sindicato patronal é tratado com um

diferencial, pelo fato de que as preocupações sindicais sempre estiveram voltadas

as negociações coletivas de trabalho entre empregadores e empregados. Porém

isso está mudando na medida em que a CNI (Confederação da Indústria) adota

programas de associativismo e capacita os sindicatos patronais em gestão

estratégica. Como o presente estudo do caso mostra, o diferencial maior será um

sindicato com planejamento estratégico orientado ao mercado, tornando-se muito

mais efetivo na execução das estratégias na busca do associativismo. Com isso o

corpo estratégico está com muito mais dificuldades de saber qual a visão para 10

anos a frente, assim como está tendo dificuldade para repassar para o executivo que

está responsável pela promoção das estratégias toda a visão a ser alcançada. Por

sua vez o corpo executivo está tendo dificuldade de repassar a importância de cada

ação o operacional. Com a finalidade de amenizar estes problemas, este estudo de

caso apresenta um novo modelo estratégico orientado ao mercado, baseado no

mapa estratégico da balanced Scorecard, para o Sindicato das Indústrias

Metalúrgicas e de Material elétrico e Eletrônico de São Leopoldo.

Concluiu-se com este estudo de caso, que o campo da estratégia sindical pode ser

muito mais agressivo na busca do comprimento da missão do sindicato que é

representar a sua categoria. Sabemos que com a globalização, as informações se

disseminam rapidamente e as mudanças acontecem num ritmo muito mais

acelerado ano a ano.

Palavras – chaves:

Planejamento Estratégico, Balanced Scorecard, Sindimetal de São Leopoldo

ABSTRACT

O planejamento estratégico, atualmente, em um sindicato patronal é tratado com um

diferencial, pelo fato de que as preocupações sindicais sempre estiveram voltadas

as negociações coletivas de trabalho entre empregadores e empregados, porém

isso está mudando na medida em que a CNI (Confederação da Indústria) adota

programas de associativismo e capacita os sindicatos patronais em gestão

estratégica. Como o presente estudo do caso mostra, o diferencial maior será um

sindicato com planejamento estratégico orientado ao mercado, tornando-se muito

mais efetivo na execução das estratégias na busca do associativismo. Concluiu-se

com este estudo de caso, que o campo da estratégia sindical pode ser muito mais

agressivo na busca do comprimento da missão do sindicato que é representar a sua

categoria. Sabemos que com a globalização, as informações se disseminam

rapidamente e as mudanças acontecem num ritmo muito mais acelerado ano a ano.

Com isso o corpo estratégico está com muito mais dificuldades de saber qual a visão

para 10 anos a frente, assim como está tendo dificuldade para repassar para o

executivo que está responsável pela promoção das estratégias toda a visão a ser

alcançada. Por sua vez o corpo executivo está tendo dificuldade de repassar a

importância de cada ação o operacional. Com a finalidade de amenizar estes

problemas, este estudo de caso apresenta um novo modelo estratégico orientado ao

mercado, baseado no mapa estratégico da balanced Scorecard, para o Sindicato

das Indústrias Metalúrgicas e de Material elétrico e Eletrônico de São Leopoldo.

Palavras – chaves:

Planejamento Estratégico, Balanced Scorecard, Sindicato

Sumário

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4

1.1. HISTÓRICO..........................................................................................................................5

1.4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO...........................................................................................9

1.6.2 PLANO DA PESQUISA.............................................................................................10

1.8. ETAPAS DO PLANEJAMENTO......................................................................................17

NEGÓCIO.......................................................................................................................................17

.........................................................................................................................................................17

1.9.5. RELAÇÃO CAUSA E EFEITO.................................................................................29

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho dedica-se ao estudo da gestão estratégica baseada no

Balanced Scorecard - BSC, orientada ao mercado em uma entidade sindical

patronal. O SINDIMETAL – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material

Elétrico e Eletrônico de São Leopoldo no ano de 2004, implementou seu

planejamento estratégico desde o desenvolvimento da missão até o controle das

ações realizadas. Impulsionados por seu vice-presidente Norberto Cossio Dias,

diretor industrial da Ferramentas Gedore do Brasil, a diretoria resolveu investir na

promoção desta ferramenta de gestão que trouxe muitos benefícios aos associados

e filiados da entidade. Porém com a necessidade de melhorar e se reinventar, este

estudo de caso traz a implementação de uma nova forma de ver as estratégias e

com uma visão orientada ao mercado.

Dentre as modernas técnicas de gestão, O Balanced Scorecard é um novo

instrumento. Atualmente o BSC tem tido um reconhecimento unânime nas

organizações de um modo geral, como um sistema de gestão de altíssima qualidade

no desenvolvimento da estratégia.

Em 1996 as migrações do Balanced Scorecard para os setores governamentais e

sem fins lucrativos, ainda se encontravam em um estado embrionário. Durante os

quatro anos seguintes o conceito se tornou amplamente aceito e foi adotado por

vários tipos de organizações em todo o mundo, desenvolvendo assim novas idéias

sobre o uso do BSC e trazendo assim crescimento sobre o uso desta ferramenta.

1.1. HISTÓRICO

Em 1948 é fundada a ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DA INDÚSTRIA DA

FUNDIÇÃO DE SÃO LEOPOLDO, atual SINDICATO DAS INDÚSTRIAS

METALÚRGICAS, MECÂNCIAS E DE MATERIAL ELÉTRICO E ELETRÔNICO DE

SÃO LEOPOLDO, assim denominado desde de 1992. A entidade foi reconhecida

pelo Ministério do Trabalho como “Sindicato da Indústria de Fundição no Estado do

Rio Grande do Sul”, como sindicato representativo da categoria econômica “Indústria

da Fundição” na base territorial que incluída os municipais de São Leopoldo, Novo

Hamburgo e Sapiranga.

No dia 02 de setembro de 1959 o Sindicato da indústria da Fundição no estado do

Rio Grande do Sul teve estendida a sua representação e passou a denominar-se

“Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São

Leopoldo” e em 10.12.1985, foi adquirida a primeira sede da instituição na Rua São

Paulo, 970 em São Leopoldo. Em 1978 teve estendida a sua base territorial para os

municípios de Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Esteio, Ivoti, Montenegro,

Portão, São Sebastião do Caí, Sapucaia do Sul e Taquara e hoje atende São

Leopoldo, Esteio, Sapucaia do Sul, Dois Irmãos, Estância Velha, Morro Reuter,

Santa Maria do Herval, Campo Bom, Montenegro, Barão, Brochier, Capela de

Santana, harmonia, Martá, Pareci Novo, Poço das Antas, Salvador do Sul, São

Pedro da Serra, Tupandi, São Sebastião do Caí, Bom Princípio, Feliz, Ivoti, Portão,

Alto Feliz, Lindolfo Collor, Linha Nova, Presidente Lucena, São José do Hortêncio,

Vale Real, Picada Café, Novo Hamburgo, Sapiranga, Nova Hartz, e Araricá.

Com a entrada do Sr. VALAYR HÉLIO WOSIACK em 1985, o sindicato construiu sua

atual sede que hoje abriga instituições como ABIFA – Associação Brasileira de

Fundição, um ponto do SEBRAE regional, Comitê Setorial Metalmecânico do PGQP,

um ponto de atendimento da FIERGS – Federação das Indústrias do Rio Grande do

SUL. Em 1992, foi aprovada a alteração do seu Estatuto e o Sindicato passou a

denominar-se “Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material

Elétrico de São Leopoldo”, que é o atual

Como projeto social o SINDIMETAL apóia financeiramente o Pelotão Esperança,

que cuida de jovens com vulnerabilidade social alta, que está localizado no quartel

16º GAC AP e o Banco de Alimentos Vale do Sinos.

2004 – ATUAL GESTÃO

Na presidência do Sindimetal desde 2004, Raul Heller iniciou, em 2010, a sua

terceira gestão de trabalho consecutivo junto ao Sindicato. Marcando a história

desde período, pode-se destacar algumas ações que contribuíram para o

fortalecimento da entidade e a sua respeitabilidade junto ao meio empresarial

gaúcho. Em 2004, a nova diretoria do Sindimetal inicia a implantação do

Planejamento Estratégico, prospectando os caminhos da entidade para os próximos

10 anos.

O Sindimetal oportuniza aos associados e filiados o “Programa de Capacitação

Corporativa”, que contou com o apoio do Sebrae, Senai e da Unisinos. Participa,

pela primeira vez, com um estante coletivo, de Feira Mercopar, em Caxias do Sul,

além de promover, a partir deste ano, em sua sede, a Rodada de Negócios Vale dos

Sinos, com o apoio do Sebrae, que até hoje se realiza com rodada internacional.

Atento ao mercado organiza uma missão empresarial para Joinville/ Santa Catarina,

além de um estande para a exposição de produtos e serviços das empresas

interessadas em participar da Feira da Metalúrgica ao qual expõe até hoje.

Com uma ampla base territorial, surgiu o desejo de oportunizar eventos em outros

municípios e assim é organizada a primeira Rodada de Negócios no Vale do Caí, em

Montenegro e não parou mais, lançou o informativo ESPAÇO Sindimetal com 12

páginas, que circula bimestralmente para todos os filiados, divulgando as ações da

entidade e como as atividades cresceram ao longo do tempo o jornal aumentou para

16 páginas.

Os empresários passam a interagir mais com o mercado, participando de exposição

e missões e pela primeira vez, o Sindimetal apóia grupos com o destino à

Expodireto, em Não-Me-Toque/ RS; a Fenaf em São Paulo; à Intermach, em

Joinville/ Santa Catarina, além de Feimafe, em São Paulo. Os resultados são

gratificantes e passaram a integrar a Agenda Estratégica Anual do Sindicato. Em

Novo Hamburgo, Sapiranga e Montenegro acontecem à primeira SIPAT Comunitária

multiplicando a idéia iniciada em São Leopoldo.

Nasce o Grupo MetalValley, que objetiva preparar os empresários para atuarem no

mercado externo e como primeira ação o grupo visita a feira Automechanika, em

Buenos Aires/ Argentina. O Presidente do Sindimetal recebe o Prêmio Mérito

Industrial 2007, concedida pela Fiergs e na mesma época é lançado a Central de

Negócios Sindimetal (via web), uma ferramenta importante para aumentar o poder

de negociação, reduzindo custos e ampliando o leque de fornecedores.

O Sindimetal inicia como um dos apoiadores institucionais na criação do Memorial

Jesuíta Unisinos e neste mesmo ano é convidado a participar em Brasília, da criação

do sistema via internet de Gestão Estratégico, para uso dos demais sindicatos do

País.

1.2. PROBLEMA

No processo de implementação da gestão estratégica, sempre houve uma visão

bem clara e definida nos sindicatos em geral, porém a etapa crítica constitui no

entendimento e na comunicação das estratégias e suas interfaces para alcançar a

visão desejada. A falta de orientação para o mercado, fez com que os sindicatos

patronais ficassem inertes na busca do associativismo, fazendo com que o

enfraquecimento das forças políticas fossem mais nítidos e com isso as relações

políticas diminuíram, dificultando a aproximação com os novos empresários. Assim a

questão a ser desenvolvida neste projeto tecnológico é de que forma pode-se

estruturar o planejamento estratégico de um sindicato orientado para o mercado?

1.3. JUSTIFICATIVA

Este trabalho justifica-se pela necessidade de fundamentação teórica do

planejamento estratégico do SINDIMETAL.

Justifica-se também pelo fato de trazer benefício para a força de trabalho e a

diretoria, através da comunicação das estratégias com o mapa estratégico onde

mostra as ações a serem realizadas e o inter-relacionamento de causa e efeito das

estratégias, convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis.

A reavaliação do planejamento estratégico procura-se trazer mudanças pelo fato de

ter ocorrido muitas alterações no ambiente econômico nos últimos anos. Após a

crise financeira, que levou a falência muitas empresas da categoria, a arrecadação

sindical diminui, fazendo com que o sindicato repensasse o apoio aos projetos de

desenvolvimento industrial da categoria.

Com Planejamento revisado, com uma visão mais orientada ao mercado o sindicato

poderá crescer mais em ações específicas de prospecção a novos associados,

aproximando as empresas da base e assim aproveitando mais as oportunidades e

reduzindo as ameaças, melhorando a situação financeira atual do sindicato e

principalmente cumprindo sua missão.

1.4. OBJETIVOS

1.4.1. OBJETIVO GERAL

Revisar o Planejamento estratégico do SINDIMETAL com orientação para o mercado.

1.4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

Reavaliar os objetivos de acordo com a orientação para o mercado;

Orientar os objetivos de acordo com o Balanced Scorecard;

Avaliar a utilização do Balanced Scorecard e suas perspectivas

para um sindicato;

Fundamentar o planejamento estratégico com base teórica

1.5. METODOLOGIA

A metodologia para o desenvolvimento do trabalho consiste em um estudo de caso.

“Estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de

poucos objetos, de maneira que permita a Investigação ampla e detalhada da

realidade focalizada” (SILVA, 2002, p.48), com abordagem de caráter qualitativo.

Pela inexistência de um trabalho sobre planejamento estratégico voltado ao mercado

em um Sindicato, a pesquisa abordada é do tipo: exploratória. “A pesquisa

exploratória visa a proporcionar uma maior familiaridade como o problema

investigado, sendo utilizada quando existe pouco conhecimento sobre o assunto,

com vistas a torná-lo mais claro para a condução da pesquisa” (SILVA, 2002, p.54).

O referencial teórico de dados foram livros e artigos, a respeito do planejamento

estratégico, do Balanced Scorecard e como implantar em uma organização,

inclusive sobre ferramentas que facilitam a implantação e as etapas a serem

seguidas.

Para analisar o ambiente externo foi utilizada a análise ambiental já realizada pelo

SINDIMETAL e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul e para analisar o

ambiente interno, utilizou-se um levantamento de todos os recursos que o Sindicato

possui, ou não possui.

Para realização do estudo de caso foram entrevistadas quatro pessoas, todos com

nível de conhecimento sobre a atual gestão revelando a metodologia do processo de

elaboração do PE, mas não revelando informações pertinentes a metas financeiras.

1.6.2 PLANO DA PESQUISA

O estudo foi feito no período de agosto a novembro de 2010 no Sindicato das

Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Leopoldo com o

objetivo de compreender o funcionamento geral do sindicato. O planejamento da

pesquisa iniciou-se com um estudo profundo da teoria sobre o Balanced Scorecard e

em seguida uma entrevista com um diretor de 3 profissionais do sindicato. O

executor deste trabalho é profissional de Organização e Métodos do SINDIMETAL.

A entrevista foi realizada junto ao Vice-Presidente Norberto Cossio Dias, o Diretor

Executivo Valmir Pizzuti, o Secretário Executivo Paulo Ziegler e a supervisora

administrativa Margot Sabo.

No início foi discutida a identidade organizacional do sindicato e suas funções

principais. A ideia principal foi discutir qual modelo de gestão estratégica adotar para

que o planejamento seja mais efetivo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O planejamento tornou-se uma ferramenta gerencial indispensável para a

competitividade das empresas em um mercado em que a velocidade das mudanças,

impõe a necessidade de se obter respostas rápidas.

Las Casas (2001), diz que existem dois modelos de planejamento, o informal e o

formal. O informal é obtido quando não se usa nenhuma metodologia destinada

especificamente, enquanto o formal é uma metodologia que precisa do domínio de

técnicas e conceitos específicos, isto é, o planejamento necessita de formalidade

com base teórica. Para Oliveira (2007) o planejamento é um processo sistemático e

constante de tomada de decisões onde os resultados das decisões tomadas

deverão aparecer futuramente.

Segundo Faria (1997, p.73) “planejamento é um processo que implica na formulação

de um conjunto de decisões sobre as ações futuras”. O mesmo autor ainda ressalta

que o processo dever ser racional para que possa introduzir maior grau de eficiência

as atividades desenvolvidas. O planejamento é algo que devemos fazer antes de

tomar qualquer ação. Lemos (2007) fala que planejamento é um meio de dedicar o

que fazer, e como fazê-lo, antes que se requeira uma atitude, o planejamento deve

procurar o máximo de resultados e minimizar as deficiências.

O Planejamento Estratégico é um instrumento poderoso e altamente usado nas

organizações, ainda mais se aliado ao Balanced Scorecard. Segundo uma pesquisa

da BAIN & COMPANY (vide Tabela 1) divulgada 2002, o planejamento estratégico é

a ferramenta de gerenciamento mais usada nas empresas brasileiras e a segunda

colocada em satisfação (o número que aparece na coluna “satisfação” representa

uma note de 1 a 5). Já o Balanced Scorecard se mostra como uma ferramenta

recente, porém em franca expansão. Seu uso, que era de 30% em 2000, aumentou

para 56% em 2001.

Em termos de satisfação, aparece como a quarta colocada, com uma nota de 4,29

em um máximo de 5.

Tabela 1 – Uso e satisfação de ferramentas de gestão no Brasil.

Fonte: adaptado de HSM Management, número 31, ano 6 (março-abril 2002), p. 140-141

TIPOS DE PLANEJAMENTO

Oliveira (2007) diz que o planejamento de acordo com os níveis hierárquicos

considerados, os divide em três tipos: Planejamento estratégico; Planejamento tático

e, Planejamento operacional, conforme figura 1.

Segundo Maximiano (2000), “Dependendo da abrangência e do impacto que tem

sobre a organização, os planos podem ser classificados em três níveis principais:

estratégico, funcionais e operacionais.”.

Conforme Oliveira (2007) e congruente com a afirmação acima é valido ressaltar o

significado desses níveis:

Planejamento estratégico é o processo de definir a missão e os objetivos da

organização, considerando as ameaças e oportunidades do ambiente e outros

Ferramenta Uso SatisfaçãoSegmentação de Clientes 80% 4,09Remuneração por Desempenho 77% 4.35Missão/Visão 74% 4,27Estratégias de Crescimento 70% 3,83Gestão de Qualidade Total (TQM) 67% 4,41Gestão do Relacionamento com o Cliente (CRM) 67% 4,05Alianças Estratégicas 66% 3,94Terceirização 65% 3,96Planejamento de Cenários 63% 4,18Integração da Cadeia de Fornecimento 59% 4,25Balanced Scorecard 56% 4,29Análise de Valor para o Acionista 56% 4,24Gestão de Conhecimento 50% 3,76Competências Essenciais 49% 3,76Gestão Baseada em Atividade (ABM) 46% 4,04Redução do Templo de Ciclo 45% 4,11Reengenharia 33% 4,17Marketing um-a-um 29% 4,08Equipes de Integração e Fusões 22% 4,27Análise de Opçoes Reais 17% 4,29Corporater Venturing (Incubação de Negócios) 16% 4,00Análise de Ruptura de Mercado 2% 4,00

fatores, planos funcionais (táticos) são elaborados para possibilitar a realização dos

planos estratégicos e objetivos e planejamento operacional é o processo de definir

meios para a realização de objetivos, como atividades e recursos. A figura 1 ilustra

os níveis do planejamento.

Figura 1 – Níveis do Planejamento

Fonte: Modelo adaptado de Oliveira, 2007, Pg. 15.

Segundo kotler e Keller (2006) o plano de marketing é o instrumento central para

direcionar e coordenar o esforço de marketing. Ele funciona em dois níveis:

estratégico e tático. O plano de marketing estratégico estabelece os mercados-alvo

e a proposta de valor que será oferecida, com base em uma analise das melhores

oportunidades de mercado. O plano de marketing tático especifica as táticas de

marketing, incluindo características do produto, promoção, comercialização,

determinação do preço, canais de vendas e serviços.

VANTAGENS DO PLANEJAMENTO

Oliveira (2007) fala que a organização dever correr menos riscos, se planejando

para ter eficácia nas ações, assim otimiza recursos e tempo. Na mesma ideia do

autor a efetividade se articula, em cadeia, com a eficiência e a eficácia ao

acrescentar mais uma condicionante à otimização do desempenho do planejamento

estratégico, cujas ações, além de eficientes e eficazes, necessitam ser, igualmente,

efetivas.

Devido ao ambiente turbulento o qual as organizações estão inseridas, onde as

mudanças acontecem a todo o momento e de toda a natureza como econômica,

política, tecnológica, sociocultural e comportamental, torna-se indispensável à

utilização do planejamento pelas empresas para que estas consigam se manter no

mercado e adquirir êxito nas suas atividades através da análise dos seus pontos

fortes e fracos antecipado as possíveis ameaças e aproveitando possíveis

oportunidades.

Para Lemos (2007) várias são as vantagens que o planejamento estratégico

proporciona para as organizações e para gestores: agilização do processo de

tomada de decisões, melhoramento da comunicação, aumentando da capacidade

gerencial ara uma tomada de decisão, promove uma consciência coletiva,

proporcionando uma visão de conjunto, maior delegação, direção única para todos,

orienta programas de qualidade e melhora o relacionamento da organização com

seu ambiente interno e externo.

1.6. IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO

As grandes transformações em que o mundo viveu em tecnologia, economia,

sociocultural e até mesmo ambiental causaram impacto em várias áreas nas

empresas e a partir destas mudanças criou-se uma preocupação maior com o

planejamento estratégico.

O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas a implicações futuras de

decisões presentes (Drucker, 1962). Então, é um processo sistemático e constante

nas tomadas de decisões, cujos efeitos deverão acontecer em futuros períodos de

tempo. O planejamento não é um ato isolado, mas deve ser encarado como um

composto de ações inter relacionadas e interdependentes que visam o alcance de

objetos previamente estabelecidos. O processo de planejamento é mais importante

que seu produto final.

Kotler (1998) relata que o propósito do planejamento estratégico é uma ferramenta

que ajuda a empresa a selecionar e organizar os negócios de maneira que se

mantenha saudável, apesar das dificuldades que ocorrem em qualquer um de seus

negócios específicos ou linhas de produto.

1.7. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORIENTADO AO MERCADO

Segundo Kotler (2000) o PE orientado para o mercado é o processo gerencial de

desenvolver e manter um ajuste viável entre objetivos, habilidades e recursos de

uma organização e as oportunidades de um mercado em contínua mudança. O

objetivo é dar forma aos negócios e produtos de uma empresa, de modo que eles

possibilitem os lucros e o crescimento.

Os conceitos e as ferramentas surgiram na década de 70, como resultado de uma

sucessão de ondas de choque que atingiram a indústria norte-americana — a crise

da energia, a inflação de dois dígitos, a estagnação econômica, as vitórias da

concorrência japonesa e a desregulamentação de setores importantes. As empresas

norte-americanas não podiam mais se basear em simples projeções de crescimento

para planejar a produção, as vendas e os lucros. Hoje o planejamento estratégico

tem como meta ajudar a organização a selecionar e organizar seus negócios de

modo a manter-se sustentável, mesmo que eventos inesperados afetem de maneira

adversa algum de seus negócios ou alguma de suas linhas de produtos/serviços. O

marketing tem um papel fundamental no processo de planejamento estratégico.

As empresas orientadas para o marketing guiam-se pela seguinte forma de agir e

pensar: procuram inteirar-se do que seus clientes desejam e oferecem exatamente o

que eles querem. Fazem isto antes dos seus concorrentes e de forma que os seus

produtos se tornem diferentes e atrativos para os clientes, assim terão clientes

satisfeitos e, tendo clientes satisfeitos, terão clientes fiéis.

De acordo com Kotler (2000), as empresas orientadas para o marketing têm uma

preocupação constante com os desejos dos clientes. Quando esses desejos

mudam, as empresas procuram evoluir, orientando-se pelo que os clientes querem,

buscando formas que possam atendê-los.

CONCEITO MARKETING

Conforme Kotler (2000) escreve em seu livro, marketing é um processo por meio das

quais pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e desejam por

meio da criação, oferta e troca de produtos e serviços. Marketing é uma via de duas

mãos entre o mercado e as organizações, em que estas buscam no mercado

informações sobre seus desejos e necessidades, recebendo como retorno, nesta

primeira fase, as informações.

O marketing tornou-se uma força difundida e influente em todos os setores da

economia. Como passo seguinte, as organizações passam a oferecer ao mercado

os produtos e serviços de acordo com os desejos e necessidades dos clientes,

tendo como retorno recursos financeiros e clientes satisfeitos.

Passando o tempo Kotler

1.8. ETAPAS DO PLANEJAMENTO

NEGÓCIO

Identificação e definição do negócio é o início, pois é a base para fundamentar toda

a atividade do planejamento estratégico. “O negócio de uma organização, definem-

se pelos desejos ou necessidades que ela satisfaz quando o usuário ou consumidor

compra seus produtos ou utiliza seus serviços, e não devem se ater a sua razão

social, contratos ou estatutos” (TAVARES, 1991, p.82).

Segundo Tavares (1991) a definição do negócio é sempre uma escolha entre

alternativas, desta forma para definir o negócio deve-se olhar a empresa de fora

para dentro de forma que confronte as demandas do mercado com sua

competência. As pressões externas podem levar a uma constante redefinição do

negócio da organização, pois estas mudanças causam troca das demandas,

fazendo com que a organização se obrigue a mudar, para atender assim a

verdadeira necessidade dos seus clientes, isto é customização.

Segundo Kotler (2006) o negócio precisa ser visto como um processo de satisfação

do cliente, e não como um processo de produção de mercadorias. Os produtos soa

transitórios, mas as necessidades básicas e os grupos de clientes são eternos. O

quadro 1 apresenta diversos exemplos de empresas que passaram a definir seus

negócios tendo como referencia um mercado, e não um produto. Ela destaca a

diferença entre uma definição de mercado alvo e uma definição de mercado

estratégico. Uma definição de mercado alvo tende a focar a venda de um produto ou

serviço.

Quadro 1: Definição de negócio por produto e por mercado.

EMPRESA DEFINIÇÃO POR

PRODUTO

DEFINIÇÃO POR

MERCADO

Missouri – Pacif Railroad Operadores de ferrovia transportamos pessoas

Xerox Fabricamos copiadoras Ajudamos a aumentar a

produtividade dos

escritórios

Standard Oil Vendemos gasolina Fornecemos energia

Columbia Picture Fazemos filme Promovemos

entretenimento

Encyclopaedia Britannica Vendemos enciclopédias Distribuímos Informação

Carrier Fabricamos aparelhos de

ar-condicionado e

aquecedores

Fornecemos controle

climático residencial

Fonte: Norton, 2007, Pg. 45

1.8.2. MISSÃO

A missão representa a razão de ser da organização. A missão não é diretamente

relacionada com o estatuto social da empresa é muito mais abrangente, envolvendo

inclusive expectativas, segundo Oliveira (1999).

Fischmann, (1991) complementa que a definição da missão não é permanente,

podendo, quando necessário, determinar a sua revisão. Para Tavares (1991) o

cliente, usuário ou consumidor são o ponto de partida e o fator mais relevante para a

definição da missão de uma organização. Conforme Tavares (1991, p.88) a

definição da missão serve de critério principal para orientar a tomada de decisão,

definir objetivos e ajudar nas escolhas das decisões estratégicas.

Conforme Chiavenato (1994), a missão funciona como um propósito orientador para

as atividades da organização e para aglutinar os esforços dos seus membros. Serve

para comunicar os objetivos da organização, seus valores básicos e a estratégia

organizacional. Dentro desse contexto, a missão organizacional define o propósito

fundamental e único que a organização tenta seguir e identificar seus produtos ou

serviços e clientes. Assim a missão identifica a razão de ser da organização, isto é,

o que ela representa. Tanto as organizações lucrativas como as não-lucrativas

precisam especificar com muita clareza sua missão. Um dos aspectos da missão de

uma organização é identificar as pessoas que serão as usuárias dos seus serviços

ou produtos.

1.8.3. VISÃO

Para Mintzberg (2000), para definir uma visão o gestor precisa formular uma imagem

mental de um estado futuro, que seja possível e desejável, da organização. Esta

imagem é de visão.

Segundo Oliveira (1999) a visão de uma empresa deve ser as expectativas e os

desejos dos acionistas, conselheiros e elementos da alta administração da empresa,

tendo em vista que esses aspectos proporcionam grandes direcionamentos para o

desenvolvimento do planejamento estratégico e sua implantação.

1.8.4. VALORES

Na criação da estratégia é necessário considerar a influência dos valores das

pessoas e valores da organização sobre a escolha da estratégia a ser seguida. Esta

influência é muito importante analisar, por parte da empresa, na adoção de

conceitos e formulação principalmente se derivados de culturas diferentes daquela

que organização atua. Valores como honestidade, responsabilidade social,

ambiental e econômica são de grande importância que sejam seguidas, por isso a

analise de cada valor deve ser bem estudada por parte da empresa.

Os valores influenciam não apenas o planejamento estratégico, mas todos os

demais aspectos da gestão, e para a vida de todos que trabalham na organização.

1.8.5. ANÁLISE DE AMBIENTE

A análise de ambiente é para visualizar as mudanças no ambiente externo,

econômico, tecnológico, sócio-cultural e político legal da organização que podem

influenciar indiretamente a organização dando assim tempo para o planejamento

prever a entrada destas ameaças ou oportunidades. No ambiente interno, é onde se

identifica as forças e fraquezas que a organização possui como: tecnologia, força de

trabalho e produtividade.

Para Fischmann (1991) ao analisar o ambiente de uma empresa é necessário saber

que o concorrente também faz parte desse ambiente e dependendo de sua atuação

poderão apresentar oportunidades ou ameaças para o desempenho de sua

organização. As informações coletadas podem parecer desencontradas, mas é

necessário fazer uma relação entre elas de forma que conclusões apareçam de

modo claro.

Kotler e Keller (2006) ainda afirmam que: Um objetivo importante da avaliação

ambiental é o reconhecimento de novas oportunidades. Sob muitos aspectos, um

bom marketing é a arte de encontrar, desenvolver e lucrar a partir de oportunidades.

Uma oportunidade de marketing existe quando a empresa pode lucrar ao atender as

necessidades dos consumidores de determinado segmento. Existem três fontes

principais de oportunidades de mercado: oferecer algo cuja oferta seja escassa,

oferecer um produto ou serviço existente de uma maneira nova ou superior e o

lançamento de um produto ou serviço totalmente novo. As empresas podem usar a

analise de oportunidades de mercado (AOM) para determinar a atratividade e a

probabilidade de sucesso de uma oportunidade. No entanto, alguns acontecimentos

no ambiente externo representam ameaças.

1.8.5.1. ANALISE SWOT

Segundo Tavares (1991) a Análise SWOT é uma ferramenta de gestão muito

utilizada por empresas privadas como parte do planejamento estratégico dos

negócios, mas pode ser uma ferramenta de grande utilidade para as organizações

sem fins lucrativos.

O termo SWOT vem do inglês e representa as iniciais das palavras Streghts (forças),

Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Como

o próprio nome já diz a idéia central da análise SWOT é avaliar os pontos fortes, os

pontos fracos, as oportunidades e as ameaças da organização e do mercado onde

ela está atuando.

1.8.5.2. COMO FAZER A ANÁLISE SWOT

Conforme Tavares (1991) a análise é dividida em duas partes: o ambiente externo à

organização (oportunidades e ameaças) e o ambiente interno à organização (pontos

fortes e pontos fracos). Esta divisão é necessária, porque a organização tem que

agir de formas diferentes em um e em outro caso, como veremos a seguir.

O ambiente interno pode ser controlado, já que ele é o resultado de estratégias de

atuação definidas por nós mesmos. Desta forma, quando percebemos um ponto

forte em nossa análise, devemos ressaltá-lo ainda mais; quando percebemos um

ponto fraco, devemos agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito.

Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Isso não

significa que não seja útil conhecê-lo. Apesar de não podermos controlá-lo, podemos

monitorá-lo e procurar aproveitar as oportunidades da maneira mais ágil e eficiente e

evitar as ameaças enquanto for possível.

1.8.5.3. AMBIENTE EXTERNO

Para Oliveira (2007), nesta etapa verificam-se as oportunidades e ameaças que

estão no ambiente da empresa e as melhores maneiras de evitar ou usufruir dessas

situações. Tavares (1991) Acrescenta que o ambiente externo proporciona as

influências mais amplas e mais significativas na organização, de onde derivam as

oportunidades e as ameaças à sua atuação.

O autor complementa que a organização precisa desenvolver sua capacidade de

prever através da exploração dos possíveis cursos dos acontecimentos futuros, com

base na direção e intensidade das forças vistas em ação do presente. Portanto a

ausência desse tipo de comportamento levará a tatear áreas cruciais ou

potencialmente perigosas sem a possibilidade de avaliar seus possíveis impactos na

estratégia adotada. Segundo Kotler (2000), as principais variáveis a serem

consideradas no ambiente externo são:

Variáveis Econômicas

São considerados os fatores econômicos que envolvem o mercado em estudo. Deve

ser levantado até que ponto as variações na economia podem comprometer positiva

ou negativamente o mercado onde a organização atua ou pretende atuar.

Variáveis Demográficas

É importante monitorar a população, pois as pessoas representam o mercado.

Podem ser consideradas, por exemplo, o tamanho e a taxa de crescimento da

população em diferentes cidades e regiões distribuição etária e composto étnico,

níveis educacionais, faixa etária, etc. Variáveis demográficas são os meios mais

populares de distinguir grupos de clientes, disse kotler (2006). Neste caso é avaliado

a idade, sexo, renda, ocupação, grua de instrução, raça e classe social.

Variáveis Culturais

Quer dizer o grau em que a cultura de um mercado pode comprometer a aceitação

de um determinado serviço. Elas envolvem culturas, comportamentos, influência das

religiões, crenças, grau de tecnologia e etc.

Variáveis Tecnológicas

Principalmente nos dias atuais, quando a tecnologia evolui constantemente e quase

que diariamente, este setor deve ser considerado em qualquer análise de ambiente.

As mudanças e as facilidades de acesso à tecnologia fazem com que um produto se

torne obsoleto rapidamente.

Variáveis Político-Legais

As mudanças do ambiente político, que ocorrem constantemente, e das Leis,

principalmente no Brasil, devem ser vistas com grande atenção, pois elas influem

continuamente em uma entidade sindical.

Clientes

A empresa deve estudar seus clientes de perto, deve fazer a pergunta, quem são

meus clientes?

Concorrentes

Concorrência é uma arte de difícil execução, mas de fundamental importância para

se selecionar uma localização. O entendimento das estratégias de localização dos

concorrentes facilitará a determinação da sua própria estratégia, tanto em termos

ofensivos como em eventuais posições defensivas.

Fornecedores

Os fornecedores são um elo importante no sistema geral de entrega de valor da

empresa ao consumidor. Eles provêem os recursos necessários para a empresa

produzir seus bens e serviços, e podem afetar seriamente o marketing.

Esta análise deve estabelecer um sistema de inteligência de marketing para

acompanhar tendências e mudanças importantes. Já a administração precisa

identificar as oportunidades e ameaças associadas a cada tendência ou

acontecimento.

1.8.5.4. AMBIENTE INTERNO

A análise do ambiente da empresa deve ser orientada pelas exigências da atuação

visualizadas no ambiente externo. Tavares (1991) salienta que a análise do

ambiente externo vai revelar áreas de oportunidade e ameaças que vão demandar a

estrutura de ações da empresa voltadas para o seu posicionamento perante essas

duas circunstâncias. A análise interna da empresa é o processo pelo qual o gestor

examina os recursos existentes na organização, para verificar com quais relativas

forças e fraquezas ela poder explorar de forma eficaz as oportunidades e defrontar-

se com as ameaças e coações que o ambiente lhe apresenta.

Dentro de cada empresa, cada setor apresenta suas forças e suas fraquezas e cada

organização, como um todo, também apresenta as suas vantagens e desvantagens

atuais e potenciais.

Marketing

Para analisar de uma forma orientada ao mercado, vamos começar analisando pelo

Mix de marketing (ou composto de marketing) da entidade.

Segundo Kotler (2006) essa ferramenta é classificada em quatro grupos amplos,

denominados os 4Ps do marketing: produto, preço, praça (ou ponto-de-venda) e

promoção (do inglês product, price, place and promotion) como mostra na figura 2.

Figura 2: Mix de marketing

Fonte: Kotler (2007)

Os 4Ps são definidos como:

Produto

O produto deve, com obrigatoriedade, ser o produto desejado pelo cliente, dentro

das suas expectativas e que satisfaçam às suas necessidades.

Preço

O cliente procurará um preço justo, que não deve ser nem muito elevado de modo

que o cliente considere que não vale a pena comprá-lo nem tão baixo que o leve a

pensar que há algo de errado com o produto, a ponto de recusá-lo.

Ponto ou Distribuição

O produto desejado com um preço justo deve estar ao acesso do cliente, isto é, num

local em que ele possa comprá-lo no momento que desejar.

Promocional ou Divulgação

Muitas vezes, propaganda é confundida com marketing. Isso ocorre principalmente

pelo fato de que o composto promocional é a parte do marketing que mais aparece e

é percebida pelas pessoas de uma forma geral, a propaganda além de transmitir

informações sobre os produtos, oferece informações sobre a empresa. A

propaganda é necessária, porque tem a capacidade de informar um grande número

de clientes ao mesmo tempo. É importante, também, pois ajuda o consumidor a criar

ou aumentar a percepção dos atributos dos produtos e dos pontos fortes da

empresa.

Conforme Kotler (2006) a lista de verificações para análise interna deve entrar ainda:

FINANÇAS

Para saber a disponibilidade de capital, fluxo de caixa e estabilidade financeira.

PRODUÇÃO

Instalações, capacidade tecnológica, força de trabalho capaz e dedicada e

habilidade técnica da equipe na execução das estratégias.

ORGANIZAÇÃO

Liderança visionária dos dirigentes, orientação empreendedora e flexibilidade aos

atendimentos das estratégias e dos clientes.

1.9. BSC – BALANCED SCORECARD NA GESTÃO DA ESTRATÉGIA

CONCEITO

Robert S. Kaplan & David P.Norton definiram inicialmente o BSC como um sistema

de mensuração do desempenho e posteriormente, como um sistema de gestão

estratégica.

Nas palavras dos idealizadores do BSC (Kaplan e Norton 1997 p. 19-20).

O Balanced Scorecard é um novo instrumento que integra as medidas

derivadas da estratégica. Sem menosprezar as medidas financeiras do

desempenho passado, ele incorpora os vetores do desempenho financeiro

futuro. Esses vetores, que abrangem as perspectivas do cliente, dos

processos internos, e do aprendizado e crescimento, nascem de um esforço

consciente e rigoroso de tradução da estratégica organizacional em objetivos

e medidas tangíveis.

Podemos definir o balanced scorecard como uma ferramenta que traduz de forma

balanceada e integrada a visão e a estratégia da organização por meio de um mapa

coerente com objetivos estratégicos organizados em diferentes perspectivas

(financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento),

sendo interligados em uma relação de causa e efeito.

1.9.2. SURGIMENTO

O BSC surgiu da necessidade de completar a perspectiva financeira tradicional de

medição do sucesso das organizações, de modo que a visão e a estratégia se

convertam em objetivos, indicadores estratégicos, metais e iniciativas e que o

desdobramento ocorra através de outras perspectivas além da financeira, havendo

um esquema integrado de seguimento e melhora.

O nome Balanced Scorecard reflete o equilíbrio entre os objetivos de curto e longo

prazos; entre medidas financeiras e não financeiras; entre indicadores de tendência

e ocorrências; entre perspectiva interna e externa do desempenho.

Muitos autores têm enfatizado os efeitos negativos que pode ter para as

organizações a utilização exclusiva de indicadores financeiros para medir o

desempenho de seus gestores (Kaplan 1992), muitos motivos tem sido colocados

por diversas razões.

Os indicadores financeiros nos fornecem informações do passado, de atividades que

resultam somente no passado, faltando assim informações importantes e relevantes

para o desempenho atual da organização que serve de balizadores na formação das

novas estratégias.

1.9.3. PERSPECTIVAS DO BSC

Kaplan e Norton estruturam o BSC em quatro perspectivas: financeira, do cliente,

dos processos internos e do aprendizado e crescimento:

1.9.3.1. PERSPECTIVA FINACEIRA

Analisa se a estratégia da empresa está contribuindo para a melhoria dos resultados

financeiros relacionados à rentabilidade, crescimento e valor dos acionistas,

sintetizando as consequências imediatas das ações realizadas. As medidas fazem

parte de uma cadeia de relações de causa e efeito que levam a melhoria do

desempenho financeiro, quando empresa privada.

1.9.3.2. PERSPECTIVA CLIENTE

Analisa o mercado e segmentos, construindo indicadores de satisfação e de

resultados como nível de satisfação, índice de retenção, captação, lucratividade e

participação nos segmentos-alvo. Geralmente as organizações sem fins lucrativos,

tratam esta perspectiva como a principal.

1.9.3.3. PERSPECTIVA PROCESSOS INTERNOS

Analisa os processos críticos identificados para a realização dos objetivos destas

duas perspectivas, incluindo a identificação dos recursos e das capacidades

necessárias para elevar o nível interno de qualidade. Esta perspectiva trata medidas

relativas ao tempo e qualidade do processo, que traduzem o desempenho e os

resultados dos processos responsáveis por atrair e reter clientes em segmentos-alvo

de mercado e por garantir retornos financeiros.

1.9.3.4. PERSPECTIVA DO APRENDIZADO E CRESCIMENTO

Objetiva oferecer a infra estrutura que possibilite a execução dos objetos nas outras

perspectivas determina os ativos intangíveis a serem alinhados e integrados para

criar valor, ou seja, o sucesso dependerá dos investimentos que a empresa fará no

desenvolvimento de seu pessoal (capital humano), no aperfeiçoamento dos sistemas

de informação (capital de informação) e no alinhamento e qualificação dos

procedimentos e rotinas organizacionais (capital organizacional).

1.9.4. MAPAS ESTRATÉGICOS

Os mapas estratégicos oferecem uma representação visual dos objetos

organizacionais e dos seus inter-relacionamentos principais, que são responsáveis

pelo crescimento do desempenho da organização (KAPLAN 2004). Os mapas

servem para mostrar como a organização faz para converter as iniciativas e os

recursos utilizados, o conhecimento dos empregados, em resultados tangíveis.

Com o mapa estratégico, todos os profissionais da organização alinham seus

objetivos e indicadores de desempenho através de uma representação visual,

conforme figura 3.

Figura 3: Mapa estratégico mostrando as quatro perspectivas do BSC – empresas

Fonte: Kaplan e Norton (2004)

1.9.5. RELAÇÃO CAUSA E EFEITO

O modelo de relação causa e efeito entre as perspectivas evoluiu para o mapa

estratégico, que se tornou mapa estratégico, que se tornou uma importante

ferramenta na implementação do BSC – Balanced Scorecard. O mapa estratégico é

uma representação gráfica que mostra a ligação entre as perspectivas, baseando

nas relações de causa e efeito entre os componentes da estratégia de uma

empresa, (KAPLAN 2004)

A relação causa efeito, possibilita a alinhamento e a integração das estratégias,

visualizadas para que assim todos possam entender a interligação das áreas

diferentes.

Figura 4: Processo do Balanced Scorecard para a Southwest Airlines

Fonte: Kaplan e Norton (2004)

1.9.6. BSC PARA SINDICATO

Segundo Kaplan (2000), as organizações sem fins lucrativos, como sindicatos,

enfrentam sérias dificuldades na definição de suas estratégias. Existem documentos

sobre “estratégia” com mais de 50 páginas e boa parte desses documentos, após a

explicitação da missão e da visão, consiste de listas de programas e iniciativas, em

vez de resultados almejados pela organização. Essas entidades precisam

compreender que estratégia não é apenas o que a organização pretende fazer, mas

também o que a organização decide não fazer – mensagem sobremodo relevante

para organização sem fins lucrativos e para órgãos governamentais.

A maioria dos scorecards das organizações sem fins lucrativos e governamentais

destacam temas de excelência operacional. Essas organizações consideram como

premissa a missão vigente e tentam executar suas funções com maior eficiência. É

raro encontrar organizações sem fins lucrativos que concentrem em estratégias

enquadráveis nas modalidades liderança do produto ou intimidade com o cliente.

1.9.7. BSC – MUDANDO A ARQUITETURA DO MAPA

Conforme Kaplan (2000) coloca, a maioria das entidades governamentais e não

lucrativas enfrentam dificuldades com a arquitetura original do balanced scorecard,

na qual a perspectiva financeira é colocada no topo da hierarquia. Considerando que

o sucesso não é o principal objetivo da maioria dessas organizações, é possível

reformular a arquitetura para colocar os clientes no topo da pirâmide.

As organizações sem fins lucrativos devem pensar na inserção de um objetivo

abrangente no alto de seus mapa estratégico, representando seu propósito de longo

prazo. Os objetivos do BSC devem ser orientados para a consecução desses

objetivos de alto nível. Para uma empresa do setor privado, os indicadores

significam responsabilidade perante os proprietários, os acionistas. Entretanto, para

um sindicato, os indicadores financeiros não demonstram se a organização está

cumprindo sua missão. A missão da organização deve ser destacada e avaliada no

nível mais alto do mapa estratégico. A inserção do objetivo abrangente no balanced

scorecard, comunica com nitidez a missão de logo prazo da organização, como

pode ser visto na figura 5.

Figura 5: Estrutura do BSC para organizações do setor público e sem fins lucrativos.

Fonte: Kaplan e Norton (2004)

1.9.8. ETAPAS DO BSC

Segundo Kaplan (1997), as organizações possuem características próprias e

normalmente desejam seguir seu próprio caminho na construção do balanced

scorecard, porém pode-se criar um plano típico e sistemático, pois quando

executado de forma adequada, o processo que contém quatro etapas incentivará o

comprometimento com o scorecard entre os executivos e gerentes, e produzirá um

balanced scorecard útil que os ajudará a alcançar os objetivos.

Elencar os objetivos estratégicos: O BSC deve traduzir a missão e a visão da

empresa em objetivos e medidas tangíveis. Nesta tarefa, o grupo estratégico

deve analisar todo material sobre o negócio, a visão, a missão, a análise de

ambiente, os produtos concorrentes, inovações tecnológicas e etc., todo este

material deve ser utilizado para definir os objetivos estratégicos.

Estabelecer relações entre os objetivos estratégicos: Definir as relações de

causa e efeito, relacionar as medidas de resultados e vetores de desempenho.

Definir metas: Estabelecer metas de superação para processos de atendimento

aos clientes, processos internos, e objetivos de aprendizado e crescimento.

Estabelecer plano de ação: Devido ao seu alcance, complexidade e impacto,

todo novo sistema gerencial deve ser introduzido gradativamente.

2. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO, MISSÃO, VISÃO E VALORES

Todo o planejamento estratégico de uma organização deve ser bem fundamentado

através de uma definição bem clara e objetiva do seu negócio, da sua missão, da

sua visão de futuro e dos seus valores.

Foi realizado uma reunião com a diretoria para reavaliar e definir a missão, visão e

valores da entidade. Como para uma organização sem fins lucrativos o que mais

importa é cumprir sua missão, ela deve ser bem clara e que se enquadre

exatamente na instituição.

NEGÓCIO DO SINDIMETAL

“Representando e desenvolvendo empresas”

O SINDIMETAL não tem negócio, por isso a proposta, é completamente nova e

fundamental para explicitar o âmbito de atuação do Sindicato. É notável que falta a

identificação de patronal, já que o sindicato dos empregados de São Leopoldo

possui o mesmo nome.

MISSÃO DO SINDIMETAL

Atual: Representar, integrar e promover o desenvolvimento da categoria, visando a competitividade e a excelência.

Nova Proposta: Representar, integrar e promover o desenvolvimento das indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico e eletrônico, visando a competitividade e excelência.

A missão do sindicato deve ser o porquê de sua existência, muitas vezes ela está

somente na mente da diretoria, levando assim o corpo executivo a tomar decisões

fora da realidade, sem alinhamento com missão do sindicato. Por isso a missão

deve retratar exatamente o que é o sindicato e deve ser bem divulgada, para que

não haja dúvidas entre todos os envolvidos no processo de gestão do SINDIMETAL.

A missão atual foi bem formada, retratando a razão de existência do SINDIMETAL,

porém não identifica a classe que defende (patronal) e nem a categoria.

2.4. VISÃO DO SINDIMETAL

Atual: “Ser um sindicato representativo e inovador, prestando serviços de excelência

através de pessoas comprometidas e em constante evolução, com foco no

desenvolvimento da categoria e a auto-sustentação do sindicato.”

Nova Proposta: Ser o sindicato mais representativo e inovador na categoria,

prestando serviços de excelência através de pessoas comprometidas, com foco no

desenvolvimento e na sustentabilidade.

A visão deve ser desafiadora, motivadora e inovadora, ao mesmo tempo clara,

abrangente e detalhada para que faça a organização evoluir em suas estratégias e

alcançar um estado futuro desejável e possível.

A ideia de adicionar “o sindicato mais representativo” torna a visão mais arrojada e

agressiva ao mercado, tendo em vista o desafio em ser o sindicato mais

representativo e inovador da categoria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico

e Eletrônico. Também a idéia de inserir a palavra sustentabilidade, traz à tona a

necessidade de ter alguma ação na área econômica, social e ambiental.

2.5. VALORES

Atual:

Representatividade: Representar a Categoria e os Associados, com observância aos limites estatutários e legais.

Confiabilidade: Prestar serviços de excelência aos associados e filiados.

Austeridade: Gerenciar os bens e recursos da Entidade com seriedade, transparência e inovação, sempre resguardando os aspectos da lei.

Nova Proposta:

Representatividade: Representar a Categoria e os Associados, com observância aos

limites estatutários e legais.

Confiabilidade: Prestar serviços de excelência aos associados e filiados.

Austeridade: Gerenciar os bens e recursos da Entidade com seriedade, transparência e inovação, sempre resguardando os aspectos da lei.

Sustentabilidade: Assegurar o desenvolvimento contínuo considerando os aspectos econômico, social e ambiental.

VALORES são princípios de conduta desenvolvidos pelas pessoas em função de

sua vida e educação. Quando uma pessoa age, ela o faz sob influência de um ou

mais valores. Os valores do sindicato são: Representatividade - Representar a

Categoria e os Associados, com observância aos limites estatutários e legais.

Confiabilidade - Prestar serviços de excelência aos associados e filiados.

Austeridade - Gerenciar os bens e recursos da Entidade com seriedade,

transparência e inovação, sempre resguardando os aspectos da lei.

Os valores do SINDIMETAL estão bem colocados, por isso a nova proposta só vem

a somar algo que está latente em todo o mundo, que é a sustentabilidade formada

pelo tripé econômico, social e ambiental.

2.6. ANÁLISE DE AMBIENTE

2.6.2. ANALISE EXTERNA

VARIÁVEL ECONÔMICA

No âmbito econômico, o crescimento da indústria metalmecânica do setor, traz para

o SINDIMETAL aumento de receita, pois a duas fontes são baseadas no cálculo em

cima do capital social e da folha de pagamento e segundo o jornal folha de São

Paulo on-line do dia 10.09.2010, o nível de emprego na indústria subiu pela sétima

vez consecutiva, ao avançar 0,3% em julho, na comparação com junho, informou o

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação ao período em

2009, houve alta de 5,4%, a maior alta da série histórica. No acumulado dos últimos

12 meses, registrou-se queda de 0,5%. De janeiro a julho, a geração de empregos

no setor industrial aumentou, em média, 2,9% em relação a igual período em 2009.

O valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria cresceu 1,9% em

relação a junho, isso quer dizer, houve um crescimento geral. Na comparação com

julho de 2009, verificou-se aumento de 11,2%, a maior taxa desde março de 2004

(12,5%). No acumulado em 12 meses, houve elevação de 1,2%. De janeiro a julho,

verificou-se incremento de 5,6%. Na comparação com igual mês em 2009, o

emprego industrial subiu em todos os 14 locais pesquisados, principalmente em São

Paulo, cujo avanço de 3,9% representou a maior influência. Houve altas

significativas ainda no Rio (9%), regiões Norte e Centro-Oeste (8,1%), região

Nordeste (7,1%) e Rio Grande do Sul (7,1%). Entre os setores, houve avanço em 14

dos 18 ramos industriais. As maiores contribuições vieram das produções de

máquinas e equipamentos (11,7%), meios de transporte (8,8%), produtos de metal

(10,5%), e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%).

Em relação a julho de 2009, o número de horas pagas registrou avanço em todas as

14 regiões avaliadas, e em 14 dos 18 ramos. Em termos setoriais, as principais

contribuições vieram das indústrias de metalurgia básica (16,6%), máquinas e

equipamentos (12,4%) e meios de transporte (10,4%).

Segundo o Jornal Estadão de 08.09.2010, o Brasil é o terceiro destino favorito de

multinacionais que planejam realizar investimentos até 2012, à frente dos Estados

Unidos e da Europa. Os dados foram anunciados no dia 06.09.2010, pela

Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) a partir de uma

pesquisa feita anualmente com 236 empresas multinacionais e 116 agências de

promoção de investimentos pelo mundo. Segundo o levantamento, empresas

multinacionais apostam em uma alta importante no fluxo de investimentos no mundo

nos próximos dois anos, em mais um sinal de que o mercado estaria retomando

confiança depois da crise.

Para as multinacionais, nove dos 15 países preferidos nos próximos dois anos para

investir estão nas regiões emergentes. Pela primeira vez desde que o levantamento

começou a ser feito há dez anos, o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) está entre

os cinco locais preferidos do setor privado para investir. Das 236 empresas

multinacionais que participaram do levantamento, mais de cem apontaram a China

como uma prioridade em seus investimentos. Pequim, portanto, foi de longe o local

preferido pelas empresas para investir nos próximos dois anos. Em segundo lugar

vem a Índia, com pouco mais de 70 empresas indicando o país como o destino

preferido. O Brasil vem então na terceira colocação, uma posição acima da

classificação que havia obtido em 2009 e com 70 empresas indicando o País como

sua prioridade. O Brasil, assim, supera os Estados Unidos, que aparecem pela

primeira vez na quarta posição. Em 2009, o País recebeu US$ 25,9 bilhões em

investimentos diretos. Nos primeiros sete meses do ano, o Banco Central calcula

que o Brasil já tenha recebido US$ 14,7 bilhões em investimentos. A lista dos cinco

primeiros colocados na avaliação das multinacionais é completada pela Rússia,

outro membro dos BRIC, mas com menos de 40 multinacionais colocando a nação

como prioridade. Pelo levantamento, a classificação ainda conta com o México na

sexta colocação, seguido pelo Reino Unido, Vietnã, Indonésia e Alemanha.

VARIÁVEL DEMOGRÁFICA

CIDADE POPULAÇÃO ÁREA ELEITORADO PIB N DE PESSOAS TRABALHANDONOVO HAMBURGO 257.746 22.361 168.531 R$ 16.256,00 92.227 ESTEIO 81.170 2.754 63.003 R$ 23.483,00 22.924 SAPUCAIA DO SUL 126.316 5.864 94.748 R$ 12.892,00 22.118 SÃO LEOPOLDO 211.663 10.231 143.874 R$ 12.852,00 61.756 PORTÃO 30.802 15.994 19.358 R$ 19.805,00 8.184 CAMPO BOM 59.366 6.141 45.239 R$ 19.712,00 23.003 ESTÂNCIA VELHA 43.906 5.238 27.928 R$ 12.187,00 12.901 ARARICÁ 5.181 3.529 3.990 R$ 8.623,00 1.480 NOVA HARTZ 17.772 6.256 12.041 R$ 15.067,00 7.527 SAPIRANGA 78.045 13.752 53.327 R$ 12.064,00 28.717 DOIS IRMÃOS 26.421 6.516 18.973 R$ 18.945,00 12.505 MORRO REUTER 5.985 8.807 4.454 R$ 11.636,00 2.008 SANTA MARIA DO HERVAL 6.476 13.922 4.768 R$ 13.304,00 2.292 IVOTI 20.160 6.314 13.170 R$ 16.863,00 6.775 PRESIDENTE LUCENA 2.526 4.943 1.868 R$ 12.319,00 846 PICADA CAFÉ 5.039 8.509 3.754 R$ 22.240,00 3.669 LINHA NOVA 1.516 6.373 1.196 R$ 10.403,00 312 SÃO JOSÉ DO HORTÊNCIO 4.173 6.411 3.020 R$ 12.051,00 1.045 LINDOLFO COLLOR 5.732 3.306 3.789 R$ 15.507,00 2.836 CAPELA DE SANTANA 11.617 18.400 7.252 R$ 7.072,00 1.122 MONTENEGRO 59.557 42.002 40.466 R$ 20.086,00 19.353 SÃO SEBASTIÃO DO CAI 21.272 11.145 17.462 R$ 15.642,00 7.122 FELIZ 12.198 9.623 9.226 R$ 13.673,00 3.959 BOM PRINCíPIO 11.731 8.824 7.815 R$ 17.000,00 5.424 VALE REAL 5.031 4.420 3.819 R$ 9.624,00 1.207 AUTO FELIZ 3.067 7.920 2.100 R$ 8.036,00 600 PARECI NOVO 3.232 5.741 2.595 R$ 14.741,00 618 HARMONIA 3.785 4.458 3.217 R$ 17.667,00 1.109 MARATÁ 2.542 8.035 2.157 R$ 13.559,00 810 SÃO JOSÉ DO SUL 2.010 6.011 1.629 R$ 11.401,00 313 BROCHIER 4.876 10.970 3.639 R$ 9.350,00 1.181 SALVADOR DO SUL 7.165 9.916 4.839 R$ 19.592,00 2.591 TUPANDI 3.931 5.954 2.671 R$ 20.911,00 1.402 SÃO PEDRO DA SERRA 3.311 3.538 2.539 R$ 10.076,00 953 POÇO DAS ANTAS 2.098 6.210 1.698 R$ 9.907,00 352 BARÃO 5.444 12.450 4.103 R$ 9.448,00 1.650

Fonte: IBGE (2009)

Atualmente, a cidade da base territorial mais populosa é Novo Hamburgo, seguida de São Leopoldo e

Sapucaia do Sul. A maior área de terra está em Montenegro com 42.002m2 com quase o dobro da

segunda colocada que é Novo Hamburgo com 22.361m2.

VARIÁVEL CULTURAL

Na variável cultural o SINDIMETAL enfrenta alguns desafios como:

VARIÁVEL TECNOLÓGICA

VARIÁVEL POLÍTICA

No âmbito político, está em discussão, a PEC 231/95 (Proposta de Emenda à

Constituição) que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e

prevê o aumento do adicional da hora extra de 50% para 75% do valor da hora

trabalhada. Esta proposta foi aprovada por unanimidade pela Comissão Especial da

Câmara e está gerando calorosos debates. A aprovação das 40 horas de trabalho

semanais representa uma ameaça para o sindicato, pois na visão de alguns

empresários do Vale dos Sinos, trará muito desemprego para o setor, pois as

empresas não irão aumentar os turnos, mas investir em automação para manter a

lucratividade e a busca da redução de custos. A última redução do período semanal

de trabalho ocorrida no país foi na Constituição de 1988, quando a jornada foi

reduzida de 48 para 44 horas. Por outro lado, a redução trará um aumento na

tecnologia e na inovação, pois as empresas de robotização irão vender mais e as

empresas grandes de engenharia, irão focar seu processo produtivo na automação,

sendo ela pneumática ou hidráulica.

VARIÁVEL CLIENTE

VARIÁVEL CONCORRÊNCIA

No âmbito da concorrência, o SINDIMETAL não possui ameaças, pelo fato de ser

impossível algum filiado trocar o sindicato por outro, porém para o associado, possui

uma ameaça fraca por parte dos concorrentes, pois os fornecedores de serviços

externos do SINDIMETAL são, em alguns momentos, os mesmo que as associações

comerciais. Porém o associado do SINDIMETAL possui muito subsidio que faz com

que o valor das consultas com as assessorias sejam muito menores em relação aos

concorrentes.

Um sindicato jamais pode ser trocado por outro, a não ser que as empresas de uma

base inteira, de mesma categoria, se reúnam e preparem toda a documentação para

a emancipação de uma base territorial que não esteja sendo bem atendida pelo

sindicato dominante, tudo isso com comprovação documentada. Todo o material

deve ser encaminhado para o ministério do trabalho, onde ainda vai ser julgado

juridicamente.

VARIÁVEL PARCEIRO

3.1.1 ANÁLISE INTERNA

3.1.1.1 ESTRUTURA FÍSICA

A sede do SINDIMETAL é composta de um bloco arquitetônico de 12 (doze)

pavimentos. O pavimento térreo possui 8 (oito) lojas, todas com acesso externo,

mais o hall de entrada do prédio e área de portaria e serviços, além de área para

exposições. Dois pavimentos são de garagem contendo, no total, 46 (quarenta e

seis) boxes de estacionamento e um terraço. O quarto pavimento abriga a sala da

Presidência e a sala nobre, um auditório para 130 (cento e trinta) ocupantes e um

espaço destinado a eventos. A administração do SINDIMETAL localiza-se no quinto

pavimento, no sexto existem salas de treinamento/reuniões. Na cobertura do prédio,

existe uma sala de eventos, com solário e terraço. Segue abaixo a lista de salas

com suas tecnologias:

SALAS DE REUNIÕES: Diversos ambientes climatizados, com flip-chart, quadro

branco, data-show.

SALA DE EVENTOS: Ambiente climatizado com 45 (quarenta e cinco) lugares, com

TV LCD, cozinha equipada com geladeira, freezer, fogão, forno elétrico e

churrasqueira.

AUDITÓRIO: Ambiente climatizado com 118 (cento e dezoito) lugares, palco, som,

data-show, iluminação cênica.

SALÃO DE EVENTOS: Espaço climatizado para eventos empresariais, com

capacidade para 250 pessoas.

3.1.1.2 PRODUTOS/SERVIÇOS

AÇÕES DESENVOLVIDAS (serviços realizados pela equipe interna e parceiros)

PROGRAMA DE EXPOSIÇÕES EM FEIRAS / MISSÕES EMPRESARIAIS

Organizado pelo SINDIMETAL com apoio do Sebrae, visa exposição em feiras

nacionais e internacionais em estandes coletivos . Até hoje foram realizadas 15

exposições com mais de

ENCONTRO DE NEGÓCIOS / PROJETO COMPRADOR

SIPAT COMUNITÁRIA – Semana interna de prevenção de acidentes do trabalho

PALESTRAS - Ocorrem no decorrer do ano, com assuntos pertinentes aos

interesses de empresas e/ou escritórios contábeis.

CAPACITAÇÕESO SINDIMETAL promove para os vários níveis da empresa, o

programa de Capacitação Metalmecânica SINDIMETAL, com as parcerias do

Sebrae, Sesi, Senai, IEL.

GRUPOS DE DESENVOLVIMENTO

PROJETO SETORIAL METALSINOS

Projeto do Sebrae no qual o SINDIMETAL é parceiro estratégico, visando o

desenvolvimento das micro e pequenas empresas inseridas na cadeia da indústria

metalmecânica do Vale do Sinos, Caí e Encosta da Serra através da realização de

ações de acesso a mercados, da inovação e aperfeiçoamento do processo produtivo

e da implementação de práticas de excelência em gestão.

DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL - DEMETAL

O Projeto DEMETAL, consiste num programa de qualificação de fornecedores para

grandes empresas associadas. É também uma grande oportunidade de negócios

para as pequenas e médias empresas associadas.

VALEMETALSINOS

É formado por indústrias do setor metalmecânico e acolhe Micro e Pequenas

Empresas (MPE´s) de atividades diversas, mantendo ações, programas,

treinamentos e capacitações no grupo.

FUNDI/RS

Atua como o Valemetalsinos, porém as indústrias que fazem parte desse grupo são

específicas das diversas atividades de fundição em ferro, aço, alumínio, zamac e

etc, fundidos em areia ou injetados. Também participam desse grupo os fabricantes

de moldes para fundição.

METAL VALLEY

Esse grupo tem o objetivo de capacitar as empresas para os processos da

exportação e importação e recebe empresas de todas as atividades econômicas do

setor, com a proposta de qualificá-las, independente de estarem ou não exportando.

CENTRAL DE NEGÓCIOS

Ferramenta gerencial colocada à disposição das empresas associadas ao

SINDIMETAL, para realização de compras em conjunto, aproveitando o volume

gerado pelo grupo para obter, através de negociação presencial com os

fornecedores, redução de custos na aquisição de produtos e/ou serviços.

GRUPO DE RECURSOS HUMANOS

Formado por executivos de Recursos Humanos das empresas associadas ao

SINDIMETAL, discutem assuntos pertinentes à área, com o apoio da entidade.

GRUPO DE PREVENÇÃO EM SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE - SSMA

Projeto que visa apoiar e integrar as empresas associadas, nas questões de

segurança do trabalho e meio ambiente. Está direcionado à profissionais

encarregados ou responsáveis nestas áreas em suas respectivas empresas.

GRUPO TRIBUTÁRIO

Tem o objetivo de discutir as questões tributárias que afetam o cotidiano das

empresas.

FÓRUM DE DIRETORES INDUSTRIAIS

O grupo composto por empresários e executivos de empresas de grande porte, tem

como finalidade ampliar os conhecimentos de gestão empresarial através da troca

de experiências entre os seus participantes.

FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇAS

Objetiva estimular o espírito de liderança e a troca de experiências entre os

participantes, que são compostos por jovens empresários, geralmente filhos de

empresários, que já estão atuando nas empresas associadas do SINDIMETAL.

SERVIÇOS EXTERNOS

CONSULTORIA JURÍDICO-TRABALHISTA CONSULTORIA JURÍDICO-TRIBUTÁRIA ASSESSORIA JURÍDICA PREVIDENCIÁRIA PERÍCIA EM CÁLCULOS TRABALHISTAS ASSESSORIA EM SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO ASSESSORIA EM MEDICINA DO TRABALHO

ASSESSORIA EM PLANEJAMENTO & CONTROLADORIA E CONTABILIDADE FISCAL

3.1.1.3 MERCADO DO SINDIMETAL

O SINDIMETAL possui 2090 empresas filiadas e 177 associadas espalhadas em 35 municípios. Veja na figura 3 abaixo:

3.1.1.4 FORÇA DE TRABALHO

O SINDIMETAL possui 14 profissionais

3.1.1.5 GESTÃO

O SINDIMETAL utiliza a metodologia de planejamento estratégico desde 2004, onde foi responsável pela maioria das ações. Na parte de gestão humana existe aplicação dos 5 S`s, controlando através de avaliações bimensais. No controle financeiro e contábil é realizada uma auditoria externa todos os meses para conferência das entradas e saídas.

3.1.1.6 MATERIAL DE DIVULGAÇÃO

3.1.1.7 AÇÕES SOCIAIS

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Aqui são apresentadas as conclusões e as considerações finais do autor com

relação ao projeto.

BIBLIOGRAFIA

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