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Ciência dos Materiais Estrutura Cristalina Difração de raios X Professora: Maria Ismenia Sodero [email protected]

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Ciência dos Materiais

Estrutura Cristalina – Difração de raios X

Professora: Maria Ismenia Sodero

[email protected]

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Assuntos abordados

• Coordenação atômica

• Arranjo das estruturas sólidas: cristalinos ou amorfos;

• Sistemas cristalinos e redes cristalinas

• Como a densidade dos materiais dependem da estrutura?

• Como as propriedades dos materiais variam com a estrutura e/ou orientações dos átomos

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Energia e Empacotamento

Baixa densidade, empacotamento aleatório

Alta densidade, empacotamento ordenado

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Estruturas Cristalinas

Em geral, todos os metais, grande parte dos cerâmicos e certos polímeros

cristalizam-se quando se solidificam. Os átomos se arranjam em uma

estrutura tridimensional ordenada e repetida. Estas estrutura chamam-se

cristais.

Estes materiais cristalinos, têm uma estrutura altamente organizada. Se esta

ordem não existe o material é dito não-cristalino ou amorfo, nos quais não

há ordem de longo alcance.

Fronteira entre dois cristais de TiO2.

Note a organização geométrica dos átomos.

Carbono amorfo.

Note a desorganização na posição dos átomos.

2nm

Cristal 1

Cristal 2

Fronteira

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Policristalino

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Exemplo de Aplicação de Material Monocristalino:

Paletas de superligas à base de níquel para turbina de

alta-pressão em turbinas aeronáuticas.

Paletas de superliga à base de níquel da

turbina de alta pressão.

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Exemplo de Aplicação de Material Policristalino: Chapas laminadas de aço

para indústria da linha branca – geladeira; fogão; micro-ondas.

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Exemplo de Aplicação de Material Amorfo

A estrutura amorfa é geralmente observada em materiais que

poderiam apresentar estrutura cristalina se solidificados sob

condições especiais.

Alguns compostos cerâmicos a base de óxidos, silicatos, boratos e

aluminetos formam estrutura vítreas em condições normais de

solidificação.

A sílica é o exemplo clássico de material que em

condições especiais pode exibir o processo de

cristalização e formar o quartzo. Por outro lado, se o

resfriamento da sílica, a partir do líquido, ocorre em

condições normais, a estrutura resultante é amorfa;

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Exemplo de Aplicação de Material Amorfo

Outra classe de materiais sólidos que apresentam a estrutura amorfa

de grande interesse tecnológico são os metais amorfos ou vidros

metálicos.

Começaram a ser desenvolvidos na década de 60, obtidos a partir do

estado líquido por resfriamento ultra-rápido, com taxas de

resfriamento próximo a um milhão de graus por segundo.

Como são constituídos por elementos metálicos, ligados por ligações

metálicas, eles apresentam elevada condutividade elétrica e térmica,

e são geralmente dúcteis. Não são transparentes e frágeis como os

vidros.

A resistência mecânica destes materiais é bastante elevada,

chegando próxima do valor teórico.

Aplicações: lâminas de barbear, cutelaria, bio implantes, eletrodo

para células eletrolíticas, vasos de reatores químicos;

Os cientistas agora descobriram que os átomos dos

vidros metálicos tendem a se agrupar em torno de um

átomo central, em grupos de sete a quinze, formando

desenhos tridimensionais conhecidos como poliedro

de Kasper. Ou seja, os átomos não se organizam de

forma totalmente aleatória!

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Célula Unitária e Parâmetros Cristalinos

A célula unitária é o menor volume repetido no interior de um

cristal. Normalmente, mas não necessariamente,

posicionada com um átomo em cada vértice.

A célula unitária é escolhida para representar a simetria da

estrutura cristalina

A geometria da célula unitária é completamente definida em

termos de seis parâmetros: os comprimentos das três

arestas, a, b e c, e os três ângulos entre os eixos: α, β e

.

Célula Unitária

Rede Espacial

Várias unidades estruturais que descrevem

esquematicamente a estrutura cristalina.

A unidade estrutural mais simples é a célula

unitária.

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Célula unitária

Unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional

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Sistemas Cristalinos

A descrição das estruturas cristalinas por meio de

células unitárias tem uma vantagem importante.

Todas as estruturas possíveis se reduzem a um

pequeno numero de geometrias básicas de

células unitárias;

Os cristais cúbicos têm modelos idênticos ao longo

de três direções perpendiculares. A maioria dos

metais e um grande número de materiais

cerâmicos são cúbicos.

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As 14 Redes de Bravais

Cúbica Simples Cúbica de Corpo

Centrado

Cúbica de Face

Centrada

Tetragonal Simples Tetragonal de

Corpo Centrado

Ortorrrômbica

Simples

Ortorrrômbica de

Corpo Centrado

Ortorrrômbica de

Base Centrada

Ortorrrômbica de

Face Centrada

Romboédrica Simples

Hexagonal Monoclínica

Simples

Monoclínica de Base

Centrada

Triclínica

Redes Cristalinas = posicionamento dos átomos em entidades geométricas

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Reticulado cúbico

Os cristais cúbicos possuem um dos três seguintes tipos de reticulados: Cúbico Simples (CS), Cúbico

de Corpo Centrado (CCC) e Cúbico de Face Centrada (CFC);

O reticulado é uma repetição nas três dimensões do modelo desenvolvido no interior do cristal. A

maioria significativa dos metais possui reticulado CCC ou CFC;

O fator de empacotamento atômico (FEA) define a fração de volume da célula unitária que é ocupada

pelos átomos (supondo os mesmos como esferas rígidas);

BCC FCC HCP

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Estruturas Cristalinas dos Metais

• Como a ligação metálica é não direcional não há grandes restrições quanto

ao número e posição de átomos vizinhos. Assim, os metais terão NC (número

de coordenação) alto e empilhamento compacto.

• Geralmente formados de um mesmo elemento – raio atômico igual;

• Daqui para frente representaremos os átomos como esferas rígidas que se

tocam. As esferas estarão centradas nos pontos da rede cristalina.

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Estrutura Cúbica Simples (CS)

Rara devido ao baixo fator de empacotamento ( apenas o Polônio possui

esta estrutura);

Alinhamento dos centros dos átomos em todas as camadas – Ocupação

de 52% do espaço.

Número de átomos na célula unitária

Na= 8x(1/8) = 1

NC (numero de vizinhos) = 6

FEA = Fator de empacotamento atômico

(APF - atomic packing factor)

3

3

3

3

4)(

)1()(

)(

)(

a

RátomosN

a

átomoVátomosN

célulaVolume

átomosVolumeFEA

Parâmetro de redea

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A rede ccc

A rede cúbica de corpo centrado é uma rede cúbica na qual existe um

átomo em cada vértice e um átomo no centro do cubo. Os átomos se

tocam ao longo da diagonal.

Número de átomos na célula unitária

Na= 1 + 8x(1/8) = 2

NC = 8

1/8 de átomo1 átomo inteiro

Ra

FEA = Fator de empacotamento atômico

(APF - atomic packing factor)

3

3

3

3

4)(

)1()(

)(

)(

a

RátomosN

a

átomoVátomosN

célulaVolume

átomosVolumeFEA

68,08

3

33

64

3

8

3

4

3

42

3

3

3

3

R

R

R

R

FEAccc

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Relação entre a e r

CCC

3

4Ra

Fundamentos da Ciência e

Engenharia dos Materiais

William F. Smith/Javad Hashemi

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A rede cfc

A rede cúbica de face centrada é uma rede cúbica na qual existe um átomo

em cada vértice e um átomo no centro de cada face do cubo. Os átomos

se tocam ao longo das diagonais das faces do cubo.

Número de átomos na célula unitária

Na= 6x1/2 + 8x(1/8) = 4

Relação entre a e r

4R = a2 => a = 2R2 NC = 12

Fator de empacotamento atômico

FEAcfc = Volume dos átomos = 0.74

Volume da célulaA rede cfc é a mais compacta

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Relação entre a e r

CFC

2

4Ra

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Direções compactas:

comprimento = 4R = 2 a

Célula unitária contém:6 x 1/2 + 8 x 1/8

= 4 atoms/célula

a

2 a

• Fator de empacotamento da CFC = 0,74

(valor máximo de fator de empacotamento)

Estrutura Cúbica de Face Centrada - CFC

FEA=

4

3 ( 2a/4)34

átomos

célula átomo

volume

a3

célula

volume

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A rede hexagonal compacta

A rede hc pode ser representada por um prisma com base hexagonal,

com átomos na base e topo e um plano de átomos no meio da altura.

Número de átomos na célula unitária

Na= 12x1/6 + 2x(1/2) + 3 = 6

Relação entre a e r

2R = a

FEA = 0.74 NC =12

A rede hc é tão compacta quanto a cfc

a

c

c/2

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Empilhamento CCC

Estrutura cristalina CCC mostrando (a) o plano (100) e (b) uma seção do plano (110). Note-se que esta não é uma

estrutura de máximo empacotamento, mas que as diagonais são direções de máximo empacotamento.

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Empilhamento para HC

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Empilhamento para CFC

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Empilhamento CFC e HC

Formação das estruturas cristalinas HC e CFC, alterando o empilhamento dos planos atômicos de máximo

empacotamento. (a) Plano A contendo interstícios dos tipos a e b entre os átomos, (b) o segundo plano B está

localizado sobre os interstícios do tipo a do plano A, (c) terceiro plano: outro plano A é empilhado sobre os interstícios

b do plano B, para formar a sequência de empilhamento da estrutura cristalina HC, (d) terceiro plano (alternativa): um

plano C é organizado sobre os interstícios a do plano B, de modo a obter a sequência de empilhamento da estrutura

cristalina CFC.

CFC: empilhamento do tipo ABCABC... HC: empilhamento do tipo ABAB...

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Prof. Julio Cesar Milan

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Resumo estrutura cristalina metais

Características de estrutura cristalina de alguns metais

Ciência e Engenharia dos Materiais – Askeland e Phulé

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Pontos, Direções e Planos Cristalográficos

Existem algumas regras básicas para descrever a geometria em e ao redor de uma

célula unitária. Essas regras e as notações associadas são usadas uniformemente

pelos cristalógrafos, geólogos, cientistas de materiais. O que vamos aprender é,

então um VOCABULÁRIO que nos permite comunicar de forma eficiente sobre a

estrutura cristalina. Esse vocabulário será útil quando começarmos a lidar com

propriedades sensíveis à estrutura.

(a) Eixos ortogonais x, y, z utilizados para localizar as posições dos átomos nas células

unitárias cúbicas. (b) Posições atômicas na célula unitária CCC. Fundamentos da Ciência e

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• A posição de qualquer ponto localizado no interior de uma célula unitária

pode ser especificada em termos das suas coordenadas na forma de

múltiplos fracionários dos comprimentos das arestas das células unitárias

(isto é, em termos de a, b e c).

• O que significa um ponto de coordenadas ¼ 1 ½ ?

Coordenadas dos pontos

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DireçõesAs seguintes etapas são consideradas para determinação dos

índices direcionais:

1- Um vetor com comprimento conveniente é posicionado de maneira tal

que ele passe através da origem do sistema de coordenadas;

2- São determinados os comprimentos das projeções do vetor sobre

cada um dos três eixos; esses são medidos em termos das

dimensões a, b e c da célula unitária;

3- Esses três números são multiplicados ou divididos por um fator

comum, para reduzi-los aos menores valores inteiros;

4- Os três índices, sem separação por vírgulas, são colocados entre

colchetes: [uvw].

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Planos

Para identificar os planos cristalinos usar-se o sistema de notação de Miller, que são definidos como

os inversos das interseções fracionarias que o plano faz com os eixos cristalográficos x, y e z;

Procedimento:

1- escolher um plano que não passe pela origem (0,0,0);

2- determinar as interseções do plano com os eixos cristalográficos x, y e z do cubo unitário;

3- obter os inversos destas interseções;

4- reduzir as frações ao mesmo denominador e determinar o menor conjunto de números inteiros que estejam na

mesma proporção das interseções.

Índices de Miller de alguns planos importantes em cristais cúbicos (a) (100), (b) (110) e (c) (111).

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FAMÍLIA DE PLANOS {110}

É paralelo à um eixo

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FAMÍLIA DE PLANOS {111}

Intercepta os 3 eixos

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Exemplo: para um cristal de cobre CFC (a=0.361), a direção [110] intersecção de dois meios

diâmetros e um átomo (diâmetro) inteiro. Portanto, intersecciona 2 átomos.

Cálculo da densidade linear

DL=𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜

mm

atoms

nm

atoms

nm

atoms 61092.392.3

361.02

2

DL

nm

a

361.02 linha da ocompriment

2 linha da ocompriment

Esquema para determinação linear na direção

[110] em uma célula unitária CFC

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Cálculo da densidade planar

DP=𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑢𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜

á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜

(a) célula unitária CCC com as posições atômicas,

indicando-se pelo sombreado o plano (110);

(b) áreas dos átomos cortados pelo plano (110)

em uma célula unitária. Fundamentos da Ciência e

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222 (110) plano do Area aaa

p 2

287.02

2=

2

13

2

1072.12.17

mmnm

atoms

Exemplo: Ferro BCC, a=0,287

O plano (100) intersepta o centro de 2

atomos (4 x ¼ ) + 1 = 2 atoms

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Densidade Teórica

Densidade = =𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎

n= número de átomos/cel. unit.

A= massa atômica

Vc = volume da cela unit. = a3 para as cúbicas

NA= numero de Avogadro

𝜌 =𝑛𝐴

𝑉𝑐𝑁𝐴

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Densidades das classes de materiais

metais > cerâmicas > polimeros

Metais:

• Alto empacotamento (FEA) - (ligação metálica);

• Elementos de alta massa atômica

Cerâmicas:

• Baixo FEA;

• Elementos leves

Polímeros:

• Baixo FEA – ou amorfos

• Elementos leves (C, H, O)

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Alotropia (elemento puro) do Fe

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Estrutura Cristalinas de Materiais Iônicos

• Vários materiais cerâmicos contém uma fração considerável de ligações iônicas entre ânions e

cátions. Esses materiais precisam ter estruturas cristalinas que assegurem neutralidade elétrica,

mas permitam um empacotamento eficiente de íons de diferentes tamanhos.

• As estruturas cristalinas iônicas podem ser consideradas estruturas compactas de aníons, que

formam tetraedros ou octaedros, permitindo que os cátions se encaixem em seus interstícios.

• Balanço de cargas;

Estrutura do Cloreto de Césio

Possui uma estrutura cubica simples, na qual o

interstício cúbico é ocupado pelo Aníon Cl-

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Características dos íons

Duas características dos íons influenciam na

estrutura:

- Magnitude da carga elétrica dos íons:

- O cristal deve ser eletricamente neutro;

- A formula química define a quantidade de

cátions e ânions.

- Tamanho relativo dos cátions e ânions:

- Cada cátion prefere ter tantos ânions como

vizinhos mais próximos quanto possível e vice-

versa;

- Numero de coordenação: número de ânions

vizinhos mais próximos para um cátion, está

relacionado com a razão entre os raios do

cátion e do ânion.

(Extraído de W.D. Kingery, H.K. Bowen and D.R. Uhlmann, “Introduction to Ceramics”, 2. ed.,

Wiley, 1976. Reimpresso com permissão de John Wiley & Sons, Inc.)

(De W.D. Kingery, H.K. Bowen, and D.R. Uhlmann, “Introduction to Ceramics”, 2. ed., Wiley,

1976. Reimpresso com permissão de John Wiley & Sons, Inc.)

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Interstícios

(W.D. Kingery, H.K. Bowen, and D.R. Uhlmann, “Introduction to Ceramics”, 2. ed., Wiley, 1976.

Reimpresso com permissão de John Wiley & Sons, Inc.)Espaços intersticiais em retículos estruturais cristalinos de CFC e HC.

(a) Espaço intersticial octaédrico formado ao centro, onde seis átomos se tangenciam.

(b) Espaço intersticial tetraédrico formado ao centro, onde quatro átomos se tangenciam.

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No interstício octaédrico, há seis átomos ou íons equidistantes do centro do espaço vazio.

Recebe este nome porque os átomos ou íons no entorno do centro do espaço vazio formam

um octaedro (oito lados);

No espaço tetraédrico, há quatro átomos ou íons equidistantes do centro do espaço vazio,

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Localização dos interstícios

• Os interstícios octaédricos em células unitárias CCC estão localizados nas faces do cubo;

• Os interstícios octaédricos em células unitárias CFC estão localizados dentro de cada aresta

do cubo, assim como no centro da própria célula unitária;

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Estruturas Tipo AXEstrutura do Cloreto de Sódio

• Números iguais de cátions e de ânions;

• Cada cátion central está circundado por 6 ânions Cl- (NC=6)

– coordenação octaédrica.

• Outros exemplos: MgO, CaO, NiO e FeO.

(a) Célula unitária do sítio do retículo do NaCl indicando as posições dos íons Na+ (raio =

0,102 nm) e Cl– (raio = 0,181 nm). (b) Octaedro ilustrando a coordenação octaédrica de seis

ânions Cl– em torno de um cátion Na+. (c) Célula unitária de NaCl truncada.

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Estruturas Tipo AX

Estrutura do Cloreto de Césio

• Números iguais de cátions e de ânions;

• Cada cátion (Cs) central está circundado por 8 ânions Cl- (NC=8) – coordenação cúbica.

• Não é uma estrutura cristalina CCC, pois estão envolvidos íons de dois tipos diferentes.

• Outros exemplos: CsBr, AgMg.

A célula unitária estrutural cristalina do cloreto de césio (CsCl). (a) Célula unitária de posição

iônica. (b) Célula unitária de esfera rígida. Nesta estrutura cristalina, oito íons de cloreto

circundam um cátion em posição central com coordenação cúbica (NC = 8). Nesta célula

unitária, há um íon Cs+ e um íon Cl–.

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Engenharia dos Materiais

William F. Smith/Javad Hashemi

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Estruturas Tipo AX

Estrutura da Blenda de Zinco

(Extraído de W.D. Kingery, H.K Bowen, and D.R. Uhlmann, “Introduction to Ceramics”, 2.

ed., Wiley, 1976.

Reimpresso com permissão de John Wiley & Sons, Inc.)

Estrutura cristalina da blenda de sulfeto de zinco (ZnS). Nesta célula unitária os átomos de

enxofre ocupam os sítios atômicos das células unitárias CFC (equivalente a quatro átomos).

Os átomos de zinco ocupam metade dos sítios tetraédricos intersticiais (quatro átomos). Cada

átomo de Zn ou S possui um número de coordenação de 4 e é ligado covalentemente aos

outros átomos.

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William F. Smith/Javad Hashemi

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Cerâmicas a base de silicatos

O arranjo de ligação atômica (iônica) do

tetraedro do SiO44–.

Nesta estrutura, quatro átomos de oxigênio

circundam um átomo central de silício. Cada

átomo de oxigênio possui um elétron extra, e

então uma carga negativa para ligar a outro

átomo.

Estrutura da alta cristobalita, que é uma forma de sílica (SiO2). Note

que cada átomo de silício é circundado por quatro átomos de

oxigênio e que cada átomo de oxigênio forma parte de dois

tetraedros SiO4.

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CarbonoGrafita

A estrutura da grafita cristalina. Composta por átomos de

carbono que seguem um arranjo hexagonal, dentro destas

camadas, cada átomo de carbono está ligado através de fortes

ligações covalentes a três átomos vizinhos coplanares. O

quarto elétron de ligação tem uma ligação do tipo van der

Walls, entre as camadas.

• Anisotrópica = propriedades dependentes da direção;

• Baixa densidade;

• Bom condutor térmico, no plano da base;

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CarbonoDiamante

• Cada átomo de carbono se liga a quatro

outros átomos de carbono e essas ligações

são totalmente covalentes;

• O diamante é isotrópico, possui maior

densidade (3,51g/cm3).

• Material natural mais rígido, mais duro e de

menor compressibilidade.

• Possui altíssima condutividade térmica,

porém valores mínimos de condutividade

elétrica;

• A estrutura é uma variante da blenda de

zinco, no qual os átomos de carbono ocupam

todas as posições (tanto do Zn quanto do S).

Célula unitária para estrutura cristalina do diamante

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William Callister

Observe que o diamante não possui ligações duplas, mas os seus carbonos possuem

hibridização sp3(tetraédrica), portanto seus cristais são arranjos desses tetraedros, cuja

conformação atômica dificulta o trânsito dos elétrons de modo linear e, portanto, torna o

diamante um mau condutor de eletricidade.

O que você espera em termos de condutividade elétrica do Diamante?

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CarbonoFullerenos/nanotubos

Muito semelhante a uma bola de futebol, que é feita de 12

pentágonos e 20 hexágonos;

Em cada ponto de junção, um átomo de carbono é ligado

covalentemente a três outros átomos.

A estrutura consiste de 60 átomos de carbono

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James F. Shackelford

Um esquema de um nanotubo, que consiste em uma

única lâmina de grafite, enrolada na forma de um tubo,

e com ambas as extremidades tapadas por hemisférios

C60 de fullerenos

São extremamente resistentes e rígidos (módulo de

elasticidade são da ordem de 1TPa=103GPa, além de

relativamente dúcteis;

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Determinação de estruturas cristalinas

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William F. Smith/Javad Hashemi

O FENÔMENO DA DIFRAÇÃO

Reflexão de um feixe de raios X pelos planos (hkl)

de um cristal (a) Se o ângulo de incidência for

arbitrário, não se produz feixe refletido; (b) Para o

ângulo de Bragg q, os raios refletidos estão em fase

e se reforçam uns aos outros; (c) O mesmo que (b),

exceto que se omitiu a representação das ondas.

Esquema da seção longitudinal de

uma ampola de raio X de filamento.

lkhd

a

hkl222

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Difração

Difração é um fenômeno de interferência

+

=

+

=

Interferência Construtiva

Interferência Destrutiva

Interferência Construtiva

Interferência Destrutiva

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Análise de estruturas por difração de raios X

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LEI DE BRAGG

𝑑ℎ𝑘𝑙 =𝑎

ℎ2 + 𝑘2 + 𝑙2

Estrutura cristalina cúbica

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MEMAT - UNIFOA

Amorfo Cristalino

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MEMAT - UNIFOA

Carbono

grafite diamante