CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA ITAMAR AUGUSTO N. OLIVEIRA ITAMAR AUGUSTO N. OLIVEIRA UNIVASF UNIVASF

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ITAMAR AUGUSTO N. OLIVEIRAITAMAR AUGUSTO N. OLIVEIRA

UNIVASF UNIVASF

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FORMAS DE REPARO DO TRAUMA TECIDUALFORMAS DE REPARO DO TRAUMA TECIDUAL

REGENERAÇÃO – neoformação de células semelhantes às REGENERAÇÃO – neoformação de células semelhantes às do tecido lesado (ex.: pele e fígado) do tecido lesado (ex.: pele e fígado)

X X

CICATRIZAÇÃO – há apenas deposição de tecido fibrosoCICATRIZAÇÃO – há apenas deposição de tecido fibroso

““O processo de cicatrização tem como O processo de cicatrização tem como objetivos objetivos limitar o dano teciduallimitar o dano tecidual e e permitir o permitir o restabelecimento da integridade e funçãorestabelecimento da integridade e função dos tecidos afetados.”dos tecidos afetados.”

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CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS QUANTO CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS QUANTO AO MECANISMO DE CICATRIZAÇÃOAO MECANISMO DE CICATRIZAÇÃO

FECHAMENTO PRIMÁRIO OU POR PRIMEIRA INTENÇÃOFECHAMENTO PRIMÁRIO OU POR PRIMEIRA INTENÇÃO

Rápida reepitelizaçãoRápida reepitelização

Mínima formação de tecido de granulaçãoMínima formação de tecido de granulação

Melhor resultado estéticoMelhor resultado estético

FECHAMENTO SECUNDÁRIO OU POR SEGUNDA INTENÇÃOFECHAMENTO SECUNDÁRIO OU POR SEGUNDA INTENÇÃO

FECHAMENTO PRIMÁRIO TARDIO OU POR TERCEIRA INTENÇÃOFECHAMENTO PRIMÁRIO TARDIO OU POR TERCEIRA INTENÇÃO

Resultado estético ruimResultado estético ruim

A cicatrização depende da granulação e contração da ferida paraA cicatrização depende da granulação e contração da ferida paraaproximação das suas bordasaproximação das suas bordas

Resultado estético intermediárioResultado estético intermediário

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FECHAMENTO PRIMÁRIO FECHAMENTO PRIMÁRIO FERIDAS CORTANTES, FERIDAS SEM LACERAÇÕES EXTENSAS, FERIDAS CORTANTES, FERIDAS SEM LACERAÇÕES EXTENSAS, SEM CONTAMINAÇÃO POR FEZES, SALIVA, PUS OU IMPUREZAS SEM CONTAMINAÇÃO POR FEZES, SALIVA, PUS OU IMPUREZAS GROSSEIRAS, TERRA E ATENDIDAS DENTRO DAS PRIMEIRAS 6 GROSSEIRAS, TERRA E ATENDIDAS DENTRO DAS PRIMEIRAS 6

HORAS APÓS O TRAUMAHORAS APÓS O TRAUMA

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FECHAMENTO POR SEGUNDA INTENSÃOFECHAMENTO POR SEGUNDA INTENSÃO

FERIDAS CONTAMINADAS, EXTENSAS, COM PERDA DE FERIDAS CONTAMINADAS, EXTENSAS, COM PERDA DE

SUBSTÂNCIASUBSTÂNCIA

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FASES DA CICATRIZAÇÃOFASES DA CICATRIZAÇÃO““O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO É COMPOSTO DE UMA SÉRIE O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO É COMPOSTO DE UMA SÉRIE

DE ESTÁGIOS COMPLEXOS, DE ESTÁGIOS COMPLEXOS, INTERDEPENDENTESINTERDEPENDENTES E E SIMULTÂNEOSSIMULTÂNEOS, QUE SÃO DESCRITOS EM 3 FASES , QUE SÃO DESCRITOS EM 3 FASES CONSECUTIVAS, QUE APRESENTAM DINAMISMO E CONSECUTIVAS, QUE APRESENTAM DINAMISMO E

SOBREPOSIÇÃO ENTRE ELAS.”SOBREPOSIÇÃO ENTRE ELAS.”

FASE INFLAMATÓRIAFASE INFLAMATÓRIA

responsável pela hemostasia e limpeza da feridaresponsável pela hemostasia e limpeza da ferida

FASE PROLIFERATIVA OU DE FIBROPLASIAFASE PROLIFERATIVA OU DE FIBROPLASIA

responsável pelo fechamento da lesão através da formação da responsável pelo fechamento da lesão através da formação da cicatrizcicatriz

FASE DE MATURAÇÃOFASE DE MATURAÇÃO

Ocorre a remodelação da cicatriz. Aumento da força de tensão, Ocorre a remodelação da cicatriz. Aumento da força de tensão, diminuição do tamanho da cicatriz e do eritema, tornando-se mais claradiminuição do tamanho da cicatriz e do eritema, tornando-se mais clara

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FASES DA CICATRIZAÇÃOFASES DA CICATRIZAÇÃOFASE INFLAMATÓRIA – duração média de 1 a 4 diasFASE INFLAMATÓRIA – duração média de 1 a 4 dias

Processos envolvidosProcessos envolvidos: hemostasia, resposta inflamatória e epitelização: hemostasia, resposta inflamatória e epitelização

Ativação plaquetária e da cascata de coagulaçãoAtivação plaquetária e da cascata de coagulação - formação da fibrina e do - formação da fibrina e do trombo. Liberação de fatores de crescimento pelas plaquetastrombo. Liberação de fatores de crescimento pelas plaquetas

tecidos lesados liberam: histamina, serotonina e tecidos lesados liberam: histamina, serotonina e bradicininabradicinina

Aumento do fluxo sanguíneoAumento do fluxo sanguíneo Rubor e calorRubor e calor

Aumento da permeabilidade capilar com extravasamento de Líquidos para o Aumento da permeabilidade capilar com extravasamento de Líquidos para o espaço extracelular espaço extracelular EdemaEdema

Ativação de neutrófilos (PMN) e monócitos que se transformam emAtivação de neutrófilos (PMN) e monócitos que se transformam em

macrófagos e limpam a ferida macrófagos e limpam a ferida Fagocitose de bactérias e tecidos Fagocitose de bactérias e tecidos desvitalizadosdesvitalizados

Produção de diversas citocinas pelos polimorfonucleares e macrófagos Produção de diversas citocinas pelos polimorfonucleares e macrófagos importantes na modulação do processo de cicatrizaçãoimportantes na modulação do processo de cicatrização

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FASES DA CICATRIZAÇÃOFASES DA CICATRIZAÇÃO

FASE INFLAMATÓRIA FASE INFLAMATÓRIA

A EPITELIZAÇÃO A EPITELIZAÇÃO

OBJETIVA O FECHAMENTO DA FERIDA ESPECIALMENTE AS DE OBJETIVA O FECHAMENTO DA FERIDA ESPECIALMENTE AS DE FECHAMENTO PRIMÁRIOFECHAMENTO PRIMÁRIO

INÍCIO NAS PRIMEIRAS 12 HORAS DO TRAUMA EXCETO QUEIMADURASINÍCIO NAS PRIMEIRAS 12 HORAS DO TRAUMA EXCETO QUEIMADURAS

CONSISTE NA PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS EPITELIAIS DAS BORDAS CONSISTE NA PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS EPITELIAIS DAS BORDAS DA FERIDA E ABAIXO DA CROSTA (REDE DE FIBRINA DESIDRATADA)DA FERIDA E ABAIXO DA CROSTA (REDE DE FIBRINA DESIDRATADA)

ENCERRA QUANDO SE ESTABELECE O CONTATO ENTRE AS CÉLULAS ENCERRA QUANDO SE ESTABELECE O CONTATO ENTRE AS CÉLULAS DAS BORDAS DA FERIDADAS BORDAS DA FERIDA

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FASES DA CICATRIZAÇÃOFASES DA CICATRIZAÇÃOFASE PROLIFERATIVAFASE PROLIFERATIVA

CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS Angiogênese Angiogênese

INÍCIO CERCA DE 48 HORAS APÓS TRAUMA E DURA 2 OU 3 SEMANAS INÍCIO CERCA DE 48 HORAS APÓS TRAUMA E DURA 2 OU 3 SEMANAS

A NEOVASCULARIZAÇÃO TEM COMO OBJETIVO A NEOVASCULARIZAÇÃO TEM COMO OBJETIVO PERMITIR O FLUXO CONTÍNUO DE PERMITIR O FLUXO CONTÍNUO DE NUTRIENTES QUE PERMITIRÁ A FORMAÇÃO DO TECIDO DE GRANULAÇAO E NUTRIENTES QUE PERMITIRÁ A FORMAÇÃO DO TECIDO DE GRANULAÇAO E CICATRIZAÇÃO DA FERIDACICATRIZAÇÃO DA FERIDA

CARACTERÍSTICAS Multiplicação de fibroblastos (surgem cerca CARACTERÍSTICAS Multiplicação de fibroblastos (surgem cerca de 72 horas após) . Miofibroblastos + vasos neoformados + base de de 72 horas após) . Miofibroblastos + vasos neoformados + base de sustentação formada por colágenosustentação formada por colágeno = tecido de granulação. = tecido de granulação.

CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS síntese de colágeno extracelularsíntese de colágeno extracelular (predomina (predomina

colágeno tipo III – atinge máximo com 3 a 4 semanas )colágeno tipo III – atinge máximo com 3 a 4 semanas )

DARÁ RESISTÊNCIA E SUPORTE AO NOVO TECIDO QUE SE FORMADARÁ RESISTÊNCIA E SUPORTE AO NOVO TECIDO QUE SE FORMA

CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS contração da ferida contração da ferida para diminuir seu tamanho.para diminuir seu tamanho.realizada pelos miofibroblastosrealizada pelos miofibroblastos

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FASES DA CICATRIZAÇÃOFASES DA CICATRIZAÇÃOFASE DE MATURAÇÃO OU DE REMODELAÇÃOFASE DE MATURAÇÃO OU DE REMODELAÇÃO

CARACTERIZA-SE PELA EVOLUÇÃO DA CICATRIZ QUE SE TORNA CARACTERIZA-SE PELA EVOLUÇÃO DA CICATRIZ QUE SE TORNA MAIS CLARA E PLANAMAIS CLARA E PLANA

INÍCIO COM 3 SEMANAS APÓS O TRAUMA E DURA ATÉ 2 ANOSINÍCIO COM 3 SEMANAS APÓS O TRAUMA E DURA ATÉ 2 ANOS

DIMINUIÇÃO PROGRESSIVA DA VASCULARIZAÇÃO, DOS DIMINUIÇÃO PROGRESSIVA DA VASCULARIZAÇÃO, DOS FIBROBLASTOS E MACRÓFAGOS E AUMENTO DO COLÁGENO FIBROBLASTOS E MACRÓFAGOS E AUMENTO DO COLÁGENO (progressiva substituição do colágeno tipo III pelo tipo I – mais (progressiva substituição do colágeno tipo III pelo tipo I – mais rígido)rígido)

O CONTEÚDO FIBROSO DA CICATRIZ ESTÁ RELACIONADO O CONTEÚDO FIBROSO DA CICATRIZ ESTÁ RELACIONADO COM A TENSÃO QUE ATUA SOBRE SUAS BORDAS COM A TENSÃO QUE ATUA SOBRE SUAS BORDAS

““Em alguns pacientes a coloração e a consistência da cicatriz Em alguns pacientes a coloração e a consistência da cicatriz ficam elevadas em relação a superfície cutânea, tornando-se ficam elevadas em relação a superfície cutânea, tornando-se dolorosas e pruriginosas. São chamadas dolorosas e pruriginosas. São chamadas cicatrizes hipertróficascicatrizes hipertróficas e, e, quando estas características agravam, recebem o nome de quando estas características agravam, recebem o nome de quelóidesquelóides. A diferença é mais de intensidade do que de aspecto . A diferença é mais de intensidade do que de aspecto histológico.”histológico.”

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FASE INFLAMATÓRIAFASE INFLAMATÓRIA

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FASE PROLIFERATIVAFASE PROLIFERATIVA

TECIDO DE GRANULAÇÃOTECIDO DE GRANULAÇÃO

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FASE DE MATURAÇÃOFASE DE MATURAÇÃO

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FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃOFATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO

GERAISGERAIS

IdadeIdade

Estado nutricionalEstado nutricional

FumoFumo

Doenças associadas: anemia, Doenças associadas: anemia,

hipertensão, diabetes, obesidadehipertensão, diabetes, obesidade

Glicocorticóides, QT e RxTGlicocorticóides, QT e RxT

LOCAISLOCAIS

Vascularização e oxigenação tissularVascularização e oxigenação tissular

Grau de contaminação da feridaGrau de contaminação da ferida

Aspectos técnicosAspectos técnicos

Condições próprias do paciente e/ou Condições próprias do paciente e/ou

da lesãoda lesão

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FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃOFATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO

IDADE AVANÇADAIDADE AVANÇADA

Associado a alterações nutricionais, metabólicas, vasculares e imunológicasAssociado a alterações nutricionais, metabólicas, vasculares e imunológicas

Precária neoformação de tecido – cicatriz com menor conteúdo fibroso e Precária neoformação de tecido – cicatriz com menor conteúdo fibroso e consequentemente, menor força tênsilconsequentemente, menor força tênsil

Alguns estudos demonstram maior incidência de feridas crônicas em Alguns estudos demonstram maior incidência de feridas crônicas em pacientes acima de 60 anospacientes acima de 60 anos

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FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃOFATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO

ESTADO NUTRICIONALESTADO NUTRICIONAL

““A ferida funciona como um parasita, isto é, utiliza todas as A ferida funciona como um parasita, isto é, utiliza todas as substâncias necessárias a sua cicatrização, mesmo que elas estejam substâncias necessárias a sua cicatrização, mesmo que elas estejam deficientes no organismo, agravando esta deficiência. A partir de um deficientes no organismo, agravando esta deficiência. A partir de um certo limite, os mecanismos de compensação tornam-se insuficientes certo limite, os mecanismos de compensação tornam-se insuficientes e a cicatrização não se faz.”e a cicatrização não se faz.”

Níveis de albumina inferiores a 2 g/dl estão associados a maior Níveis de albumina inferiores a 2 g/dl estão associados a maior incidência de deiscências e atraso na cicatrização de feridasincidência de deiscências e atraso na cicatrização de feridas

Proteínas – importante para síntese do colágeno, proliferação Proteínas – importante para síntese do colágeno, proliferação epidérmica, neovascularização e etcepidérmica, neovascularização e etc

Vitamina C – importante na sintese do colágeno, produção de fibroblastos e Vitamina C – importante na sintese do colágeno, produção de fibroblastos e integridade capilar. É a hipovitaminose mais comumente associada à falência integridade capilar. É a hipovitaminose mais comumente associada à falência da cicatrização de feridasda cicatrização de feridas

Vitamina A – também importante para proliferação de fibroblastosVitamina A – também importante para proliferação de fibroblastos

Vitamina E – melhora a resistência da cicatriz e destrói radicais livreVitamina E – melhora a resistência da cicatriz e destrói radicais livre

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FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃOFATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO

FUMOFUMO

Nicotina – ação vasoconstrictora – hipóxia tecidual. Suspender 6 meses antes Nicotina – ação vasoconstrictora – hipóxia tecidual. Suspender 6 meses antes da cirurgiada cirurgia

DOENÇAS ASSOCIADAS: ANEMIA, HIPERTENSÃO, DIABETES, OBESIDADEDOENÇAS ASSOCIADAS: ANEMIA, HIPERTENSÃO, DIABETES, OBESIDADE

Causam prejuízos em várias fases do processo de cicatrização por diversos Causam prejuízos em várias fases do processo de cicatrização por diversos mecanismos como: comprometimento da perfusão tecidual observado nos mecanismos como: comprometimento da perfusão tecidual observado nos obesos e diabéticos , hipóxia nos anêmicos, etcobesos e diabéticos , hipóxia nos anêmicos, etc

GLICOCORTICÓIDES, QT E RxTGLICOCORTICÓIDES, QT E RxT

Corticóides – interfere na fase inflamatória e na síntese do colágenoCorticóides – interfere na fase inflamatória e na síntese do colágeno

Quimioterápicos – impede proliferação de fibroblastos e macrófagosQuimioterápicos – impede proliferação de fibroblastos e macrófagos

Radioterapia – causa endarterite, com obliteração de pequenos vasos e Radioterapia – causa endarterite, com obliteração de pequenos vasos e consequente isquemia consequente isquemia

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FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃOFATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO

VASCULARIZAÇÃO E OXIGENAÇÃO TISSULARVASCULARIZAÇÃO E OXIGENAÇÃO TISSULAR

BOA VASCULARIZAÇÃO SIGNIFICA BOM APORTE DE NUTRIENTES E DE BOA VASCULARIZAÇÃO SIGNIFICA BOM APORTE DE NUTRIENTES E DE OXIGÊNIO, QUE FACILITA O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃOOXIGÊNIO, QUE FACILITA O PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO

VASCULARIZAÇÃO COM PERFUSÃO ADEQUADA DEPENDEM NÃO APENAS VASCULARIZAÇÃO COM PERFUSÃO ADEQUADA DEPENDEM NÃO APENAS DAS CONDIÇÕES GERAIS DO PACIENTE (VOLEMIA, QUANTIDADE DE DAS CONDIÇÕES GERAIS DO PACIENTE (VOLEMIA, QUANTIDADE DE HEMOGLOBINA, CONTEÚDO DE OXIGÊNIO NO SANGUE), MAS TAMBÉM DOS HEMOGLOBINA, CONTEÚDO DE OXIGÊNIO NO SANGUE), MAS TAMBÉM DOS CUIDADOS TÉCNICOS:CUIDADOS TÉCNICOS:

evitar esmagamento das bordas com a pinçaevitar esmagamento das bordas com a pinça

evitar suturas grosseiras, em “massa”ou sob tensãoevitar suturas grosseiras, em “massa”ou sob tensão

evitar descolamentos desnecessários e cauterizações evitar descolamentos desnecessários e cauterizações extensasextensas

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FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃOFATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO

GRAU DE CONTAMINAÇÃO DA FERIDAGRAU DE CONTAMINAÇÃO DA FERIDA

A CAUSA MAIS COMUM DE ATRASO DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO É A A CAUSA MAIS COMUM DE ATRASO DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO É A INFECÇÃO DE FERIDA INFECÇÃO DE FERIDA ≠ COLONIZAÇÃO≠ COLONIZAÇÃO

DEFINE-SE INFECÇÃO COMO SENDO A PRESENÇA > DEFINE-SE INFECÇÃO COMO SENDO A PRESENÇA > 10105 5 UNIDADES UNIDADES FORMADORAS DE COLÔNIA (CFU) POR MILIGRAMA DE TECIDO OU NA FORMADORAS DE COLÔNIA (CFU) POR MILIGRAMA DE TECIDO OU NA PRESENÇA DE QUALQUER ESTREPTOCOCO BETA-HEMOLÍTICOPRESENÇA DE QUALQUER ESTREPTOCOCO BETA-HEMOLÍTICO

CLINICAMENTE MANIFESTA-SE ATRAVÉS DOS SINAIS FLOGÍSTICOSCLINICAMENTE MANIFESTA-SE ATRAVÉS DOS SINAIS FLOGÍSTICOS

A INFECÇÃO BACTERIANA PROLONGA A FASE INFLAMATÓRIA E A INFECÇÃO BACTERIANA PROLONGA A FASE INFLAMATÓRIA E INTERFERE COM A EPITELIZAÇÃO, CONTRAÇÃO E DEPOSIÇÃO DO INTERFERE COM A EPITELIZAÇÃO, CONTRAÇÃO E DEPOSIÇÃO DO COLÁGENOCOLÁGENO

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FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃOFATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO

ASPECTOS TÉCNICOSASPECTOS TÉCNICOS

TEMPO CIRÚRGICO cirurgias demoradas facilitam o ressecamento dos TEMPO CIRÚRGICO cirurgias demoradas facilitam o ressecamento dos tecidos e inoculação de bactériastecidos e inoculação de bactérias

UTILIZAR TÉCNICA ATRAUMÁTICA, EVITANDO ESMAGAMENTO DAS UTILIZAR TÉCNICA ATRAUMÁTICA, EVITANDO ESMAGAMENTO DAS BORDASBORDAS

UTILIZAR BOA TÉCNICA ASSÉPTICAUTILIZAR BOA TÉCNICA ASSÉPTICA

EVITAR DESCOLAMENTOS DESNECESSÁRIOSEVITAR DESCOLAMENTOS DESNECESSÁRIOS

FAZER BOA HEMOSTASIA, EVITANDO FORMAÇÃO DE HEMATOMASFAZER BOA HEMOSTASIA, EVITANDO FORMAÇÃO DE HEMATOMAS

NÃO DEIXAR ESPAÇO MORTONÃO DEIXAR ESPAÇO MORTO

EVITAR SUTURAS SOB TENSÃOEVITAR SUTURAS SOB TENSÃO

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃOFATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO

CONDIÇÕES PRÓPRIAS DO PACIENTE E/OU DA LESÃOCONDIÇÕES PRÓPRIAS DO PACIENTE E/OU DA LESÃO

““PESSOAS DOENTES FAZEM FERIDAS DOENTES”PESSOAS DOENTES FAZEM FERIDAS DOENTES”

PACIENTES COM HISTÓRIA PRÉVIA DE MÁ CICATRIZAÇÃO TENDE A PACIENTES COM HISTÓRIA PRÉVIA DE MÁ CICATRIZAÇÃO TENDE A REPETI-LASREPETI-LAS

ALGUMAS REGIÕES CORPORAIS TÊM MAIOR OU MENOR FACILIDADE DE ALGUMAS REGIÕES CORPORAIS TÊM MAIOR OU MENOR FACILIDADE DE PRODUZIR CICATRIZES ADEQUADAS NA DEPENDÊNCIA DE DIVERSOS PRODUZIR CICATRIZES ADEQUADAS NA DEPENDÊNCIA DE DIVERSOS FATORES COMO:FATORES COMO:

espessura da peleespessura da pele

mobilidade da região mobilidade da região

tensão que incide sob os tegumentos locaistensão que incide sob os tegumentos locais

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

CUIDADOS LOCAIS PARA UMA BOA CICATRIZAÇÃOCUIDADOS LOCAIS PARA UMA BOA CICATRIZAÇÃO

FERIDAS TRAUMÁTICAS:FERIDAS TRAUMÁTICAS:

AVALIAÇÃO INICIAL COM RETIRADA DE CORPOS ESTRANHOS GROSSEIROSAVALIAÇÃO INICIAL COM RETIRADA DE CORPOS ESTRANHOS GROSSEIROS

PREPARO DA PELEPREPARO DA PELE

tamponar o ferimento e fazer antissepsia da pele em torno da ferida tamponar o ferimento e fazer antissepsia da pele em torno da ferida (antissépticos a base de iodo ou cloro)(antissépticos a base de iodo ou cloro)

COLOCAR CAMPOS ESTÉREISCOLOCAR CAMPOS ESTÉREIS

ANESTESIA LOCALANESTESIA LOCAL

HEMOSTASIAHEMOSTASIA

LIMPEZA DA FERIDALIMPEZA DA FERIDA

remoção de corpos estranhos e tecidos desvitalizados com exploração de remoção de corpos estranhos e tecidos desvitalizados com exploração de todos os recessos lateraistodos os recessos laterais

irrigação com soro fisiológicoirrigação com soro fisiológico

DECIDIR E EXECUTAR OU NÃO O FECHAMENTO DA FERIDA POR PLANOS A DECIDIR E EXECUTAR OU NÃO O FECHAMENTO DA FERIDA POR PLANOS A DEPENDER DE ALGUNS FATORES COMO: TEMPO DE EVOLUÇÃO, GRAU DE DEPENDER DE ALGUNS FATORES COMO: TEMPO DE EVOLUÇÃO, GRAU DE CONTAMINAÇÃO, PERDA DE SUBSTÂNCIA, ETCCONTAMINAÇÃO, PERDA DE SUBSTÂNCIA, ETC

CURATIVOCURATIVO OBS.: feridas extensas e em crianças podem necessitar anestesia geralOBS.: feridas extensas e em crianças podem necessitar anestesia geral

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

CUIDADOS LOCAIS PARA UMA BOA CICATRIZAÇÃOCUIDADOS LOCAIS PARA UMA BOA CICATRIZAÇÃO

FERIDAS CIRÚRGICAS:FERIDAS CIRÚRGICAS:

POSICIONAMENTO DA INCISÃOPOSICIONAMENTO DA INCISÃO

A SUTURA DA FERIDA DEVE SER FEITA POR PLANOSA SUTURA DA FERIDA DEVE SER FEITA POR PLANOS

UTILIZAÇÃO DO FIO ADEQUADOUTILIZAÇÃO DO FIO ADEQUADO

O CURATIVOO CURATIVO

FUNÇÕES: proteção, compressão e imobilizaçãoFUNÇÕES: proteção, compressão e imobilização

EM GERAL PODEM SER REMOVIDOS APÓS 24 A 48 HORAS NAS FERIDAS EM GERAL PODEM SER REMOVIDOS APÓS 24 A 48 HORAS NAS FERIDAS LIMPAS E SECASLIMPAS E SECAS

A RETIRADA DOS PONTOSA RETIRADA DOS PONTOS

““o momento certo varia nas diferentes partes do corpo e em indivíduos o momento certo varia nas diferentes partes do corpo e em indivíduos diferentes. O cirurgião que sempre remove as suturas cutâneas no mesmo dia em todas diferentes. O cirurgião que sempre remove as suturas cutâneas no mesmo dia em todas as partes do corpo e em todos os pacientes consequentemente tem problemas com as as partes do corpo e em todos os pacientes consequentemente tem problemas com as feridas.”feridas.”

COMO REGRA GERAL:COMO REGRA GERAL:

REGIÕES DE PELE FINA E SEM TENSÃO: 3 A 7 DIASREGIÕES DE PELE FINA E SEM TENSÃO: 3 A 7 DIAS

REGIÕES DE PELE GROSSA E/OU COM ALGUMA TENSÃO: 12 A 15 REGIÕES DE PELE GROSSA E/OU COM ALGUMA TENSÃO: 12 A 15 DIASDIAS

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕESEVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES

INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICOINFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO

Classificação das feridas de acordo com o Colégio Americano de CirurgiõesClassificação das feridas de acordo com o Colégio Americano de Cirurgiões

Feridas limpas:Feridas limpas: quando não há abordagem de vísceras ou cavidades com colonização quando não há abordagem de vísceras ou cavidades com colonização bacteriana: ex.: hérnias, a maior parte dos procedimentos neurocirúrgicos, cirurgia bacteriana: ex.: hérnias, a maior parte dos procedimentos neurocirúrgicos, cirurgia cardíaca, etc. Chance de infecção de 2 % ou menos. Deve-se perseguir sempre uma taxa cardíaca, etc. Chance de infecção de 2 % ou menos. Deve-se perseguir sempre uma taxa inferior a 5 % nos serviços.inferior a 5 % nos serviços.

Feridas potencialmente contaminadas (ou limpa – contaminada):Feridas potencialmente contaminadas (ou limpa – contaminada): quando há abordagem quando há abordagem de vísceras ou cavidades com colonização bacteriana, mas sob circunstâncias eletivas de vísceras ou cavidades com colonização bacteriana, mas sob circunstâncias eletivas e controladas: ex: gastrectomia eletiva, colectomia eletiva com cólon preparado, e controladas: ex: gastrectomia eletiva, colectomia eletiva com cólon preparado, colecistectomia por colelitíase. Índice de infecção de 4 a 10 %colecistectomia por colelitíase. Índice de infecção de 4 a 10 %

  Feridas contaminadas:Feridas contaminadas: o procedimento ocorre na presença de contaminação óbvia mas o procedimento ocorre na presença de contaminação óbvia mas na ausência de infecção. Ex.: laparotomia com contaminação grosseira da cavidade por na ausência de infecção. Ex.: laparotomia com contaminação grosseira da cavidade por lesão do intestino grosso. Índice de infecção > 10 %lesão do intestino grosso. Índice de infecção > 10 %

  Ferida suja ou infectada:Ferida suja ou infectada: procedimentos cirúrgicos realizado em presença de infecção procedimentos cirúrgicos realizado em presença de infecção instalada: presença de pus, lesão visceral com tempo maior que 6 horas de evolução. A instalada: presença de pus, lesão visceral com tempo maior que 6 horas de evolução. A chance de infecção com fechamento primário é variável na literatura, podendo chegar a chance de infecção com fechamento primário é variável na literatura, podendo chegar a 50 %50 %

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕESEVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES

INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICOINFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO

ISC Incisional Superficial:ISC Incisional Superficial: infecção que ocorre até 30 dias da cirurgia, infecção que ocorre até 30 dias da cirurgia, envolvendo os planos superficiais (pele e subcutâneo) e pelo menos 1 dos critérios envolvendo os planos superficiais (pele e subcutâneo) e pelo menos 1 dos critérios abaixo:abaixo:

a)a) d drenagem de secreção purulenta (sem necessidade de documentar através renagem de secreção purulenta (sem necessidade de documentar através de cultura)de cultura)

b) Isolamento de microrganismos em cultura de fluidos ou tecidos obtidos de b) Isolamento de microrganismos em cultura de fluidos ou tecidos obtidos de modo asséptico da incisão modo asséptico da incisão 

c) pelo menos 1 sinal de infecção: dor, edema, calor ou rubor e a incisão superficial é c) pelo menos 1 sinal de infecção: dor, edema, calor ou rubor e a incisão superficial é deliberadamente aberta pelo cirurgião mesmo que a cultura da incisão seja negativa. deliberadamente aberta pelo cirurgião mesmo que a cultura da incisão seja negativa.

d) Diagnóstico de infecção incisional superficial pelo cirurgião ou médico-assistente d) Diagnóstico de infecção incisional superficial pelo cirurgião ou médico-assistente

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕESEVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES

INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICOINFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO

ISC Incisional Profunda:ISC Incisional Profunda: infecção que ocorre até 30 dias da cirurgia ou até 1 infecção que ocorre até 30 dias da cirurgia ou até 1 ano se for colocado algum implante. A infecção aparenta estar relacionada com o ato ano se for colocado algum implante. A infecção aparenta estar relacionada com o ato operatório operatório envolverenvolver tecidos moles profundostecidos moles profundos (planos musculares/fáscia) da incisão e (planos musculares/fáscia) da incisão e um dos seguintes:um dos seguintes:

1. Drenagem purulenta1. Drenagem purulenta da incisão profunda não de órgão/espaço componente da incisão profunda não de órgão/espaço componente do sítio cirúrgicodo sítio cirúrgico

2. Deiscência espontânea2. Deiscência espontânea de incisão profunda OU esta é deliberadamente de incisão profunda OU esta é deliberadamente aberta pelo cirurgião quando o paciente apresenta aberta pelo cirurgião quando o paciente apresenta pelo menos 1 dos seguintes: pelo menos 1 dos seguintes: febre>38oC, dor localizada (ou aumento da sensibilidade),febre>38oC, dor localizada (ou aumento da sensibilidade), mesmo que a cultura da mesmo que a cultura da incisão seja negativaincisão seja negativa

   3. Abscesso ou outra evidência de infecção3. Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo a incisão profunda é envolvendo a incisão profunda é encontrado no exame direto, durante re-operação ou por exame radiológico ou encontrado no exame direto, durante re-operação ou por exame radiológico ou histopatológico;OUhistopatológico;OU

4.Diagnóstico4.Diagnóstico de infecção incisional profunda pelo cirurgião ou médico- de infecção incisional profunda pelo cirurgião ou médico-assistente.assistente.

  

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕESEVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES

INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICOINFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO

ISC de órgão ou espaço:ISC de órgão ou espaço:

Infecção ocorre dentro de 30 dias após ato operatório se não há colocação de implante Infecção ocorre dentro de 30 dias após ato operatório se não há colocação de implante OU dentro de 1 ANOOU dentro de 1 ANO se há colocação de implante E a infecção aparenta estar se há colocação de implante E a infecção aparenta estar relacionada com o ato operatório; OU ...Infecção envolve qualquer parte do corporelacionada com o ato operatório; OU ...Infecção envolve qualquer parte do corpo excluindo a incisão da pele, fáscia ou camadaexcluindo a incisão da pele, fáscia ou camada muscular que foi aberta OU manipulada muscular que foi aberta OU manipulada durante o ato operatório; E Pelo menos um dos seguintes:durante o ato operatório; E Pelo menos um dos seguintes:

1.1.Drenagem purulenta de um dreno Drenagem purulenta de um dreno que esteja colocado dentro de órgão/espaço;que esteja colocado dentro de órgão/espaço;

2.2.Organismos isolados de fluidos ou tecidos Organismos isolados de fluidos ou tecidos obtidos de modo asséptico do obtidos de modo asséptico do órgão/espaço;órgão/espaço;

3.3.Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo o órgão/espaço Abscesso ou outra evidência de infecção envolvendo o órgão/espaço no exame no exame clínico, durante re-operação ou exame histopatológico ou radiológico;clínico, durante re-operação ou exame histopatológico ou radiológico;

4.4.Diagnóstico Diagnóstico de uma infecção de órgão/espaço pelo cirurgião ou médico-assistente.de uma infecção de órgão/espaço pelo cirurgião ou médico-assistente.

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕESEVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES

FALHA AGUDA DA FERIDA CIRÚRGICAFALHA AGUDA DA FERIDA CIRÚRGICA

DEISCÊNCIADEISCÊNCIA

EVENTRAÇÃOEVENTRAÇÃO

EVISCERAÇÃOEVISCERAÇÃO

Pode ocorrer entre o 1Pode ocorrer entre o 1oo e o 21 e o 21oo DPO. Em geral ocorre no 7 DPO. Em geral ocorre no 7oo DPO. DPO.

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

EVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕESEVOLUÇÃO E COMPLICAÇÕES

NECROSE DE BORDASNECROSE DE BORDAS

HEMATOMASHEMATOMAS

SEROMAS – coleção líquida constituída sobretudo de transudato plasmático. Ocorre, SEROMAS – coleção líquida constituída sobretudo de transudato plasmático. Ocorre, geralmente, após grandes mobilizações de tecido adiposo e consequente lipólisegeralmente, após grandes mobilizações de tecido adiposo e consequente lipólise

CICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELÓIDECICATRIZ HIPERTRÓFICA E QUELÓIDE

podem ser previnidas com medidas como: compressão local e infiltração de podem ser previnidas com medidas como: compressão local e infiltração de corticóide nas suas bordascorticóide nas suas bordas

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

EVENTRAÇÃO COM EVENTRAÇÃO COM NECROSE E INFECÇÃO DE NECROSE E INFECÇÃO DE

PAREDE ABDOMINALPAREDE ABDOMINAL

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

EVISCERAÇÃOEVISCERAÇÃO

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

IMPOSSIBILIDADE DE IMPOSSIBILIDADE DE FECHAMENTO PRIMÁRIOFECHAMENTO PRIMÁRIO

BOLSA DE BOGOTÁBOLSA DE BOGOTÁ

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

CICATRIZ HIPERTRÓFICACICATRIZ HIPERTRÓFICA

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

QUELÓIDEQUELÓIDE

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CICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICACICATRIZAÇÃO E CUIDADOS COM A FERIDA CIRÚRGICA

ITAMAR AUGUSTO N. OLIVEIRAITAMAR AUGUSTO N. OLIVEIRA

UNIVASF UNIVASF