Cidades pela Paz

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1 Programa Cidades pela Paz

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Fotos do Programa Cidades pela Paz, realizadas nos anos de 2006 e 2007 em onze cidades do norte do estado de São Paulo e triângulo mineiro. Trabalho que resultou em cinco exposições e um livro com um total de 100 fotografias. O Programa Cidades pela Paz é um programa de natureza sócio-educativa e cultural com objetivo de contribuir para o desenvolvimento de cultura de paz e não-violência nas comunidades.

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PROGRAMA CIDADES PELA PAZ

ENERGIA SOCIAL

fotografias deRubens Guerra

Usina Moema - Usina Vertente - Usina Itapagipe - Usina Frutal

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Responsabilidade Social e Cultura de Paz

Em 10 de novembro de 1998, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou 2001 a 2010 a Década Internacional para uma cultura de paz e não-violência para as crianças do mundo.

Abraçamos esta causa na compreensão de que temos o dever de ensinar a não-violência e que civilizar consiste essencialmente em reduzir a violência.

O nosso sonho é de que o açúcar que produzimos não adoce somente o paladar mas, igualmente, as mentes das pessoas na construção de emoções positivas e habilidades para solução pacífica de conflitos. Que o etanol que produzimos não seja somente combustível renovável para as máquinas, mas, igualmente, energia para as necessárias mudanças sociais.

Usina Moema Açúcar e Álcool Ltda.Usina Vertente Ltda.Usina Itapagipe Açúcar e Álcool Ltda.Usina Frutal Açúcar e Álcool S.A.

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O Programa Cidades Pela Paz é uma ação socioeducativa e cultural realizada pelas Usinas Moema, Vertente, Itapagipe e Frutal produtoras de açúcar e álcool nas regiões noroeste Paulista e no triângulo Mineiro. O programa é desenvolvido em onze cidades: Altair - SP, Frutal - MG, Guaraci - SP, Icém - SP, Itapagipe - MG, Orindiúva - SP, Palestina - SP, Paulo de Faria - SP, Planura - MG, Riolândia - SP e São Francisco de Sales - MG. A concepção, o planejamento e a execução do programa são da Araújo - Inteligência Relacional. Aproximadamente quinhentos voluntários estão envolvidos no programa. São lideranças das cidades, cidadãos em geral interessados na construção de uma cultura de paz e não-violência, e, especialmente funcionários das Usinas.O objetivo é educar para a paz e não-violência desenvolvendo habilidades para a convivência humana e promovendo o bem estar e a felicidade das pessoas.O programa Cidades Pela Paz envolve todos os segmentos da comunidade para:

• Aprofundar a compreensão sobre a complexidade do tema e a interdependência entre todos os segmentos da sociedade na construção da cultura de paz;• Contribuir para aumentar a cooperação recíproca entre todos os segmentos da sociedade envolvidos com a construção da paz e redução da violência. • Ampliar a consciência da responsabilidade de todos nos esforços de aprendizagem para a paz e redução da violência; • Estimular, junto aos diversos segmentos da comunidade, a identificação de bases comuns de interesse; • Ampliar e facilitar o diálogo e a cooperação entre diferentes preferências ideológicas, doutrinarias, política-partidária, religiosas, institucionais, étnicas, culturais e socioeconômicas em beneficio da construção de uma cultura de paz; • Desenvolver projetos específicos nos diversos bairros e organizações da cidade, apresentando os valores da cultura de paz e não-violência • Promover a cooperação e o diálogo e construir soluções pelas ações de seus próprios cidadãos, redu-zindo, assim, a dependência e a centralização em órgãos governamentais e grupos de elite.

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O Sertão de Rio Preto e a Estrada das Boiadas

Afonso Sardinha, por volta de 1590, foi o primeiro bandeirante a atingir o Rio Jeticaí ou Rio Gran-de. No entanto, a região começou a ganhar nome após a descoberta do ouro de Goiás, em 1727. A abertura do caminho de Goiás provocou o ataque dos caiapós aos viandantes, razão pela qual o Governador D. Luis de Mascarenhas, em ajuste com o bandeirante Antônio Pires de Campos, o moço, declarou guerra de extermínio aos caiapós. A guerra, de ferocidade inaudita, durou de 1739 a 1751, em que Pires de Campos usou as mais desalmadas artimanhas contra os índios, motivo pelo qual é rarefeita a presença de selvagens na crônica regional. O povoamento do pontal do Triângulo Mineiro iniciou-se nas primeiras décadas do século 19 quando, em 1820, José Garcia Leal vendeu a posse da fazenda São Joaquim (berço de S.Joaquim da Barra - SP), desceu o rio Grande e fundou a fazenda Monte Alto, hoje Alexandrita, nos confins do Triângulo Mineiro.Nesse ponto da história, temos que reproduzir as aventuras de Joaquim Francisco Lopes que, nas primeiras décadas do século 19, produziu um documento fascinante sobre suas entradas nos ser-tões dos rios Grande, Paranaíba e afluentes.Estava aberto o caminho, “aqui começa o sertão chamado bruto”, como escreveu o Visconde de Taunay, no romance “Inocência”, inspirado nos fatos de sua volta de Laguna. No seu diário do retorno, Taunay faz referências à Vila de São Francisco de Sales, à travessia do rio Grande e à Vila de S.José de Rio Preto. Por um picadão, que ligava Rio Preto a Campinas, seguiu para Santos, para levar ao Imperador a notícia do infausto fim da Retirada de Laguna. No primeiro quartel de 1900, as boiadas vindas do Pantanal passavam por Sant’Ana do Paranaíba e pelo Porto Alencastro entravam no Triângulo Mineiro. De lá chegavam aos campos de Araraquara

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e às invernadas de Barretos. Uma luta política contestou o mando dos Garcia Leal, em Sant’Ana do Paranaíba e, com o acirramento dos ânimos, transformou-se em uma verdadeira guerra.Liderados pelo corrientino Dionísio, capataz no Pantanal e aliado dos Martins, os rebelados impediram a passagem das boiadas para São Paulo. O governo paulista, para garantir a entrada de bois nas invernadas de São Paulo, mandou abrir um caminho alternativo, de Campos Novos do Paranapanema ao Porto Tibiriçá. Os valentões chegaram a ameaçar Rio Preto e Barretos, para onde foram destacados piquetes da Força Pública Paulista.O relatório de 1913, da Expedição Geográfica da Secretaria da Agricultura de São Paulo, sobre os rios Paraná e Grande, acusa a presença de bandos armados na margem mato-grossense e a presença de índios no lado mineiro da Cachoeira dos Índios, hoje afogada pela represa de Água Vermelha.Nascido na vila de Pihuí, em Minas Garais, 1805, mudou-se para a Vila Franca do Imperador, com o pai, irmãos e cunhados. Entre eles figurava José, o legendário Guia Lopes da Laguna. Convidado a participar das entradas por Garcia Leal, também desceu o rio Grande.O seu relato é um documento raro, diferente dos documentos oficiais, com cores vivas, em que ele descreve a luta, o sofrimento e a perseverança dos sertanejos. Por conta própria ou a mando de outros, os Lopes iam apossando e demarcando as terras pelo sertão adentro. Abria caminho, dei-tando fogo na quiçaça e, para avançar entre os espinhos de gravatás, punha caneleiras nos cavalos. Afugentava as onças, acendendo fogueiras e mastigava o capim, para sentir se o paladar era bom para o gado.Mais tarde, Joaquim Francisco Lopes foi contratado pelo governo da Província, para abrir uma estrada de Cuiabá a Vila da Constituição, atual Piracicaba. Iniciou a empreitada por uma picada que partia do Porto do Tabuado, na margem esquerda do Rio Paraná. Deixando a picada inacabada, voltou a Sant’Ana do Paranaíba, passou por Franca, onde largou a mulher e seguiu para a Praia do Mar, em Santos. Lá se encontrava o Governador Gavião Peixoto com quem acertou as condições da empreitada. A cavalo, junto com o Governador, serra acima, partiu de Cubatão e, num dia de cavalgada, chegou ao Pátio do Colégio, na Vila de São Paulo. Seguiu para Araraquara e, a fim de topar com a picada inacabada, abriu outra picada rumo à do sertão. Homens de dura tempera eram os entrantes.As terras dos dois lados do Rio Grande, mineiras e paulistas, revelam excelentes condições de clima e de solo para o cultivo da cana-de-açúcar. Agora, em vez de malocas de caiapós e de extensas fazendas de gado, surgem canaviais, cuja produção de açúcar, de álcool e de eletricidade orgânica, produzida pela queima do bagaço nas caldeiras das usinas, dão nova vida à região. São unidades industriais instaladas no novo e promissor Parque Industrial das duas bandas do Rio Grande - o velho Jeticaí dos bandeirantes.

Eduardo Diniz Junqueira

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Declaração de Sevilha sobre a Violência,

Posteriormente adotada pela UNESCO na 25C\ Sessão da Conferência Geral em 1989. Acreditando ser nossa responsabilidade como pesquisadores de diversas disciplinas tratar da ques-tão da violência e da guerra, reconhecendo que a ciência é um produto cultural humana que não pode ser definitivo nem exaustivo, e gratos pelo apoio das autoridades de Sevilha e dos represen-tantes da UNESCO espanhola, nós, abaixo assinados, professores do mundo todo e autoridades nos ramos científicos pertinentes, nos reunimos e chegamos a este Manifesto sobre a Violência. Nele questionamos certos assim chamados achados da biologia que têm sido usados, até mesmo por algumas de nossas especialidades, para justificar a violência e a guerra. Pelo fato destes ditos “achados” terem provocado uma atmosfera de pessimismo em nosso tempo, propomos que a rejei-ção aberta e ponderada dessas descobertas equivocadas poderá contribuir significativamente para o Ano Internacional da Paz. O mau uso de teorias e informações científicas para justificar a violência não é algo novo, e vem ocorrendo desde o advento da moderna ciência. Por exemplo, a teoria da evolução foi usada não só para justificar a guerra, mas também o genocídio, o colonialismo e a supressão dos mais fracos. Nosso ponto de vista é exposto aqui na forma de cinco proposições. Temos consciência de que há outros aspectos sobre a violência e a guerra que também poderiam ser abordadas produtivamente do ponto de vista de nossas disciplinas, porém restringimo-nos àquilo que consideramos um primeiro passo de importância fundamental.

É CIENTIFICAMENTE INCORRETO dizer que herdamos uma tendência a fazer guerra de nossos ancestrais animais. Embora lutas ocorram em todo o reino animal, apenas alguns poucos casos de luta destrutiva intra-espécies entre grupos organizados já foram descritos em espécies que vivem no seu ambiente natural, e nenhum destes casos envolve o uso de ferramentas construídas para serem armas. O comportamento predatório de alimentar-se de outras espécies não pode ser equiparado com violência intra-espécies. A guerra é um fenômeno especificamente humano e não ocorre em outros animais. O fato de que a guerra mudou tão radicalmente ao longo do tempo indica que é um produto cul-tural. O elo da guerra com a biologia se estabelece fundamentalmente através da linguagem, que possibilita a coordenação de grupos, a transmissão da tecnologia e o uso de ferramentas. A guerra é biologicamente possível, mas não inevitável, como demonstrado pela variação de sua natureza e freqüência dentro do tempo e do espaço. Há culturas que não se envolveram na guerra durante séculos, e há culturas que estiveram em guerra freqüentemente em alguns períodos e não em outros.

É CIENTIFICAMENTE INCORRETO dizer que a guerra, ou qualquer outro comportamento vio-lento, é geneticamente programado na natureza humana. Embora os genes estejam envolvidos em todos os níveis do funcionamento cerebral, eles oferecem um potencial de desenvolvimento que só pode ser concretizado em conjunto com o meio ecológico e social. Embora a predisposição individual para ser afetado pela experiência seja variável, é a interação entre o potencial genético e as condições do crescimento que determinam a personalidade. Exceção feita a raras patologias, os genes não produzem indivíduos necessariamente predispostos à violência. Tampouco determi-nam o oposto. Embora os genes estejam co-envolvidos no estabelecimento de nossas capacidades comportamentais, eles não determinam o resultado por si sós.

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É CIENTIFICAMENTE INCORRETO dizer que no curso da evolução humana houve uma seleção de comportamentos agressivos mais do que de outros tipos de comportamento. Em todas as espécies que foram bem estudadas, o status dentro do grupo é atingido pela habilidade de cooperar e preencher certas funções sociais relevantes à estrutura daquele grupo. A “dominância” envolve laços e afiliações sociais, não sendo meramente uma questão de possuir e usar maior força física, embora envolva comportamentos agressivos. Em casos onde a seleção genética de compor-tamentos agressivos foi instituída artificialmente em animais, conseguiu-se produzir rapidamente espécimes hiper-agressivos, o que demonstra que em condições naturais a agressividade não foi prioritariamente selecionada, visto que não produziu o mesmo efeito. Quando estes animais hiper-agressivos produzidos em laboratório são introduzidos no grupo social, eles desagregam a estrutura social, ou então são expulsos. A violência não está em nosso legado evolutivo, nem em nossos genes.

É CIENTIFICAMENTE INCORRETO dizer que os humanos têm um “cérebro violento”. Embora tenhamos o aparato nervoso para agir violentamente, esta reação não é automaticamente ativada por estímulos internos ou externos. Como os primatas superiores, e diferente de outros animais, nossos processos neurais superiores filtram tais estímulos antes que possamos agir em resposta. A forma como agimos é determinada pelo modo como fomos condicionados e socializados. Não há nada em nossa neurofisiologia que nos obrigue a reagir violentamente.

É CIENTIFICAMENTE INCORRETO dizer que a guerra é causada por “instintos” ou por qual-quer motivação isolada. O surgimento da guerra moderna foi uma história que nos levou da supre-macia de fatores emocionais e motivacionais, por vezes chamados “instintos”, até a supremacia de fatores cognitivos. A guerra moderna envolve o uso institucional de características pessoais como a obediência, a sugestionabilidade, o idealismo, habilidades sociais como a linguagem, o uso de raciocínios como o cálculo de custos, planejamento e processamento de informações. A tecnologia da guerra moderna vem exacerbando tendências relacionadas à violência, tanto no treinamento de combatentes em si como também na preparação de apoio à guerra por parte da população em geral. Como resultado dessa exacerbação, tais tendências muitas vezes são tidas erroneamente como causas ao invés de conseqüências do processo. Concluímos que a biologia não condena a humanidade à guerra, e que a humanidade pode ser libertada da opressão do pessimismo biológico e empoderada com confiança para realizar as trans-formações necessárias nesse Ano Internacional da Paz e nos anos que se seguirão. Embora essas tarefas sejam principalmente institucionais e coletivas, dependem também da consciência indi-vidual dos participantes, para quem pessimismo ou otimismo são fatores cruciais. Assim como “as guerras começam na mente dos homens”, a paz também começa na nossa mente. A mesma espécie que inventou a guerra é capaz de inventar a paz. A responsabilidade é de cada um de nós.

Sevilha, 16 de Maio de 1986

- David Adams, Psicologia, Wesleyan University, Middletown, CT., Estados Unidos. - S.A. Barnett, Etologia, The Australian National University, Canberra, Austrália - N.P. Bechtereva, Neurofisiologia, Institute for Experimental Medicine of Academy of Medical Sciences of the U.S.S.R., Leningrado, Rússia. - Bonnie Frank Carter, Psicologia, Albert Einstein Medical Center, Philadelphia (P A), Estados Unidos. - José M. Rodriguez Delgado, Neurofisiologia, Centro de Estudios Neurobiologicos, Madri, Espanha - José Luis Diaz, Etologia, Instituto Mexicano de Psiquiatria, Mexico D.F., Mexico - Andrzej Eliasz, Psicologia das Diferenças Individuais, Polish Academy of Sciences, Varsóvia, Polônia - Santiago Genovés, Antropologia Biológica, Instituto de Estudios Antropologicos, Mexico D.F., Mexico - Benson E. Ginsburg, Genética do Comportamento, University of Connecticut, Storrs, CT., Estados Unidos - Jo Groebel, Psicologia Social, Erziehungswissenschaftliche Hochschule, Landau, Alemanha - Samir-Kumar Ghosh, Sociologia, Indian Institute of Human Sciences, Calcutá, Índia - Robert Hinde, Comportamento Animal, Cambridge University, Cambridge, Reino Unido. - Richard E. Leakey, Antropologia Física, National Museums of Kenya, Nairobi, Quênia - Taha H. Malasi, Psychiatry, Kuwait University, Kuwait - J. Martin Ramirez, Psychobiology, Universidad de Sevilla, Spain - Federico Mayor Zaragoza, Biochemistry, Universidad Autonoma, Madrid, Spain - Diana L. Mendoza, Ethology, Universidad de Sevilla, Spain - AshisNandy, Political Psychology, Centre for the Study of Developing Societies, Delhi, India - J ohn Paul Scott, Animal Behavior, Bowling Green State University, Bowling Green, OH., U.S.A. - Riitta Wahlstrom, Psychology, University of Jyvéiskyléi, Finland

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“Ter ótimos amigos e estar em boa companhia não é metade do caminho, não é parte do caminho, é o próprio caminho”.Buda Shakymuni

Orindiúva - SP

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O Apelo da Solidariedade

“O apelo da fraternidade não se encerra numa raça, numa classe, numa elite, numa nação. Procede daqueles que, onde estiverem, o ouvem dentro de si mesmos, e dirige-se a todos e a cada um. Em toda parte, em todas as classes, em todas as nações, há seres de ‘boa vontade’ que veiculam essa mensagem. Talvez eles sejam mais numerosos entre os inquietos, os curiosos, os abertos, os ternos, os mestiços, os bastardos e outros intermediários.O apelo à fraternidade não deve apenas atravessar a viscosidade e a impermeabilidade da indiferença. Deve superar a inimizade. A existência de um inimigo mantém ao mesmo tempo nossa barbárie e a dele. O ini-migo é produzido por cegueira às vezes unilateral, mas que se torna recíproca quando respondemos com uma inimizade que nos torna igualmente hostis. É verdade que os egocentrismos e os etnocentrismos, que suscitaram e não cessam de suscitar inimigos, são estruturas inalteráveis da individualidade e da subjetivi-dade, mas, assim como esta estrutura comporta um princípio de exclusão no eu, ela comporta um princípio de inclusão num nós, e o problema chave da realização da humanidade é ampliar o nós.Precisamos superar a repulsa diante do que não se conforma às nossas normas e aos nossos tabus, e superar a inimizade contra o estrangeiro, sobre o qual projetamos nossos temores do desconhecido e do estranho; isso requer um esforço recíproco que venha desse estrangeiro, mas é preciso que alguém comece...Há o inimigo que matou, violou, torturou. Mas não podemos excluí-lo da espécie humana, e não podemos nos fechar à possibilidade do arrependimento. A concepção complexa da multipersonalidade nos ensina que há várias pessoas num único indivíduo, e que não podemos encerrar esse indivíduo em uma pessoa criminal. Definir um ser humano como criminoso, dizia Hegel, é suprimir-lhe todos os seus outros traços humanos que não são criminosos. Ninguém pode ser condenado para sempre. A magnanimidade, o arre-pendimento e o perdão nos indicam a possibilidade de deter o círculo vicioso da vendeta, da punição, da vingança nossa contra o inimigo e do inimigo contra nós. Precisamos deter a máquina infernal permanente que fabrica sem parar e em toda parte crueldade com crueldade. Também aqui não esperamos resolver esses problemas de forma paradisíaca, mas saibamos lutar contra o horror, uma vez que, uma das finalidades planetárias profundas é a resistência contra a crueldade do mundo”.Edgar Morin

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“A comunicação triunfa, o planeta é atravessado por redes, fax, telefones celulares, modem, Internet. Entretanto, a incompreensão permanece geral. Sem dúvida, há importantes e múltiplos progressos da comunicação, mas o avanço da incompreensão parece ainda maior. O problema da compreensão tornou-se crucial para os humanos. E, por este motivo, deve ser uma das finalidades da educação do futuro”.Edgar Morin

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“Concebido unicamente de um modo técnico-econômico, o desenvolvimento chega a um ponto insusten-tável, inclusive o chamado desenvolvimento sustentável.É necessário a uma noção mais rica e complexa do desenvolvimento, que seja não somente material, mas também intelectual, afetiva, moral”...Edgar Morin

Orindiúva - SP

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Icém - SP

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“Não há tarefa grande e difícil que não possa ser dividida em tarefas pequenas e fáceis”.provérbio budista

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O manifesto 2000 Por uma cultura de Paz e Não-Violência objetiva a promoção da conscientização e do compromisso individuais: não é nem um apelo nem uma petição dirigida aos governos ou autoridades su-periores. O Manifesto afirma que é da responsabilidade de cada ser humano traduzir os valores, atitudes e padrões de comportamento que inspiram a cultura de paz em realidades da vida diária. Todos podem agir no espírito da cultura de paz dentro do contexto da própria família, do local de trabalho, do bairro, da cidade ou da região, tornando-se um mensageiro da tolerância, da solidariedade e do diálogo.MANIFESTO 2000 POR UMA CULTURA DE PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

Palestina - SP

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Paulo de Faria - SP

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“Gentileza e bondade formam o alicerce básico de nosso sucesso na vida”.Dalai Lama

Riolândia - SP

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“Pessoas, sociedades e culturas encontram-se e se fecundam através do diálogo. Nessa relação invisível que ultrapassa as fronteiras individuais, é possível a criação e a renovação do conviver humano”.Lia Diskin

Riolândia - SP

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...“em cada circunstância, agindo e pensando com tranqüilidade, atenção e o coração em paz, espero tornar-me uma pessoa bonita”...Shundo Aoyama Rôshi

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“O que se sugere é um diálogo permanente onde as pessoas se sintam livres para expressar seus sonhos, suas idéias e aprenderem ouvir o sonho do outro”.Marvin R. Weisbord

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“Necessitamos de um ambiente que favoreça o diálogo”.Marvin R. Weisbord

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Salve-se com um abraço

“De vez em quando, bate um ven-tinho gelado, noutras vezes vem aquela noite escura... E a gente vai se sentindo sozinho, vivendo aquele salve-se quem puder. Sai dessa! Que tal viver abraçando uns aos outros e fazer dessa vida uma brincadeira” muito gostosa, cheia de calor humano e alegria”?!Fábio Otuzi Broto

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“Mais vale uma cabeça bem-feita que bem cheia”Montaigne

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“Minha experiência no Grameen deu-me uma fé inabalável na criatividade dos seres humanos. Ela me fez concluir que eles não nascem para padecer com a fome e a miséria. Se estas os fazem sofrer em nossos dias, como aconteceu no passado, é porque desviamos os olhos do problema. Estou profundamente convencido de que poderemos livrar o mundo da pobreza se estivermos determinados a isso. Essa conclusão não é fruto de uma esperança crédula, mas o resultado concreto da experiência que adquirimos em nossa prática do microcrédito. O crédito, por si só, não poderia acabar com a situação de pobreza. Ele é apenas um dos meios que permi-tem sair da pobreza. Outras saídas podem ser abertas para facilitar a mudança. Mas para isso é necessário ver as pessoas de modo diferente e conceber um novo quadro para essa sociedade, coerente com essa nova visão. O Grameen me ensinou duas coisas: em primeiro lugar, os conhecimentos que temos sobre os indivíduos e sobre as interações existentes entre eles são ainda muito imperfeitos; por outro lado, cada indivíduo é importante. Toda pessoa tem um enorme potencial e pode influenciar a vida das outras no seio das comu-nidades e das nações durante sua existência, mas também além dela. No fundo de cada um de nós existem muito mais possibilidades do que aquelas que tivemos ocasião de explorar até o presente. Se Se não criamos o ambiente favorável ao desenvolvimento do nosso potencial, nunca saberemos o que temos dentro de nós. Cabe a nós decidir que rumo tomaremos. Somos os pilaras e os navegadores de nosso planeta. Se levarmos a sério nosso papel, o destino que nos aguarda será necessariamente o que previmos . Se vocês julgarem a experiência do Grameen possível e convincente, eu gostaria de convidá-los a se juntar aos que acreditam na possibilidade de criar um mundo sem pobreza e que decidiram trabalhar nesse sentido. Quer sejam vocês revolucionários, liberais, conservadores, jovens ou velhos, podemos unir forças para resolver esse problema. Pensem nisso”. Muhammad Yum

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“O século será lembrado como um século marcado pela violência. Em uma escala jamais vista e nunca antes possível na história da humanidade, ele nos oprime com seu legado de destruição em massa, de violência imposta. Mas esse legado – resultado de novas tecnologias a serviço de ideologias de ódio – não é o único que carregamos, nem que devemos enfrentar. Menos visível, mais ainda mais disseminado, é o legado do sofrimento individual diário. É a dor das crian-ças que sofrem abusos provenientes das pessoas que deveriam protegê-las, mulheres feridas ou humilhadas por parceiros violentos, pessoas idosa maltratadas por aqueles que são os responsáveis pelos seus cuidados, jovens oprimidos por outros jovens e pessoas de todas as idades que infligem violência contra si próprias. Este sofrimento – e há muitos outros exemplos que eu poderia citar – é um legado que se reproduz quando novas gerações aprendem com a violência de gerações passadas, quando as vítimas aprendem com seus agressores e quando se permite que se mantenham as condições sociais que nutrem a violência. Nenhum país, nenhuma cidade, nenhuma comunidade esta imune à violência, mas, também, não estamos impotentes diante dela.Na ausência de democracia, respeito pelos direitos humanos e um bom governo, a violência prospera. Frequentemente conversamos sobre como uma “cultura de violência” pode criar raízes. Isso, de fato, é uma verdade. Como um sul-africano que vivenciou o apartheid e está vivendo suas conseqüências, tenho visto e experimentado isto. Também é verdade que os padrões de violência são mais difusos e difundidos nas sociedades em que as autoridades endossam o uso da violência por meio de suas próprias ações. Em muitas sociedades, a violência é tão dominante que frustra as esperanças de desenvolvimento econômico e social. Não podemos deixar que isto continue.Muitos dos que convivem com a violência dias após dia assumem que ela é parte intrínseca da condição humana, mas isto é verdade. A violência pode ser evitada. As culturas violentas podem ser modificadas. Em meu próprio país e em todo o mundo, temos exemplos notáveis de como a violência tem sido combatida. Os governos, as comunidades e os indivíduos podem fazer a diferença.Nós devemos às nossas crianças – os cidadãos mais vulneráveis em qualquer sociedade – uma vida livre de violência e medo. A fim de assegurar isto, devemos manter-nos incansáveis em nossos esforços não apenas para alcançar a paz, a justiça e a prosperidade para os países, mas também para as comunidades e membros da mesma família. Devemos dirigir nossa atenção para as raízes da violência. Somente assim, transforma-remos o legado do século passado de um fardo opressor em um aviso de alerta”.

Nelson Mandela

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Regra de Ouro: Tratar os outros como gostaríamos de ser tratados.

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“O dom de um rosto sorridenteSua presençaAlegra o ambienteSua presençaTranqüiliza a todos Eu também desejo me tornar uma pessoa como você”.Mitsuo Ainda

Orindiúva - SP

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“Faz parte da natureza humana comportar-se geralmente da forma pela qual se é tratado. A experiência demonstra que tratar crianças como incapazes de aprender resulta na sua incapacidade e tratá-las como capazes de aprender resulta em sua capacidade”.Irvine, Jacqueline Jorday

Orindiúva - SP

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“Fazendo com que todos melhorem o todo”.Marvin R. Weisbord

Orindiúva - SP

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“Educar é configurar um espaço de convivência no qualo educando possa transformar-se, realizando-se como um ser social. Neste usufrui de si mesmo e do outro, e pode respeitar o outro, consciente de pertencer a uma sociedadee em âmbito maior, que é oâmbito ecológico onde vive”.Humberto Maturana

Orindiúva - SP

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“Pessoas desejam oportunidades para exercitarem suas mentes e corações, assim como suas mãos. Que-rem e são capazes de se unirem aos processos criativos de organização, ao invés de deixarem que eles sejam propriedade única da elite da organização”.Marvin R. Weisbord

Guaraci - SP

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“Os fenômenos sociais podem ser conhecidos pelas pessoas comuns. Na verdade, pessoas comuns são uma extraordinária fonte de informações sobre a realidade do cotidiano”.Marvin R. Weisbord

Guaraci - SP

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69Programa Cidades pela PazGuaraci - SP

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71Programa Cidades pela Paz

A diversidade deve ser apreciada e valorizadaMarvin R. Weisbord

Altair - SP

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73Programa Cidades pela PazAltair - SP

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75Programa Cidades pela PazItapagipe - MG

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77Programa Cidades pela Paz

“A ânsia por colaboração comunitária existe em todos os lugares, apesar de uma profunda descrença, desconfiança e alienação. As pessoas querem se unir. Elas simplesmente não sabem como”. Marvin R. Weisbord

Itapagipe - MG

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79Programa Cidades pela PazIcém - SP

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83Programa Cidades pela PazIcém - SP

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85Programa Cidades pela Paz

MANIFESTO 2000

Respeitar a vida

Rejeitar a violência

Ser generoso

Ouvir para compreender

Preservar o planeta

Redescobrir a solidariedade

O manifesto 2000 por uma cultura de paz e não-violência foi esboça-do por um grupo de laureados do prêmio Nobel da Paz. Milhões de pessoas em todo o mundo assina-ram esse manifesto e se compro-meteram a cumprir os seis pontos descritos acima, agindo no espírito da cultura de Paz dentro de suas famílias, em seu trabalho, em suas cidades. Tomaram-se, assim, men-sageiros da tolerância, da solidarie-dade e do diálogo.A Assembléia Geral das Nações Unidas declarou o período de 2001 a 2010 a “Década Internacional da Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do Mundo”

Icém - SP

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O ato de abraçar, de abrir os braços expressa a aptidão para empreender a partilha, o consolo, a solidariedade, o afeto.

Icém - SP

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87Programa Cidades pela Paz

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89Programa Cidades pela Paz

Paulo de Faria - SP

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Paulo de Faria - SP

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Paulo de Faria - SP

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95Programa Cidades pela Paz

“A principal virtude da força não é atacar, mas sim, suportar. Suportar é mais difícil do que atacar”.São Tomás de Aquino

Paulo de Faria - SP

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96 Programa Cidades pela Paz

“A negação do perdão promove o encadeamento impiedoso devinganças e desforras. É pura imitação da violência do adversário”;Jean-Marie Muller

Paulo de Faria - SP

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97Programa Cidades pela Paz

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98 Programa Cidades pela Paz

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99Programa Cidades pela Paz

“O perdão conserva o passado perdoado no presente purificado”;

“O perdão é uma aposta no futuro”;

“Enquanto a vingança é uma forma de desespero, o perdão é todo animado pela esperança do recomeço”;Jean-Marie Muller

Palestina - SP

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100 Programa Cidades pela Paz

“Perdoar é pacificar o seu próprio futuro recusando ficar prisioneiro de um ciclo perpétuo de violência”. Jean-Marie Muller

Palestina - SP

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Palestina - SP

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Palestina - SP

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Palestina - SP

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109Programa Cidades pela Paz

Palestina - SP

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111Programa Cidades pela PazFrutal - MG

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112 Programa Cidades pela Paz

“Temos de margear o fosso sem fundo das diferenças irreconciliáveis”.Marvin R. Weisbord

Frutal - MG

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113Programa Cidades pela Paz

“Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência precisamos de afeição e doçura”. Charles Chaplin

Frutal - MG

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114 Programa Cidades pela Paz

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115Programa Cidades pela Paz

Riolândia - SP

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116 Programa Cidades pela Paz

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117Programa Cidades pela Paz

Riolândia - SP

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118 Programa Cidades pela Paz

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119Programa Cidades pela Paz

O programa Cidades pela Paz necessita de convergência de idéias e ações. Assim, está destituído do formalismo. Nele não existem cargos, existem encargos; não há competição, há respeito e complementaridade.

Riolândia - SP

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120 Programa Cidades pela Paz

“O Bem supremo é a felicidade”Aristóteles

Riolândia - SP

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121Programa Cidades pela Paz

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Paulo de Faria - SP

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124 Programa Cidades pela Paz

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Paulo de Faria - SP

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126 Programa Cidades pela Paz

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127Programa Cidades pela Paz

Paulo de Faria - SP

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128 Programa Cidades pela Paz

Potencializar as pessoas para fazerem a coisa certa sem pedir permissão; encorajar para cooperarem atravessando fronteiras hierárquicas, status, cultura, gênero, raça e classe social.

Paulo de Faria - SP

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129Programa Cidades pela Paz

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130 Programa Cidades pela Paz

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131Programa Cidades pela Paz

Paulo de Faria - SP

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132 Programa Cidades pela Paz

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133Programa Cidades pela Paz

“Diálogo e discussão são maneiras diferentes, porém, complementares de conversar. Pode existir espaço para ambas, conforme as circunstâncias. A cultura tem colocado ênfase na discussão, sobrando pouco espaço para o diálogo. O desafio é ampliar o espaço de diálogo nas relações”.João Roberto de Araújo

Paulo de Faria - SP

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134 Programa Cidades pela Paz

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135Programa Cidades pela Paz

“Acostumamos a procurar as causas do nosso sofrimento fora de nós mesmos, ou seja, no outro, na economia, no ambiente externo.Precisamos admitir que as raízes das nossas dores estão dentro de nós mesmos, nas nossas emoções destrutivas como o ódio, a ambição, a raiva, o ciúme, a inveja...Investigá-las, sondar como aparecem e analisar suas conseqüências para dissipá-las é o caminho seguro para sermos felizes e reduzir a violência nas nossas relações”. João Roberto de Araújo

São Francisco de Sales - MG

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136 Programa Cidades pela Paz

Nossa crença de que cidadãos da localidade sabem muito sobre a sua realidade e conhecem os pontos fortes e fracos da comunidade. Eles são peças-chave para o diagnóstico e um planejamento realista. Em sua diversidade, podemos encontrar recursos de força, compromisso, conhecimento, habilidades, tempo e energia.

São Francisco de Sales - MG

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137Programa Cidades pela Paz

Nosso objetivo básico é a construção de comunidades colaborativas.

São Francisco de Sales - MG

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138 Programa Cidades pela Paz

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139Programa Cidades pela Paz

Planura - MG

“A colaboração reúne uma grande gama de pessoas e sistemas para o bem comum. Ela celebra a beleza da diferença”.Marvin R. Weisbord

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140 Programa Cidades pela Paz

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141Programa Cidades pela PazPlanura - MG

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143Programa Cidades pela Paz

“É natural que os seres humanos tenham diferentes interesses e dis-posições. Assim, não é de estranhar que tenhamos muitos e diferentes sistemas de crenças e diferentes ma-neiras de pensar e de nos comportar. É essa diversidade o caminho para que todos sejam felizes. Quanto mais compreendemos o modo de ser dos outros, mais pode-remos aprender com o outro. E mais facilmente poderemos desenvolver o respeito e a tolerância em nossas vidas e em nosso comportamento para com os outros. Isto certamente contribuirá para aumentar as possi-bilidades de paz e amizade em todo o mundo: nossa própria diversidade se transformará em fonte de força e criatividade”.Tenzin Gyatso – O Dalai Lama

Palestina - SP

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144 Programa Cidades pela Paz

Respeitar a vida

Rejeitar a violência

Ser generoso

Ouvir para compreender

Preservar o planeta

Redescobrir a solidariedadePalestina - SP

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“Pegue uma flor – uma rosa bela, viva, fresca. Seu cheiro é maravi-lhoso. Ela revela um ritmo aprazí-vel nas espirais de suas pétalas, uma coloração viva e ofuscante, uma superfície aveludada. Ela nos comove e encanta.O problema com a rosa é que ela morre. Suas pétalas caem; ela emur-chece, desbota e volta para a terra.Uma solução para esse problema é ignorar a rosa real e substituí-la por uma de plástico, que nunca morre (e nunca vive). Mas será que queremos uma rosa de plástico? Não, claro que não. Queremos rosa real. Queremos a que morre. Nós a queremos porque ela morre, porque ela é efêmera, porque ela fenece. É justamente essa qualidade que a tor-na preciosa. Isso é o que queremos, o que cada um de nós é: uma coisa viva que morre”.Steve Hagen

Palestina - SP

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149Programa Cidades pela PazIcém - SP

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151Programa Cidades pela PazIcém - SP

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“Amor é o anseio biológico que nos faz aceitar o outro ao nosso lado, sem razão, com todas as suas diferenças, sem exigências, pois senão lhe negaríamos a responsabilidade”.Humberto Maturana

Icém - SP

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Usina Moema

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Usina Moema

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165Programa Cidades pela Paz

“A capacidade de trabalhar bem com os outros é vital para o ser humano”.Tarthang Tulku

Usina Moema

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167Programa Cidades pela Paz

A qualidade de tudo o que fazemos fica elevada quando, naturalmente, expressamos interesse e cuidado em relação às outras pessoas. Quando abrimos mão dos nossos pontos de vista autocentrados e trabalhamos com uma mente aberta, em harmonia com os que nos rodeiam, começamos a experimentar alegria e satisfação profundas, em todas as nossas interações.

Usina Moema

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168 Programa Cidades pela Paz

“Ação é vida. Enquanto uma pessoa estiver viva, estará agindo”.Bhagavad Gita

Usina Moema

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169Programa Cidades pela Paz

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170 Programa Cidades pela Paz

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171Programa Cidades pela Paz

“As técnicas não se importam com o que fazemos com elas. A “coisa” só funciona quando nós funcionamos. Assim, espelhar-se em valores é básico”. Marvin R. Weisbord

Usina Moema

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172 Programa Cidades pela Paz

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173Programa Cidades pela Paz

Usina Moema

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175Programa Cidades pela Paz

Ética é o desenvolvimento pessoal fundado na autonomia e na responsabilidade individual e voltado para a participação comunitária. É o exercício da fraternidade sem restrições.

Usina Moema - Orindiúva - SP

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CIDADES PELA PAZ - ENERGIA SOCIALFotografias

Fotógrafo: Rubens Guerra http://rubensguerra.blogspot.com - [email protected]

Rubens de Salles Guerra. Fotógrafo. Começou a fotografar cedo, com 12 anos. Tornou-se fotógrafo profissional aos 20, com 49 anos apresenta uma carreira notável de sucessos com inúmeras exposições fotográficas individuais e coletivas. Vencedor do concurso Arte English Lavender Atkinsons, promovido pelo Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Suas fotos estão nos cartões telefônicos de Ribeirão Preto SP. Fotógrafo de publicidade e propaganda de várias empresas. Tem suas fotos veiculadas em revistas nacionais como Elle, Veja, Super Interessante, Playboy e Placar.A sensibilidade e a técnica do olhar de Rubens Guerra encantam todos que buscam quali-dade na arte de fotografar.

Conceito, pesquisa e organização:Araújo - Inteligência Relacionalwww.inteligenciarelacional.com.br

Realização:Usina Moema - Usina Vertente - Usina Itapagipe - Usina Frutal