Ciência e Tecnologia de Vácuo Aula 2 Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares As...
-
Upload
milton-lorenzo-de-lacerda-veiga -
Category
Documents
-
view
216 -
download
0
Transcript of Ciência e Tecnologia de Vácuo Aula 2 Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares As...
Ciência e Tecnologia de Vácuo Aula 2
Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares
• As constantes colisões entre as moléculas produzem uma variada distribuição de velocidades.
• Na colisão entre 2 moléculas, com velocidades v1 e v2, a energia cinética total é conservada, ou seja:
• mesmo se as velocidades 1 e 2 forem diferentes.
fi
vvmvvm
22
22
21
22
21
Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares
• A distribuição de velocidades de Maxwell e Boltzmann é expressa por:
• O termo fv representa o número (a fração) de moléculas com velocidade entre v e v+dv, por unidade de velocidade.
• Derivando fv em função da velocidade v, resulta em:
kT
mv
v evkTmf
dvdn
n22
23
21
2
241
022
4 232
3
21
2
kTmv
v ekTmvv
kTm
dvdf
Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares
• A velocidade mais provável será então:
• que representa que mais moléculas tem esta velocidade (vp) do que qualquer outro valor de velocidade. O valor de vp é diferente da velocidade média aritmética (vm) e da velocidade quadrática média (v2
m).
21
2
mkTvp
Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares
• A velocidade média (aritmética) é encontrada segundo uma média ponderada:
• A velocidade quadrática média é obtida de modo análogob:
p
v
v
m vmkT
dvf
dvvfv 128,122 21
21
0
0
pqm
v
v
vmkTvv
mkT
dvf
dvfvv 225,133 21
0
0
2
2
Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares
• Cada uma dessas velocidades é de interesse por representar a conduta de um gás dependendo do tipo de processo sob consideração.
• Quando as moléculas influenciam diretamente o processo através da sua velocidade (ex: fluxo de gases), a média aritmética é utilizada.
• Quando a energia cinética das moléculas influenciam no processo (pressão) a velocidade quadrática média deverá ser utilizada.
OBS: a velocidade quadrática média difere da velocidade média (aritmética) pois é resultado das raiz quadrada da soma de quadrados de velocidades: vqm=(v1
2+v22+...vn
2)1/2
Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares
• A velocidade média do oxigênio pode ser obtida, sabendo que k/m=R/M, e que o peso molecular é M = 32 g/mol, e que T = 300 K, temos:
sm10.45,4
sm 10.45,122
2
214
21
21
m
m
v
MT
MRTv
Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares
• Já a velocidade quadrática média do oxigênio pode ser obtida, sabendo que k/m=R/M, e que o peso molecular é M = 32 g/mol, e que T = 300 K, temos:
sm
MRT
mkTvqm 44,48333 2121
Teoria Cinética Distribuição de Velocidades Moleculares
Teoria Cinética Taxa de Incidência Molecular
• Em uma dimensão a distribuição de velocidades é dada por:
• O número de moléculas que colidem com um elemento de superfície (área) perpendicular a direção x, por unidade de tempo é dado por:
kT
mv
xvx
xx
ekTmvf
dvdn
n22
1 2
2)(1
0
xxdnv
Teoria Cinética Taxa de Incidência Molecular
• Temos:
• Sabendo que o número de moléculaspor unidade de volume é:• E que:
scmmkTn
.moléculas 2
2 2
21
21
RTpNn A
21
21
22
mkTvm
21
21
212
mkTvm
Teoria Cinética Taxa de Incidência Molecular
• Resulta em:
• Se for feito um furo de área A na parede do recipiente que contem o gás, e se externamente a densidade de moléculas for zero, o número de moléculas do gás que deixam o recipiente será de:
scmmoléculas
MTpnvm .
10.513,341
22122
snA
MTAnvAq m
moléculas 10.64,341 21
3
Teoria Cinética Livre Caminho Médio
• Durante o movimento as moléculas colidem entre si. A distância média percorrida por uma molécula entre colisões sucessivas é chamda de livre caminho médio.
• Uma molécula tendo um diâmetro 2d e uma velocidade v, percorre uma distância v.dt no tempo dt. Se a molécula caminhar v.dt, varerrá um volume dado por:
2d
v.dt
dtvddV ... 2
Teoria Cinética Livre Caminho Médio
• A condição para haver uma colisão com outra molécula é que o centro dessa última se encontre em algum lugar dentro desse volume. Toda vez que isso acontecer, a densidade do gás será dada por:
movimento em estiverem gás do moléculas
as todasquando 2
1por domultiplicaser deve que ,..
: temos, que sabendo e ,..
1v.dt
:por dado será médio caminho livre o e...
1
2
2
2
pdkT
kTpn
nd
dtvdVN
cmdtorrp
Teoria Cinética Viscosidade de um Gás
• Considere que um gás esteja confinado entre duas placas, uma estacionária e a outra se movendo com velocidade vo, conforme o desenho abaixo:
F
yv
vo
Teoria Cinética Viscosidade de um Gás
• Cada camada de gás exerce uma força tangencial nas camadas adjacentes, tendendo a retardar o movimento da mais rápida e aumentar a velocidade da mais lenta. Essa propriedade do gás é chamada de viscosidade e as forças devidas a viscosidade chamam-se de forças viscosas. Podemos entender o conceito de viscosidade como uma interação entre camadas que se processa por meio das colisões entre as moléculas do gás.
• Se duas placas forem suficientemente extensas, a velocidade v do gás dependerá somente de y:
)(yvv
Teoria Cinética Viscosidade de um Gás
• Experimentalmente verifica-se que a força viscosa F em qualquer ponto do fluido é dada pela equação:
• Onde A é a área da camada (igual a área das placas) e η é a viscosidade do gás.
• Num tubo longo de seção reta circular no qual se estabelece um fluxo de gás as camadas de fluxo tem a forma de cascas cilíndricas cujo eixo comum é o eixo do tubo.
dydvAF
Teoria Cinética Viscosidade de um Gás
• Num tubo longo de seção reta circular no qual se estabelece um fluxo de gás as camadas de fluxo tem a forma de cascas cilíndricas cujo eixo comum é o eixo do tubo.
rv
Teoria Cinética Viscosidade de um Gás
• A velocidade do gás é máxima no eixo e se anula nas paredes. O perfil de velocidades é uma parábola. O valor de η para um determinado gás, em função da temperatura absoluta T, do diâmetro molecular d e da massa m, pode ser expresso por:
r v
21
3232
31
mkTd
nmvmÉ interessante que a viscosidade de um gás aumenta com a
temperatura
Tecnologia de Vácuo
• Tecnologia de vácuo trata de gases em movimento, portanto é fundamental que façamos previsões qualitativas e quantitativas sobre seus escoamentos
Escoamento de Gases
Velocidade de bombeamento
• A velocidade de bombeamento (S) é definida como o volume de gás que atravessa uma seção tranversal de um tubo, num dado intervalo de tempo.
PQ
sL S
ΔtΔV
• O produto da pressão (P) vs. a velocidade de bombeamento (S) resulta no fluxo - Q.
Fluxos
PQ
sTorr.L
ΔtΔVp Q
Q p.S
P2S2 = QP1S1 = Q
1 2
Fluxos
• O fluxo é constante em qualquer secção de uma tubulação. Isto implica que P e S variam ao longo de uma tubulação.
dtdNkT
dtdpV
dtdVp
dtdNkT
dtdVp
regime estacionário, dp/dt = 0
Corrente Molecular
• Da derivação da equação de estados para um gás ideal teremos:
tVpQ
dtdNkTQ
NkTpV
slC
A B
BA PP
Condutância• Um fluxo de gás é formado quando há uma diferença de
pressão entre duas secções quaisquer, A e B, de uma tubulação. A direção deste fluxo se dá sempre da maior para a menor pressão. A condutância é então definida como:
BAAB PP
QC
Impedância
• A “resistência” à passagem de um gás por uma tubulação é chamada de impedância. Esta é definida como o inverso da condutância. Então temos:
ABAB C
Z 1
Condutânciasem
Série e em Paralelo
C1 C2
Q Q
P1 P2P3
Condutância em Série
• A representação da variação da condutância em série é mostrado na figura abaixo:
Condutância em Série
A condutância é dada por:
322
211 ,
PPQC
PPQC
(PA > PB)BA PP
QC
C1 C2
Q Q
P1 P2P3
31 PPQCtotal
Condutância em Série
Manipulando as últimas equações teremos:
Resultando em:
2131
11CC
QPPtotalCQPP 31
21
111CCCtotal
• A representação da variação da condutância em paralelo é mostrado na figura abaixo:
Q1
Q2
C1
C2
PA PB
Condutância em Paralelo
Condutância em Paralelo
As condutâncias nos tubos são:
BA
totaltotal PP
QC
;; 22
11
BABA PPQC
PPQC
BA ppQQCC
2121
21 CCCtotal
Condutância
21 CCCtotal
21
111CCCtotal
Série
Paralelo
A B
Q
Variação de S ao longo de uma tubulação
A velocidade de bombeamento de qualquer parte de uma tubulação pode ser determinada em função de uma velocidade de bombeamento conhecida.
AA P
QS B
B PQS
Variação de S ao longo de uma tubulação
Invertendo as equações temos:
Subtraindo obtemos:
QP
Se
QP
SB
B
A
A
11
BAAB PP
QC
AB
BA
BA CQPP
SS111
ABB
BABA CS
SCS
CS C
AB
B AB1 S SA B
Esta equação nos diz que a velocidade de bombeamento na região de mais alta pressão é sempre menor que a velocidade de bombeamento na região de mais baixa pressão.
Variação de S ao longo de uma tubulação
Como,
Por hoje é só ! ! !