Cheio de Amor a Seus Semelhantes

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argumentos fortes para formação de obreiros cheios de amor. Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos

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Cheio de amor a seus semelhantes

Leitura: Provrbios 17.5; Marcos 10.45; Lucas 19.10; Joo 10.10 e Lucas 15.

O amor aos irmos um elemento essencial na vida de todo obreiro cristo, mas no menos essencial o amor por toda a humanidade. Salomo escreveu: "O que escarnece do pobre insulta ao que o criou" (Provrbios 17.5). Deus o Criador de todos os homens, e ningum est apto para tornar-se servo Seu se aborrece ou despreza a qualquer deles. verdade que o homem caiu, mas esse homem cado se tornou objeto do amor remidor; e o Senhor que redimiu o homem, Ele mesmo se tornou homem um homem semelhante aos outros homens, que gradualmente cresceu da infncia plena maturidade. E quando Deus j contava com o Homem segundo o Seu desejo, na pessoa de Seu Filho, e O exaltara Sua mo direita, a Igreja foi trazida existncia, "o novo homem" em Cristo.Quando chegamos a compreender realmente a Palavra de Deus, ento percebemos que a expresso "filhos de Deus" no se reveste de tanta significao quanto o termo "homem", e tambm percebemos que a escolha divina e a eleio divina tinham como seu objetivo um homem coletivamente glorificado. Quando percebemos o lugar que o homem ocupa nos propsitos de Deus; quando vemos o homem como o foco de todos os Seus pensamentos; quando contemplamos como o Senhor humilhou-se, a fim de tornar-se homem; ento aprendemos a apreciar a humanidade inteira.Estando nosso Senhor neste mundo, declarou : "Pois o prprio Filho do homem no veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Marcos 10.45). Ele no ensinou que o Filho de Deus veio a fim de ministrar aos homens; mas disse: "...o Filho do homem... veio..." Nessas palavras entrevemos a atitude do Senhor para com o homem.Uma sria dificuldade, no caso de muitos dentre aqueles que esto engajados na obra crist, a sua falta de amor pelos homens, na sua falta de estima pelos homens, no fato de no perceberem o valor que o homem tem aos olhos de Deus. Sentimos hoje que j chegamos a excelsas alturas se comeamos a amar aos filhos de Deus. Mas. ser isso o suficiente? No, porquanto precisamos expandir-nos; precisamos entender que o nosso amor deve incluir a todos os homens; precisamos compreender que todos os homens so preciosos para Deus. Sem dvida vocs esto interessados por algumas poucas pessoas inteligentes, por alguns poucos que, de uma maneira ou de outra, so notveis; mas o que quero saber no se vocs esto interessados por homens extraordinrios, e, sim, se esto interessados no HOMEM. Essa pergunta importantssima. A frase que diz "...o Filho do homem... veio..." implica, antes de tudo, no que o Senhor estava intensamente interessado no homem: estava to interessado que Ele mesmo se fez homem. At que ponto vocs esto interessados? Talvez pensem: "Bem, fulano no tem muita importncia". Ou ento: "Tal pessoa no representa grande coisa". Mas, como que o Senhor considerou tais pessoas? Ele veio habitar entre os homens, na qualidade de Filho do homem. Dava um valor tal ao homem que se tornou homem, a fim de que pudesse servir ao homem da maneira mais perfeita possvel. Trata-se de algo surpreendente, como tambm extremamente grave, que muitos dos filhos de Deus se preocupem to pouco com os homens. Irmos e irms, vocs compreendem o sentido desta frase, "...o Filho do homem ... veio ? " Ela significa que Cristo se importou com toda a humanidade. Que anormal estado de alma, se estamos interessados apenas por alguns poucos indivduos seletos!O interesse pela raa humana um requisito bsico em todo obreiro cristo, e no apenas o interesse por certo segmento da mesma. "Deus amou o mundo". Seu amor abarcou a todos os homens, e assim tambm deve ser o nosso amor. No devemos limitar os nossos interesses aos Seus filhos, nem a qualquer outra classe particular de homens, mas devemos estender nosso amor a todos.Anos de instruo nos tm acostumado a falar de certos homens como nossos "irmos", e de todos os homens como nossos "semelhantes", e talvez tenhamos comeado a apreciar o fato que alguns homens so verdadeiramente nossos irmos; porm, damos o devido valor a esse outro fato que todos os homens so nossos semelhantes? Infelizmente, muitos dos que se professam servos do Senhor, jamais abriram os seus coraes para com todos os seus semelhantes. Se ao menos ficasse profundamente gravado em ns que Deus nosso Criador, e que todos somos semelhantes uns dos outros, como tiraramos proveito dos outros, enganando-os, acerca de qualquer coisa? Se, em nosso trato com os nossos semelhantes, buscamos os nossos prprios interesses, o nosso trabalho ter um valor bem limitado aos olhos de Deus, por maior que seja o seu volume externo."Pois o prprio Filho do homem no veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Marcos 10.45). "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido" (Lucas 19.10). "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundncia" (Joo 10.10). Foi por causa do homem que o Senhor Jesus veio a esta terra, e Ele veio com o propsito especfico de servir aos homens. Foi seu avassalador interesse pelos homens que O trouxe do cu terra, a fim de ministrar aos homens de tal maneira que derramou a Sua prpria vida em resgate por eles. O poder motivador de Cristo era o Seu apaixonado amor pelos homens. Seu ministrio em favor dos homens resultava de Seu amor por eles; e visto que o Seu amor no conhecia fronteiras, Ele pde servi-los at chegar ao extremo da morte na cruz.Se vocs procurarem pregar o evangelho aos perdidos, mas jamais se sentirem tocados pelas palavras "Deus criou o homem", e assim consider-los seus prprios semelhantes; e se nunca jamais tiveram um interesse mais do que casual pelos homens; ento no esto aptos para pregar a Cristo como "resgate por muitos". mister que raie em ns o fato que Deus criou o homem Sua semelhana e nele concentrou o Seu amor, visto que o homem to enormemente precioso para Ele. A menos que o homem se torne objeto de nossa afeio, impossvel que nos tornemos servos dos homens.Muitos obreiros cristos tm uma atitude completamente errada para com os semelhantes. Consideram-nos um entrave, e algumas vezes se ofendem com os seus atos e no conseguem perdo-los. Mas como podemos ns, em ns mesmos pecadores por natureza, hesitar em perdoar aos pecadores? Como podemos deixar de compreender as suas fraquezas e defeitos? E como podemos deixar de consider-los queridos, quando reconhecemos o quanto so prezados pelo Senhor? Ele, o Bom Pastor, pode abandonar tudo e sair em busca de uma nica ovelha perdida; o Esprito Santo pode procurar uma nica moeda perdida; e o Pai pode sair a fim de dar as boas vindas ao Seu filho perdido. Na parbola que h no captulo quinze de Lucas vemos como o amor divino pode desgastar-se livremente para redimir ao menos uma alma. E ainda podemos no entender a intensidade do amor de Deus pelo homem?Irmos e irms, luz da profunda preocupao de Deus pelo homem, podem vocs ainda considerar com indiferena aos seus semelhantes? Seremos inteis em Seu servio a menos que os nossos coraes sejam expandidos e que o nosso horizonte seja alargado. Precisamos ver o valor que o homem tem para Deus; precisamos perceber o lugar ocupado pelo homem no eterno propsito de Deus; compete-nos ver a significao da obra remidora de Cristo. Sem isso, vo imaginar que dbeis criaturas como vocs e eu possamos ter alguma participao na grandiosa obra de Deus. Como poderia algum ser usado para salvar almas, se no tivesse amor pelas almas? Se ao menos esse defeito fundamental de nossa falta de amor aos homens pudesse ser solucionado, nossas muitas outras dificuldades em relao aos homens haveriam de desaparecer. Julgamos que algumas pessoas so por demais ignorantes, e pensamos que outras so muito duras, mas esses problemas desaparecero quando nosso problema bsico de falta de amor aos homens houver sido resolvido. Quando deixarmos de estar em um pedestal e aprendermos a tomar o nosso lugar como homens entre os seus semelhantes, ento nunca mais desdenharemos deles.Alguns obreiros cristos, criados em reas urbanas, s vezes se internam pelo interior e, entre a gente simples do campo, adotam uma atitude de superioridade para com eles. Quo diferente isso do Filho do Homem, o qual veio para ser servo de todos! Se vocs forem a algum lugar para pregar o evangelho, mas no forem na qualidade de filhos do homem, tero falhado em sua misso. Se vocs trabalham entre os outros revestidos de uma atitude de condescendncia, no se enganem, confundindo a humildade de Cristo com a condescendncia. A condescendncia consciente uma humildade falsa; a humildade genuna no tem conscincia de si mesma. Quando Cristo veio habitar entre os homens, veio como verdadeiro homem. Viveu como homem em meio aos seus semelhantes. Muitos obreiros cristos, ao se movimentarem entre os seus semelhantes, deixam a impresso de que lhes esto prestando um favor ao se associarem com eles. Nossa conduta jamais deveria levar os outros a sentirem que somos diferentes deles. A menos que possamos ser filhos do homem entre os homens, no seremos nem verdadeiros servos do homem e nem verdadeiros servos de Deus. Os obreiros de Deus devem ser pessoas to abnegadas que sejam inconscientemente humildes. Um homem ignorante e perdido no difere de vocs e de mim em qualquer outra coisa alm disto, que ns estamos salvos, e que ele no o est. Mas ele tem um lugar no propsito criador de Deus, tal como vocs e eu temos; ele tem um lugar no propsito redentor de Deus, tal como vocs e eu temos; e ele tem a mesma potencialidade para Deus como vocs e eu temos.Talvez cada um de vocs diga: A ignorncia alheia no representa problema algum para mim; minha dificuldade surge quando entro em contacto com pessoas de baixa moral ou acostumados a enganar aos outros. Qual deve ser a minha atitude para com tais pessoas? Vocs precisam apenas fazer um retrospecto em sua prpria vida. Onde estavam vocs quando a graa de Deus os encontrou? E onde se encontrariam hoje, no fosse a graa de Deus? Se, em qualquer aspecto, vocs diferem deles, trata-se inteiramente de uma questo de Sua graa. Meditem no que a graa de Deus tem feito por vocs. Ao contemplarem a Sua graa, tero de prostrar-se perante Ele e reconhecer: "Por natureza sou to pecaminoso quanto eles, mas sou um pecador salvo pela graa". A contemplao do que a graa de Deus tem feito por ns jamais nos exaltar; pelo contrrio, sempre nos forar a nos humilharmos perante Ele. Se vocs so diferentes dos outros, "pois quem que te faz sobressair? e que tens tu que no tenhas recebido? e, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o no tiveras recebido? " A viso do pecado certamente deve levar-nos a retroceder, mas, apesar disso, devemos estender o nosso amor aos pecadores.Se, por um lado, a nossa ateno se fixa no fato que todo servo de Deus tem a sua prpria funo especial, no nos devemos olvidar, por outro lado, que, por mais diferentes que possam ser as suas funes, todos os mais autnticos servos de Deus se assemelham em um ponto particular, a saber, que se interessam profundamente pelos homens. Se vocs no se sentem atrados aos pecadores, mas antes, preferem evit-los, que esperam poder realizar ao pregar-lhes o evangelho? Afastar-se-ia um mdico de seus pacientes enfermos? Se buscamos aos perdidos por havermos compreendido o quanto eles so preciosos no conceito de Deus, ainda que seja uma s alma, ento nos aproximaremos dos pecadores, no por compulso do dever, mas sob o constrangimento de uma atrao irresistvel. Quando nos chegamos a eles com amor espontneo, descobrimos que se ter aberto perante ns um ilimitado campo de servio, e, pela misericrdia divina, nos tornaremos servos que Lhe so de alguma valia.Oh! se pudssemos ver cada ser humano como uma alma viva, dotada de imensas potencialidades! Quo diferentemente nos temos sentido para com os salvos, desde que compreendemos que somos "concidados dos santos"! E sentiremos diferena similar para com os perdidos quando a luz divina raiar sobre ns e, verdadeiramente, virmos cada um como nosso semelhante. Ento lhes daremos valor e os amaremos, e entraremos em harmonia com o Senhor, nesse desejo de conquist-los para Si mesmo, a fim de que eles sejam qual material de construo em Suas mos, visando edificao de Sua Igreja. Se vocs ou eu desprezarmos qualquer alma humana, estaremos sendo indignos de permanecer no servio do Filho do Homem, porquanto os Seus trabalhadores so servos dos homens que tm por motivo de alegria o poderem servi-Lo.